Вы находитесь на странице: 1из 10

DOI: 10.1590/1413-812320141911.

08072014 4331

A Política Nacional de Alimentação e Nutrição e seu diálogo

artigo article
com a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

The national food and nutrition policy


and its dialogue with the national food and nutrition security policy

Kelly Poliany de Souza Alves 1


Patricia Constante Jaime 1

Abstract Food is one of the determinants and Resumo A alimentação é um dos determinantes
conditions of health and an inherent right of all e condicionantes da saúde e um direito inerente a
people. The consequences of food and nutrition todas as pessoas. As consequências da insegurança
insecurity in the population, such as obesity, mal- alimentar e nutricional da população, a exemplo
nutrition and specific nutritional deficiencies, im- da obesidade, desnutrição e carências nutricionais
pact the health sector and have historically meant específicas, recaem sobre o setor saúde e têm feito
that it has assumed the responsibility for food and com que, historicamente, este tenha incorporado a
nutrition programs and policies in Brazil. Howe- responsabilidade de políticas e programas de ali-
ver, ensuring food and nutrition security requires mentação e nutrição no Brasil. Porém, a garantia
a combination of public policies, among which the da Segurança Alimentar e Nutricional exige uma
National Food and Nutrition Policy of the Uni- conjunção de políticas públicas, dentre as quais a
fied Health System (SUS) plays a fundamental Política Nacional de Alimentação e Nutrição do
role. This paper seeks to contribute to the debate SUS tem papel fundamental. O artigo objetiva
on intersectoriality and health promotion based contribuir com o debate sobre intersetorialidade
on presenting the National Food and Nutrition e promoção da saúde a partir da apresentação da
Policy and discussing its role as interface between Política Nacional de Alimentação e Nutrição e
the SUS and the National Food and Nutrition Se- discussão do seu papel enquanto interlocutora en-
curity Policy and System. This perspective stron- tre o Sistema Único de Saúde e a Política e Sistema
gly suggests the combination of efforts to promote Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.
health and food and nutrition security in order to Essa perspectiva sugere fortemente a conjunção de
optimize initiatives developed in different sectors esforços para a promoção da saúde e de SAN, com
and accompanied by different policy councils that vistas a potencializar agendas desenvolvidas em
1
Coordenação Geral de are not interrelated, enabling enhanced govern- diferentes setores e acompanhadas por diferentes
Alimentação e Nutrição,
Departamento de Atenção ment and civil society action on the determinants conselhos de políticas públicas, que não se articu-
Básica, Secretaria de of health and nutrition. lam, permitindo uma melhor atuação do governo
Atenção à Saúde, Ministério Key words Food security, Health promotion, Nu- e da sociedade civil sobre os determinantes da saú-
da Saúde. SAF Sul – Quadra
2 – Lotes 5/6, Edifício trition programs and policies de e da alimentação.
Premium - Bloco II – Palavras-chave Segurança alimentar e nutricio-
Subsolo sala 8, Zona Cívico- nal, Promoção da saúde, Programas e políticas de
Administrativa. 70070-600
Brasília DF Brasil. nutrição e alimentação
kelly.alves2@yahoo.com.br
4332
Alves KPS, Jaime PC

Introdução Alimentação e Nutrição (PNAN) e discussão do


seu papel enquanto interlocutora entre o Siste-
A promoção da saúde vai muito além de escolhas ma Único de Saúde (SUS) e a Política e Sistema
e práticas individuais e não está relacionada so- Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
mente às responsabilidades do setor saúde, passa (SISAN). Está organizado em quatro sessões,
necessariamente pela garantia de condições so- além desta introdução: a primeira trata sobre a
ciais e econômicas que criem uma base favorável à interdependência entre os direitos à saúde e ali-
adoção de estilos de vida saudável. Nesse sentido, mentação; a segunda sessão aborda o diálogo
a Organização Mundial da Saúde tem ressaltado a entre a Política Nacional de Alimentação e Nutri-
necessidade de que os países adotem a abordagem ção (PNAN) e a Política Nacional de Segurança
de Saúde em Todas as Políticas, na qual estabele- Alimentar e Nutricional (PNSAN), apresentando
çam uma articulação entre todos os seus setores, as agendas de alimentação e nutrição e de outras
para ampliar o desenvolvimento humano, a sus- áreas do SUS, que compõe as prioridades do I
tentabilidade e a equidade, assim como melhorar Plano Nacional de SAN; a terceira sessão aborda
as condições de saúde1,2. No Brasil, a Política Na- os mecanismos de governança do SISAN no âm-
cional de Promoção da Saúde (PNPS) reconhece bito do Governo Federal, que permitem a parti-
a impossibilidade do setor saúde de responder so- cipação do SUS em sua gestão intersetorial; e a
zinho à transformação dos determinantes e con- última sessão apresenta as considerações acerca
dicionantes para garantir opções saudáveis para a dos desafios da gestão intersetorial.
população e aponta o desafio da sua participação
na construção de estratégias e ações intersetoriais Saúde e alimentação: indissociabilidade
que propiciem uma articulação das responsabili- de direitos e determinantes
dades dos distintos setores sobre a complexa de-
terminação da saúde³. Os direitos à saúde e à alimentação são ina-
A alimentação é um dos determinantes e lienáveis e independem de legislação nacional,
condicionantes da saúde e um direito inerente a estadual ou municipal específica, pois tratam de
todas as pessoas. A promoção e garantia de uma direitos humanos os quais todos possuem, única e
alimentação adequada e saudável tem mobilizado exclusivamente, por terem nascido e serem huma-
historicamente esforços de diferentes setores do nos. No entanto, o reconhecimento desses direi-
governo brasileiro e também de entidades e mo- tos em normas, acordos, declarações e em outros
vimentos da sociedade civil, mas que nem sem- instrumentos se torna importante para assegurar
pre apresentaram os mesmos objetivos ou foram seu cumprimento pelo Estado e sua exigibilida-
complementares. Programas de distribuição de de pelos seus titulares. A Constituição Brasileira,
alimentos, por exemplo, estiveram por vezes des- promulgada em 1988, reconheceu a saúde como
conectados de estratégias estruturantes de melho- um direito social, mas o direito à alimentação só
ria das condições socioeconômicas da população, foi incluído entre estes no ano de 2010, por meio
para que esta obtivesse os meios necessários para da Emenda Constitucional Nº 64¹¹.
acessar os alimentos de forma autônoma4-9. Os direitos humanos são indivisíveis, interde-
Com grande envolvimento da sociedade civil pendentes e inter-relacionados em sua realização.
organizada e uma abertura na agenda política no Isso significa que todos os direitos são igualmente
âmbito do governo federal, o Brasil vem conso- necessários para uma vida digna, que a satisfação
lidando na última década a gestão intersetorial de um não pode ser usada como justificativa para
de políticas públicas, com o objetivo comum a não realização de outros. A garantia da SAN
de promover a Segurança Alimentar e Nutricio- exige que o direito à saúde seja respeitado e con-
nal - SAN, compreendida como a realização do cretizado para que seja alcançado seu fim, que é a
direito de todos ao acesso regular e permanente a realização da alimentação e nutrição adequados.
alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, Da mesma forma, a garantia da saúde também
sem comprometer o acesso a outras necessidades depende de ações de diversas áreas que garantam
essenciais, tendo como base práticas alimentares a realização dos demais direitos humanos, entre
promotoras de saúde que respeitem a diversidade eles o direito à alimentação adequada, que cons-
cultural e que sejam ambiental, cultural, econômi- tituem a base para a plena saúde em seu conceito
ca e socialmente sustentáveis10. mais amplo. Ou seja, para se ter saúde é preciso
Este artigo objetiva contribuir com o deba- ter SAN, para se ter SAN é preciso ter saúde12-14.
te sobre intersetorialidade e promoção da saúde A perspectiva dos determinantes sociais de
a partir da apresentação da Política Nacional de saúde (DSS), entendidos como os fatores so-
4333

Ciência & Saúde Coletiva, 19(11):4331-4340, 2014


ciais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psi- gurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) e
cológicos e comportamentais, que influenciam a o Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição
ocorrência de problemas de saúde e seus fatores (INAN), autarquia vinculada ao Ministério da
de risco na população, contribui para a compre- Saúde, haviam sido extintos. Desta forma, repre-
ensão da inter-relação entre saúde e SAN15. Nesse senta uma conquista no que se refere à legitima-
sentido, pode-se compreender que a promoção ção das ações nesta área e na definição da con-
da saúde e da Segurança Alimentar e Nutricional, tribuição do setor saúde para garantia da SAN e
também são interdependentes e inter-relaciona- concretização do direito humano à alimentação,
das. Como aponta Pinheiro16, a promoção da ali- reafirmando a necessidade de diálogo e articu-
mentação adequada e saudável é uma zona de in- lação para a realização de ações que não se res-
tersecção entre a promoção da saúde e a promoção tringem ao setor saúde, mas precisam estar em
de SAN, podendo aproximar e subsidiar o diálogo contínua interação com outros setores4,5,19.
intersetorial, imprescindível tanto para a garan- A PNAN apontou que a atuação do setor
tia da SAN quanto da saúde, pois nesta análise, saúde no contexto da SAN é marcada por dois
os fatores determinantes da saúde também vão momentos denominados positivo e crítico. O
influenciar na condição de SAN dos indivíduos e primeiro ocorre quando há garantia da SAN em
coletividades. E o conceito abrangente de saúde, todas as suas dimensões. Nesse caso, as ações
que não se restringe somente na capacidade física predominantes do setor saúde são a vigilância
ou condição biológica dos sujeitos, individual- alimentar e nutricional, a vigilância sanitária de
mente, se concretiza mediante a garantia da SAN. alimentos e as medidas de caráter educativo. O
Essa perspectiva sugere fortemente a conjun- momento crítico ocorre quando há falhas na ga-
ção de esforços para a promoção de saúde e de rantia da SAN, seja na sua dimensão alimentar,
SAN, o que viria a potencializar agendas desen- prejudicando o acesso a alimentos em quantida-
volvidas em diferentes setores e acompanhadas de e qualidade adequadas, ou na sua dimensão
por diferentes conselhos de políticas públicas que nutricional, com agravos à saúde que prejudicam
não se articulam. O que permitiria maior e me- a utilização biológica dos alimentos e de práticas
lhor atuação do governo e da sociedade civil so- alimentares não saudáveis que podem desenca-
bre os determinantes da saúde e da alimentação. dear carências específicas, obesidade e outras
doenças. Nesse momento cabe ao setor saúde a
Diálogo entre a Política Nacional oferta adequada dos serviços necessários ao tra-
de Alimentação e Nutrição tamento e reabilitação, bem como a prevenção de
e a Política Nacional novos agravos18.
de Segurança Alimentar e Nutricional Entre as ações a serem desenvolvidas pelo
setor saúde no momento positivo, Valente et al.13
As consequências da insegurança alimentar e acrescentam a oferta de serviços de atenção bási-
nutricional da população, a exemplo da desnu- ca à saúde, como: vacinação, exames preventivos,
trição e carências nutricionais específicas, recaem pré-natal, promoção do aleitamento materno
sobre o setor saúde e tem feito com que historica- exclusivo, acompanhamento do crescimento e
mente este setor tenha incorporado a responsa- desenvolvimento, tratamento de doenças mais
bilidade de políticas e programas de alimentação comuns, etc. Por outro lado, apontam como obs-
e nutrição no Brasil. No entanto, a garantia da táculos setoriais que contribuem para o momen-
Segurança Alimentar e Nutricional exige uma to crítico a baixa cobertura ou má qualidade dos
conjunção de políticas públicas, dentre as quais serviços prestados à população.
a Política Nacional de Alimentação e Nutrição do A primeira versão da PNAN teve como propó-
SUS tem papel fundamental17. sito a garantia da qualidade dos alimentos coloca-
No final da década de 1990, em meio ao en- dos para consumo no País, a promoção de práticas
fraquecimento do tema da SAN na agenda pú- alimentares saudáveis e a prevenção e o controle dos
blica nacional, foi formulada a Política Nacional distúrbios nutricionais. Considerando que, para o
de Alimentação e Nutrição18 (PNAN), a partir da alcance deste propósito, seria necessária a articula-
luta e contribuições de atores de instituições go- ção intersetorial, foram descritos em seu texto al-
vernamentais e não governamentais com atuação gumas instituições e setores federais prioritários,
no campo da alimentação e nutrição. A homo- bem como as principais medidas preconizadas
logação dessa política foi considerada um meio para a articulação com cada um deles18. Assim, a
para garantir dentro do governo um espaço para PNAN insere na saúde o debate da SAN e traz para
a SAN, uma vez que o Conselho Nacional de Se- o contexto intersetorial a contribuição da saúde.
4334
Alves KPS, Jaime PC

Compreende-se que explicitar tais questões em dades tradicionais); reconhecimento e valoriza-


uma política setorial foi estratégico para o con- ção da cultura alimentar; ampliação da discussão
junto de atores que construíram a PNAN diante relativa à temática de nutrição, ambiente, desen-
da inexistência de instâncias ou normativas de volvimento e aproximação com as instâncias de
governo naquele momento que promovessem tais controle social da saúde e da nutrição25.
articulações para a promoção da SAN. A nova versão da PNAN26, aprovada em 2011,
Após dez anos de publicação da PNAN, Re- apresenta como propósito a melhoria das condi-
cine e Vasconcelos20 apontaram como méritos de ções de alimentação, nutrição e saúde da popula-
sua implementação: o desenvolvimento da vigi- ção brasileira, mediante a promoção de práticas
lância alimentar e nutricional (VAN), que permi- alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância
tiu a produção sistemática de informações sobre alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado
a situação alimentar e nutricional da população integral dos agravos relacionados à alimentação e
brasileira, a partir da implementação do Sistema nutrição. Tem por pressupostos os direitos à saú-
de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) de e à alimentação e é orientada pelos princípios
e de inquéritos nacionais, como as Pesquisas de doutrinários e organizativos do SUS, aos quais se
Orçamentos Familiares (POF) e a vigilância de somam os princípios: alimentação como elemen-
fatores de risco e proteção para doenças crônicas to de humanização das práticas de saúde; respeito
por inquérito telefônico (Vigitel); a construção à diversidade e à cultura alimentar; fortalecimen-
da agenda de promoção da alimentação adequa- to da autonomia dos indivíduos; determinação
da e saudável e sua qualificação a partir da edição social e a natureza interdisciplinar e intersetorial
do Guia Alimentar para a População Brasileira21, da alimentação e nutrição; e Segurança Alimen-
que se apresenta como uma ferramenta brasilei- tar e Nutricional com soberania.
ra para implementação das recomendações da Para alcance de seu propósito, a PNAN traz
Estratégia Global de Promoção da Alimentação um conjunto de diretrizes que norteiam a orga-
Saudável, Atividade Física e Saúde22; além da nização e oferta dos cuidados relativos à alimen-
qualificação de recursos humanos em alimenta- tação e nutrição no SUS, que devem contribuir
ção e nutrição, sobretudo a partir do trabalho da para a conformação de uma rede integrada, re-
rede de Centros Colaboradores de Alimentação solutiva e humanizada de cuidados, sendo elas:
e Nutrição (CECAN), formada por instituições Organização da Atenção Nutricional; Promoção
públicas nas cinco regiões brasileiras, buscando da Alimentação Adequada e Saudável; Vigilância
integrar ensino, pesquisa e serviço. Alimentar e Nutricional; Gestão das Ações de
A conjunção das novas necessidades de saúde Alimentação e Nutrição; Participação e Controle
da população brasileira, derivadas de modifica- Social; Qualificação da Força de Trabalho; Con-
ções no quadro epidemiológico e socioeconômi- trole e Regulação dos Alimentos; Pesquisa, Inova-
co, com as inovações nos mecanismos de gestão ção e Conhecimento em Alimentação e Nutrição;
e organização da atenção à saúde adotadas no Cooperação e articulação para a SAN26.
SUS e as responsabilidades do setor saúde para Com a instituição da SAN, enquanto política
promoção de SAN junto ao SISAN, nortearam pública de Estado, a estruturação de um Plano
o processo de revisão da PNAN, realizado entre Nacional e a organização de um Sistema interse-
os anos de 2010 e 2011. Este processo teve como torial para sua implementação10,24, a nova versão
desafio atualizar as diretrizes dessa política de da PNAN reafirma o compromisso de coopera-
forma a orientar a organização e qualificação ção e articulação do SUS para essa política inter-
das ações de alimentação e nutrição nas Redes de setorial, mas reforça a articulação intrasetorial,
Atenção à Saúde23 (RAS) e também de legitimá-la buscando apresentar de forma mais clara a arti-
como interlocutora entre o SUS e o SISAN24. culação entre suas diretrizes e outras políticas e
A Comissão Intersetorial de Alimentação mecanismos de gestão do SUS. A diretriz especí-
e Nutrição do Conselho Nacional de Saúde fica que trata da articulação entre SUS e SISAN
(CIAN∕CNS) e o Ministério da Saúde apontaram refere que esta proporcionará a articulação dos
como desafios para a PNAN, no seu processo de cuidados em alimentação e nutrição na RAS às
revisão: qualificação da gestão das ações de ali- demais ações de SAN nos territórios, com vistas
mentação e nutrição; fortalecimento das estra- ao enfrentamento da insegurança alimentar e
tégias de implantação da nutrição na atenção nutricional e dos agravos em saúde, na ótica de
básica e nos demais níveis de atenção à saúde; seus determinantes sociais.
delineamento de ações destinadas a populações Nesse sentido, são destacadas na PNAN, en-
específicas (indígenas e outros povos e comuni- tre outras, as ações direcionadas: (i) à melhoria
4335

Ciência & Saúde Coletiva, 19(11):4331-4340, 2014


da saúde e nutrição das famílias beneficiárias de nutricional e do direito humano à alimentação
programas de transferência de renda, implicando adequada;
ampliação do acesso aos serviços de saúde; (ii) IV - Promoção, universalização e coordena-
à interlocução com os setores responsáveis pela ção das ações de segurança alimentar e nutricio-
produção agrícola, distribuição, abastecimento e nal voltadas para quilombolas e demais povos e
comércio local de alimentos, visando o aumen- comunidades tradicionais de que Trata o Decreto
to do acesso a alimentos saudáveis; (iii) à pro- nº 6.040/2007, povos indígenas e assentados da
moção da alimentação adequada e saudável em reforma agrária;
ambientes institucionais como escolas, creches, V - Fortalecimento das ações de alimentação
presídios, albergues, locais de trabalho, hospitais, e nutrição em todos os níveis da atenção à saúde,
restaurantes comunitários, entre outros26. de modo articulado às demais ações de segurança
É comum relacionar as contribuições do SUS alimentar e nutricional;
para a SAN apenas às ações coordenadas pela VI - Promoção do acesso universal à água
área técnica de alimentação e nutrição do Minis- de qualidade e em quantidade suficiente, com
tério da Saúde, sobretudo a vigilância alimentar prioridade para as famílias em situação de inse-
e nutricional, as ações de promoção da alimen- gurança hídrica e para a produção de alimentos
tação adequada e saudável e os programas de da agricultura familiar e da pesca e aquicultura;
prevenção de carências nutricionais. No entanto, VII - Apoio a iniciativas de promoção da so-
partindo da compreensão da interdependência berania alimentar, segurança alimentar e nutri-
entre saúde e SAN, todo o conjunto de ofertas do cional e do direito humano à alimentação ade-
SUS para promoção e proteção da saúde, vigilân- quada em âmbito internacional e a negociações
cia em saúde, prevenção, diagnóstico, tratamento internacionais baseadas nos princípios e diretri-
e reabilitação de agravos e doenças, contribuem zes da Lei no 11.346, de 2006; e
para a SAN. VIII - Monitoramento da realização do direi-
Avanços nessa compreensão se concretiza- to humano à alimentação adequada.
ram no I Plano Nacional de Segurança Alimen- Na diretriz II foram incluídas metas de res-
tar e Nutricional 2012-201527 (PLANSAN), pu- ponsabilidade da Anvisa, sobre o aperfeiçoamen-
blicado em 2011, onde foram incluídas metas e to dos mecanismos de gestão, controle e educação
iniciativas desenvolvidas por diferentes áreas do voltados para o uso de agrotóxicos, organismos
Ministério da Saúde e unidades vinculadas. Além geneticamente modificados e demais insumos
da Coordenação Geral de Alimentação e Nutri- agrícolas. Dentre estes está o Programa de Aná-
ção do Departamento de Atenção Básica da Se- lise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos
cretaria de Atenção à Saúde (CGAN∕DAB∕SAS), (PARA), que avalia a qualidade e a segurança dos
são responsáveis pela execução e monitoramento alimentos consumidos pela população quanto ao
de metas do PLANSAN: Coordenação Geral de nível de resíduos de agrotóxicos.
Saúde da Criança e Aleitamento Materno (CGS- Na diretriz III consta como meta de respon-
CAM∕DAPES∕SAS), Secretaria Especial de Saúde sabilidade do Ministério da Saúde a atualização
Indígena (SESAI), Fundação Nacional de Saúde do Guia Alimentar para a população brasileira e
(Funasa) e Agência Nacional de Vigilância Sani- do Guia de Alimentos Regionais Brasileiros, am-
tária (Anvisa). bos produzidos pela Coordenação Geral de Ali-
O PLANSAN explicita as responsabilidades mentação e Nutrição (CGAN).
dos órgãos e entidades da União para consolida- As metas de responsabilidade da Funasa e
ção de programas e ações relacionadas às diretri- Sesai foram incluídas na diretriz IV. Dizem res-
zes da Política Nacional de SAN27, que são: peito à ampliação da cobertura de ações e servi-
I - Promoção do acesso universal à alimen- ços de saneamento básico e serviços de abaste-
tação adequada e saudável, com prioridade para cimento de água em comunidades quilombolas,
as famílias e pessoas em situação de insegurança assentamentos rurais, terras indígenas e demais
alimentar e nutricional; territórios de povos e comunidades tradicionais,
II - Promoção do abastecimento e estrutura- priorizando soluções alternativas que permitam
ção de sistemas sustentáveis e descentralizados, a sustentabilidade dos serviços; e também à ga-
de base agroecológica, de produção, extração, rantia da atenção integral à saúde das famílias in-
processamento e distribuição de alimentos; dígenas a partir do subsistema de saúde indígena
III - Instituição de processos permanentes e sua articulação com as práticas e medicinas tra-
de educação alimentar e nutricional, pesquisa dicionais, com participação popular e articulação
e formação nas áreas de segurança alimentar e intersetorial.
4336
Alves KPS, Jaime PC

Todas as metas estabelecidas na diretriz V são Pan-americana de Saúde (OPAS), universidades


de responsabilidade do setor saúde e a Anvisa e e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
a CGAN são as áreas técnicas responsáveis pela (IBGE), e, sobretudo, com as Secretarias Esta­
quase totalidade delas. As metas dessa diretriz vi- duais e Municipais de Saúde.
sam atingir quatro objetivos: a) controlar e pre- Embora cada ente federado possua autono-
venir os agravos e doenças consequentes da in- mia política e financeira, para a garantia da aten-
segurança alimentar e nutricional; b) promover ção integral à saúde há a necessidade de respon-
o controle e a regulação de alimentos; c) estru- sabilização compartilhada, solidária e cooperati-
turar a atenção nutricional na Rede de Atenção va entre o Ministério da Saúde e as Secretarias
à Saúde; e d) fortalecer a vigilância alimentar e Estaduais, do Distrito Federal e Municipais de
nutricional. Saúde. Nesse sentido, a articulação interfederati-
Compete à Anvisa as metas relacionadas à va é pressuposto para a construção e implemen-
regulação da publicidade de alimentos ultrapro- tação das políticas, programas e ações no âmbito
cessados; ao monitoramento da iodação do sal do SUS, promovida pela discussão, negociação
comercializado para consumo humano e dos te- e pactuação das demandas apresentadas pelos
ores de sódio, açúcares e gorduras em alimentos entes federativos objetivando a melhor solução
processados; à elaboração de plano preparatório para as questões.
para a prevenção e o controle de agravos relacio- Muitas outras agendas do SUS, além das que
nados aos alimentos durante os eventos de mas- foram incluídas como prioritárias no I PLAN-
sa com ênfase na Copa do Mundo de 2014 e nos SAN, trazem contribuições importantes que cor-
Jogos Olímpicos de 2016; ao desenvolvimento de roboram para a promoção de SAN. Dentre elas,
ações voltadas para grupos populacionais com podemos citar:
necessidades alimentares especiais, incluindo a • Todo o investimento para melhoria do aces-
atualização e informatização da tabela de infor- so e da qualidade dos serviços que compõe as
mação sobre o teor de fenilalanina nos alimentos Redes de Atenção à Saúde (RAS), em especial no
para orientar a dieta dos portadores de fenilceto- âmbito da Atenção Básica (AB), com ampliação
núria, entre outras. da cobertura populacional, reforma e construção
A CGAN é responsável pelas estratégias para de unidades básicas, provimento de profissionais
cumprimento das metas relativas à prevenção de e implementação de equipes de apoio matricial
carências de ferro, vitamina A e vitamina B1 (be- (Núcleos de Apoio à Saúde da Família);
ribéri); atualização da PNAN; garantia de equi- • O acompanhamento sistemático das condi-
pamentos antropométricos para as Unidades Bá- cionalidades de saúde dos beneficiários do Pro-
sicas de Saúde; aumento de cobertura do Sistema grama Bolsa Família (PBF) realizado pelas equi-
de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN); pes de Atenção Básica de todo o país;
apoio a estudos e pesquisas que possam trazer • O conjunto de ações desenvolvidas no es-
subsídios para a análise do estado nutricional e copo do Programa Saúde na Escola (PSE), pela
do consumo alimentar e nutricional da popula- parceria das equipes de AB com os profissionais
ção brasileira; elaboração de um Plano Nacional de educação das escolas nos territórios;
Intersetorial de prevenção e controle da obesida- • A Política Nacional de Promoção da Saúde,
de; pactuação da redução do teor de sódio nos na qual a promoção da alimentação adequada e
alimentos processados prioritários; expansão dos saudável é uma das agendas prioritárias3;
Centros Colaboradores de Alimentação e Nutri- • O Plano de ações estratégicas para o enfren-
ção e implementação da Rede Social de Nutrição tamento das doenças crônicas não transmissíveis
do SUS (RedeNutri). (DCNT) no Brasil 2011-2022, com definição de
Ainda no escopo dessa diretriz, compete a metas e ações do Ministério da Saúde a serem de-
CGSCAM∕DAPES∕SAS a meta referente à expan- senvolvidas em parceria com outros setores28. A
são dos bancos de leite humano. Cabe ressaltar publicação das diretrizes para a organização da
que, para cumprimento das metas de sua respon- prevenção e do tratamento do sobrepeso e obesi-
sabilidade, a CGAN necessita articular-se com dade como linha de cuidado prioritária da Rede
outras coordenações do próprio Departamento de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças
de Atenção Básica e outras áreas do Ministério Crônicas29, e seus desdobramentos junto às Se-
da Saúde, como o Departamento de Assistência cretarias Estaduais e Municipais de Saúde;
Farmacêutica (DAF∕SCTIE) e o Departamento de • As políticas de promoção da equidade e seus
Informática do SUS (Datasus∕SEGEP), além de respectivos planos operativos, construídas em
outras instituições parceiras como a Organização parceria com a sociedade civil organizada e com
4337

Ciência & Saúde Coletiva, 19(11):4331-4340, 2014


os movimentos sociais, que objetivam diminuir O SISAN tem por objetivos formular e imple-
as diferenças históricas no acesso ao SUS por mentar Políticas e Planos de Segurança Alimentar
parte de diversos grupos vulneráveis como as po- e Nutricional, estimular a integração dos esforços
pulações Negra, LGBT, do Campo, da Floresta e entre governo e sociedade civil, bem como pro-
das Águas, Cigana e em Situação de Rua30; mover o acompanhamento, o monitoramento e
• A Política Nacional de Educação Popular a avaliação da Segurança Alimentar e Nutricional
em Saúde (PNEP-SUS), que visa implementar a do País10. Integram esse Sistema:
Educação Popular em Saúde no âmbito do SUS, 1. A Conferência Nacional de Segurança Ali-
compreendendo-a como prática político-peda- mentar e Nutricional (CNSAN), instância res-
gógica orientadora de processos educativos e de ponsável pela indicação ao Conselho Nacional de
trabalho social emancipatório, buscando levar a SAN (CONSEA) das diretrizes e prioridades da
autonomia às pessoas e a horizontalidade entre Política e do Plano Nacional de SAN, bem como
os saberes técnico-científicos e populares e con- pela avaliação do SISAN;
siderando fundamental o respeito à diversidade, 2. O CONSEA, órgão de assessoramento ime-
o enfrentamento das desigualdades sociais e de diato ao Presidente da República, a quem cabe,
qualquer forma de discriminação e opressão31; entre outras competências, articular, acompa-
• Os avanços na discussão sobre atenção às nhar e monitorar, em regime de colaboração com
necessidades alimentares especiais no SUS, com os demais integrantes do Sistema, a implementa-
construção de orientações técnicas para a orga- ção e a convergência de ações inerentes à Política
nização da terapia nutricional na RAS, de forma e ao Plano Nacional de SAN;
participativa junto a sociedades de especialistas, 3. A Câmara Interministerial de Segurança
instituições de ensino e pesquisa, gestores e pro- Alimentar e Nutricional (CAISAN), integrada
fissionais do SUS. por Ministros de Estado e Secretários Especiais
Entre os atuais desafios para ampliar as con- responsáveis pelas pastas afetas à consecução
tribuições do SUS para a SAN estão: a inclusão da SAN, com as atribuições de elaborar, a partir
desta temática nos processos de formação e edu- das diretrizes emanadas do CONSEA, a Política
cação permanente dos profissionais de saúde, a e o Plano Nacional de SAN, indicando diretri-
exemplo dos cursos promovidos no escopo do zes, metas, fontes de recursos e instrumentos de
Programa de Valorização dos Profissionais da acompanhamento, monitoramento e avaliação
Atenção Básica (PROVAB) e do Telessaúde Brasil de sua implementação;
Redes; e a implementação do Programa de Aqui- 4. Os órgãos e entidades de SAN da União,
sição de Alimentos (PAA), junto a rede hospitalar dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
do SUS, visando promover a doação e aquisição pios; e,
de produtos da agricultura familiar para a pro- 5. As instituições privadas, com ou sem fins
dução de refeições nesses serviços de saúde por lucrativos, que manifestem interesse na adesão e
meio da articulação junto ao Ministério do De- que respeitem os critérios, princípios e diretrizes
senvolvimento Social e Combate à fome (MDS) e do SISAN.
Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). À exemplo do SUS, o SISAN também prevê
a participação e o controle social por meio do
Mecanismos de governança da Política CONSEA e conferências de SAN. Mas, o CON-
Nacional de Segurança Alimentar SEA se constitui em um órgão de assessoramento
e Nutricional no âmbito federal do Presidente da República tendo caráter consul-
tivo, diferente dos Conselhos de Saúde que tem
Um recente arcabouço legal instituciona- caráter deliberativo para o SUS. É composto por
liza os mecanismos de governança da Política dois terços de representantes da sociedade civil e
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional um terço de representantes governamentais, sen-
(PNSAN). A Lei Nº 11.346 de 15 de setembro do responsável por convocar e organizar as con-
de 2006, Lei Orgânica de Segurança Alimentar ferências de SAN e propor à CAISAN as diretri-
e Nutricional (LOSAN), criou o SISAN, estabe- zes e prioridades do PLANSAN, incluindo-se os
lecendo seus princípios, diretrizes, objetivos e requisitos orçamentários para sua consecução32.
composição, por meio do qual o poder público, A CAISAN tem a finalidade de promover a
com a participação da sociedade civil organizada, articulação e a integração dos órgãos e entidades
deverá formular e implementar políticas, planos, da administração pública federal afetos à área de
programas e ações com vistas em assegurar o di- SAN. Deve elaborar, a partir das diretrizes ema-
reito humano à alimentação adequada10. nadas do CONSEA, a Política e o Plano Nacional
4338
Alves KPS, Jaime PC

de Segurança Alimentar e Nutricional, indicando ção e à articulação das políticas públicas emer-
neste último as metas, fontes de recursos e instru- gem nos espaços de negociação e construção
mentos de acompanhamento, monitoramento e compartilhada. Como a hierarquia de poder no
avaliação de sua execução. O Plano Ministerial da âmbito das políticas públicas em que se destacam
CAISAN é composto pelos representantes gover- as políticas macroeconômicas.
namentais dos Ministérios que são membros na- Ainda entre os desafios, cabe destacar a ne-
tos do CONSEA33. O Ministério da Saúde é mem- cessidade de promover o diálogo e articulação
bro do CONSEA e da CAISAN, sendo seu repre- também entre os diferentes conselhos de controle
sentante titular o Ministro da Saúde e suplente o social das políticas públicas, a exemplo do CON-
Coordenador Geral de Alimentação e Nutrição. SEA e do Conselho Nacional de Saúde (CNS),
Somente em 2010 foi publicado o Decre- com vistas a ampliar o debate e participação dos
to que regulamenta a LOSAN, institui a Política diferentes segmentos da sociedade na definição
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional de prioridades para políticas intersetoriais e no
(PNSAN) e estabelece os parâmetros para a ela- seu monitoramento. A Comissão Intersetorial de
boração do PLANSAN, sendo este o principal ins- Alimentação e Nutrição (CIAN) do CNS precisa
trumento de planejamento, gestão e execução da ser reconhecida e utilizada como um espaço para
Política Nacional de SAN26. O I PLANSAN tem a esse diálogo.
mesma vigência do Plano Plurianual - PPA (2012- A efetiva intersetorialidade necessita que a
2015) e está estreitamente relacionado às metas e articulação dos diferentes setores ocorra em todo
iniciativas nele definidas, o que traz para a esfera o ciclo de planejamento, desde a definição de ob-
estratégica do planejamento da ação pública a ga- jetivos comuns, estratégias de ação, definição de
rantia das condições de sua implementação. metas e recursos para alcança-las, assim como
das formas de monitoramento e avaliação. Desta
forma, cada setor poderá identificar e compreen-
Considerações finais der melhor suas responsabilidades na agenda co-
mum, priorizando em sua agenda específica essas
A incorporação da intersetorialidade nas políti- ações. Ao mesmo tempo em que uma agenda se-
cas públicas voltadas a promoção da Segurança torial importante para a garantia de direitos pode
Alimentar e Nutricional tem possibilitado a ar- ser mais valorizada e incentivada, se incluída no
ticulação de diferentes áreas técnicas de governo escopo de uma agenda intersetorial com um ob-
que passaram a integrar agendas coletivas e com- jetivo mais amplo.
partilhar objetivos comuns. Nesta perspectiva, Nesse sentido, a experiência em curso de diá­
a intersetorialidade tem grande potencial para logo entre a PNAN e a PNSAN, e entre o SUS e
produzir melhores condições para garantia de o SISAN, pode contribuir para a construção de
direitos à população. Porém, novos problemas e outros diálogos entre políticas públicas para a
desafios relacionados à superação da fragmenta- promoção da saúde.

Colaboradores

KPS Alves trabalhou na concepção e na redação


do artigo; e PC Jaime na concepção e na revisão
crítica e aprovação da versão a ser publicada.
4339

Ciência & Saúde Coletiva, 19(11):4331-4340, 2014


Referências

1. Organização Mundial da Saúde. Declaração de Adelai- 14. Leão MM, organizador. O direito humano à alimenta-
de sobre a Saúde em Todas as Políticas: no caminho de ção adequada e o Sistema Nacional de Segurança Ali-
uma governança compartilhada, em prol da saúde e do mentar e Nutricional. Brasília: ABRANDH; 2013.
bem-estar. Relatório do encontro internacional sobre a 15. Buss PM, Pellegrini Filho A. A Saúde e seus Deter-
Saúde em Todas as Políticas, Adelaide, 2010. [acessado minantes Sociais. Physis: Rev. Saúde Coletiva 2007;
2014 ago 24] Disponível em: http://bvsms.saude.gov. 17(1):77-93.
br/bvs/publicacoes/declaracao_adelaide.pdf 16. Pinheiro ARO. A alimentação saudável e a promoção
2. Organização Mundial da Saúde. Declaração de Helsinki da saúde no contexto da segurança alimentar e nutri-
sobre a Saúde em Todas as Políticas. 8ª Conferência cional. RSD 2005; 29(70):125-139.
Global sobre Promoção da Saúde, Helsinki, Finlândia, 17. Burlandy L. Segurança Alimentar e Nutricional: in-
2013. [acessado 2014 ago 24] Disponível em: http:// tersetorialidade e ações de nutrição. Saúde em Revista
www.who.int/healthpromotion/conferences/8gchp/en/ 2004; 6(13):9 -15.
3. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Vigilân- 18. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Aten-
cia em Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. ção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política
Brasília: MS; 2006. Nacional de Alimentação e Nutrição. 2. ed. rev. Brasília:
4. Vasconcelos FA. Combate à fome no Brasil: uma análise MS; 2003.
histórica de Vargas a Lula. Rev Nut 2005; 18(4):439-457. 19. Pinheiro ARO, Carvalho DBB. Estado e Mercado: ad-
5. Leão MM, Castro IRR. Políticas públicas de alimenta- versários ou aliados no processo de implementação da
ção e nutrição In: Kac, G, Sichieri R, Gigante DP, or- Política Nacional de Alimentação e Nutrição? Elemen-
ganizadores. Epidemiologia Nutricional. Rio de Janeiro: tos para um debate sobre medidas de regulamentação.
Fiocruz, Atheneu; 2007. p. 519-541. Saúde e Sociedade 2008; 17(2):170-183.
6. Arruda BKG, Arruda IKG. Marcos referenciais da traje- 20. Recine E, Vasconcellos AB. Políticas nacionais e o cam-
tória das políticas de alimentação e nutrição no Brasil. po da Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva: ce-
Rev Bras Saude Mater Infant 2007; 7(3):319-326. nário atual. Cien Saude Colet 2011; 16(1):73-79.
7. Frozi DS, Galeazzi MAM. Políticas Públicas de Ali- 21. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Aten-
mentação no Brasil: uma revisão fundamentada nos ção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia
conceitos de bem estar social e segurança alimentar e Alimentar para a população brasileira: promovendo a
nutricional. Cad Debate 2004; XI:58-83. alimentação saudável. Brasília: MS; 2008.
8. Anjos LA, Burlandy L. Construção do conhecimento e 22. World Health Organization (WHO). Global strategy
formulação de políticas públicas no Brasil na área de on diet, physical activity and health. Food Nutr Bull
segurança alimentar. Cien Saude Colet 2010; 15(1):19- 2004; 25(3):292-302.
30. 23. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Portaria nº 4.279 de
9. Arruda BKG, Arruda IKG. Políticas de Alimentação e 30/12/2010. Estabelece diretrizes para a organização da
Nutrição no Brasil: breve enfoque dos delineamentos Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único
conceituais e propositivos. In: Taddei, JAAC, Lang, de Saúde (SUS). Diário Oficial da União 2010; 31 dez.
RMF, Silva, GL, Toloni, MHA, organizadores. Nutrição 24. Brasil. Decreto nº 7.272, de 25 de Agosto de 2010. Re-
em Saúde Pública. Rio de Janeiro: Rubio; 2012. p. 397- gulamenta a Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006,
410. que cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e
10. Brasil. Lei nº 11.346 de 15 de setembro de 2006. Cria o Nutricional - SISAN com vistas a assegurar o direito
Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricio- humano à alimentação adequada, institui a Política
nal – SISAN com vistas a assegurar o direito humano à Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - PN-
alimentação adequada e dá outras providências. Diário SAN, estabelece os parâmetros para a elaboração do
Oficial da União 2006; 18 set. Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional,
11. Brasil. Emenda Constitucional nº 64, de 4 de fevereiro e dá outras providências. Diário Oficial da União 2010;
de 2010. Altera o art. 6º da Constituição Federal para 26 ago.
introduzir a alimentação como direito social. Diário 25. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção
Oficial da União 2010; 4 fev. à Saúde. Departamento de Atenção Básica e Comissão
12. Valente FLS, Burity V, Franceschini T, Carvalho MF. Intersetorial de Alimentação e Nutrição do Conselho
Segurança Alimentar e Nutricional e o Direito Huma- Nacional de Saúde. Documento-base de subsídio do Se-
no à Alimentação Adequada. In: ABRANDH. Curso de minário Estadual de Alimentação e Nutrição no SUS.
formação à distância em Direito Humano à Alimentação Brasília: MS; 2010.
Adequada no contexto da Segurança Alimentar e Nutri- 26. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Aten-
cional - Módulo 1. Brasília: ABRANDH; 2007. ção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política
13. Valente FLS, Burity V, Franceschini T. O DHAA, a Nacional de Alimentação e Nutrição. Brasília: MS; 2012.
SAN, a saúde e a promoção da alimentação saudável 27. Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e
e adequada. In: ABRANDH. Curso de formação à dis- Nutricional (CAISAN). Plano Nacional de Segurança
tância em Direito Humano à Alimentação Adequada no Alimentar e Nutricional: 2012/2015. Brasília: CAISAN;
contexto da Segurança Alimentar e Nutricional - Módulo 2011.
7. Brasília: ABRANDH; 2007.
4340
Alves KPS, Jaime PC

28. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Vigi-


lância em Saúde. Departamento de Análise de Situação
de Saúde. Plano de Ações Estratégicas para o Enfren-
tamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis
(DCNT) no Brasil 2011-2022. Brasília: MS; 2011.
29. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Portaria nº 424, de
19∕03∕2013. Redefine as diretrizes para a organização da
prevenção e do tratamento do sobrepeso e obesidade
como linha de cuidado prioritária da Rede de Atenção
à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas (republica-
da). Diário Oficial da União 2013; 28 maio.
30. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Gestão
Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à
Gestão Participativa. Políticas de promoção da equidade.
Brasília: MS; 2013.
31. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Gestão
Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à
Gestão Participativa. Política Nacional de Educação Po-
pular em Saúde. Brasília: MS; 2012.
32. Brasil. Presidência da República. Decreto Nº 6.272,
de 23 de novembro de 2007. Dispõe sobre as compe-
tências, a composição e o funcionamento do Conse-
lho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional -
CONSEA. Diário Oficial da União 2007; 26 nov.
33. Brasil. Presidência da República. Decreto Nº 6.273, de
23 de novembro de 2007. Cria, no âmbito do Sistema
de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN, a Câ-
mara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutri-
cional. Diário Oficial da União 2007; 26 nov.

Artigo apresentado em 18/06/2014


Aprovado em 11/08/2014
Versão final apresentada em 12/08/2014

Вам также может понравиться