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TreeDC: Um Algoritmo de Coleta de dados Ciente da Energia

para Redes de Sensores sem Fio∗


Daniel L. Guidoni1
Orientadora: Raquel A. F. Mini1 ,
Co-Orientador: Max do V. Machado2
1
Departamento de Ciência da Computação
Pontifı́cia Universidade Católica de Minas Gerais
Av. Dom José Gaspar, 550 – 30.535-500 Belo Horizonte, MG
daniellguidoni@yahoo.com.br, raquelmini@pucminas.br
2
Departamento de Ciência da Computação
Universidade Federal de Minas Gerais
Av. Antônio Carlos, 6627 – 30.123-970 Belo Horizonte, MG
maxm@dcc.ufmg.br

Abstract. A Wireless Sensor Network (WSN) is a new kind of ad-hoc network


and it is composed by small devices capable of accomplishing distributed sens-
ing. Such devices possess small processing capacity, memory and mainly energy.
Due to these specific characteristics, traditional distributed algorithms should
be reviewed. In this work, we discuss the data collect problem in WSNs and
present a new data collect protocol aware of the amount energy spent.

Resumo. Redes de Sensores sem Fio (RSSFs) são consideradas um novo tipo
de redes ad hoc e são compostas por pequenos dispositivos computacionais
capazes de realizar sensoriamento distribuı́do. Esses dispositivos possuem pe-
quena capacidade de processamento, memória e, principalmente, de energia.
Devido essas novas caracterı́sticas especı́ficas, algoritmos distribuı́dos tradi-
cionais devem ser revistos e re-projetados. O presente trabalho discute o pro-
blema da coleta de dados em RSSFs e é apresentado um novo protocolo de
coleta da dados ciente da energia consumida na rede.

1. Introdução
Durante os últimos anos, grandes avanços na tecnologia de circuitos integrados possi-
bilitaram o surgimento de pequenos dispositivos com micro sensores de baixo custo que
se comunicam através de uma interface sem fio. Esses dispositivos possuem baixa ca-
pacidade de memória, processamento e principalmente de energia. Uma rede composta
por esses sensores é chamada de Rede de Sensores sem Fio (RSSF) [Estrin et al., 1999,
Kahn et al., 1999] e essas revolucionarão a captura e processamento de informações em
várias situações. As RSSFs podem ser utilizadas em aplicações industriais, médicas, mi-
litares, fı́sicas e em ecossistemas.
RSSFs, devido a restrição de memória, processamento e principalmente de en-
ergia, possuem novos desafios na criação de algoritmos, protocolos de rede e software

Trabalho realizado com apoio do Probic/PUC Minas.

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Figura 1. Mapa de energia de uma rede de sensores sem fio.

no qual, qualquer desenvolvimento deve considerar os recursos do nó. Em particular,


em RSSFs, a energia gasta na transmissão de dados é três ordens de grandeza maior
comparado à gasta no processamento de dados. Desse modo, qualquer solução de
comunicação para este tipo de rede, como o roteamento, deve ser eficiente de modo a
gastar uma quantidade menor de energia, prolongando o tempo de vida da rede.
A comunicação de dados em RSSFs pode ser dividida em três partes:
disseminação que é a comunicação do nó sink para os nós sensores, coleta que é a
comunicação dos nós sensores para o nó sink e colaboração que é a comunicação feita
entre os nós sensores. Em cada caso tem-se diferentes objetivos. A comunicação do
nó sink para um conjunto de nós sensores é freqüentemente utilizada para disseminar
informação que seja importante para esses nós. Por exemplo, o sink pode disseminar
uma novo interesse para rede, ou alterar o modo de operação de uma parte da rede ou da
mesma como um todo. Este tipo de comunicação é chamada de disseminação de dados.
A comunicação dos nós sensores para o nó sink é usada para enviar dados de eventos mo-
nitorados. Finalmente, a comunicação feita entre os nós vizinhos acontece quando algum
tipo de cooperação é necessária entre os nós e esse tipo de comunicação é chamada de
cooperação. Neste trabalho, será tratada a comunicação de dados dos nós sensores ao nó
sink ou seja, a coleta de dados.
Em RSSFs, a quantidade de energia restante em cada nó pode ser representada
pelo mapa de energia. O mapa de energia para RSSF pode ser representado por uma
imagem em tons de cinza, como ilustrado na Figura 1. As áreas com tons de cinza
escuro representam partes da rede que possuem pouca energia restante. As áreas mais
claras contêm nós com grande quantidade de energia. Com uma análise deste mapa, é
possı́vel identificar partes da rede, onde falhas podem ocorrer devido à falta de energia
[Zhao et al., 2002]. O conhecimento das áreas com pouca quantidade de energia é útil em
muitas atividades em RSSFs como roteamento, reconfiguração, fusão de dados e algorit-
mos de gerenciamento de rede. Um ponto importante é que o mapa de energia é útil para
prolongar o tempo de vida da rede. Em [Mini et al., 2004], é apresentado uma abordagem
baseada em predição para construir o mapa de energia para redes de sensores sem fio e
que será utilizado neste trabalho.
Vários algoritmos distribuı́dos têm sido propostos. Em [Deb et al., 2002], é pro-
posto o TopDisc, um algoritmo de descobrimento da topologia em redes de sensores.
A topologia é um importante modelo de estados da rede que implicitamente fornece
informação sobre seus nós ativos e o mapa de conectividade. A topologia de rede pode

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ajudar na administração da mesma e na análise de seu desempenho. Para qualquer rede,
o conhecimento preciso da sua topologia é uma condição prévia para tarefas adminis-
trativas [Deb et al., 2002] como: fusão de dados e roteamento. O TopDisc tem como
resultado a criação de uma árvore topológica da rede (TreC). Essa árvore é criada com a
menor quantidade de nós possı́veis que abrange o maior espaço fı́sico da rede.
Neste trabalho, um novo algoritmo de roteamento baseado no TopDisc, mapa de
energia e classe de nós é proposto. Os nós são divididos em classes de consumo conforme
suas respectivas funções na rede que podem ser sensorear e rotear. As classes de nós e
o mapa de energia são inseridos no algoritmo original do TopDisc, formando o TreeDC
(Tree Data Collection) para que a escolha dos nós que participam da árvore topológica
seja feita levando-se em consideração a quantidade de energia do nó. Com essas novas
caracterı́sticas, o TreeDC cria uma árvore topológica com os melhores nós em relação
à quantidade de energia local da rede, proporcionando um roteamento ciente da energia
consumida e ao mesmo tempo economizando energia, já que os nós que irão rotear os
pacotes são os nós pertencentes à classe roteadora, ou seja, os nós da árvore topológica.
Este trabalho está organizado da seguinte maneira. Na seção 2 serão mostrados
alguns trabalhos relacionados. A seção 3 mostra o conceito de classes de nós, quais
classes serão utilizadas neste trabalho, seu funcionamento e será descrito o protocolo
de coleta de dados TreeDC. Os resultados obtidos com a utilização deste protocolo será
mostrado na seção 4. Na seção 5 serão discutidas as conclusões obtidas e as direções
futuras deste trabalho.

2. Trabalhos Relacionados
Nesta seção será brevemente discutido o roteamento em RSSFs e construção da mapa de
energia.

2.1. Roteamento em RSSF


Vários protocolos de roteamento foram e estão sendo propostos para RSSFs
[Akyildiz et al., 2002]. Devido à natureza das RSSFs, os requerimentos básicos para a
técnica de roteamento é escalabilidade e robustez para a coleta de dados. Os algoritmos
para este ambiente são projetados para estender o tempo de vida da rede, conseqüente-
mente, provendo um mecanismo de comunicação robusto e consumo de energia eficiente.
Algumas das técnicas existentes para comunicação em RSSF são mostradas a seguir.
O algoritmo mais simples para o roteamento de informações é o flooding. A idéia
básica desse algoritmo é a inundação da rede com os pacotes de roteamento. Quando um
nó recebe um pacote, ele o envia para todos os seus vizinhos, até que em um determinado
momento, o pacote chega ao destino. O problema desse algoritmo é a quantidade de
pacotes transmitidos desnecessariamente. Por outro lado, o algoritmo encontra o menor
caminho da origem ao destino, pois explora todas as possı́veis possibilidades.
Em [Intanagonwiwat et al., 2000] é proposto o Direct Diffusion, um novo
paradigma para a comunicação entre os nós sensores. O objetivo deste protocolo é es-
tabelecer uma comunicação eficiente entre os nós sensores e o sink. O modelo proposto
introduz dois conceitos. O primeiro é o data-centric em que os dados gerados pelos sen-
sores são identificados por um par de valor atributo. Neste caso, o sink requisita um
determinado dado para rede enviando a identificação do par valor atributo desejado. Este

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processo é chamado envio de interesse. O outro conceito é denominado data-aggregation
no qual os nós intermediários procuram agregar os eventos recebidos em um único evento
com o objetivo de reduzir o número de transmissões realizadas e a quantidade de dados
armazenada pela rede.
Em [Heinzelman et al., 2000], [Heinzelman, 2000], foi proposto outro
paradigma para construção de algoritmos distribuı́dos, o LEACH (Low-Energy Adapta-
tive Clustering Hierarchy). O protocolo LEACH tem por objetivo reduzir o consumo de
energia. O protocolo foi desenvolvido para redes hierárquicas e utiliza ciclos durante os
quais são formados agrupamentos de nós, denominados clusters, onde um nó é escolhido
como lı́der. O lı́der do cluster é responsável por repassar os dados do seu cluster para a
estação base com um único hop, o que limita o tamanho da rede em função do raio de
alcance do rádio.

2.2. Mapa de Energia


Quando se coleta informações de energia da rede, obtém-se o mapa de energia. O mapa de
energia fornece a informação sobre a quantidade de energia disponı́vel em cada parte da
rede. A energia é o principal recurso num nó sensor, todos os outros recursos dependem
da energia, como processador, dispositivo de sensoriamento e rádio. A utilização do mapa
pode indicar quais regiões da rede estão prestes a falhar, ajudando a determinar áreas onde
podem ser feitas novas deposições de sensores.
O mapa de energia utilizado para este trabalho é baseado em técnicas de predição
[Mini et al., 2003, Mini et al., 2004], no qual cada nó calcula um modelo de consumo que
procura representar o comportamento do seu gasto de energia futuro. A sua quantidade de
energia, juntamente com o seu modelo de consumo, é enviado ao nó sink, que por sua vez
irá montar o mapa de energia da região. Desta forma, o nó somente reenviará os dados,
se o modelo de consumo de energia não mais representar o seu real consumo. Com isso,
os nós enviarão uma quantidade menor de pacotes, o que representa uma diminuição na
energia gasta com a criação do mapa e, conseqüentemente, um aumento no tempo de vida
da rede.

3. TreeDC
Em [Deb et al., 2002], é descrito um algoritmo de descoberta de topologia (TopDisc)
para RSSFs. TopDisc seleciona um conjunto de nós distintos, e constrói um mapa de
conectividade baseado nas informações dos nós. O TopDisc organiza a rede logicamente
na forma de agrupamentos e forma uma árvore de agrupamentos (TreC) com raiz no nó
sink. O TopDisc é completamente distribuı́do e utiliza apenas a informação local dos nós
sensores.
No processo de criação da TreC, considera-se três tipos de nós na rede:

• Branco: nós que ainda não receberam nenhum pacote de descobrimento de


topologia.
• Preto: nó lı́der de um cluster, que transmite o pacote de solicitação de descobri-
mento de topologia aos seus nós vizinhos.
• Cinza: nó que recebeu um pacote de descobrimento de topologia de algum nó
preto.

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O processo de criação desta árvore pode ser descrito da seguinte forma:

• O nó que inicia a solicitação de descobrimento de topologia torna-se um nó preto


e replica o pacote de solicitação de descobrimento de topologia.
• Todos os nós brancos tornam-se nós cinza quando eles recebem um pacote de um
nó preto. Cada nó cinza replica a solicitação para todos os seus vizinhos após um
tempo aleatório inversamente proporcional a sua distância ao nó preto que enviou
o pacote de solicitação.
• Quando um nó branco recebe um pacote de um nó cinza ele se torna preto com
um tempo aleatório. Neste mesmo tempo, se ele recebe algum pacote de outro
nó preto, ele se torna um nó cinza. Novamente o tempo aleatório é inversamente
proporcional à distância do nó que recebeu a solicitação do nó que enviou.
• Uma vez cinzas ou pretos, os nós ignoram qualquer outro pacote de solicitação de
descobrimento de topologia.

Durante a criação da árvore, considera-se um raio virtual para a comunicação


entre os nós. Esse raio é usado logicamente apenas para a criação da árvore. O tamanho
do raio virtual utilizado neste trabalho é metade do raio normal de comunicação do nó.
Isso é feito para obter-se dois nós pretos vizinhos, podendo assim ter conectividade de
comunicação entre nós pretos.

(a) Etapa 1. (b) Etapa 2.

(c) Etapa 3. (d) Etapa 4.

Figura 2. Criação da árvore topológica (R = raio, vR = raio virtual e maxD = maior


distância e aresta = conexão entre nós pretos ).

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A figura 2 exemplifica em quatro etapas como árvore topológica é criada. A
figura 2a ilustra a etapa 1. Nesta etapa, começa o descobrimento da árvore topológica.
O nó que começa o descobrimento torna-se um nó preto e transmite o pacote de desco-
brimento para seus vizinhos dentro do raio virtual. Na figura 2b, pode-se observar que
todos os nós brancos (nós ainda não descobertos por nenhum pacote de descobrimento
de topologia) dentro do raio virtual tornaram-se nós cinzas, pois receberam um pacote
de descobrimento de topologia de um nó preto. Na etapa 3, observada na figura 2c, de
acordo com um tempo aleatório e inversamente proporcional a distância (quanto maior a
distância, menor o tempo) do nó que enviou o pacote de solicitação, o nó replica o pacote
de descobrimento de topologia para todos seus vizinhos dentro do raio virtual. A última
etapa pode ser observada na figura 2d. O nó que recebeu o pacote de descobrimento de
um nó cinza torna-se preto de acordo com um tempo aleatório e inversamente propor-
cional a distância ao nó que enviou o pacote. Assim, pode-se perceber nessa figura que
um novo nó preto foi descoberto. Se um nó marcado para tornar-se preto receber um
pacote de descobrimento de algum nó preto, este torna-se cinza, o que também pode ser
observado nessa figura juntamente com a conectividade entre os nós pretos. Esses passos
descritos são executados para todos os nós da rede, criando a árvore topológica da mesma
utilizando apenas informações locais dos nós.
Desta forma, os nós pretos são os nós que irão participar da TreC (árvore de rotea-
mento). O raio utilizado no roteamento é o raio normal do nó e não mais o raio virtual
utilizado na criação da árvore. Com esse algoritmo, pode-se afirmar que essa árvore terá
a menor quantidade de nós conseguindo abranger o maior espaço fı́sico da rede.
É importante perceber que o TopDisc tenta criar a árvore topológica com uma
maior abrangência de nós possı́veis na rede. Pode acontecer casos especı́ficos nos quais,
nós isolados sem vizinhos próximos não façam parte da abrangência da árvore topológica.
O objetivo deste trabalho é a criação de um novo protocolo de coleta de dados
em RSSFs. Foram inseridos dois novos conceitos no algoritmo do TopDisc para criar o
TreeDC: mapa de energia e classe de nós. O mapa de energia foi utilizado na construção
da árvore topológica, ocasionando um critério de escolha dos nós desta árvore. Este
critério é a quantidade de energia restante que o nó possui. Com esse critério, o TreeDC
seleciona os melhores nós locais da rede. Com essa mudança, é possı́vel garantir que o
roteamento de informações na rede seja feito pela rota que possui a maior quantidade de
energia disponı́vel. O nó sink, de posse do mapa de energia da rede, pode fazer inferência
para descobrir se algum nó roteador está com pouca energia e prestes à morrer, ou se
em um futuro próximo, este ficará sem energia. Assim quando for disparada uma nova
recriação da árvore de roteamento, é passado um limiar de energia (calculado a partir
do mapa de energia) para que somente nós com quantidade superior ao limiar possam
participar da nova árvore.
A introdução do conceito de classe de nós no algoritmo original do TopDisc pro-
porciona uma economia de energia, já que os nós são divididos por funções: sensorear
e rotear. Assim, o algoritmo utiliza duas classes de nós distintas, classe sensoreadora e
classe roteadora. Os nós pertencentes à classe roteadora têm função apenas de rotear pa-
cotes, sejam estes recebidos de um nó da classe sensoreadora ou roteadora. Os nós que
fazem parte desta classe são os nós pertencentes a árvore de roteamento. Os modelos
de funcionamento dos nós das classes definidas são baseados no modelo de estados do

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SEDM (State-based Energy Dissipation Model) descrito em [Mini, 2004] que possui 6
modos de operação: modo 1 (sensor desligado, rádio desligado), modo 2 (sensor ligado,
rádio desligado), modo 3 (sensor desligado, rádio recebendo), modo 4 (sensor ligado,
rádio recebendo), modo 5 ( sensor desligado, rádio transmitindo) e modo 6 (sensor ligado
e rádio transmitindo).
Os nós roteadores possuem a função de rotear os pacotes na rede. Os nós perten-
centes a essa classe possui 2 modos de operação: modo 3 e modo 5. O nó começa no
modo 3 e quando algum pacote é recebido, o nó muda seu estado para o modo 5 e trans-
mite o pacote para o seu nó pai na árvore de roteamento. Logo após essa transmissão, o
nó volta para o modo 3 e fica a espera de novos pacotes.
Os nós que pertencem à classe sensoreadora têm função apenas de sensorear e
transmitir a informação de sensoriamento para algum nó roteador. O TopDisc tenta garan-
tir que no raio de comunicação de qualquer nó terá um nó da árvore de roteamento. Com
isso, todos os pacotes são roteados até o nó sink. Os nós pertencentes a essa classe possui
3 modos de operação: modo 1, modo 2 e modo 4 e, de acordo com uma certa probabili-
dade e eventos acontecendo na rede o nó transita entre os modos 1, 2 e 4. Se não houver
evento na rede, o nó irá dormir segundo uma certa probabilidade. Após um time-sleeping,
o nó volta para o modo 2. Quando algum evento é sensoreado, o nó muda seu modo para
4 e, segundo uma certa probabilidade transmite o pacote com as informações. Após a
transmissão o nó volta para o modo 2.
O funcionamento deste protocolo pode ser descrito da seguinte maneira:
• Inicialmente, todos os nós da rede pertencem à classe roteadora.
• O sink dissemina na rede um pacote contendo informações da descoberta de
topologia e um limiar de energia que define quem poderá participar da árvore
de roteamento.
• O algoritmo TreeDC escolhe entre os nós da rede os melhores em relação à energia
para compor a árvore de roteamento.
• Todos os nós que não participam da árvore de roteamento são alterados dinamica-
mente para classe sensoreadora.
Estas etapas podem ser executadas no inı́cio ou em qualquer momento da
simulação. Se o nó sink, com o mapa de energia, percebe que nós da árvore de roteamento
estão preste a falhar, este dissemina informações na rede para que estas etapas possam ser
refeitas, escolhendo assim novos nós para participarem da nova árvore de roteamento. A
execução destas etapas durante a simulação da rede gera o problema de sincronização. Os
nós da rede de alguma forma teriam que estar sincronizados para que no instante de tempo
que a árvore de roteamento fosse criada, todos os nós da rede estariam funcionando como
roteador. Esse tema será tratado na seção 5. Assim, a recriação da árvore de roteamento
será tratada de forma estática. Todos os nós saberão previamente em que instante eles
terão que se sincronizar para a recriação da árvore.

4. Resultados de Simulação
Nesta seção será mostrado os resultados da coleta de dados utilizando o TreeDC. Será
comparado a coleta de dados do algoritmo TreeDC e do algoritmo flooding. Para analisar
o desempenho da coleta de dados, os dois algoritmos foram implementados no simulador

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ns-2 [ns2, 2002]. Na próxima seção, será mostrado o cenário utilizado nas simulações.
Na seção 4.2, poderá ser visto os resultados de simulação dos algoritmos implementados.
4.1. Cenário
Neste trabalho, foi considerado uma rede de sensores com nós estáticos e homogêneos,
e a não reposição de bateria. Existe um nó estático com quantidade de energia ilimitada,
localizado na parte inferior do lado direito da área de deposição dos nós e chamado de nó
sink. Os nós são depositados aleatoriamente, formando uma rede com topologia de alta
densidade. Eventos são estático e sua duração, raio e posição são criados aleatoriamente.
Todos os eventos sensoreados na rede são roteados ao nó sink.
A rede simulada possui 500 nós, cada nó possui uma energia inicial de 40 J e
raio de comunicação de 10m. A topologia da rede possui 50x50m. Essas variáveis são
utilizadas em todas as simulações. Neste cenário, cada nó tem uma média de 52 vizin-
hos. Durante a simulação, esse número poderá ser reduzido pois alguns de seus vizinhos
poderá entrar no estado de dormência. Os resultados de todas as simulações foram obti-
dos através da média de 33 simulações, onde cada simulação possui 1000 segundos. A
obtenção do mapa de energia é feita utilizando-se o modelo baseado em predição proposto
em [Mini et al., 2003, Mini et al., 2004].
4.2. Resultados de Simulação
Como mostrado na seção 3, o protocolo de roteamento TreeDC utiliza o conceito de
classes de nós. Sabe-se que o consumo dos nós pertencentes a estas classes são difer-
entes. Isso ocorre pois cada classe de nó possui diferentes modos de funcionamento. A
figura 3a mostra a comparação do consumo de energia entre as classes de nós definidas.
Nesta figura, apenas uma árvore de roteamento é criada no inicio da simulação. Pode-
se observar que o consumo de energia dos nós pertencentes à classe roteadora é muito
maior comparado ao consumo dos nós da classe sensoreadora, pois aqueles ficam com
seu rádio ligado todo o tempo de simulação. Este gráfico mostra também um problema
de se construir apenas uma árvore durante a simulação. Os nós pertencentes à árvore de
roteamento gastam mais energia, com isso, durante a simulação alguns desses nós podem
ficar sem energia, ocasionando uma ausência do roteamento dos pacotes na rede ou em
partes da rede. Sabe-se que os primeiros nós da árvore (os nós mais próximos do sink)
gastarão mais energia, pois terão que retransmitir mais pacotes. Se estes nós ficarem sem
energia todo o roteamento da rede ficará comprometido.
Com o objetivo de prolongar o tempo de vida do roteamento, o algoritmo do
TreeDC executa recriações da árvore de roteamento durante a simulação. Nas figuras 3b e
3c, pode-se observar o consumo de energia das classes quando ocorre recriação da árvore
de roteamento. Quando uma recriação é executada, somente nós acima de um limiar de
energia são escolhidos para participarem da nova árvore de energia. Este limiar é um
parâmetro passado pelo sink aos nós na criação da árvore. Assim, a árvore de roteamento
terá nós renovados com relação a energia, prolongando o tempo de vida do roteamento na
rede.

As figuras 4a e 4b mostram a comparação do consumo de energia e a quantidade


de pacotes transmitidos entre o TreeDC e flooding. Pode-se observar na figura 4b que o
flooding consome mais transmissões do que o TreeDC.

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40 40
Classe Sensoreadora Classe Sensoreadora
Classe Roteadra Classe Roteadra

35 35

30 30
Média da energia (J)

Média da energia (J)


25 25

20 20

15 15

10 10

5 5

0 0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Tempo (s) Tempo (s)

(a) Uma criação da árvore de roteamento. (b) Duas criações da árvore de roteamento.
40
Classe Sensoreadora
Classe Roteadra

35

30
Média da energia (J)

25

20

15

10

0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Tempo (s)

(c) Três criações da árvore de roteamento.

Figura 3. Comparação do consumo médio de energia entre as classe de nós.

Este bom resultado do TreeDC observado na figura 4b se deve ao fato da árvore


de roteamento ser construı́da com o objetivo de se obter a menor quantidade de nós
abrangendo o maior espaço fı́sico da rede. Por outro lado, o flooding faz uma inundação
de pacotes na rede, tendo várias transmissões desnecessárias. Um problema do TreeDC
é que quanto mais árvores de roteamento são criadas mais eventos são perdidos. Isso se
deve ao fato de que a criação da árvore consome 3 segundos, e se dentro destes 3 segundos
ocorrer alguma evento, este será perdido.
40 100000
flodding
1 criação
2 criação
35 3 criação

80000
30
Pacotes Transmitidos
Média da energia (J)

25
60000

20

40000
15

10
20000

5 flooding
1 Criação
2 Criações
3 Criações
0 0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Tempo (s) Tempo (s)

(a) Comparação entre o consumo médio da (b) Comparação entre o número médio de pa-
energia. cotes transmitidos.

Figura 4. Comparação entre o TreeDC e flooding.

Com relação ao consumo médio de energia o TreeDC também obteve o melhor re-
sultado. Na figura 4a pode ser observado este bom desempenho. O motivo principal deste

XXIV CTIC 232


bom desempenho é devido a utilização de classes de nós pelo TreeDC. Com a utilização
dessas classes, poucos nós consomem muita energia (nós roteadores) e muitos nós con-
somem pouca energia. Outro motivo por esse desempenho é que o TreeDC transmite
menos pacotes no roteamento, conseqüentemente consome menos energia.
Se durante as simulações da rede, os conflitos de pacotes fossem levados em
consideração, a diferença do consumo de energia e até mesmo o número de pacotes trans-
mitidos entre os dois algoritmos seria ainda mais favorável ao TreeDC, pois, devido a
inundação de pacotes feita pelo flooding, o número de conflitos e re-transmissões seria
alto, consumindo uma quantidade ainda maior de energia.

5. Conclusões e Direções Futuras


Neste trabalho, foi proposto o TreeDC, um novo algoritmo para coleta de dados em
RSSFs. A idéia principal deste algoritmo é a combinação do conceito de classes de nós e
mapa de energia com a árvore topológica da rede. Como discutido na seção anterior, esta
combinação mostrou-se bastante eficiente.
A comparação feita entre os dois algoritmos de roteamento mostrou que o TreeDC
possui melhores resultados com relação ao consumo de energia e pacotes transmitidos.
Como o objetivo principal de um protocolo de roteamento é a economia de energia,
o TreeDC mostrou-se bastante eficiente. Os resultados de simulação mostraram que o
TreeDC chega a consumir menos da metade da energia com relação ao flooding. Com
relação a quantidade de pacotes transmitidos, o TreeDC também mostrou-se bastante efi-
1
ciente, transmitindo aproximadamente 10 dos pacotes em relação ao flooding para efetuar
o roteamento de informações na rede. Uma vantagem da utilização do flooding, é que a
taxa de entrega dos pacotes é muito alta. O TreeDC foi projetado com o mesmo objetivo
e também possui uma alta taxa de entrega dos pacotes já que a árvore de roteamento não
possui falhas em sua construção.
O trabalho apresentado pode ser estendido em várias direções. A primeira direção
é definir qual será o melhor tempo para recriar a árvore de roteamento. O TreeDC atual
recria a árvore em intervalos de tempo pré-definidos, o que não é uma boa solução, pois
a recriação da árvore de roteamento pode estar sendo desnecessária, os nós pertencentes
a antiga árvore podem possuir uma quantidade considerável de energia para continuar
trabalhando como roteador. Assim, a recriação da árvore deve ser iniciada somente no
instante em que o sink perceber que algum nó da árvore de roteamento está prestes a
falhar. O grande problema desta direção futura é o sincronismo dos nós da rede. O
sink de alguma forma deve disseminar a informação da recriação da árvore antes dessa
acontecer, para que os nós da rede possam estar sincronizados durante a recriação.
Uma segunda direção futura é que o atual algoritmo de roteamento TreeDC apenas
executa o roteamento de informações na direção do nó sensor para o sink. Neste caso o
TreeDC deve ser capaz de realizar o roteamento de informações na direção do sink para
os nós sensores que é a disseminação de dados. O que nos leva a direção futura abordada
anteriormente.

Referências
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XXIV CTIC 234

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