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A filosofia de Popper

Popper cunhou o termo "Racionalismo Crítico" para descrever a sua filosofia. Esta
designação é significante e é um indício da sua rejeição do empirismo clássico e do
observacionalismo-indutivista da ciência, que disso resulta. Apesar disso, alguns
académicos, incluindo Ernest Gellner, defendem que Popper, não obstante não se ter
visto como um positivista, se encontra claramente mais próximo desta via do que da
tradição metafísica ou dedutiva.

Popper argumentou que a teoria científica será sempre conjectural e provisória. Não é
possível confirmar a veracidade de uma teoria pela simples constatação de que os
resultados de uma previsão efectuada com base naquela teoria se verificaram. Essa
teoria deverá gozar apenas do estatuto de uma teoria não (ou ainda não) contrariada
pelos factos.

O que a experiência e as observações do mundo real podem e devem tentar fazer é


encontrar provas da falsidade daquela teoria. Este processo de confronto da teoria com
as observações poderá provar a falsidade da teoria em análise. Nesse caso há que
eliminar essa teoria que se provou falsa e procurar uma outra teoria para explicar o
fenómeno em análise. (Ver Falseabilidade). Em outras palavras, uma teoria científica
pode ser falsificada por uma única observação negativa, mas nenhuma quantidade de
observações positivas poderá garantir que a veracidade de uma teoria científica seja
eterna e imutável.

Alguns consideram este aspecto fulcral para a definição da ciência, chegando a afirmar
que "científico" é apenas aquilo que se sujeita a este confronto com os factos. Ou seja:
afirmam que só é científica aquela teoria que possa ser falseável (refutável). Existem
críticas contundentes quanto a esse aspecto. Essas remanescem no bojo da própria
Filosofia que Popper propõe. E porquê? Ao afirmar que toda e qualquer teoria deve ser
falseável, isso se aplica à própria teoria da falseabilidade popperiana. Portanto, a
falseabilidade deve ser falseável em si mesma. Diante dessa evidente necessidade - sob
a pena de sua teoria ser não-universal e portanto derrogada pela sua imprecisão - poderá
existir proposições em que a falseabilidade não é aplicável (vide teorema da
incompletude de Kurt Gödel). Nos dias de hoje, verifica-se que o falsificacionismo
popperiano não é princípio de exclusão, mas tão somente de atribuição de graus de
confiança ao objecto passível do crivo científico.

Para Popper a verdade é inalcançável, todavia devemos nos aproximar dela por
tentativas. O estado actual da ciência é sempre provisório. Ao encontrarmos uma teoria
ainda não refutada pelos factos e pelas observações, devemos nos perguntar, será que é
mesmo assim ? Ou será que posso demonstrar que ela é falsa ? Einstein é o melhor
exemplo de um cientista que rompeu com as teorias da física estabelecidas.

Popper debruçou-se intensamente com a teoria Marxista e com a filosofia que lhe é
subjacente, de Hegel, retirando-lhes qualquer estatuto científico. O mesmo em relação à
psicanálise, cujas teorias subjacentes não são falseáveis (refutáveis).

O seu trabalho científico foi influenciado pelo seu estudo da teoria da relatividade de
Albert Einstein.
[editar] Diferenças entre Popper e Francis Bacon
Comparando o método científico de Karl Popper com a visão baconiana da ciência,
Ernest Gellner afirma em "Relativism and the social sciences" ("Relativismo e as
ciências sociais"):

"a definição do método científico de Popper difere da versão baconiana de


empirismo por sua ênfase na eliminação em vez da ênfase na verificação. No
entanto eles têm em comum um determinado ponto: quer nós verifiquemos ou
refutemos, de qualquer forma fazêmo-lo com a ajuda de duas ferramentas e
apenas duas: a lógica e a confrontação com os factos. As teorias são julgadas por
dois juízes: consistência lógica e conformidade com os factos. A diferença entre
os dois modelos situa-se apenas em saber se os factos condenam os pecadores
ou canonizam os santos. Para o jovem Popper havia alguns pecadores
apropriadamente certificados, mas nunca santos definitivamente canonizados".

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