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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

YNGRID RAYANE FREITAS DO NASCIMENTO

ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS E


DIMENSIONAMENTO DE LONGARINAS DE PONTES COM
TABULEIROS EM VIGAS MÚLTIPLAS DE CONCRETO
ARMADO

NATAL-RN
2018
Yngrid Rayane Freitas do Nascimento

Análise da distribuição de cargas e dimensionamento de longarinas de pontes com tabuleiros


em vigas múltiplas de concreto armado

Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade


Monografia, submetido ao Departamento de
Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do Título de Bacharel em
Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Dr. José Neres da Silva Filho

Natal-RN
2018
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede

Nascimento, Yngrid Rayane Freitas do.


Análise da distribuição de cargas e dimensionamento de
longarinas de pontes com tabuleiros em vigas múltiplas de
concreto armado / Yngrid Rayane Freitas do Nascimento. - 2018.
138 f.: il.

Monografia (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do


Norte, Centro de Tecnologia, Curso de Engenharia Civil. Natal,
RN, 2018.
Orientador: Prof. Dr. José Neres da Silva Filho.

1. Pontes - Monografia. 2. Concreto armado - Monografia. 3.


Distribuição de cargas - Monografia. 4. Tabuleiros em vigas
múltiplas - Monografia. I. Silva Filho, José Neres da. II.
Título.

RN/UF/BCZM CDU 624.012.4

Elaborado por Ana Cristina Cavalcanti Tinôco - CRB-15/262


Yngrid Rayane Freitas do Nascimento

Análise da distribuição de cargas e dimensionamento de longarinas de pontes com tabuleiros


em vigas múltiplas de concreto armado

Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade


Monografia, submetido ao Departamento de
Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do Título de Bacharel em
Engenharia Civil.

Aprovado em 26 de novembro de 2018:

__________________________________________________________________
Prof. José Neres da Silva Filho, D.Sc. (DEC-UFRN) - (Orientador)

__________________________________________________________________
Prof. Rodrigo Barros, D.Sc. (DEC-UFRN) - (Examinador Interno)

__________________________________________________________________
Arthur da Silva Rebouças, M.Sc. (CBTU-RN) - (Examinador Externo)

Natal-RN
2018
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à


WASHINGTON LUIZ DO NASCIMENTO E
MARIA SUELI DE FREITAS.
AGRADECIMENTOS

À Deus, por tudo.

À minha querida mãe Sueli, que sempre me apoiou e garantiu que eu tivesse toda a
ajuda possível para transpor os obstáculos, e cuja sabedoria e força me inspiraram nos
momentos de dificuldade.

Ao meu pai Washington, que sempre me incentivou a ir mais longe, me fazendo


acreditar que não haveria objetivo que eu não pudesse alcançar se me dispusesse a trabalhar
para atingi-lo. Obrigada por nunca me deixar desistir.

Às minhas irmãs, Letícia e Lívia, pelo apoio nas horas de dificuldade.

Ao meu orientador José Neres da Silva Filho, pela orientação incansável, o empenho e
a confiança. Obrigada pelos conhecimentos que me passou e por contribuir para o avanço da
minha carreira acadêmica.

A todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste


trabalho.

Yngrid Rayane Freitas do Nascimento


“Os que semeiam em lágrimas
segarão com alegria. Aquele que leva a
preciosa semente, andando e chorando,
voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo
consigo os seus molhos.”

Salmos 126:5-6
RESUMO

Análise da distribuição de cargas e dimensionamento de longarinas de pontes com


tabuleiros em vigas múltiplas de concreto armado

A importância do estudo da distribuição transversal de cargas em pontes com


tabuleiros de vigas múltiplas se justifica no fato de que uma ponte com várias longarinas
constitui um problema de elevado grau de hiperestaticidade e, portanto, de alta complexidade.
Neste contexto, a análise da repartição transversal de cargas usualmente é efetuada
empregando métodos analíticos aproximados, os quais, apesar de apresentarem certas
limitações, representam a realidade do problema satisfatoriamente, e continuam sendo
amplamente empregados nos escritório de cálculo. No presente trabalho foram analisados dois
métodos analíticos aproximados de repartição de carga: o de Engesser-Courbon (Método de
Grelha) e o de Guyon-Massonet (Método de Placa Equivalente). Além destes, foi também
aplicada a proposta de análise preconizada pela American Association of State Highway and
Transportation Officials (AASHTO), com o intuito de confrontar os resultados deste com os
obtidos pelos demais. Para isso, o modelo considerado consiste em uma ponte da classe TB-
450 formada por sete longarinas retas, com comprimento total de 45 metros e largura de 13
metros. A aplicação dos três modelos em estudo produziu resultados em termos de esforços
cisalhantes e momentos fletores, a partir dos quais foram calculadas as armaduras
correspondentes.

Palavras Chave: Pontes. Concreto Armado. Distribuição de cargas. Tabuleiros de vigas


múltiplas.
ABSTRACT

Title: Load Distribution Analysis and Design of multiple reinforced concrete girder bridges

The importance of the studies on transversal load distribution in bridge decks with
multiple girders is justified by the fact that this kind of structural system presents high
complexity. In that context, the analysis of the transversal distribution of load is usually
carried out using approximate analytical methods, which satisfactorily represent the reality of
the problem. In the present work two approximate analytical methods of load distribution
were analyzed: (a) The method of Engesser-Courbon and (b) the method of Guyon-Massonet.
In addition, the analysis proposal recommended by the American Association of State
Highway and Transportation Officials (AASHTO) was applied in order to compare its results
with those obtained by the others. For this, the model considered consists of a bridge of the
class TB-450 formed by seven longitudinal girders, with total length of 45 meters and width
of 13 meters. The application of the three models under study produced results in terms of
shear forces and bending moments, from which the corresponding reinforcement was
calculated.

Keywords: Bridges. Reinforced Concrete. Load Distribution. Decks with Multiple Girders.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA PÁGINA
Figura 1.1 - Inventário de OAE’s federais. .............................................................................. 16
Figura 1.2 - Tipo de material empregado nas OAE’s federais. ................................................ 16
Figura 1.3 - Ponte sobre o rio Coxim, na MS-142, trecho Camapuã – São Gabriel do Oeste. 17
Figura 2.1- Partes constituintes de uma ponte .......................................................................... 20
Figura 2.2 - Representação do tabuleiro com múltiplas vigas assimilado a uma grelha .......... 23
Figura 2.3 - Perfil de deformação da transversina .................................................................... 24
Figura 2.4 - Deslocamento de corpo rígido para um tabuleiro com 5 longarinas .................... 25
Figura 2.5 - Tabuleiro: (a) de largura infinita; (b) de dimensões finitas. ................................. 28
Figura 2.6 - Aplicação do trem-tipo HL-93 a uma linha de influência de momento fletor: (a)
Aplicação das cargas dos pneus; (b) Aplicação da carga distribuída. ...................................... 32
Figura 3.1 - Esquema geral da ponte com os principais elementos constituintes .................... 35
Figura 3.2 - Seção transversal típica de rodovias e OAE's de pista simples ............................ 36
Figura 3.3 - Dimensões da laje do tabuleiro ............................................................................. 37
Figura 3.4 – Características geométricas: (a) Barreira lateral; (b) Mísulas verticais ............... 39
Figura 3.5 - Detalhes da cortina e da laje de transição ............................................................. 41
Figura 3.6 - Seção transversal .................................................................................................. 41
Figura 4.1 - Esquema de cálculo .............................................................................................. 42
Figura 4.2 - Área de influência das longarinas 1 e 7 ................................................................ 42
Figura 4.3 - Esquema para obtenção das cargas pontuais permanentes referentes às
transversinas ............................................................................................................................. 43
Figura 4.4 - Subdivisão de área (encontro da ponte) ................................................................ 44
Figura 4.5 – Características geométricas do trem-tipo ............................................................. 46
Figura 4.6 - Seção Transversal da Ponte Carregada ................................................................. 46
Figura 4.7 - Esquema Estrutural das Seções Transversais da Ponte Carregada: (a) Seção
dentro da região do trem-tipo; (b) Fora da região do trem-tipo................................................ 47
Figura 4.8 - Representação das cargas equivalentes do veículo-tipo nas longarinas ............... 47
Figura 4.9 - Esquema para determinação do trem-tipo longitudinal ........................................ 48
Figura 4.10 - Distância das vigas em relação ao eixo de simetria do tabuleiro........................ 49
Figura 4.11 - Diagrama de distribuição de cargas das longarinas 1 e 7 (Engesser-Courbon) .. 50
Figura 4.12 - Esquema para determinação do trem-tipo longitudinal das longarinas 1 e 7 ..... 50
Figura 4.13 - Diagrama de distribuição de cargas das longarinas 2 e 6 (Engesser-Courbon) .. 52
Figura 4.14 -Esquema para determinação do trem-tipo longitudinal das longarinas 2 e 6 ...... 52
Figura 4.15 - Diagrama de distribuição de cargas das longarinas 3 e 5 (Engesser-Courbon) .. 53
Figura 4.16 - Esquema para determinação do trem-tipo longitudinal das longarinas 3 e 5 ..... 53
Figura 4.17 - Esquema para determinação do trem-tipo longitudinal da longarina 4 .............. 54
Figura 4.18 - Largura da mesa colaborante .............................................................................. 55
Figura 4.19 - Eixos coordenados adotados para determinar o yt e a inércia da seção T .......... 56
Figura 4.20 - Seção de cálculo para dimensionamento: (a) Longarinas; (b) Transversinas ..... 57
Figura 4.21 - Gráfico Kα vs posição da carga: (a) Longarina L4; (b) Longarinas L3 e L5; (c)
Longarinas L2 e L6; (d) Longarinas L1 e L7 ........................................................................... 60
Figura 4.22 - Informações para obtenção do trem-tipo das longarinas L1 e L7....................... 61
Figura 4.23 - Informações para determinação do trem-tipo longitudinal das longarinas L2 e L6
.................................................................................................................................................. 62
Figura 4.24 - Informações para determinação do trem-tipo longitudinal das longarinas L3 e L5
.................................................................................................................................................. 63
Figura 4.25 - Informações para determinação do trem-tipo longitudinal da longarina L4 ...... 63
Figura 4.26 - Trem-tipo longitudinal segundo a norma brasileira (NBR 7188, 2013): (a) Sem
carga de multidão na região do trem-tipo; (b) Com carga de multidão na região do trem-tipo.
.................................................................................................................................................. 65
Figura 4.27 - Trem-tipo adaptado à proposta da AASHTO ..................................................... 65
Figura 4.28 - Envoltória do esforço cortante devido à carga móvel (Longarina 1|7) ............... 67
Figura 4.29 - Envoltória do momento fletor devido à carga móvel (Longarina 1|7) ............... 67
Figura 4.30 - Envoltórias de Momentos Combinada das longarinas 1 e 7 (kN.m) – Engesser-
Courbon .................................................................................................................................... 68
Figura 4.31 - Envoltória de Esforço Cortante Combinada – Longarinas 1 e 7 (kN) – Engesser-
Courbon .................................................................................................................................... 69
Figura 4.32 - Envoltórias de Momentos Combinada das longarinas 1 e 7 (kN.m) – Guyon-
Massonet ................................................................................................................................... 69
Figura 4.33 - Envoltória de Esforço Cortante Combinada – Longarinas 1 e 7 (kN) – Guyon-
Massonet ................................................................................................................................... 69
Figura 4.34 - Envoltórias de Momentos Combinada das longarinas 1 e 7 (kN.m) – AASHTO
LRFD ........................................................................................................................................ 70
Figura 4.35 - Envoltória de Esforço Cortante Combinada – Longarinas 1 e 7 (kN) – AASHTO
LRFD ........................................................................................................................................ 70
Figura 4.36 - Trechos de análise ............................................................................................... 74
Figura 4.37 – Envoltória para verificação da armadura transversal à fadiga (Engesser-
Courbon) ................................................................................................................................... 78
Figura 5.1 - Esforços cortantes máximos: (a) Longarinas 1 e 7; (b) Longarinas 2 e 6. ........... 81
Figura 5.2 - Esforços cortantes máximos: (a) Longarinas 3 e 5; (b) Longarina 4. ................... 82
Figura 5.3 - Comparativo entre os esforços cortantes: (a) Longarinas 1 e 7 vs Longarina 2 e 6;
(b) Longarinas 1 e 7 vs Longarina 4. ........................................................................................ 82
Figura 5.4 - Comparativo dos esforços cortantes entre os diferentes métodos: (a) Seção do
apoio central; (b) Seção do meio do vão .................................................................................. 83
Figura 5.4 - Momentos fletores máximos: (a) Longarinas 1 e 7; (b) Longarinas 2 e 6; (c)
Longarinas 3 e 5; (d) Longarina 4. ........................................................................................... 84
Figura 5.6 - Comparativo entre os momentos fletores: (a) Longarinas 1 e 7 vs Longarina 2 e 6;
(b) Longarinas 1 e 7 vs Longarina 4. ........................................................................................ 85
Figura 5.7 - Comparativo dos esforços cortantes entre os diferentes métodos: (a) Seção do
apoio central; (b) Seção do meio do vão .................................................................................. 85
Figura 5.8 - Armadura de cisalhamento: (a) Seção do apoio extremo; (b) Seção do apoio
central. ...................................................................................................................................... 86
Figura 5.9 - Comparativo entre as armaduras cisalhamento: (a) Seção do apoio extremo; (b)
Seção do apoio central. ............................................................................................................. 87
Figura 5.10 - Armadura de flexão: (a) Seção do apoio extremo; (b) Seção do meio do vão; (c)
Seção do apoio central. ............................................................................................................. 88
Figura 5.11 - Diferenças percentuais entre as áreas de aço calculadas: (a) Seção do apoio
extremo; (b) Seção do apoio central; (c) Seção do meio do vão. ............................................. 89
ÍNDICE DE TABELAS
TABELA PÁGINA
Tabela 2.1 - Resumo das ações em pontes ............................................................................... 21
Tabela 2.2 - LLDF e o intervalo de aplicabilidade ................................................................... 31
Tabela 3.1 - Características geométricas recomendadas .......................................................... 37
Tabela 4.1 - Resumo dos carregamentos permanentes ............................................................. 45
Tabela 4.2 - Cargas dos trens-tipo obtidos pelo método de Engesser-Courbon ....................... 55
Tabela 4.3 - Coeficiente de repartição transversal para α = 0 e α = 1, respectivamente (θ =
0,30) .......................................................................................................................................... 59
Tabela 4.4 - Coeficiente de repartição transversal para α = 0,189 e θ = 0,30 .......................... 59
Tabela 4.5 - Coeficientes de repartição transversal calibrados ................................................ 60
Tabela 4.6 - Cargas dos trens-tipo obtidos pelo método de Guyon-Massonet ......................... 64
Tabela 4.7 - Parâmetros geométricos das longarinas internas .................................................. 65
Tabela 4.8 - LLDF's para esforço cortante e momento fletor................................................... 66
Tabela 4.9 - Coeficientes de ponderação para pontes .............................................................. 68
Tabela 4.10 - Dimensionamento à flexão das longarinas, segundo Engesser-Courbon ........... 72
Tabela 4.11 - Dimensionamento à flexão das longarinas, segundo Guyon-Massonet ............. 73
Tabela 4.12 - Dimensionamento à flexão das longarinas, segundo AASHTO LRFD ............. 73
Tabela 4.13 - Dimensionamento ao cisalhamento, segundo Engesser-Courbon ...................... 76
Tabela 4.14 - Dimensionamento ao cisalhamento, segundo Guyon-Massonet ........................ 77
Tabela 4.15 - Dimensionamento ao cisalhamento, segundo AASHTO LRFD ........................ 77
Tabela 4.16 - Correção da área de aço por metro nas seções para atender a verificação da
fadiga nos estribos (segundo Engesser-Courbon) .................................................................... 79
Tabela 4.17 - Correção da área de aço por metro nas seções para atender a verificação da
fadiga nos estribos (segundo Guyon-Massonet)....................................................................... 80
Tabela 4.18 - Correção da área de aço por metro nas seções para atender a verificação da
fadiga nos estribos (segundo AASHTO LRFD) ....................................................................... 80
SUMÁRIO

CAPÍTULO 1
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 15

1.1 Considerações iniciais ................................................................................................ 15


1.2 Justificativa da pesquisa ............................................................................................. 18
1.3 Objetivos .................................................................................................................... 18
1.3.1 Objetivo Geral ........................................................................................ 18
1.3.2 Objetivos Específicos ............................................................................. 18
1.4 Escopo da pesquisa .................................................................................................... 19
CAPÍTULO 2
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 20

2.1 Ações ......................................................................................................................... 20


2.1.1 Cargas Permanentes ................................................................................ 21
2.1.2 Cargas Variáveis ..................................................................................... 21
2.2 Métodos de repartição transversal de cargas em pontes com múltiplas longarinas ... 22
2.2.1 Método de Engesser-Courbon ................................................................ 23
2.2.2 Método de Guyon-Massonet................................................................... 26
2.2.3 Proposta da American Association of State Highway Transportation
Officials (AASHTO) ........................................................................................................ 29
2.3 Pesquisas realizadas ................................................................................................... 32
CAPÍTULO 3
3. MODELO DE ESTUDO .................................................................................................. 35

3.1 Caracterização da ponte ............................................................................................. 35


3.2 Características dos materiais utilizados ..................................................................... 35
3.3 Pré-dimensionamento dos elementos da superestrutura ............................................ 36
3.3.1 Seção transversal .................................................................................... 36
3.3.2 Lajes do tabuleiro ................................................................................... 37
3.3.3 Longarinas .............................................................................................. 38
3.3.4 Barreiras laterais e mísulas ..................................................................... 38
3.3.5 Transversinas .......................................................................................... 39
3.3.6 Lajes de transição e cortinas ................................................................... 40
CAPÍTULO 4
4. ANÁLISE DOS ESFORÇOS SOLICITANTES NAS VIGAS PRINCIPAIS................. 42

4.1 Levantamento de ações permanentes ......................................................................... 42


4.2 Ações móveis ............................................................................................................. 45
4.2.1 Aplicação do método de Engesser-Courbon........................................... 48
4.2.2 Aplicação do método de Guyon-Massonet ............................................. 55
4.2.3 Aplicação da proposta da AASHTO....................................................... 64
4.3 Esforços solicitantes devidos à carga permanente ..................................................... 66
4.4 Esforços solicitantes devidos à carga móvel .............................................................. 67
4.5 Combinação dos carregamentos ................................................................................ 68
4.6 Dimensionamento das longarinas à flexão ................................................................ 70
4.7 Dimensionamento das longarinas à força cortante .................................................... 74
4.8 Verificação das longarinas à fadiga ........................................................................... 78
4.8.1 Armadura de flexão ................................................................................ 78
4.8.2 Armadura de cisalhamento ..................................................................... 78
CAPÍTULO 5
5. ANÁLISE DOS RESULTADOS ..................................................................................... 81

5.1 Esforços solicitantes .................................................................................................. 81


5.1.1.1 Esforço cortante ...................................................................................... 81
5.1.2 Momento fletor ....................................................................................... 84
5.2 Armadura ................................................................................................................... 86
5.2.1 Armadura de cisalhamento ..................................................................... 86
5.2.2 Armadura de flexão ................................................................................ 88
CAPÍTULO 6
6. CONCLUSÕES ................................................................................................................ 90

6.1 Sugestões para trabalhos futuros................................................................................ 91


REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 92
APÊNDICE .............................................................................................................................. 95

A. Diagramas de esforços internos – Cargas permanentes ............................................. 95


B. Envoltória dos esforços solicitantes pelo método de Engesser-Courbon (valores de
cálculo) 98
C. Envoltória dos esforços solicitantes pelo método de Guyon-Massonet (valores de
cálculo) 106
D. Envoltória dos esforços solicitantes pela proposta da AASHTO (valores de cálculo)114
E. Verificação de fadiga das armaduras de flexão ....................................................... 122
F. Verificação da fadiga nas armaduras transversais ................................................... 129
G. Verificação da fadiga no concreto comprimido ....................................................... 135
15

CAPÍTULO 1

1. INTRODUÇÃO

1.1 Considerações iniciais

O Brasil constitui um país de dimensões continentais, com diferentes perfis de relevo e


rico em recursos hídricos. Concomitantemente, é dotado de uma extensa e preponderante
malha rodoviária, representando 60% da matriz de transporte do país, segundo o segundo o
Plano Nacional Logístico de Transportes (PNLT, 2016). De acordo com o Sistema Nacional
de Viação (SNV) do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o
Brasil totaliza atualmente 65.512,2 km de rodovias federais pavimentadas e 11.001,50 km não
pavimentadas.
A superposição das características citadas com a tendência à metropolização e
conurbação dos centros urbanos indica a importância dos engenheiros civis dominarem a arte
de projetar pontes e viadutos, definidas segundo a NBR 7188 (ABNT, 2013) como sendo
estruturas sujeitas a ação de carga em movimento, com posicionamento variável, utilizada
para transpor um obstáculo natural.
Timerman (2017), em um de seus trabalhos voltado para a inspeção de pontes, estima
que no Brasil seja provável que exista aproximadamente 120 mil pontes e viadutos nas
rodovias que cruzam o país. Ainda de acordo com o autor, nove mil destas Obras de Arte
Especiais (OEA’s) estariam sob os cuidados de concessionárias.
O Relatório Gerencial (Atlas de Manutenção Rodoviária) apresentado pelo
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) no final de 2017 indica a
existência de 8.037 obras. As pontes e viadutos em um total de 7.191 representam 90% das
OAE’s, conforme pode ser visto na figura 1.1. Ainda de acordo com Relatório Gerencial, do
total das obras, 97,53% foram construídas em concreto armado e protendido conforme
mostrado na figura 1.2.
As Obras de Artes Especiais (OAE’s) se fazem necessárias principalmente pelo fato da
geografia brasileira ser recortada por diversos obstáculos (rios, vales, vias, entre outros) que
precisam ser transpostos a fim de permitir a continuidade do fluxo modal. Isso traz como
consequência a facilidade de acesso às mais distantes regiões, com o objetivo de atender tanto
ao deslocamento populacional quanto às demandas comerciais relacionadas à logística de
16

transportes de grandes quantidades de cargas por longas distâncias, beneficiando e


propiciando melhor qualidade de vida, além de gerar mais empregos e rendas para o país.

Figura 1.1 - Inventário de OAE’s federais.

3% 4%
Ponte
Passagem
19%
Ponte de madeira
Viaduto

2% Passarela
Túnel

71% Pontilhão

Fonte: Reproduzido de DNIT (2017).

Figura 1.2 - Tipo de material empregado nas OAE’s federais.

0,11% 0,45%
1,92%
Concreto Armado
15,19%
Concreto Protendido

Metálico

Madeira

Mista (metálico e
concreto)

82,33%
Fonte: Reproduzido de DNIT (2017).

Segundo Freitas (2018), o projeto de uma OAE tem caráter interdisciplinar por
abranger durante o seu desenvolvimento várias áreas de conhecimento da engenharia
moderna, tais como: Estruturas, Geologia, Geotecnia, Hidrologia, Topografia, dentre outras.
Como premissa básica, é necessário assegurar que após sua execução e durante toda vida útil
estabelecida em projeto, a OAE atenda todas as exigências relativas à segurança, economia,
funcionalidade, durabilidade e estética.
Devido às vantagens econômicas e construtivas, além da simplicidade e eficiência,
como solução para projetos de Obras de Arte Especial (OAE) a utilização de tabuleiros com
vigas longarinas vem sendo bastante difundida. Nesse contexto, se insere o sistema estrutural
17

de pontes com múltiplas longarinas retas em concreto armado e/ou protendido, conforme
mostrado na figura 1.3, que ocupa lugar de destaque no Brasil e no mundo, com vantagens
econômicas e construtivas notadamente conhecidas (JOVEM, 2016).

Figura 1.3 - Ponte sobre o rio Coxim, na MS-142, trecho Camapuã – São Gabriel do Oeste.

Fonte: Portal Top Mídia News. [1]

Assim é oportuno lembrar que, mesmo sendo um sistema estrutural bastante utilizado,
vários estudos ainda precisam ser realizados no sentido de entender melhor o comportamento
dessas OAE’s, principalmente em temas relacionados à distribuição de carga móvel em
tabuleiros, fadiga nos elementos e interação solo-estrutura. De acordo com Medino (2016), a
análise estrutural para a obtenção dos esforços solicitantes e reações de apoio neste tipo de
obra é realizado por meio de modelos simplificados, onde a análise da superestrutura é
realizada separadamente dos demais elementos constituintes da ponte. Além disso, o modelo
estrutural de grelha da superestrutura formada pelas vigas principais e pelas transversinas é
assimilado a um modelo menos rigoroso através da aplicação de modelos analíticos que serão
descritos e analisados no decorrer deste trabalho. Cabe salientar que, nos últimos anos, alguns
pesquisadores vêm intensificando o estudo de otimização do processo de análise e
dimensionamento dos elementos estruturais das pontes, que vai desde a atualização de
carregamentos móveis (trens tipos normatizados) aplicados, a fim de representar de forma

[1]
Disponível em: <http://www.topmidianews.com.br/cidades/governo-licita-ponte-avaliada-em-r-14-milhao-
para-ser-construida-em/73334/>. Acesso em: jul. 2018.
18

mais fidedigna as ações, até a consideração através de modelos numéricos da interação solo-
estruturas no dimensionamento dos elementos da infraestrutura e mesoestrutura.

1.2 Justificativa da pesquisa

A obtenção de esforços solicitantes devido às cargas móveis em pontes de concreto


com tabuleiros de vigas múltiplas retas, em função da elevada hiperestaticidade do problema,
ainda é um tema que apresenta uma quantidade relativamente pequena de estudos,
principalmente no que diz respeito aos fatores de distribuição das cargas móveis. Neste tipo
de estudo, o tabuleiro da ponte com sistema estrutural em grelha formada por longarinas e
transversinas é assimilado a um modelo menos rigoroso representado por vigas biapoiadas.
Para que esta assimilação seja feita, aplicam-se métodos analíticos tradicionais, por meio dos
quais são determinadas as parcelas de carregamento correspondentes a cada uma das
longarinas (fatores de distribuição). Cabe salientar que, embora os métodos analíticos
normalmente apresentem limitações, estes representam bem o comportamento conjunto da
superestrutura da ponte e ainda são muito utilizados em escritórios de cálculo. É justamente
neste contexto que se insere esta pesquisa, visto que a utilização de modelos de cálculo
considerando os fatores de distribuição de esforços é extremamente difundida no Brasil e no
mundo.

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

O objetivo geral desta pesquisa é analisar a repartição de cargas em pontes rodoviárias


em concreto armado com vigas múltiplas, mediante comparação dos esforços solicitantes
máximos e das áreas de armadura resultantes da aplicação de diferentes métodos analíticos de
distribuição.

1.3.2 Objetivos Específicos

˗ Analisar a distribuição das cargas móveis em uma ponte em concreto armado com
vigas múltiplas com seção transversal contendo sete longarinas, utilizando os Métodos
19

Analíticos de repartição de carga de Engesser-Courbon e de Guyon-Massonet e,


através da proposta da American Association of State Highway Transportation
Officials (AASHTO);
˗ Obter os fatores de distribuição de cargas móveis pelos métodos analíticos de
repartição propostos;
˗ Determinar as envoltórias de esforços máximos de flexão e cisalhamento nas
longarinas da ponte;
˗ Dimensionar as longarinas da ponte e comparar as áreas de armaduras das longarinas
de flexão e cisalhamento para cada um dos modelos de obtenção de carregamentos
móveis.

1.4 Escopo da pesquisa

A pesquisa está desenvolvida em seis capítulos, incluindo este primeiro.


O segundo capítulo trata da revisão da literatura, no qual inicialmente são
apresentados conceitos importantes relativos ao levantamento de ações em pontes, seguido da
apresentação dos Métodos de Analíticos de Engesser-Courbon, Guyon-Massonet, bem como a
proposta da AASHTO, dando enfoque às aproximações e considerações de cada um.
O capítulo 3 traz a descrição do modelo da ponte que será utilizada para a aplicação
dos métodos descritos no capítulo 2, agrupando as informações necessárias ao levantamento
das solicitações permanentes. Além da descrição qualitativa dos materiais e dos elementos
que a compõem, são introduzidas também suas características geométricas.
No capítulo 4 são aplicados os Métodos de Repartição de Carga para a obtenção do
quinhão de carga absorvido por cada longarina, a fim de determinar os esforços máximos de
momento fletor e cortante em cada uma das sete longarinas da ponte em estudo. Ainda neste
capítulo são apresentados os resultados do dimensionamento à flexão e ao cisalhamento,
obtidos individualmente para cada longarina, bem com as alterações decorrentes da
verificação do Estado Limite Último de Fadiga.
No capítulo 5 é realizada a análise e comparação dos esforços solicitantes máximos
(flexão e cisalhamento) e das armaduras de flexão e de cisalhamento para todas as longarinas
dimensionadas.
Finalmente, no sexto e último capítulo são feitas as considerações finais, conclusões
do estudo realizado e sugestões para trabalhos futuros nesta linha de pesquisa.
20

CAPÍTULO 2

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Segundo o DNIT (2004), a ponte é uma estrutura construída sobre uma depressão ou
uma obstrução, tais como água, rodovia ou ferrovia, que sustenta uma pista para passagem de
veículos e outras cargas móveis, e que tem um vão livre, medido ao longo do eixo da rodovia,
de mais de seis metros.
Quanto aos elementos componentes, as pontes possuem três elementos básicos:
Superestrutura, Mesoestrutura e Infraestrutura, cujas características são:
̶ Superestrutura: é o componente superior da ponte, constituída do estrado e dos
elementos que o suportam e todas as cargas nele aplicadas. Possui como função
estrutural a de transmitir as cargas, ao longo dos vãos, para os apoios;
̶ Mesoestrutura: é o componente que engloba todos os elementos que suportam a
superestrutura. A função da mesoestrutura é a de transmitir as cargas da
superestrutura, e a sua própria carga, à infraestrutura;
̶ Infraestrutura: é o componente que assenta todo o peso da estrutura e a ação das
cargas móveis no terreno natural.

Figura 2.1- Partes constituintes de uma ponte

Fonte: Autor (2018).

2.1 Ações

O levantamento das ações representa uma das etapas mais significativas de projeto e,
portanto, merece atenção especial no caso de pontes, cujas ações móveis podem resultar em
21

inversão de esforços solicitantes e fadiga na microestrutura dos materiais. A tabela 2.1


apresenta um resumo das ações que devem ser computadas no estudo de pontes.

Tabela 2.1 - Resumo das ações em pontes

Ações Tipo Causa


Permanentes Peso Próprio da Estrutura
Verticais
Móveis Carga do trem-tipo e multidão
Frenagem e aceleração
Vento longitudinal
Empuxo de terra no encontro
Longitudinais
Empuxo de terra nos pilares
Horizontais Efeitos de temperatura
Retração
Vento transversal
Transversais Pressão da água nos pilares
Impacto nos pilares
Fonte: Autor (2018).

2.1.1 Cargas Permanentes

A NBR 7187 (ABNT, 2003) define as cargas permanentes como aquelas provenientes
do peso próprio da estrutura, inclusive do pavimento, barreiras, guarda-corpo, dispositivos de
sinalização, lastros, trilhos, dormentes (no caso de pontes ferroviárias), enfim, todas as cargas
que atuam ao longo de toda a vida útil da obra.

2.1.2 Cargas Variáveis

As cargas móveis, referentes aos veículos que irão trafegar na ponte, são consideradas
cargas variáveis por não estarem carregando a ponte permanentemente, sendo que a
consideração dessas cargas nos cálculos é sempre feita de modo a considerar as piores
situações.
Essas cargas móveis podem ser assimiladas a cargas estáticas através de um
coeficiente de impacto. Para a NBR 7187 (ABNT, 2013), a majoração dos esforços pelo
coeficiente de impacto é feita através da seguinte equação:

𝜑 = 𝐶𝐼𝑉 ∙ 𝐶𝑁𝐹 ∙ 𝐶𝐼𝐴 (2.1)


Onde:
22

˗ 𝜑 : Coeficiente de impacto;
˗ CIV: Coeficiente de impacto vertical;
˗ CNF: Coeficiente de número de faixas;
˗ CIA: Coeficiente de impacto adicional.
O 𝐶𝐼𝑉 tem a função de amplificar a ação da carga estática, simulando o efeito
dinâmico da carga em movimento e a suspensão dos veículos automotores. Porém não simula
e/ou elimina a necessidade de análise dinâmica nas estruturas sensíveis e/ou de baixa rigidez,
em especial, estruturas de aço, estruturas estaiadas e pênseis. No caso de vãos (𝐿𝑖𝑣 ) entre 10 e
200 metros, o CIV é definido por:
20
𝐶𝐼𝑉 = 1 + 1,06 ∙ ( ) (2.2)
𝐿𝑖𝑣 + 50
O 𝐶𝑁𝐹 está relacionado à probabilidade de a carga móvel ocorrer em função do
número de faixas de rolamento (𝑛). Acostamentos e faixas de segurança não são faixas de
tráfego de rodovia. Este coeficiente é obtido por:
𝐶𝑁𝐹 = 1 − 0,05 ∙ (𝑛 − 2) > 0,9 (2.3)
O 𝐶𝐼𝐴 consiste em um coeficiente destinado à majoração da carga móvel característica
devido à imperfeição e/ou descontinuidade da pista de rolamento, no caso de juntas de
dilatação e nas extremidades das obras. Ele assume os valores de 1,25 para obras em concreto
ou mistas e de 1,15 para obras em aço, conforme a NBR 7188 (ABNT, 2013).

2.2 Métodos de repartição transversal de cargas em pontes com múltiplas


longarinas

A obtenção dos esforços e reações de apoio em uma ponte com múltiplas longarinas
configura um problema de elevada complexidade, tendo em vista o alto grau de
hiperestaticidade que esta estrutura apresenta. Isto se traduz na dificuldade de determinar o
quinhão de cargas que deverá ser considerado no dimensionamento de cada longarina.
Resolver este problema de maneira analítica implicaria em um procedimento
demasiado laborioso, o que tornaria a aplicação corrente impraticável. Nesse contexto,
compreende-se a importância dos métodos aproximados de cálculo, os quais, através de um
algoritmo mais ou menos simples, interpretam a realidade física do problema em seus
aspectos dominantes (SAN MARTIN, 1981).
23

2.2.1 Método de Engesser-Courbon

Desenvolvido em 1940 por Courbon, e posteriormente atribuído à Engesser (Alves et


al., 2004), o objetivo do método é fazer a análise da distribuição transversal de cargas
mediante a criação de um trem-tipo equivalente relativo a uma longarina específica que se
deseja analisar (SANTOS, 2015). Para tanto, a estrutura do tabuleiro é assimilada a uma
grelha (Figura 2.2), se fundamentando na premissa de que as transversinas possuem rigidez à
flexão infinita, desprezando-se os efeitos da torção.

Figura 2.2 - Representação do tabuleiro com múltiplas vigas assimilado a uma


grelha

Fonte: Autor (2018).

A análise pelo método de Engesser-Courbon é possibilitada mediante a adoção das


seguintes hipóteses simplificadoras (STUCCHI, 2015 apud SANTOS, 2015):
˗ A torção uniforme é desprezível;
˗ É valida a lei de Hooke, isto é, as deformações são puramente elásticas;
˗ É válida a hipótese de Navier, que afirma que as seções permanecem planas após as
deformações;
˗ Os deslocamentos são pequenos.

Além das hipóteses básicas supracitadas foram ainda assumidas as descritas a seguir:
˗ As longarinas são paralelas, ligadas entre si perpendicularmente por transversinas e
possuem inércia constante;
˗ As transversinas estão simplesmente apoiadas nas longarinas e admite-se que estas
possuem rigidez infinita a flexão, desprezando-se suas deformações em relação às
deformações das longarinas;
24

Porém, ainda segundo Stucchi (2006, apud SANTOS, 2015), a aplicabilidade do


método está condicionada ao atendimento de alguns critérios, são eles:
˗ A largura do tabuleiro deve ser menor que a metade do vão da ponte;
˗ As transversinas e longarinas devem possuir alturas de mesma ordem de grandeza;
˗ As espessuras das longarinas e das lajes devem ser pequenas em relação às demais
dimensões;

A hipótese de rigidez infinita nas transversinas baseia-se no fato de que, quando


confrontadas com as deformações das longarinas, as das transversinas são relativamente
pequenas, de modo que estas podem ser desprezadas. Desta forma, considera-se que a
transversina deforma como um corpo rígido (Figura 2.3).

Figura 2.3 - Perfil de deformação da transversina

Fonte: San Martin (1981).

Percebe-se, então, que a configuração do eixo da transversina na condição deformada


pode ser descrita por uma equação linear, segundo a forma a seguir:
𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 (2.4)
A parcela de carga (𝑃𝑖 ) que cada longarina recebe pode ser obtida mediante a
compatibilização das flechas das vigas (𝛿𝑖 ) (MEDINO, 2016).
𝑃𝑖
𝛿𝑖 = 𝛼 ∙ (2.5)
𝐸𝐼
Na expressão anterior, os termos “E” e “I” correspondem, respectivamente, ao modulo
de elasticidade do material da viga e ao momento de inércia da seção transversal da mesma. α
é uma constante de proporcionalidade, dada em função do vão e do esquema estático da viga.
Neste ponto, é importante introduzir o conceito de Centro Elástico (C.E.) de uma
seção transversal. Este deve ser entendido como sendo o ponto no qual a aplicação da carga P
resultará em deslocamento vertical constante em todas as vigas, isto é, rotação nula. Nos casos
25

correntes, esta situação não ocorre, de forma que a solução do problema é alcançada ao se
recorrer à superposição de efeitos, conforme mostra a figura a seguir.

Figura 2.4 - Deslocamento de corpo rígido para um tabuleiro com 5 longarinas

Fonte: Autor.

No caso geral, na primeira parcela, tem-se a carga aplicada no C.E., de modo que:
𝛿1 = 𝛿2 = ⋯ = 𝛿 (2.6)
Na segunda parcela, é possível visualizar a rotação gerada pelo momento resultante da
aplicação de P com excentricidade 𝑒. Nesse caso, observa-se que:
𝛿1 𝛿2 𝛿𝑛
= =⋯= (2.7)
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
Mediante análise deste problema, pode-se deduzir a expressão abaixo.
𝐼𝑖 𝐼𝑖 𝑋𝑖
𝑃𝑖 = 𝑃 ( + 𝑒 ) (2.8)
𝑛 ∑(𝐼𝑖 𝑋𝑖 2 )
26

Onde:

˗ 𝑃𝑖 : Parcela de carga da viga longitudinal i;


˗ 𝑃: Carga total aplicada;
˗ 𝑒: Excentricidade da carga total;
˗ 𝑛: Número de longarinas;
˗ 𝐼𝑖 : Inércia da seção transversal da viga i;
˗ 𝑋𝑖 : Distância da viga i em relação ao eixo de simetria da seção transversal.

Para o caso em que as longarinas apresentam a mesma inércia, a expressão acima pode
ser simplificada:
1 𝑒𝑋𝑖
𝑃𝑖 = 𝑃 ( + ) (2.9)
𝑛 ∑ 𝑋𝑖 2

2.2.2 Método de Guyon-Massonet

Em 1946, Guyon decidiu dar continuidade aos estudos do emprego de modelos de


lajes ortotrópicas como hipótese de cálculo, inicialmente apresentado por Huber
(FIGUEIREDO et al., 2017). Mais tarde, Massonet deu sua contribuição ao método ao
introduzir a consideração da rigidez à torção nas vigas.
Em oposição ao que o método de Courbon propõe ao assimilar o tabuleiro da ponte a
uma grelha, o método de Guyon-Massonet o compara a uma laje ortotrópica. Para tanto, faz-
se uma substituição teórica dos elementos do tabuleiro (longarinas, transversinas e laje) por
uma placa ortotrópica equivalente, atribuindo-lhe diferentes rigidezes nos sentidos
longitudinal e transversal, a fim de obter os esforços solicitantes (JOVEM, 2017).
A distribuição de qualquer carregamento no sistema equivalente é aproximada por
meio da expressão abaixo, aplicado paralelamente ao eixo longitudinal da ponte (Figura 2.5).
𝜋𝑥
𝑝(𝑥) = 𝑝 ∙ 𝑠𝑒𝑛 (2.10)
𝐿
Segundo Alves (2004), este método baseia-se na teoria geral das lajes ortotrópicas, na
qual se admitem as seguintes hipóteses básicas:
a) A espessura da placa é constante e pequena em relação às demais dimensões;
b) As deformações são puramente elásticas, obedecem a lei de Hooke e os deslocamentos
são pequenos em relação à espessura da laje;
c) Os deslocamentos são pequenos quando comparados à espessura da laje;
27

d) Pontos alinhados segundo uma normal à superfície média da laje indeformada


encontram-se também linearmente dispostos em uma normal à superfície média na
configuração deformada;
e) Pontos situados na superfície média da laje deslocam-se somente normalmente à
mesma;
f) Em relação ao material, admite-se que as propriedades elásticas sejam constantes,
podendo ser diferentes nas duas direções ortogonais.

Para desenvolvimento do método, além da teoria de lajes ortotrópicas, aplicou-se


também a teoria de grelhas. A associação destas duas vertentes à análise de tabuleiros se
fundamenta na percepção de que um tabuleiro com múltiplas vigas dispostas longitudinal e
transversalmente é uma estrutura intermediária entre uma laje ortotrópica e uma grelha com
vinculação rígida à torção entre seus elementos componentes (SAN MARTIN, 1981).
De acordo com San Martin (1981), a equação diferencial das lajes ortotrópicas
desenvolvida pelos autores do método para representar o comportamento estático do tabuleiro
é dada por:
𝜕 4𝑤 𝜕 4𝑤 𝜕 4𝑤
𝜌𝐿 + 2𝐻 + 𝜌𝑇 = 𝑝(𝑥, 𝑦) (2.11)
𝜕𝑥 4 𝜕𝑥 2 𝜕𝑦 2 𝜕𝑦 4
Onde:
˗ 𝑤: Deslocamento transversal;
˗ 2𝐻: Parâmetro que considera a contribuição da torção, dado por:

2𝐻 = 𝜂𝑥 𝜌𝐿 + 𝜂𝑦 𝜌𝑇 + 𝛾𝐿 + 𝛾𝑇 (2.12)
˗ 𝜂𝑥 , 𝜂𝑦 : Coeficientes que caracterizam o efeito de Poisson;
˗ 𝜌𝐿 : Rigidez à flexão por unidade de largura;
˗ 𝜌𝑇 : Rigidez à flexão por unidade de comprimento;
𝐸𝐼
𝜌𝐿 = (2.12)
𝑡
𝐸𝐽
𝜌𝑇 = (2.13)
𝑞
˗ 𝛾𝐿 : Rigidez à torção por unidade de largura;
˗ 𝛾𝑇 : Rigidez à torção por unidade de comprimento;
𝐺𝐼0
𝛾𝑇 = (2.14)
𝑡
𝐺𝐽0
𝛾𝐿 = (2.15)
𝑞
28

˗ 𝐼0 : Momento de inércia de torção de uma longarina;


˗ 𝐽0 : Momento de inércia de torção de uma transversina;
˗ 𝐺: Módulo de elasticidade transversal;

Segundo na San Martin (1981), a solução da expressão 2.11 é alcançada considerando


a superposição de duas soluções: a primeira referente à 𝑝(𝑥, 𝑦) ≠ 0, admitindo um tabuleiro
de largura infinita (Figura 2.5-a); a segunda referente à 𝑝(𝑥, 𝑦) = 0, admitindo um tabuleiro
de largura 2b (Figura 2.5-b).

Figura 2.5 - Tabuleiro: (a) de largura infinita; (b) de dimensões finitas.

a) b)

Fonte: Reproduzido de San Martin (1981).

Pode-se ainda reescrever a expressão do termo “2H” em função do parâmetro α:


2𝐻 = 2𝛼 √𝜌𝐿 ∙ 𝜌𝑇 (2.16)
Desse modo, a equação diferencial das lajes ortotrópicas passa a ser dada por:
𝜕 4𝑤 𝜕 4𝑤 𝜕 4𝑤
𝜌𝐿 4 + 2𝛼√𝜌𝐿 ∙ 𝜌𝑇 2 2 + 𝜌𝑇 = 𝑝(𝑥, 𝑦) (2.17)
𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑦 4
Para a aplicação do processo de cálculo, são determinados, por meio da expressão
seguinte, os valores dos índices de repartição transversal (𝐾).
𝑤(𝑥, 𝑦)
𝐾= (2.18)
𝑤0 (𝑥, 𝑦)
Onde:
˗ 𝑤(𝑥, 𝑦): Deslocamento da placa ortotrópica devido à aplicação da carga senoidal
segundo uma linha;
˗ 𝑤0 (𝑥, 𝑦): Deslocamento da placa ortotrópica, com a mesma carga distribuída sobre o
tabuleiro de largura 2b.
29

Tendo em vista a complexidade da resolução da expressão acima, Guyon e Massonet


desenvolveram uma séria de tabelas que fornecem diretamente os valores dos índices de
repartição transversal, tendo como dados de entrada o parâmetro de torção (α) e o de
travamento (θ).

Parâmetro de torção (α)


𝛾𝐿 + 𝛾𝑇 (2.19)
𝛼=
2√𝜌𝐿 ∙ 𝜌𝑇
Parâmetro de travamento (θ)

𝑏 4 𝜌𝐿 (2.20)
𝜃= √
𝐿 𝜌𝑇

Onde:

˗ 𝛼 = 0 → Grelha sem torção;


˗ 𝛼 = 1 → Placa isotrópica.
˗ 𝑏: Semi-largura da placa equivalente;
˗ 𝐿: Comprimento da placa equivalente;
˗ 𝜌𝐿 : Rigidez média das longarinas;
˗ 𝜌𝑇 : Rigidez média das transversinas;

2.2.3 Proposta da American Association of State Highway Transportation


Officials (AASHTO)

O primeiro conjunto de especificações relativas ao projeto de pontes nos EUA foi


publicado pela AASHTO (ou AASHO, como era então conhecida) em 1931, no documento
intitulado “Standard Specifications for Highway Bridges and Incidental Structures”.
Posteriormente, esse documento foi renomeado “AASHTO Standard Specifications for
Highway Bridges”, sendo amplamente adotado não apenas pelos departamentos nacionais de
estradas, mas também por outras autoridades responsáveis pelas pontes dentro e fora dos EUA
(TALY, 2015).
De acordo com Sotelino et al. (2004) e Cho et al. (2014), os fatores de distribuição
transversal de cargas, também denominados LLDF (Live Load Distribution Factor), que
foram apresentados nas especificações supracitadas, foram obtidos a partir das pesquisas de
Newmark (1948) e não haviam passado por adequações desde então. Entretanto, as diversas
30

mudanças nos processos de dimensionamento das pontes ocorridas ao longo dos anos levaram
a identificação de inconsistências neste procedimento.
Nas especificações da AASHTO (Standard Specifications for Highway Bridges), as
fórmulas para o cálculo dos LLDF’s haviam sido desenvolvidas considerando longarinas
internas de pontes simplesmente apoiadas, considerando apenas um parâmetro: o espaçamento
entre as longarinas (S) e uma constante (D) que dependia do tipo de ponte e do número de
linhas de carga. Estas foram substituídas pelas especificações da nova e atual norma LRFD,
cujas fórmulas foram produto de um projeto de pesquisa que durou duas décadas intitulado
Projeto NCHRP 12-26 (National Cooperative Highway Research Program). Neste projeto,
foram selecionadas centenas de pontes reais cujas características foram inseridas em um
banco de dados, permitindo a modelagem de uma ponte com características médias
(ZOKAIE, 2000).
Para a análise da repartição de cargas propriamente dita, inicialmente foi desenvolvido
um estudo de sensibilidade com o objetivo de determinar que parâmetros da ponte apresentam
significativa influência no processo de distribuição de cargas. Em seguida, estes parâmetros
foram considerados no desenvolvimento de fórmulas simplificadas. Tendo em vista que a
obtenção destas fórmulas foi possibilitada pela adoção de algumas hipóteses simplificadoras,
observou-se a necessidade de adotar medidas com vistas a determinar a acurácia dos fatores
por estas obtidos.
Para este fim, foram consideradas as pontes catalogadas no banco de dados do projeto,
e estas foram submetidas a métodos de análise comprovadamente mais precisos, como o
Método dos Elementos Finitos (MEF). Este procedimento permitiu validar as fórmulas
desenvolvidas, bem como determinar a faixas de aplicabilidade das mesmas.
As expressões obtidas no projeto NCHRP 12-26 diferem entre si em função do tipo de
ponte, da posição da longarina (interna ou externa), do número de faixas de rolamento e do
esforço a ser analisado. No presente trabalho, serão empregadas as expressões referentes à
uma ponte com sistema estrutural com longarinas e laje com múltiplas faixas de rolamento,
apresentadas a seguir. A tabela 2.2 apresenta as expressões para o LLDF e o intervalo de
aplicabilidade, obtidas a partir.
31

Tabela 2.2 - LLDF e o intervalo de aplicabilidade

Intervalo de
Expressão para o LLDF
aplicabilidade
Longarinas Internas
𝑆 𝑆 2 3,5 ≤ 𝑆 ≤ 16
Cortante 𝐿𝐿𝐷𝐹𝑖𝑛𝑡 = 0,2 + −( ) 20 ≤ 𝐿 ≤ 240
12 35
𝑁𝑏 ≥ 4
3,5 ≤ 𝑆 ≤ 16
20 ≤ 𝐿 ≤ 240
𝑆 0,6 𝑆 0,2 𝐾𝑔 0,1
Momento 𝐿𝐿𝐷𝐹𝑖𝑛𝑡 = 0,075 + ( ) ( ) ( ) 4,5 ≤ 𝑡𝑠 ≤ 12
9,5 𝐿 12𝐿𝑡𝑠 3 10 ≤ 𝐾𝑔 ≤ 7 ∙ 106
4

𝑁𝑏 ≥ 4
Longarinas Externas
𝐿𝐿𝐷𝐹𝑒𝑥𝑡 = 𝑒 ∙ 𝐿𝐿𝐷𝐹𝑖𝑛𝑡
Cortante 𝑑𝑒 −1,0 ≤ 𝑑𝑒 ≤ 5,5
𝑒 = 0,60 +
10
𝐿𝐿𝐷𝐹𝑒𝑥𝑡 = 𝑒 ∙ 𝐿𝐿𝐷𝐹𝑖𝑛𝑡
−1,0 ≤ 𝑑𝑒 ≤ 5,5
Momento 𝑑𝑒
𝑒 = 0,77 +
9,1
Fonte: Adaptado de AASHTO (2017).

Onde:
˗ 𝐿𝐿𝐷𝐹𝑖𝑛𝑡 ; 𝐿𝐿𝐷𝐹𝑒𝑥𝑡 : LLDF das vigas internas e externas, respectivamente;
˗ 𝑆: Espaçamento entre as longarinas, em pé;
˗ 𝑡𝑠 : Espessura da laje do tabuleiro, em polegadas;
˗ 𝐿: Comprimento do vão, em pé;
˗ 𝑁𝑏 : Número de vigas;
˗ 𝐾𝑔 : Parâmetro de rigidez longitudinal, em polegada4 ;
O Parâmetro K g é dado por:
𝐾𝑔 = 𝑛(𝐼 + 𝐴𝑒𝑔2 ) (2.21)
Sendo:
𝐸𝐵
𝑛= (2.22)
𝐸𝐷
Onde:
˗ 𝐸𝐵 , 𝐸𝐷 : Módulo de elasticidade do material da longarina e do tabuleiro,
respectivamente;
˗ 𝐼: Momento de inércia da viga isolada, em polegada4 ;
32

˗ 𝐴: Área da viga isolada, em polegada2 ;


˗ 𝑒𝑔 : Distância vertical entre os centros de gravidade da viga e do tabuleiro, em
polegada;
˗ 𝑑𝑒 : Distância horizontal entre o CG da viga externa e a face interna do guarda corpo,
em pé.
˗ 𝑒: Fator de correção;

Para obtenção dos esforços referentes às cargas dinâmicas em longarinas retas, o


manual de referência para o dimensionamento de pontes da AASHTO (FHWA, 2015)
recomenda a utilização de linhas de influência. Os esforços máximos são obtidos
posicionando um dos eixos do trem-tipo especificado pelo referido manual (denominado HL-
93) na posição que provoca os efeitos mais desfavoráveis (Figura 2.6).

Figura 2.6 - Aplicação do trem-tipo HL-93 a uma linha de influência de momento fletor: (a) Aplicação das
cargas dos pneus; (b) Aplicação da carga distribuída.
a) b)

Fonte: FHWA (2015).

Os esforços assim determinados são ajustados pelos LLDF e pelo IM (Dynamic Load
Allowance), sendo este último equivalente ao coeficiente de impacto especificado pela NBR
7188 (ABNT, 2013).

2.3 Pesquisas realizadas

Algumas pesquisas têm sido feitas nas últimas décadas no Brasil e no mundo com a
finalidade de analisar a distribuição de cargas em tabuleiros de pontes com longarinas retas,
sendo, em sua maioria, focados em determinar a influência do número de transversinas não só
na repartição de cargas, mas também na rigidez do conjunto formado por estas e os demais
elementos da superestrutura.
No Brasil, Almeida & Machado (1996) verificaram a influência das transversinas nos
tabuleiros de pontes em vigas múltiplas, analisando um modelo com seção transversal
33

composta por oito vigas pré-fabricadas ligadas à laje. Como resultado, chegaram a conclusão
de que os momentos fletores nas vigas não sofreram variações significativas em função da
adoção de uma, duas ou nenhuma transversina intermediária, ao passo em que observaram
que a redução do número de vigas acarreta em um acréscimo dos momentos fletores nos
painéis das lajes, especialmente nos modelos sem transversinas.
Araújo et al. (2005) comparam os fatores da distribuição das cargas, através de um
modelo computacional com elementos finitos, de acordo com as prescrições da AASTHO
LRFD (1998), da AASHTO (2002) e da NBR 6118 (2003), com a utilização ou não das
transversinas de apoio e intermediárias. Os pesquisadores concluíram que as mudanças na
distribuição de cargas ocorreram quando a carga foi disposta sobre a longarina central com a
presença da transversina intermediária.
Medino (2016) confrontou os resultados obtidos mediante aplicação dos métodos de
Engesser-Courbon e Guyon-Massonet com os obtidos pelo método das reações de apoio
(Linha de Influência Elástica), considerando modelos estruturais de ponte com tabuleiro
composto por três e sete longarinas. Observou-se que os coeficientes de repartição de carga
obtidos pela aplicação dos modelos analíticos de Engesser-Courbon e Guyon-Massonet
apresentam uma variação um pouco maior para o modelo com três longarinas quando comparados
com o modelo de sete, devido à aproximação do comportamento do tabuleiro da ponte para uma
laje ortotrópica com a diminuição do espaçamento entre os elementos constituintes da
superestrutura da ponte.
No Brasil, Heinen (2016) aplicou quatro métodos teóricos de repartição de cargas,
entre eles o de Engesser-Courbon e o da AASHTO LRFD, permitindo posterior comparação
entre as linhas de influência obtidas através destes com as provenientes de um Sistema de
Pesagem em Movimento (Bridge Weigh in Motion - BWIM), instalado em uma ponte com
quatro longarinas no estado de Goiás. Os dados coletados pelo BWIM foram analisados por
dois algoritmos distintos, sendo que apenas um deles considera o comportamento
bidimensional de uma ponte em vigas e lajes. Ao final, verificou-se que o processo de
Fauchart é o que mais se assemelha ao comportamento observado da ponte.
Ainda no Brasil, recentemente Jovem (2017) analisou modelos de pontes com seções
transversais com três, cinco, sete e oito longarinas principais, comparando os resultados da
repartição de Métodos Analíticos de Cálculo (Engesser-Courbon, Guyon-Massonet,
Leonhardt, Homberg-Trenks e o Processo de Fauchart) com os obtidos com modelos numéricos
idealizados nos softwares SAP2000 e CSIBrigde. Ao final, concluiu que os modelos analíticos e
34

numéricos apresentaram resultados de repartição de carga relativamente próximos à medida que


se aumentou o número de longarinas.
35

CAPÍTULO 3

3. MODELO DE ESTUDO

3.1 Caracterização da ponte

Conforme mostra a figura 3.1, a ponte em estudo é da classe TB-450 conforme a NBR
7188 (ABNT, 2013) e constituída por dois vãos de 18 m, acrescidos de balanços nas
extremidades, cada um com 4,5 m, totalizando o comprimento de 45 m. Considera-se classe
de agressividade ambiental III.

Figura 3.1 - Esquema geral da ponte com os principais elementos constituintes

Fonte: Autor (2018).

3.2 Características dos materiais utilizados

a) Concreto
Segundo a NBR 6118 (ABNT, 2014), o concreto apresenta as seguintes
características:
˗ Concreto com resistência característica à compressão aos 28 dias (𝑓𝑐𝑘 ) de 40 MPa;
˗ Peso específico: 2500 kg/m³;
˗ Coeficiente de Poisson: 0,2.
36

A NBR 6118 (ABNT, 2014) prevê a utilização do módulo de deformação secante 𝐸𝑐𝑠
na avaliação do comportamento de um elemento estrutural ou seção transversal à tração e à
compressão. O valor de 𝐸𝑐𝑠 pode ser obtido por meio da equação:
𝐸𝑐𝑠 = 𝛼𝑖 ∙ 𝐸𝑐𝑖 (3.1)
Sendo:
𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑖 = 0,8 + 0,2 ∙ ≤ 1,0 (3.2)
80
40
𝛼𝑖 = 0,8 + 0,2 ∙ = 0,9
80
𝐸𝑐𝑖 = 𝛼𝐸 ∙ 5600 ∙ √𝑓𝑐𝑘 (𝛼𝐸 = 1 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑖𝑡𝑜 𝑒 𝑔𝑛𝑎𝑖𝑠𝑠𝑒) (3.3)
𝐸𝑐𝑖 = 1 ∙ 5600 ∙ √40 = 35417,5 𝑀𝑃𝑎
Portanto,
𝐸𝑐𝑠 = 0,9 ∙ 35417,5 = 31875,7𝑀𝑃𝑎 = 3,2 ∙ 107 𝑘𝑁/𝑚²

b) Aço
Segundo a NBR 6118 (ABNT, 2014), o aço que constituirá a armadura do concreto
apresenta as seguintes características:
˗ Peso específico: 7800 kg/m³;
˗ Módulo de elasticidade: 2,1 ∙ 108 𝑘𝑁/𝑚²;
˗ Coeficiente de Poisson: 0,3.

3.3 Pré-dimensionamento dos elementos da superestrutura

3.3.1 Seção transversal

Para definição da largura do tabuleiro foram consultadas as recomendações do Manual


de projeto de Obras de Arte Especiais do DNER (1996), apresentadas a seguir.

Figura 3.2 - Seção transversal típica de rodovias e OAE's de pista simples

Fonte: DNER (1996).


37

A largura de cada um desses elementos varia de acordo com a Classe de Projeto, que é
definida da seguinte maneira:

Tabela 3.1 - Características geométricas recomendadas


Classe de projeto
I-B (cm) II (cm) III (cm) IV (cm)
Elemento
VMD>1400 700 <VMD<1400 300 <VMD< 700 50 <VMD< 200
Rodovia O.A.E Rodovia O.A.E Rodovia O.A.E Rodovia O.A.E
Acostamento 300/250 250 250/200 250 250/150 150 150/80 150
Faixa de
360/350 350 360/330 350 350 350 300 300
rolamento
Largura Total 1280 1280 1280 1280 980
VMD: Volume médio diário de tráfego
Fonte: Adaptado de DNER (1996).

Admitindo as características das classes I-B e II, as quais se caracterizam por


apresentarem maior volume diário médio de tráfego, foram consideradas as dimensões
listadas na tabela 3.1. Adotando faixa de rolamento de 3,60 m e acostamento de 2,50 m de
largura, tem-se que a largura total do tabuleiro é 13,00 m.

3.3.2 Lajes do tabuleiro

Conforme a NBR 7187 (ABNT, 2003), em se tratando de lajes maciças destinadas à


passagem de tráfego rodoviário, deve-se respeitar a altura mínima de 15 cm. Em face desta
condição, optou-se por adotar espessura h da laje igual a 25 cm. A figura 3.3 permite observar
que, mesmo no ponto em que a espessura da laje assume seu valor mínimo (18 cm, logo
abaixo da barreira), esta ainda está em conformidade com a norma.

Figura 3.3 - Dimensões da laje do tabuleiro

Fonte: Autor (2018).


38

3.3.3 Longarinas

O tabuleiro é apoiado por sete longarinas, uma vez que a concepção de pontes com
múltiplas longarinas tem se tornado cada vez mais frequente, dado que este sistema facilita a
execução do tabuleiro com lajes pré-moldadas, prática que amplifica a eficácia do processo
produtivo.
Para o pré-dimensionamento das longarinas foram consideradas tanto as
recomendações apresentadas por Andrade (2010), as quais baseiam-se na experiência de
diversos autores, quantos as prescrições apresentadas na NBR 6118 (ABNT, 2014).
Para determinação da altura das longarinas (ℎ𝑣 ), propõe que é razoável admitir que
esta deva variar entre 1/10 a 1/12 do comprimento do vão (ANDRADE, 2010). Tendo em
vista que o maior vão observado na ponte tem comprimento de 18 m, tem-se que:
18,0
ℎ𝑣 = = 1,50 𝑚
12
18,0
ℎ𝑣 = = 1,80 𝑚
10
Portanto, serão empregadas longarinas com 1,80 m de altura, valor este que atende os
requisitos apresentados, de modo a garantir mais rigidez ao conjunto.
Quanto à dimensão da base da seção transversal, a NBR 7187 (ABNT, 2003)
estabelece, em seu item 9.1.4.1, que:

As vigas de seção retangular e as nervuras das vigas de seção T,


duplo T ou celular concretadas no local, nas estruturas de que trata
esta Norma, não devem ter largura de alma 𝑏𝑤 menor do que 20 cm.

A fim de atender a determinação apresentada acima, optou-se por adotar base de 50


cm para as longarinas.

3.3.4 Barreiras laterais e mísulas

Serão empregadas barreiras laterais rígidas do tipo New Jersey, as quais seguem as
prescrições estabelecidas pela Norma 109 do DNIT (2009) e cuja seção transversal encontra-
se representada da figura 3.4-a.
As mísulas horizontais são vantajosas no sentido de que aumentam a área de contato
entre longarinas e transversinas, distribuindo melhor as tensões. Entretanto, como será visto
adiante, uma das exigências para aplicação do método de Guyon-Massonet é de que as
39

longarinas apresentem inércia constante, de modo que se optou por suprimir as mísulas
horizontais. Deste modo, as longarinas apresentarão largura constante e igual a 50 cm.
Serão empregadas apenas mísulas verticais em ambos os lados interno e externo da
seção transversal. Com base em consulta a projetos similares, as mísulas internas
apresentarão 15 cm de altura e 45 cm de comprimento, enquanto que as mísulas externas
apresentarão 15 cm de altura e 1,00 m de comprimento, conforme apresentado no esquema
abaixo. Não serão empregadas mísulas nas transversinas.

Figura 3.4 – Características geométricas: (a) Barreira lateral; (b) Mísulas verticais

a) b)

Fonte: Autor (2018).

3.3.5 Transversinas

Além disso, são previstas vigas secundárias ou transversinas com a finalidade de


promover o travamento das longarinas e impedir a rotação das mesmas em torno de seu eixo
longitudinal. As transversinas servem de apoio para a laje do tabuleiro, quando são ligadas a
ela, e contribuem para a rigidez dos vigamentos sujeitos a cargas excêntricas. Estas também
promovem a elevação da rigidez transversal do tabuleiro de modo a melhorar a distribuição
transversal das cargas móveis pelas vigas principais. Servem ainda para minimização do vão
longitudinal da laje, permitindo menores espessuras para esta.
Para as transversinas de apoio e as transversinas de vão assumiu-se unidas a laje. Além
das transversinas de apoio, haverá também transversinas intermediárias situadas no meio dos
vãos, sendo que estas contribuem consideravelmente para o enrijecimento transversal da
estrutura.
40

Quanto às dimensões à altura da seção transversal das transversinas intermediárias,


pode-se citar a recomendação Leonhardt (1979) a qual propõe atribuir às mesmas pelo menos
75% da altura da longarina. Portanto, tem-se:
ℎ𝑡𝑟𝑎𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑖𝑛𝑎 = 75% ∙ ℎ𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎𝑟𝑖𝑛𝑎 = 0,75 ∙ 1,80 = 1,35 𝑚
As transversinas intermediárias e de apoio terão 1,35 m de altura. Deve-se atentar ao
fato de que este valor também foi selecionado levando-se em consideração a necessidade de
haver um desnivelamento entre as bases das longarinas e transversinas, de modo a garantir
que não haverá interferências entre as armaduras positivas de ambas. A literatura recomenda
que esse desnível deva ser de, pelo menos, 15 cm. A partir da altura da longarina, definida
anteriormente, calcula-se que o desnível entre a mesma e as transversinas de apoio será de
0,20 m. Por fim, mediante vasta pesquisa a projetos similares, observou-se que a base das
vigas transversais normalmente varia de 25 a 30 cm. Tendo em vista que o mínimo permitido
pela NBR 7187 (ABNT, 2003) é de 20 cm, será adotada para as transversinas de apoio a
dimensão de 0,35 m e, no caso das intermediárias, a base valerá 0,25 m.

3.3.6 Lajes de transição e cortinas

A NBR 7187 (ABNT, 2003) recomenda a execução de lajes de transição nas


extremidades das pontes a fim de estabelecer uma transição adequada entre a estrutura
propriamente dita e os aterros de acesso, eliminando os inconvenientes oriundos de recalques
desses aterros, tais como o desconforto causado pelo aparecimento de desníveis.
A ponte será provida de lajes de transição, de 4,00 metros de comprimento e 25 cm de
espessura, ligadas à estrutura ou ao encontro por meio de articulações de concreto, sem
armadura passante, e apoiadas no aterro de acesso. A figura 3.5 expõe de maneira mais
adequada os aspectos relevantes da geometria da mesma.
As cortinas, por sua vez, são transversinas extremas, dotadas no lado externo de um ou
dois dentes ao longo de todo o seu comprimento; o dente superior, obrigatório, suporta a laje
de transição, e o inferior, aconselhável, define melhor a contenção do aterro e as armaduras
das cortinas (DNIT, 2004).
As dimensões da cortina também estão apresentadas na figura 3.5. Como é possível
notar na representação, as cortinas serão dotadas de uma viga inferior, que consiste no
alargamento da base da mesma, cuja função é conferir maior estabilidade no combate aos
esforços de empuxo de terra. Observa-se ainda que foram adotadas abas laterais para
41

contenção do aterro junto às extremidades da estrutura, cujas espessuras foram fixadas em


0,25 m. As abas laterais tem espessura de 0,25 m.

Figura 3.5 - Detalhes da cortina e da laje de transição

Fonte: Autor (2018).

Com base em todas as informações apresentadas até este ponto, é possível apresentar a
seção transversal que será considerada no pré-dimensionamento (Figura 3.6).

Figura 3.6 - Seção transversal

Fonte: Autor (2018).


42

CAPÍTULO 4

4. ANÁLISE DOS ESFORÇOS SOLICITANTES NAS VIGAS PRINCIPAIS

4.1 Levantamento de ações permanentes

Tendo em vista que a ponte a ser projetada apresenta sete longarinas, a parcela de
carga permanente referente a cada uma será determinada estabelecendo áreas de influência.
Em função da simetria da seção transversal, os carregamentos das longarinas 1 e 7, 2 e 6 e 3 e
5 são idênticos. A figura 4.1 mostra o modelo de análise que esquematiza a distribuição dos
carregamentos permanentes nas longarinas.

Figura 4.1 - Esquema de cálculo

Fonte: Autor (2018).

a) Carga permanente g 1 para as longarinas 1 e 7 (g 1(1|7) )


A carga g 1 das longarinas 1 e 7 corresponde ao carregamento distribuído referente ao
peso próprio da longarina, somado ao da laje e da barreira lateral, considerando a área de
influência representada na figura 4.2. A delimitação das áreas considera o ponto médio do
espaçamento entre as longarinas.

Figura 4.2 - Área de influência das longarinas 1 e 7

Fonte: Autor (2018).


43

Em conformidade com a NBR 7187 (ABNT, 2003), na avaliação de cargas devidas ao


peso próprio de elementos estruturais, deve-se assumir para o concreto armado o peso
específico mínimo (𝛾𝑐𝑜𝑛𝑐 ) de 25 kN/m³ e, para a pavimentação (𝛾𝑝𝑎𝑣 ), deve-se adotar pelo
menos 24 kN/m³. Além disso, é exigido prever uma carga acidental de 2 kN/m² para atender a
um possível recapeamento asfáltico.
𝑔1(1|7) = (𝐴1 + 𝐴2 ) ∙ 𝛾𝑐𝑜𝑛𝑐 + 𝐴3 ∙ 𝛾𝑝𝑎𝑣 + 𝐿𝑝 ∙ 𝛾𝑟𝑒𝑐
Onde 𝐿𝑝 corresponde a largura da pista delimitada pela área de influência,
correspondente à 2,04 m para as longarinas consideradas. Logo:
𝑔1(1|7) = (0,2181 + 1,4709) ∙ 25 + 0,1869 ∙ 24 + 2,04 ∙ 2
𝑔1(1|7) = 50,79 𝑘𝑁/𝑚
Empregando o mesmo procedimento às demais longarinas, foram determinados os
termos 𝑔1(2|6) , 𝑔1(3|5) e 𝑔1(4) , apresentados adiante.

b) Cargas pontuais G1 e G2
As cargas pontuais G1 e G2 correspondem, respectivamente, às transversinas de apoio
e intermediárias. A obtenção dos valores dessas cargas requer a determinação do volume do
elemento estrutural, o qual também será feito através do AutoCAD®, conforme
esquematizado na figura 4.3. O volume necessário será o produto da área obtida pelo software
e a espessura do elemento.

Figura 4.3 - Esquema para obtenção das cargas pontuais permanentes referentes às transversinas

Fonte: Autor (2018).

As cargas pontuais referentes às transversinas para as longarinas 1 e 7 são dadas por:


𝐺1(1|7) = 0,7256 ∙ 0,35 ∙ 25 = 6,35 𝑘𝑁
𝐺2(1|7) = 0,7256 ∙ 0,25 ∙ 25 = 4,54 𝑘𝑁
44

Para as demais longarinas:


𝐺1 = 2 ∙ 0,7256 ∙ 0,35 ∙ 25 = 12,70 𝑘𝑁
𝐺2 = 2 ∙ 0,7256 ∙ 0,25 ∙ 25 = 9,07 𝑘𝑁

c) Carga pontual G3
A carga G3 é uma carga concentrada referente aos pesos da cortina, aba lateral, mísula
no encontro, laje de transição e pavimento. Análogo ao que foi apresentado no item anterior,
para definir o valor de G3 é preciso calcular volume do elemento, por intermédio da
subdivisão do elemento em áreas menores e com auxílio do AutoCAD®. Esta subdivisão
encontra-se discriminada na figura 4.4.

Figura 4.4 - Subdivisão de área (encontro da ponte)

Fonte: Autor (2018).

As áreas A1, A3, A4 e A7 deverão ser multiplicadas pelo comprimento total da seção
transversal, que vale 13,00 m. A área A2, que se refere à aba lateral deverá ser multiplicada
pela sua espessura (0,25 m) e depois por 2 (duas abas laterais). As áreas de pavimentação
devem ser multiplicadas pela largura da pista de rolamento, 12,20 m.
Do cálculo dos volumes resultam:

V1 = 1,00 ∙ 13,00 = 13,00 m3 V2 = 3,81 ∙ 0,25 ∙ 2 = 1,90 m3 V3 = 0,75 ∙ 13,00 = 9,72 m3


V4 = 0,27 ∙ 13,00 = 3,54 m3 V5 = 0,072 ∙ 12,2 = 0,88 m3 V6 = 0,32 ∙ 12,20 = 3,90 m3
V7 = 0,08 ∙ 13,00 = 1,04 m3

Vale lembrar que apenas 50% da carga referente à laje de transição serão transferidos
à cortina. O restante será transmitido a uma sapata isolada. Outro aspecto a destacar é o que se
refere à consideração da possibilidade de recapeamento. Neste caso, será utilizada a área da
45

seção do pavimento (𝐴𝑝 ) que, como se pode verificar com auxílio do AutoCAD®, vale 1,64
m². Portanto, o valor da carga 𝐺′3 será dado por:

𝑉1 𝑉6 𝐴𝑝
𝐺′3 = ( + 𝑉2 + 𝑉3 + 𝑉4 + 𝑉7 ) ∙ 𝛾𝑐𝑜𝑛𝑐 + (𝑉5 + ) ∙ 𝛾𝑝𝑎𝑣 + (𝐴𝑝 + ) ∙ 𝛾𝑟𝑒𝑐
2 2 2
13,00 3,90 1,64
𝐺′3 = ( + 1,90 + 9,72 + 3,54 + 1,04) ∙ 25 + (0,88 + ) ∙ 24 + (1,64 + )∙2
2 2 2
𝐺′3 = 640,25 𝑘𝑁

O carregamento pontual referente à cortina aplicado em cada longarina será,


aproximadamente, o valor da carga total da cortina dividido pela quantidade de longarinas.
Logo:
640,25
𝐺3 = = 91,46 𝑘𝑁
7
A tabela 4.1 mostra um resumo dos carregamentos permanentes nas longarinas.

Tabela 4.1 - Resumo dos carregamentos permanentes

Carregamentos
Longarinas 1 e 7 Longarina 4 Longarinas 2 e 6 Longarinas 3 e 5
Distribuído
(kN/m)
g1 50,79 41,93 39,57 40,92
G1 6,35 12,70 12,70 12,70
Concentrados
G2 4,54 9,07 9,07 9,07
(kN)
G3 91,46 91,46 91,46 91,46
Fonte: Autor (2018).

4.2 Ações móveis

As cargas móveis podem ocupar qualquer posição sobre o tabuleiro da ponte. Assim,
para cada longarina, seria necessário procurar a posição desse carregamento que provocasse a
máxima solicitação em cada uma das seções de cálculo. Porém esse procedimento é por
demais trabalhoso e inviável de ser realizado manualmente. Dessa forma, utiliza-se do
conceito de trem-tipo, o qual simplifica o carregamento sobre as longarinas e torna o processo
de cálculo dos esforços menos trabalhoso.
Denomina-se, então, trem-tipo de uma longarina o quinhão de carga produzido na
mesma pelas cargas móveis de cálculo, colocadas na largura do tabuleiro, na posição mais
desfavorável para a longarina em estudo. Nessas condições, o trem-tipo é o carregamento de
cálculo de uma longarina levando-se em consideração a geometria da seção transversal da
46

ponte, como, por exemplo, o número e espaçamento das longarinas e a posição da laje do
tabuleiro.
O trem-tipo, suposto constante ao longo da ponte, pode ocupar qualquer posição na
direção longitudinal. Assim, para cada seção da viga estudada, é necessário determinar as
posições do trem-tipo que produzem valores extremos das solicitações.
A ponte a ser dimensionada é da classe 45, logo a carga móvel rodoviária padrão TB-
450 é definida por um veículo tipo de 450 kN, cujo apresenta 3 eixos de carga afastados entre
si de 1,5 m, com área de ocupação de 18,0 m², circundado por uma carga uniformemente
distribuída constante p = 5 kN/m². No total, apresenta 6 rodas, sendo que cada uma delas
constitui o ponto de aplicação de uma carga concentrada igual a 75 kN. A figura 4.5 sumariza
as características geométricas do trem-tipo, conforme a NBR 7188 (ABNT, 2013).

Figura 4.5 – Características geométricas do trem-tipo

Fonte: Adaptado (ABNT, 2013)

No caso das longarinas externas, a posição mais desfavorável para as solicitações é


quando o veículo tipo está posicionado no bordo da pista, encostado no guarda-rodas,
conforme mostrado na figura 4.6.

Figura 4.6 - Seção Transversal da Ponte Carregada

Fonte: Autor (2018).


47

Observa-se que o carregamento distribuído (carga de multidão) não está aplicado em


toda a largura do tabuleiro. Isso se deve ao fato de a extensão exata da distribuição do
carregamento distribuído é determinada em função do diagrama de distribuição de cargas,
como será apresentado adiante. Para determinação do trem-tipo longitudinal das longarinas
serão avaliadas duas seções transversais da ponte, como mostra a figura 4.7: a primeira corta
uma região por onde passa o veículo-tipo (Seção I-I) - (a) - e a outra representa uma região
onde só há a carga de multidão (Seção II-II) – (b).

Figura 4.7 - Esquema Estrutural das Seções Transversais da Ponte Carregada: (a) Seção dentro
da região do trem-tipo; (b) Fora da região do trem-tipo.

Fonte: Autores (2018).

A configuração genérica de um trem-tipo longitudinal é representada na figura 4.8. As


cargas concentradas RP são as reações em uma longarina devido aos eixos do veículo-tipo, a
carga distribuída R p1 representa o efeito da carga de multidão na seção junto ao veículo e a
carga R p2 representa a carga de multidão à frente e atrás do veículo-tipo.

Figura 4.8 - Representação das cargas equivalentes do veículo-tipo


nas longarinas

Fonte: Marchetti, 2008 (Adaptado).


48

A determinação das cargas do trem-tipo longitudinal resulta da superposição do trem-


tipo transversal com o diagrama de distribuição de cargas, conforme mostra a figura 4.9.

Figura 4.9 - Esquema para determinação do trem-tipo longitudinal

Fonte: Autor (2018).

Onde:
 a; b: Ordenadas sob as cargas pontuais;
 A1 : Área sob a carga distribuída no corte dentro do trem-tipo
 A2 : Área sob a carga distribuída no corte fora do trem-tipo

A obtenção das cargas do trem-tipo longitudinal é feita mediante aplicação das


equações a seguir:
𝑅𝑃 = 𝜑 ∙ (40 𝑜𝑢 75) ∙ (𝑎 + 𝑏) (4.1)
𝑅𝑝1 = 𝜑 ∙ 5 ∙ 𝐴1 (4.2)
𝑅𝑝2 = 𝜑 ∙ 5 ∙ 𝐴2 (4.3)
Como as equações acima já consideram o coeficiente de impacto, as solicitações
obtidas posteriormente já estarão majoradas devido ao caráter dinâmico do carregamento
móvel.

4.2.1 Aplicação do método de Engesser-Courbon

Como mencionado, a localização do veículo e da carga de multidão na seção


transversal deve proporcionar a maior solicitação na longarina. Para isto, pode-se utilizar os
49

conceitos de linha de influência de reação, onde se considera que a seção transversal pode ser
admitida como uma viga representativa do tabuleiro apoiada sobre as longarinas, de modo a
buscar os valores mais desfavoráveis para reação na longarina pela variação da posição do
veículo por sobre o tabuleiro. A distribuição de cargas para as longarinas se dará segundo a
seguinte equação:
1 𝑒𝑋𝑖
𝑟𝑖 = + (4.4)
𝑛 ∑ 𝑋𝑖 2
Onde:
˗ 𝑟𝑖 : Parcela de carga da viga longitudinal i;
˗ 𝑒: Excentricidade da carga;
˗ 𝑛: Número de longarinas;
˗ 𝑋𝑖 : Distância da viga i em relação ao eixo de simetria da seção transversal.

Figura 4.10 - Distância das vigas em relação ao eixo de simetria do tabuleiro

Fonte: Autor (2018).

c) Longarinas L1 e L7 (vigas extremas)

Conforme os dados da figura 4.10, obtém-se que:

∑ 𝑋𝑖 2 = 4,8752 + 3,252 + 1,6252 + (−1,625)2 + (−3,25)2 + (−4,875)2 = 73,9375

Para as longarinas 1 e 7 tem-se que a excentricidade “e” assume o valor de 4,875 m.


Logo:
1 4,875 ∙ 4,875
𝑟1 = + = 0,46429
7 73,9375
1 4,875 ∙ 3,25
𝑟2 = + = 0,35714
7 73,9375
1 4,875 ∙ 1,625
𝑟3 = + = 0,25
7 73,9375
1 4,875 ∙ 0
𝑟4 = + = 0,14286
7 73,9375
50

1 4,875 ∙ (−1,625)
𝑟5 = + = 0,03571
7 73,9375
1 4,875 ∙ (−3,25)
𝑟6 = + =0
7 73,9375
1 4,875 ∙ (−4,875)
𝑟7 = + = −0,17857
7 73,9375
Com os coeficientes encontrados acima, traça-se o diagrama de distribuição de cargas,
conforme apresentado na figura 4.11. A figura 4.12 mostra o esquema da superposição entre o
trem-tipo e o diagrama de distribuição de cargas

Figura 4.11 - Diagrama de distribuição de cargas das longarinas 1 e 7 (Engesser-Courbon)

Fonte: Autor (2018).

Figura 4.12 - Esquema para determinação do trem-tipo longitudinal das longarinas 1 e 7

Fonte: Autor (2018).


51

Antes da obtenção das cargas do trem-tipo longitudinal é necessário calcular o


coeficiente de impacto. Vale ressaltar que nesse caso, como não há passeio para pedestres,
multiplica-se todo o trem-tipo longitudinal, obtido pelo posicionamento do veículo tipo na
seção transversal, pelo coeficiente de impacto. Porém, como a longarina em estudo tem
balanços nas extremidades, calcula-se um coeficiente de impacto para o vão e um para o
balanço, obtendo-se no final, trens de carga diferentes para as duas situações. Caso houvesse
contribuição, no cálculo do trem-tipo, de carregamento no passeio, essa parcela do
carregamento não poderia ser multiplicada pelo coeficiente de impacto, uma vez que o
carregamento proveniente de pedestres sobre a ponte não provoca efeitos dinâmicos nela.

˗ Vão da Viga Longarina


Considerando vão de 18 metros e duas faixas por sentido, tem-se que:
20
𝐶𝐼𝑉 = 1,06 ∙ ( ) = 1,31
18 + 50
𝐶𝑁𝐹 = 1 − 0,05 ∙ (2 − 2) = 1
𝜑 = 𝐶𝐼𝑉 ∙ 𝐶𝑁𝐹 ∙ 𝐶𝐼𝐴 = 1,31 ∙ 1 ∙ 1,25 = 1,64

˗ Balanço da Viga Longarina


Considerando um balanço de 4,5 metros e duas faixas por sentido, tem-se que:
20
𝐶𝐼𝑉 = 1 + 1,06 ∙ ( ) = 1,39
4,5 + 50
𝐶𝑁𝐹 = 1 − 0,05 ∙ (2 − 2) = 1
𝜑 = 𝐶𝐼𝑉 ∙ 𝐶𝑁𝐹 ∙ 𝐶𝐼𝐴 = 1,39 ∙ 1 ∙ 1,25 = 1,74

Como se observa, foram obtidos dois coeficientes de impacto distintos. Porém optou-
se em adotar o maior coeficiente para toda extensão da ponte. Esta decisão foi tomada em
razão de que os esforços devidos à carga móvel serão obtidos através do software Ftool
desenvolvido no CTC/PUC-RIO por Martha (2018), programa de análise estrutural que não
permite a entrada de coeficientes de impacto distintos por seções. Contudo, vale salientar que,
por se tratar de cargas combinadas estáticas e móveis, a verificação com o coeficiente de
impacto de menor valor foi testada para cada seção de cálculo a fim de garantir os níveis
máximos de tensões gerados pelas envoltórias de esforços. Desta forma, as cargas do trem-
tipo longitudinal serão dadas por:

𝑅𝑃 = 1,74 ∙ 75 ∙ (0,5121 + 0,3802) = 116,19 𝑘𝑁


𝑅𝑝1 = 1,74 ∙ 5 ∙ 0,9144 = 7,94 𝑘𝑁/𝑚
52

𝑅𝑝2 = 1,74 ∙ 5 ∙ 1,3385 = 11,62 𝑘𝑁/𝑚

d) Longarinas L2 e L6

Repetindo o procedimento aplicado no item anterior, os coeficientes referentes às


longarinas 2 e 6 são sintetizados na figura a seguir.
Figura 4.13 - Diagrama de distribuição de cargas das longarinas 2 e 6 (Engesser-Courbon)

Fonte: Autor (2018).

Figura 4.14 -Esquema para determinação do trem-tipo longitudinal das longarinas 2 e 6

Fonte: Autor (2018).


53

As cargas do trem-tipo longitudinal serão:


𝑅𝑃 = 1,74 ∙ 75 ∙ (0,3890 + 0,3011) = 89,86 𝑘𝑁
𝑅𝑝1 = 1,74 ∙ 5 ∙ 0,8861 = 7,64 𝑘𝑁/𝑚
𝑅𝑝2 = 1,74 ∙ 5 ∙ 1,0352 = 8,99 𝑘𝑁/𝑚

e) Longarinas L3 e L5

Figura 4.15 - Diagrama de distribuição de cargas das longarinas 3 e 5 (Engesser-Courbon)

Fonte: Autor (2018).

Figura 4.16 - Esquema para determinação do trem-tipo longitudinal das longarinas 3 e 5

Fonte: Autor (2018).


54

As cargas do trem-tipo longitudinal serão:


𝑅𝑃 = 1,74 ∙ 75 ∙ (0,2659 + 0,2220) = 63,53 𝑘𝑁
𝑅𝑝1 = 1,74 ∙ 5 ∙ 1,0109 = 8,78 𝑘𝑁/𝑚
𝑅𝑝2 = 1,74 ∙ 5 ∙ 0,7319 = 6,35 𝑘𝑁/𝑚

f) Longarina L4

Os coeficientes referentes à longarina 4 apresentam o mesmo valor, dado que a


excentricidade “e” assume valor nulo.
𝑟1 = 𝑟2 = ⋯ = 𝑟7 = 0,14286

Figura 4.17 - Esquema para determinação do trem-tipo longitudinal da longarina 4

Fonte: Autor (2018).

As cargas do trem-tipo longitudinal serão:

𝑅𝑃 = 1,74 ∙ 75 ∙ (0,14286 + 0,14286) = 37,21 𝑘𝑁


𝑅𝑝1 = 1,74 ∙ 5 ∙ 1,3142 = 11,41 𝑘𝑁/𝑚
𝑅𝑝2 = 1,74 ∙ 5 ∙ 0,4286 = 3,72 𝑘𝑁/𝑚

A tabela 4.2 mostra um resumo dos carregamentos dos trens-tipo longitudinais obtidos
mediante aplicação do método de Engesser-Courbon.
55

Tabela 4.2 - Cargas dos trens-tipo obtidos pelo método de Engesser-Courbon

Longarinas 1 e 7 Longarinas 2 e 6 Longarinas 3 e 5 Longarina 4


RP (kN) 116,19 89,86 63,53 37,21
R p1 (kN/m) 7,94 7,69 8,78 11,41
R p2 (kN/m) 11,62 8,99 6,35 3,72
Fonte: Autor (2018).

4.2.2 Aplicação do método de Guyon-Massonet

a) Características geométricas das longarinas e transversinas

Inicialmente são determinados os parâmetros de rigidez à flexão 𝛾𝐿 , 𝛾𝑇 , 𝜌𝐿 e 𝜌𝑇 ,


necessários para obtenção de α e θ. Para isso, devem ser determinados os momentos de
inércia à flexão e à torção para as longarinas e transversinas. Conforme sugere Mason (1977),
tanto para longarinas quanto para transversinas, as propriedades de inércia devem ser
determinadas admitindo seções T. De acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014), considerar a
contribuição da laje mediante o dimensionamento baseado em uma seção T é um artificio que
permite estabelecer as distribuições de esforços internos, tensões, deformações e
deslocamentos na estrutura de forma mais realista. A figura 4.18 sumariza os critérios
sugeridos pela norma para obtenção da geometria da seção de dimensionamento.

Figura 4.18 - Largura da mesa colaborante

Fonte: ABNT (2014).

O momento de inércia à flexão de seções T é dado por:


56

2 2
𝑏𝑓 ∙ ℎ𝑓 3 ℎ𝑓 𝑏𝑤 ∙ ℎ𝑤 3 ℎ𝑤
𝐼= + ℎ𝑓 ∙ 𝑏𝑓 ∙ (𝑦𝑡 − ) + + ℎ𝑤 ∙ 𝑏𝑤 ∙ (𝑦𝑡 − (ℎ𝑓+ )) (4.5)
12 2 12 2

Os parâmetros da expressão anterior são definidos na figura a seguir.


Figura 4.19 - Eixos coordenados adotados para
determinar o yt e a inércia da seção T

Fonte: Autor (2018).

O termo yt refere-se à posição do centro de gravidade da seção, e seu valor é dado por:
ℎ𝑓 ℎ𝑤
∙ ℎ ∙ 𝑏 + (ℎ +
𝑦𝑡 = 2
𝑓 𝑓 𝑓 2 ) ∙ ℎ𝑤 ∙ 𝑏𝑤 (4.6)
ℎ𝑓 ∙ 𝑏𝑓 + ℎ𝑤 ∙ 𝑏𝑤
Onde:
˗ ℎ𝑓 , 𝑏𝑓 : Altura e largura da mesa da seção, respectivamente;
˗ ℎ𝑤 , 𝑏𝑤 : Altura e largura da alma da seção;

A largura da mesa da seção T pode ser obtida admitindo que “a” equivale à três
quintos do vão da ponte (ABNT, 2014), isto é:
3
𝑎= ∙ 18,00 = 10,80 𝑚
5
Logo:

0,5 ∙ 𝑏2 = 0,5 ∙ (1,125 − 0,30) ≅ 𝟎, 𝟒𝟎 𝒎 𝑏 = 1,125 − 0,30 = 0,825 𝑚 ≈ 𝟎, 𝟖𝟎 𝒎


𝑏1 ≤ { 𝑒 𝑏3 ≤ { 4
0,1 ∙ 𝑎 = 0,1 ∙ 10,80 = 1,08 𝑚 0,1 ∙ 𝑎 = 0,1 ∙ 10,80 = 1,08 𝑚

𝑏𝑓 = 𝑏𝑤 + 𝑏1 + 𝑏3 = 0,50 + 0,40 + 0,80 = 1,70 𝑚


Observa-se, porém, que a largura acima calculada é maior que o espaçamento entre as
longarinas, de forma que haveria superposição das mesas comprimidas. Desta forma nesta
pesquisa será considerada a largura da mesa colaborante igual a 1,00 m. Vale salientar que,
57

segundo Wight & Mac Gregor (2015), essa limitação da largura da mesa colaborante visa
garantir a uniformização das tensões na zona de compressão da viga.

25 155
2 ∙ 25 ∙ 100 + (25 + 2 ) ∙ 155 ∙ 50
𝑦𝑡 = = 80,55 𝑐𝑚
25 ∙ 100 + 155 ∙ 50

Figura 4.20 - Seção de cálculo para dimensionamento: (a) Longarinas; (b) Transversinas

a) b)

Fonte: Autor (2018).

2
100 ∙ 253 25 2 50 ∙ 1553 155
𝐼= + 25 ∙ 100 ∙ (80,55 − ) + + 155 ∙ 50 ∙ (80,55 − (25 + ))
12 2 12 2

𝐼 = 30957329,78 𝑐𝑚4

Considerando agora as transversinas, a seção de dimensionamento considerada é


apresentada na figura 4.20-b.
Portanto:
25 110
2 ∙ 25 ∙ 100 + (25 + 2 ) ∙ 110 ∙ 35
𝑦𝑡 = = 53,43 𝑐𝑚
25 ∙ 100 + 110 ∙ 35
2
100 ∙ 253 25 2 35 ∙ 1103 110
𝐽= + 25 ∙ 100 ∙ (53,43 − ) + + 110 ∙ 35 ∙ (53,43 − (25 + ))
12 2 12 2
𝐽 = 10918418,64 𝑐𝑚4

Para determinação do momento inércia à torção de seções T empregou-se a expressão


abaixo:
1
𝐼0 , 𝐽0 = (𝑏𝑓 ∙ ℎ𝑓 3 + ℎ ∙ 𝑏𝑤 3 ) (4.7)
3
Logo:
58

1
𝐼0 = (100 ∙ 253 + 180 ∙ 503 ) = 8020833,33 𝑐𝑚4
3
1
𝐽0 = (100 ∙ 253 + 135 ∙ 353 ) = 2450208,33 𝑐𝑚4
3
Além dos momentos de inércia, a determinação das rigidezes flexionais e torcionais
depende do módulo de elasticidade (E) e do módulo de elasticidade transversal (G), os quais,
por sua vez, podem ser calculados com as expressões a seguir.

𝐸 = 𝛼𝑖 ∙ 5600 ∙ √𝑓𝑐𝑘 = 0,9 ∙ 5600 ∙ √40 = 31876 𝑀𝑃𝑎


𝐸
𝐺= (4.8)
2(1 + 𝜈)

O termo ν corresponde ao coeficiente de Poisson do concreto armado, o qual, segundo


a NBR 6118 (ABNT, 2014), pode ser considerado igual a 0,2.
31876
𝐺= = 13821,6 𝑀𝑃𝑎
2(1 + 0,2)
As rigidezes à flexão serão:

𝐸𝐼 31876 ∙ 1000 ∙ 0,309573298


𝜌𝐿 = = = 6072543,86 𝑘𝑁. 𝑚
𝑡 1,625
𝐸𝐽 31876 ∙ 1000 ∙ 0,109184186
𝜌𝑇 = = = 580054,80 𝑘𝑁. 𝑚
𝑞 6,00
As rigidezes à torção serão:

𝐺𝐼0 13821,6 ∙ 1000 ∙ 0,080208333


𝛾𝐿 = = = 655564,48 𝑘𝑁. 𝑚
𝑡 1,625
𝐺𝐽0 13821,6 ∙ 1000 ∙ 0,024502083
𝛾𝑇 = = = 54237,67 𝑘𝑁. 𝑚
𝑞 6,00
Por fim, é possível conhecer os parâmetros de torção e de travamento, mostrados a
seguir.
𝛾𝐿 + 𝛾𝑇 655564,48 + 54237,67
𝛼= = = 0,189
2√𝜌𝐿 ∙ 𝜌𝑇 2√6072543,86 ∙ 580054,80

𝑏 4 𝜌𝐿 6,50 4 6072543,86
𝜃= √ = √ ≅ 0,3
𝐿 𝜌𝑇 45 580054,80

b) Determinação dos coeficientes de repartição transversal

De posse dos valores de α e θ, determinam-se a os coeficientes de distribuição transversal


para a viga em estudo, por meio da utilização de tabelas de cálculo obtidas por San Martin (1981).
59

Das tabelas extraem-se os coeficientes referentes à α = 0 e α = 1, sendo necessária extrapolação


para obtenção dos coeficientes para valores de α intermediários.

Tabela 4.3 - Coeficiente de repartição transversal para α = 0 e α = 1, respectivamente (θ = 0,30)

Coeficientes de distribuição transversal (θ = 0,30)


Caso de α = 0 Caso de α = 1
Posição das vigas Posição das vigas
Posição L4 L3 e L5 L2 e L6 L1 e L7 Posição L4 L3 e L5 L2 e L6 L1 e L7
da carga 0 b/4 b/2 3b/4 da carga 0 b/4 b/2 3b/4
-6,500 0,942 0,211 -0,504 -1,209 -b 0,966 0,878 0,801 0,735
-4,875 0,974 0,418 -0,128 -0,670 -3b/4 0,984 0,91 0,845 0,788
-3,250 1,004 0,625 0,248 -0,128 -b/2 1,002 0,945 0,893 0,845
-1,625 1,028 0,830 0,625 0,418 -b/4 1,017 0,982 0,945 0,91
0,000 1,039 1,028 1,004 0,974 0 1,024 1,017 1,002 0,984
1,625 1,028 1,215 1,383 1,542 b/4 1,017 1,045 1,059 1,065
3,250 1,004 1,383 1,757 2,121 b/2 1,002 1,059 1,111 1,151
4,875 0,974 1,542 2,121 2,706 3b/4 0,984 1,065 1,151 1,235
6,500 0,942 1,698 2,481 3,290 b 0,966 1,069 1,185 1,313
Fonte: Autor (2018).

Para obter os valores dos coeficientes de distribuição transversal referentes à α =


0,189, realiza-se a interpolação por meio da seguinte expressão:

𝐾𝛼 = 𝐾0 + (𝐾1 − 𝐾0 )√𝛼 (4.9)


Onde:
˗ 𝐾𝛼 : Coeficiente de repartição para o α desejado;
˗ 𝐾0 : Coeficiente de repartição para α = 0 (Rigidez torcional nula);
˗ 𝐾1 : Coeficiente de repartição para α = 1 (Placa isotrópica);

Os resultados da interpolação são apresentados na tabela a seguir.

Tabela 4.4 - Coeficiente de repartição transversal para α = 0,189 e θ = 0,30

Coeficientes de distribuição interpolados


Posição das vigas
Posição da
L4 L3 e L5 L2 e L6 L1 e L7
carga
0 b/4 b/2 3b/4
-b 0,952 0,501 0,063 -0,364
-3b/4 0,978 0,632 0,295 -0,036
-b/2 1,003 0,764 0,528 0,295
-b/4 1,023 0,896 0,764 0,632
0 1,032 1,023 1,003 0,978
b/4 1,023 1,141 1,242 1,335
b/2 1,003 1,242 1,476 1,699
3b/4 0,978 1,335 1,699 2,066
60

b 0,952 1,424 1,917 2,430


Fonte: Autor (2018).

Figura 4.21 - Gráfico Kα vs posição da carga: (a) Longarina L4; (b) Longarinas L3 e L5; (c) Longarinas
L2 e L6; (d) Longarinas L1 e L7

(a) - Kα x posição da carga para L4 (b) Kα x posição da carga - L3 e L5


2,500
2,500

1,300
1,300

0,100
-7,000 -2,000 3,000
0,100
-6,500 -1,500 3,500
-1,100
-1,100

(c) Kα x posição da carga - L2 e L6 (d) Kα x posição da carga -L1 e L7


2,500 2,500

1,300 1,300

0,100
0,100
-7,000 -2,000 3,000
-1,100
-1,100 -7,000 -2,000 3,000

Fonte: Autor (2018).

c) Determinação dos trens tipo

Os coeficientes obtidos na tabela 4.4 correspondem a grandezas definidas para placas.


Deve-se, portanto, dividir K α pela largura do tabuleiro (13,00 m) e multiplica-los pela largura
de influência abrangida por cada longarina. Para as longarinas L1 e L7 essa largura é igual a
2,438 m, enquanto que, para as demais longarinas, a largura a considerar é 1,625 m.

Tabela 4.5 - Coeficientes de repartição transversal calibrados


Coeficientes de distribuição calibrados
Posição das vigas
Posição da
L4 L3 e L5 L2 e L6 L1 e L7
carga
0 b/4 b/2 3b/4
-b 0,119 0,063 0,008 -0,068
-3b/4 0,122 0,079 0,037 -0,007
-b/2 0,125 0,096 0,066 0,055
61

-b/4 0,128 0,112 0,096 0,118


0 0,129 0,128 0,125 0,183
b/4 0,128 0,143 0,155 0,250
b/2 0,125 0,155 0,185 0,319
3b/4 0,122 0,167 0,212 0,387
b 0,119 0,178 0,240 0,456
Fonte: Autor (2018).

a) Longarinas L1 e L7

Figura 4.22 - Informações para obtenção do trem-tipo das longarinas L1 e L7

Fonte: Autor (2018).

O coeficiente de impacto considerado é o mesmo já calculado na aplicação do método


de Engesser-Courbon, o qual, considerando o vão do balanço (4,50 m), resultou em 1,74.
Logo:

𝑄 = 75 ∙ 1,74 = 130,22 𝑘𝑁
𝑞 = 5 ∙ 1,74 = 8,68 𝑘𝑁/𝑚²

Conforme já apresentado, as cargas do trem-tipo longitudinal são obtidas por:


𝑅𝑃 = 130,22 ∙ (0,3336 + 0,4178) = 97,85 𝑘𝑁
𝑅𝑝1 = 8,68 ∙ 1,1912 = 10,34 𝑘𝑁/𝑚
𝑅𝑝2 = 8,68 ∙ 1,1268 = 9,78 𝑘𝑁/𝑚
62

b) Longarinas L2 e L6

Aplicando o mesmo procedimento apresentado no item anterior, tem-se que:


𝑅𝑃 = 130,22 ∙ (0,1915 + 0,2275) = 54,56 𝑘𝑁
𝑅𝑝1 = 8,68 ∙ 0,9270 = 8,05 𝑘𝑁/𝑚
𝑅𝑝2 = 8,68 ∙ 0,6284 = 5,46 𝑘𝑁/𝑚

c) Longarinas L3 e L5

𝑅𝑃 = 130,22 ∙ (0,1576 + 0,1719) = 42,91 𝑘𝑁


𝑅𝑝1 = 8,68 ∙ 1,0345 = 8,98 𝑘𝑁/𝑚
𝑅𝑝2 = 8,68 ∙ 04940 = 4,29 𝑘𝑁/𝑚

d) Longarinas L4

𝑅𝑃 = 130,22 ∙ (0,1207 + 0,1243) = 31,90 𝑘𝑁


𝑅𝑝1 = 8,68 ∙ 1,2069 = 10,48 𝑘𝑁/𝑚
𝑅𝑝2 = 8,68 ∙ 0,4152 = 3,60 𝑘𝑁/𝑚

Figura 4.23 - Informações para determinação do trem-tipo longitudinal das longarinas L2 e L6

Fonte: Autor (2018).


63

Figura 4.24 - Informações para determinação do trem-tipo longitudinal das longarinas L3 e L5

Fonte: Autor (2018).

Figura 4.25 - Informações para determinação do trem-tipo longitudinal da longarina L4

Fonte: Autor (2018).


64

A tabela 4.6 mostra um resumo dos resultados das cargas.

Tabela 4.6 - Cargas dos trens-tipo obtidos pelo método de Guyon-Massonet

Longarinas 1 e 7 Longarinas 2 e 6 Longarinas 3 e 5 Longarina 4


RP (kN) 97,85 54,56 42,91 31,90
R p1 (kN/m) 10,34 8,05 8,98 10,48
R p2 (kN/m) 9,78 5,46 4,29 3,60
Fonte: Autor (2018).

4.2.3 Aplicação da proposta da AASHTO

O manual de referência para o dimensionamento de pontes da AASHTO (FHWA,


2015), entre outras especificações, introduz as características do trem tipo que deve ser
empregado na obtenção dos esforços de dimensionamento. No entanto, tendo em vista que
este trabalho objetiva comparar os resultados dos métodos de repartição aplicados, seria
incoerente aplicar trens-tipo diferentes. Deve-se, porém, considerar as diferenças existentes
entre os carregamentos móveis da AASHTO LRFD e da NBR 7188 (ABNT, 2013) para
validar a aplicação deste.
O veículo tipo preconizado pela AASHTO, assim como o da NBR 7188, é composto
por duas parcelas, uma referente às cargas concentradas das rodas de um veículo padronizado
e uma referente à carga distribuída (Lane Road), que equivale à carga de multidão apresentada
pela norma brasileira. Entretanto, eles diferem principalmente no que diz respeito à
distribuição da carga no tabuleiro. Enquanto a norma brasileira determina que a carga de
multidão (5 kN/m²) não seja aplicada na região compreendida pelo veículo tipo, a norma
americana prevê carregamento distribuído se sobrepondo às cargas concentradas do veículo.
Ademais, diferente dos métodos de Engesser-Courbon e Guyon-Massonet, que
fornecem fatores de repartição que permitem a obtenção de um trem-tipo longitudinal, o trem
tipo longitudinal considerado pela AASHTO resulta do posicionamento de um dos eixos do
HL-93 sobre a longarina, conforme descrito no item 2.2.3.
Com o intuito de aplicar o trem-tipo brasileiro, devem ser feitas algumas alterações no
mesmo, a fim de deixa-lo compatível com o HL-93, viabilizando a aplicação do método. Em
conformidade com a NBR 7188 (ABNT, 2013), a distribuição longitudinal de cargas,
considerando um eixo que atravessa a região do trem-tipo, é dada na figura 4.26-a. A primeira
modificação é considerar a carga de multidão distribuída também dentro da área do trem-tipo
65

(Figura 4.26-b). O acréscimo de carga decorrente desta mudança é compensado pela redução
das cargas das rodas, tal como apresentado a seguir.
10𝑘𝑁
5 ∙ 6 = 30 𝑘𝑁 → ∆ = → 𝑃 = 75 − 10 = 65 𝑘𝑁
𝑒𝑖𝑥𝑜
Figura 4.26 - Trem-tipo longitudinal segundo a norma brasileira (NBR 7188, 2013): (a) Sem carga de
multidão na região do trem-tipo; (b) Com carga de multidão na região do trem-tipo.

a) b)

Fonte: Autor (2018).

Aplicando o coeficiente de impacto segundo a NBR 7188 (ABNT, 2013), o qual


resultou em 𝜑 = 1,74, o trem-tipo longitudinal adaptado é apresentado na figura a seguir.

Figura 4.27 - Trem-tipo adaptado à proposta da AASHTO

Fonte: Autor (2018).

Considerando a seção retangular das longarinas (0,50 x 1,55m), tem-se que:

Tabela 4.7 - Parâmetros geométricos das longarinas internas

𝒃 (𝒊𝒏) 19,69 𝒆𝒈 (𝒊𝒏) 35,43


𝒉 (𝒊𝒏) 61,02 𝑺 (𝒇𝒕) 5,33
A (𝒊𝒏𝟐 ) 1201,25 𝑳 (𝒇𝒕) 59,06
𝑰 (𝒊𝒏𝟒 ) 372776,94 𝒕𝒔 (𝒊𝒏) 9,84
Fonte: Autor (2018).
66

𝐾𝑔 = 𝑛(𝐼 + 𝐴𝑒𝑔2 ) = 1 ∙ (372776,94 + 1201,25 ∙ 35,432 ) = 1880952,54 𝑖𝑛4

O fator LLDF para esforço cortante para as longarinas internas é:

5,33 5,33 2
𝐿𝐿𝐷𝐹𝑖𝑛𝑡(2) = 0,2 + −( ) = 0,6211
12 35
E para o momento fletor:

5,33 0,6 5,33 0,2 1880952,54 0,1


𝐿𝐿𝐷𝐹𝑖𝑛𝑡(2) = 0,075 + ( ) ( ) ( ) = 0,5592
9,5 59,06 12 ∙ 59,06 ∙ 9,843
Para as longarinas externas (L1 e L7), tem-se que 𝑑𝑒 é igual à 4,02 pés (1,225 m). Os
LLDF’s correspondentes a estas longarinas dependem da aplicação de um fator de correção
aos LLDF’s das longarinas internas, tal como apresentado a seguir:
𝑑𝑒
𝑒𝑐𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 0,60 + = 1,0019
10
𝑑𝑒
𝑒𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 0,77 + = 1,2116
9,1
Para os esforços cortantes, tem-se:
𝐿𝐿𝐷𝐹𝑒𝑥𝑡(1|7) = 1,0019 ∙ 0,6211 = 0,6223
E para o momento:
𝐿𝐿𝐷𝐹𝑒𝑥𝑡(1|7) = 1,2116 ∙ 0,6342 = 0,6776

Tabela 4.8 - LLDF's para esforço cortante e momento fletor

L1 e L7 L2 e L6 L3 e L5 L4
LLDF-cortante 0,6223 0,6211 0,6211 0,6211
LLDF-momento 0,6776 0,5592 0,5592 0,5592
Fonte: Autor (2018).

Os esforços calculados com o trem-tipo definido na figura 4.27 deverão ser


multiplicados pelos fatores apresentados na tabela 4.8. Em seguida, os esforços referentes às
cargas móveis, já corrigidos pelos LLDF’s, serão combinados com as cargas permanentes
(Combinação última normal), a fim de determinar os esforços máximos para o
dimensionamento.

4.3 Esforços solicitantes devidos à carga permanente

A partir dos valores das cargas permanentes calculadas no item 4.1, é possível então
levantar os esforços atuantes nas longarinas, tais como as reações de apoio, forças cortantes e
67

momentos fletores para qualquer seção da viga com auxílio do programa Ftool. Os diagramas
apresentados nas figura 4.28 e figura 4.29 mostram os valores dos esforços a cada metro.

4.4 Esforços solicitantes devidos à carga móvel

A partir dos valores extremos das solicitações, calculados nas diversas seções de
cálculo da viga, é possível traçar as envoltórias de solicitações da longarina. Esta envoltória
delimita a faixa de trabalho da viga, cuja é determinada para as situações mais desfavoráveis
das cargas, logo, quaisquer outras posições do carregamento produzirão solicitações menores.
Assim, o dimensionamento de um elemento estrutural com base nos valores das envoltórias,
garante a segurança determinística para qualquer posição de carga móvel. A seguir, estão
representados os esforços característicos devidos à carga móvel apenas para a longarina L1.
Os diagramas das demais longarinas, foram omitidos a fim de evitar repetição.

Figura 4.28 - Envoltória do esforço cortante devido à carga móvel (Longarina 1|7)

Fonte: Autor (2018).

Figura 4.29 - Envoltória do momento fletor devido à carga móvel (Longarina 1|7)

Fonte: Autor (2018).


68

4.5 Combinação dos carregamentos

A combinação dos carregamentos será feita pela majoração da envoltória resultante


dos efeitos da carga permanente em conjunto com as cargas móveis, para esforço cortante e
momento fletor, respectivamente.

Tabela 4.9 - Coeficientes de ponderação para pontes


Ação Combinação Tipo de Ação Efeito
Peso próprio de estruturas Desfavorável Favorável
Permanente Normal
moldadas no local 𝛾𝐺 = 1,35 𝛾𝐺 = 1,00
Variável Normal Pontes e edificações tipo 1 𝛾𝑄 = 1,50 𝛾𝑄 = 1,00
Fonte: Adaptado de ABNT (2003).

As combinações para o estado limite último foram feitas em planilha eletrônica,


obtendo-se para cada seção a que resultasse mais desfavorável, sendo as possibilidades de
combinações as que seguem.
(+) (+) (+) (+)
1,35 ∙ 𝑀𝑔 + 1,5 ∙ 𝑀𝑚𝑜𝑣 1,35 ∙ 𝑉𝑔 + 1,5 ∙ 𝑉𝑚𝑜𝑣
(−) (−) (−) (−)
1,35 ∙ 𝑀𝑔 + 1,5 ∙ 𝑀𝑚𝑜𝑣 1,35 ∙ 𝑉𝑔 + 1,5 ∙ 𝑉𝑚𝑜𝑣
𝑀𝑑,𝑚𝑜𝑣 ≥ (+) (−)
𝑉𝑑,𝑚𝑜𝑣 ≥ (+) (−)
1,35 ∙ 𝑀𝑔 + 1,0 ∙ 𝑀𝑚𝑜𝑣 1,35 ∙ 𝑉𝑔 + 1,0 ∙ 𝑉𝑚𝑜𝑣
(−) (+) (−) (+)
{1,35 ∙ 𝑀𝑔 + 1,0 ∙ 𝑀𝑚𝑜𝑣 {1,35 ∙ 𝑉𝑔 + 1,0 ∙ 𝑉𝑚𝑜𝑣

A seguir encontram-se as envoltórias combinadas de esforços cortantes e de momento


fletor referentes às longarinas 1 e 7 para os três métodos aplicados. As demais envoltórias
podem ser vistas nos apêndices B, C e D.

Figura 4.30 - Envoltórias de Momentos Combinada das longarinas 1 e 7 (kN.m) – Engesser-Courbon

Envoltória de Momento Fletor -Valores de Cálculo - Longarinas 1 e 7


4.500,0 -3.810,56
2.500,0 -2.939,01 -2.939,01
kN.m

500,0
-1.249,86 -1.918,59 -1.249,86
-1.500,0

-3.500,0
3.234,18 3.234,18
-5.500,0
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 45,00
Eixo da Longarina (m)
Envoltória de Valores Minimos Envoltória de Valores Máximos

Fonte: Autor (2018).


69

Figura 4.31 - Envoltória de Esforço Cortante Combinada – Longarinas 1 e 7 (kN) – Engesser-Courbon

Envoltória de Esforço Cortante - Longarinas 1 e 7 (ELU)


1400,0 1.348,72
1.167,07
900,0 1.008,46
597,81
400,0 523,48 432,01 297,76
123,47
kN

-100,0
-529,08 -454,50
-600,0
-1100,0 -1.008,48
-1.167,07
-1.348,72
-1600,0
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 45,00
Eixo Longitudinal da Longarina (m)
Envoltória de valores máximos Envoltória de valores mínimos

Fonte: Autor (2018).


Figura 4.32 - Envoltórias de Momentos Combinada das longarinas 1 e 7 (kN.m) – Guyon-Massonet

Envoltória de Momento Fletor -Valores de Cálculo - Longarinas 1 e 7


4000,0
3617,8
3000,0
2727,9 2727,9
2000,0
1000,0
1959,3
0,0 1249,9 1249,9
kN.m

-1000,0
-2000,0
-3000,0
-4000,0
-2994,0 -2994,0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Eixo da Longarina (m)
Envoltória de Valores Minimos Envoltória de Valores Máximos

Fonte: Autor (2018).


Figura 4.33 - Envoltória de Esforço Cortante Combinada – Longarinas 1 e 7 (kN) – Guyon-Massonet

Envoltória de Esforço Cortante - Valores de Cálculo - Longarinas 1 e 7


1500,0
1265,7
1000,0 1093,8
942,1
500,0 528,5 607,9
432,0 270,2
123,5
kN

0,0
-500,0 -539,2 -459,6
-1000,0 -942,1
-1093,8
-1265,7
-1500,0
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 45,00
Eixo Longitudinal da Longarina (m)
Envoltória de valores máximos Envoltória de valores mínimos

Fonte: Autor (2018).


70

Figura 4.34 - Envoltórias de Momentos Combinada das longarinas 1 e 7 (kN.m) – AASHTO LRFD

Envoltória de Momento Fletor -Valores de Cálculo - Longarinas 1 e 7


4.000
3.000 3199,9
2371,6 2371,6
2.000
1.000
2030,1
kN.m

0 1249,9 1249,9
-1.000
-2.000
-2482,1 -2482,1
-3.000
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 45,00
Eixo da Longarina (m)
Envoltória de Valores Minimos Envoltória de Valores Máximos

Fonte: Autor (2018).


Figura 4.35 - Envoltória de Esforço Cortante Combinada – Longarinas 1 e 7 (kN) – AASHTO LRFD

Envoltótia de Esforço Cortante - Valores de cáluclo- Longarinas 1 e 7


1500,0

1000,0 1069,9
922,0
784,5
500,0 541,9 629,4
432,0 228,8
123,5
kN

0,0

-500,0 -560,7 -473,1


-784,5
-1000,0 -922,0
-1069,9
-1500,0
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 45,00
Eixo Longitudinal da Longarina (m)
Envoltória de valores máximos Envoltória de valores mínimos

Fonte: Autor (2018).

4.6 Dimensionamento das longarinas à flexão

A NBR 6118 (ABNT, 2014) prescreve que, para estruturas que se enquadrem na
classe de agressividade ambiental III, deve-se adotar cobrimento nominal de 40 mm para
vigas e pilares.

a) Solicitações para as seções

Dada à simetria da envoltória do diagrama de momentos fletores dimensiona-se


metade da longarina. Para obtenção das ações, em cada seção, procederam-se combinações
71

última normal de ações na condição mais desfavorável para as seções de análise das
longarinas, de modo a obter as envoltórias de esforços destas.
A seguir, será apresentado o passo a passo do dimensionamento da longarina 1
(equivalente à 7), para os esforços obtidos segundo o método de Engesser-Courbon. O
dimensionamento das demais será omitido, sendo apresentados apenas os resultados finais.

b) Dimensionamento da seção do apoio extremo da longarina 1 (7)

Calcula-se como uma seção retangular de 0,50 x 1,80 m. Adota-se d = 1,70 m.


𝑀𝑑 2939,01
𝐾𝑀𝐷 = = = 0,0712
𝑏𝑤 ∙ 𝑑² ∙ 𝑓𝑐𝑑 0,50 ∙ 1,70² ∙ 40000
1,4
Utilizando a tabela de dimensionamento de seção retangular com diagrama retangular
de acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014), 𝐾𝑋 = 0,1100 (domínio 2) e 𝐾𝑍 = 0,956.
𝑀𝑑 2939,01
𝐴−
𝑠 = = = 41,59 𝑐𝑚² → 6 ∅32 𝑚𝑚
𝐾𝑍 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑠 0,956 ∙ 1,70 ∙ 50
1,15
Para o detalhamento adotou-se 1 camada de 6 barras. O espaçamento horizontal
resultou, considerando estribos de 10 mm, em:
50 − (6 ∙ 3,2 + 2 ∙ 4 + 2 ∙ 1)
𝑎ℎ = = 4,16 𝑐𝑚
6−1
Segundo a NBR 6118 (ABNT, 2014), o espaçamento mínimo livre entre as barras
longitudinais, na direção horizontal, deve respeitas as seguintes restrições:
20 𝑚𝑚
𝑎ℎ ≥ { ∅𝑙
1,2 ∙ 𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑜 𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 2
Portanto, o espaçamento horizontal é maior que os limites impostos por norma. O
valor real da altura útil é dado por:
𝑑𝑟𝑒𝑎𝑙 = ℎ𝑣𝑖𝑔𝑎 − 𝑎𝑐𝑔𝑏𝑎𝑟
Dado que a armadura é disposta em apenas uma camada, o centro de gravidade das
barras será:
1 3,2
6 ∙ (4 + 1 + 2 )
𝑎𝑐𝑔𝑏𝑎𝑟 = ∑ ( ) = 6,6 𝑐𝑚
6
𝑖𝑐𝑎𝑚 =1

𝑑𝑟𝑒𝑎𝑙 = 180 − 6,6 = 173,4 𝑐𝑚


[2]
Para fins de projeto, será admitido que a dimensão máxima do agregado é de 19 mm.
72

𝑑𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜 1,70
= = 0,98
𝑑𝑟𝑒𝑎𝑙 1,734
Tendo em vista que a diferença entre os valores adotado e real da altura útil é menor
que 10%, não é preciso refazer os cálculos.
É válido ressaltar que as seções solicitadas por momento fletor positivo foram
dimensionadas considerando a contribuição da laje na resistência às tensões de compressão,
de modo que estas tiveram que ser verificadas quanto à possibilidade de serem dimensionadas
considerando seção T. No entanto, em todos os casos, a seção do meio do vão apresentou
comportamento de “T falsa”, sendo dimensionadas como seção retangular.

c) Armaduras mínima e máxima

Segundo a NBR 6118 (ABNT, 2014), para concretos da classe C40, a taxa mínima de
armadura exigida é de 0,179%. Portanto, a área mínima de armadura é:
0,179 0,179
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = ∙ 𝐴𝑐 = ∙ 50 ∙ 180 = 16,11 𝑐𝑚²
100 100
A NBR 6118 (ABNT, 2014) estipula que a taxa de armadura longitudinal não deve ser
superior à 4%. Considerando que a seção com mais armadura corresponde ao apoio central,
cuja taxa de armadura é de 0,71%, conclui-se que este aspecto da norma está sendo acatado.
As tabelas a seguir resumem os resultados obtidos pelo dimensionamento à flexão

Tabela 4.10 - Dimensionamento à flexão das longarinas, segundo Engesser-Courbon


Longarinas 1 e 7 Longarinas 2 e 6
Seção A.E. (-) M.V. (+) A.C. (-) A.E. (-) M.V. (+) A.C. (-)
𝒃𝒘 (m) 0,50 1,00 0,50 0,50 1,00 0,50
𝒉 (m) 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80
𝒅 (m) 1,70 1,70 1,70 1,70 1,70 1,70
𝑴𝒅,𝒎𝒂𝒙 (𝒌𝑵. 𝒎) 2939,01 3234,18 3810,56 2426,40 2533,31 2966,85
𝑨𝒔 (cm²) 41,59 44,83 54,67 34,05 34,90 41,99
Bitola (mm) 32 32 32 25 25 32
Barras 6 6 8 7 7 6
𝑨𝒔,𝒆𝒇𝒆𝒕 (cm²) 48,25 48,25 64,34 34,36 34,36 48,25
Longarinas 3 e 5 Longarina 4
Seção A.E. (-) M.V. (+) A.C. (-) A.E. (-) M.V. (+) A.C. (-)
𝒃𝒘 (m) 0,50 1,00 0,50 0,50 1,00 0,50
𝒉 (m) 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80
𝒅 (m) 1,70 1,70 1,70 1,70 1,70 1,70
𝑴𝒅,𝒎𝒂𝒙 (𝒌𝑵. 𝒎) 2105,94 2158,50 2720,01 1804,38 1817,06 2480,68
73

𝑨𝒔 (cm²) 29,40 29,68 38,37 25,06 24,91 34,85


Bitola (mm) 25 25 32 25 25 25
Barras 6 6 5 6 6 8
𝑨𝒔,𝒆𝒇𝒆𝒕 (cm²) 29,45 29,45 40,21 29,45 29,45 39,27
NOTA: A.E.: Seção do apoio extremo; M.V.: Seção do meio do vão; A.C.: Seção do apoio central
Fonte: Autor (2018).

Tabela 4.11 - Dimensionamento à flexão das longarinas, segundo Guyon-Massonet


Longarinas 1 e 7 Longarinas 2 e 6
Seção A.E. (-) M.V. (+) A.C. (-) A.E. (-) M.V. (+) A.C. (-)
𝒃𝒘 (m) 0,50 1,00 0,50 0,50 1,00 0,50
𝒉 (m) 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80
𝒅 (m) 1,70 1,70 1,70 1,70 1,70 1,70
𝑴𝒅,𝒎𝒂𝒙 (𝒌𝑵. 𝒎) 2727,87 2993,97 3617,76 1955,32 1956,74 2531,03
𝑨𝒔 (cm²) 38,48 41,42 51,79 27,22 26,85 35,60
Bitola (mm) 32 32 32 25 25 32
Barras 5 6 7 6 6 5
𝑨𝒔,𝒆𝒇𝒆𝒕 (cm²) 40,21 48,25 56,30 29,45 29,45 40,21
Longarinas 3 e 5 Longarina 4
Seção A.E. (-) M.V. (+) A.C. (-) A.E. (-) M.V. (+) A.C. (-)
𝒃𝒘 (m) 0,50 1,00 0,50 0,50 1,00 0,50
𝒉 (m) 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80
𝒅 (m) 1,70 1,70 1,70 1,70 1,70 1,70
𝑴𝒅,𝒎𝒂𝒙 (𝒌𝑵. 𝒎) 1830,60 1821,48 2465,37 1718,56 1712,52 2419,27
𝑨𝒔 (cm²) 25,45 25,15 34,64 23,85 23,45 33,95
Bitola (mm) 25 25 32 25 25 32
Barras 6 6 5 5 5 5
𝑨𝒔,𝒆𝒇𝒆𝒕 (cm²) 29,45 29,45 40,21 24,54 24,54 40,21
NOTA: A.E.: Seção do apoio extremo; M.V.: Seção do meio do vão; A.C.: Seção do apoio central
Fonte: Autor (2018).

Tabela 4.12 - Dimensionamento à flexão das longarinas, segundo AASHTO LRFD


Longarinas 1 e 7 Longarinas 2 e 6
Seção A.E. (-) M.V. (+) A.C. (-) A.E. (-) M.V. (+) A.C. (-)
𝒃𝒘 (m) 0,50 1,00 0,50 0,50 1,00 0,50
𝒉 (m) 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80
𝒅 (m) 1,70 1,70 1,70 1,70 1,70 1,70
𝑴𝒅,𝒎𝒂𝒙 (𝒌𝑵. 𝒎) 2371,56 2482,08 3199,86 2022,26 1982,17 2520,70
𝑨𝒔 (cm²) 33,25 34,20 45,48 28,21 27,36 35,45
Bitola (mm) 32 32 32 25 25 25
Barras 5 5 6 6 6 8
𝑨𝒔,𝒆𝒇𝒆𝒕 (cm²) 40,21 40,21 48,25 29,45 29,45 39,27
Longarinas 3 e 5 Longarina 4
Seção A.E. (-) M.V. (+) A.C. (-) A.E. (-) M.V. (+) A.C. (-)
𝒃𝒘 (m) 0,50 1,00 0,50 0,50 1,00 0,50
74

𝒉 (m) 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80 1,80


𝒅 (m) 1,70 1,70 1,70 1,70 1,70 1,70
𝑴𝒅,𝒎𝒂𝒙 (𝒌𝑵. 𝒎) 2040,70 2015,49 2586,69 2054,51 2040,43 2636,04
𝑨𝒔 (cm²) 28,46 27,68 36,42 28,66 28,03 37,11
Bitola (mm) 25 25 25 25 25 25
Barras 6 6 8 6 6 8
𝑨𝒔,𝒆𝒇𝒆𝒕 (cm²) 29,45 29,45 39,27 29,45 29,45 39,27
NOTA: A.E.: Seção do apoio extremo; M.V.: Seção do meio do vão; A.C.: Seção do apoio central
Fonte: Autor (2018).

4.7 Dimensionamento das longarinas à força cortante

O dimensionamento da armadura transversal será feito com base no modelo de cálculo


I, conforme apresentado na NBR 6118 (ABNT, 2014). Levando em conta a simetria da
estrutura, o cálculo do cisalhamento será desenvolvido apenas para a primeira metade da
estrutura, segundo os seguintes trechos: trecho em balanço, apoio extremo, meio-vão entre
apoios e apoio central. A seguir, será detalhado o dimensionamento da armadura de
cisalhamento do trecho em balanço da longarina 1, para os esforços obtidos pelo método de
Engesser-Courbon. Para as demais longarinas apenas os resultados finais serão apresentados.

Figura 4.36 - Trechos de análise

Fonte: Autor (2018).

a) Trecho em balanço

Para este trecho, 𝑏𝑤 = 50 cm, constante ao longo de seu comprimento e, da envoltória


de esforço cortante tem-se que 𝑉𝑆𝑑 = 1008,48 kN. Adotando 𝑑 = 170 cm.

 Verificação de compressão da biela


𝑉𝑅𝑑2 = 0,27 ∙ 𝛼𝑣2 ∙ 𝑓𝑐𝑑 ∙ 𝑏𝑤 ∙ 𝑑
75

𝑓𝑐𝑘 40
𝛼𝑣2 = 1 − =1− = 0,84
250 250
4,0
𝑉𝑅𝑑2 = 0,27 ∙ 0,84 ∙ ∙ 50 ∙ 170 = 5508 kN
1,4
𝑉𝑆𝑑 < 𝑉𝑅𝑑2 → 𝑜𝑘

Onde:
˗ 𝑉𝑅𝑑2 : É a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das diagonais
comprimidas de concreto.

 Cálculo da área de aço


𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑3 = 𝑉𝑠𝑤 + 𝑉𝑐
𝑉𝑅𝑑3 = 𝑉𝑠𝑤 = 𝑉𝑆𝑑 − 𝑉𝑐
Onde:
˗ 𝑉𝑅𝑑3 : É a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína por tração diagonal;
˗ 𝑉𝑐 : Parcela de força cortante absorvida por mecanismos complementares ao de treliça;
A área necessária para a armadura de cisalhamento é dada por:
𝐴𝑠𝑤 𝑉𝑠𝑤
=
𝑠 0,9 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓𝑦𝑤𝑑
Tem-se que 𝑉𝑐 = 𝑉𝑐0 na flexão simples e na flexo-tração com a linha neutra cortando a
seção, sendo 𝑉𝑐0calculado por:
𝑉𝑐0 = 0,6 ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑑 ∙ 𝑏𝑤 ∙ 𝑑
3
√402
𝑓𝑐𝑡𝑑 = 0,21 ∙ = 1,7544 𝑀𝑃𝑎 = 0,17544 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
1,4
Logo:
𝑉𝑐0 = 0,6 ∙ 0,17544 ∙ 50 ∙ 170 = 894,74 𝑘𝑁
1008,48 − 894,74
𝐴𝑠𝑤 = = 1,71 𝑐𝑚²/𝑚
0,9 ∙ 170 ∙ (50⁄1,15)

Pela NBR 6118 (ABNT, 2014) é calculada a armadura mínima e verifica-se que o
cálculo será realizado pela área de aço encontrada.
20 ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑚
𝐴𝑠𝑤,𝑚𝑖𝑛 = 𝑝𝑤,𝑚𝑖𝑛 ∙ 100 ∙ 𝑏𝑤 𝑜𝑢 𝐴𝑠𝑤,𝑚𝑖𝑛 = ∙ 𝑏𝑤
𝑓𝑦𝑤𝑘
3 3
𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,3 ∙ √𝑓𝑐𝑘 2 = 0,3 ∙ √402 = 3,51 𝑀𝑃𝑎

𝑓𝑦𝑤𝑘 = 500 𝑀𝑃𝑎


76

20 ∙ 3,51
𝐴𝑠𝑤,𝑚𝑖𝑛 = ∙ 50 = 7,02 𝑐𝑚2 /𝑚
500
Dado que 𝐴𝑠𝑤 < 𝐴𝑠𝑤,𝑚𝑖𝑛 , será adotado o valor de 7,02 cm²/m.

 Determinação do espaçamento máximo


𝑉𝑆𝑑 ≤ 0,67 ∙ 𝑉𝑅𝑑2 → 𝑆𝑚𝑎𝑥 = 0,6 ∙ 𝑑 = 0,6 ∙ 170 = 102 𝑐𝑚 ≤ 30 𝑐𝑚
𝑆𝑚𝑎𝑥 = 30 𝑐𝑚

 Detalhamento
Adotando-se 2 ramos de ∅10 mm:
𝐴𝑠𝑤 7,02
𝑛= = = 5 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑜𝑠/𝑚
𝑟𝑎𝑚𝑜𝑠 ∙ 𝐴𝑏 2 ∙ (1,0² ∙ 𝜋⁄4)
Onde 𝐴𝑏 corresponde à área da seção transversal da barra.
O espaçamento entre estribos é dado por:
100
𝑠= = 20 𝑐𝑚
5
Logo, serão empregados estribos a cada 20 cm, com 2 ramos de ∅10 mm.

Tabela 4.13 - Dimensionamento ao cisalhamento, segundo Engesser-Courbon

Longarinas 1 e 7 Longarinas 2 e 6
Seção BA A.E. M.V. A.C. BA A.E. M.V. A.C.
𝒃𝒘 (m) 50 50 50 50 50 50 50 50
𝒅 (m) 170 170 170 170 170 170 170 170
𝑽𝑺𝒅 (kN) 1008,48 1167,07 703,79 1348,72 820,14 930,09 544,73 1056,42
𝑽𝑺𝒅 <= 𝑽𝑹𝒅𝟐 OK OK OK OK OK OK OK OK
𝑽𝒔𝒘 (kN) 113,74 272,32 -190,96 453,97 -74,61 35,34 -350,02 161,67
𝑨𝐬𝐰 (cm²/m) 1,71 4,09 - 6,82 - 0,53 - 2,43
𝑨𝐬𝐰,𝐦𝐢𝐧
7,02 7,02 7,02 7,02 7,02 7,02 7,02 7,02
(cm²/m)
Longarinas 3 e 5 Longarinas 4
Seção BA A.E. M.V. A.C. BA A.E. M.V. A.C.
𝒃𝒘 (m) 50 50 50 50 50 50 50 50
𝒅 (m) 170 170 170 170 170 170 170 170
𝑽𝑺𝒅 (kN) 717,21 824,94 464,79 941,55 622,66 725,41 389,51 835,81
𝑽𝑺𝒅 <= 𝑽𝑹𝒅𝟐 OK OK OK OK OK OK OK OK
𝑽𝒔𝒘 (kN) -177,54 -69,81 -429,96 46,80 -272,09 -169,34 -505,24 -58,94
𝑨𝐬𝐰 (cm²/m) - - - 0,70 - - - -
𝑨𝐬𝐰,𝐦𝐢𝐧
7,02 7,02 7,02 7,02 7,02 7,02 7,02 7,02
(cm²/m)
Fonte: Autor (2018).
77

Tabela 4.14 - Dimensionamento ao cisalhamento, segundo Guyon-Massonet

Longarinas 1 e 7 Longarinas 2 e 6
Seção BA A.E. M.V. A.C. BA A.E. M.V. A.C.
𝒃𝒘 (m) 50 50 50 50 50 50 50 50
𝒅 (m) 170 170 170 170 170 170 170 170
𝑽𝑺𝒅 (kN) 942,13 1093,78 649,52 1265,72 663,72 764,34 421,98 870,06
𝑽𝑺𝒅 <= 𝑽𝑹𝒅𝟐 OK OK OK OK OK OK OK OK
𝑽𝒔𝒘 (kN) 47,38 199,03 -245,23 370,97 -231,03 -130,41 -472,77 -24,69
𝑨𝐬𝐰 (cm²/m) 0,71 2,99 - 5,57 - - - -
𝑨𝐬𝐰,𝐦𝐢𝐧
7,02 7,02 7,02 7,02 7,02 7,02 7,02 7,02
(cm²/m)
Longarinas 3 e 5 Longarinas 4
Seção BA A.E. M.V. A.C. BA A.E. M.V. A.C.
𝒃𝒘 (m) 50 50 50 50 50 50 50 50
𝒅 (m) 170 170 170 170 170 170 170 170
𝑽𝑺𝒅 (kN) 625,77 728,07 393,05 832,64 592,48 697,72 368,70 805,91
𝑽𝑺𝒅 <= 𝑽𝑹𝒅𝟐 OK OK OK OK OK OK OK OK
𝑽𝒔𝒘 (kN) -268,98 -166,68 -501,70 -62,11 -302,27 -197,03 -526,05 -88,84
𝑨𝐬𝐰 (cm²/m) - - - - - - - -
𝑨𝐬𝐰,𝐦𝐢𝐧
7,02 7,02 7,02 7,02 7,02 7,02 7,02 7,02
(cm²/m)
Fonte: Autor (2018).

Tabela 4.15 - Dimensionamento ao cisalhamento, segundo AASHTO LRFD


Longarinas 1 e 7 Longarinas 2 e 6
Seção BA A.E. M.V. A.C. BA A.E. M.V. A.C.
𝒃𝒘 (m) 50 50 50 50 50 50 50 50
𝒅 (m) 170 170 170 170 170 170 170 170
𝑽𝑺𝒅 (kN) 784,51 922,02 523,54 1069,88 715,67 811,00 457,74 919,07
𝑽𝑺𝒅 <= 𝑽𝑹𝒅𝟐 OK OK OK OK OK OK OK OK
𝑽𝒔𝒘 (kN) -110,24 27,27 -371,21 175,13 -179,08 -83,75 -437,00 24,32
𝑨𝐬𝐰 (cm²/m) - 0,41 - 2,63 - - - 0,65
𝑨𝐬𝐰,𝐦𝐢𝐧
7,02 7,02 7,02 7,02 7,02 7,02 7,02 7,02
(cm²/m)
Longarinas 3 e 5 Longarinas 4
Seção BA A.E. M.V. A.C. BA A.E. M.V. A.C.
𝒃𝒘 (m) 50 50 50 50 50 50 50 50
𝒅 (m) 170 170 170 170 170 170 170 170
𝑽𝑺𝒅 (kN) 723,88 824,75 465,86 938,12 730,02 835,05 471,92 952,36
𝑽𝑺𝒅 <= 𝑽𝑹𝒅𝟐 OK OK OK OK OK OK OK OK
𝑽𝒔𝒘 (kN) -170,87 -70,00 -428,89 43,37 -164,73 -59,70 -422,83 57,61
𝑨𝐬𝐰 (cm²/m) - - - 0,65 - - - 0,87
𝑨𝐬𝐰,𝐦𝐢𝐧
7,02 7,02 7,02 7,02 7,02 7,02 7,02 7,02
(cm²/m)
Fonte: Autor (2018).
78

4.8 Verificação das longarinas à fadiga

4.8.1 Armadura de flexão

Todas as longarinas tiveram suas armaduras de flexão verificadas quanto à fadiga,


porém não foram necessárias modificações nas áreas de aço originalmente calculadas. Este
processo de verificação encontra-se detalhado no anexo E.

4.8.2 Armadura de cisalhamento

De acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014), a verificação à fadiga é feita com base na
combinação frequente de ações.
𝑚 𝑛

𝐹𝑑,𝑠𝑒𝑟𝑣 = ∑ 𝐹𝑔,𝑖𝑘 + 𝜓1 ∙ 𝐹𝑞,𝑖𝑘 + ∑ 𝜓2𝑗 ∙ 𝐹𝑞,𝑗𝑘 (4.10)


𝑖=1 𝑗=2

Onde:
˗ 𝐹𝑑,𝑠𝑒𝑟𝑣 : Valor de cálculo das ações para combinações de serviço;
˗ 𝐹𝑔,𝑖𝑘 : Valor característico das ações permanentes;
˗ 𝐹𝑞,𝑖𝑘 : Valor característico da ação variável principal;
˗ 𝐹𝑞,𝑗𝑘 : Valor característico das ações variáveis secundárias;
O valor do fator de redução ψ1 é adotado em função o tipo de obra e de peça
estrutural. Para verificação de vigas em pontes rodoviárias, adota-se 𝜓1 = 0,5 (ABNT, 2014).
Para a seção do apoio extremo da longarina 1, cuja seção transversal possui geometria
de 50 cm (𝑏𝑤 ) por 180 cm (h), tem-se que a área de aço dimensionada é de 7,02 cm², sendo o
cortante máximo de 620,6 kN e o mínimo de 398,6 kN, como pode-se perceber na figura 4.37.

Figura 4.37 – Envoltória para verificação da armadura transversal à fadiga (Engesser-Courbon)

Envoltória de Esforço Cortante - Longarinas 1 e 7 - ELU de fadiga


725,8
600,0 620,6
462,1 512,2
398,6 320,0
100,0 149,6
kN

91,5
-400,0 -411,3 -347,6
-512,2
-620,6
-725,8
-900,0
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 45,00
Eixo da longarina (m)

Fonte: Autor (2018).


79

Então:
𝑉𝑚𝑎𝑥 620,6 𝑘𝑁
𝜏𝑤𝑑_𝑚𝑎𝑥 = = = 0,073 = 0,73 𝑀𝑃𝑎
𝑏𝑤 ∙ 𝑑 50 ∙ 170 𝑐𝑚2
𝑉𝑚𝑖𝑛 398,6 𝑘𝑁
𝜏𝑤𝑑_𝑚𝑖𝑛 = = = 0,047 = 0,47 𝑀𝑃𝑎
𝑏𝑤 ∙ 𝑑 50 ∙ 170 𝑐𝑚2
A tensão de cisalhamento absorvida pelo concreto (𝜏𝑐 ) é de 1,05 Mpa, como calculado
no item 4.7.
𝑐𝑚2
𝐴𝑠𝑤 7,02 𝑚
𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜
𝜌𝑤𝑢 = 𝑠 = 10000 = 0,0014
𝑏𝑤 50𝑐𝑚
100
𝜏𝑤𝑑_𝑚𝑎𝑥 − 𝜏𝑐 ∙ 0,5 0,73 − 1,05 ∙ 0,5
𝜎𝑤,𝑚𝑎𝑥 = 𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜
= = 145,21 𝑀𝑃𝑎
𝜌𝑤𝑢 0,0014
𝜏𝑤𝑑_𝑚𝑖𝑛 − 𝜏𝑐 ∙ 0,5 0,47 − 1,05 ∙ 0,5
𝜎𝑤,𝑚𝑖𝑛 = 𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜
= = −39,29 𝑀𝑃𝑎
𝜌𝑤𝑢 0,0014
∆𝜎𝑤 = 𝜎𝑤,𝑚𝑎𝑥 − 𝜎𝑤,𝑚𝑖𝑛

Observa-se que 𝜎𝑤,𝑚𝑖𝑛 resultou em um valor menor que 0. Isso porque 𝜏𝑤𝑑_𝑚𝑖𝑛 < 0,5 ∙
𝜏𝑤𝑑_𝑚𝑖𝑛 . Quando isso ocorre adota-se 𝜎𝑤,𝑚𝑖𝑛 = 0. Logo:

∆𝜎𝑤 = 145,21 − 0,00 = 145,21 𝑀𝑃𝑎

Então o fator de fadiga pode ser dado a partir de:

∆𝜎𝑤
𝑓𝑓 =
∆𝑓𝑎𝑑

Sabe-se que, conforme a NBR 6118 (ABNT, 2014), o incremento de fadiga para
estribos é de 85.
∆𝜎𝑤 145,21
𝑓𝑓 = = = 1,71
∆𝑓𝑎𝑑 85
Assim, a área de aço antes calculada de 7,02 cm²/m precisa ser corrigida. As tabelas a
seguir apresentam as demais seções cuja área de aço inicialmente calculada precisou ser
corrigida. As seções cujo fator de fadiga resultou igual a 1,00 foram omitidas.

Tabela 4.16 - Correção da área de aço por metro nas seções para atender a verificação da fadiga nos
estribos (segundo Engesser-Courbon)
Longarinas 1 e 7 Longarinas 2 e 6
Trechos Apoio extremo Apoio central Apoio central
Fator de fadiga 1,71 2,60 1,18
𝑨𝒔 (𝒄𝒎²/𝒎) 7,02 7,02 7,02
80

𝒄𝒐𝒓𝒓𝒊𝒈𝒊𝒅𝒐
𝑨𝒔 11,99 18,25 8,29
Distribuição 2 ramos -8 φ10 mm c/12,5 2 ramos -12 φ10 mm c/8 2 ramos -6 φ10 mm c/16,5
Fonte: Autor (2018).

Tabela 4.17 - Correção da área de aço por metro nas seções para atender a
verificação da fadiga nos estribos (segundo Guyon-Massonet)
Correção da área de aço das longarinas 1 e 7
Trechos Apoio extremo Apoio central
Fator de fadiga 1,47 2,28
𝑨𝒔 (𝒄𝒎²/𝒎) 7,02 7,02
𝒄𝒐𝒓𝒓𝒊𝒈𝒊𝒅𝒐
𝑨𝒔 10,30 15,98
Distribuição 2 ramos -7 φ10 mm c/14 2 ramos -11 φ10 mm c/9
Fonte: Autor (2018).

Tabela 4.18 - Correção da área de aço por metro nas seções para
atender a verificação da fadiga nos estribos (segundo AASHTO
LRFD)
Longarinas 1 e 7
Trechos Apoio central
Fator de fadiga 1,53
𝑨𝒔 (𝒄𝒎²/𝒎) 7,02
𝒄𝒐𝒓𝒓𝒊𝒈𝒊𝒅𝒐
𝑨𝒔 10,72
Distribuição 2 ramos -7 φ10 mm c/9,0
Fonte: Autor (2018).
81

CAPÍTULO 5

5. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Neste capítulo busca-se apresentar e comparar os resultados obtidos pela aplicação dos
modelos analíticos estudados. Com intuito de quantificar a variação dos valores em função do
método aplicado, serão comparados os valores dos esforços solicitantes máximos, bem como
os valores das armaduras de flexão e de cisalhamento para as seções dimensionadas.

5.1 Esforços solicitantes

Neste item são comparados os valores de esforço cortante e momento fletor máximos,
a fim de analisar a variação desses esforços em função dos métodos aplicados.

5.1.1.1 Esforço cortante

Observou-se que os esforços solicitantes de cisalhamento nas longarinas externas (1 e


7) são mais críticos que os das longarinas internas. Nas figuras a seguir, “BA” refere-se à
seção do balanço, “A.E.” à seção do apoio extremo, “M.V.” ao meio do vão e “A.C.” à seção
do apoio central.

Figura 5.1 - Esforços cortantes máximos: (a) Longarinas 1 e 7; (b) Longarinas 2 e 6.

(a) Esforços cortantes máximos- (b) Esforços cortantes máximos-


Longarinas 1 e 7 Longarinas 2 e 6
Vd (kN.m)
Vd (kN.m)

1.348,72
1.265,72

1.056,42
1.167,07
1.093,78

1.069,88
1.008,48

930,09

919,07
870,06
942,13

922,02

820,14

811,00
764,34
715,67
784,51

663,72
703,79
649,52

544,73
523,54

457,74
421,98

BA A.E. M.V. A.C. BA A.E. M.V. A.C.


Engesser-Courbon Guyon-Massonet Engesser-Courbon Guyon-Massonet
AASHTO LRFD AASHTO LRFD

Fonte: Autor (2018).


82

Figura 5.2 - Esforços cortantes máximos: (a) Longarinas 3 e 5; (b) Longarina 4.

(a) Esforços cortantes máximos- (b) Esforços cortantes máximos-


Longarinas 3 e 5 Longarina 4

Vd (kN.m)
Vd (kN.m)

952,36
941,55

938,12

835,81
835,05
832,64
824,94

824,75

805,90
730,02

725,41
728,07
723,88
717,21

697,72
622,66
625,77

592,48

471,92
465,86
464,79

389,51
368,70
393,05

BA A.E. M.V. A.C. BA A.E. M.V. A.C.


Engesser-Courbon Guyon-Massonet Engesser-Courbon Guyon-Massonet
AASHTO LRFD AASHTO LRFD

Fonte: Autor (2018).

Com relação aos métodos aplicados, os maiores resultados foram obtidos através do
método de Engesser-Courbon em quase todas as longarinas, com exceção da longarina central
(L4), na qual os maiores esforços referem-se à proposta da AASHTO. Nas longarinas
externas, os menores esforços foram resultantes da proposta da AASHTO, enquanto que nas
demais, foram provenientes do método de Guyon-Massonet.

Figura 5.3 - Comparativo entre os esforços cortantes: (a) Longarinas 1 e 7 vs Longarina 2 e 6; (b)
Longarinas 1 e 7 vs Longarina 4.

Comparativo entre os esforços Comparativo entre os esforços


cortantes: Longarinas 1 e 7 vs cortantes: Longarinas 1 e 7 vs
Longarinas 2 e 6 Longarina 4
180,7%
153,9%
145,5% 162,0% 160,9% 161,4%
141,9% 143,1%
129,2% 176,2%
123,0% 125,5% 127,7%
159,0% 156,8% 157,1%

109,6% 113,7% 114,4% 116,4%


107,5% 110,4% 110,9% 112,3%

L1
BA L2
A.E. L3
M.V. L4
A.C. L1
BA L2
A.E. L3
M.V. L4
A.C.
Guyon-Massonet Engesser-Courbon Guyon-Massonet Engesser-Courbon
AASHTO-LRFD AASHTO-LRFD

Fonte: Autor (2018).

Os dados da figura 5.3-a foram obtidos pela razão dos esforços das longarinas externas
(L1 e L7) e das longarinas internas adjacentes a estas (L2 e L6). Analogamente, a figura 5.3-b
resulta da razão entre os esforços das longarinas externas e da longarina central (L4). Estes
83

gráficos foram gerados com o intuito de destacar a baixa variabilidade dos esforços entre as
longarinas em se tratando proposta da AASHTO, em comparação aos demais métodos
estudados. Neste sentido, tem-se que a maior razão percentual encontrada para a proposta da
AASHTO foi de 116,4%, valor este relativamente baixo (Figura 5.3-a).
Observa-se ainda que, entre as longarinas externas e a central, as variações de esforços
relativas aos métodos de Engesser-Courbon e Guyon-Massonet são similares, de modo que a
maior diferença entre as razões percentuais encontradas é de 4,5% (Figura 5.3-b). No entanto,
esta tendência não é observada quando se analisa os dados apresentados na figura 5.3-a.
Nesta, as variações relativas ao método de Guyon-Massonet são superiores às referentes ao
método de Engesser-Courbon, sendo que a maior discrepância se observa na seção do meio do
vão, onde se tem 153,9% para o método de Guyon-Massonet contra 129,2% para Engesser-
Courbon.
Pode-se ainda verificar que, em ambos os casos analisados, a maior variação
percentual entre longarinas ocorre na seção do meio do vão, tanto para o método de Engesser-
Courbon quanto para o método do Guyon-Massonet. Esta discrepância é bem mais expressiva
no segundo caso (Figura 5.3-b), onde se tem 180,7% para Engesser-Courbon contra 176,2%
no segundo caso.

Figura 5.4 - Comparativo dos esforços cortantes entre os diferentes métodos: (a) Seção do apoio central;
(b) Seção do meio do vão

(a) Comparativo entre os métodos - (b) Comparativo entre os métodos -


Seção do apoio central Seção do apoio extremo

26,06% 34,43%
29,09% 28,00%
21,42% 18,17%
18,31% 24,06% 19,00%
14,94% 13,08% 18,53%

5,63% 8,48% 21,16%


12,67% 13,94% 18,25% 5,64%
0,37% 8,36% 0,23%
6,56%
3,71%
L1 L2 L3 L4 L1 L2 L3 L4
EC vs GM EC vs AASHTO EC vs GM EC vs AASHTO
GM vs AASHTO GM vs AASHTO
Fonte: Autor (2018).

A figura 5.4 apresenta as diferenças percentuais entre os resultados dos três modelos
de cálculo, considerando a seção mais solicitada (Apoio central) e a menos solicitada (Meio
do vão). Os valores apresentados foram obtidos dividindo a diferença entre os esforços e o
menor valor entre eles. Os gráficos da figura em questão permitem observar que, entre os
84

métodos de Engesser-Courbon e Guyon-Massonet, as maiores diferenças percentuais referem-


se às longarinas 2 e 6, divergindo 21,42% no apoio central e 29,09% no meio do vão.
Comparando a proposta da AASHTO aos demais, observa-se que as maiores diferenças
percentuais referem-se às longarinas externas. Estes valores são mais significativos quando se
compara a proposta da AASHTO ao método de Engesser-Courbon, em que se tem a diferença
de 26,06% na seção do apoio central e 34,43% na seção do meio do vão.
É interessante observar ainda que, entre o método de Engesser-Courbon e a proposta
da AASHTO, as diferenças percentuais são quase nulas nas longarinas 3 e 5, assumindo os
valores de 0,37% na seção do apoio central e 0,23% na seção do meio do vão.

5.1.2 Momento fletor

Figura 5.5 - Momentos fletores máximos: (a) Longarinas 1 e 7; (b) Longarinas 2 e 6; (c) Longarinas 3 e 5;
(d) Longarina 4.

(a) Momento fletor máximo - (b) Momento fletor máximo -


Longarinas 1 e 7 Longarinas 2 e 6
Md (kN.m)

Md (kN.m)
3.810,56

2.966,85
3.617,76
3.234,18

2.533,31
3.199,86

2.531,03
2.520,70
2.426,40
2.993,97
2.939,01
2.727,87

2.022,26

1.982,17
2.482,08

1.956,74
1.955,32
2.371,56

A.E. M.V. A.C. A.E. M.V. A.C.


Engesser-Courbon Guyon-Massonet Engesser-Courbon Guyon-Massonet
AASHTO LRFD AASHTO LRFD

(c) Momento fletor máximo - (d) Momento fletor máximo -


Longarinas 3 e 5 Longarina 4
Md (kN.m)
Md (kN.m)

2.636,04
2.480,68
2.720,01

2.419,27
2.586,69
2.465,37

2.054,51

2.040,43
2.158,50
2.105,94

1.817,06
2.040,70

1.804,38
2.015,49

1.718,56

1.712,52
1.830,60

1.821,48

A.E M.V. A.C. A.E. M.V. A.C.


Engesser-Courbon Guyon-Massonet Engesser-Courbon Guyon-Massonet
AASHTO LRFD AASHTO LRFD

Fonte: Autor (2018).

Assim como no caso do esforços cortantes, os momentos fletores são maiores nas
longarinas externas, independente do método considerado. Ademais, tem-se também que, com
85

exceção das longarinas externas, nas quais os menores esforços provêm da proposta da
AASHTO, nas demais longarinas, os menores momentos fletores foram obtidos pelo método
de Guyon-Massonet. Quanto aos maiores esforços, ainda espelhando o comportamento
observado na análise dos esforços cortantes, tem-se que os maiores esforços foram
provenientes do método de Engesser-Courbon para quase todas longarinas, com exceção do
longarina central, na qual a proposta da AASHTO resultou no momento mais desfavorável.

Figura 5.6 - Comparativo entre os momentos fletores: (a) Longarinas 1 e 7 vs Longarina 2 e 6; (b)
Longarinas 1 e 7 vs Longarina 4.

(a) Comparativo entre os momentos (b) Comparativo entre os momentos


fletores: Longarinas 1 e 7 vs fletores: Longarinas 1 e 7 vs
Longarinas 2 e 6 Longarina 4
178,0%
153,0% 162,9% 153,6%
139,5% 142,9% 174,8%
127,7% 128,4% 158,7%
121,1% 149,5%

117,3% 125,2% 126,9% 115,4% 121,6% 121,4%


S1 S2 S3 S1 S2 S3
Guyon-Massonet Engesser-Courbon Guyon-Massonet Engesser-Courbon
AASHTO-LRFD AASHTO-LRFD

Fonte: Autor (2018).

Ao estudar a figura 5.6, conclui-se que as mesmas observações feitas na análise da


figura 5.3 se aplicam, com exceção de que, entre as longarinas externas (L1 e L7) e as
adjacentes (L2 e L6), para o método de Engesser-Courbon, a maior variação percentual não
mais ocorre na seção do meio do vão (127,7%), e sim na seção do apoio central (128,4%).

Figura 5.7 - Comparativo dos esforços cortantes entre os diferentes métodos: (a) Seção do apoio central;
(b) Seção do meio do vão

(a) Comparativo entre os métodos - (b) Comparativo entre os métodos -


Seção do apoio central Seção do apoio extremo
19,09% 17,70% 30,30% 29,47%
13,06% 20,62%
10,33% 18,50% 19,15%
17,22% 8,96% 27,80% 12,29%
5,15% 10,65%
0,41% 6,26%
1,30%
5,33% 4,92% 2,54% 8,02% 6,10%
6,63%
L1 L2 L3 L4 L1 L2 L3 L4
EC vs GM EC vs AASHTO EC vs GM EC vs AASHTO
GM vs AASHTO GM vs AASHTO

Fonte: Autor (2018).


86

A partir da figura 5.7, é possível perceber que, assim como ocorre para os esforços
cortantes, as diferenças percentuais entre os momentos obtidos por Engesser-Courbon e
Guyon-Massonet são menores para as longarinas externas e para a central, e maiores para as
longarinas 2 e 6.
Em relação ao método de Engesser-Courbon, os resultados mais se aproximam aos da
proposta da AASHTO nas longarinas 3 e 5, nas quais se observam as diferenças de 5,15% e
6,63% na seção do apoio central e do apoio extremo, respectivamente. Com relação ao
método de Guyon-Massonet, os resultados mais similares aos da proposta da AASHTO se
referem às longarinas 2 e 6, sendo as diferenças percentuais iguais à 0,41% e 1,30% na seção
do apoio central e do apoio extremo, respectivamente.

5.2 Armadura

5.2.1 Armadura de cisalhamento

A seguir, encontram-se apresentadas as áreas de aço calculadas para as duas seções


mais solicitadas quanto ao cisalhamento, as quais correspondem aos apoios extremos e ao
central. É importante ressaltar que os valores mostrados já consideram a área mínima
especificada em norma, bem como a análise do Estado Limite Último de Fadiga.

Figura 5.8 - Armadura de cisalhamento: (a) Seção do apoio extremo; (b) Seção do apoio central.

(a) Armadura de cisalhamento - (b) Armadura de cisalhamento -


Seção do apoio extremo Seção do apoio central
18,25
15,98
11,99
10,30

10,72
As (cm²/m)

As (cm²/m)

8,29
7,02
7,02

7,02
7,02
7,02

7,02
7,02
7,02

7,02
7,02

7,02
7,02
7,02

7,02
7,02

7,02
7,02
7,02

L1|L7 L2|L6
L2|L5 L3|L5
L3|L6 L4 L1|L7 L2|L6
L2|L5 L3|L5
L3|L6 L4
Engesser-Courbon Guyon-Massonet Engesser-Courbon Guyon-Massonet
AASHTO LRFD AASHTO LRFD

Fonte: Autor (2018).


87

A primeira verificação feita através da análise da figura 5.8 é que o dimensionamento


ao cisalhamento das longarinas 3, 4 e 5 resultou na mesma área de aço (área mínima exigida
por norma), independente do método considerando. Em se tratando das longarinas 2 e 6, esse
comportamento só não se conservou na seção do apoio central, na qual o método de Engesser-
Courbon resultou na área de 8,29 cm²/m.
Os resultados apresentaram maior variabilidade nas seções das longarinas externas,
sendo que as maiores áreas de armadura se referem ao método de Engesser-Courbon e as
menores áreas à proposta da AASHTO.

Figura 5.9 - Comparativo entre as armaduras cisalhamento: (a) Seção do apoio extremo; (b) Seção do
apoio central.

(a) Comparativo das áreas de aço (b) Comparativo das áreas de aço
calculadas (Apoio extremo) calculadas (Apoio central)
200% 200%

180% 180% 170%

160% 147% 160%


171%
149%
140% 140%
118%
120% 120%
100% 100% 100% 100% 100%
116% 114%
100% 100%
100%
80% 80%
L1 L2 L3 L4 L1 L2 L3 L4
LRFD/EC GM/EC LRFD/GM LRFD/EC GM/EC LRFD/GM

Fonte: Autor (2018).

Através da figura 5.9, em concordância com as verificações feitas na análise da figura


5.8, observa-se que a variabilidade dos esforços obtidos pelos três métodos só é expressiva em
se tratando das longarinas externas. Neste sentido, as maiores diferenças foram observadas
entre as áreas de aço da proposta da AASHTO e do método de Engesser-Courbon. Enquanto
que para a seção do apoio extremo, a razão percentual assume o valor de 147%, na seção do
apoio central este valor passa a ser 170%.
Entre os resultados de Engesser-Courbon e Guyon-Massonet, a maior divergência na
análise da seção do apoio extremo ocorre nas longarinas externas (116%), enquanto na seção
do apoio central ocorre nas longarinas L2 e L6 (118%), valor este que se aproxima do
percentual referente às longarinas L1 e L7 (114%).
88

5.2.2 Armadura de flexão

Figura 5.10 - Armadura de flexão: (a) Seção do apoio extremo; (b) Seção do meio do vão; (c) Seção do
apoio central.

(a) Áreas de aço calculadas (Apoio (b) Áreas de aço calculadas (Meio do
extremo) vão)

44,38
41,42
41,59
38,48

34,66
34,20
34,05
33,25

29,47
29,40

28,66

28,03
28,46
28,21

27,68
27,36
26,85
27,22

25,15
25,45

24,78
25,06
23,85

23,45
As (cm²)
As (cm²)

L1|L7 L2|L6 L3|L5 L4 L1|L7 L2|L6 L3|L5 L4


Engesser-Courbon Guyon-Massonet Engesser-Courbon Guyon-Massonet
AASHTO LRFD AASHTO LRFD

(c) Áreas de aço calculadas (Apoio


central)
54,67
51,79
45,48

41,99

38,37

37,11
36,42
35,60
35,45

34,85
34,64

33,95
As (cm²)

L1|L7 L2|L6 L3|L5 L4


Engesser-Courbon Guyon-Massonet
AASHTO LRFD

Fonte: Autor (2018).

É valido destacar que os resultados da figura 5.10 já consideram as verificações do


Estado Limite Último de Fadiga. Entretanto, em nenhuma das situações analisadas, estas
verificações alteraram a área de aço calculada no dimensionamento à flexão (Ver anexo E).
Através da figura 5.11, percebe-se que, entre os métodos de Engesser-Courbon e
Guyon-Massonet, a diferença percentual é maior nas longarinas 2 e 6, em todas as seções
dimensionadas, sendo maior na seção do meio do vão (29,1%).
É interessante notar que, de maneira geral, entre a proposta da AASHTO e o método
de Guyon-Massonet, as diferenças percentuais são menores que as observadas nas outras
comparações. O mesmo não ocorre na seção do meio do vão. Esta é ainda mais significativa
ao se analisar as longarinas 2 e 6, nas quais se observam as diferenças percentuais de 3,5%,
89

0,4% e 1,0% nas seções do apoio extremo, do apoio central e do meio do vão,
respectivamente.
De maneira geral, os valores parecem estar menos dispersos em se tratando das
longarinas centrais, ao passo em que variam bastante para as longarinas externas (1 e 7) e para
as longarinas 2 e 6.

Figura 5.11 - Diferenças percentuais entre as áreas de aço calculadas: (a) Seção do apoio extremo; (b)
Seção do apoio central; (c) Seção do meio do vão.

(a) Diferença percentual das áreas (b) Diferença percentual das áreas
de aço calculadas (Apoio extremo) de aço calculadas (Apoio central)

25,1% 20,2%
25,1% 18,0%

15,5% 16,8%
15,7% 13,9% 18,4% 10,8%
20,7% 8,5%
10,6%
5,4%
8,1% 3,5% 3,3% 12,5% 6,1%
5,6% 0,4%
5,1% 4,9%
2,6%
L1 L2 L3 L4 L1 L2 L3 L4
EC/LRFD EC/GM GM/LRFD LRFD/EC GM/EC LRFD/GM

(c) Diferença percentual das áreas


de aço calculadas (Meio do vão)

29,8% 29,1%

21,1% 26,6% 17,2% 16,3%

9,2% 11,6%

7,1% 1,9%
6,4% 5,7%
L1 L2 L3 L4
LRFD/EC GM/EC LRFD/GM

Fonte: Autor (2018).


90

CAPÍTULO 6

6. CONCLUSÕES

Considerando a importância e atenção que devem ser dadas à distribuição de cargas


em tabuleiros de pontes, destaca-se a relevância que se deve dar à analise dos métodos de
repartição no sentido de maximizar a segurança da estrutura, sem que para isso haja consumo
exagerado de materiais, sobretudo o aço das armaduras de flexão e cisalhamento.
Através da aplicação dos métodos de Engesser-Courbon e de Guyon-Massonet, foi
possível determinar trens-tipo específicos para cada uma das longarinas da ponte. Observou-
se, para o modelo em estudo, que os trens-tipos resultantes do método de Engesser-Courbon
apresentaram cargas mais elevadas que as referentes ao método de Guyon-Massonet. Esta
tendência resulta do fato de Guyon-Massonet considerar o tabuleiro como sendo uma
estrutura intermediária entre uma laje ortotrópica e uma grelha com vinculação rígida à
torção; em contrapartida, no método de Engesser-Courbon, os esforços de torção são
desprezados e a reação mútua nos cruzamentos de longarinas e transversinas é unicamente
uma força vertical. Tem-se, entretanto, que a comparação entre os trens-tipo não pôde incluir
a proposta da AASHTO, visto que neste caso aplicou-se um trem-tipo único à todas as
longarinas.
Entre os métodos de Engesser-Courbon e Guyon-Massonet, em concordância ao que
se observou na análise dos trens-tipo, os esforços solicitantes resultaram maiores para o
primeiro em todos os casos. Embora a diferença verificada entre estes dois métodos seja
relativamente pequena para as longarinas externas e para a central, esta assume valores
significativos nas longarinas 2 e 6.
Em se tratando de esforços cisalhantes, foi verificado que os valores fornecidos por
Engesser-Courbon apresentaram maior divergência em relação aos resultados fornecidos
pelos demais métodos. Em contrapartida, o método de Guyon-Massonet e a proposta da
AASHTO apresentaram maior similaridade entre seus resultados, especialmente no que se
refere às longarinas internas.
Um aspecto interessante destacado na análise dos resultados da proposta da AASHTO
refere-se à baixa variação que os esforços cisalhantes e, por conseguinte, as áreas de armadura
de cisalhamento apresentaram entre si. Este comportamento se justifica pelo procedimento
adotado na obtenção destes valores. Além de ser empregado o mesmo trem-tipo em todas as
91

longarinas, praticamente não há variação entre os LLDF’s calculados, visto que as equações
usadas na determinação destes dependem apenas do espaçamento entre longarinas e da
distância horizontal entre o CG da viga externa e a face interna do guarda corpo.
No que se refere aos momentos fletores, a proposta da AASHTO também apresentou
baixa variabilidade em comparação ao que se verificou para os demais métodos, embora essa
variabilidade seja maior que a observada na análise dos esforços cisalhantes. Isso ocorre
porque, assim como para os esforços cortantes, os LLDF’s para momentos fletores variam
pouco de uma longarina para outra.
Usualmente, no dimensionamento de estruturas de pontes, busca-se sempre
uniformizar os esforços entre as longarinas, de modo se possa adotar a mesma taxa de
armadura para todas elas, sem que isso implique em grande desperdício de aço. Neste sentido,
tem-se que os resultados da proposta da AASHTO se adequam melhor a este objetivo, dada a
baixa variabilidade entre os seus resultados, principalmente no que se refere à armadura de
cisalhamento.

6.1 Sugestões para trabalhos futuros

Para a complementação das análises realizadas neste trabalho sobre a distribuição


transversal de carga em tabuleiros de vigas múltiplas, sugere-se:

˗ Aplicar os métodos de repartição estudados a modelos de ponte com diferentes


números de longarinas, com o intuito de avaliar a influência deste parâmetro na
distribuição transversal de cargas;
˗ Aplicar outros métodos de distribuição de carga como o método de Leonhardt,
Fauchart e o método de Homberg-Trenks, a fim de obter parâmetros a mais para uma
melhor comparação entre os modelos analíticos tradicionais;
˗ Analisar o comportamento do tabuleiro de pontes em vigas múltiplas por meio de
programas computacionais, a fim de comparar com os modelos analíticos tradicionais
e verificar o grau de segurança da utilização desses modelos;
˗ Comparar os resultados obtidos pela aplicação dos modelos analíticos clássicos e pela
utilização de programas computacionais com modelos experimentais.
92

REFERÊNCIAS

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Projeto de Obras de Arte Especiais. Rio de Janeiro, IPR, 1996.
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_______. DNIT PRO 109 - Obras complementares – Segurança no tráfego rodoviário -
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94

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WIGHT, J.; MAC GREGOR, J. Reinforced Concrete: Mechanics and Design. New Jersey,
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/governo-licita-ponte-avaliada-em-r-14-milhao-para-ser-construida-em/73334/>. Acesso em:
jul. 2018.
95

APÊNDICE

A. Diagramas de esforços internos – Cargas permanentes

Figura A.1 – Diagrama de esforços cortantes das longarinas 1 e 7

Fonte: Autor (2018).

Figura A.2 - Diagrama de momentos fletores das longarinas 1 e 7

Fonte: Autor (2018).

Figura A.3 - Diagrama de esforços cortantes das longarinas 2 e 6

Fonte: Autor (2018).


96

Figura A.4 - Diagrama de momentos fletores das longarinas 2 e 6

Fonte: Autor (2018).

Figura A.5 - Diagrama de esforços cortantes das longarinas 3 e 5

Fonte: Autor (2018).

Figura A.6 - Diagrama de momentos fletores das longarinas 2 e 6

Fonte: Autor (2018).


97

Figura A.7 - Diagrama de esforços cortantes da longarina 4

Fonte: Autor (2018).

Figura A.8 - Diagrama de momentos fletores da longarina 4

Fonte: Autor (2018).


kN.m

-5500,0
-3500,0
-1500,0
500,0
2500,0
4500,0
-0,00 -0,00

0,00
-138,89 -300,62
-333,33 -718,71

Fonte: Autor (2018).


-583,29 -1.306,50
-888,81 -2.064,03
-1.249,86 -2.939,01

5,00
-355,24 -2.307,10
742,11 -1.743,72
1.506,95 -1.248,93
2.122,01 -822,72
2.589,71 -465,06
2.950,79 191,52

10,00
3.163,10 373,32
3.234,18 486,57
3.168,11 531,23
2.969,52 494,63
2.643,45 302,04

15,00
2.195,05 -240,23
1.623,40 -596,26
941,03 -1.020,86
177,44 -1.537,30
-719,35 -2.181,03

20,00

Envoltória de Valores Minimos


-1.292,58 -2.941,06
-1.918,59 -3.810,56
-1.292,52 -2.941,06
-719,33 -2.181,00
177,44 -1.537,27
25,00
Eixo da Longarina (m) 941,03 -1.020,86
1.623,40 -596,26
2.195,05 -240,23
2.643,45 302,04
2.969,52 494,63
30,00
B. Envoltória dos esforços solicitantes pelo método de Engesser-Courbon (valores de cálculo)

3.168,11 531,23
3.234,18 486,57
3.163,10 373,32
Envoltória de Momento Fletor - Longarinas 1 e 7 (kN.m)

2.950,79 191,52
Figura B.1 - Envoltória de momentos fletores das longarinas 1 e 7 (Valores de cálculo)

2.589,71 -465,06
35,00

2.122,01 -822,72
Envoltória de Valores Máximos

1.506,95 -1.248,93
742,11 -1.743,72
-355,24 -2.307,10
-1.249,86 -2.939,01
40,00

-888,81 -2.064,03
-583,29 -1.306,50
-333,33 -718,71
-138,89 -300,62
-0,00 -0,00
45,00
98
kN.m

1.000
2.000
3.000
4.000

-4.000
-3.000
-2.000
-1.000
0
-0,00 -0,00

0,00
-132,76 -258,79
-308,79 -610,62

Fonte: Autor (2018).


-528,08 -1.095,89
-790,65 -1.714,62
-1.096,50 -2.426,40

5,00
-380,19 -1.917,77
498,78 -1.462,56
1.115,55 -1.060,78
1.614,32 -712,40
1.996,94 -417,46

10,00
2.295,21 -175,92
2.469,86 262,98
2.533,31 359,67
2.488,85 402,94
2.340,20 380,17

15,00
2.091,38 235,97
1.746,52 -183,13
1.297,55 -461,22
761,88 -792,73
162,48 -1.195,68

20,00
-542,30 -1.697,48

Envoltória de Valores Minimos


-988,40 -2.289,62
-1.475,72 -2.966,85
-988,35 -2.289,62
-542,28 -1.697,46
Eixo da Longarina (m)
25,00
162,48 -1.195,66
761,88 -792,73
1.297,55 -461,22
1.746,52 -183,13
2.091,38 235,97
30,00

2.340,20 380,17
2.488,85 402,94
2.533,31 359,67
Figura B.2 - Envoltória de momentos fletores das longarinas 2 e 6 (Valores de cálculo)

2.469,86 262,98
Envoltória de Momento Fletor - Longarinas 2 e 6 (kN.m)

2.295,21 -175,92
35,00

1.996,94 -417,46
Envoltória de Valores Máximos

1.614,32 -712,40
1.115,55 -1.060,78
498,78 -1.462,56
-380,19 -1.917,77
40,00

-1.096,50 -2.426,40
-790,65 -1.714,62
-528,08 -1.095,89
-308,79 -610,62
-132,76 -258,79
-0,00 -0,00
99

45,00
kN.m

1.000
2.000
3.000

-3.000
-2.000
-1.000
0
0,00 -0,00

0,00
133,50 -224,66
311,74 -533,29

Fonte: Autor (2018).


534,74 -954,48
802,47 -1.488,22
1.114,94 -2.105,94

5,00
456,08 -1.603,56
313,88 -1.156,41
870,96 -764,51
1.323,23 -427,83
1.672,17 -146,40

10,00
1.940,67 293,77
2.099,33 433,07
2.158,50 517,13
2.120,80 545,95
1.989,10 502,00

15,00
1.766,56 358,94
1.456,41 160,64
1.049,70 -284,26
562,74 -616,59
124,91 -1.016,87

Envoltória de Valores Minimos


20,00
634,75 -1.504,50
1.097,18 -2.073,46
1.606,24 -2.720,01
1.097,15 -2.073,46
25,00 634,74 -1.504,50
Eixo da Longarina (m) 124,91 -1.016,86
562,74 -616,59
1.049,70 -284,26
1.456,41 160,64
1.766,56 358,94
30,00

1.989,10 502,00
2.120,80 545,95
2.158,50 517,13
Figura B.3 - Envoltória de momentos fletores das longarinas 3 e 5 (Valores de cálculo)

2.099,33 433,07
Envoltória de Momento Fletor - Longarinas 3 e 5 (kN.m)

1.940,67 293,77
Envoltória de Valores Máximos
35,00

1.672,17 -146,40
1.323,23 -427,83
870,96 -764,51
313,88 -1.156,41
456,08 -1.603,56
40,00

1.114,94 -2.105,94
802,47 -1.488,22
534,74 -954,48
311,74 -533,29
133,50 -224,66
0,00 -0,00
45,00
100
kN.m

2.000
3.000

1.000

-3.000
-2.000
-1.000
0
-0,00 -0,00

0,00
-134,06 -191,30
-313,94 -458,99

Fonte: Autor (2018).


-539,70 -819,89
-811,30 -1.273,91
-1.128,75 -1.804,38

5,00
-524,41 -1.309,84
146,19 -871,89
649,05 -490,56
1.058,93 -165,84
1.377,47 259,65

10,00
1.617,50 457,59
1.761,69 586,69
1.817,06 659,19
1.785,53 675,07
1.669,37 607,73

15,00
1.470,95 466,46
1.192,80 268,58
825,22 -126,14
383,54 -457,87
-218,41 -853,67

20,00
-714,74 -1.324,83

Envoltória de Valores Minimos


-1.190,12 -1.867,91
-1.716,11 -2.480,68
-1.190,10 -1.867,91
-714,73 -1.324,83
25,00

-218,41 -853,65
Eixo da Longarina (m)
383,54 -457,87
825,22 -126,14
1.192,80 268,58
1.470,95 466,46
30,00

1.669,37 607,73
1.785,53 675,07
Figura B.4 - Envoltória de momentos fletores da longarina 4 (Valores de cálculo)

1.817,06 659,19
Envoltória de Momento Fletor - Longarina 4 (kN.m)

1.761,69 586,69
1.617,50 457,59
Envoltória de Valores Máximos
35,00

1.377,47 259,65
1.058,93 -165,84
649,05 -490,56
146,19 -871,89
-524,41 -1.309,84
40,00

-1.128,75 -1.804,38
-811,30 -1.273,91
-539,70 -819,89
-313,94 -458,99
-134,06 -191,30
101

-0,00 -0,00
45,00
kN

-1900,0
-1400,0
-900,0
-400,0
100,0
600,0
1600,0

1100,0
-297,8 -123,5

0,00

Fonte: Autor (2018).


-370,2 -185,2
-616,9 -246,9
-689,3 -308,6
-936,0 -370,3
523,5
-1008,5 1167,1
-432,0

5,00
454,5 1047,7
384,7 929,4
310,6 812,8
216,0 698,0
121,1 585,0
-39,9 474,0

10,00
-155,3 359,1
-265,0 252,6
-374,9 148,5
-484,8 46,7
-594,5 -99,0

15,00
-703,8 -172,7
-818,7 -249,9
-926,8 -320,4
-1034,0 -390,4

Envoltória de valores máximos


-1140,2 -460,0
20,00 -1245,2 -529,1
597,8
-1348,7 1348,7
-597,8
529,1 1245,2
460,0 1140,2
390,4 1034,0
25,00

320,4 926,8
249,9 818,7
178,9 709,9
Eixo Longitudinal da Longarina (m)

99,0 594,5
-46,7 484,8
30,00

-148,5 374,9
-252,6 265,0
Envoltória de Esforço Cortante - Longarinas 1 e 7 (kN)

-359,1 155,3
Figura B.5 - Envoltória de esforços cortantes das longarinas 1 e 7 (Valores de cálculo)

Envoltória de valores mínimos

-467,9 46,0
-585,0 -121,1
35,00

-698,0 -216,0
-812,8 -310,6
-929,4 -384,7
-1047,7 -454,5
432,0
-1167,1 1008,5
40,00

-523,5 370,3 936,0


308,6 689,3
246,9 616,9
185,2 370,2
123,5 297,8
45,00
102
kN

-1500,0
-1000,0
-500,0
500,0
1000,0
1500,0

0,0
-258,3 -123,5

0,00
-316,7 -171,5
-510,0 -219,6

Fonte: Autor (2018).


-568,4 -267,7
-761,7 -315,8
422,4
-820,1 930,1
-363,9

5,00
368,7 836,5
314,3 743,9
257,0 652,6
183,1 562,7
108,8 474,3

10,00
34,2 387,5
-115,3 290,1
-201,2 206,7
-287,3 125,2
-373,3 45,6

15,00
-459,2 -68,6
-544,7 -138,5
-642,1 -193,8
-726,6 -248,7
-810,4 -303,3

20,00
-893,4 -357,4

Envoltória de valores máximos


-975,5 -411,3
464,8
-1056,4 1056,4
-464,8
411,3 975,5
357,4 893,4
25,00
303,3 810,4
248,7 726,6
193,8 642,1
126,2 544,7
Eixo Longitudinal da Longarina (m)

68,6 459,2
30,00

-45,6 373,3
-125,2 287,3
-206,7 201,2
Envoltória de Esforço Cortante - Longarinas 2 e 6 (kN)

-290,1 115,3
Figura B.6 - Envoltória de esforços cortantes das longarinas 2 e 6 (Valores de cálculo)

Envoltória de valores mínimos

-375,2 -34,2
35,00

-474,3 -108,8
-562,7 -183,1
-652,6 -257,0
-743,9 -314,3
-836,5 -368,7
363,9
40,00

-930,1 820,1
-422,4 315,8 761,7
267,7 568,4
219,6 510,0
171,5 316,7
123,5 258,3
103

45,00
kN

-1200,0
-700,0
-200,0
300,0
800,0
-218,8 -123,5

0,00
-280,3 -173,2
-437,2 -222,9

Fonte: Autor (2018).


-498,8 -272,6
-655,6 -322,3
444,7
-717,2 824,9
-372,1

5,00
389,3 739,4
333,4 654,9
275,8 571,4
205,7 488,9
134,7 407,5

10,00
63,4 327,2
-66,8 236,0
-146,5 158,3
-226,3 81,9
-306,0 -26,3

15,00
-385,5 -93,6
-464,8 -152,2
-555,9 -221,0
-634,3 -277,3
-712,2 -333,4

20,00
-789,4 -389,1

Envoltória de valores máximos


-865,9 -444,7 500,0
-941,6 941,6
-500,0 444,7 865,9
25,00 389,1 789,4
333,4 712,2
277,3 634,3
221,0 555,9
164,4 464,8
Eixo Longitudinal da Longarina (m)

93,6 385,5
30,00

26,3 306,0
-81,9 226,3
-158,3 146,5
Envoltória de Esforço Cortante - Longarinas 3 e 5 (kN)

-236,0 66,8
Figura B.7 - Envoltória de esforços cortantes das longarinas 3 e 5 (Valores de cálculo)

Envoltória de valores mínimos

-315,0 -51,2
35,00

-407,5 -134,7
-488,9 -205,7
-571,4 -275,8
-654,9 -333,4
-739,4 -389,3
372,1
40,00

-824,9 717,2
-444,7 322,3 655,6
272,6 498,8
222,9 437,2
173,2 280,3
123,5 218,8
45,00
104
kN

-1100,0
-600,0
-100,0
400,0
900,0
-179,3 -123,5

0,00
-245,6 -174,4
-367,8 -225,4

Fonte: Autor (2018).


-434,1 -276,3
-556,3 -327,3
462,7
-622,7 725,4
-378,2

5,00
406,0 647,5
349,0 570,8
291,7 494,8
225,8 419,5
158,1 344,9

10,00
77,9
90,1 258,7
271,0
-22,0 185,7
-95,7 113,5
-169,4 42,3
-243,0 -50,7

15,00
-316,4 -115,8
-389,5 -175,0
-474,5 -244,7
-547,0 -301,9

Envoltória de valores máximos


-618,9 -358,9

20,00
-691,2 -415,9
-763,8 -472,6
529,3
-835,8 835,8
-529,3
472,6 763,8
415,9 691,2
25,00

358,9 618,9
301,9 547,0
244,7 474,5
187,3 401,8
Eixo Longitudinal da Longarina (m)

115,8 316,4
30,00

50,7 243,0
-42,3 169,4
Envoltória de Esforço Cortante - Longarina 4 (kN)

-113,5 95,7
Figura B.8 - Envoltória de esforços cortantes da longarina 4 (Valores de cálculo)

-185,7 22,0
-258,7 -77,9
35,00

-344,9 -158,1
Envoltória de valores mínimos

-419,5 -225,8
-494,8 -291,7
-570,8 -349,0
-647,5 -406,0
378,2
40,00

-725,4 622,7
-462,7 327,3 556,3
276,3 434,1
225,4 367,8
174,4 245,6
123,5 179,3
45,00
105
kN.m

-4200,0
-3200,0
-2200,0
-1200,0
-200,0
800,0
1800,0
2800,0
3800,0
4800,0

0
0,0 0,0
138,9 277,3

Fonte: Autor (2018).


333,3 666,8
583,3 1212,3
888,8 1914,1
1249,9 2727,9

5
397,7 2107,5
-694,0 1555,7
-1354,2 1110,5
-1938,1 781,0
-2382,9 502,3

10
-2723,5 -286,1
-2925,4 -460,2
-2994,0 -565,7
-2932,7 -602,7
-2746,0 -552,3

15
-2438,3 -361,7
-2014,3 300,2
-1472,6 572,6
-844,1 914,6

Envoltória de Valores Minimos


-229,8 1421,8

20
758,0 2047,0
1331,0 2780,9
1959,3 3617,8
1331,0 2780,8
25 758,0 2046,9
-229,9 1421,8
-844,1 914,6
Eixo da Longarina (m)

-1472,6 572,6
-2014,3 300,2
-2438,3 -361,7
C. Envoltória dos esforços solicitantes pelo método de Guyon-Massonet (valores de cálculo)

30

-2746,0 -552,3
-2932,7 -602,7
-2994,0 -565,7
Envoltória de Momento Fletor - Longarinas 1 e 7 (kN.m)

-2925,4 -460,2
Figura C.1 - Envoltória de momentos fletores das longarinas 1 e 7 (Valores de cálculo)

Envoltória de Valores Máximos

-2723,5 -286,1
35

-2382,9 502,3
-1938,1 781,0
-1354,2 1110,5
-694,0 1555,7
397,7 2107,5
40

1249,9 2727,9
888,8 1914,1
583,3 1212,3
333,3 666,8
138,9 277,3
45

0,0 0,0
106
kN.m

-2800,0
-1800,0
200,0

-800,0
1200,0
2200,0
3200,0
0,0 0,0

0,00
132,8 211,4

Fonte: Autor (2018).


308,8 500,3
528,1 891,3
790,7 1384,5
1096,5 1955,3

5,00
478,7 1473,5
-305,0 1045,0
-749,4 679,7
-1171,8 428,4
-1498,8 216,6

10,00
-1750,3 -319,8
-1899,5 -452,1
-1956,7 -530,9
-1924,4 -556,4
-1804,8 -512,0

15,00
-1600,9 -377,2
-1315,4 -189,0
-939,0 284,5
-498,1 537,7
143,9 919,2

Envoltória de Valores Minimos


20,00
626,5 1381,7
1072,8 1920,0
1565,1 2531,0
1072,7 1920,0
626,5 1381,7
25,00
143,9 919,2
-498,1 537,7
Eixo da Longarina (m)

-939,0 284,5
-1315,4 -189,0
-1600,9 -377,2
30,00

-1804,8 -512,0
-1924,4 -556,4
-1956,7 -530,9
Envoltória de Momento Fletor - Longarinas 2 e 6 (kN.m)

-1899,5 -452,1
Figura C.2 - Envoltória de momentos fletores das longarinas 2 e 6 (Valores de cálculo)

Envoltória de Valores Máximos

-1750,3 -319,8
35,00

-1498,8 216,6
-1171,8 428,4
-749,4 679,7
-305,0 1045,0
478,7 1473,5
40,00

1096,5 1955,3
790,7 1384,5
528,1 891,3
308,8 500,3
132,8 211,4
0,0 0,0
45,00
107
kN.m

-2800,0
-1800,0
200,0

-800,0
1200,0
2200,0
0,0 0,0 3200,0

0,00
133,5 197,0

Fonte: Autor (2018).


311,7 468,8
534,7 834,9
802,5 1295,3
1114,9 1830,6

5,00
513,7 1343,9
-230,1 912,4
-656,9 549,6
-1064,5 300,8
-1381,1 -218,4

10,00
-1622,1 -414,7
-1765,9 -543,6
-1821,5 -617,2
-1790,8 -635,6
-1676,2 -578,9

15,00
-1479,9 -441,5
-1204,4 -248,8
-840,2 209,2
-414,1 467,5
197,9 855,3

20,00
683,7 1319,9

Envoltória de Valores Minimos


1146,5 1857,5
1658,4 2465,4
1146,5 1857,5
683,7 1319,9
25,00 197,9 855,2
Eixo da Longarina (m) -414,1 467,5
-840,2 209,2
-1204,4 -248,8
-1479,9 -441,5
30,00

-1676,2 -578,9
-1790,8 -635,6
-1821,5 -617,2
Envoltória de Momento Fletor - Longarinas 3 e 5 (kN.m)

-1765,9 -543,6
Figura C.3 - Envoltória de momentos fletores das longarinas 3 e 5 (Valores de cálculo)

-1622,1 -414,7
Envoltória de Valores Máximos
35,00

-1381,1 -218,4
-1064,5 300,8
-656,9 549,6
-230,1 912,4
513,7 1343,9
40,00

1114,9 1830,6
802,5 1295,3
534,7 834,9
311,7 468,8
133,5 197,0
0,0 0,0
45,00
108
kN.m

-2500,0
-1500,0
500,0

-500,0
1500,0
2500,0
0,0 0,0

0,00
134,1 183,6

Fonte: Autor (2018).


313,9 440,0
539,7 783,7
811,3 1214,7
1128,7 1718,6

5,00
541,7 1229,8
-169,7 797,6
-582,3 438,4
-978,1 193,1
-1286,6 -297,6

10,00
-1518,7 -491,7
-1658,2 -616,9
-1712,5 -685,6
-1683,4 -697,6
-1572,8 -629,5

15,00
-1382,7 -490,2
-1115,4 -294,4
-760,8 151,2
-346,5 413,0
240,9 805,4

20,00
728,2 1272,7

Envoltória de Valores Minimos


1204,2 1811,4
1731,0 2419,3
1204,2 1811,3
728,2 1272,7

Eixo da Longarina (m)


25,00
240,9 805,4
-346,5 413,0
-760,8 151,2
-1115,4 -294,4
-1382,7 -490,2
30,00

-1572,8 -629,5
-1683,4 -697,6
Envoltória de Momento Fletor - Longarina 4 (kN.m)

-1712,5 -685,6
Figura C.4 - Envoltória de momentos fletores da longarina 4 (Valores de cálculo)

-1658,2 -616,9
-1518,7 -491,7
Envoltória de Valores Máximos
35,00

-1286,6 -297,6
-978,1 193,1
-582,3 438,4
-169,7 797,6
541,7 1229,8
40,00

1128,7 1718,6
811,3 1214,7
539,7 783,7
313,9 440,0
134,1 183,6
0,0 0,0
45,00
109
kN

-1700,0
-1200,0
-200,0
300,0
800,0

-700,0
1300,0
1800,0
-270,2 -123,5

0,00
-345,9 -185,2

Fonte: Autor (2018).


-568,4 -246,9
-644,0 -308,6
-866,5 -370,3
528,5
-942,1 1093,8
-432,0

5,00
459,6 980,3
390,0 868,2
317,5 757,6
226,3 648,4
134,5 540,9

10,00
-55,9 435,1
-147,2 325,1
-234,2 223,1
-335,6 137,5
-440,5 57,5

15,00
-545,2 -110,7
-649,5 -184,0
-759,4 -260,8
-862,6 -331,0
-964,9 -400,8

Envoltória de valores máximos


20,00
-1066,3 -470,2
-1166,6 -539,2 607,9
-1265,7 1265,7
-607,9
539,2 1166,6
25,00 470,2 1066,3
400,8 964,9
331,0 862,6
260,8 759,4
190,1 655,7
Eixo Longitudinal da Longarina (m)

110,7 545,2
30,00

-57,5 440,5
-137,5 335,6
-223,1 234,2
Envoltótia de Esforço Cortante - Longarinas 1 e 7 (kN)

-325,1 147,2
Figura C.5 - Envoltória de esforços cortantes das longarinas 1 e 7 (Valores de cálculo)

Envoltória de valores mínimos

-429,0 60,4
35,00

-540,9 -134,5
-648,4 -226,3
-757,6 -317,5
-868,2 -390,0
-980,3 -459,6
432,0
40,00

-1093,8 942,1
-528,5 370,3 866,5
308,6 644,0
246,9 568,4
185,2 345,9
123,5 270,2
45,00
110
kN

-1200,0
-700,0
-200,0
300,0
800,0
-205,3 -123,5

0,00
-264,3 -171,5
-405,0 -219,6

Fonte: Autor (2018).


-464,0 -267,7
-604,8 -315,8
434,5
-663,7 764,3
-363,9

5,00
380,9 684,6
326,9 605,8
271,5 527,9
205,3 450,8
138,2 374,7

10,00
58,6 299,6
-67,9 213,3
-128,7 140,4
-198,6 77,7
-273,2 -30,6

15,00
-347,7 -94,6
-434,2 -150,9
-508,1 -217,8
-581,7 -272,1
-654,7 -326,2

Envoltória de valores máximos


20,00
-727,1 -380,1
-798,9 -433,7
487,2
-870,1 870,1
-487,2
433,7 798,9
380,1 727,1
25,00 326,2 654,7
272,1 581,7
217,8 508,1
150,9 434,2
Eixo Longitudinal da Longarina (m)

94,6 347,7
30,00

30,6 273,2
-77,7 198,6
-140,4 128,7
Envoltótia de Esforço Cortante - Longarinas 2 e 6 (kN)

-213,3 67,9
Figura C.6 - Envoltória de esforços cortantes das longarinas 2 e 6 (Valores de cálculo)

-299,6 -58,6
Envoltória de valores mínimos
35,00

-374,7 -138,2
-450,8 -205,3
-527,9 -271,5
-605,8 -326,9
-684,6 -380,9
363,9
40,00

-764,3 663,7
-434,5 315,8 604,8
267,7 464,0
219,6 405,0
171,5 264,3
123,5 205,3
45,00
111
kN

-1200,0
-700,0
-200,0
300,0
800,0
-187,8 -123,5

0,00
-249,7 -173,2
-375,9 -222,9

Fonte: Autor (2018).


-437,7 -272,6
-563,9 -322,3
451,8
-625,8 728,1
-372,1

5,00
396,4 650,6
340,7 574,2
284,3 498,5
218,7 423,5
151,9 349,3

10,00
72,6 275,9
-47,1 191,1
-105,9 119,5
-174,4 58,7
-247,5 -44,7

15,00
-320,4 -108,8
-393,0 -166,6
-477,6 -235,0
-549,6 -291,0
-621,2 -346,8

Envoltória de valores máximos


20,00
-692,2 -402,4
-762,7 -457,8 513,1
-832,6 832,6
-513,1
457,8 762,7
402,4 692,2
25,00
346,8 621,2
291,0 549,6
235,0 477,6
166,6 405,3
Eixo Longitudinal da Longarina (m)

108,8 320,4
30,00

44,7 247,5
-58,7 174,4
-119,5 105,9
Envoltória de Esforço Cortante - Longarinas 3 e 5 (kN)

-191,1 47,1
Figura C.7 - Envoltória de esforços cortantes das longarinas 3 e 5 (Valores de cálculo)

-275,9 -72,6
Envoltória de valores mínimos
35,00

-349,3 -151,9
-423,5 -218,7
-498,5 -284,3
-574,2 -340,7
-650,6 -396,4 372,1
40,00

-728,1 625,8
-451,8 322,3 563,9
272,6 437,7
222,9 375,9
173,2 249,7
123,5 187,8
45,00
112
kN

-1200,0
300,0
800,0

-200,0

-700,0
-171,3 -123,5

0,00
-236,4 -174,4

Fonte: Autor (2018).


-349,3 -225,4
-414,5 -276,3
-527,4 -327,3
464,8
-592,5 697,7
-378,2

5,00
408,1 622,1
351,1 547,6
293,9 473,7
229,2 400,5
162,8 327,9

10,00
84,1 256,0
-29,8 172,6
-86,8 102,2
-154,1 42,9
-225,8 -56,0

15,00
-297,4 -120,1
-380,9 -179,1
-452,0 -248,7
-522,8 -305,9
-593,3 -363,0

Envoltória de valores máximos


20,00
-664,3 -419,9
-735,4 -476,7 533,3
-805,9 805,9
-533,3
476,7 735,4
419,9 664,3
25,00
363,0 593,3
305,9 522,8
248,7 452,0
179,1 380,9
Eixo Longitudinal da Longarina (m)

120,1 297,4
30,00

56,0 225,8
-42,9 154,1
Envoltória de Esforço Cortante - Longarina 4 (kN)

-102,2 86,8
Figura C.8 - Envoltória de esforços cortantes da longarina 4 (Valores de cálculo)

-172,6 29,8
-256,0 -84,1
Envoltória de valores mínimos
35,00

-327,9 -162,8
-400,5 -229,2
-473,7 -293,9
-547,6 -351,1
-622,1 -408,1 378,2
40,00

-697,7 592,5
-464,8
327,3 527,4
276,3 414,5
225,4 349,3
174,4 236,4
123,5 171,3
45,00
113
kN.m

4.000,00
3.000,00
2.000,00
1.000,00
-1.000,00
-3.000,00
-4.000,00
-5.000,00

-2.000,00

-0,00
-0,00 -0,00

0,00
-138,89 -245,74

Fonte: Autor (2018).


-333,33 -588,57
-583,29 -1.062,87
-888,81 -1.668,68
-1.249,86 -2.371,56

5,00
-482,11 -1.769,32
394,87 -1.235,64
1.031,56 -770,53
1.546,05 -373,99
1.940,02 214,38

10,00
2.240,62 451,09
2.419,45 613,10
2.482,08 706,56
2.431,40 731,43
2.270,60 674,25

15,00
2.003,25 491,81
1.632,97 240,82
1.157,40 -275,69
587,07 -682,34
-211,51 -1.169,32

Envoltória de Valores Minimos


20,00
-826,17 -1.754,60
-1.397,79 -2.432,59
-2.030,05 -3.199,86
-1.397,78 -2.432,47
25,00 -826,13 -1.754,59
-211,50 -1.169,31
587,07 -682,34
1.157,40 -275,69
D. Envoltória dos esforços solicitantes pela proposta da AASHTO (valores de cálculo)

Eixo da Longarina (m)

1.632,97 240,82
2.003,25 491,81
30,00

2.270,60 674,25
2.431,40 731,43
2.482,08 706,56
Envoltória de Momento Fletor - Longarinas 1 e 7 (kN.m)

2.419,45 613,10
Figura D.1 - Envoltória de momentos fletores das longarinas 1 e 7 (Valores de cálculo)

Envoltória de Valores Máximos

2.240,62 451,09
35,00

1.940,02 214,38
1.546,05 -373,99
1.031,56 -770,53
394,87 -1.235,64
-482,11 -1.769,32
40,00

-1.249,86 -2.371,55
-888,81 -1.668,68
-583,29 -1.062,87
-333,33 -588,57
-138,89 -245,74
-0,00 -0,00
45,00
114
kN.m

3.000,00
2.000,00
1.000,00
-1.000,00
-3.000,00

-2.000,00

-0,00
-0,00 -0,00

0,00
-132,76 -220,95

Fonte: Autor (2018).


-308,79 -519,44
-528,08 -923,88
-790,65 -1.434,29
-1.096,50 -2.022,26

5,00
-472,32 -1.534,68
245,15 -1.100,53
767,50 -719,81
1.192,16 -392,48
1.520,53 -118,59

10,00
1.775,00 298,06
1.924,96 434,15
1.982,17 516,80
1.949,04 546,03
1.828,21 510,70

15,00
1.622,61 375,19
1.335,22 186,25
956,90 -225,85
503,57 -544,09
-134,97 -925,48

Envoltória de Valores Minimos


20,00
-618,56 -1.384,81
-1.063,45 -1.917,49
-1.555,23 -2.520,70
-1.063,43 -1.917,39
-618,53 -1.384,80
25,00
Eixo da Longarina (m) -134,96 -925,47
503,57 -544,09
956,90 -225,85
1.335,22 186,25
1.622,61 375,19
30,00

1.828,21 510,70
1.949,04 546,03
1.982,17 516,80
Figura D.2 - Envoltória de momentos fletores das longarinas 2 e 6 (Valores de cálculo)

Envoltória de Momento Fletor - Longatinas 2 e 6 (kN.m)

1.924,96 434,15
Envoltória de Valores Máximos

1.775,00 298,06
35,00

1.520,53 -118,59
1.192,16 -392,48
767,50 -719,81
245,15 -1.100,53
-472,32 -1.534,68
40,00

-1.096,50 -2.022,25
-790,65 -1.434,29
-528,08 -923,88
-308,79 -519,44
-132,76 -220,95
-0,00 -0,00
115

45,00
kN.m

3.000,00
2.000,00
1.000,00
-1.000,00
-2.000,00
-3.000,00

-0,00
-0,00 -0,00

0,00
-133,50 -221,69

Fonte: Autor (2018).


-311,74 -522,40
-534,74 -930,54
-802,47 -1.446,11
-1.114,94 -2.040,70

5,00
-477,92 -1.540,28
250,58 -1.095,11
782,13 -705,17
1.214,17 -370,48
1.548,11 123,91

10,00
1.806,32 329,38
1.958,18 467,37
2.015,49 550,12
1.980,63 577,62
1.856,26 538,75

15,00
1.645,28 397,86
1.350,69 201,72
963,35 -219,40
499,17 -548,49
-152,03 -942,53

Envoltória de Valores Minimos


20,00
-650,10 -1.416,35
-1.111,30 -1.965,35
-1.621,22 -2.586,69
-1.111,29 -1.965,25
-650,06 -1.416,34
25,00
-152,01 -942,52
Eixo da Longarina (m) 499,17 -548,49
963,35 -219,40
1.350,69 201,72
1.645,28 397,86
30,00

1.856,26 538,75
1.980,63 577,62
2.015,49 550,12
Envoltória de Momento Fletor - Longarinas 3 e 5 (kN.m)

1.958,18 467,37
Figura D.3 - Envoltória de momentos fletores das longarinas 3 e 5 (Valores de cálculo)

Envoltória de Valores Máximos

1.806,32 329,38
35,00

1.548,11 123,91
1.214,17 -370,48
782,13 -705,17
250,58 -1.095,11
-477,92 -1.540,28
40,00

-1.114,94 -2.040,70
-802,47 -1.446,11
-534,74 -930,54
-311,74 -522,40
-133,50 -221,69
-0,00 -0,00
45,00
116
kN.m

3.000,00
2.000,00
1.000,00
-1.000,00
-2.000,00
-3.000,00

-0,00
-0,00 -0,00

0,00
-134,06 -222,24

Fonte: Autor (2018).


-313,94 -524,60
-539,70 -935,51
-811,30 -1.454,94
-1.128,75 -2.054,51

5,00
-482,12 -1.544,48
254,64 -1.091,04
793,08 -694,22
1.230,64 -354,01
1.568,74 144,53

10,00
1.829,74 352,80
1.983,04 492,22
2.040,43 575,05
2.004,27 601,26
1.877,24 559,73

15,00
1.662,23 414,81
1.362,26 213,29
968,19 -214,57
495,89 -551,77
-164,80 -955,30

Envoltória de Valores Minimos


20,00
-673,69 -1.439,95
-1.147,10 -2.001,15
-1.670,58 -2.636,04
-1.147,09 -2.001,05
-673,66 -1.439,94
25,00
-164,79 -955,29
495,89 -551,77
Eixo da Longarina (m)

968,19 -214,57
1.362,26 213,29
1.662,23 414,81
30,00

1.877,24 559,73
2.004,27 601,26
Envoltória de Momento Fletor - Longarina 4 (kN.m)

2.040,43 575,05
Figura D.4 - Envoltória de momentos fletores da longarina 4 (Valores de cálculo)

1.983,04 492,22
1.829,74 352,80
Envoltória de Valores Máximos
35,00

1.568,74 144,53
1.230,64 -354,01
793,08 -694,22
254,64 -1.091,04
-482,12 -1.544,48
40,00

-1.128,75 -2.054,51
-811,30 -1.454,94
-539,70 -935,51
-313,94 -524,60
-134,06 -222,24
-0,00 -0,00
45,00
117
kN

-1500,0
-1000,0
-500,0
500,0
1000,0
1500,0

0,0
-228,8 -123,5

0,00
-297,8 -185,2

Fonte: Autor (2018).


-472,2 -246,9
-541,2 -308,6
-715,5 -370,3 541,9
-784,5 922,0
-432,0

5,00
473,1 823,8
404,0 726,4
332,8 629,8
248,5 534,1
163,8 439,4

10,00
79,0 345,8
-59,3 247,3
-152,5 156,1
-245,6 66,3
-338,6 -55,9

15,00
-431,3 -136,8
-523,5 -208,3
-621,5 -284,2
-712,7 -353,6
-803,2 -422,9

20,00
-893,0 -491,9

Envoltória de valores máximos


-981,9 -560,7
629,4
-1069,9 1069,9
-629,4
560,7 981,9
25,00 491,9 893,0
422,9 803,2
353,6 712,7
284,2 621,5
214,4 523,5
Eixo Longitudinal da Longarina (m)

136,8 431,3
30,00

55,9 338,6
-66,3 245,6
-156,1 152,5
Envoltória de Esforço Cortante - Longarinas 1 e 7 (kN)

-247,3 59,3
Figura D.5 - Envoltória de esforços cortantes das longarinas 1 e 7 (Valores de cálculo)

Envoltória de valores mínimos

-339,7 -72,8
35,00

-439,4 -163,8
-534,1 -248,5
-629,8 -332,8
-726,4 -404,0
-823,8 -473,1
432,0
40,00

-922,0 784,5
-541,9 370,3 715,5
308,6 541,2
246,9 472,2
185,2 297,8
123,5 228,8
45,00
118
kN

-1200,0
-700,0
300,0
800,0

-200,0
-228,6 -123,5

0,00
-284,0 -171,5
-444,5 -219,6

Fonte: Autor (2018).


-499,8 -267,7
-660,3 -315,8 431,6
-715,7 811,0
-363,9

5,00
378,0 728,0
324,0 645,8
267,9 564,4
198,8 483,9
129,3 404,4

10,00
59,7 326,0
-69,5 236,5
-147,5 160,6
-225,4 85,9
-303,2 -21,0

15,00
-380,6 -86,7
-457,7 -143,1
-546,6 -209,9
-622,6 -264,3
-697,9 -318,3

20,00
-772,5 -372,2

Envoltória de valores máximos


-846,3 -425,9
479,4
-919,1 919,1
-479,4
425,9 846,3
25,00 372,2 772,5
318,3 697,9
264,3 622,6
209,9 546,6
155,4 470,0
Eixo Longitudinal da Longarina (m)

86,7 380,6
30,00

21,0 303,2
-85,9 225,4
-160,6 147,5
-236,5 69,5
Envoltória de Esforço Cortante - Longarinas 2 e 6 (kN)
Figura D.6 - Envoltória de esforços cortantes das longarinas 2 e 6 (Valores de cálculo)

-313,7 -47,4
Envoltória de valores mínimos
35,00

-404,4 -129,3
-483,9 -198,8
-564,4 -267,9
-645,8 -324,0
-728,0 -378,0
363,9
40,00

-811,0 715,7
-431,6
315,8 660,3
267,7 499,8
219,6 444,5
171,5 284,0
123,5 228,6
45,00
119
kN

-1200,0
-700,0
-200,0
300,0
800,0
-228,6 -123,5

0,00

Fonte: Autor (2018).


-285,6 -173,2
-447,7 -222,9
-504,7 -272,6
-666,9 -322,3 445,3
-723,9 824,8
-372,1

5,00
389,9 739,9
334,1 655,9
276,2 572,6
205,3 490,3
133,9 409,0

10,00
62,5 328,8
-68,5 237,5
-148,3 159,7
-228,0 83,3
-307,6 -25,5

15,00
-386,9 -93,0
-465,9 -151,2
-556,5 -219,9
-634,4 -276,0
-711,5 -331,9

Envoltória de valores máximos


20,00
-787,9 -387,6
-863,5 -443,1 498,4
-938,1 938,1
-498,4 443,1 863,5
25,00 387,6 787,9
331,9 711,5
276,0 634,4
219,9 556,5
163,5 478,1
Eixo Longitudinal da Longarina (m)

93,0 386,9
30,00

25,5 307,6
-83,3 228,0
-159,7 148,3
Envoltória de Esforço Cortante - Longarinas 3 e 5 (kN)
Figura D.7 - Envoltória de esforços cortantes das longarinas 3 e 5 (Valores de cálculo)

-237,5 68,5
Envoltória de valores mínimos

-316,6 -50,2
35,00

-409,0 -133,9
-490,3 -205,3
-572,6 -276,2
-655,9 -334,1
-739,9 -389,9
372,1
40,00

-824,8 723,9
-445,3 322,3 666,9
272,6 504,7
222,9 447,7
173,2 285,6
123,5 228,6
45,00
120
kN

-1200,0
300,0
800,0

-700,0
-200,0
-228,6 -123,5

0,00
-286,8 -174,4

Fonte: Autor (2018).


-450,2 -225,4
-508,4 -276,3
-671,8 -327,3
455,6
-730,0 835,1
-378,2

5,00
398,8 748,9
341,7 663,4
282,4 578,9
210,1 495,2
137,4 412,5

10,00
64,6 330,9
-67,7 238,3
-148,9 159,1
-230,0 81,3
-311,0 -28,8

15,00
-391,6 -97,7
-471,9 -157,3
-563,9 -227,3
-643,1 -284,8
-721,7 -342,1

Envoltória de valores máximos


20,00
-799,5 -399,1
-876,4 -456,0 512,7
-952,4 952,4
-512,7 456,0 876,4
25,00 399,1 799,5
342,1 721,7
284,8 643,1
227,3 563,9
169,5 484,2
Eixo Longitudinal da Longarina (m)

97,7 391,6
30,00

28,8 311,0
-81,3 230,0
Envoltória de Esforço Cortante - Longarina 4 (kN)

-159,1 148,9
Figura D.8 - Envoltória de esforços cortantes da longarina 4 (Valores de cálculo)

-238,3 67,7
-318,7 -52,4
Envoltória de valores mínimos
35,00

-412,5 -137,4
-495,2 -210,1
-578,9 -282,4
-663,4 -341,7
-748,9 -398,8
378,2
40,00

-835,1 730,0
-455,6
327,3 671,8
276,3 508,4
225,4 450,2
174,4 286,8
123,5 228,6
45,00
121
122

E. Verificação de fadiga das armaduras de flexão

Como descrito no item 4.8.1, a verificação à fadiga é feita com base na combinação
frequente de ações. Para a seção do meio vão da longarina 1, a partir dos esforços obtidos
através do método de Engesser-Courbon, a combinação de ações resulta em:
𝑀𝑑,𝑠𝑒𝑟𝑣 − = 𝑀𝑔 + 𝜓1 ∙ 𝑀𝑞 − = 686,30 − 0,5 ∙ 734,99 = 318,81 𝑘𝑁. 𝑚
𝑀𝑑,𝑠𝑒𝑟𝑣 + = 𝑀𝑔 + 𝜓1 ∙ 𝑀𝑞 + = 686,30 + 0,5 ∙ 1349,52 = 1361,06 𝑘𝑁. 𝑚
De modo que o delta de fadiga resulta em:
+ −
∆= 𝑀𝑑,𝑠𝑒𝑟𝑣 − 𝑀𝑑,𝑠𝑒𝑟𝑣 = 1361,06 − 318,81 = 1042,26 𝑘𝑁. 𝑚

a. Posição da linha neutra e inércia no estádio II

A determinação do fator de fadiga requer a definição da posição da linha neutra (xII ) e


da inércia no estádio II (𝐼𝐼𝐼 ).

 Seções retangulares
Conforme Süssekind (1980) a posição da linha neutra e a inércia fissurada de seções
retangulares são calculadas a partir de:

𝑛 ∙ 𝐴𝑠 2 𝑛 ∙ 𝐴𝑠 2 2 ∙ 𝑛
𝑥𝐼𝐼 = − + √[ ] + ∙ 𝑑 ∙ 𝐴𝑠
𝑏𝑤 𝑏𝑤 𝑏𝑤

𝑏𝑤 ∙ 𝑥𝐼𝐼 3
𝐼𝐼𝐼 = + 𝑛 ∙ 𝐴𝑠 ∙ (𝑑 − 𝑥𝐼𝐼 )2
3
As seções do apoio extremo e central se caracterizam por serem retangulares, todavia
será detalhado o cálculo apenas da seção do apoio extremo da longarina 1 (considerando os
esforços obtidos segundo Engesser-Courbon).

10 ∙ 48,25 2 10 ∙ 48,25 2 2 ∙ 10
𝑥𝐼𝐼 = − + √[ ] + ∙ 170 ∙ 48,25 = 48,44 𝑐𝑚
50 50 50

50 ∙ 48,443
𝐼𝐼𝐼 = + 10 ∙ 48,25 ∙ (170 − 48,44)2 = 9024894,89 𝑐𝑚4 = 0,090249𝑚4
3
123

 Seções T
Quando a seção for definida como seção T o cálculo da posição da linha neutra será
dado resolvendo-se a equação de segundo grau:

𝑏𝑤 ∙ 𝑥𝐼𝐼2 + 2 ∙ [ℎ𝑓 ∙ (𝑏𝑓 − 𝑏𝑤 ) + 𝛼𝑒 ∙ (𝐴𝑠 + 𝐴′𝑠 )] ∙ 𝑥𝐼𝐼 − [ℎ𝑓2 ∙ (𝑏𝑓 − 𝑏𝑤 ) + 2 ∙ 𝛼𝑒 ∙ (𝐴𝑠 + 𝐴′𝑠 )] = 0
Sendo a inércia dada por:
2 3
𝑏𝑓 ∙ ℎ𝑓 3 ℎ𝑓 𝑏𝑤 ∙ (𝑥𝐼𝐼 − ℎ𝑓 )
𝐼𝐼𝐼 = + 𝑏𝑓 ∙ ℎ𝑓 ∙ (𝑥𝐼𝐼 − ) + + 𝛼𝑒
12 2 3
∙ [𝐴𝑠 ∙ (𝑑 − 𝑥𝐼𝐼 )2 + 𝐴′𝑠 ∙ (𝑑′ − 𝑥𝐼𝐼 )2 ]
Assim para a seção do meio vão, cuja apresenta armadura positiva e negativa, tem-se:
2
50 ∙ 𝑥𝐼𝐼 + 2 ∙ [25 ∙ (100 − 50) + 10 ∙ (48,25 + 0)] ∙ 𝑥𝐼𝐼 − [252 ∙ (100 − 50) + 2 ∙ 10 ∙ (48,25 + 0)]
A solução da equação acima direciona ao seguinte resultado de linha neutra:
𝑥𝐼𝐼 = 36,81 𝑐𝑚
Então a inércia fissurada resulta:

100 ∙ 253 25 2 50 ∙ (36,81 − 25)3


𝐼𝐼𝐼 = + 100 ∙ 25 ∙ (36,81 − ) + + 10 ∙ [48,25 ∙ (170 − 36,81)2 ]
12 2 3

𝐼𝐼𝐼 = 10195310,28 𝑐𝑚4 = 0,1097𝑚4

b. Verificação da fadiga na armadura longitudinal

A variação de tensão na armadura longitudinal é dada por:

𝛼𝑒 ∙ ∆𝑀𝑑 ∙ (𝑑 − 𝑥𝐼𝐼 )
∆𝜎𝑠 =
𝐼𝐼𝐼

Para a seção do apoio extremo das longarinas 1 e 7 tem-se:

(170 − 48,44)
10 ∙ 710,70 ∙
∆𝜎𝑠 = 100 = 95728 𝐾𝑃𝑎 = 95,73 𝑀𝑃𝑎
(9024894,89 ∙ 10−8 )

Considerando que a bitola para esta seção é de 32 mm, tem-se que ∆𝑓𝑠𝑑,𝑓𝑎𝑑 é de 165
como mostra a Tabela 23.2 da NBR 6118 (ABNT, 2014).

Assim, o fator de fadiga para esta seção é:

∆𝜎𝑠 95,73
𝑓𝑓 = = = 0,58 → 𝑓𝑓 = 1,0
∆𝑓𝑎𝑑 165
124

A seguir, encontram-se resumidas as verificações da armadura longitudinal para os


esforços obtidos segundo os três métodos analisados.

Tabela E.1 - Combinação de ações para verificação da fadiga (Engesser-Courbon)

Seção 𝑴𝒈 (𝒌𝑵. 𝒎) 𝑴𝒒 + (𝒌𝑵. 𝒎) 𝑴𝒒 − (𝒌𝑵. 𝒎) 𝑴𝒅 + (𝒌𝑵. 𝒎) 𝑴𝒅 − (𝒌𝑵. 𝒎) ∆


Longarinas 1 e 7
Apoio extremo -530,16 360,48 -1060,92 -349,92 -1060,62 -710,70
Meio vão 686,30 1349,52 -734,99 1361,06 318,81 1042,26
Apoio Central -1656,49 317,67 -1049,53 -1497,66 -2181,26 -683,60
Longarinas 2 e 6
Apoio extremo -492,68 284,93 -835,10 -350,22 -910,23 -560,02
Meio vão 511,43 1069,85 -577,57 1046,36 222,65 823,71
Apoio Central -1278,09 249,70 -827,62 -1153,24 -1691,90 -538,66
Longarinas 3 e 5
Apoio extremo -496,83 214,64 -621,89 -389,51 -807,78 -418,27
Meio vão 534,63 812,61 -427,98 940,94 320,64 620,30
Apoio Central -1326,97 185,17 -619,07 -1234,39 -1636,51 -402,12
Longarina 4
Apoio extremo -499,94 150,51 -423,28 -424,69 -711,58 -286,90
Meio vão 551,98 581,55 -287,58 842,76 408,19 434,57
Apoio Central -1363,53 124,66 -426,61 -1301,20 -1576,84 -275,64
Fonte: Autor (2018).

Tabela E.2 - Parâmetros para cálculo, para o método de Engesser-Courbon

𝐛𝐰 𝐛𝐟 𝐡𝐟 𝐌𝐝,𝐦𝐢𝐧 𝐌𝐝,𝐦𝐚𝐱 𝐀𝐬 𝐀𝐬 ′ d d’
(cm) (cm) (cm) (kN.m) (kN.m) (cm²) (cm²) (cm) (cm)
Longarinas 1 e 7
Apoio extremo 50 - - -349,92 -1060,62 48,25 - 170 -
Apoio Central 50 - - -1497,66 -2181,26 64,34 - 170 -
Meio vão 50 100 25 318,805 1361,06 48,25 - 170 -
Longarinas 2 e 6
Apoio extremo 50 - - -350,22 -910,23 34,36 - 170 -
Apoio Central 50 - - -1691,90 -1153,24 48,25 - 170 -
Meio vão 50 100 25 222,645 1046,36 34,36 - 170 -
Longarinas 3 e 5
Apoio extremo 50 - - -200,55 -618,82 29,45 - 170 -
Apoio Central 50 - - -1741,88 -1339,76 40,21 - 170 -
Meio vão 50 100 25 499,57 1119,86 29,45 - 170 -
Longarina 4
Apoio extremo 50 - - -235,72 -522,61 29,45 - 170 -
125

Apoio Central 50 - - -1406,58 -1682,22 39,27 - 170 -


Meio vão 50 100 25 582,37 1017,45 29,45 - 170 -
Fonte: Autor (2018).

Tabela E.3 - Verificação da fadiga na armadura longitudinal (Engesser-Courbon)

Seção 𝒙𝑰𝑰 (𝒄𝒎) 𝑰𝑰𝑰 (𝒎𝟒 ) ∆𝝈𝒔 (𝑴𝑷𝒂) ∆𝒇𝒔𝒅,𝒇𝒂𝒅 (𝑴𝑷𝒂) 𝒇𝒇


Longarinas 1 e 7
Apoio extremo 48,44 9024894,891 95,73 165 1,00
Apoio Central 54,52 11281068,65 69,98 165 1,00
Meio vão 36,81 10195310,28 136,16 165 1,00
Longarinas 2 e 6
Apoio extremo 41,95 6864528,364 104,46 165 1,00
Apoio Central 48,44 9024894,891 72,55 165 1,00
Meio vão 31,19 7628235,889 149,88 165 1,00
Longarinas 3 e 5
Apoio extremo 39,25 6042843,395 90,50 175 1,00
Apoio Central 44,86 7801886,53 64,50 165 1,00
Meio vão 28,96 6667332,855 131,22 175 1,00
Longarina 4
Apoio extremo 39,25 6042843,395 62,08 175 1,00
Apoio Central 44,41 7653775,203 45,23 175 1,00
Meio vão 28,96 6667332,855 91,93 175 1,00
Fonte: Autor (2018).
Como se observa na tabela E.3, todas as seções tem a fadiga nas armaduras atendida,
isto é, γf ∙ ∆σSs ≤ ∆fsd,fad , tal que o fator de fadiga resulta menor que o valor unitário, de
modo que a área de aço inicialmente dimensionada não necessita ser alterada.

Tabela E.4 - Combinação de ações para verificação da fadiga (Guyon-Massonet)

Seção 𝑴𝒈 (𝒌𝑵. 𝒎) 𝑴𝒒 + (𝒌𝑵. 𝒎) 𝑴𝒒 − (𝒌𝑵. 𝒎) 𝑴𝒅 + (𝒌𝑵. 𝒎) 𝑴𝒅 − (𝒌𝑵. 𝒎) ∆


Longarinas 1 e 7
Apoio extremo -530,16 318,01 -927,86 -371,16 -994,09 -622,94
Meio vão 686,30 1197,97 -640,44 1285,29 366,08 919,21
Apoio Central -1656,49 276,96 -921,00 -1518,01 -2116,99 -598,98
Longarinas 2 e 6
Apoio extremo -492,68 186,38 -538,89 -399,49 -762,13 -362,64
Meio vão 511,43 706,55 -370,60 864,71 326,13 538,58
Apoio Central -1278,09 160,36 -537,07 -1197,91 -1546,63 -348,72
Longarinas 3 e 5
Apoio extremo -496,83 157,04 -448,77 -418,31 -721,22 -302,91
Meio vão 534,63 600,25 -307,04 834,76 381,11 453,65
126

Apoio Central -1326,97 132,96 -449,31 -1260,49 -1551,63 -291,14


Longarina 4
Apoio extremo -499,94 133,25 -369,92 -433,32 -684,90 -251,59
Meio vão 627,50 540,72 -230,20 897,86 512,40 385,46
Apoio Central -1363,53 109,74 -385,67 -1308,66 -1556,37 -247,71

Fonte: Autor (2018).

Tabela E.5 - Parâmetros para cálculo, para o método de Guyon-Massonet

𝐛𝐰 𝐛𝐟 𝐡𝐟 𝐌𝐝,𝐦𝐢𝐧 𝐌𝐝,𝐦𝐚𝐱 𝐀𝐬 𝐀𝐬 ′ d d’
(cm) (cm) (cm) (kN.m) (kN.m) (cm²) (cm²) (cm) (cm)
Longarinas 1 e 7
Apoio extremo 50 - - -371,16 -994,09 40,21 - 170 -
Apoio Central 50 - - -1518,01 -2116,99 56,30 - 170 -
Meio vão 50 100 25 366,08 1285,29 48,25 - 170 -
Longarinas 2 e 6
Apoio extremo 50 - - -762,13 -399,49 29,45 - 170 -
Apoio Central 50 - - -1546,63 -1197,91 40,21 - 170 -
Meio vão 50 100 25 326,13 864,705 29,45 - 170 -
Longarinas 3 e 5
Apoio extremo 50 - - -418,31 -721,22 29,45 - 170 -
Apoio Central 50 - - -1260,49 -1551,63 40,21 - 170 -
Meio vão 50 100 25 381,11 834,76 29,45 - 170 -
Longarina 4
Apoio extremo 50 - - -433,32 -684,90 24,54 - 170 -
Apoio Central 50 - - -1308,66 -1556,37 40,21 - 170 -
Meio vão 50 100 25 425,235 809,84 24,54 - 170 -
Fonte: Autor (2018).

Tabela E.6 - Verificação da fadiga na armadura longitudinal (Guyon-Massonet)

Seção 𝒙𝑰𝑰 (𝒄𝒎) 𝑰𝑰𝑰 (𝒎𝟒 ) ∆𝝈𝒔 (𝑴𝑷𝒂) ∆𝒇𝒔𝒅,𝒇𝒂𝒅 (𝑴𝑷𝒂) 𝒇𝒇


Longarinas 1 e 7
Apoio extremo 44,86 7801886,53 99,91 165 1,00
Apoio Central 51,63 10181875,34 69,64 165 1,00
Meio vão 36,81 10195310,28 120,08 165 1,00
Longarinas 2 e 6
Apoio extremo 39,25 6042843,395 78,47 175 1,00
Apoio Central 44,86 7801886,53 55,93 165 1,00
Meio vão 28,96 6667332,855 113,93 175 1,00
Longarinas 3 e 5
Apoio extremo 39,25 6042843,395 65,54 175 1,00
Apoio Central 44,86 7801886,53 46,70 165 1,00
Meio vão 28,96 6667332,855 95,96 175 1,00
127

Longarina 4
Apoio extremo 36,24 5184548,982 64,91 175 1,00
Apoio Central 44,86 7801886,53 39,73 165 1,00
Meio vão 26,56 5674353,597 97,22 175 1,00
Fonte: Autor (2018).

Tabela E.7 - Combinação de ações para verificação da fadiga (AASHTO LFRD)

Seção 𝑴𝒈 (𝒌𝑵. 𝒎) 𝑴𝒒 + (𝒌𝑵. 𝒎) 𝑴𝒒 − (𝒌𝑵. 𝒎) 𝑴𝒅 + (𝒌𝑵. 𝒎) 𝑴𝒅 − (𝒌𝑵. 𝒎) ∆


Longarinas 1 e 7
Apoio extremo -530,16 233,60 -702,41 -413,36 -881,36 -468,01
Meio vão 686,30 876,08 -475,41 1124,34 448,59 675,75
Apoio Central -1656,49 206,21 -642,40 -1553,39 -1977,69 -424,30
Longarinas 2 e 6
Apoio extremo -492,68 192,80 -579,71 -396,28 -782,53 -386,25
Meio vão 511,43 723,04 -392,37 872,95 315,25 557,71
Apoio Central -1278,09 170,19 -530,18 -1193,00 -1543,18 -350,19
Longarinas 3 e 5
Apoio extremo -496,83 192,80 -579,71 -400,43 -786,68 -386,25
Meio vão 534,63 723,04 -392,37 896,15 338,45 557,71
Apoio Central -1326,97 170,19 -530,18 -1241,88 -1592,06 -350,19
Longarina 4
Apoio extremo -499,94 192,80 -579,71 -403,54 -789,79 -386,25
Meio vão 551,98 723,04 -392,37 913,50 355,80 557,71
Apoio Central -1363,53 170,19 -530,18 -1278,44 -1628,62 -350,19

Fonte: Autor (2018).

Tabela E.8 - Parâmetros para cálculo, para a proposta da AASHTO LRFD

𝐛𝐰 𝐛𝐟 𝐡𝐟 𝐌𝐝,𝐦𝐢𝐧 𝐌𝐝,𝐦𝐚𝐱 𝐀𝐬 𝐀𝐬 ′ d d’
(cm) (cm) (cm) (kN.m) (kN.m) (cm²) (cm²) (cm) (cm)
Longarinas 1 e 7
Apoio extremo 50 - - -413,36 -881,36 40,21 - 170 -
Apoio Central 50 - - -1553,39 -1977,69 48,25 - 170 -
Meio vão 50 100 25 557,67 1231,46 40,21 - 170 -
Longarinas 2 e 6
Apoio extremo 50 - - -396,28 -782,53 29,45 - 170 -
Apoio Central 50 - - -1543,18 -1193,00 39,27 - 170 -
Meio vão 50 100 25 407,03 963,12 29,45 - 170 -
Longarinas 3 e 5
Apoio extremo 50 - - -400,43 -786,68 29,45 - 170 -
128

Apoio Central 50 - - -1592,06 -1241,88 40,21 - 170 -


Meio vão 50 100 25 431,64 987,73 29,45 - 170 -
Longarina 4
Apoio extremo 50 - - -403,54 -789,79 29,45 - 170 -
Apoio Central 50 - - -1278,44 -1628,62 39,27 - 170 -
Meio vão 50 100 25 355,80 913,50 29,45 - 170 -
Fonte: Autor (2018).

Tabela E.9 - Verificação da fadiga na armadura longitudinal (AASHTO LFRD)

Seção 𝒙𝑰𝑰 (𝒄𝒎) 𝑰𝑰𝑰 (𝒎𝟒 ) ∆𝝈𝒔 (𝑴𝑷𝒂) ∆𝒇𝒔𝒅,𝒇𝒂𝒅 (𝑴𝑷𝒂) 𝒇𝒇


Longarinas 1 e 7
Apoio extremo 44,86 7801886,53 75,06 165 1,00
Apoio Central 48,44 9024894,89 57,15 165 1,00
Meio vão 33,68 8735313,74 105,15 165 1,00
Longarinas 2 e 6
Apoio extremo 39,25 6042843,40 83,58 165 1,00
Apoio Central 44,41 7653775,20 57,46 165 1,00
Meio vão 28,96 6667332,86 117,63 165 1,00
Longarinas 3 e 5
Apoio extremo 39,25 6042843,40 83,58 175 1,00
Apoio Central 44,86 7801886,53 56,17 165 1,00
Meio vão 28,96 6667332,86 117,63 175 1,00
Longarina 4
Apoio extremo 39,25 6042843,40 83,58 175 1,00
Apoio Central 44,41 7653775,20 57,46 175 1,00
Meio vão 28,96 6667332,86 117,98 175 1,00
Fonte: Autor (2018).
129

F. Verificação da fadiga nas armaduras transversais

a. Verificação da fadiga nas armaduras transversais para o método de


Engesser-Courbon
Tabela F.1 - Verificação dos estribos à fadiga - Longarinas 1 e 7 (Engesser-Courbon)
Longarinas 1 e 7
Trecho em Trecho do meio
Apoio extremo Apoio central
balanço vão
𝒃𝒘 (cm) 50,0 50,0 50,0 50,0
h (cm) 180,0 180,0 180,0 180,0
d (cm) 170,0 170,0 170,0 170,0
n 10,0 10,0 10,0 10,0
As (cm²/m) 7,02 7,02 7,02 7,02
𝑽𝒎𝒂𝒙 (kN) -512,17 620,61 -340,73 -725,81
𝑽𝒎𝒊𝒏 (kN) -320,02 398,59 -149,09 -462,14
∆V (kN) 192,15 222,02 191,64 263,67
𝝉𝒄 (Mpa) 1,05 1,05 1,05 1,05
𝝆𝒘𝒖 0,0014 0,0014 0,0014 0,0014
𝝈𝒘𝒎𝒂𝒙 (Mpa) 54,31 145,21 0,00 233,39
𝝈𝒘𝒎𝒊𝒏 (Mpa) 0,00 0,00 0,00 12,37
∆σs 54,31 145,21 0,00 221,01
∆fad (MPa) 85,00 85,00 85,00 85,00
Fator de fadiga 1,00 1,71 1,00 2,60
Fonte: Autor (2018).

Tabela F.2 - Verificação dos estribos à fadiga - Longarinas 2 e 6 (Engesser-Courbon)


Longarinas 2 e 6
Trecho em Trecho do meio
Apoio extremo Apoio central
balanço vão
𝒃𝒘 (cm) 50,0 50,0 50,0 50,0
h (cm) 180,0 180,0 180,0 180,0
d (cm) 170,0 170,0 170,0 170,0
n 10,0 10,0 10,0 10,0
As (cm²/m) 7,02 7,02 7,02 7,02
𝑽𝒎𝒂𝒙 (kN) -421,62 496,66 -261,10 567,24
𝑽𝒎𝒊𝒏 (kN) -269,52 321,50 -110,11 359,52
∆V (kN) 152,10 175,16 150,99 207,72
𝝉𝒄 (Mpa) 1,053 1,053 1,053 1,053
𝝆𝒘𝒖 0,0014 0,0014 0,0014 0,0014
𝝈𝒘𝒎𝒂𝒙 (Mpa) 0,00 41,31 0,00 100,47
𝝈𝒘𝒎𝒊𝒏 (Mpa) 0,00 0,00 0,00 0,00
∆σs 0,00 41,31 0,00 100,47
∆fad (MPa) 85,00 85,00 85,00 85,00
Fator de fadiga 1,00 1,00 1,00 1,18
Fonte: Autor (2018).
130

Tabela F.3 - Verificação dos estribos à fadiga - Longarinas 3 e 5 (Engesser-Courbon)


Longarinas 3 e 5
Trecho em Trecho do meio
Apoio extremo Apoio central
balanço vão
𝒃𝒘 (cm) 50,0 50,0 50,0 50,0
h (cm) 180,0 180,0 180,0 180,0
d (cm) 170,0 170,0 170,0 170,0
n 10,0 10,0 10,0 10,0
As (cm²/m) 7,02 7,02 7,02 7,02
𝑽𝒎𝒂𝒙 (kN) -390,65 467,21 -237,76 536,71
𝑽𝒎𝒊𝒏 (kN) -275,60 335,97 -125,05 381,70
∆V (kN) 115,05 131,25 112,72 155,01
𝝉𝒄 (Mpa) 1,05 1,05 1,05 1,05
𝝆𝒘𝒖 0,0014 0,0014 0,0014 0,0014
𝝈𝒘𝒎𝒂𝒙 (Mpa) 0,00 16,63 0,00 74,88
𝝈𝒘𝒎𝒊𝒏 (Mpa) 0,00 0,00 0,00 0,00
∆σs 0,00 16,63 0,00 74,88
∆fad (MPa) 85,00 85,00 85,00 85,00
Fator de fadiga 1,00 1,00 1,00 1,00
Fonte: Autor (2018).

Tabela F.4 - Verificação dos estribos à fadiga - Longarina 4 (Engesser-Courbon)


Longarina 4
Trecho em Trecho do meio
Apoio extremo Apoio central
balanço vão
𝒃𝒘 (cm) 50,0 50,0 50,0 50,0
h (cm) 180,0 180,0 180,0 180,0
d (cm) 170,0 170,0 170,0 170,0
n 10,0 10,0 10,0 10,0
As (cm²/m) 7,02 7,02 7,02 7,02
𝑽𝒎𝒂𝒙 (kN) -361,64 438,23 -215,14 507,26
𝑽𝒎𝒊𝒏 (kN) -280,15 347,43 -137,91 399,77
∆V (kN) 81,49 90,81 77,23 107,50
𝝉𝒄 (Mpa) 1,05 1,05 1,05 1,05
𝝆𝒘𝒖 0,0014 0,0014 0,0014 0,0014
𝝈𝒘𝒎𝒂𝒙 (Mpa) 0,00 0,00 0,00 50,20
𝝈𝒘𝒎𝒊𝒏 (Mpa) 0,00 0,00 0,00 0,00
∆σs 0,00 0,00 0,00 50,20
∆fad (MPa) 85,00 85,00 85,00 85,00
Fator de fadiga 1,00 1,00 1,00 1,00
Fonte: Autor (2018).

Tabela F.5 - Verificação dos estribos à fadiga - Longarinas 1 e 7 (Guyon-Massonet)


Longarinas 1 e 7
Trecho em Trecho do meio
Apoio extremo Apoio central
balanço vão
131

𝒃𝒘 (cm) 50 50 50 50
h (cm) 180 180 180 180
d (cm) 170 170 170 170
n 10 10 10 10
As (cm²/m) 7,02 7,02 7,02 7,02
𝑽𝒎𝒂𝒙 (kN) -490,05 596,18 -322,64 -698,14
𝑽𝒎𝒊𝒏 (kN) -320,01 401,10 -154,72 -467,18
∆V (kN) 170,04 195,08 167,92 230,97
𝝉𝒄 (Mpa) 1,05 1,05 1,05 1,05
𝝆𝒘𝒖 0,577 0,701 0,380 0,821
𝝈𝒘𝒎𝒂𝒙 (Mpa) 0,376 0,472 0,182 0,550
𝝈𝒘𝒎𝒊𝒏 (Mpa) 0,001 0,001 0,001 0,001
∆σs 35,77 124,73 0,00 193,60
∆fad (MPa) 85 85 85 85
Fator de fadiga 1,00 1,47 1,00 2,28
Fonte: Autor (2018).

Tabela F.6 - Verificação dos estribos à fadiga - Longarinas 2 e 6 (Guyon-Massonet)


Longarinas 2 e 6
Trecho em Trecho do meio
Apoio extremo Apoio central
balanço vão
𝒃𝒘 (cm) 50 50 50 50
h (cm) 180 180 180 180
d (cm) 170 170 170 170
n 10 10 10 10
As (cm²/m) 7,02 7,02 7,02 7,02
𝑽𝒎𝒂𝒙 (kN) -369,48 441,41 -220,19 505,12
𝑽𝒎𝒊𝒏 (kN) -269,52 327,54 -122,46 370,72
∆V (kN) 99,96 113,87 97,73 134,40
𝝉𝒄 (Mpa) 1,05 1,05 1,05 1,05
𝝆𝒘𝒖 0,43 0,52 0,26 0,59
𝝈𝒘𝒎𝒂𝒙 (Mpa) 0,32 0,39 0,14 0,44
𝝈𝒘𝒎𝒊𝒏 (Mpa) 0,0014 0,0014 0,0014 0,0014
∆σs 0,00 0,00 0,00 48,40
∆fad (MPa) 85 85 85 85
Fator de fadiga 1,00 1,00 1,00 1,00
Fonte: Autor (2018).

Tabela F.7 - Verificação dos estribos à fadiga - Longarinas 3 e 5 (Guyon-Massonet)


Longarinas 3 e 5
Trecho em Trecho do meio
Apoio extremo Apoio central
balanço vão
𝒃𝒘 (cm) 50 50 50 50
h (cm) 180 180 180 180
d (cm) 170 170 170 170
n 10 10 10 10
132

As (cm²/m) 7,02 7,02 7,02 7,02


𝑽𝒎𝒂𝒙 (kN) -360,17 434,92 -213,85 500,40
𝑽𝒎𝒊𝒏 (kN) -275,60 339,50 -132,26 388,25
∆V (kN) 84,57 95,43 81,59 112,16
𝝉𝒄 (Mpa) 1,05 1,05 1,05 1,05
𝝆𝒘𝒖 0,42 0,51 0,25 0,59
𝝈𝒘𝒎𝒂𝒙 (Mpa) 0,32 0,40 0,16 0,46
𝝈𝒘𝒎𝒊𝒏 (Mpa) 0,0014 0,0014 0,0014 0,0014
∆σs 0,00 0,00 0,00 44,45
∆fad (MPa) 85 85 85 85
Fator de fadiga 1,00 1,00 1,00 1,00
Fonte: Autor (2018).

Tabela F.8 - Verificação dos estribos à fadiga - Longarina 4 (Guyon-Massonet)


Longarina 4
Trecho em Trecho do meio
Apoio extremo Apoio central
balanço vão
𝒃𝒘 (cm) 50 50 50 50
h (cm) 180 180 180 180
d (cm) 170 170 170 170
n 10 10 10 10
As (cm²/m) 7,02 7,02 7,02 7,02
𝑽𝒎𝒂𝒙 (kN) -351,57 429,00 -208,20 497,29
𝑽𝒎𝒊𝒏 (kN) -280,14 348,50 -139,95 401,77
∆V (kN) 71,43 80,51 68,25 95,52
𝝉𝒄 (Mpa) 1,05 1,05 1,05 1,05
𝝆𝒘𝒖 0,41 0,50 0,24 0,59
𝝈𝒘𝒎𝒂𝒙 (Mpa) 0,33 0,41 0,16 0,47
𝝈𝒘𝒎𝒊𝒏 (Mpa) 0,0014 0,0014 0,0014 0,0014
∆σs 0,00 0,00 0,00 41,84
∆fad (MPa) 85 85 85 85
Fator de fadiga 1,00 1,00 1,00 1,00
Fonte: Autor (2018).

Tabela F.9 - Verificação dos estribos à fadiga - Longarinas 1 e 7 (AASHTO LRFD)


Longarinas 1 e 7
Trecho em Trecho do meio
Apoio extremo Apoio central
balanço vão
𝒃𝒘 (cm) 50 50 50 50
h (cm) 180 180 180 180
d (cm) 170 170 170 170
n 10 10 10 10
As (cm²/m) 7,02 7,02 7,02 7,02
𝑽𝒎𝒂𝒙 (kN) -437,52 538,92 -280,64 -632,86
𝑽𝒎𝒊𝒏 (kN) -320,02 407,77 -166,87 -477,90
∆V (kN) 117,50 131,15 113,77 154,96
133

𝝉𝒄 (Mpa) 1,05 1,05 1,05 1,05


𝝆𝒘𝒖 0,0014 0,0014 0,0014 0,0014
𝝈𝒘𝒎𝒂𝒙 (Mpa) -8,26 76,74 0,00 155,48
𝝈𝒘𝒎𝒊𝒏 (Mpa) 0,00 0,00 0,00 25,59
∆σs -8,26 76,74 0,00 129,89
∆fad (MPa) 85,00 85,00 85,00 85,00
Fator de fadiga 1,00 1,00 1,00 1,53
Fonte: Autor (2018).

Tabela F.10 - Verificação dos estribos à fadiga - Longarinas 2 e 6 (AASHTO LRFD)


Longarinas 2 e 6
Trecho em Trecho do meio
Apoio extremo Apoio central
balanço vão
𝒃𝒘 (cm) 50 50 50 50
h (cm) 180 180 180 180
d (cm) 170 170 170 170
n 10 10 10 10
As (cm²/m) 7,02 7,02 7,02 7,02
𝑽𝒎𝒂𝒙 (kN) -386,79 456,96 -232,11 521,45
𝑽𝒎𝒊𝒏 (kN) -269,52 326,06 -118,55 366,79
∆V (kN) 117,27 130,90 113,55 154,66
𝝉𝒄 (Mpa) 1,05 1,05 1,05 1,05
𝝆𝒘𝒖 0,0014 0,0014 0,0014 0,0014
𝝈𝒘𝒎𝒂𝒙 (Mpa) 0,00 8,03 0,00 62,09
𝝈𝒘𝒎𝒊𝒏 (Mpa) 0,00 0,00 0,00 0,00
∆σs 0,00 8,03 0,00 62,09
∆fad (MPa) 85 85 85 85
Fator de fadiga 1,00 1,00 1,00 1,00
Fonte: Autor (2018).

Tabela F.11 - Verificação dos estribos à fadiga - Longarinas 3 e 5 (AASHTO LRFD)


Longarinas 3 e 5
Trecho em Trecho do meio
Apoio extremo Apoio central
balanço vão
𝒃𝒘 (cm) 50 50 50 50
h (cm) 180 180 180 180
d (cm) 170 170 170 170
n 10 10 10 10
As (cm²/m) 7,02 7,02 7,02 7,02
𝑽𝒎𝒂𝒙 (kN) -392,87 467,15 -238,12 535,56
𝑽𝒎𝒊𝒏 (kN) -275,60 336,25 -124,56 380,90
∆V (kN) 117,27 130,90 113,55 154,66
𝝉𝒄 (Mpa) 1,05 1,05 1,05 1,05
𝝆𝒘𝒖 0,0014 0,0014 0,0014 0,0014
𝝈𝒘𝒎𝒂𝒙 (Mpa) 0,00 16,57 0,00 73,92
𝝈𝒘𝒎𝒊𝒏 (Mpa) 0,00 0,00 0,00 0,00
134

∆σs 0,00 16,57 0,00 73,92


∆fad (MPa) 85 85 85 85
Fator de fadiga 1,00 1,00 1,00 1,00
Fonte: Autor (2018).

Tabela F.12 - Verificação dos estribos à fadiga - Longarina 4 (AASHTO LRFD)


Longarina 4
Trecho em Trecho do meio
Apoio extremo Apoio central
balanço vão
𝒃𝒘 (cm) 50 50 50 50
h (cm) 180 180 180 180
d (cm) 170 170 170 170
n 10 10 10 10
As (cm²/m) 7,02 7,02 7,02 7,02
𝑽𝒎𝒂𝒙 (kN) -397,42 474,78 -242,61 546,11
𝑽𝒎𝒊𝒏 (kN) -280,15 343,88 -129,05 391,45
∆V (kN) 117,27 130,90 113,55 154,66
𝝉𝒄 (Mpa) 1,05 1,05 1,05 1,05
𝝆𝒘𝒖 0,0014 0,0014 0,0014 0,0014
𝝈𝒘𝒎𝒂𝒙 (Mpa) 0,00 22,97 0,00 82,76
𝝈𝒘𝒎𝒊𝒏 (Mpa) 0,00 0,00 0,00 0,00
∆σs 0,00 22,97 0,00 82,76
∆fad (MPa) 85 85 85 85
Fator de fadiga 1,00 1,00 1,00 1,00
Fonte: Autor (2018).
135

G. Verificação da fadiga no concreto comprimido

Quanto a verificação do concreto comprimido, conforme a normatização da NBR 6118


(ABNT, 2014), a relação a seguir deve ser satisfeita.
𝜂𝑐 ∙ 𝛾𝑓 ∙ 𝜎𝑐,𝑚á𝑥 ≤ 𝑓𝑐𝑑,𝑓𝑎𝑑
Onde:
40
𝑓𝑐𝑑,𝑓𝑎𝑑 = 0,45 ∙ 𝑓𝑐𝑑 = 0,45 ∙ = 12,86 𝑀𝑃𝑎
1,4
|𝜎𝑐1 |
𝜂𝑐 = 1/(1,5 − 0,5 ∙ ( )
|𝜎𝑐2 |
Para a seção do apoio central da longarina 1:

54,52
𝑀𝑑,𝑚𝑎𝑥 ∙ 𝑥𝐼𝐼 2181,26 ∙ 100
𝜎𝑐,𝑚á𝑥 = = = 10,54 𝑀𝑃𝑎 = 𝜎𝑐2
𝐼𝐼𝐼 0,1128 ∙ 1000

Como a posição da linha neutra é maior que 30 cm, 𝜎𝑐1 ≠ 0, tal que pode-se obter esta
tensão de compressão por semelhança de triangulo. Assim, obtém-se:

𝑥𝐼𝐼 − 30 0,5452 − 0,30


𝜎𝑐1 = 𝜎𝑐2 ∙ = 10,54 ∙ ( ) = 4,74 𝑀𝑃𝑎
𝑥𝐼𝐼 0,5452
Assim,
|4,74|
𝜂𝑐 = 1/(1,5 − 0,5 ∙ ( ) = 0,78
|10,54|
Então,
𝜂𝑐 ∙ 𝛾𝑓 ∙ 𝜎𝑐,𝑚á𝑥 ≤ 𝑓𝑐𝑑,𝑓𝑎𝑑
0,78 ∙ 1 ∙ 10,54 ≤ 12,86
8,27 ≤ 12,86 → 𝑂𝐾
As tabelas resumem as verificações à compressão de cada seção quanto à fadiga.
Tabela G.1 - Verificação do concreto comprimido (Engesser-Courbon)

𝑴𝒅,𝒎𝒂𝒙 𝝈𝒄,𝒎á𝒙 𝝈𝒄,𝟐 𝝈𝒄,𝟏 𝒇𝒄𝒅,𝒇𝒂𝒅


Seção 𝜼𝒄 𝜼𝒄 ∙ 𝜸𝒇 ∙ 𝝈𝒄,𝒎á𝒙 Situação
(𝒌𝑵. 𝒎) (𝑴𝑷𝒂) (𝑴𝑷𝒂) (𝑴𝑷𝒂) (𝑴𝑷𝒂)
Longarinas 1 e 7
Apoio extremo -1060,62 5,69 5,69 2,17 0,76 4,35 12,86 OK
Apoio Central -2181,26 10,54 10,54 4,74 0,78 8,27 12,86 OK
Meio vão 1361,06 4,91 4,91 0,91 0,71 3,49 12,86 OK
Longarinas 2 e 6
Apoio extremo -910,23 5,56 5,56 1,58 0,74 4,10 12,86 OK
Apoio Central -1153,24 6,52 6,52 2,24 0,75 4,91 12,86 OK
136

Meio vão 1046,36 4,28 4,28 0,16 0,68 2,89 12,86 OK


Longarinas 3 e 5
Apoio extremo -807,78 5,25 5,25 1,24 0,72 3,80 12,86 OK
Apoio Central -1234,39 7,10 7,10 2,35 0,75 5,32 12,86 OK
Meio vão 940,94 4,09 4,09 0,00 0,67 2,72 12,86 OK
Longarina 4
Apoio extremo -711,58 4,62 4,62 1,09 0,72 3,34 12,86 OK
Apoio Central -1576,84 9,15 9,15 2,97 0,75 6,84 12,86 OK
Meio vão 842,76 3,66 3,66 0,00 0,67 2,44 12,86 OK
Fonte: Autor (2018).

Tabela G.2 - Verificação do concreto comprimido (Guyon-Massonet)

𝑴𝒅,𝒎𝒂𝒙 𝝈𝒄,𝒎á𝒙 𝝈𝒄,𝟐 𝝈𝒄,𝟏 𝒇𝒄𝒅,𝒇𝒂𝒅


Seção 𝜼𝒄 𝜼𝒄 ∙ 𝜸𝒇 ∙ 𝝈𝒄,𝒎á𝒙 Situação
(𝒌𝑵. 𝒎) (𝑴𝑷𝒂) (𝑴𝑷𝒂) (𝑴𝑷𝒂) (𝑴𝑷𝒂)
Longarinas 1 e 7
Apoio extremo -994,09 5,72 5,72 1,89 0,75 4,28 12,86 OK
Apoio Central -2116,99 10,73 10,73 4,50 0,77 8,32 12,86 OK
Meio vão 1285,29 4,64 4,64 0,86 0,71 3,30 12,86 OK
Longarinas 2 e 6
Apoio extremo -399,49 2,59 2,59 0,61 0,72 1,88 12,86 OK
Apoio Central -1197,91 6,89 6,89 2,28 0,75 5,16 12,86 OK
Meio vão 864,71 3,76 3,76 0,00 0,67 2,50 12,86 OK
Longarinas 3 e 5
Apoio extremo -721,22 4,68 4,68 1,10 0,72 3,39 12,86 OK
Apoio Central -1551,63 8,92 8,92 2,96 0,75 6,69 12,86 OK
Meio vão 834,76 3,63 3,63 0,00 0,67 2,42 12,86 OK
Longarina 4
Apoio extremo -684,90 4,79 4,79 0,82 0,71 3,39 12,86 OK
Apoio Central -1556,37 8,95 8,95 2,97 0,75 6,71 12,86 OK
Meio vão 809,84 3,79 3,79 0,00 0,67 2,53 12,86 OK
Fonte: Autor (2018).

Tabela G.3 - Verificação do concreto comprimido (AASHTO LRFD)

𝑴𝒅,𝒎𝒂𝒙 𝝈𝒄,𝒎á𝒙 𝝈𝒄,𝟐 𝝈𝒄,𝟏 𝒇𝒄𝒅,𝒇𝒂𝒅


Seção 𝜼𝒄 𝜼𝒄 ∙ 𝜸𝒇 ∙ 𝝈𝒄,𝒎á𝒙 Situação
(𝒌𝑵. 𝒎) (𝑴𝑷𝒂) (𝑴𝑷𝒂) (𝑴𝑷𝒂) (𝑴𝑷𝒂)
Longarinas 1 e 7
Apoio extremo -881,36 5,07 5,07 1,68 0,75 3,80 12,86 OK
Apoio Central -1977,69 10,61 10,61 4,04 0,76 8,10 12,86 OK
Meio vão 1231,46 4,75 4,75 0,52 0,69 3,28 12,86 OK
Longarinas 2 e 6
Apoio extremo -782,53 5,08 5,08 1,20 0,72 3,68 12,86 OK
Apoio Central -1193,00 6,92 6,92 2,25 0,75 5,18 12,86 OK
Meio vão 963,12 4,18 4,18 0,00 0,67 2,79 12,86 OK
Longarinas 3 e 5
Apoio extremo -786,68 5,11 5,11 1,20 0,72 3,70 12,86 OK
Apoio Central -1241,88 7,14 7,14 2,37 0,75 5,35 12,86 OK
Meio vão 987,73 4,29 4,29 0,00 0,67 2,86 12,86 OK
Longarina 4
137

Apoio extremo -789,79 5,13 5,13 1,21 0,72 3,71 12,86 OK


Apoio Central -1628,62 9,45 9,45 3,07 0,75 7,06 12,86 OK
Meio vão 913,50 3,97 3,97 0,00 0,67 2,65 12,86 OK
Fonte: Autor (2018).

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