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1. Introdução..............................................................................................................................1
2. Objectivos..............................................................................................................................1
3. Metodologia...........................................................................................................................1
4. A Filosofia Africana...............................................................................................................2
4.2. Origem do mito da inferioridade do negro Kant, Hegel, Montesquieu, Hume e Brihul. 3
4.5.1. O Pan-africanismo....................................................................................................6
4.5.2. A Negritude...............................................................................................................7
4.5.3. A Etnofilosofia..........................................................................................................7
6. Conclusão.............................................................................................................................12
7. Referencias Bibliográficas...................................................................................................13
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1. Introdução
Em um sentido, a filosofia africana é explicada ou definida em oposição à filosofia em outros
continentes, mas em particular à filosofia ocidental ou europeia. Assume-se que existe uma
maneira de pensar ou um quadro conceitual que é exclusivamente africano e que é ao mesmo
tempo radicalmente não europeu. Portanto, a filosofia africana é concebida como um corpo
de pensamentos e crenças produzidos por essa maneira única de pensar.
A filosofia africana é vista não como um fenómeno peculiarmente africano (pois a maioria
dos problemas filosóficos transcendem os limites culturais e raciais), mas apenas como um
corpus de pensamentos decorrentes da discussão e apropriação de ideias filosóficas autênticas
por africanos ou dentro do contexto africano. A filosofia africana, neste sentido, é
considerada em termos de contribuição africana passada, presente ou potencial para a
filosofia no sentido estrito do termo.
Neste presente trabalho, pretendo abordar sobre a Filosofia Africana, a origem da filosofia
africana, origem do mito da inferioridade do negro segundo alguns filósofos como Kant,
Hume, Montesquieu, reacções e atitudes ocidentais, as correntes da filosofia africana, o
estatuto da horalidade em África, Sagacidade filosófica, A Filosofia Política Africana, a
filosofia cultural (negritude), a filosofia profissional académica e a filosofia moderna.
2. Objectivos
3. Metodologia
Para a realização deste trabalho, utilizou-se o método de revisão de abordagem (revisão
bibliográfica), que consiste na recolha de informações de sites da internet, assim como
informações dos livros.
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4. A Filosofia Africana
A filosofia é essencialmente uma actividade reflexiva. Filosofar é reflectir sobre a
experiencia humana para responder algumas questões fundamentais a seu respeito. Quando o
ser humano reflecte buscando a si mesmo ou o mundo que a cerca, ele está tomada pelo
"espanto" e essas questões fundamentais surgem na sua mente.
A filosofia africana é usada de diferentes formas por diferentes filósofos. Embora os filósofos
africanos gastam seu tempo fazendo o trabalho nas mais diversas áreas, tais como a
metafísica, epistemologia, filosofia moral, filosofia política, uma grande parte da literatura é
retomada com um debate sobre a natureza da filosofia Africano si mesmo e se ele de facto
existe. Na primeira visão, a filosofia africana seria aquela que envolve temas africanos ou que
utiliza métodos que são distintamente africanos. Na segunda visão, a filosofia africana seria
qualquer filosofia praticada por africanos ou pessoas de origem africana.
O terceiro passo é tomado quando o ser humano começa a reflectir sobre estas questões
fundamentais na busca de respostas. Neste estágio, o homem em questão está filosofando, se
ele registar suas reflexões temos por escrito um trabalho filosófico.
Porém, isso não significa que eles não tenham existido; nós temos fragmentos de suas
reflexões filosóficas e suas perspectivas foram preservadas e transmitidas por meio de outros
registos escritos como mitos, aforismos, máximas de sabedoria, provérbios tradicionais,
contos e, especialmente, através da religião.
Portanto, estas reflexões e pontos de vista têm transformado, ao longo dos anos durante o
processo de transmissão, parte do modo de vida africano, da cultura e património africanos.
Porém, os autores de perspectivas originais e individuais permanecem desconhecidos para
nós. Ainda que nós saibamos que essas perspectivas têm sido fruto de profundas e
interessantes reflexões de alguns pensadores africanos no passado.
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A filosofia africana não deve ficar restrita à filosofia tradicional, devemos incluir filósofos
africanos contemporâneos como Kwame Nkrumah, Leopold S. Senghor, Nyerere e Kwasi
Wiredu. Os três primeiros são pessoas públicas que têm contribuído imensamente com a
filosofia política africana contemporânea, o último nome, Kwasi Wiredu, é um filósofo
académico, professor de filosofia. Sem dúvida, existem outros filósofos em departamentos de
filosofia por toda a África.
Teologia, definiu o povo negro como descendente de Cham, um homem que viu a nudez do
seu pai. Portanto, o homem negro aparece como símbolo de maldição. Neste caso, o negro
pertenceria a geração dos condenados de Deus.
Na filosofia, Voltaire afirma, na sua obra história do século XIV, que o povo mais elevado é
o francês e o mais baixo é o africano.
David Hume, (1711-1776) filosofo empirista inglês. Se por um lado duvidava da veracidade
(muito comum na sua época). De que os negros eram por natureza inferiores aos brancos, por
outro lado mostrou-se duvidoso para reconhecer a sua racionalidade. Para ele, raramente se
encontra pessoas civilizadas entre os negros, nem sequer um indivíduo que tinha-se
notabilizado na acção ou na especulação.
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Charles de Montesquieu (1689-1755) afirma que o negro não tem alma. Já em 1748 aludia a
dificuldade de admitir a humanidade dos negros porque de contrário implicaria colocar sob
suspeito o carácter cristão dos europeus (dados as torturas a que os europeus lhes sujeitaram).
Emanuel Kant (1720-1804) – não escapou a tendência de fazer uma leitura comparando as
restantes raças em função da raça branca-europeia. Ele classificou quatro raças dispostas da
seguinte ordem hierárquica: Raça branca, amarela, negra, e rosa. A classificação das raças
corresponde a uma ordem inversa de inferioridade das raças de tal sorte que a raça negra
situa-se apenas um pouco acima da dos índios. Na opinião de Kant, essa inferioridade racial e
hereditária, portanto, biológico.
Levy-Brihul (1857-1939) – antropólogo francês, dedicou alguns ânus da sua vida a estudo
dos povos africanos. A sua tese e que o povo africano possui uma mentalidade primitiva, pré-
lógico, não conceptual. Mais tarde, numa publicação póstuma (Les Carnets de 1949) ele
aparece a retratar a sua tese, admitindo a coexistência de ambas mentalidades no homem
negro: A primitiva e científica.
Por esta razão arrogava-se o direito de destruir, assumir ou “esmagar” os outros povos. Este
tipo de antropologia poderia ser classificada como um verdadeiro “vandalismo” cultural,
narcisista agressiva e destruidor, como defende Lecrec na sua obra crítica da antropologia.
A conquista mas tarde as ciência sócias e humanas realizaram novas abordagens adoptando
uma visão em relação as culturas não-ocidentais. Passaram a reconhecer que toda cultura
representa uma determinada civilização, independentemente da sua localização geográfica,
histórica, social e económica. Contudo, não nos podemos esquecer de que o período em que a
população africana viveu todas estas discriminações foi tão longo e profundo que ainda hoje
estas se encontram bem vivas na sua memória.
Esta tarefa difícil e árdua continua a ser realizada pelo filósofo africano. O pensamento
autêntico negro não se pode compreender se não pela referencia a qual já foi anteriormente a
implementação das religiões reveladas, o cristianismo e o islão de hoje esta muito
impregnado.
Os seres estão hierarquizados até um ser supremo que por vezes e confundido com um
ancestral. São todas energias vivas, forcas que estão submetidas ao principio da interacção e
que como as forca na física e na mecânica podem adicionar se, destruir se e neutralizar-se. O
reverendo Tempels designava-os «forcas vitais» na sua interpretação da filosofia banto.
Entre os filósofos africanos de hoje parece haver duas escolas básicas de pensamento acerca
deste tema. A primeira sustenta que a filosofia africana é um pensamento especulativo que
subjaz nos provérbios, nas máximas, nos costumes e que os africanos de hoje herdaram dos
seus antepassados através da tradição oral. Deste modo a função, a função do filósofo
africano, no que se refere à filosofia africana, é a de coleccionar, interpretar e difundir os
provérbios, contos folclóricos, mitos assim como outro material deste tipo.
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O representante mas distinto desta escola é John Mbiti. Ele diz que a África embora exista
filosofia Africana, esta encontra-se desenvolvida modernamente no conhecimento e reflexão,
em contra partida acentuada a importância do debate e a inevitabilidade do pluralismo: Paulin
Hountondji um dos pensadores da segunda escola “ African philosophy, Myth and reality
(1974) ”.
Outro aspecto que os filósofos africanos têm debatido é o que parece sustentar que em África,
embora exista filosofia não há filósofos; que dizer, em África a filosofia é integralmente
colectiva, comunal e não uma actividade individual.
Hountondji dá ênfase especial à importância que tem a escrita na criação de uma tradição
filosófica moderna. A filosofia africana segundo este autor é um tipo de literatura produzido
por africanos e que versa sobre problemas africanos.
Para esta tendência é atribuída um discurso que se assenta no humanismo e na visão holística
das culturas africanas e na possibilidade de se resgatar o passado africano que se via acaba
com a colonização.
4.5.1. O Pan-africanismo
O pan-africanismo é uma ideologia que propõe a união de todos os povos de África como
forma de potenciar a voz do continente no contexto internacional. Relativamente popular
entre as elites africanas ao longo das lutas pela independência da segunda metade do século
XX, em parte responsável pelo surgimento da Organização de Unidade Africana, o pan-
africanismo tem sido mais defendido fora de África, entre os descendentes dos escravos
africanos que foram levados para as Américas até ao século XIX e dos emigrantes mais
recentes.
meados do século XX como William Edward Burghardt Du Bois e Marcus Mosiah Garvey,
entre outros, e posteriormente levados para a arena política por africanos como Kwame
Nkrumah.
4.5.2. A Negritude
Negritude, foi o nome dado a uma corrente literária que agregou escritores negros
francófonos e também uma ideologia de valorização da cultura negra em países africanos ou
com populações afro-descendentes expressivas que foram vítimas da opressão colonialista.
Considera-se geralmente que foi René Maran, autor de Batouala, o precursor da negritude.
Todavia, foi Aimé Césaire quem criou o termo em 1935, no número 3 da revista L'étudiant
noir ("O estudante negro").
4.5.3. A Etnofilosofia
O termo Etnofilosofia tem sido usado para designar as crenças encontradas nas culturas
africanas. Tal abordagem trata a filosofia africana como consistindo em um conjunto de
crenças, valores e pressupostos que estão implícitos na linguagem, práticas e crenças da
cultura africana e como tal, é visto como um item de propriedade comum. Um dos defensores
desta proposta é Placide Tempels, que argumenta em filosofia bantu que a metafísica do povo
Bantu são reflectidas em suas linguagens. Segundo essa visão, a filosofia africana pode ser
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O Movimento se mostra, notadamente entre os anos 1960 e 1970 (há controvérsias sobre a
data), nasce como correlato filosófico da Teologia da Libertação, Pedagogia do Oprimido,
Psicologia da Libertação, Sociologia da Libertação, Direito da Libertação (Direito
Alternativo), Antropologia da Libertação, Economia da Libertação...
Tem como um de seus momentos marcantes a publicação em 1968 da obra Existe uma
filosofia da nossa América, pelo peruano Augusto Salazar-Bondy. Em seu texto (não
traduzido para o português), o autor faz um apanhado histórico e defende uma tese que afirma
a inexistência de uma filosofia propriamente latino-americana. Em resposta, o mexicano
Leopoldo Zea publica, em 1969,
Foi criada na década de 1970 por Henry Odera Oruka e consiste no registo das crenças dos
"sábios" das comunidades tradicionais africanas. A premissa aqui é que, embora a maioria
das sociedades exija algum grau de conformidade de crença e comportamento de seus
membros, alguns desses membros (os sábios) chegam a níveis superiores de conhecimento e
entendimento de suas culturas e visão de mundo. Em alguns casos, o sábio vai além do mero
conhecimento e compreensão, atingindo a reflexão e o questionamento, tornando-se, então,
exemplo de sagacidade filosófica.
Os críticos dessa abordagem argumentam que nem todos os questionamentos e reflexões são
filosóficos. Além disso, se a filosofia africana for definida apenas em termos de sagacidade
filosófica, então os pensamentos dos sábios não poderiam se enquadrar na filosofia africana,
pois não foram obtidos de outros sábios. Também, por esse ponto de vista, a única diferença
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Ou seja, este grupo, constituído principalmente por figuras políticas como Kwame Nkrumah,
Julius Nyerere, Kenneth e Albert Luthuli, para mencionar apenas uns poucos, interessa-se por
criar um futuro socioeconómico e político para África. Uma vez mais, excepção deve ser feita
a Senghor, que além de político, é poeta e filósofo por direito próprio.
Não obstante, estes escritores encontram-se numa situação politicamente privilegiada, pois,
no meio do povo predominantemente analfabeto ou sem educação, têm um horizonte muito
mais amplo para a criatividade política. Seus povos vêem-nos como mestres, figuras paternas
e, às vezes, como os sábios “Filósofos-reis” de Platão.
Aimé Césaire, Leopold Senghor, e mais tarde a revista presencie africane e os congressos de
escritores e artistas negros dão a ideia da unidade africana sob formal cultural. Os maiores
impulsionadores da negritude (Césaire, senhor, damas), resumiram o projecto em 3 conceitos:
identidade – consiste em o negro assumir plenamente a sua condição; fidelidade – atitude que
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Em relação à África, não é tarefa fácil traçar um perfil dessa filosofia académica moderna
devido à dificuldade de comunicação. Assistimos ainda na fase da época colonial à
institucionalização da Etnofilosofia e teologia africanista como pensamento filosófico em
algumas universidades sob influência da igreja católica. Encontramos a filosofia analítica em
universidades da área colonial britânica, a filosofia de origem francesa na respectiva área
colonial, ou, parafraseando as palavras iniciais de Fanon, as bandeiras filosóficas das nações
colonizadoras marcam presença nas poucas universidades que o poder colonial institui.
O filósofo queniano Henry Odera Oruka distinguiu o que ele chama de quatro tendências na
filosofia africana moderna: Etnofilosofia, sagacidade filosófica, filosofia ideológica
nacionalista e filosofia profissional.
Mais tarde, Oruka adicionaria mais duas categorias: a filosofia literária/artística, que teve
representantes como Ngugi wa Thiongo, Wole Soyinka, Chinua Achebe, Okot p'Bitek, e
Taban Lo Liyong; e a filosofia hermenêutica.
Maulana Karenga é um dos principais filósofos. Ele escreveu um livro de 803 páginas
intitulado "Maat, o ideal moral no Egipto Antigo".
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6. Conclusão
Neste trabalho, depois de ter feito a leitura do trabalho, conclui que A filosofia, enquanto
resultado dos trabalhos individual dos filósofos, é um factor essencial para passar da
“reprodução do conhecimento” para a “produção de pensamento”, tarefas primordiais, em
primeiro lugar, das instituições universitárias, tanto da Europa como da África.
Revisitar o passado não é certamente um exercício inútil. As lições que for possível tirar da
sabedoria (ou da filosofia) das sociedades tradicionais africanas, mesmo as de conteúdo
considerado metafísico ou teológico-filosófico, como no caso do estudo de Placide Tempels,
podem revelar percepções – ou estimular intuições – que favoreçam novas hermenêuticas,
motivando ideias criativas assentes na realidade concreta reinterpretada que poderão ajudar a
encontrar respostas até aqui inexistentes.
Outro crítico da obra de Tempels é o filósofo camaronês Fabien Eboussi Boulaga. Passo
sobre a crítica excessiva feita por Serequeberhan13, natural da Eritreia, que não se me afigura
ser de inteira boa-fé. Em compensação, o talentoso V.Y Mudimbe (congolês) é mais
moderado e tolerante.
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7. Referencias Bibliográficas
GEQUE, Eduardo & BIRIATE, Manuel, pré-universitário-filosofia 12. 1ª Edição. Maputo,
Longman Moçambique Lda., 2010.
UNESCO (org.). (1979). Sociopolitical aspects of the palaver in some African countries.
Paris: UNESCO
https://vieiramiguelmanuel.blogspot.com/2015/06/principais-corrente-da-filosofia.html
https://vieiramiguelmanuel.blogspot.com/2015/06/etnofilosofia-trabalho-elaborado-por.html
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAhN50AE/filosofia-11-12-classe?part=7
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