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Sistema Eleitoral Brasileiro.

A Nova Lei Eleitoral


Lei n.º 9.504 de 30/09/97
D.O.U. DE 1º/10/97

Principais Pontos
A nova lei eleitoral, aprovada pelo Congresso Nacional, possui caráter de norma permanente
e regulamentada tanto as eleições gerais quanto as municipais.
Em resumo, os principais pontos da nova legislação são os seguintes:

Data das Eleições (Arts. 1º e 2º)


• Primeiro turno: primeiro Domingo de outubro (6 de outubro de 2002);
• Segundo turno: último Domingo de outubro (27 de outubro de 2002);
A data das eleições foi fixada em consonância com o que determina a emenda constitucional da
reeleição.

Votos Válidos (Art. 5º e 107)


Nas eleições majoritárias (Presidente da República, Governador, Senador e Prefeito) e
proporcionais (Deputado Federal, Deputado Estadual e Distrital e Vereadores) não serão contados
como válidos os votos em branco e nulos.
Para efeito de contagem dos votos e fixação do quociente eleitoral só serão considerados
votos válidos aqueles dados ao candidato ou à legenda.

Coligações
Os partidos poderão fazer coligações para a eleição majoritária, para a eleição proporcional
ou para ambas. Nesta última a coligação proporcional deverá ser feita dentre os partidos que
coligaram para a majoritária.
Exemplo: o PSDB pode coligar para as eleições majoritárias com o partido “A” e “B” e para as
eleições proporcionais, com os mesmos partidos ou apenas com o partido “B”. Não é possível coligar
na proporcional com um partido “C” que não participou da coligação majoritária.
A legislação permite, ainda, que sejam feitas coligações diferentes para eleições
proporcionais. Ou seja, os partidos que se coligarem para as eleições majoritárias poderão fazer
coligações diversas, entre si, para eleições de deputado federal, deputado estadual e distrital.

Data das Convenções Para Escolha de Candidatos (Art. 8º)


As convenções para escolha de candidatos devem ser realizadas entre 10 e 30 de junho.

Domicílio Eleitoral e Filiação Partidária (Art. 9º)


O candidato deverá estar domiciliado na respectiva circunscrição há, pelo menos, um ano
antes do pleito e Ter a sua filiação partidária deferida pelo partido no mesmo prazo.

Candidatura Nata (Art. 8, § 1º)


Aos detentores de mandato de deputado federal, estadual ou distrital, vereador, ou aos
suplentes que tenham exercido esses cargos em qualquer período da legislatura que estiver em
curso, é assegurado o registro da candidatura para o mesmo cargo pelo partido a que estejam
filiados.
Seus nomes, portanto, não precisam ser submetidos à votação para aprovação da convenção
partidária.

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Registro de Candidatos (Arts.10 e 11)
Os partidos e as coligações devem registrar os seus candidatos na Justiça Eleitoral até as 19
horas do dia 5 de julho.
O numero de candidatos a ser registrado pelo partido segue a seguinte regra:
O partido, se não estiver coligado, pode registrar até 150% do numero de lugares a preencher
para a Câmara Municipais e Distrital. Exemplo: se houver disputa por 22 lugares, o partido registra
até 33 candidatos.
Se o partido estiver coligado, a coligação registra o dobro de lugares a preencher. Exemplo:
se houver disputa por 22 lugares, a coligação registra 44 candidatos, mesmo que a coligação seja de
vários partidos.
Nos estados em que o número de lugares em disputa não exceder de vinte, o partido
registra até o dobro de candidatos; Exemplo: para 13 lugares, o partido registra até 26 nomes.
No caso de coligação, há previsão de aumento de 50%.
Como este dispositivo não é claro, o referido cálculo depende de futuras instruções do TSE.
Reserva de Cotas (Art. 10 § 3º)
A reserva de cotas garante aos dois sexos pelo menos 25% das vagas a serem preenchidas
pelo partido e coligações.

Número de Legenda (Art. 15)


Nas eleições majoritárias, o candidato de coligação será registrado com o número de legenda
do partido acrescido do número que lhe couber.

Arrecadação e Aplicação de Recurso (Art. De 17 a 27)


O financiamento da campanha eleitoral será feito com base em recursos próprios do
candidato, dotações do fundo partidário (lei 9.096/95) e doações de pessoas físicas e jurídicas.
Os valores máximos de gastos com a campanha serão comunicadas a justiça eleitoral junto
com o pedido de registro do candidato.
Os comitês financeiros serão constituídos em até 10 dias úteis após a escolha dos candidatos
em convenção e registrado na justiça eleitoral em 5 dias após a sua constituição. O candidato é o
único responsável pela veracidade das informações da contabilidade financeira de sua campanha.
É obrigatória a abertura de conta bancária para registrar todo o movimento financeiro da
campanha eleitoral.
As pessoas físicas poderão fazer doações até 10% dos rendimentos brutos auferidos no
ano anterior ao da eleição.
Eleitores poderão doar aos seus candidatos até um mil UFIR, sem a necessidade de ser
contabilizada, desde que não reembolsados.
As doações de pessoas jurídicas ficam limitadas a 2% do faturamento bruto do ano anterior
ao ano da eleição.
Todas as doações serão feitas mediante recibo, cujo modelo consta do Anexo à Lei eleitoral.
As doações devem ser feitas em cheques cruzados e nominais.
É proibido ao partido e ao candidato receber doação em dinheiro, ou mesmo sob a forma de
publicidade, de entidades ou governos estrangeiros; de entidade de classe ou sindical; de pessoa
jurídica sem fim lucrativo que receba recursos do exterior; de entidades e órgãos públicos em geral;
de entidade de direito privado que receba contribuição compulsória com base legal.

Gastos Eleitorais
A lei considera “gastos eleitorais”, entre outros: confecção de material impresso; propaganda
e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação; aluguel de locais para atos de
campanha; despesas com transporte; montagem e operação de carros de som; produção de
patrocínio de espetáculos promocionais; produção de programas de rádio e televisão, inclusive os
destinados à propaganda gratuita; realização de pesquisas; confecção, aquisição e distribuição de
camisetas, chaveiros e outros brindes; custos com a criação e inclusão de sítios na Internet.

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Prestação de Contas (Arts. 28 a 31)
-ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS: A prestação de contas dos candidatos às eleições majoritárias serão
feitas por intermédio do comitê financeiro, na forma disciplinada pela Justiça Eleitoral, devendo ser
acompanhadas dos extratos bancários e da relação dos cheques recebidos.

-ELEIÇÕES PROPORCIONAIS: A prestação de contas dos candidatos ás eleições proporcionais


serão feitas pelo comitê financeiro ou pelo próprio candidato.
Os candidatos ás eleições proporcionais podem optar por prestar contas diretamente á
Justiça Eleitoral.

-PRAZOS:
Havendo só o 1º turno: 30 dias;
Havendo o 2º turno: 30 dias após a realização do 2º turno para prestação de contas referente aos
dois turnos.
A falta de prestação de contas impede a diplomação dos eleitos.

-SOBRAS DE CAMPANHA: As sobras de campanha serão integral e exclusivamente utilizadas na


criação e manutenção pelos partidos do instituto ou fundação de pesquisa, doutrinação e educação
política.
Observação: Para uma bem sucedida prestação de contas é indispensável o acompanhamento de
um profissional qualificado.

Pesquisas Eleitorais (Art.33 á 35):


As pesquisas realizadas pelos institutos devem ser registradas, cada uma delas, junto a
Justiça Eleitoral, até cinco dias antes da divulgação, contendo as informações de quem contratou e
quem pagou as pesquisas, valor e origem dos recursos, metodologia e período de realização das
pesquisas.
Os demais candidatos e partidos terão acesso ás pesquisas pelo prazo de 30 dias depois de
afixados o aviso de sua realização em quadro pelos tribunais.
Observações: Pode ser divulgada em qualquer modalidade de propaganda eleitoral: nas
emissoras de rádio e televisão, propaganda partidária comum ou nas inserções.
Os institutos de pesquisas podem ser contratados pelos partidos e candidatos,
independentemente de já terem sido contratados por empresas de comunicação.

Propaganda Eleitoral (ART. 36 á 57)


-NAS CONVENÇÕES: É permitido aos candidatos realizar, 15 dias antes das Convenções,
propaganda intrapartidária para escolha de seu nome.
A propaganda não poderá ser veiculada no rádio, televisão ou autdoor.

-INSTUTICIONAL DO PARTIDO:A legislação permanente prevê a veiculação de uma propaganda


partidária por semestre. No ano eleitoral essa propaganda ficará restrita apenas ao primeiro
semestre.

-NAS RUAS:
A propaganda só será permitida a partir do dia 6 de julho do ano da eleição.
É proibida a pichação em bens públicos, inscrição á tinta e veiculação de propaganda em
bens públicos.
É permitida a fixação de placas, estandartes, faixas e assemelhados nos postes, viadutos,
passarelas e pontes, desde que não cause dano.

-OUTDOORS: O sorteio dos outdoor para propaganda eleitoral será realizado pela Justiça Eleitoral
até dia 10 de julho.

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-IMPRENSA: É permitida, até o dia das eleições, a divulgação paga, na imprensa escrita, de
propaganda eleitoral, no espaço máximo de um oitavo de página de jornal padrão, e de um quarto de
página em revista e tablóide.

-NO RÁDIO E NA TV:


Não há restrição quanto ao uso de gravações externas nos programas de televisão, em rede.
A partir de 1º de agosto do ano da eleição é proibido a qualquer candidato apresentar ou comentar
programa em emissoras de rádio ou televisão.
A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV começa no dia 18 de agosto de 2002 (45
dias antes da antevéspera do pleito) e termina no dia 1 de outubro de 2002.
tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV será distribuído da seguinte forma:
• um terço, igualitariamente;
• dois terços, proporcionalmente, ao numero de representantes de cada partido na Câmara dos
Deputados no inicio de cada legislatura . O tempo e os dias de cada candidato no programa de
rádio e TV, e excluído o prazo das inserções, é o seguinte:

-PARA PRESIDENTE DA REPÚBLICA, DEPUTADO FEDERAL E VEREADOR: Às terças-feiras,


quintas-feiras, e sábados 1hora e 40 minutos, para Presidente da República; 1 hora e 40 para
Deputado Federal e, 2 horas para o Vereador

-PARA GOVERNADOR, DEPUTADO ESTADUAL E DISTRITAL, SENADOR, PREFEITO E


VEREADOR:
Às segundas-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras, 80 minutos para governador, 80 minutos
para Deputado Federal e Distrital, 40 minutos para Senador e, 2 horas para prefeitos em vereadores.
O tempo na Rádio será sempre pela manhã e na TV, à tarde e à noite.

-DEBATES: É facultativa a transmissão de debates eleitorais pelas emissoras de rádio e TV. É


assegurada a participação nos debates dos candidatos dos partidos com representação na Câmara
dos Deputados e facultada a dos demais. Nas eleições majoritárias os debates poderão ser
realizados com a presença de todos os candidatos a um mesmo cargo eletivo ou, em grupos, com a
presença de, no mínimo 3 candidatos. Nas eleições proporcionais os debates serão organizados de
modo a permitir a participação de candidatos de todos os partidos de coligações a um mesmo cargo
eletivo. Candidato a eleição proporcional não pode aparecer em mais de um debate da mesma
emissora. As emissoras farão um sorteio para escolha do dia e da ordem de cada candidato. Como
se vê, o objetivo é garantir que os debates ocorreram e que seja concedida a justa participação a
todos os candidatos.

-INSERÇÕES: No período de 45 dias da propaganda eleitoral, além dos blocos, estão previstos mais
30 minutos de propaganda eleitoral gratuita sob a forma de inserções de 30 ou 60 segundos a serem
veiculadas entre as oito e vinte e quatro horas. Estão proibidas as gravações externas, montagens ou
trucagens, computação gráfica, desenhos animados, efeitos especiais, ou mensagens que possam
degradar ou ridicularizar candidato, partido ou coligação.

-INTERNET: Os sítios mantidos pelas empresas de Comunicação Social na Internet sujeitam-se as


proibições comuns as emissoras de radio e televisão e sua programação normal.

-COMÍCIOS E CARREATAS: A realização de qualquer ato de propaganda partidária ou eleitoral, em


recinto aberto ou fechado, não depende da licença policial. A autoridade policial deve ser comunicada
do ato em 24 horas, no mínimo, afim de que seja garantida a preferência par uso do local em horário,
bem como para que possam ser tomadas as providências quanto ao funcionamento do tráfego ou
serviços públicos que o evento possa afetar. Os alto-falantes ou amplificadores de som podem
funcionar entre as 8 horas e as 22 horas, guardada uma distância regulamentar de, no mínimo, 200
metros das sedes dos Poderes Executivos e Legislativo e Tribunais Judiciais, quartéis e outros
estabelecimentos militares; hospitais e casas de saúde; escolas, igrejas e teatros (quando em
funcionamento). Os comícios poderão ser realizados entre as 8 horas e 24 horas. Constituem crimes

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no dia da eleição, puníveis com detenção de 6 meses a 1 ano, com a alternativa de prestações de
serviços à comunidade pelo mesmo período e multa no valor de 5 mil a 15 mil UFIR (universidade
fiscal de referência) o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comícios ou
carreata.

-BOCA DE URNA: Constitui crime, no dia da eleição, punível com detenção, de seis meses a um
ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período e multa no valor
de 5 a 15 mil UFIR, a distribuição de material de propaganda política, inclusive volantes e outros
impressos, ou a prática de aliciamento, coação ou a manifestação pendentes a influir na vontade do
eleitor. Em suma: no dia da eleição a boca de urna está proibida .

Direito de Resposta (Art. 58)


Aos candidatos, aos partidos e às coligações atingidos por conceito, imagem ou afirmação
caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica é assegurado o direito de resposta no
prazo legal.

Votação Eletrônica (Art. 59)


A votação será feita pelo sistema eletrônico que deve constar a foto e o nome do candidato, o
nome do partido ou a legenda partidária. Excepcionalmente será adotada a votação manual. A
votação será feita no número do candidato ou no número da legenda;
Os cargos disputados serão designados no masculino e no feminino.
Nas proporcionais o voto que não identifique claramente o candidato será computado para a legenda;

Condutas Vedadas aos Agentes Públicos (Art. 73 à 77)


• Não será permitido aos agentes públicos :
_ Os agentes públicos, servidores ou não, não poderão ceder ou usar, em benefício de candidato,
partido político ou coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à administração direta ou
indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos municípios, ressalvada a
realização de convenção partidária, que podem ser realizadas em prédios públicos.
_ o uso de materiais e serviços públicos,
_ ceder servidor público ou usar de seus serviços para a campanha eleitoral;
_ distribuir bens e serviços de caráter social com fins promocionais;
• Exceções:
_ os candidatos a reeleição poderão usar as residências oficiais para realização de campanha,
desde que não tenham caráter de ato público.
_ a proibição de uso de bens públicos não se aplica ao uso, em campanha, de transporte oficial pelo
Presidente da República, cujas despesas serão ressarcidas e de responsabilidade do partido
político ou coligação a que esteja vinculado.
• É proibido nos três meses que antecedem o pleito:
_contratar ou demitir servidor público nos três meses que antecedem o pleito até a posse dos
eleitos, com exceção de cargos em comissão, designação ou dispensa de funções de confiança;
nomeação para cargos do Poder Judiciário, Ministério Público, Tribunais, Conselhos de Contas e
órgãos da Presidência da República; nomeação de aprovados em concursos públicos
homologados; nomeações e contratações de serviços públicos essenciais devidamente autorizados;
referência ou remoção ex oficio de militares, policiais e de agentes penitenciários;
_realizar transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Municípios e dos Estados
aos Municípios;
_ autorizar propaganda governamental;
_fazer pronunciamentos em cadeia no rádio e TV fora do horário eleitoral gratuito;
_realizar, em ano de eleição antes dos três meses que antecedem o pleito, despesas com
publicidade dos órgãos públicos federais que excedam a média dos gastos nos três últimos anos
que antecedem a eleição ou do ultimo ano anterior à eleição.
_contratar shows artísticos para a realização de inaugurações.

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_a participação de candidatos a cargos do poder Executivo em inaugurações de obras públicas.

Disposições Finais (Arts. 91,100,103 e 105)


As inscrições eleitorais ou transferências de títulos serão recebidas até 150 dias antes da
eleição.
No caso das eleições de 2002 dia 6 de maio de 2002.
A contratação de pessoas para a prestação de serviços, nas campanhas eleitorais não gera
vínculo empregatício com o candidato ou partido constantes .
Na segunda semana de abril e outubro de cada ano, nos dias 8 a 14, o partido encaminhará
aos juizes eleitorais a relação de todos os seus filiados .
Até o dia 5 de março do ano da eleição do TSE expedirá as instruções necessárias a
execução da Lei Eleitoral, que serão enviadas pelo partido às bases para a atualização deste
manual.

Anexos

I- Inelegibilidade Por Parentesco


As regras que cuidam das inelegibilidades estão contidas na Constituição Federal, na Lei
Complementar n.º64 de 18 de maio de 1990e Resolução do TSE. A inelegibilidade é um
impedimento legal absoluto ou relativo, que proíbe as pessoas de concorrerem as eleições.
A inelegibilidade absolutas estão previstas no § 4º do art. 14 da Constituição Federal: “São
inelegíveis ou inalistáveis e os analfabetos”.
As inelegibilidades relativas são divididas em três tipos:
I) por motivos funcionais;
II) por motivo de parentesco
III) por motivo de domicilio eleitoral.

A Constituição Federal em seu Art. 14, § 7º dispõe que :


“Art. 14...”.
§ 7º São inelegíveis no território de jurisdição do titular, ou cônjuge e os parentes consangüíneos ou
afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da Republica, de Governador de Estado ou
Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato e reeleição “.”

O TSE considera:
“(1) Inelegibilidade absoluta e inadaptável do cônjuge e parentes até o segundo grau das Chefes do
Executivo, desde que candidatos aos mesmos cargos”;
2) São elegíveis o cônjuge e parentes até o segundo grau dos Chefes do Executivo, desde que
titulares de mandatos eletivos e candidatos a reeleição;
3) São elegíveis o cônjuge e parentes até o segundo grau dos Chefes do Executivo, para qualquer
cargo eletivo, candidato ou não a reeleição, desde que fora do território de jurisdição do Titular;
4) São elegíveis o cônjuge e parentes até o segundo grau dos Chefes do Executivo para cargo
eletivo diverso, no mesmo território de jurisdição, não detentores de mandato eletivo, desde que
ocorra desincompatibilização definitiva do Titular nos seis meses anteriores ao pleito. “(Resoluções nº
15.120, de 21.03.89 e Res.15.170, de 6.04.89)”.
A expressão “território de jurisdição” pode ser interpretada como a área sujeita ao poder do Titular.
Assim, o filho do Governador, pode se candidatar a Deputado Estadual por outro Estado sem a
necessidade de que o pai se desencopatibilize. Por outro, lado caso deseje se candidatar a
Deputado Estadual, ao Senado ou à Câmara Federal pelo próprio Estado do pai, a candidatura é
possível, desde que o pai (Governador) se afaste do cargo seis meses antes do pleito. Por fim cabe
acrescentar, a Constituição não prevê a inelegibilidade de parentes de Vereador.
Mais alguns exemplos práticos:
1) Sobrinho e cunhado de Vereador podem se candidatar a qualquer cargo;

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2) Sobrinho de Prefeito pode se candidatar a qualquer cargo;
3) Para o tio, parente em terceiro grau, e primo, parente em quarto grau, também não incide a
vedação constitucional.
Ressalte-se que a emenda constitucional que permitiu a reeleição, não altera a questão da
inelegibilidade por parentesco.

II- Reeleição e Inelegibilidade


Sobre a reeleição e inelegibilidade , o TSE manifestou-se, recentemente, respondendo às
seguintes consultas:

I) “Inelegibilidade”. Parentesco. CF, Art.14, § 7º.


A emenda da reeleição em nada alterou a inelegibilidade decorrente de parentesco. Portanto,
o filho de Governador, ao postular, cargo eletivo, sujeita-se à inelegibilidade prevista no Art. 14, § 7º
da Constituição Federal “. (Res. 19.993, Consulta n. 347,DF (Brasília), relator Ministro Costa Leite,
DO de 23/10/97, pág. 53.880)”.

II) “Inelegibilidade. Constituição, Art. 14,§ 7º. 2. São inelegíveis no território de jurisdição do titular,
o cônjuge e os parentes consangüíneos e afins, até o segundo grau, ou por adoção, do Presidente,
do Governador de Estado ou o Território do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e
candidato a reeleição. 3. Exclusão da inelegibilidade: pressupostos, em face da parte final do § 7º do
Art. 14, da Constituição.
4. Em se tratando de eleição para Deputado Federal, ou Senador, cada Estado e o Distrito Federal
constituem uma circunscrição eleitoral. 5. O conceito de reeleição de Deputado Federal ou de
Senador implica renovação do mandato para o mesmo cargo, por mais um período subseqüente, no
mesmo Estado, ou Distrito Federal, por onde se elegeu. 6. Se o parlamentar federal transferir o
domicílio eleitoral para outra unidade da Federação e , aí, concorrer, não cabe falar em reeleição,
que pressupõe pronunciamento do corpo de eleitores da mesma circunscrição, na qual, no pleito
imediatamente anterior, se elegeu. 7. Se o parlamentar for geral, detentor de mandato por uma
Unidade Federativa, transferir o domicílio eleitoral para Estado diverso ou para o Distrito Federal,
onde cônjuge ou parente consangüíneo ou afim, até o segundo grau, ou por adoção, seja
Governador, torna-se inelegível, “no território da respectiva jurisdição”, por não se encontrar, nessas
circunstancias, em situação jurídica de reeleição, embora titular de mandato.8. Consulta a que se
responde negativamente, considerado o disposto no § 7º do Art. 14 da Constituição
Federal.”(Res.19.970, Consulta nº 346, DF(Brasília), Relator Ministro Néri da Silveira, DO de
21/10/97, pág. 53430)”.

Reeleição
Com a emenda constitucional n.º 16/97, o presidente da República, os Governadores, os
Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos e
não precisam se desincompatibilizar se forem concorrer ao mesmo cargo. Para concorrerem a outros
cargos precisarão renunciar aos respectivos mandatos 6 meses antes do pleito. (CF 14, §§ 5ºe 6º). O
candidato à reeleição só poderá concorrer a mais um mandato.

-MEMBROS SO PODER LEGISLATIVO


Por sua vez, os deputados, senadores e vereadores não precisam renunciar a seus mandatos
para concorrerem à sua própria reeleição ou a cargos eletivos do Poder Executivo.

-SERVIDORES PÚBLICOS
Nos termos da lei complementar n.º 64/90, art. 1º, II,L, são inelegíveis os Servidores Públicos
que não se afastarem do cargo 3 meses antes do pleito.
O TSE ao editar a Resolução n.º18.019/92, esclareceu que se aplicasse às eleições
municipais a inelegibilidade da alínea L, do inciso II do art. 1º, desde que vinculado o servidor
candidato a repartição, fundação pública ou empresa que opere no território do município. Este
afastamento é remunerado.

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(Resolução do TSE n.º 18.019/92).
Assim, para candidatar-se no município onde tem domicílio eleitoral, não precisa
desincompatibilizar-se quem é servidor em outro município.
O conceito de desincompatibilização é diferente de licença para atividade política prevista
pelo Estatuto do servidor público.
O primeiro é obrigatório e causa de inelegibilidade, o segundo é direito facultativo do servidor.
O servidor que não precisar afastar-se do cargo porque não incide a regra de inelegibilidade,
pode, se quiser fazer uso as licença para atividade política, sem remuneração, durante o período que
mediar entre sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do
registro de sua candidatura.
A partir do registro da candidatura e até o 15º dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus a
licença como se em efetivo exercício estivesse, com remuneração.(Art. 86, § 1º e 2º da lei 8.112, de
11/12/90).
Os demais candidatos deverão observar os prazos de afastamento contidos na Lei
Complementar n.º 64/90 e resoluções do TSE.
Em geral, esses prazos são de 6 meses para candidatar-se a Presidente, Governador,
Senador, Deputado e Vereador e de 4 meses para candidatar-se a Prefeito, com exceção do Servidor
Público, cujo prazo é de 3 meses.

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