Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
29-45 29
RESUMO
Os altos índices de desistência nos cursos superiores evidenciam a importância de se conhecer as variáveis
presentes na condição de insatisfação dos indivíduos com a opção realizada, com vistas não apenas ao
atendimento desta população, mas também à prevenção deste quadro de alta evasão no nível superior. O
presente estudo teve por objetivo realizar um levantamento preliminar da condição de pessoas que se
diziam insatisfeitas com sua opção profissional, de forma a caracterizar tal população. Os participantes
foram entrevistados individualmente e suas respostas foram gravadas, transcritas e categorizadas. Foram
observadas quatro condições distintas dos sujeitos em relação à condição de re-escolha profissional. As
similaridades e especificidades intergrupos e intragrupo permitiram caracterizar a população amostrada,
e viabilizaram propostas para o delineamento e condução de programas de orientação específicos à
condição de re-escolha profissional.
Palavras-chave: re-escolha profissional; orientação profissional; redirecionamento de carreira.
1
Endereço para correspondência: Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento, Universidade Estadual de Londrina,
Campus Universitário, Caixa Postal 6001, 86051-990, Londrina, PR. Fone: (43) 3371 4227. E-mail: cbmoura@conectway.com.br
30 Cynthia Borges de Moura, Mirtes Viviani Menezes
presente estudio tuvo por objetivo realizar un análisis preliminar de la situación de personas que se
decían insatisfechas con su opción profesional, y caracterizar a esa población. Los participantes fueron
entrevistados individualmente y sus respuestas fueron grabadas, transcritas y categorizadas. Se observaron
cuatro diferentes variables de los sujetos con relación a la condición de nueva elección profesional. Las
similitudes y especificidades intergrupos e intragrupo permitieron caracterizar la población estudiada, y
hacer viables propuestas para el diseño y la conducción de programas de orientación específicos a la
condición de nueva elección profesional.
Palabras claves: nueva elección profesional; orientación profesional; redireccionamiento de la carrera.
A escolha profissional é uma questão séria e Uma escolha profissional madura, ajustada,
complicada. Os altos índices de desistência nos pressupõe capacidade de adaptação, interpreta-
cursos superiores, que chegam a 40% em alguns ção e juízo da realidade; de discriminação, análi-
casos, revelam a gravidade do problema (Marini, se e integração de conhecimentos sobre si e sobre
2001). Os prejuízos são inúmeros, o ônus atinge a realidade profissional; e aprendizagem do pro-
desde as instituições de ensino, aqueles que não cesso de tomada de decisão ( Neiva, 1995; Moura,
podem ter acesso à vaga abandonada e, em últi- 2001; Levenfus & Nunes, 2002).
ma análise o próprio estudante desistente que acu- Segundo Neiva (2002) a maturidade para a
mula o custo pessoal de uma nova escolha. Esta escolha profissional é composta por duas dimen-
situação evidencia a importância de se conhecer sões: atitudes e conhecimentos. A dimensão atitu-
as variáveis envolvidas na insatisfação dos indi- des compreende a determinação e a responsabilidade
víduos com a opção profissional realizada, com para a escolha profissional, além da independência
vistas tanto ao atendimento desta população, no processo de escolher uma profissão A dimen-
quanto à prevenção deste quadro de alta evasão são conhecimentos compreende o autoconheci-
no nível superior. mento e o conhecimento da realidade educativa e
A insatisfação com a opção realizada ou com socioprofissional. Estas subdimensões são reco-
a formação profissional conquistada é corrobo- nhecidas também por outros autores como partes
rada pela crescente demanda de universitários ou fundamentais dos processos de orientação pro-
ex-universitários por trabalhos de orientação pro- fissional (Biggers, 1971; Blustein, 1992; Elwood,
fissional (Hotza & Lucchiari, 1998). Conhecer as 1992; Munson, 1992; Soares-Lucchiari, 1993;
dificuldades e necessidades vivenciadas por aque- Betz, 1994; Neiva, 1995; Carvalho, 1995; Mace-
les que se encontram em condição de re-escolha do, 1998; Magalhães & Redivo, 1998). Os autores
é condição sine qua non para aumentar a efetivi- concordam também que indivíduos de diferentes
dade dos programas de orientação voltados a aten- idades podem apresentar maior maturidade em
der tal demanda. relação a algumas dimensões e imaturidade em
Fazer uma escolha ou re-escolha profissio- relação a outras.
nal implica em tomar uma decisão, processo para A idéia da idade cronológica como parâme-
o qual a maior parte das pessoas não é devida- tro para avaliar a maturidade para a escolha deve
mente preparada, seja na família, escola ou de- ser relativizada (Albion & Fogarty, 2002). A re-
mais instituições educativas vigentes. Quando se lação entre idade e maturidade profissional é foco
considera uma escolha satisfatória como aquela de diversos estudos (Herr & Enderlein, 1976;
com baixa probabilidade de incorrer em desis- Watson & Van Aarde, 1986; Powell & Luzzo,
tências posteriores e alta probabilidade de resul- 1998; Patton & Creed, 2001), com resultados ora
tar em satisfação pessoal, nota-se, por um lado, a convergentes, ora divergentes à idéia de que quan-
complexidade da tarefa de escolher e, por outro, to maior a idade, maior a maturidade.
a necessidade de uma análise madura das opções Independente da idade cronológica do in-
de escolha anterior à tomada de decisão. divíduo, o que se processa numa escolha madura
é o intercruzamento da análise das variáveis pes- tes. É o que ocorre quando, ao reduzido número
soais e contextuais. A dimensão pessoal abarca de informações, por exemplo, aliam-se as visões
aspectos genéticos (em termos de potencialida- distorcidas, idealizadas ou estereotipadas, acerca
des) e principalmente os aspectos relacionados à das opções profissionais, (Lassance, Grochs &
história de desenvolvimento do indivíduo. Por um Francisco, 1993; Rodrigues & Ramos, 1997) ou
lado, tem-se a herança genética que irá determi- quando a possibilidade de status, o prestígio de
nar, em particular, as características físicas que cursar uma universidade é vivenciado como mais
poderão favorecer uma aptidão maior para deter- relevante do que a escolha propriamente dita, ou
minadas áreas (Macedo, 1998) e, por outro, as ainda a facilidade de ingresso na universidade,
experiências do indivíduo quando este entra em dada a baixa concorrência, é o único motivo de
contato com o universo material e social, experi- opção pelo curso (Lassance e colaboradores, 1993;
ências essas que contribuem para a construção Magalhães & Redivo, 1998) Tais critérios de es-
de seus interesses, habilidades, valores, qualida- colha, em especial as idealizações e estereotipias,
des, limitações, conhecimentos, capacidade de re- podem produzir, posteriormente, sentimentos de
solução de problemas, entre outros. Estes aspectos, arrependimento e de decepção com o curso esco-
resultando de uma história de aprendizagem so- lhido, que caracterizam dificuldades entre aqueles
cial, compõem o quadro das chamadas caracte- que se encontram em processo de re-escolha pro-
rísticas pessoais, as quais se constituem em fatores fissional (Gati, Houminer & Fassa, 1997).
potenciais de influência no processo de escolha Tendo feito uma escolha profissional nestes
profissional, conforme destacado em estudos como moldes, o indivíduo não tarda em manifestar uma
os de Lent, Brown e Hackett (1994); Betsworth e série de dificuldades ou preocupações. A decep-
Fouad (1997); Lent e colaboradores (2002). ção com o curso foi uma das categorias temáticas
A dimensão contextual, diretamente impli- encontradas por Magalhães & Redivo (1998) em
cada na constituição da dimensão pessoal, en- seus estudos sobre o processo de re-opção pro-
volve fatores de ordem econômica, política, fissional entre universitários. Neste estudo, a de-
ideológica, religiosa, social, educacional, familiar cepção foi vinculada ao caráter teórico das
(Rodrigues & Ramos, 1997; Moura, 2001; Soares, disciplinas cursadas, e a falta de uma visão da
2002; Levenfus & Nunes, 2002). Tais fatores se prática profissional. Segundo Lassance (1997), a
intercruzam e formam uma cadeia de determinan- decepção com o curso, com os professores ou com
tes com alto grau de influência, que pode ser po- a instituição, se dá após uma fase de entusiasmo
sitiva ou negativa, por facilitar ou dificultar a com a conquista de uma vaga na universidade,
escolha da profissão. quando há então contato com a realidade do cur-
Estas dimensões atestam a existência de uma so escolhido, que culmina num repensar a esco-
ampla gama de variáveis que interferem na esco- lha realizada. Neste momento, a re-opção de curso
lha profissional. Diante deste fato, considera-se se torna uma das alternativas encontradas pelo
que uma escolha amadurecida é aquela em que o indivíduo na busca de uma maior satisfação pes-
indivíduo observa, analisa e adquire conhecimen- soal-profissional.
tos sobre todos os aspectos possíveis da situação Além da decepção e sentimentos de arrepen-
em que se encontra (Banaco, 1998), pondera as dimento, a falta de habilidades compatíveis à pro-
vantagens e desvantagens das opções disponíveis fissão escolhida e problemas com o progresso
e só então, toma sua decisão. Fazer isso é com- acadêmico são aspectos considerados como bar-
por de forma consistente os critérios sob os quais reiras que dificultam o momento de re-escolha
a decisão será tomada. profissional, quando não se tornam impeditivos
Porém, o que se vê com muita freqüência, a determinadas opções profissionais (Lent e co-
são escolhas realizadas na ausência de tais crité- laboradores, 2002; Magalhães & Redivo, 1998;
rios ou com base em critérios pouco consisten- Hotza & Lucchiari, 1998).
Tabela 2
Distribuição dos sujeitos quanto à condição de indecisão profissional
Grupos N %
Grupo 1 - Sujeitos que estavam cursando e pretendiam concluir o curso, mas com dúvidas
08 38
quanto a permanecer ou não na profissão posteriormente.
Grupo 2 - Sujeitos que estavam cursando e em dúvida quanto a concluir o curso ou
06 28.6
abandoná-lo e iniciar outro.
Grupo 3 - Sujeitos que haviam concluído um curso e estavam em dúvida entre seguir a
04 19
profissão ou fazer nova escolha profissional.
Grupo 4 - Sujeitos que tinham desistido do curso, desejavam iniciar outro curso, mas não
03 14.3
sabiam como fazer nova escolha profissional.
2
Interessados podem solicitar cópia via e-mail às autoras.
Observa-se na Tabela 2 que a maior parte dos doná-lo e iniciar outro. Cerca de 19% dos sujei-
sujeitos (66,6%) ficou distribuída entre os gru- tos se concentrou no Grupo 3, constituído por
pos 1 e 2, constituídos por indivíduos que estão indivíduos que concluíram um curso superior e
freqüentando um curso superior. Entre estes hou- estavam em dúvida entre seguir a profissão ou
ve uma maior concentração de sujeitos (38%) no fazer uma nova escolha profissional. O menor
Grupo 1, caracterizado pela condição de estar número de sujeitos (14,3%) formou o Grupo 4,
cursando e pretender concluir o curso, mas com caracterizado por aqueles que já desistiram de
dúvidas quanto a permanecer ou não na profis- um curso superior, desejavam iniciar outro cur-
são posteriormente. A segunda maior porcenta- so, mas não sabiam como fazer nova escolha pro-
gem de sujeitos (28,6%) correspondeu ao grupo fissional.
2, formado por indivíduos que estavam cursando A Tabela 3 destaca as principais categorias
e em dúvida quanto a concluir o curso ou aban- obtidas entre os sujeitos do Grupo 1.
Tabela 3
Dificuldades, necessidades, processo de escolha e razões para terminar o curso, apontados pelo Grupo 1
Categorias Descrição %
• mudança de opinião em relação ao curso ou decepção com algo
75
relacionado a ele
Dificuldades • baixo autoconhecimento 75
• incapacidade de visualizar a prática do profissional 50
• estereótipo do curso 25
• analisar, com orientação, as dificuldades vivenciadas 75
• aumentar o autoconhecimento 50
Necessidades • trocar experiências 50
e expectativas • necessidade de estágio 25
• desenvolver habilidades específicas para exercer a profissão 25
• motivação 25
• não poder fazer o curso que pretendia 62.5
O processo de escolha • ter poucas informações 62.5
• não passar no vestibular e, então, escolher outro curso 37.5
Razões para terminar o • sentir-se pressionado 87.5
curso • gostar do curso 12.5
Nível de informações
• insuficiente 75
sobre os cursos
Entre as principais dificuldades apontadas teúdos nas diferentes disciplinas, que eram de seu
pelos sujeitos quanto ao momento profissional interesse; b) dificuldades de acompanhar o con-
vivido destacou-se, com 75% de ocorrência, a teúdo e exigências de desempenho; c) percepção
mudança de opinião em relação ao curso ou de- de professores descompromissados com seu tra-
cepção com algo relacionado a ele. A mudança balho e problemas com substituição de professo-
de opinião e a conseqüente falta de interesse pelo res deixariam, na visão dos sujeitos, matérias sem
curso foram relacionadas pelos sujeitos a: a) es- serem devidamente abordadas; d) a falta de pers-
cassez de informações ou informações distorci- pectiva futura com o curso, limitações de merca-
das sobre os cursos no momento da escolha. Os do e dificuldades com estágios. Alguns sujeitos
sujeitos afirmaram que ao freqüentar e conhecer consideravam suas áreas e campos de atuação
melhor o curso, se decepcionaram ao ver que no relativamente novos, enquanto outros, constata-
mesmo não seriam ofertadas matérias, ou con- vam um mercado profissional saturado. Dificul-
dades relativas aos estágios foram relacionadas descrita pelos sujeitos como algo necessário tan-
às limitações impostas por parte de quem cede a to pela identificação com pessoas que enfrentam
oportunidade de estágio, à falta de horário dispo- problemas de mesma natureza, quanto pela pos-
nível para estagiar; e à cobrança de funções in- sibilidade de aprendizagem recíproca.
compatíveis com a profissão. A necessidade de fazer estágio foi destacada
Outra dificuldade de cerca de 75% dos sujei- por 25% dos sujeitos, que pretendem através do
tos foi relacionada ao autoconhecimento. Os su- mesmo, aprofundar seus conhecimentos ou con-
jeitos mostraram-se confusos, uns por não firmar suas escolhas. Desenvolver habilidades es-
identificarem seus interesses, outros por conhe- pecíficas para exercer a profissão foi outra
cê-los, mas não saber como analisá-los para com- necessidade apontada por cerca de 25% dos sujei-
por sua decisão. Dúvidas sobre ter ou não as tos. Destaca-se que apesar da grande maioria dos
habilidades requeridas para exercer a profissão entrevistados apontar a falta de habilidades, ape-
escolhida foi outra dificuldade apontada por mais nas dois sujeitos acreditam poder desenvolvê-las.
da metade dos entrevistados, que afirmaram es- Cerca de 25% dos sujeitos relataram necessitar de
tar preocupados com a alta competitividade no motivação para continuarem em suas atividades.
mercado de trabalho, o que não permitiria des- Os sujeitos mostraram insatisfação com o
pender tempo desenvolvendo tais habilidades. processo de escolha do curso. Não poder fazer o
A dificuldade de não conseguir transformar os curso que pretendia e ter poucas informações (so-
conhecimentos adquiridos numa prática profissio- bre si e sobre as opções profissionais) para anali-
nal foi relatada por 50% dos sujeitos, que relaciona- sar melhor a escolha foram os aspectos destacados
ram a isto sentimentos de angústia e insegurança. por 62.5% dos sujeitos. Dos oito entrevistados,
Foram apontadas falhas ou ausência de esclareci- os 5 que alegaram não terem podido fazer o cur-
mento quanto à adequação prática dos conhecimen- so pretendido, tinham como opções: Relações
tos teóricos adquiridos. Outra dificuldade apontada Públicas, Secretariado Executivo, Jornalismo e
por 25% dos sujeitos diz respeito à questão do este- Produção Cultural e a Força Aérea Brasileira. Os
reótipo do curso, o qual resultaria em preconceitos entrevistados relataram que deixaram estas op-
ou cobranças indevidos nos estágios. ções pelo fato do curso ser integral e precisarem
Dentre as principais necessidades e expecta- trabalhar, por não poderem morar na cidade onde
tivas dos sujeitos destaca-se, com 87.5% de ocor- o curso era oferecido ou por terem feito mais de
rência, orientação para a análise das dificuldades uma tentativa, sem sucesso. Não passar no vesti-
vivenciadas. Os sujeitos consideraram a orienta- bular ou provas para o curso pretendido fez com
ção como um meio de se encontrarem, se desco- que alguns dos sujeitos optassem por outro cur-
brirem, evidenciando a expectativa de que a so, com o qual encontram-se hoje insatisfeitos.
orientação poderia introduzir elementos ou crité- Isto foi relatado por 37,5% dos entrevistados per-
rios novos, que embasariam análises mais am- tencentes a esta categoria.
plas. A necessidade de autoconhecimento foi A razão citada por cerca de 87.5% dos su-
apontada por 50% dos sujeitos. Analisar gostos, jeitos para quererem finalizar seus cursos foi a
habilidades, aptidões, possibilidades, caracterís- pressão familiar, em função de dificuldades fi-
ticas pessoais, é considerado pelos sujeitos como nanceiras, ou pessoal, dado o avançado estágio
importante condição para escolher o que fazer no curso.
dentro do próprio curso ou após tê-lo terminado. Quanto ao nível de informação sobre os cur-
Uma necessidade, colocada como expectati- sos, cerca de 75% dos sujeitos do Grupo 1 atesta-
va em relação a um programa de Orientação Pro- ram terem ainda um conhecimento insuficiente
fissional, relatada por 50% dos sujeitos, diz sobre os mesmos.
respeito à troca de experiências com pessoas em A Tabela 4 apresenta as categorias encontra-
situação semelhante. A troca de experiências foi das entre os participantes do Grupo 2.
Tabela 4
Dificuldades, necessidades e processo de escolha, apontadas pelos sujeitos do Grupo 2
Categoria Descrição %
• mudança de opinião em relação ao curso 100
• autoconhecimento: não saber o que quer, do que gosta, ou gostar de
66.6
várias coisas ao mesmo tempo
• competição 66.6
Dificuldades
• pressão de familiares ou sugestão de colegas para terminar o curso 66.6
• medo de "errar de novo" 66.6
• não vislumbrar mercado de trabalho com aquela profissão. 33.3
• curso difícil ou trabalhoso 16.6
• tomar uma decisão quanto ao futuro profissional com orientação e
83.3
Necessidades e autoconhecimento
expectativas • obter um maior nº de informações sobre as profissões. 33.3
• trocar experiências com outras pessoas na mesma situação. 16.6
• sofrer influências de terceiros 100
O processo • escassez de informações. 50
de escolha • tomar decisões de maneira muito precipitada 50
• impossibilidade de fazer outro curso 50
Nível de informações
• insuficiente 83.3
sobre os cursos
A pressão, quer seja da família, amigos ou ções obtidas. Um dos sujeitos acrescentou como
namorados (as), foi outra dificuldade apontada necessidade trocar experiência, conhecer outras
pelos sujeitos. Suas falas evidenciaram inconsis- pessoas em situação de dúvida em relação ao cur-
tência nas atitudes parentais que são vistas por so, afirmando que se sentiria mais confortado em
eles ora como sendo de apoio, ora de imposição saber que outros estão em condições parecidas,
explícita ou sutil, as quais tolheriam seus direitos de dúvida e insatisfação.
de livre escolha. Dentre as condições presentes no processo
A dificuldade apontada como medo de errar de escolha do curso, os sujeitos relataram a influ-
de novo, revela o julgamento do atual curso como ência de terceiros (100%); informações escassas
uma escolha errada. Tal medo foi relacionado por (50%); precipitação nas decisões (50%); impos-
eles às pressões externas, revelando não apenas sibilidade de fazer outro curso (50%) e ser muito
problemas de ordem financeira como também a jovem (16.6%). Ter sido influenciado por opini-
percepção de perda de tempo, uma vez que ava- ões, sugestões, exemplos de terceiros, foi avalia-
liam estarem retardando suas conquistas profis- do pelos sujeitos como algo negativo, um fator
sionais e realização pessoal. responsável por sua insatisfação atual. Em sua
Não vislumbrar mercado de trabalho com a grande maioria os sujeitos lamentaram a ausên-
profissão escolhida foi outra dificuldade aponta- cia de questionamento sobre as sugestões recebi-
da por 33.3% dos sujeitos, que afirmaram terem das. Os amigos e familiares apareceram como os
buscado informações junto aos veículos de co- principais agentes de influência. Conversas com
municação e através de conversas informais com professores ou a admiração por eles e os meios
terceiros. de comunicação foram outros fatores de influên-
Cerca de 16.6% dos sujeitos avaliou o alto cia no processo de escolha.
número de trabalhos acadêmicos como outra di- A escassez de informações sobre os cursos,
ficuldade enfrentada. O excesso de trabalhos ou quando da escolha profissional, foi relatada por
dificuldades no desempenho de tais atividades 50% dos sujeitos. Cerca da metade dos entrevista-
estariam contribuindo para diminuir o interesse dos avaliaram terem realizado a escolha da profis-
pelo curso. são de maneira muito precipitada ou impulsiva,
Quanto às necessidades e expectativas atuais, tendo desejado não passar no vestibular. A impul-
os sujeitos deste grupo apontaram o tomar uma sividade na escolha foi relacionada ao fato de não
decisão quanto ao futuro profissional com orien- poderem na época prestar vestibular para o curso
tação e um bom nível de autoconhecimento como que lhes era de maior interesse: Geografia, Dese-
as mais relevantes (83.3%). Os sujeitos vincula- nho Industrial e Escola Preparatória de Cadetes do
ram a orientação à possibilidade de conhecer seus Exército. Dois dos entrevistados afirmaram não
interesses, analisá-los e descobrir suas habili- terem conseguido passar nestes cursos, o que os
dades, auxiliando-os a tomar decisões de forma fez considerar que poderiam não ter as habilida-
mais segura, sanando dúvidas, amenizando me- des requeridas para conseguir uma boa colocação
dos e sinalizando caminhos a seguir. Dois sujei- nas provas. O outro entrevistado alegou que seu
tos relataram necessidade de mudanças em curso preferido era integral (Desenho Industrial),
questões íntimas, indicando que um processo psi- o que lhe impossibilitaria de trabalhar. Nota-se aí,
coterápico talvez atendesse melhor a tais neces- ora a frustração diante de reprovações, ora as difi-
sidades do que um programa de orientação culdades financeiras, definindo ou re-definindo
profissional. decisões, caminhos a seguir. Cerca de 83,3% dos
Outra necessidade apontada por 33.3% dos sujeitos do Grupo 2 consideram-se ainda insufi-
sujeitos foi a obtenção de informações sobre as cientemente informados.
profissões, pois se consideravam carentes de in- A Tabela 5, apresenta as categorias obtidas
formação ou de critérios de seleção das informa- com o Grupo 3.
Tabela 5
Dificuldades, necessidades, processo de escolha, razões para desistência ou término do curso, do Grupo 3
Categoria Descrição %
• indecisão quanto a trabalhar na área ou iniciar outro curso 75
• não ter habilidades específicas para exercer a profissão 75
• realizar atividades de que não gosta 25
Dificuldades
• idade para iniciar outro curso 25
• sentimento de arrependimento 25
• estar desatualizado 25
• orientação para avaliar se continua na profissão ou se inicia outro curso 100
Necessidades,
• autoconhecimento 75
expectativas
• complementar os estudos 25
• não poder fazer o curso preferido 50
O processo de escolha
• influência da família ou amigos 50
do curso
• gostar do curso 25
• por considerar não ter as habilidades requeridas 50
Pensamentos de • por não ver aplicação prática da teoria 25
desistir do curso
durante a graduação • pelo desinteresse de colegas em trabalhos acadêmicos 25
• por não gostar do curso 25
• estar terminando o curso 50
Razões para ter
• aspectos financeiros 25
concluído
• relacionamento afetivo 25
Nível de informação
• insuficiente 100
sobre os cursos
Conforme exposto na Tabela 5, nota-se que a nhecimento como um aspecto fundamental para
grande maioria dos sujeitos, cerca de 75% deles, esta avaliação. Afirmaram precisar reconsiderar
atestaram a indecisão entre trabalhar na profis- seus interesses e habilidades para sentirem-se
são ou começar outro curso, como a principal mais seguros em relação à reavaliação de seus
dificuldade enfrentada, juntamente com uma pos- cursos. Cerca de 25% dos sujeitos atestaram que
sível falta de habilidades requeridas pelo curso. necessita neste momento complementar seus es-
O sentimento de indecisão foi relacionado tanto tudos, pois se sente com pouco conhecimento para
à falta de habilidades, quanto a outras dificulda- atuar profissionalmente.
des. Dentre estas, foram mencionadas: a) ter que Os sujeitos relataram sobre o processo de
realizar atividades profissionais de que não gosta escolha do curso destacando a influência nega-
(25%); b) julgar-se com idade avançada para ini- tiva de familiares e amigos (50%) e o fato de
ciar outro curso ou estar defasado em termos de não poderem ter feito opção pelo curso preferi-
conteúdo para conseguir passar no vestibular do naquele momento (50%). Tais cursos diziam
(25%); c) sentir-se arrependido por não ter feito respeito a Propaganda e Marketing e Psicolo-
o curso que queria para poupar gastos à família gia. Os entrevistados alegaram dificuldades fi-
(25%); d) estar desatualizado (25%). nanceiras como principal motivo para a troca de
Quanto às necessidades e expectativas apon- opção de curso. Afirmaram que precisavam tra-
tadas foi unânime (100%) entre os sujeitos a bus- balhar para ajudar nas despesas familiares; a
ca de orientação para fazer uma avaliação mais oferta do curso apenas em Universidades parti-
madura sobre a profissão conquistada e sobre a culares, que aumentaria despesas, além da não
possibilidade de mudar de profissão. A grande permissão dos pais para morar sozinho em ou-
maioria dos sujeitos (75%) se referiu ao autoco- tra cidade.
Todos os sujeitos passaram por um momen- problemas de adaptação, tanto com colegas quan-
to durante o curso, no qual pensaram em desistir to com a carga de disciplinas.
do mesmo. A metade dos sujeitos afirmou ter Quanto às razões apontadas pelos sujeitos
pensado em desistir quando estava cursando o para terem concluído o curso, destaca-se o fato
terceiro ano. Cerca de 50% dos sujeitos afirmaram de já estarem quase terminando o mesmo (50%),
ter pensado em desistir em função de considerar a situação financeira difícil da família, e o início
não ter as habilidades requeridas pela profissão. de relacionamento amoroso, que ficaria compro-
Outros 50% vincularam sua vontade de desistir metido com a mudança de cidade.
ao fato de não conseguir visualizar a aplicação Quanto à última categoria, nível de informa-
prática dos conhecimentos adquiridos, ao desin- ção sobre os cursos, os entrevistados do Grupo
teresse de colegas quando da realização de traba- 3 foram unânimes em afirmar que se consideram
lhos conjuntos (25%), bem como ao fato de não insuficientemente informados sobre as profissões.
gostar do curso (25%). Um deles disse que no A Tabela 6 apresenta as categorias obtidas
terceiro ano houve um grande número de desis- com o Grupo 4 , cujos participantes desejavam
tências, o que o encorajou a fazê-lo também. iniciar outro curso, mas não sabiam como fazer
Outro afirmou que ao mudar de turno enfrentou nova escolha profissional.
Tabela 6
Dificuldades, necessidades e razões das desistências anteriores, apontadas pelos sujeitos do Grupo 4
Categoria Descrição %
• dificuldade com algumas disciplinas dos cursos em consideração no
66.6
Dificuldades momento
• considerar várias opções de curso 33.3
• orientação para fazer uma escolha mais madura 66.6
Necessidades,
• autoconhecimento 66.6
expectativas
• fazer um curso superior 66.6
Conforme a Tabela 6, cerca de 66.6% dos su- to o início de outro. Outra dificuldade citada por
jeitos afirmaram sentirem dificuldade com uma 33.3% dos sujeitos diz respeito ao grande núme-
ou mais disciplinas dos cursos que estão consi- ro de opções de cursos existentes, diante dos quais
derando, visto que tiveram contato com tais dis- não sabem o que fazer.
ciplinas nos respectivos cursos interrompidos. Dentre as principais necessidades e expecta-
A presença destas disciplinas, para as quais os tivas relatadas pelos sujeitos deste grupo, a ne-
sujeitos acham-se inábeis, é um fator que dificul- cessidade de orientação e autoconhecimento
ta tanto a retomada do curso interrompido, quan- foram as mais abordadas, por 66.6% dos sujei-
forma de fundamentar uma análise mais acura- escolhas e as atuais dificuldades para realizar novas
da da situação atual e uma tomada de decisão opções profissionais, podem ser assim sintetizadas:
mais segura. A necessidade de um maior apro- 1) Os Grupos 1 e 2 (sujeitos que ainda estão
fundamento nas questões pessoais foi encontra- cursando) apontaram uma maior necessidade de
da também por Soares (2002) entre os indivíduos conhecer a realidade prática da profissão, como
em condição de re-escolha. Analisar gostos, ha- um importante fator que auxiliaria na avaliação
bilidades, aptidões, interesses e características entre permanecer ou abandonar o curso e fazer
pessoais foi considerada por todos os entrevista- nova escolha. A dificuldade de não entender como
dos, independentemente do grupo ao qual perten- os conhecimentos teóricos poderiam ser aplica-
ciam, como importante condição para a avaliação dos na prática profissional foi vinculada pelos
da situação de indecisão vivida. Todos os sujei- sujeitos a sentimentos de angústia e insegurança
tos relataram que se conhecessem melhor a si mes- quanto à opção realizada. De maneira similar, os
mos com certeza fariam escolhas mais acertadas, estudos de Magalhães e Redivo (1998) com uni-
mais consistentes com seus estilos pessoais. Esse versitários em situação de re-escolha profissio-
aspecto evidencia uma maturidade destes sujei- nal revelaram que o caráter teórico das disciplinas
tos para a re-escolha, pois valorizam o posicio- cursadas e a falta de uma visão da prática profis-
namento pessoal frente a suas decisões, porém sional estavam vinculados ao sentimento de de-
ainda foi comum encontrar a idéia de que o tra- cepção com o curso. A falha ou ausência de
balho de orientação descobriria algo a seu res- esclarecimento quanto à adequação prática dos
peito. A necessidade de orientação também foi conhecimentos teóricos adquiridos pode, por um
vinculada a problemas pessoais, o que indica que lado, ser avaliada como uma falta de habilidades
uma proposta de atendimento para esta popula- pessoais para o exercício da profissão e, por ou-
ção precisa considerar em que medida abordará tro, levar à perda de interesse pelo curso.
as questões pessoais de forma a não se confundir 2) O Grupo 3 (sujeitos que já concluíram um
com apoio psicoterápico. curso superior) apontou duas dificuldades impor-
3) Necessidade de informação sobre outras tantes: a) não apresentar as habilidades requeri-
possibilidades profissionais, como uma comple- das para o exercício da profissão; e b) não ter
mentação importante ao processo prioritário de conhecimento sobre o processo de inserção no
autoconhecimento. Em todos os grupos os sujei- mercado de trabalho. No momento de entrar no
tos relataram conhecimento insuficiente sobre mercado de trabalho disponibilizando seus ser-
outros possíveis cursos a serem considerados, e a viços profissionais, os indivíduos parecem duvi-
esperança de que a orientação profissional for- dar de suas capacidades. Possivelmente a falta
neça informações importantes neste sentido. En- de experiência prática esteja subjacente à percep-
tretanto, embora a grande maioria se julgue ção de inabilidade profissional, a qual acaba por
desinformada a respeito das profissões, quando dificultar o momento de re-escolha profissional
questionados sobre suas necessidades atuais, prio- (Lent e colaboradores, 2002; Magalhães & Redivo,
rizaram o autoconhecimento como foco de orien- 1998; Hotza & Lucchiari, 1998). Além deste as-
tação. Enquanto os adolescentes em situação de pecto o próprio processo de inserção no mercado
primeira escolha parecem valorizar mais as in- de trabalho se constitui numa dificuldade para os
formações sobre as profissões (Moura, 2001), indivíduos em função da falta de informações a
indivíduos em fase de re-escolha profissional respeito de como proceder para este fim. Noções
mostram-se mais interessados na busca de infor- sobre empregabilidade deveriam ganhar ênfase
mações a respeito de si mesmos. quando se pensa em auxiliar esta população. Tais
As especificidades de cada grupo quanto às ra- dificuldades revelam a existência de uma proble-
zões pelas quais se frustraram com suas primeiras mática relacionada não à escolha de uma profis-
gura. Aprofundar-se nas questões pessoais é, se- mentos experimentados e as mudanças exigidas.
gundo Soares (2002) uma tendência encontrada Tais reflexões asseguram não apenas um redimen-
entre esta clientela. Tal aprofundamento pode ser sionamento de objetivos, como também princi-
efetivado pelo aumento do tempo despendido para pia o desenvolvimento de um compromisso do
trabalhar este tema. Devem-se também empregar profissional (ou futuro profissional) com seu meio
técnicas ou atividades que propiciem uma identifi- social. Para Lisboa (1998), mesmo entre adultos,
cação gradual das características pessoais: desde as não há consciência da possibilidade ou efetivida-
de menor custo como os interesses, até as que re- de de contribuição social através do fazer profis-
querem maior auto-análise, como as habilidades e sional. Desenvolver, pois, tal consciência, além
valores. da consciência de si, parece ser um caminho para
3. Fornecer ou viabilizar o acesso a infor- a construção e transformação da sociedade em
mações relacionadas ao mundo do trabalho. O que se está inserido. Pois, como afirma Lisboa
programa deve fornecer não apenas informações (1998), “Não basta orientar uma pessoa para a
sobre as diferentes opções profissionais, mas prin- descoberta de si. Precisamos fazê-lo com o olho
cipalmente, sobre temas referentes ao período de no mundo” (p. 63).
pós-graduação. Indivíduos na condição de repen- Finalmente considera-se que trabalhar conhe-
sar a escolha profissional demandam por infor- cendo melhor o que caracteriza a população em
mações sobre mercado de trabalho (formas de questão, com certeza facilita ao orientador atingir
inserção no mesmo); sobre a possibilidade de de forma mais efetiva as necessidades das pessoas
continuidade dos estudos, numa pós-graduação; que procuram pela re-escolha. Facilita também pen-
além de noções mais específicas sobre emprega- sar nas estratégias com base nos objetivos já esta-
bilidade. Ampliar ou aprofundar as informações belecidos e aprimorar cada vez mais sua proposta
acerca dos cursos atuais pode facilitar a re-avalia- de intervenção com base numa análise criteriosa dos
ção da situação vivida pelo indivíduo, e culminar resultados obtidos junto a cada orientando. Tanto a
numa troca de curso ou num rearranjo de possi- Orientação quanto a Re-Orientação (ou Orientação
bilidades dentro do mesmo. para a Re-Escolha) parecem partir dos mesmos pres-
4. Propiciar reflexões acerca do significado supostos - conhecer de perto a população e seus pro-
do trabalho na vida do homem. Para Soares blemas, para atingir os mesmos objetivos - fornecer
(2002), o trabalho de orientar pessoas em condi- auxílio direcionado a suas necessidades. Para isso,
ção de re-escolha profissional deve ter como obje- testar hipóteses quanto às melhores estratégias de
tivo maior trabalhar a relação homem-trabalho, a auxílio pode ser fundamental para o aprimoramen-
vivência no desempenho da profissão, os senti- to do atendimento oferecido.
REFERÊNCIAS
Albion, M. J., Fogarty, G. J. (2002). Factors influencing career decision making in adolescents and adults.
Journal of Career Assessment, 10(1), 91-126.
Banaco, R. A. (1998). As escolhas que fazemos na vida. (Manuscrito Não Publicado).
Betsworth, D. G. & Fouad, N. A. (1997). Vocational interests: A look at the past 70 years and a glance at the
future. Career Developmente Quarterly, 46, 23-47.
Betz, N. E. (1994). Self-Concept Theory in Career Development and Counseling. The Career Development
Quarterly, 43, 32-42.
Biggers, J. S. (1971). The use of information in vocational decision-making. Vocational Guidance Quarterly,
19, 171-176.
Blustein, D. L. (1992). Applying current theory and research in career exploration to practice. The Career
Development Quarterly, 41, 174-184.
Carvalho, M. M. M. J. (1995). Orientação Profissional em Grupo: Teoria e Técnica. Campinas: Workshopsy.
Elwood, J. A. (1992). The pyramid model: A useful tool in career counseling with university students. The
Career Development Quarterly, 41, 51-54.
Fagundes, A. J. M. (1981). Descrição, definição e registro de comportamento. São Paulo: EDICON.
Gati, I., Houminer, D. & Fassa, N. (1997). Framings of career compromises: How career counselors can help.
The Career Development Quarterly, 45, 390-399.
Herr, E. L. & Enderlein, T. E. (1976). Vocational maturity: The effects of school, grade, curriculum and sex.
Journal of Vocational Behavior, 8, 27-238.
Hotza, M. A. S. & Lucchiari, D. H. P. S. (1998). A re-escolha profissional dos vestibulandos da UFSC de 1997.
Revista Semestral da Associação Brasileira De Orientadores Profissionais – ABOP, 2(1), 97-110.
Japur, M. (1988). Estudo sobre as qualidades psicométricas do Formulário de Aconselhamento (B-1) da Escala
de Atitudes do Career Maturity Inventory (CMI) de J. O. Crites. Tese de Doutorado não-publicada, Instituto
de Psicologia, Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, SP.
Lassance, M. C. (1997). A orientação profissional e a globalização da economia. Revista Semestral da Associação
Brasileira De Orientadores Profissionais – ABOP, 1(1), 71- 80.
Lassance, M. C., Grocks, A. & Francisco, D. J. (1993). Escolha profissional em estudantes universitários:
Estilo de escolha. Em Associação Brasileira de Orientadores Profissionais (Org.), Anais, I Simpósio de
Orientação Vocacional & Ocupacional. Porto Alegre, RS: ABOP.
Lent, R. W., Brown, S. D., Talleyrand, R., Mcpartland, E. B., Davis, T., Chopra, S. B. et al. (2002). Career
choice barriers, supports, and coping strategies: College students’ experiences. Journal of Vocational
Behavior, 60(1), 61-72.
Lent, R. W., Brown, S. D. & Hackett, G. (1994). Toward a unifying social cognitive theory of career and
academic interest, choice, and performance. Journal of Vocational Behavior, 45, 79-122.
Levenfus, R. S. & Nunes, M. L. T. (2002). Principais temas abordados por jovens centrados na escolha
profissional. Em R. S. Levenfus & D. H. P. Soares (Orgs), Orientação vocacional ocupacional: Novos
achados teóricos, técnicos e instrumentais para a clínica, a escola e a empresa (pp. 61-78). Porto Alegre:
Artmed.
Lisboa, M. D. (1998). O papel do orientador profissional: Orientando para as novas relações de trabalho.
Revista da Associação Brasileira de Orientadores Profissionais, 2(2), 55-64.
Lisboa, M. D. (2002). Orientação profissional e mundo do trabalho: Reflexões sobre uma nova proposta frente
a um novo cenário. Em R. S. Levenfus & D. H. P. Soares (Orgs), Orientação vocacional ocupacional:
Novos achados teóricos, técnicos e instrumentais para a clínica, a escola e a empresa (pp. 33-49). Porto
Alegre: Artmed.
Macedo, R. B. M. (1998). Seu diploma, sua prancha: Como escolher a profissão e surfar no mercado de
trabalho. São Paulo: Saraiva.
Magalhães, M. & Redivo, A. (1998). Re-opção de curso e maturidade vocacional. Revista Semestral Da
Associação Brasileira De Orientadores Profissionais – ABOP, 2(2), 7-28.
Marini, E. (2001, 23 de Maio). A hora da decisão. Isto É OnLine, 1651.
Moura, C. B. (2001). Orientação profissional sob o enfoque da análise do comportamento. Londrina: Editora
da UEL.
Munson, W. W. (1992). Self-Esteem, Vocational Identity and Career Salience in High School Students. The
Career Development Quarterly, 40, 361-368.
Neiva, K. M. C. (1995). Entendendo a orientação profissional. São Paulo: Paulus.
Neiva, K. M. C. (1999). Escala de Maturidade para a Escolha profissional – EMEP. São Paulo: Vetor.
Neiva, K. M. C. (2002). Escala de maturidade para a escolha profissional (EMEP). Em R. S. Levenfus & D. H.
P. Soares (Orgs), Orientação vocacional ocupacional: Novos achados teóricos, técnicos e instrumentais
para a clínica, a escola e a empresa (pp.239-246). Porto Alegre: Artmed.
Patton, W. & Creed, P. A. (2001). Developmental issues in career maturity and career decision status. The
Career Development Quarterly, 49(4), 336-351.
Powell, D. F. & Luzzo, D. A. (1998). Evaluating factors associated with the career maturity of high school
students. The Career Development Quarterly, 47, 145-158.
Primi, R., Munhoz, A. M. H., Bighetti, C. A., Di Nucci, E. P., Pellegrini, M. C. K. & Moggi, M. A. (2000).
Desenvolvimento de um Inventário de Levantamento das Dificuldades da Decisão Profissional. Psicologia:
Reflexão e Crítica, 13(3), 451- 463.
Rodrigues, E. & Ramos, S. G. (1997) Programa profissão: Desejo e realidade – uma experiência em orientação
profissional. Em Associação Brasileira de Orientadores Profissionais (Org.), Anais, III Simpósio Brasileiro
de Orientadores Profissionais (p.77-83). Canoas: ABOP.
Soares-Lucchiari, D.H.P. (Org). (1993). Pensando e Vivendo a Orientação Profissional. São Paulo: Summus.
Soares-Lucchiari, D.H.P. (1997). A re-orientação profissional: Apoio em época de crise. Revista Semestral da
Associação Brasileira de Orientadores Profissionais - ABOP, 1(1), 81- 88.
Soares, D. H. P. (2002). A escolha profissional: Do jovem ao adulto. São Paulo: Summus.
Watson, M. B. & Van Aarde, J. A. (1986). Attitudinal career maturity of South African colored high school
pupils. Journal of Vocational behavior, 29, 7-16.
Whitaker, D. (1997). Escolha da carreira e globalização. São Paulo: Moderna.
Recebido: 20/02/04
1ª revisão: 06/04/04
Aceite final: 09/09/04
Sobre os autores
Cynthia Borges de Moura, professora assistente do curso de Psicologia da Universidade Estadual de
Londrina - PR, mestre em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas - SP
e doutoranda do programa de pós-graduação em Psicologia Clínica da Universidade de São Paulo.