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FABRÍCIO FRANZEN
2019
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1. INTRODUÇÃO
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2. APLICAÇÃO E DIMENSIONAMENTO
Uma plataforma acionada por um sistema de fuso se diferencia dos outros modelos
principalmente, porque tem menor número de componentes na transmissão (Fig. 6). Este
sistema tem baixo custo de manutenção, e tem grande quantidade de acessórios disponíveis no
mercado de reposição, como por exemplo, as castanhas ou porcas que são vendidas em padrões
tabelados. A plataforma não apresenta movimentos de elevação ou recuos nas paradas, devido
ao travamento automático gerado pelo atrito do sistema fuso-castanha característico dos perfis
quadrado e trapezoidal. Assim, este sistema dispensa o uso de freio no motor. O acionamento
da plataforma ocorre por meio de moto redutores, motores elétricos, hidráulicos, pneumáticos
ou manualmente.
O modelo proposto da plataforma é conforme a Figura 2.1, onde o giro do fuso
eleva a castanha que é fixada à plataforma. Esse processo requer uma potência de acionamento,
que está diretamente ligada a carga a ser elevada e as características mecânicas e geométricas
do fuso. Portanto para o dimensionamento da caixa de transmissão primeiramente é necessário
obter o valor da rotação do fuso e o torque necessário para elevar a carga, podendo então
escolher um motor elétrico que entregue a potência necessária para esse processo.
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Figura 2.1 – Perspectiva da plataforma acionada por fuso.
Fonte: Autor
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Tabela 1. – Catálogo de Fusos trapezoidais.
6
Portanto, seleciona-se o fuso TR 30X6 que satisfaz os requisitos do projeto. E as
características dele são:
• Diâmetro: 40 mm,
• Rendimento: 0,37,
• Carga máxima: 274 kg e
• Torque necessário na subida 16,25 Nm.
W=ƒ ×d
onde,
f = Carga máxima = 274 kg * 10m/s²) = 2.740N
d = Comprimento do fuso = 0,6m
1644
𝑃= /0,4 = 205,5 𝑊
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Assim a potência do motor em cv é:
205,5𝑊
𝑃= = 0,28 𝐶𝑉
736
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Pensando em suprir a potência necessária com folga foi selecionado o
motor da figura abaixo onde o mesmo tem um apotência de 0,5 cv, sendo essa maior
que a potência necessária.
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3. PROJETO CAIXA DE REDUÇÃO
Temos a rotação do motor selecionado sendo 1800 rpm, mas para dar início ao projeto
da caixa redutora precisamos da rotação de saída, a qual será a rotação do fuso, para isso
devemos encontrar uma rotação para o fuso que atenda às necessidades de projeto.
𝑑
𝑁= ∗ 60000
𝑡∗𝑝
onde,
60000 é o fator de conversão
0,6
𝑁= ∗ 60000
20 ∗ 6
𝑁 = 300 𝑟𝑝𝑚
𝜔
𝑖 = 𝜔1 (1)
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sendo 𝜔1 é a rotação de entrada da caixa de redução igual a 1800 rpm e 𝜔2 é a rotação de saída
da caixa de redução igual a 300 rpm, portanto, a relação de transmissão, 𝑖, é 6.
Uma boa relação de transmissão de um estágio deve ser menor ou igual a 6. Neste
caso a caixa de redução será de somente um estágio.
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3.2. Número de Dentes
É a razão entre o diâmetro primitivo (d) e o módulo (M), serve como índice de
tamanho de dente no SI (dado em mm) conforme a equação abaixo:
𝑁 = 𝑑. 𝑀 (2)
𝑃 = 𝑁/𝑑 (3)
𝑝 = 𝜋. 𝑚 (4)
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3.5. Espessura do Dente
Para vidas úteis diferentes de 107 ciclos de tensão, utilizam-se estes fatores de
correção dados em função do número de ciclos esperado, para flexão e para crateramento, sendo
crateramento a resistência da superfície ao desgaste.
com N sendo o número de ciclos esperado para flexão se aplicado à Eq. (13) e para crateramento
se for aplicado à Eq. (14).
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3.8. Fator de Sobre Carga Ko
0,0535
(𝐹√𝑌)
𝐾𝑠 = 1,192. ( ) (9)
𝑃
sendo F a espessura de dente obtido no item 3.5, Y corresponde aos fatores de ciclagem e P é
o passo diametral em dentes por polegadas.
𝐵
𝐴+√𝑉
𝐾_𝑉 = ( ) ( 10 )
𝐴
𝐴 = 50 + 56. (1 − 𝐵) ( 11 )
12
2
𝐵 = 0,25. (12 − 𝑄)3 ( 12 )
sendo:
𝐹 𝐹
Se 10𝑑 < 0,05, = 0,05.
10𝑑
𝑆1
1 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜 𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑚𝑎𝑛𝑐𝑎𝑖𝑠 𝑐𝑜𝑚
< 0,175
𝐶𝑝𝑚 ={ 𝑆 }
𝑆1
1,1 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜 𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑚𝑎𝑛𝑐𝑎𝑖𝑠 𝑐𝑜𝑚 ≥ 0,175
𝑆
𝐶𝑚𝑎 = 𝐴 + 𝐵𝐹 + 𝐶𝐹 2 ( 14 )
.
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3.13. Fator de Espessura de Aro (KB)
Fator utilizado para evitar fadiga por flexão em engrenagens com aro muito estreito.
Para sua obtenção vale-se de uma razão auxiliar entre a espessura do aro e a altura do dente.
𝑡
𝑚𝐵 = ℎ𝑅 ( 15 )
𝑡
2,242
𝐾𝐵 = 1,6𝑙𝑛 𝑚𝐵 < 1,2 ( 16 )
𝑚𝐵
𝐾𝐵 = 1 𝑚𝐵 ≥ 1,2 ( 17 )
𝑐𝑜𝑠∅𝑡 𝑠𝑒𝑛∅𝑡 𝑚𝐺
𝑒𝑛𝑔𝑟𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠
2𝑚𝑁 𝑚𝐺 +1
𝐼 = { 𝑐𝑜𝑠∅ } ( 18 )
𝑡 𝑠𝑒𝑛∅𝑡 𝑚𝐺
𝑒𝑛𝑔𝑟𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠
2𝑚𝑁 𝑚𝐺 −1
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Figura 3.1 – Fatores geométricos J de engrenagens cilíndricas de dentes retos. (SHIGLEY, 2011)
Valor unitário para temperatura de trabalho abaixo dos 121°C, e para o caso estima-
se que a temperatura seja menor então 𝐾𝑇 = 1.
𝑃𝑑 𝐾𝑚 𝐾𝐵
𝜎 = 𝑊 𝑡 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑠 ( 19 )
𝐹 𝐽
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onde 𝑊 𝑡 é a força tangencial transmitida, 𝐾𝑜 é o fator de sobrecarga, 𝐾𝑣 fator dinâmico, 𝐾𝑠
fator de tamanho, 𝑃𝑑 Passo diametral, 𝐹 número de dentes, 𝐾𝑚 fator de distribuição de carga,
𝐾𝐵 fator de espessura de aro e 𝐽 o fator geométrico de resistência à flexão.
𝑆𝑡 𝑌𝑁 ⁄(𝐾𝑇 𝐾𝑅 )
𝑆𝐹 = ( 20 )
𝜎
𝑑𝑎𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜 = 𝑑𝑝 ∗ 2𝑚 ( 21 )
Representa a altura radial do pé do dente, este valor permite a folga entre os dentes
no engrenamento. O diâmetro de raiz é, também, relativo ao módulo e ao diâmetro primitivo.
𝑑𝑟𝑎𝑖𝑧 = 𝑑𝑝 − 2(1,2. 𝑚) ( 22 )
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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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A nomenclatura das variáveis contidas na Tab. 4.1 pode ser vista na Fig. 4.1:
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5. CONCLUSÃO
Como resultado deste trabalho obteve-se uma caixa de redução com potência de
entrada igual a 23,5 hp e 1800 rpm de rotação de entrada, para este movimentar um fuso
trapeizodal girando a uma rotação de 300 rpm.
Esta caixa demanda 23,5 hp, com os cálculos realizados no programa Maple pode
se encontrar a espessura das engrenagens, de 6,858 mm, que serão capazes de transmitir a
potência desejada.
Por fim, conclui-se que o projeto de engrenagens e trens de engrenagem não é um
trabalho simples, mas que se tendo todos os cuidados e levando em consideração todos os
aspectos de projeto, com um material adequado, pode-se ter resultados satisfatórios.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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