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DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. Pp.

165.

Problemática:

Contexto: Primeiramente publicado em 1895, é derivado do projeto durkheimniano de


estabelecer a sociologia como uma ciências social de noções positivistas. Ou senão, atribuídas de
elementos científicos e estatístico-matemáticos. Nele estabelece o objeto específico de estudo da
sociologia – o fato social, assim como o método objetivo associado em sua averiguação e análise.

Para a ciência positivista tornou-se epítome, transpondo a suposta barreira entre o


método científico aplicado nas ciências naturais para as humanidades. Ainda que a teoria
positivista permaneça refutada, o labor durkheimniano prevalece. Sua aproximação da sociologia
ao campo científico ainda é debatido, ao passo que a fundamentação foi essencial para a
consolidação da teoria sociológica.

“O caráter normal de uma coisa e os sentimentos de aversão que ela insira podem
inclusive ser solidários. A dor é um fato normal, contanto que não seja apreciada; o crime é
normal, contanto que seja odiado. Nosso método, portanto, nada tem de revolucionário. Num
certo sentido, é até essencialmente conservador, pois considera os fatos sociais como coisas cuja
natureza, ainda que dócil e maleável, não é modificável à vontade.” Prefácio da primeira edição,
XIII;

“Nosso principal objetivo, com efeito, é estender à conduta humana o racionalismo


científico, mostrando que, considerada no passado, ela é redutível a relações de causa e efeito que
uma operação não menos racional pode transformar a seguir em regras de ação para o futuro. O
que chamamos nosso positivismo não é senão uma consequencia desse racionalismo.”

Introdução – XXXIII

Estabelece como propósito a definição do método sociológico sobre os fatos sociais, de


maneira inaugural. Menciona Stuart Mill e Spencer, mas não houveram muitos avanços em seus
trabalhos nesse sentido, sobre o método.

Dentre as críticas à sociologia estariam o estudo das leis de evolução universal feitas por
Spencer sem procedimento, o que presumidamente em sua generalidade seria possível. O estudo
geral e amplo deu espaço ao particular e metodológico, à aplicação da análise científica sobre o
fato social.

Em vez de se restringir à relação do campo biológico ao social através das leis universais,
Durkheim busca a metodologia da ciência natural para pensar uma ciência social.

I. O que é um fato social? – 1


No argumento durkheimniano, existe um fenômeno interior à sociedade, enquanto
exterior ao indivíduo em sua consciência individual. Como um fenômeno biológico ou psíquico, é
capaz de moldá-lo e direcionar suas ações. Constituem a sua própria maneira em poder de
coerção sobre o indivíduo em suas maneiras de agir, pensar e sentir. Devido às diferenças culturais
entre as sociedades, esse fenômeno possui diferenças em cada grupo, mas prevalece sua
influência.

Tratam-se de fatos sociais, capazes de afetar moralmente a conduta do indivíduo, ao


passo que fornecem signos próprios de convívio, trabalho e comunicação, por meio de coagi-lo a
pensar, agir e sentir nas maneiras próprias daquela sociedade ou microcosmo (?) social.

“É verdade que a palavra coerção, pela qual os definimos, pode vir a assustar os
zelosos defensores de um individualismo absoluto. Como estes professam que o indivíduo é
perfeitamente autônomo, julgam que o diminuímos sempre que mostramos que ele não depende
apenas de si mesmo. Sendo hoje incontestável, porém, que a maior parte de nossas idéias e de
nossas tendências não é elaborada por nós, mas nos vem de fora, elas só podem penetrar em nós
impondo-se; eis tudo o que significa nossa definição. Sabe-se, aliás, que nem toda coerção social
exclui necessariamente a personalidade individual.” P.4

No momento seguinte algumas noções metodológicas de Durkheim se tornam


claras. Os fenômenos sociais podem ser retirados de sua larga escala por meio da estatística e
analisado em seu meio particular, calculadamente. O pulo do gato se dá no seguinte caso, o
fenômeno social remete a um modelo coletivo, mas a maneira como afeta o indivíduo é particular
– devido a sua psique. Deixemos para Durkheim: “Portanto elas não são fenômenos propriamente
sociológicos. Pertencem simultaneamente a dois reinos; poderíamos chamá-las sociopsíquicas.
Essas manifestações interessam o sociólogo sem constituírem a matéria imediata da sociologia.”

“Um sentimento coletivo que irrompe numa assembleia não exprime simplesmente o que
havia de ocmum entre todos os sentimentos individuais. Ele é algo completamente distinto,
conforme mostramos. É uma resultante da vida comum, das ações e reações que se estabelecem
entre as consciências individuais; e, se repercute em cada uma delas, é em virtude da energia
social que ele deve precisamente à sua origem coletiva. [...] Ele compreende apenas um grupo
determinado de fenômenos. Um fato social se reconhece pelo poder de coerção externa que
exerce ou é capaz de exercer sobre os indivíduos; e a presença desse poder se reconhece, por sua
vez, seja pela existência de alguma sanção determinada, seja pela resistência que o fato opõe a
toda tentativa individual de fazer-lhe violência.” (p.10)

“É fato social toda maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo
uma coerção exterior; ou ainda, toda maneira de fazer que é geral na extensão de uma sociedade
dada e, ao mesmo tempo, possui uma existência própria, independente de suas manifestações
individuais.”

II. Regras Relativas à observação dos fatos sociais


“A primeira regra e a mais fundamental é considerar os fatos sociais como coisas”.

“Os homens não esperaram o advento da ciência social para formar ideias sobre o direito,
a moral, a família, o Estado, a própria sociedade; pois não podiam privar-se delas para viver. Ora, é
sobretudo em sociologia que essas prenoções, para retomar a expressão de Bacon, estão em
situação de dominar os espíritos e de tomar o lugardas coisas. Com efeito, as coisas sociais só se
realizam através dos homens; elas são um produto da atividade humana.”

“Os moralistas ainda não chegaram à concepção muito simples de que, assim como nossa
representação das coisas sensíveis provem dessas coisas mesmas e as exprime mais ou menos
exatamente, nossa representação da moral provem do próprio espetáculo das regras que
funcionam sob nossos olhos e as figura esquematicamente; de que, consequentemente, são essas
regras, e não a noção sumária que temos delas, que formam a matéria da ciência, da mesma
forma que a física tem como objeto os corpos tais como existem, e não a ideia que deles faz o
vulgo. Disso resulta que se toma como base da moral o que não é senão o topo, a saber, a maneira
como ela se prolonga nas consciências individuais e nelas repercute.”

“O que nos é dado não é a ideia que os homens fazem do valor, pois ela é inacessível; são
os valores que se trocam realmente no curso de relações econômicas. Não é esta ou aquela
concepção da ideia moral; é o conjunto das regras que determinam efe

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