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RESUMO: Este artigo apresenta a metodologia de cálculo para ventilação local, da instalação
de transformadores de energia elétrica. Salienta-se, que todo transformador em operação gera
calor. Portanto, esse calor deve ser eliminado para o ambiente. A ventilação adequada
contribui em preservar a vida útil da instalação como um todo. Esta solução objetiva projetar
cabines de transformação mais eficientes, dentro dos níveis aceitáveis de ventilação. O tema
aqui abordado restringiu-se apenas a instalação de transformadores a seco.
1. INTRODUÇÃO
1
UTFPR - Campus Cornélio Procópio (e-mail: mafinocchio@utfpr.edu.br)
2
UTFPR – Campus Cornélio Procópio (e-mail: jair.henrique.junior@gmail.com)
3
UEL – Departamento de Engenharia Elétrica (e-mail: jaf@jaf.eng.br)
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das harmônicas existentes e devem ser cuidadosamente avaliadas no que diz respeito à
elevação da temperatura.
As perdas geradas por fluxo de dispersão são originadas por correntes parasitas
geradas pelo fluxo de dispersão nos enrolamentos, no núcleo, no tanque e nos demais
elementos estruturais do transformador. As perdas nos enrolamentos são proporcionais ao
quadrado da amplitude e também ao quadrado da freqüência das correntes circulantes. O
mesmo ocorre, de forma aproximada, com a elevação da temperatura devido às correntes
parasitas nas partes estruturais do transformador.
A norma ANSI/IEEE C57.110 apresenta um procedimento de cálculo das perdas
ocasionadas por correntes parasitas (fundamental e harmônicas) nos transformadores (ANSI,
1986).
As correntes harmônicas produzem aquecimento adicional nos enrolamentos, no
núcleo e nas demais partes estruturais do transformador, que causam elevação da temperatura
de trabalho, podendo causar falhas prematuras no isolamento, aumentando as perdas e
diminuindo a vida útil deste equipamento. Os projetistas enfrentam o problema com projetos
cuidadosos, para a nova geração de transformadores de distribuição, que são projetados para
operar sob condições de correntes distorcidas. Buscando minimizar as perdas por correntes
parasitas.
A vida útil de um transformador pode ser aumentada pela ventilação do seu posto de
transformação (MAMEDE, 2007). O que acarreta uma melhora da confiabilidade de serviço,
rendimento e capacidade de carregamento do transformador.
Inicialmente deve ser verificada a possibilidade da ventilação natural. Não sendo
possível é preciso instalar a ventilação forçada.
Para isto seguem indicações importantes como:
Estas perdas adicionadas acarretam aquecimento térmico no equipamento. Por sua vez
somado as condições de má ventilação da cabine, este excesso de calor poderá gerar sinistros
a instalação.
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A ventilação efetiva é atingida sempre quando o ar entra no local pela parte inferior e
sai pela parte superior, junto ao teto do lado oposto ao da entrada. Se o ar de entrada estiver
altamente poluído devem ser instalados filtros. A figura 1 apresenta dados para o cálculo de
ventilação.
da temperatura do ar [°C], H a altura útil para cálculos térmicos [m], QW,D as perdas
dissipadas (paredes e teto) [kW], AW, D a área das paredes e teto, KW,D o coeficiente de
condutividade térmica [W/m2K], W a parede, D o teto e VL é o volume de ar [m3/s].
3. METODOLOGIA DE CÁLCULOS
2
S af
PV PO 1,1.Pk115. (01)
an
S
QV PV (02)
QV PV QV 1 QV 2 QV 3 (03)
Onde QV1 fornece a dissipação do calor pela circulação natural do ar [kW], QV2 a
dissipação através de paredes e teto [kW] e QV3 a dissipação pela circulação forçada do ar
[kW].
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Para a dissipação das perdas em calor pela circulação natural do ar, aplica-se a
Equação 04:
Para a solução gráfica aplica-se o ábaco para ventilação natural do ambiente conforme
figura 2.
corta escala A1,2(m2) no ponto 0,78m2, que é o valor da seção livre da entrada e saída do ar. A
resistência ao fluxo de entrada do ar, devido a uma tela com malha de 10 a 20mm e na saída
devido a persianas fixas, já foi considerado. Tela de arame na saída do ar em vez de persianas
reduz a seção necessária em 10%.
Sempre que peças inseridas no sistema de ventilação provoquem a redução da seção
do fluxo de ar deverá haver uma compensação para que permaneça conforme calculada.
A Equação 05 fornece a parcela das perdas de calor que são dissipadas através das
paredes e teto:
Onde KW,D representa o coeficiente de transmissão de calor, AW,D a área das paredes e
tetos e ΔϑW,D a diferença de temperatura interna-externa (figura 2).
Comparada com a dissipação de calor pelo fluxo de ar (QV1) a dissipação pelas paredes
e tetos (QV2) normalmente é baixa. Ela depende da espessura e do material que compõe as
paredes e tetos.
O coeficiente de transmissão de calor K define a característica de cada material. A
tabela 1 relaciona a espessura do material com o coeficiente de transmissão de calor.
O coeficiente K da Tabela1 abrange a condução através de materiais e sobre
superfícies.
A parte do calor das perdas QV3 que o fluxo forçado de ar dissipa, normalmente é
muito maior do que QV1 e QV2. Isto representa o calor pela circulação forçada do ar.
Na prática aplica-se QV3=ΣPV. Assim a circulação forçada de ar dissipa todo o calor
das perdas, ficando QV1 e QV2 como reservas de segurança.
A dissipação do calor pela circulação forçada do ar é calculada pela Equação 06:
QV 3 VL .C PL . p L .L (06)
VL v. A (08)
3.2 DUTOS DE AR
Para a ventilação do ambiente podem ser usados ventiladores do tipo caixas axiais ou
radiais. Eles são facilmente encontrados no mercado. Um ponto importante na seleção do
ventilador é a necessária diferença total de pressão (N/m2). O que pode ser facilmente
verificado nos catálogos dos fabricantes de ventiladores.
Outro ponto crítico é a redução do ruído do ventilador. Isto pode acarretar na
instalação de um silenciador diretamente nos dutos de ar.
Uma observação deve ser feita que as condições especiais no local possam elevar o
nível de ruído. Outra é que existindo diversos ventiladores em operação, os ruídos sofrem o
fenômeno da superposição.
Na seleção dos ventiladores do ambiente devem ser considerados os seguintes
critérios:
p.VL
P (09)
3,6.10 6.
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p pR pB (10)
PR Lduto. p RO (11)
p B 0,61.vk
2
(12)
VL
k (13)
3600. Ak
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4. MODELO DIDÁTICO
QV 3 PV 4.12,9kW 51,6kW
p pR pB
5. CONCLUSÃO
A parte ativa do transformador constitui-se de uma fonte de calor devido às perdas que
surgem em suas condições operacionais, com isso, há elevação de temperatura destas partes.
O que gera aquecimento do equipamento, diminuindo seu rendimento e a vida útil do
isolamento. Portanto, a temperatura está intrinsecamente ligada às perdas no transformador,
ou seja, quanto maior for o aquecimento, maior serão as perdas e menor será o rendimento.
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Com isso, ocorre uma limitação da potência que deve ser solicitada ao equipamento, que faz
com que torne a capacidade de carga do transformador intimamente ligada aos níveis de
temperatura. Na realidade, considera-se que o funcionamento em temperaturas elevadas causa
um envelhecimento rápido do isolamento, quando comparando as condições nominais.
O calor gerado nas diversas partes dos transformadores resulta em elevação de
temperatura dos enrolamentos. Isto pode ser agravado pela má circulação de ar no posto de
transformação, acarretando acréscimos nas partes constituintes do próprio equipamento.
Através do exemplo proposto a ventilação em cabines de transformação pode ser
abordada de forma didática. Os conceitos expostos possibilitam a dinâmica no
dimensionamento do local de transformação. O que facilitará o entendimento para os
estudantes e profissionais do ramo. Esse dimensionamento colabora de forma global com
uma melhora no aproveitamento da vida útil, confiabilidade de serviço e manutenção correta
dos transformadores a seco.
6. REFERÊNCIAS
DEL TORO, Vicent. Fundamentos de Máquinas Elétricas. 1ª ed.. São Paulo: LTC, 1994.
FITZGERALD, Arthur E., KINGSLEY JR., Charles, UMANS, Stephen D.. Electric
Machinery. 6ª ed. New York: McGraw-Hill, 2003.
KOSOW, Irving L.. Máquinas Elétricas e Transformadores. 15ª ed.. São Paulo: Globo,
2005.
MAMEDE FILHO, João. Manual de Equipamentos Elétricos. 3ª ed.. Rio de Janeiro: LTC,
2005.
MAMEDE FILHO, João. Instalações Elétricas Industriais. 7ª ed.. Rio de Janeiro: LTC,
2007.