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ADMINISTRAÇÃO

GERAL E PÚBLICA
EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO – PARTE I

Livro Eletrônico
© 02/2019

PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro

VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado

COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes

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ADRIEL SÁ

Professor de Direito Administrativo, Administra-


ção Geral e Administração Pública em diversos
cursos presenciais e telepresenciais. Servidor
público federal da área administrativa desde
1999 e, atualmente, atuando no Ministério Pú-
blico Federal. Formado em Administração de
Empresas pela Universidade Federal de Santa
Catarina, com especialização em Gestão Públi-
ca. Foi militar das Forças Armadas por 11 anos,
sempre atuando nas áreas administrativas. É
coautor da obra “Direito Administrativo Facili-
tado” e autor da obra “Administração Geral e
Pública - Teoria Contextualizada em Questões”,
ambas publicadas pela Editora Juspodivm.

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ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Evolução da Administração – Parte I
Prof. Adriel Sá

SUMÁRIO
Evolução da Administração – Parte I .............................................................5
1. Evolução da Administração, Principais Abordagens da Administração
(Clássica até Contingencial)..........................................................................5
1.1. Noções Introdutórias.............................................................................5
1.2. Abordagem Clássica..............................................................................8
1.2.1. Aspectos Gerais e Origens...................................................................8
1.2.2. Escola da Administração Científica...................................................... 13
1.2.3. Escola da Teoria Clássica................................................................... 25
1.3. Teoria das Relações Humanas............................................................... 32
1.4. Teoria Neoclássica............................................................................... 36
1.4.1. Administração por Objetivos (APO)..................................................... 38
1.5. Teoria da Burocracia............................................................................ 41
1.5.1. Características e Vantagens............................................................... 43
1.5.2. Disfunções da Burocracia................................................................... 45
1.5.3. A Racionalidade do Modelo Burocrático................................................ 48
1.6. Teoria Estruturalista............................................................................ 50
1.6.1. Uso do Poder pelas Organizações....................................................... 52
1.6.2. Conflitos e Dilemas Organizacionais.................................................... 53
1.6.3. Tipologia de Blau e Scott................................................................... 54
1.7. Teoria Comportamental........................................................................ 57
Resumo.................................................................................................... 60
Questões de Concurso................................................................................ 63
Gabarito................................................................................................... 82
Gabarito Comentado.................................................................................. 83

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Evolução da Administração – Parte I
Prof. Adriel Sá

EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO – PARTE I


1. Evolução da Administração, Principais Abordagens da
Administração (Clássica até Contingencial)
1.1. Noções Introdutórias

Para a explanação das diversas teorias administrativas desenvolvidas no âmbito

da Administração, utilizarei as diversas concepções apresentadas pela doutrina.

Mas, o que são “teorias”? Maximiano (2004)1 conceitua teoria como um con-

junto de proposições que procuram explicar os fatos da realidade prática.

Portanto, teorias são estudos elaborados a partir da observação de práticas

existentes em determinados ambientes, ou seja, hipóteses são formadas, com-

provando ou negando a existência dessas hipóteses. Por isso, afirmamos que não

existem teorias absolutas, pois precisam estar dentro de um contexto.

Pois bem! Cada teoria administrativa procura observar os diversos elementos

que conduzem pessoas a se agruparem em razão de objetivos comuns. É dentro

de cada uma dessas teorias que praticamente todos os assuntos da disciplina de

Administração estão inseridos, tais como motivação, liderança, equilíbrio organiza-

cional, dentre outros, ou seja, cada uma das teorias desenvolvidas possui utilização

atualmente em alguns de seus aspectos.

Exemplo: discorre Chiavenato (2003)2, por exemplo, que os postulados dos autores

clássicos, em especial de Taylor, apesar de todas as críticas, nunca foram total-

1
MAXIMIANO, A. C. de A. Introdução à Administração. São Paulo, Atlas: 2004.
2
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna
administração das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

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mente substituídos por outra abordagem. É o caso dos princípios da Adminis-

tração, a departamentalização, a racionalização do trabalho e a estrutura linear ou

funcional, dentre outros.

Um exemplo prático é o do administrador que considera a necessidade de adotar

o princípio da unicidade de supervisão, própria da teoria clássica de Fayol e, ao

mesmo tempo, atenta para a importância dos grupos informais sobre o desempe-

nho dos indivíduos, descrita pela teoria das relações humanas.

Vamos percorrer, portanto, diversas teorias, desde as clássicas (século XIX) até

as contemporâneas. Nesse sentido, você deve entender que muitas delas podem

possuir aspectos e postulados que subsistem até hoje.

No contexto das teorias administrativas, podemos constatar dois tipos de abor-

dagens de estudo: a abordagem prescritiva e normativa e a abordagem descri-

tiva e explicativa.

A abordagem prescritiva e normativa caracteriza-se pela preocupação em

prescrever princípios normativos que devem ser aplicados como receituário em

todas as circunstâncias para que o administrador possa ser bem-sucedido. É uma

abordagem com receitas antecipadas, soluções “enlatadas” e princípios normativos

que regem o como fazer as coisas dentro das organizações. Essa perspectiva visu-

aliza a organização como deveria funcionar em vez de explicar seu funcionamento.

É a abordagem de que se utilizam, por exemplo, as teorias clássica, das relações

humanas e neoclássica.

As teorias prescritivas e normativas compreendem duas grandes categorias:

doutrinas (princípios ou preceitos) e técnicas.

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As doutrinas recomendam como agir e contêm valores implícitos ou explícitos.

Por exemplo, a Administração Científica possui a doutrina ou princípio da eficiência

dos recursos; ainda, o movimento da qualidade possui a doutrina ou princípio da

satisfação do cliente.

As técnicas são soluções para problemas específicos. Por exemplo, o pro-

blema de estudar a eficiência de um processo pode ser resolvido com as técni-

cas do estudo de tempos e movimentos. As técnicas, em geral, agregam-se em

métodos.

Por sua vez, a abordagem descritiva e explicativa, em vez de estabelecer

como o administrador deverá lidar com as organizações, descreve, analisa e

explica as organizações, a fim de que o administrador escolha a maneira apro-

priada de lidar com elas, levando em conta sua natureza, tarefas, participantes,

problemas, situação, restrições etc., aspectos que variam intensamente.

Questão 1    (CESPE/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/APOIO TÉCNI-

CO E ADMINISTRATIVO/ADMINISTRAÇÃO/2013) Julgue o item a seguir, relativo a

administração.

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Propostas pela teoria clássica da administração, a abordagem normativa e a pres-


critiva fundamentam-se em princípios gerais de administração, como o da visão
sistêmica das organizações, formulados a partir de experimentos científicos acerca
de aspectos formais e informais da organização.

Errado.
A questão aprofunda o que estudaremos no decorrer deste assunto. Mas vale a
pena corrigir o item, para que você tenha uma ideia do que veremos adiante: “pro-
postas pela teoria clássica da administração, a abordagem normativa e a prescritiva
fundamentam-se em princípios gerais de administração, como o da visão sistêmica
das organizações, formulados a partir de experimentos científicos acerca de aspec-
tos formais e informais da organização”.
A visão sistêmica da organização é uma abordagem descritiva e explicativa, enfati-
zada na abordagem sistêmica, e não clássica. Ainda, a teoria clássica não estudou
a organização informal, mas apenas a formal.
A organização formal e a organização informal são evidenciadas na teoria estrutu-
ralista. Na verdade, essa teoria visualiza uma abordagem múltipla da teoria clás-
sica (ênfase na organização formal) e da teoria das relações humanas (ênfase na
organização informal), tentando estabelecer um estudo entre ambas as teorias.

1.2. Abordagem Clássica


1.2.1. Aspectos Gerais e Origens

A abordagem clássica da Administração possui suas origens nas consequências


geradas pela Revolução Industrial, em especial, relacionadas ao crescimento ace-
lerado e desorganizado das empresas, exigindo a substituição do empirismo e da
improvisação por algo mais científico.

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Nesse sentido, Oliveira (2008)3 elenca as principais razões do surgimento e da

consolidação da abordagem clássica, que podem ser resumidas por dois grandes

eventos e suas respectivas consequências:

• Aumento da complexidade da administração das organizações: essa si-

tuação ocorreu, principalmente, como resultado de duas realidades da época:

− crescimento muito rápido da economia e, consequentemente, das organi-

zações; e

− desorganização administrativa das organizações, como resultado do acon-

tecimento anterior;

• Busca do maior rendimento possível proporcionado pelos recursos

das organizações: essa situação, provocada, principalmente, pelo incre-

mento do nível de concorrência entre as organizações, foi gerada por três

realidades da época:

− necessidade de aumentar a eficiência e a produtividade das organizações,

as quais deveriam ser sustentadas basicamente pelas pessoas, sendo que

estas eram consideradas como simples instrumentos de produção;

− necessidade, como decorrência do item anterior, de estudar e aprimorar os

processos produtivos das organizações, analisando tarefas, tempos e mé-

todos, adequação dos maquinários etc.; e

− necessidade, como fator de influência do item anterior, de ajustar o sistema

básico de pagamento da época, o qual se relacionava ao dia de trabalho

e às peças produzidas, sendo que essa situação desmotivava os trabalha-

dores das organizações, pois estes acreditavam que seus esforços só pro-

porcionavam benefícios para os proprietários das organizações e, portanto,

não se esforçavam em suas tarefas e o nível de produtividade era baixo.

3
OLIVEIRA, D. de P. R. de. Teoria Geral da Administração. Uma abordagem prática. São Paulo:
Atlas, 2008.

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É interessante destacar que a abordagem clássica se mostra rígida, inflexível e


conservadora, porque foi concebida em uma época de estabilidade e permanência.
No entanto, em que pese essa estabilidade e permanência, não houve a harmonia
nas tratativas entre as organizações e as pessoas que nela trabalhavam, ou seja, as
relações trabalhistas se mostraram bastante limitadas. Isso ajudou as insatisfações
dos funcionários aumentarem, abrindo espaço para contestações organizadas ao
sistema por meio de movimentos sindicais.
No fim do século XIX e início do século XX, dois personagens se destacam nos
primeiros trabalhos pioneiros a respeito da Administração clássica:
• Frederick Winslow Taylor (um americano), que divulgou os postulados a
chamada Escola da Administração Científica, cuja preocupação principal
era aumentar a eficiência da organização por meio da racionalização do
trabalho operário; e
• Jules Henri Fayol Barros Zacanti (um turco), que desenvolveu a chamada
teoria clássica, preocupada em aumentar a eficiência da empresa por meio
de sua organização e da aplicação de princípios gerais da Administração em
bases científicas.

Desde logo, não podemos confundir a abordagem clássica com a teoria clássica.
Esta insere-se no contexto daquela.

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Assim, podemos dizer que Taylor e Fayol se constituem os autores principais

da chamada abordagem clássica da Administração. No entanto, outros expoentes

também contribuíram para a formação do compêndio teórico. Vejamos, portanto,

um resumo comparando essas duas orientações teóricas4:

ESCOLA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA TEORIA CLÁSSICA


Desenvolvida nos Estados Unidos, a partir dos Desenvolvida na França, com os traba-
trabalhos de Taylor. lhos pioneiros de Fayol.
Expoentes: Frederick Winslow Taylor (1856-
1915), Henry Lawrence Gantt (1861-1919), Expoentes: Henri Fayol (1841-1925),
Frank Bunker Gilbreth (1868-1924), Har- James D. Mooney, Lyndall F. Urwick
rington Emerson (1853-1931) e Henry Ford (1891-1979) e Luther Gulick.
(1863-1947).
A preocupação básica era aumentar a produ- A preocupação básica era aumentar a efi-
tividade da empresa por meio do aumento de ciência da empresa por meio da forma e
eficiência no nível operacional, isto é, no nível disposição dos órgãos componentes da
dos operários. Daí a ênfase na análise e na organização (departamentos) e de suas
divisão do trabalho do operário, uma vez que inter-relações estruturais. Daí a ênfase na
as tarefas do cargo e o ocupante constituem a anatomia (estrutura) e na fisiologia (fun-
unidade fundamental da organização. cionamento) da organização.
É uma abordagem inversa à da Adminis-
É uma abordagem de baixo para cima (do
tração Científica: de cima para baixo (da
operário para o supervisor e gerente) e das
direção para a execução) e do todo (orga-
partes (operário e seus cargos) para o todo
nização) para as suas partes componen-
(organização empresarial).
tes (departamentos).
Predominava a atenção para o método de tra- Predominava a atenção para a estru-
balho, para os movimentos necessários à exe- tura organizacional, para os elementos
cução de uma tarefa, para o tempo padrão da Administração, os princípios gerais da
determinado para sua execução. Administração e a departamentalização.

4
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administra-
ção das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

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Esse cuidado analítico e detalhista permitia a


especialização do operário e o reagrupamento
de movimentos, operações, tarefas, cargos Esse cuidado com a síntese e com a visão
etc., que constituem a chamada Organização global permitia a melhor maneira de sub-
Racional do Trabalho (ORT). Foi, acima de dividir a empresa sob a centralização de
tudo, uma corrente de ideias desenvolvida por um chefe principal. Foi uma corrente teó-
engenheiros que procuravam elaborar uma rica e orientada administrativamente.
engenharia industrial dentro de uma concep-
ção pragmática.
Ênfase nas tarefas. Ênfase na estrutura.

Um importante detalhe de prova é que, apesar de ambas as orientações (Adminis-

tração Científica e teoria clássica) possuírem a característica de centralização de

autoridade, ela é desenvolvida de forma distinta em cada uma das abordagens.

Na Escola da Administração Científica, há uma ênfase nas tarefas (divisão do

trabalho). Nesse caso, existe uma única autoridade para cada divisão de trabalho.

Na teoria clássica, há ênfase na estrutura (criação de departamentos). Ocorre

que esses departamentos precisam ter chefias, ainda que desprovidas de qualquer

autonomia na tomada de decisão. É por isso que, apesar de haver uma autoridade

central na organização, existem “chefes” em cada um desses departamentos.

No entanto (e que isso fique bem claro!), tanto a Escola de Administração Científica

quanto a teoria clássica possuem a autoridade absoluta centralizada numa figura

de topo.

Podemos afirmar que, em termos de estabilidade, a descentralização é preferível

em épocas de certeza e previsibilidade. Por sua vez, em situações de risco, crise ou

dificuldade, a autoridade é centralizada no topo, enquanto durar a emergência, e a

descentralização somente voltará quando o perigo for ultrapassado.

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Há algo mais ou menos assim:

• está tudo previsível e “dentro do esperado”: pode descentralizar, com res-

salvas;

• a coisa ficou complicada: centraliza tudo!

1.2.2. Escola da Administração Científica

A abordagem básica da Escola da Administração Científica se baseia na ên-

fase colocada nas tarefas. A preocupação inicial era eliminar o desperdício e

perdas sofridas pelas indústrias, elevando os níveis de produtividade por meio

da aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial.

Frederick Winslow Taylor (1856-1915), mentor principal dessa teoria, nas-

ceu na Filadélfia, Estado da Pensilvânia, EUA. Quando Taylor trabalhava como

engenheiro, o sistema de remuneração da época era do tipo “por peça ou por

tarefa”. Aí, havia duas situações distintas e contraditórias:

• os patrões, de um lado, procuravam ganhar o máximo na hora de fixar o

preço da tarefa;

• os empregados, para contrabalancear o preço das peças, diminuíam o rit-

mo de produção, aumentando o número de horas.

Esse cenário levou Frederick Winslow Taylor a analisar o problema da produ-

ção, buscando balancear os interesses de patrões e empregados.

Os autores costumam dividir a Escola de Administração Científica em dois

períodos.

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Primeiro Período de Taylor

Esse primeiro período corresponde à época da publicação de seu primeiro livro

Shop management (Administração das oficinas), no qual ele enfoca técnicas para

racionalização do trabalho operário, por meio de estudos de tempo e movimen-

to (motion-time study). Seu estudo começou com os operários, em que passou a

analisar cuidadosamente as tarefas de cada operário. Ele segmentou cada movi-

mento e processo de trabalho. Em seguida, Taylor procurou aperfeiçoá-los.

Uma de suas conclusões foi a de que os operários produziam muito menos do

que realmente poderiam produzir com os equipamentos disponíveis, pois mesmo

que produzissem mais, não teriam uma remuneração adicional para isso. Era pre-

ciso, então, mudar o sistema de remuneração. Nesse primeiro livro, Taylor reco-

menda que:

• o objetivo da administração é pagar salários melhores e reduzir os custos

unitários de produção;

• como forma de alcançar esse objetivo, a administração deve aplicar méto-

dos científicos de pesquisa e experimentos para formular princípios e esta-

belecer processos padronizados que permitam o controle das operações da

organização;

• os funcionários devem ser alocados em seus postos de trabalho segundo os

métodos científicos, com os recursos para realizar as suas tarefas de forma

adequada;

• eles também devem ser treinados segundo um método científico para aper-

feiçoar suas aptidões e executar as suas tarefas de forma mais eficiente;

• a administração também deve criar uma atmosfera de íntima e cordial coope-

ração com os funcionários.

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Taylor buscou aplicar os princípios tecnológicos de sua época nos processos ma-

nuais. Para fazer isso, identificava o trabalho a ser feito, segmentava o trabalho e

designava a forma correta de executar a tarefa. Em seguida, reunia as operações

na sequência em que havia o melhor rendimento. Entre as vantagens dos estudos

dos tempos e movimentos, estão:

• eliminação do desperdício de esforço e movimentos inúteis;

• racionalização da seleção dos operários e sua adaptação ao trabalho;

• facilita o treinamento e melhora a eficiência e rendimento.

Segundo Período de Taylor

Esse período é marcado pelo livro Princípios de Administração Científica, no qual

Taylor concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada

de uma estruturação geral da organização e que tornasse coerente a aplicação dos

seus princípios.

Ele, então, desenvolveu estudos sobre a Administração Geral, a qual denominou

Administração Científica, sem deixar de lado as preocupações com as tarefas ope-

rárias. Segundo Taylor, as organizações de sua época sofriam de três enfermidades:


• vadiagem sistemática dos funcionários, que reduziam a produção para apro-

ximadamente um terço da sua capacidade real, para evitar a redução das

tarifas de salários pela gerência. Havia três causas para esta vadiagem siste-

mática:

− o falso conceito de que o maior rendimento do homem e da máquina pro-

voca o desemprego;

− o sistema deficiente de administração que força os operários à ociosidade

no trabalho para proteger interesses pessoais e o receio à mudança; e

− os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas, com os quais os

operários desperdiçam grande parte de seus esforços e tempo;

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• a gerência desconhecia as rotinas de trabalho e do tempo necessário para a


sua realização;
• falta de padrão para as técnicas de métodos de trabalho.

Não é difícil perceber a imagem negativa de Taylor a respeito do ser humano.


Entretanto, ele se preocupou em criar um ambiente educativo baseado na inten-
sificação do ritmo de trabalho em busca da maior eficiência da organização. Mas é
importante estar claro que seu foco não está no ser humano, mas nas tarefas e em
como elas deviam ser realizadas.

Administração como Ciência


Segundo Taylor, a Administração deveria ser estudada de forma científica, e não
de forma empírica. A improvisação cede lugar ao planejamento, assim como o em-
pirismo cede lugar à ciência.
O lugar de destaque ocupado por Taylor se deve ao fato de ele ter sido o primei-
ro a fazer uma análise completa do trabalho, incluindo os movimentos e tempos.
Ele pregou a padronização dos modos de execução, o treinamento de funcionários,
a especialização. Em resumo, foi o primeiro a assumir uma atitude metódica ao
analisar e organizar as empresas, a qual era adotada em todas as camadas da pi-
râmide hierárquica.
Os elementos da Administração Científica podem ser assim resumidos:
• estudo de tempos e padrões de produção;
• supervisão funcional;
• padronização de máquinas, ferramentas, instrumentos e materiais;
• planejamento do desenho de tarefas e cargos;
• princípio de execução;
• prêmios de produção pela execução eficiente das tarefas;
• definição de rotina de tarefa.

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Organização Racional do Trabalho (ORT)

Taylor verificou que os funcionários obtinham o conhecimento para execução de

suas tarefas do trabalho por meio da observação de funcionários mais experientes.

Notou que esse fato resultava em diferentes métodos empregados na execução

da mesma tarefa, ou seja, sempre há técnicas e ferramentas melhores do que as

demais.

Essas técnicas e ferramentas podem ser encontradas, analisadas e aperfeiço-

adas de forma científica por meio de um estudo de tempos e movimentos, substi-

tuindo métodos empíricos por métodos científicos. Dessa forma, é possível estabe-

lecer um padrão para a organização por meio de uma pesquisa. Isso foi chamado

de Organização Racional do Trabalho (ORT).

Segundo Taylor, os operários não tinham competência nem formação ou meios

para analisar cientificamente o seu trabalho e estabelecer de forma científica o

método ou ferramenta mais eficiente. Os supervisores deixavam sob a responsabi-

lidade dos seus subordinados a escolha da melhor técnica de execução do trabalho.

Assim, na Administração Científica ocorre uma realocação e divisão das responsa-

bilidades. A gerência é responsável pelo planejamento e supervisão do trabalho dos

operários, enquanto esses se limitam à execução das tarefas.

Segundo Chiavenato (2003)5, a ORT é baseada nos seguintes princípios:

• análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos;

• estudo da fadiga humana;

• divisão do trabalho e especialização do operário;

• desenho de cargos e tarefas;

• incentivos salariais e prêmios de produção;

5
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• conceito de homo economicus (homem econômico);

• condições ambientais de trabalho, como iluminação e conforto;

• padronização de métodos e ferramentas;

• supervisão funcional.

Vejamos, com mais detalhes, alguns desses princípios norteadores da Organi-

zação Racional do Trabalho.

Divisão do Trabalho e Especialização do Funcionário

Uma das decorrências do estudo dos tempos e movimentos foi a divisão do

trabalho e a especialização dos funcionários para aumentar a produtividade. Dessa

maneira, cada funcionário passou a se especializar em uma única tarefa, ajustan-

do-se aos padrões estabelecidos das organizações.

Essa medida tirou a liberdade do funcionário em determinar a sua maneira de

trabalhar. Ele ficou confinado a uma única tarefa de execução padrão e repetitiva.

A ideia básica era de que a especialização aumentava a eficiência.

Desenho de Cargas e Tarefas

A primeira tentativa de estabelecer uma política de cargos e tarefas foi proposta

por Taylor.

Segundo ele, tarefa é toda atividade executada por uma pessoa em seu tra-

balho, constituindo-se na menor unidade dentro da divisão de trabalho de uma

organização.

Já o cargo é o conjunto de tarefas executadas de forma cíclica e repetitiva.

Assim, desenhar um cargo significa especificar as tarefas que o compõe, os

métodos de execução e a relação com os demais cargos existentes.

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A Administração Científica prega que o desenho de cargos deva ser feito de

forma simples e elementar. A ênfase nas tarefas levou os engenheiros a simplifi-

car os cargos para obter o máximo de especialização por parte de cada operário

e, consequentemente, a maior eficiência. A simplicidade facilita o treinamento dos

funcionários, pois permite que aprendam de forma rápida as suas tarefas, além de

promover o controle por parte dos supervisores.

Esse conceito foi muito aplicado em linhas de montagens; em vez de um operá-

rio realizar uma tarefa complexa, essa tarefa é decomposta em várias partes dis-

postas em uma linha de produção, em que cada uma é tratada por um funcionário.

É importante saber que o fluxo de sequência é definido, assim como o seu tempo

de execução.

Incentivos Salariais e Prêmios de Produção

Como forma de fazer o operário colaborar com os princípios idealizados, Taylor

e seus seguidores desenvolveram planos de incentivos salariais e prêmios de pro-

dução. A ideia era que os salários fixos não estimulavam uma postura colaborativa

e altamente produtiva dos operários. Ele propôs que os operários fossem remune-

rados por sua produção.

Nesse caso, é estabelecido um patamar a ser alcançado periodicamente pelos

funcionários. A produção conseguida acima da meta deve ser recompensada de

forma adicional. Com planos de prêmios de produção, Taylor procurava atender os

objetivos das empresas e dos funcionários que poderiam ganhar mais se produzis-

sem mais.

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Homo Economicus

Segundo o conceito de homem econômico, as pessoas são influenciadas pelo

salário e recompensas financeiras e materiais, ou seja, a importância está em como

ganhar a vida e não uma procura de trabalho por afinidade. Esse princípio pode ser

considerado um dos mais depreciáveis, pois tem a visão do ser humano como um

indivíduo mesquinho, limitado, preguiçoso e culpado pela ineficiência da organiza-

ção e seus desperdícios.

Condições de Trabalho

É certo que apenas a recompensa financeira não seria suficiente para obter o

máximo de produtividade dos operários. Era preciso um conjunto de condições de

trabalho que possibilitassem o aumento da produtividade, tais como:

• adequação de instrumentos de trabalho, equipamentos de produção aos pro-

cessos para minimizar o esforço do trabalho e o desperdício de tempo na

execução das tarefas;

• arranjo físico das máquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo de pro-

dução;

• melhoria do ambiente físico de trabalho, de maneira que o ruído, ventilação,

iluminação e conforte não reduzam a produtividade e eficiência do operário;

• projeto de instrumentos e equipamentos especiais para reduzir movimentos

inúteis.

Supervisão Funcional

Taylor recomenda que a autoridade de gerir os operários deva ser dividida entre

vários supervisores, sendo cada um especializado em uma área diferente. Dessa

maneira, cada supervisor tem uma autoridade funcional. A autoridade funcional

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é relativa e parcial. Essa “administração funcional” consistia, portanto, em dividir

o trabalho de maneira que cada homem tivesse que executar a menor variedade

possível de funções, independentemente de seu nível hierárquico. Sempre que pos-

sível, deveria se limitar a apenas uma função.

A supervisão funcional representa a divisão do trabalho para as funções de

chefes e de supervisores. Ela separa o planejamento mental do braçal. Essa abor-

dagem apresentou uma série de críticas, pois acreditava-se que a eficiência era

alcançada pela subordinação única.

Princípios da Administração Científica

A preocupação de racionalizar, padronizar e prescrever normas de conduta ao

administrador levou os teóricos da Administração Científica a pensar em princípios

que pudessem ser aplicados a todas as situações possíveis: abordagem prescri-

tiva e normativa6.

Um princípio é uma afirmação válida para uma determinada situação. É uma

previsão antecipada do que deverá ser feito quando ocorrer aquela situação. Den-

tre a difusão de princípios defendidos pelos autores da Administração Científica,

destacarei aqueles que sempre são cobrados em provas: os princípios da Admi-

nistração Científica de Taylor e os princípios básicos de Ford.

Para Taylor, a gerência deve seguir quatro princípios, a saber:

• princípio de planejamento: substituir no trabalho o critério individual do

operário, a improvisação e a atuação empírico-prática, por métodos baseados

em procedimentos científicos. Substituir a improvisação pela ciência por meio

do planejamento do método de trabalho;


6
A abordagem prescritiva e normativa caracteriza-se pela preocupação em prescrever princí-
pios normativos que devem ser aplicados como receituário em todas as circunstâncias para que o admi-
nistrador possa ser bem-sucedido.

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• princípio de preparo: selecionar, cientificamente, os trabalhadores de acor-

do com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e me-

lhor, conforme o método planejado. Preparar máquinas e equipamentos em

um arranjo físico e disposição racional;

• princípio do controle: controlar o trabalho para se certificar de que está

sendo executado de acordo com os métodos estabelecidos e segundo o plano

previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores para que a execução

seja a melhor possível;

• princípio da execução: distribuir atribuições e responsabilidades para que

a execução do trabalho seja disciplinada.

Como dissemos, apesar de Taylor ser o expoente principal da Administração

Científica, outros personagens contribuíram, de forma evidente, para a afirmação

dos postulados teóricos. Um desses personagens foi Henry Ford, que aplicava

seus princípios em negócios efetuados pela Ford Companhia de Motores.

Ford desenvolveu três princípios, que visavam acelerar a produção por meio de

um trabalho ritmado, coordenado e econômico – a linha de montagem:

• princípio de intensificação: diminuir o tempo de duração das atividades

com a utilização imediata dos equipamentos e matéria-prima e a rápida colo-

cação do produto no mercado;

• princípio de economicidade: reduzir, ao mínimo, o volume do estoque

da matéria-prima em transformação, fazendo com que o automóvel fosse

pago à empresa antes de vencido o prazo de pagamento dos salários e da

matéria-prima adquirida. A velocidade de produção deve ser rápida;

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• princípio de produtividade: aumentar a capacidade de produção do ho-

mem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da

linha de montagem. O operário ganha mais e o empresário tem maior produ-

ção – adaptação do conjunto de trabalhadores ao ritmo imposto pela esteira

de produção.

Outro conceito que Ford também desenvolveu foi o conceito de produção em

massa. Vamos entender isso melhor!

Inicialmente, a empresa Ford Companhia de Motores trabalhava artesanalmen-

te. Segundo estudos, o tempo total trabalhado antes de serem repetidas as mes-

mas operações de um montador da Ford chegava a 514 minutos. Nesse sistema,

cada trabalhador ficava sempre na mesma área de montagem e fazia uma parte

importante de um carro (por exemplo, colocando rodas, ou molas, ou motor) antes

de passar para o carro seguinte, que vinha até ele. Porém, era responsabilidade

do trabalhador apanhar as peças no estoque e trazê-lo até seu posto. Para cumprir

essa responsabilidade, o trabalhador tinha que ir atrás do trabalho.

A primeira providência que Ford tomou, para tornar esse processo mais eficien-

te, foi a de entregar as peças em cada posto, de onde os trabalhadores não preci-

savam mais ficar saindo. Em seguida, Ford decidiu que o montador executaria uma

única tarefa, andando de um carro para outro dentro da fábrica. Em 1913, pouco

antes de implantar a linha de montagem, o tempo médio de ciclo de cada montador

da Ford havia caído para 2,3 minutos.

No entanto, logo apareceram os problemas desse procedimento: a movimenta-

ção consumia tempo e, como os montadores tinham velocidades diferentes de tra-

balho, os mais rápidos perdiam sua eficiência quando encontravam os mais lentos

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pela frente. Nesse sentido, desenvolveu-se a essência da linha de montagem mó-

vel, na qual o produto em processo desloca-se ao longo de um percurso enquanto

os operadores ficam parados.

Assim, Ford evidenciou dois princípios da produção em massa: peças pa-

dronizadas e trabalhadores especializados.

O princípio das peças padronizadas deu origem ao controle de qualidade

(uniformidade das peças e produtos) e à redução da quantidade de peças na fabri-

cação de seus carros.

O princípio do trabalhador especializado afirmava que cada pessoa ou cada

grupo de pessoas tinha uma tarefa fixa dentro de uma etapa de um processo pre-

definido. Assim, por esse princípio, cada trabalhador atuava apenas no processo

específico que lhe fosse atribuído.

Os princípios da produção em massa podem ser assim resumidos:

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1.2.3. Escola da Teoria Clássica

A Escola da Teoria Clássica surge na França, em 1916. Essa teoria foi idealizada
por Jules Henri Fayol Barros Zacanti (1841-1925), nascido na Turquia, engenheiro
de minas na França.
O modelo da teoria clássica possui ênfase na estrutura que a organização
deve possuir para ser eficiente7. Henri Fayol criou um sistema de administração
dividido em três aspectos principais:
• a administração é uma função distinta das demais funções, como finanças,
produção e distribuição;
• a administração é um processo de planejamento, organização, comando, co-
ordenação e controle;
• o processo de administração pode ser ensinado e aprendido.

7
Ainda que a ênfase da teoria clássica (estrutura) seja distinta da Administração Científica (tarefas), ambos
os modelos buscavam a eficiência organizacional.

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Funções Básicas e Função Administrativa

Com a publicação, em 1916, do livro Administration industrielle et générale,

Fayol afirma que, em toda organização, independentemente de tamanho ou natu-

reza de suas atividades, o conjunto de todas as suas operações pode ser dividido

em seis grupos ou funções básicas, a saber:

• técnicas: relacionadas com a produção de bens ou de serviços da organi-

zação;

• comerciais: relacionadas com compra, venda e trocas;

• financeiras: relacionadas com procura e gerência de capitais;

• de segurança: relacionadas com proteção e preservação dos bens e pessoas;

• contábeis: relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e esta-

tísticas; e

• administrativas: relacionadas com a integração de cúpula das outras cinco

funções.

Como se observa, esse autor considerava que a mais importante dessas funções

era a função administrativa, pois desempenhava um papel central de integração

e coordenação das demais funções. Isso não quer dizer que a função administrati-

va se concentra exclusivamente no topo da organização; pelo contrário, se reparte

proporcionalmente por todos os níveis da hierarquia da empresa. Assim, Fayol di-

vidiu-a em outras cinco funções (chamadas de POC3):

• previsão: estabelece os objetivos da empresa, especificando a forma como

serão alcançados. Parte de uma sondagem do futuro, desenvolvendo um pla-

no de ações para tingir as metas traçadas. É a primeira das funções, já que

servirá de base diretora à operacionalização das demais;

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• organização: é a forma de coordenar todos os recursos da empresa, sejam


humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma segundo o
planejamento estabelecido;
• comando: faz com que os subordinados executem o que deve ser feito. Pres-
supõe que as relações hierárquicas estejam claramente definidas, ou seja,
que a forma como administradores e subordinados se influenciam esteja ex-
plícita, assim como o grau de participação e colaboração de cada um para a
realização dos objetivos definidos;
• coordenação: a implantação de qualquer planejamento seria inviável sem a
coordenação das atitudes e esforços de toda a empresa, almejando as metas
traçadas;
• controle: controlar é estabelecer padrões e medidas de desempenho que permi-
tam assegurar que as atitudes empregadas são as mais compatíveis com o que
a empresa espera. O controle das atividades desenvolvidas permite maximizar
a probabilidade de que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e ditadas8.

8
Contemporaneamente, as funções administrativas consideradas são as funções de planejar, organizar,
dirigir e controlar. No entanto, essas funções administrativas, hoje conhecidas, são uma evolução da
teoria clássica da Administração, idealizada por Fayol.
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Princípios Gerais da Administração

Fayol, usando uma metodologia de observação dos fatos, conduziu experimen-

tos e extraiu alguns princípios em torno de seu modelo administrativo, os chama-

dos 14 princípios gerais da Administração, os quais passo a elencar:

Consiste na especialização das tarefas e das pessoas


Divisão do trabalho
para aumentar a eficiência.
Autoridade é o direito de dar ordens e o poder de espe-
rar obediência. A responsabilidade é uma consequên-
Autoridade e responsabilidade
cia natural da autoridade e significa o dever de prestar
contas. Ambas devem estar equilibradas entre si.
Depende de obediência, aplicação, energia, comporta-
Disciplina
mento e respeito aos acordos estabelecidos.
Cada empregado deve receber ordens de apenas um
Unidade de comando
superior. É o princípio da autoridade única.
Uma cabeça e um plano para cada conjunto de ativida-
Unidade de direção
des que tenham o mesmo objetivo.
Subordinação dos interesses indivi- Os interesses gerais da empresa devem sobrepor-se
duais aos gerais aos interesses particulares das pessoas.
Deve haver justa e garantida satisfação para os empre-
Remuneração do pessoal
gados e para a organização em termos de retribuição.
Refere-se à concentração da autoridade no topo da
Centralização
hierarquia da organização.
É a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao
Cadeia escalar
mais baixo em função do princípio do comando.
Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É
Ordem
a ordem material e humana.
Amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pes-
Equidade
soal.
A rotatividade do pessoal é prejudicial para a eficiência
Estabilidade do pessoal da organização. Quanto mais tempo uma pessoa per-
manecer no cargo, tanto melhor para a empresa.
A capacidade de visualizar um plano e assegurar pes-
Iniciativa
soalmente o seu sucesso.
A harmonia e a união entre as pessoas são grandes
Espírito de equipe
forças para a organização.

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Com a teoria da Administração Científica, a teoria proposta por Fayol foi uma

das primeiras das teorias administrativas. Obviamente que apresentaria limitações

e seria superada por novos pensamentos.

Ainda assim, contribuiu muito para a formação do atual pensamento adminis-

trativo que, a partir dela, foi se desenvolvendo até chegar aos moldes da Adminis-

tração moderna.

Não obstante, algumas críticas foram observadas em relação à teoria clássica

de Fayol9.

1) Abordagem simplificada da organização formal: os autores clássicos

concebem a organização em termos lógicos, formais, rígidos e abstratos, sem con-

siderar seu conteúdo psicológico e social com a devida importância. Limitaram-se à

organização formal, estabelecendo esquemas lógicos e preestabelecidos, segundo

os quais as organizações devem ser construídas e governadas. Nesse sentido, são

prescritivos e normativos, ou seja, explicam como o administrador deve conduzir-

-se em todas as situações por meio do processo administrativo e os princípios ge-

rais que deve seguir para obter a máxima eficiência. A preocupação com as regras

do jogo é fundamental.

2) Ausência de trabalhos experimentais: a teoria clássica pretendeu ela-

borar uma ciência de administração para estudar e tratar a Administração, subs-

tituindo o empirismo e a improvisação por técnicas científicas. Porém, os autores

clássicos fundamentam seus conceitos na observação e no senso comum.

Seu método é empírico e concreto, baseado na experiência direta e no pragma-

tismo, e não confrontam a teoria com elementos de prova.

9
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 8. ed. São Paulo: Campus, 2011.

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As ideias mais importantes são catalogadas como princípios, o que provocou

críticas, pois o princípio utilizado como sinônimo de lei deve, como essa, envolver

um alto grau de regularidade e consistência, permitindo razoável previsão em sua

aplicação, tal como aconteceu nas outras ciências.

3) Extremo racionalismo na concepção da Administração: os autores

clássicos se preocupam com a apresentação racional e lógica das suas proposições,

sacrificando a clareza das suas ideias. O abstracionismo e o formalismo são critica-

dos por levarem a análise da Administração à superficialidade, à supersimplificação

e à falta de realismo.

A insistência sobre a concepção da Administração com um conjunto de princí-

pios universalmente aplicáveis provocou a denominação de Escola Universalista.

Alguns autores preferem, pelo espírito pragmático e utilitarista, a denominação

“teoria pragmática”. O pragmatismo do sistema leva-o a apelar à experiência direta

e não representativa para obter soluções aplicáveis de modo imediato.

4) Teoria da máquina: a teoria clássica também recebe a denominação de

“teoria da máquina” pelo fato de considerar a organização sob o prisma do com-

portamento mecânico de uma máquina: a determinadas ações ou causas decorrem

determinados efeitos ou consequências dentro de uma correlação determinística.

A organização deve ser arranjada tal como uma máquina. Os modelos admi-

nistrativos correspondem à divisão mecanicista do trabalho, em que a divisão do

trabalho é a mola do sistema.

A abordagem mecânica, lógica e determinística da organização foi o fator que

conduziu erradamente os clássicos à busca de uma ciência da Administração.

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5) Abordagem incompleta da organização: tal como aconteceu com a Ad-

ministração Científica, a teoria clássica preocupou-se apenas com a organização

formal, descuidando-se da organização informal. O foco na forma e a ênfase na

estrutura levaram a exageros.

A teoria da organização formal não ignorava os problemas humanos da orga-

nização, porém, não conseguiu dar um tratamento sistemático à interação entre

pessoas e grupos informais, nem aos conflitos intraorganizacionais e ao processo

decisório.

6) Abordagem de sistema fechado: a teoria clássica trata a organização

como se fosse um sistema fechado, composto de algumas variáveis perfeitamente

conhecidas e previsíveis e de alguns aspectos que são manipulados por meio de

princípios gerais e universais.

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1.3. Teoria das Relações Humanas

A teoria das relações humanas foi de encontro às ideias das escolas da aborda-

gem clássica, surgindo basicamente como um movimento de oposição e reação à

teoria clássica da Administração.

Segundo destacam Motta e Vasconcelos (2006)10, os teóricos da época consi-

deravam que o importante era aperfeiçoar os sistemas de trabalho, elaborando os

sistemas mais eficientes e racionais possíveis. Havia o pressuposto de que sistemas

perfeitos, bem ajustados e eficientes trariam por si só os bons resultados espera-

dos. Pouco a pouco, os estudos organizacionais foram mostrando que o ser humano

não é totalmente controlável e previsível e que, portanto, há sempre um certo grau

de incerteza associado à gestão de pessoa. Os estudiosos compreendendo outros

aspectos ligados à motivação e à afetividade humana começaram a perceber os

limites da regra e do controle burocrático como formas de regulação social.

Entre os anos de 1927 e 1933, o professor Elton Mayo conduziu experimentos

com grupos de trabalhadores da fábrica da Western Electric Company. O objetivo

da pesquisa era identificar o efeito da iluminação do ambiente no desempenho dos

trabalhadores. As conclusões desse estudo foram de tal importância para o pensa-

mento administrativo da época que foi considerado como o marco inicial da Escola

das Relações Humanas no trabalho.

O conceito de relações humanas nos remete ao fato de que cada pessoa pos-

sui uma personalidade própria e diferenciada que influi no comportamento e nas

atitudes das outras com quem mantém contatos e é, por outro lado, igualmente

influenciada pelas outras.


10
MOTTA, F. C. P.; VASCONCELOS, I. F. G. de. Teoria Geral da Administração. 3. ed. São Paulo: Pioneira Thom-
son Learning, 2006.

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Para a teoria das relações humanas, a motivação econômica é secundária para

determinar a eficiência do trabalhador; ou seja, as pessoas são motivadas pela

necessidade de reconhecimento, de aprovação social e participação nas atividades.

Assim, vigora na teoria das relações humanas o conceito de homem social.

A experiência de Hawthorne foi um dos trabalhos apresentados pelos au-

tores da teoria das relações humanas. Antes disso, o pensamento administrativo

estava fundamentado na teoria clássica de Taylor e Fayol11.

Uma das críticas dos autores humanistas aos autores clássicos foi justamente a

falta de atenção à existência de uma organização informal entre os trabalhadores.

Os clássicos acreditavam que o único fator que os influenciaria na produtividade

seria o salário.

Pois bem! Vamos voltar à experiência de Hawthorne.

Hawthorne é o nome de um bairro localizado na cidade americana de Chicago,

Estado de Illinois. Essa pesquisa foi realizada nesse bairro, durante cinco anos, e

se iniciou em 1927, na fábrica da Western Electric Company.

O objetivo da pesquisa era avaliar a correlação entre iluminação e eficiên-

cia dos operários, medida por meio da produção. A experiência foi coordenada

por Elton Mayo e também se estendeu a outros temas, como a fadiga, os aciden-

tes no trabalho, a rotatividade do pessoal (turnover) e o efeito das condições de

trabalho sobre a produtividade do pessoal.

11
A Escola das Relações Humanas é o grande contraponto às teorias de Taylor e Fayol, por afirmar
que o trabalho é uma atividade grupal e que os indivíduos têm motivações não econômicas (psi-
cológicas) para o trabalho.

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As conclusões sobre essa pesquisa proporcionaram os delineamentos dos prin-

cípios básicos da Escola das Relações Humanas12:

• o nível de produção é resultante da integração social: é a capacidade

social do trabalhador que determina o seu nível de competência e eficiência

e não sua capacidade de executar movimentos eficientes dentro do tempo

estabelecido;

• comportamento social dos empregados: os trabalhadores não agem ou

reagem isoladamente como indivíduos, mas como membros de grupos. Como

integrante do grupo, ao indivíduo é imposto punições sociais ou morais dos

colegas, no intuito de se ajustar aos padrões do grupo;

• recompensas e sanções sociais: o comportamento dos trabalhadores está

condicionado a normas e padrões sociais. Os operários que produziram acima

ou abaixo da norma socialmente determinada perderam o respeito e a consi-

deração dos colegas. As pessoas são avaliadas pelo grupo em relação a essas

normas e padrões de comportamento;

• grupos informais: diferentemente dos autores clássicos, que se preocu-

pavam com aspectos formais da organização, a teoria humanista concen-

trava-se nos aspectos informais da organização, como grupos informais,

comportamento social dos empregados, crenças, atitude e expectativa,

motivação;

• relações humanas: cada pessoa possui uma personalidade própria e di-

ferenciada que influi no comportamento e nas atitudes das outras com

quem mantém contatos e é, por outro lado, igualmente influenciada pelas

outras;

12
WAHRLICH, B. M. de S. Uma análise das teorias de organização. 5. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio
Vargas, 1986.

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• importância do conteúdo do cargo: apesar de não ser objetivo da pesqui-

sa, Mayo e seus colaboradores verificaram que a especialização proposta pela

teoria clássica não cria a organização mais eficiente. Houve a observação de

que os operários trocavam de posição para variar e evitar a monotonia;

• ênfase nos aspectos emocionais: os elementos emocionais não planeja-

dos e irracionais do comportamento humano merecem atenção especial da

teoria das relações humanas. Daí a denominação de sociólogos da organiza-

ção aos autores humanistas.

Assim, a teoria humanista concentrava-se nos aspectos informais da orga-

nização, como grupos informais, comportamento social dos empregados, crenças,

atitude e expectativa, motivação.

Em suma, há quatro pontos principais da teoria das relações humanas:

A qualidade do tratamento dispensado pela gerência aos trabalhadores


influencia fortemente seu desempenho, ou seja, o bom tratamento por
parte da administração, reforçando o sentido de grupo, produz bom desem-
Sistema social
penho. Esse efeito positivo do tratamento da administração sobre o desem-
penho humano ficou conhecido como o efeito de Hawthorne, por causa do
nome do experimento.
O sistema social formado pelos grupos determina o resultado do indivíduo,
Lealdade ao que pode ser mais leal ao grupo do que à administração. Alguns grupos não
grupo atingem os níveis de produção esperados pela administração porque há,
(relações com o entres seus membros, uma espécie de acordo que define uma quantidade
grupo) correta, que é menor, a ser produzida. Logo, o efeito Hawthorne não fun-
ciona em todos os casos.
Conceito de
O supervisor de primeira linha deve ser, não um controlador, mas um inter-
autoridade
mediário entre a administração superior e os grupos de trabalhos. O con-
(papel inter-
ceito de autoridade deve basear-se não na coerção, mas na cooperação e
mediário do
na coordenação.
gerente)

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Por causa da influência do sistema social sobre o desempenho individual,


Esforço coletivo a administração deve entender o comportamento dos grupos e fortalecer
(trabalho em as relações com os grupos, em vez de tratar os indivíduos como seres iso-
equipe) lados. A responsabilidade da administração é desenvolver as bases para o
trabalho em equipe, o autogoverno e a cooperação.

1.4. Teoria Neoclássica

A abordagem neoclássica nada mais é do que a redenção da teoria clássica de-

vidamente atualizada e redimensionada aos problemas administrativos atuais e ao

tamanho das organizações de hoje. Em outros termos, a teoria neoclássica repre-

senta a teoria clássica colocada em um novo figurino e dentro de um ecletismo que

aproveita a contribuição de todas as demais teorias administrativas.13

13
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 9. ed. Barueri: Ed. Manole, 2014.

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Koontz e O’Donnell (1976)14 apresentam os seguintes fundamentos da abor-

dagem neoclássica:

• a administração é um processo operacional composto por funções, como pla-

nejamento, organização, direção e controle;

• como a administração envolve uma variedade de situações organizacionais,

precisa fundamentar-se em princípios básicos que tenham valor preditivo;

• a administração é uma arte que, como a medicina ou a engenharia, deve se

apoiar em princípios universais;

• os princípios de administração, a exemplo dos princípios das ciências lógicas

e físicas, são verdadeiros;

• a cultura e o universo físico e biológico afetam o meio ambiente do adminis-

trador. Como ciência ou arte, a teoria da administração não precisa abarcar

todo o conhecimento para servir de fundamentação científica aos princípios

de administração.

Como principais características da teoria neoclássica, Chiavenato (2014)15 ci-

tas as seguintes:

• ênfase na prática da administração;

• reafirmação relativa dos postulados clássicos;

• ênfase nos princípios gerais de administração;

• ênfase nos objetivos e nos resultados;

• ecletismo nos conceitos.

14
KOONTZ, H.; O’Donnell, C. Princípios de Administração – Uma Análise das Funções Administrati-
vas. São Paulo: Pioneira, 1976.
15
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 9. ed. Barueri: Ed. Manole, 2014.

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Enquanto a Administração Científica enfatizava os métodos e a racionalização

do trabalho e a teoria clássica punha ênfase nos princípios gerais da Administração,

a teoria neoclássica considera os meios na busca da eficiência, mas enfatiza os fins

e os resultados na busca de eficácia. Há um forte deslocamento para os objetivos

e resultados.

1.4.1. Administração por Objetivos (APO)

A APO surgiu na década de 1950, por meio da publicação do livro de Peter F.

Drucker, no qual caracteriza pela primeira vez a Administração por Objetivos. A

Administração por Objetivos ou Administração por Resultados constitui um

modelo administrativo bastante difundido e plenamente identificado com o espírito

pragmático e democrático da abordagem neoclássica. Vejamos.

A Administração por Objetivos é uma técnica de direção de esforços por meio

do planejamento e controle administrativo fundamentada no princípio de que, para

atingir resultados, a organização precisa antes definir em que negócio está atuando

e aonde pretende chegar.

Inicialmente, se estabelecem os objetivos anuais da empresa, formulados na

base de um plano de objetivos a longo prazo. Escolhidos e fixados os objetivos or-

ganizacionais a serem alcançados, o próximo passo é saber como alcançá-los, isto

é, estabelecer a estratégia empresarial a ser utilizada para melhor alcançar aqueles

objetivos.

Chiavenato (1999)16 nos ensina que a Administração por Objetivos (APO) é um

estilo de administração que enfatiza o estabelecimento conjunto de objetivos tan-

gíveis, verificáveis e mensuráveis, no início de cada período, de preferência coinci-

16 CHIAVENATO, I. Administração nos novos tempos. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

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dindo com o exercício fiscal da empresa, em consonância com as metas gerais da

organização, fixadas pelos acionistas, por meio da diretoria.

A temática da interligação de objetivos departamentais apresenta uma questão

muito interessante: o apoio desses objetivos em princípios básicos diferentes.

Exemplo: uma organização de pequeno porte possui três departamentos espe-

cíficos: departamento de compras, departamento de vendas e departamento de

marketing.

Todos esses departamentos têm em comum o objetivo de tornar a empresa com-

petitiva no mercado em que atua. No entanto, o desmembramento desse objetivo

amplo em objetivos setoriais pode possuir bases diferentes.

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Por exemplo, o departamento de compras quer comprar a quantidade ideal para


que não haja custos adicionais no estoque. Já o departamento de vendas prefere
atuar com um estoque mais “folgado”, para não correr o risco de “vender sem ter”.
Conseguiu compreender?

Analisando as características da Administração por Objetivos (APO), observa-


mos tendências em que cada área da organização tem em maximizar seus ob-
jetivos, não observando os objetivos gerais, que englobam os resultados da
organização como um todo.
Nesse sentido, essa maximização de objetivos departamental é chamada de su-
bobjetivação e pode ser um esforço que anula os objetivos de outras áreas. Essas
ações levam a organização a um sistema centrífugo de esforços, segundo Chia-
venato (2001)17. O termo “centrífugo” aplicado aqui expressa uma tendência de os
objetivos departamentais se afastarem dos objetivos globais, ou seja, os esforços
mais se separam do que se conjugam, tendendo a sair do sistema.
Por sua vez, a correção desse efeito ocorre por meio do sinergismo, que seria
não a soma de objetivos, mas a multiplicação desses objetivos, ou seja, a combinação
de objetivos departamentais para o resultado de objetivos organizacionais globais.
Para facilitar, esquematizarei esses três conceitos importantes afetos à Admi-

nistração por Objetivos:

17
CHIAVENATO, I. Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

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1.5. Teoria da Burocracia

A teoria da burocracia desenvolveu-se na Administração por volta da década de

1940, adotando as concepções formuladas anteriormente pelo economista e soci-

ólogo Max Weber.

Segundo essa teoria, a burocracia é uma forma ideal de organização huma-

na que se baseia na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos – a

racionalidade – a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses

objetivos. Daí, diz-se que a teoria da burocracia se baseia na teoria do “homem

organizacional”.

Diferentemente do estruturalismo, que veremos a seguir, o modelo burocrático

focaliza somente os aspectos formais das organizações, adotando um modelo me-

canicista (com estrutura hierárquica mais rígida, funções especializadas e procedi-

mentos formais), próximo das concepções da Administração Científica de Taylor e

da teoria clássica de Fayol.

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Para Max Weber, a burocracia está alicerçada em um tripé, composto por três

características que delineiam essa teoria: a formalidade, a impessoalidade e o pro-

fissionalismo.

Formalidade: nas organizações formais, a capacidade de influenciar o com-

portamento alheio baseia-se em normas e regulamentos que estipulam qual é o

comportamento esperado, e quais são os direitos e deveres dos participantes.

Numa burocracia, o comportamento esperado de cada indivíduo está subordi-

nado a normas racionais, que definem as sanções negativas e positivas associadas

à observância ou não desse mesmo comportamento, ou seja, tem como objetivo a

racionalidade das decisões baseadas em critérios impessoais.

Impessoalidade: como consequência da formalidade, as relações entre os

integrantes das organizações burocráticas são governadas pelos cargos que eles

ocupam. As relações processam-se entre ocupantes de cargos (ou papéis), e não

entre pessoas. O indivíduo investido em determinado cargo gerencial (ou cargo

investido de autoridade) é um superior, que ocupa uma jurisdição, a qual define os

limites de seus poderes, dentro dos quais as ordens podem ser dadas e devem ser

obedecidas.

As relações se processam entre ocupantes de cargos oficialmente definidos. A

obediência não é devida a alguém pessoalmente, mas ao cargo ocupado pelo su-

perior. Como nas organizações burocráticas as relações são determinadas pelos

papéis que os cargos estabelecem para seus ocupantes, são impessoais.

Profissionalismo: na grande maioria das organizações formais e para a gran-

de maioria das pessoas, os cargos são ocupados em regime de dedicação exclusiva,

oferecendo a seus ocupantes uma carreira profissional. O membro de uma burocra-

cia é um funcionário que faz do cargo um meio de vida mediante o recebimento de

um salário regular em troca de seus serviços.

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A escolha para ocupar o cargo, em geral, deve-se às suas qualificações, que

são aprimoradas por meio de treinamento especializado, em função desse caráter

ocupacional que tem a participação das pessoas. Isso significa que são sistemas de

trabalho que fornecem a seus integrantes um meio de subsistência.

1.5.1. Características e Vantagens

A maioria das questões de provas cobram as características e vantagens dessa

abordagem. Para facilitar seu estudo, montei duas tabelas que resumem, essen-

cialmente, essas características e vantagens:

CARACTERÍSTICAS
É baseada em uma legislação própria com uma estrutura social
Caráter legal das normas
razoavelmente organizada. Dessa maneira, economizam esfor-
e regulamentos
ços e possibilitam a padronização dentro da organização.
A comunicação escrita é uma das principais peças da burocra-
Caráter formal das cia. As regras, decisões e ações administradas são formuladas
comunicações e registradas por escrito. Com exceções, a burocracia abre mão
da utilização de formulários e papelórios.
Essa divisão sistemática ocorre para estabelecer as atribuições
de cada participante, os meios de obrigatoriedade e as con-
Caráter racional e divisão
dições necessárias. Cada participante passa a ter seu cargo
de trabalho
específico, as funções específicas e a sua específica esfera de
competência e responsabilidade.

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Essa distribuição de atividades é feita de forma impessoal, ou


seja, é feita em termos de cargas e funções e não de pes-
soas envolvidas; a administração burocrática é realizada sem
Impessoalidade considerar as pessoas como pessoas, mas como ocupantes de
nas relações cargos e funções; a burocracia precisa garantir sua continui-
dade ao longo do tempo: as pessoas vêm e vão, os cargos
e funções permanecem. É garantia para o exercício isento da
função.
Estabelece os cargos segundo os princípios da hierarquia: cada
Hierarquia da autoridade cargo inferior deve estar sob controle e supervisão de um posto
superior. Nenhum cargo fica sem controle ou supervisão.
É uma organização que fixa as regras e normas técnicas para o
Rotina e procedimentos desempenho de cada cargo, cujas atividades devem ser execu-
estandardizados tadas de acordo com as rotinas e procedimentos fixados pelas
regras e normas técnicas.
É uma organização na qual a escolha das pessoas é baseada no
mérito e na competência técnica e não em preferências pesso-
ais. Esses critérios universais são racionais e levam em conta
Competência técnica e
a competência, o mérito e a capacidade do funcionamento da
meritocracia
relação ao cargo ou função considerada. Daí a necessidade de
exames, concursos, testes e titulações para a admissão para
funcionários.
Deve haver a separação entre a propriedade e a administração,
Especialização da
ou seja, os membros do corpo administracional devem estar
administração
completamente separados dos meios de produção.
É uma organização que se caracteriza pela profissionalização
de seus participantes. Cada funcionário da burocracia é um
profissional pelas seguintes razões: deve ser um especialista,
Profissionalização
um assalariado, um ocupante de cargo, ser nomeado por um
dos participantes
superior hierárquico, seu mandado será por tempo indetermi-
nado, segue carreira dentro da organização, é fiel ao cargo e se
identifica com os objetivos da empresa.
As normas e regulamentos de uma organização são estabeleci-
Completa previsibilidade do
dos para padronizar o comportamento do funcionário, a fim de
funcionamento
atingir a máxima eficiência possível.

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VANTAGENS
Racionalidade em relação ao alcance dos objetivos da organização.
Precisão na definição do cargo e na operação, pelo conhecimento exato dos deveres.
Rapidez nas decisões, pois cada um conhece o que deve ser feito e por quem, e as ordens e
papéis tramitam por meio de canais preestabelecidos.
Univocidade de interpretação garantida pela regulamentação específica e escrita. Por outro lado,
a informação é discreta, pois é fornecida apenas a quem deve recebê-la.
Uniformidade de rotinas e procedimentos que favorecem a padronização, redução de custos e de
erros, pois os procedimentos são definidos por escrito.
Continuidade da organização por meio da substituição do pessoal que é afastado. Além disso, os
critérios de seleção e escolha do pessoal baseiam-se na capacidade e na competência técnica.
Redução do atrito entre as pessoas, pois cada funcionário conhece aquilo que é exigido dele e
quais são os limites entre suas responsabilidades e as dos outros.
Constância, pois os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas mesmas circunstâncias.
Confiabilidade, pois o negócio é conduzido de acordo com regras conhecidas, sendo que grande
número de casos similares são metodicamente tratados dentro da mesma maneira sistemática. As
decisões são previsíveis e o processo decisório, por ser despersonalizado no sentido de excluir sen-
timentos irracionais, como o amor, raiva, preferências pessoais, elimina a discriminação pessoal.
Benefícios para as pessoas na organização, pois a hierarquia é formalizada, o trabalho é dividido
entre as pessoas de maneira ordenada, as pessoas são treinadas para se tomarem especialistas
em seus campos particulares, podendo encarreirar-se na organização em função de seu mérito
pessoal e competência técnica.

1.5.2. Disfunções da Burocracia

Um entendimento bastante utilizado pelas bancas é o de que a burocracia

não é entendida pelo senso popular em seu aspecto verdadeiro. O concei-

to popular de burocracia é sinônimo de estagnação, excesso de papelório, apego

dos funcionários aos regulamentos e rotinas, causando ineficiência à organiza-

ção. No entanto, para Max Weber, a burocracia é a organização eficiente por

excelência.

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Mas, é de se notar que, de fato, esses pontos negativos existem na burocracia,


mas não na sua ideia inicial. Isso acabou se tornando suas deficiências, mais co-
nhecidas como as disfunções burocráticas ou buropatologias.
Ao estudar as consequências previstas (ou desejadas) da burocracia, Robert K.
Merton18, um sociólogo americano, notou também as consequências imprevistas
(ou não desejadas) que levam à ineficiência e às imperfeições. O autor Idalberto
Chiavenato19 apresenta a sequência desse estudo. Vejamos:
• o modelo começa com a exigência de controle por parte da organização, a fim
de reduzir a variabilidade do comportamento humano a padrões previsíveis,
indispensáveis ao bom funcionamento da organização;
• essa exigência de controle enfatiza a previsibilidade do comportamento, que
é garantida por meio da imposição de normas e regulamentos. Assim, a orga-
nização estabelece os padrões de procedimentos para as pessoas, institui as
penalidades pelo não cumprimento, bem como a supervisão hierárquica para
assegurar a obediência. A ênfase sobre o cargo e a posição dos indivíduos
diminui as relações personalizadas;
• mas, a ênfase nas regras e sua forte imposição leva as pessoas a justificarem
sua ação individual;
• essa justificativa conduz a consequências imprevistas (disfunções), tais como
a rigidez no comportamento e a defesa mútua na organização;
• essas consequências não atendem às expectativas e anseios da clientela, pro-
vocando dificuldades no atendimento ao público;
• isso leva a um sentimento de defesa da ação individual, pois o burocrata não
presta contas ao cliente, mas às regras da organização e ao seu superior hie-

rárquico.

18
MERTON, R. K. Social theory and social structure. New York: Free Press, 1959.
19
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administra-
ção das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

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Assim como fiz com as características e vantagens da burocracia, vejamos uma

tabela que resume essas disfunções:

Disfunções
As normas e regulamentos passam a se transformar
de meios em objetivos.
Funcionário burocrata torna-se um especialista, não
por possuir conhecimentos de suas tarefas, mas por
Internalização das regras e
conhecer perfeitamente as normas e os regulamentos
exagerado apego aos regulamentos
que dizem respeito ao seu cargo.
Os regulamentos, meios, passam a ser os principais
objetivos do burocrata e que vislumbram a trabalhar
em função deles.
A necessidade de documentar e de formalizar todas as
comunicações na burocracia, a fim de que tudo possa
ser devidamente testemunhado por escrito, pode con-
Excesso de formalismo e papelório
duzir ao excesso de papelório.
O excesso de papelório constitui uma das mais gritan-
tes disfunções da burocracia.
Como tudo na burocracia é padronizado, previsto com
antecipação, o funcionário geralmente se acostuma
com a rotina e passa a dominar o seu trabalho com
plena segurança e tranquilidade.
Qualquer possibilidade de mudança na organização é
Resistência às mudanças
encarada como uma ameaça à sua segurança.
A mudança passa a ser indesejável e a resistência à
mudança pode ser passiva e quieta, como pode ser
ativa e agressiva, por meio de reclamações, tumultos
e greves.
A burocracia tem como característica a impessoalidade
no relacionamento entre os funcionários: enfatiza os
Despersonalização dos cargos e não as pessoas que os ocupam.
relacionamentos A despersonalização do relacionamento leva os fun-
cionários a conhecer os colegas não pelos seus nomes
pessoais, mas pelos títulos dos cargos que ocupam.

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Na burocracia, quem toma decisões em qualquer situ-


ação será aquele que possui a mais elevada categoria
hierárquica, independentemente do seu conhecimento
sobre o assunto.
Categorização como base do
Categorizar significa classificar as coisas, estereotipa-
processo decisorial
damente, a fim de lidar com elas com mais facilidade.
Quanto mais se lançar mão da categorização no pro-
cesso decisorial, menor será a procura de alternativas
diferentes de solução.
A burocracia baseia-se em rotinas e procedimentos,
como meio de garantir que as pessoas façam exata-
mente aquilo que delas se espera.
Como uma burocracia eficaz exige devoção estrita às
normas e regulamentos, essa devoção às regras e regula-
mentos conduz à sua transformação em coisas absolutas.
As regras e rotinas não são consideradas como rela-
Superconformidade às rotinas e
tivas a um conjunto de objetivos, mas passam a ser
regulamentos
absolutas e sagradas para o funcionário.
O impacto dessas exigências burocráticas sobre a
pessoa provoca profunda limitação em sua liberdade,
iniciativa, criatividade e espontaneidade, além da
incapacidade de compreender o significado de suas
próprias tarefas e atividade para a organização como
um todo.
Como a burocracia enfatiza a hierarquia, torna-se
necessário um sistema capaz de indicar quem detém
o poder.
Surge o uso intensivo de símbolos ou sinais de status,
Exibição de sinais de autoridade
como uniforme, localização da sala, do banheiro, do
estacionamento, do refeitório, do tipo de mesa etc.,
como meios de indicar quais são os principais chefes
da organização.

1.5.3. A Racionalidade do Modelo Burocrático

Segundo Max Weber, a organização burocrática viabiliza uma forma de domina-

ção racional, que possibilita o exercício da autoridade e a obediência com precisão,

continuidade e disciplina.

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Weber (1991)20 defende que a burocracia é um referencial teórico ancorado na

racionalidade (dominação racional-legal). Mas, para entendermos o tipo de domi-

nação racional, vamos entender os outros gêneros de dominação.

A dominação tradicional (sociedade tradicional) ocorre na situação em

que a obediência se dá por motivos de hábito; tal comportamento já faz parte dos

costumes e está enraizada na cultura da sociedade. Para Weber, toda dominação

tradicional tende ao patrimonialismo.

Exemplo: os filhos obedecem aos pais por uma relação de fidelidade há muito

estabelecida e respeitada.

A dominação carismática (sociedade carismática) sustenta-se pela crença

dos subordinados nas qualidades dos superiores. Essas qualidades podem ser na-

turais ou sobrenaturais.

Exemplo: liderança destacada de membro de uma equipe por suas capacidades

técnicas e conceituais ou uma liderança religiosa que arrebata multidões.

A dominação racional-legal (sociedade legal) refere-se à submissão cole-

tiva a um conjunto de regras formalmente definidas e aceitas por todos os inte-

grantes. Essas regras determinam a quem se deve obedecer. Essa opção é a que

descreve corretamente a concepção weberiana de autoridade burocrática.

Exemplo: empregado que recebe ordens de um superior, de acordo com cláusulas

de contrato assinado.

20
WEBER, M. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Editora da
Universidade de Brasília, vol. I, 1991.

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1.6. Teoria Estruturalista

Ao contrário da teoria da burocracia, que apenas focava nos aspectos estru-

turais da organização, a teoria estruturalista, além da estrutura, buscava estudar

também o ambiente e as pessoas, sendo considerada, assim, um desdobramento

ou evolução da burocracia.

A teoria estruturalista surgiu por volta da década de 1950, como um desdobra-

mento dos autores voltados para a teoria da burocracia que tentaram conciliar as

teses propostas pela teoria clássica e pela teoria das relações humanas.

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Segundo Chiavenato (2003)21, o estruturalismo ampliou o estudo das interações

entre os grupos sociais – iniciado pela teoria das relações humanas – para o das

interações entre as organizações sociais. Da mesma forma como os grupos sociais

interagem entre si, também interagem entre si as organizações.

A teoria estruturalista baseou-se no conceito de homem organizacional. O homem

é visto como um ser organizacional que desempenha papéis em diferentes organi-

zações, que se inter-relacionam, a fim de alcançar os objetivos próprios.

A teoria estruturalista apresenta uma concepção mais eclética do que a teoria

burocrática. Assim, por exemplo, enquanto a teoria burocrática enfatiza os aspec-

tos intraorganizacionais, a teoria estruturalista introduz os estudos sobre o ambien-

te, dando relevância, também, aos aspectos interorganizacionais.

A organização formal e a organização informal são evidenciadas nessa

teoria. Na verdade, o estruturalismo visualiza uma abordagem múltipla da teoria

clássica (ênfase na organização formal) e da teoria das relações humanas (ênfase

na organização informal), tentando estabelecer um estudo entre ambas as teorias.

No fundo, a ideia de integração dos elementos em uma totalidade, como apre-

goa o estruturalismo, é a mesma ideia básica que sustenta a teoria dos sistemas:

a compreensão da interdependência recíproca das organizações e da consequente

necessidade de integração. A própria palavra sistema dá ideia de plano, método,

ordem, organização (WAHRLICH, 1986)22.

21
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administra-
ção das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
22
WAHRLICH, B. M. de S. Uma análise das teorias de organização. 5. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio
Vargas, 1986.

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1.6.1. Uso do Poder pelas Organizações

Uma das balizas do estruturalismo é a relação de poder existente nas or-

ganizações. Para os estruturalistas, o poder é visto como a habilidade de uma

pessoa induzir outra a aceitar suas ordens. Para que o poder exercido seja exe-

cutado, é necessário que a organização distribua recompensas e obrigações, por

meio da relação entre duas ou mais pessoas. Assim, na teoria estruturalista,

aquele que detém o poder manipula meios, tais como gratificações de tipo

físico, material e simbólico, de tal maneira que os subordinados se comportem de

acordo com suas diretivas.

Ainda, quanto maior for o envolvimento, maior será a probabilidade de que os

participantes inferiores aceitem as normas e valores da organização ou dos seus

representantes. Assim, para a teoria estruturalista, indivíduos que respondem ao

poder tendem a se comportar de forma irrefutável, ou seja, sem contestação.

O alemão Amitai Etzioni destacou-se como um dos autores mais importantes

da teoria estruturalista. A tipologia de organizações de Etzioni (1964)23, destacada

em seu livro Organizações modernas, relata as conclusões de sua pesquisa sobre

os diferentes tipos de organizações, com base no uso do poder e no significado da

obediência:

• organizações coercitivas: o poder é imposto pela força física ou contro-

le baseados em prêmios ou punições. Essa tipologia utiliza a força como

principal controle sobre os participantes de nível inferior. São exemplos as

prisões e as instituições penais;

23
ETZIONI, A. Modern Organizations. Englewood Cliffs, N.J.: Prentice-Hall, 1964.

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• organizações utilitárias: o poder se baseia no controle dos incentivos

econômicos. Utilizam a remuneração como base principal de controle. Os

participantes de nível inferior contribuem para a organização com um envolvi-

mento calculativo, baseado nos benefícios que esperam obter. São exemplos

dessa tipologia as empresas e o comércio;

• organizações normativas: o poder se baseia no consenso sobre objetivos

e métodos da organização. Utilizam o controle moral como principal influência

sobre os participantes, porque eles têm elevado envolvimento moral e motiva-

cional. As organizações normativas são chamadas voluntárias, incluindo, den-

tre outras, igrejas, universidades, hospitais e organizações políticas e sociais.

1.6.2. Conflitos e Dilemas Organizacionais

Entre as diversas contribuições dadas pelos autores estruturalistas, destaca-se

a afirmação de que os conflitos organizacionais não são disfuncionais, mas, sim,

processos sociais fundamentais, propulsores da mudança e do desenvolvimento.

Esses conflitos têm origem nos interesses e racionalidades divergentes dos grupos,

gerando tensões e dilemas que não podem ser eliminados, pois são inerentes às

relações de produção e constituintes da dinâmica organizacional.

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Nesse sentido, Chiavenato (2003)24 afirma que os estruturalistas discordam de


que haja harmonia de interesses entre patrões e empregados (como afirmava a
teoria clássica) ou de que essa harmonia deva ser preservada pela administração
por meio de uma atitude compreensiva e terapêutica (como afirmava a teoria das
relações humanas). Ambas essas teorias punham fora de discussão o problema do
conflito em decorrência do seu caráter prescritivo.
Assim, para os estruturalistas, os conflitos, embora nem todos desejáveis, são
elementos geradores das mudanças e da inovação na organização.

1.6.3. Tipologia de Blau e Scott

A abordagem da organização, na teoria estruturalista, considera a organização


formal e a organização informal. Dentre os diversos conflitos organizacionais apre-
sentados pela teoria estruturalista, destacam-se os três dilemas básicos na organi-
zação formal de Blau e Scott25:
• dilema entre coordenação e comunicação livre:
− para desempenhar suas funções, as organizações exigem uma coordena-
ção eficiente e uma eficaz solução dos problemas administrativos. A coor-
denação – seja interdepartamental ou interpessoal – é dificultada quando
se permite a livre comunicação entre as partes envolvidas;
− a livre comunicação introduz novas soluções não previstas para a adequada
coordenação;
− os escalões hierárquicos proporcionam coordenação eficiente, mas, por ou-
tro lado, restringem o fluxo de comunicações, impedindo a solução criativa
dos problemas;

24
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna
administração das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
25
BLAU, P. H; SCOTT, R. Organizações formais. São Paulo: Atlas, 1977.

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− os processos de livre comunicação proporcionam um desempenho superior


dos indivíduos tomados isoladamente quando em atividades de solução
de problemas, porém um desempenho inferior dos indivíduos agrupados
quando a atividade é de coordenação;
− as exigências de coordenação e de comunicação livre são conflitantes entre si;
• dilema entre disciplina burocrática e especialização profissional:
− há uma oposição entre os princípios que governam o comportamento burocrá-
tico e os que governam o comportamento profissional. Os princípios burocrá-
ticos estão ligados aos interesses da organização, enquanto os princípios pro-
fissionais se referem às normas técnicas e aos códigos de ética da profissão;
− o especialista profissional representa os interesses de sua profissão, en-
quanto o burocrata representa os da organização;
− a autoridade do profissional se baseia no conhecimento da especialização
técnica, enquanto a autoridade do burocrata se baseia em um contrato legal;
− enquanto o profissional decide com base em padrões profissionais e universais,
o burocrata decide com base em diretrizes estabelecidas pela organização;
− quando uma decisão de um profissional não é bem-aceita, tal julgamento
cabe à associação e aos seus colegas de profissão, enquanto em uma deci-
são do burocrata o julgamento final cabe à administração da organização;
− há um dilema entre a orientação cosmopolita dos profissionais e a orien-
tação local e paroquial dos burocratas. O dilema ocorre por três motivos:
o porque as organizações modernas têm de empregar tanto profissionais
quanto burocratas;
o porque o trabalho dos profissionais vem sendo cada vez mais realizado
dentro das organizações burocráticas; e
o porque as atividades dentro das burocracias estão se tornando mais pro-
fissionalizadas;

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• dilema entre a necessidade de planejamento centralizado e a neces-


sidade de iniciativa individual:
− as organizações enfrentam o avanço tecnológico por meio de um esforço
criador para crescer e sobreviver;
− o destino das organizações depende da iniciativa e da criatividade individual;
− porém, a necessidade de planejamento e de controle é vital para a organi-
zação, de um lado, embora tenda a inibir a iniciativa e a criatividade indi-
vidual, por outro;
− quanto maior o planejamento centralizado, tanto menor a iniciativa e a
criatividade individual e vice-versa.

Esses três dilemas organizacionais são manifestações do dilema maior entre ordem
e liberdade. Tais dilemas são responsáveis pelo desenvolvimento das organizações.
Assim, no processo de resolver problemas antigos, novos problemas são criados e a
experiência obtida na decisão contribuirá para a busca de soluções de novos problemas,
tornando o desenvolvimento organizacional um processo essencialmente contínuo.

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1.7. Teoria Comportamental

A abordagem comportamental, apesar de ter seu início com a obra de Herbert

Alexander Simon, possui outros importantes expoentes que merecem destaques:

Chester Barnard, Douglas McGregor, Rensis Likert, Chris Argyris, Abraham Maslow,

Frederick Herzberg e David McClelland. Observe o quadro:

AUTOR INFLUÊNCIA NA TEORIA COMPORTAMENTAL


Herbert Alexander Simon Processo decisório.
Chester Barnard Organização como um sistema social cooperativo.
Douglas McGregor Proposições sobre a liderança.
Abraham Maslow Proposições sobre a motivação humana.
Frederick Herzberg Proposições sobre a motivação humana.
David McClelland Proposições sobre a motivação humana.
Rensis Likert Sistemas de administração e proposições sobre a liderança.
Chris Argyris Conflito entre objetivos organizacionais e objetivos individuais.

Pelo quadro exposto, podemos perceber que vários temas podem ser objetos de

cobranças em provas. No entanto, por questões de didática, não abordarei, aqui,

temas sobre processo decisório, liderança e motivação, pois serão tratados em ca-

pítulos próprios, ok?

Assim, enfatizarei apenas aspectos sobre a própria teoria comportamental. Va-

mos lá?

A teoria comportamental, também chamada de teoria behaviorista (do termo

inglês behavior, que significa comportamento ou conduta), enfoca a abordagem

das ciências do comportamento nos estudos da Administração.

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A escola comportamental abandona as posições prescritivas e normativas das

teorias anteriores (teorias clássica, das relações humanas e da burocracia), ado-

tando, agora, posições explicativas e descritivas26.

Para Chiavenato (2014)27, as origens da teoria comportamental da Administra-

ção são as seguintes:

• a oposição ferrenha e definitiva da teoria das relações humanas (com sua

profunda ênfase nas pessoas) em relação à teoria clássica (com sua profunda

ênfase nas tarefas e na estrutura organizacional) caminhou lentamente para

um segundo estágio: a teoria comportamental. Essa passou a representar

uma nova tentativa de síntese da teoria da organização formal com o enfoque

das relações humanas;

• a teoria comportamental representa um desdobramento da teoria das relações

humanas, com a qual se mostra eminentemente crítica e severa. Ainda que

compartilhe alguns dos seus conceitos fundamentais, utilizando-os apenas

como pontos de partida ou de referência e reformulando-os profundamente,

a teoria comportamental rejeita as concepções “ingênuas e românticas” da

teoria das relações humanas;

• a teoria comportamental critica a teoria clássica, havendo autores que veem

no behaviorismo uma verdadeira antítese à teoria da organização formal, aos

princípios gerais de Administração, ao conceito de autoridade formal e à po-

sição rígida e mecanística dos autores clássicos;

26
A abordagem descritiva e explicativa, em vez de estabelecer como o administrador deverá lidar com as
organizações, descreve, analisa e explica as organizações, a fim de que o administrador escolha
a maneira apropriada de lidar com elas.
27
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 9. ed. Barueri: Manole, 2014.

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• com a teoria comportamental, deu-se a incorporação da sociologia da buro-

cracia, ampliando o campo da teoria administrativa. Também com relação à

teoria da burocracia, a teoria comportamental mostra-se muito crítica, prin-

cipalmente no que se refere ao “modelo de máquina” que aquela adota para

representar a organização;

• em 1947, surgiu um livro que marcou o início da teoria comportamental na

administração, O comportamento administrativo, de Herbert A. Simon. O livro

é um ataque aos princípios da teoria clássica e a aceitação – com os devidos

reparos e correções – das principais ideias da teoria das relações humanas. O

livro marca o início da teoria das decisões.

É fato que o desempenho da organização, em sentido amplo, depende, em

muito, do comportamento das pessoas e não apenas da eficiência das técnicas

administrativas. A abordagem comportamental possui enfoque nas necessidades,

interesses e sentimentos das pessoas que trabalham nas organizações.

Assim, podemos listar como principais características da teoria comporta-

mental:

• a ênfase nas pessoas;

• a preocupação com o comportamento organizacional e os processos de tra-

balho;

• o estudo do comportamento humano.

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RESUMO

A abordagem prescritiva e normativa caracteriza-se pela preocupação em

prescrever princípios normativos que devem ser aplicados como receituário em

todas as circunstâncias.

A abordagem descritiva e explicativa, em vez de estabelecer como o ad-

ministrador deverá lidar com as organizações, descreve, analisa e explica as

organizações.

A abordagem clássica da Administração possui suas origens nas consequên-

cias geradas pela Revolução Industrial, em especial, relacionadas ao crescimento

acelerado e desorganizado das empresas.

A abordagem básica da Escola da Administração Científica se baseia na ên-

fase colocada nas tarefas. Possuía como objetivo básico aumentar a produtividade

da organização. Sua abordagem é de baixo para cima. Predominância de método

de trabalho, movimentos necessários e tempo padrão para a execução das tarefas.

Predomina a ideia do homem econômico.

O modelo da teoria clássica possui ênfase na estrutura que a organização

deve possuir para ser eficiente. Divide a organização em seis grupos ou funções bá-

sicas: técnicas, comerciais, financeiras, de segurança, contábeis e adminis-

trativas. Divide a função administrativa em: previsão, organização, comando,

coordenação e controle.

A teoria das relações humanas surge como um movimento de oposição e

reação à teoria clássica da Administração.

Tem como principal expoente o professor Elton Mayo, que conduziu experi-

mentos com grupos de trabalhadores da fábrica da Western Electric Company, re-

sultando na experiência de Hawthorne.

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A teoria humanista concentrava-se nos aspectos informais da organização,

como grupos informais, comportamento social dos empregados, crenças, atitude e

expectativa, motivação, possuindo quatro pontos principais: (1) sistema social, (2)

relações com o grupo, (3) conceito de autoridade e (4) trabalho em equipe.

Vigora na teoria das relações humanas o conceito de homem social.

A abordagem neoclássica é o redesenho e atualização da teoria clássica de-

vidamente atualizada e redimensionada aos problemas administrativos atuais e ao

tamanho das organizações de hoje.

A abordagem neoclássica apresenta a administração como um processo ope-

racional composto por funções, como planejamento, organização, direção e

controle. A Administração é uma arte que deve se apoiar em princípios universais.

A Administração por Objetivos é uma técnica de direção de esforços por meio

do planejamento e controle administrativo fundamentada no princípio de que, para

atingir resultados, a organização precisa antes definir em que negócio está atuando

e aonde pretende chegar.

A teoria da burocracia desenvolveu-se adotando as concepções formuladas pelo

economista e sociólogo Max Weber.

A burocracia é uma forma ideal de organização humana que se baseia na ade-

quação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos: a racionalidade. Essa

teoria se baseia na concepção do homem organizacional.

A burocracia adota estrutura hierárquica mais rígida, funções especializadas e

procedimentos formais. Está alicerçada em um tripé: formalidade, impessoalidade

e profissionalismo.

A organização burocrática viabiliza uma forma de dominação racional, que

possibilita o exercício da autoridade e a obediência com precisão, continuidade e

disciplina.

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A teoria estruturalista, além da estrutura, buscava estudar também o am-

biente e as pessoas, sendo considerada, assim, um desdobramento ou evolução

da burocracia. Surge para tentar conciliar as teses propostas pela teoria clássica e

pela teoria das relações humanas.

A teoria estruturalista baseou-se no conceito de homem organizacional. O

homem é visto como um ser organizacional que desempenha papéis em diferentes

organizações, que se inter-relacionam, a fim de alcançar os objetivos próprios.

A organização formal e a organização informal são evidenciadas nessa teoria.

Uma das balizas do estruturalismo é a relação de poder existente nas or-

ganizações. Para os estruturalistas, o poder é visto como a habilidade de uma

pessoa induzir outra a aceitar suas ordens.

O alemão Amitai Etzioni destacou-se como um dos autores mais importantes

da teoria estruturalista.

A teoria comportamental (teoria behaviorista, do termo inglês behavior)

enfoca a abordagem das ciências do comportamento nos estudos da Adminis-

tração. Adota posições explicativas e descritivas.

A teoria comportamental representa um desdobramento da teoria das rela-

ções humanas, com a qual se mostra eminentemente crítica e severa. Também

critica a teoria clássica, em especial, a teoria da organização formal, os princípios

gerais de Administração, o conceito de autoridade formal e a posição rígida e me-

canística dos autores clássicos.

Em 1947, surgiu um livro que marcou o início da teoria comportamental na Ad-

ministração: O comportamento administrativo, de Herbert A. Simon.

São as principais características da teoria comportamental: a ênfase nas

pessoas; a preocupação com o comportamento organizacional e os processos de

trabalho; e o estudo do comportamento humano./

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QUESTÕES DE CONCURSO

Questão 1    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉC-

NICO E ADMINISTRATIVO/GESTÃO DE PESSOAS/2008) A abordagem proposta

por Taylor defendia que fossem priorizados na administração o empirismo e a

prática, dando ênfase, desse modo, ao pragmatismo da ponta da linha e ao co-

nhecimento já existente nos trabalhadores.

Questão 2    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNI-

CO E ADMINISTRATIVO/GESTÃO DE PESSOAS/2008) Atualmente, não há mais

espaço para a utilização da teoria proposta por Taylor, em nenhum de seus as-

pectos.

Questão 3    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉC-

NICO E ADMINISTRATIVO/GESTÃO DE PESSOAS/2008) A liderança centrada

nas pessoas foi uma preocupação teórica de Taylor, que defendia a ideia de que

resultados só podiam ser obtidos por intermédio das pessoas.

Questão 4    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉC-

NICO E ADMINISTRATIVO/GESTÃO DE PESSOAS/2008) Um órgão público, que

preconize o respeito ao canal de comunicação e impeça cada setor de acessar

outros níveis organizacionais diferentes dos que se encontrem hierarquicamen-

te logo acima e logo abaixo, respeitando a autoridade única do nível acima,

estará de acordo com os pressupostos de Fayol em seus princípios gerais da

administração no que tange à unidade de comando.

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Questão 5    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO

E ADMINISTRATIVO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2009) Segundo Fayol, a ad-

ministração representa parte muito importante no controle de, de todos os empre-

endimentos, grandes ou pequenos, industriais, comerciais, políticos, religiosos ou

outros. Fayol criou um sistema no qual a administração era a pedra fundamental

da organização. O sistema colocava o foco na aceitação e adesão a seis diferentes

funções administrativas, sabendo que essas funções administrativas envolvem os

elementos do administrador, ou seja, as funções do administrador.


Daniel Goleman. Biblioteca da gestão: textos fundamentais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007
(com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue o item a seguir.

De acordo com a teoria proposta por Fayol, são funções administrativas as ativida-

des técnicas, comerciais, sociais, financeiras, contábeis e administrativas.

Questão 6    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO

E ADMINISTRATIVO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2009) Segundo Fayol, a ad-

ministração representa parte muito importante no controle de, de todos os empre-

endimentos, grandes ou pequenos, industriais, comerciais, políticos, religiosos ou

outros. Fayol criou um sistema no qual a administração era a pedra fundamental

da organização. O sistema colocava o foco na aceitação e adesão a seis diferentes

funções administrativas, sabendo que essas funções administrativas envolvem os

elementos do administrador, ou seja, as funções do administrador.


Daniel Goleman. Biblioteca da gestão: textos fundamentais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007
(com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue o item a seguir.

Segundo Fayol, são exemplos de elementos da administração ou funções do admi-

nistrador: prever, organizar, coordenar, controlar e comandar.

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Questão 7    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/PLANEJAMENTO/

ADMINISTRAÇÃO/2016) Com relação à evolução da administração, julgue o item a

seguir.

Conforme a teoria clássica da administração, o ato de administrar compreende pre-

ver ou planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar, e as funções básicas

das organizações são as seguintes: técnicas, comerciais, financeiras, de segurança,

contábeis e administrativas.

Questão 8    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO

E ADMINISTRATIVO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2009) Segundo Fayol, a ad-

ministração representa parte muito importante no controle de, de todos os empre-

endimentos, grandes ou pequenos, industriais, comerciais, políticos, religiosos ou

outros. Fayol criou um sistema no qual a administração era a pedra fundamental

da organização. O sistema colocava o foco na aceitação e adesão a seis diferentes

funções administrativas, sabendo que essas funções administrativas envolvem os

elementos do administrador, ou seja, as funções do administrador.


Daniel Goleman. Biblioteca da gestão: textos fundamentais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007
(com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue o item a seguir.

A organização que adota a especialização das tarefas e das pessoas para aumentar

a sua eficiência vai ao encontro de um dos princípios gerais da administração pro-

postos por Fayol.

Questão 9    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNI-

CO E ADMINISTRATIVO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2009) Segundo Fayol, a

administração representa parte muito importante no controle de, de todos os em-

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preendimentos, grandes ou pequenos, industriais, comerciais, políticos, religiosos

ou outros. Fayol criou um sistema no qual a administração era a pedra fundamental

da organização. O sistema colocava o foco na aceitação e adesão a seis diferentes

funções administrativas, sabendo que essas funções administrativas envolvem os

elementos do administrador, ou seja, as funções do administrador.


Daniel Goleman. Biblioteca da gestão: textos fundamentais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007
(com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue o item a seguir.

A abordagem em que está contida a teoria proposta por Fayol é a ideal para a ad-

ministração de uma organização em um cenário de mudanças e instabilidade.

Questão 10    (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STF/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPE-

CIALIDADE”/2008) Com relação aos conceitos e aplicações gerais da administração,

julgue o item.

Na abordagem clássica da administração, manifestaram-se diferentes posições

acerca da centralização e da descentralização da autoridade. Defende-se, entretan-

to, a centralização em situações de mudança e de incerteza, e a descentralização

em situações de risco e de crise.

Questão 11    (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-MS/ADMINISTRATIVA/2013) Uma

organização pública que se estruture de modo a privilegiar a ênfase nas tarefas, na

descrição clara dos processos, na previsibilidade, na premiação de empregados me-

diante remuneração variável, sem atentar muito para aspectos de autorrealização

dos colaboradores, de meritocracia ou características do ambiente, alinha-se aos

princípios da teoria da administração denominada

a) relações humanas.

b) contingencial.

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c) burocrática.

d) sistêmica.

e) Administração Científica.

Questão 12    (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT-5ª REGIÃO/APOIO ESPECIALIZA-

DO/MEDICINA DO TRABALHO/2008) Acerca de ergonomia, julgue o item a seguir.

A principal diferença entre as teorias de Henry Ford e F. W. Taylor é que, enquanto

o primeiro valorizava a inteligência do trabalhador, o segundo afirmava que ele de-

veria deixá-la junto com seu chapéu, ao entrar na fábrica.

Questão 13    (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/TCE-RO/2013) No que se refere à

administração geral, julgue o item a seguir.

As ideias e princípios propostos por Winslow Taylor, que liderou o movimento da

Administração Científica, não são empregados atualmente, devido à evolução das

relações de trabalho, aos avanços tecnológicos e aos novos modelos de gestão.

Questão 14    (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT-17ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/

”SEM ESPECIALIDADE”/2013) Em relação aos fundamentos da administração de

recursos humanos, julgue o item a seguir.

O movimento da Administração Científica originado com as experiências de Fre-

derick W. Taylor e Henri Fayol objetivou proporcionar fundamentação científica às

atividades administrativas, substituindo a especialização e o profissionalismo.

Questão 15    (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT-17ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/

”SEM ESPECIALIDADE”/2013) Em relação aos fundamentos da administração de

recursos humanos, julgue o item a seguir.

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Fayol fundamentava sua experimentação na racionalização do trabalho a partir da

simplificação das tarefas, sem se preocupar com a qualidade do produto final e com

o aumento da produção.

Questão 16    (CESPE/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/CONTRO-

LE EXTERNO/ADMINISTRAÇÃO/2016) Acerca das teorias de administração, julgue

o item a seguir.

Em consonância com o posicionamento de Max Weber, a teoria de administração

clássica valoriza a burocracia e preza pela eficiência e pelo atendimento humaniza-

do às demandas do cidadão.

Questão 17    (CESPE/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/CONTRO-

LE EXTERNO/ADMINISTRAÇÃO/2016) Acerca das teorias de administração, julgue

o item a seguir.

A teoria clássica de administração baliza-se nos princípios da unidade de comando,

de amplitude de controle e da divisão do trabalho. Nesse sentido, em uma empresa

em que o trabalho realizado deva ser reportado sempre ao supervisor imediato e

ao diretor do setor, a fim de garantir que a análise de desempenho seja feita sob

perspectivas diferenciadas, tem-se um exemplo da observância do princípio da uni-

dade de comando.

Questão 18    (CESPE/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/CONTRO-

LE EXTERNO/ADMINISTRAÇÃO/2016) Julgue o item, relativo às funções adminis-

trativas.

Tanto na teoria clássica quanto na Administração Científica, a análise da estrutura

organizacional é realizada da direção para a execução (de cima para baixo) e da

síntese para a própria análise (do todo para as partes).

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Questão 19    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/ADMINISTRATI-

VA/ADMINISTRAÇÃO/2016) Acerca da evolução da administração pública no Brasil

e das abordagens da administração, desde a abordagem clássica até a contingen-

cial, julgue o item a seguir.

O princípio da divisão do trabalho, estabelecido pela escola clássica, consiste na

criação de uma unidade de comando e uma unidade de direção para cada equipe

de trabalho.

Questão 20    (CESPE/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/SEDF/ADMINISTRA-

ÇÃO/2017) A respeito da administração e seus preceitos fundamentais conforme a

literatura de Administração Científica, julgue o item a seguir.

Os pressupostos teóricos da Administração Científica visam contribuir diretamente

para a maior eficiência dos processos produtivos, incluindo a redução dos custos

de produção.

Questão 21    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO

E ADMINISTRATIVO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2009) Julgue o próximo item,

a respeito do comportamento humano nas organizações, das teorias de motivação

e do comprometimento e da satisfação com o trabalho.

Na experiência de Hawthorne, pôde-se perceber que as organizações informais en-

tre grupos possuem força potencialmente mais poderosa do que lhe era atribuída

no passado.

Questão 22    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/ADMINISTRATI-

VA/ADMINISTRAÇÃO/2016) Acerca da evolução da administração pública no Brasil

e das abordagens da administração, desde a abordagem clássica até a contingen-

cial, julgue o item a seguir.

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No contexto das relações de trabalho, uma das contribuições da escola das relações

humanas é a constatação do efeito positivo decorrente do investimento da adminis-

tração no desempenho humano.

Questão 23    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/PLANEJAMENTO/AD-

MINISTRAÇÃO/2016) Com relação à evolução da administração, julgue o item a seguir.

A teoria das relações humanas foi pioneira ao considerar, na administração das organi-

zações, a importância da integração social dos empregados, a importância do conteúdo

do cargo para os trabalhadores e a atenção a formas de recompensas não materiais.

Questão 24    (CESPE/ADMINISTRADOR/MJ/2013) Com relação às abordagens da

administração, da clássica à contingencial, julgue o item a seguir.

A Teoria das Relações Humanas é marcada pela introdução da aplicação de uma

abordagem mais humanística na administração das organizações, em que seu foco

são as pessoas, e não as tarefas.

Questão 25    (CESPE/ADMINISTRADOR/SUFRAMA/2014) Considerando a evolução

da administração, julgue o item a seguir.

Um dos princípios da abordagem humanística da administração evidencia a impor-

tância da diversidade de conteúdos dos cargos na satisfação e motivação no traba-

lho devido à quebra da monotonia.

Questão 26    (CESPE/ADMINISTRADOR/SUFRAMA/2014) Considerando a evolução

da administração, julgue o item a seguir.

Ao formular um programa de ação abrangente de toda a organização e coordenar

esforços gerais das unidades organizacionais, teóricos da escola de relações huma-

nas contribuíram para a estruturação das funções e dos processos da administração

com foco na realização de objetivos.

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Questão 27    (CESPE/TÉCNICO EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL/ÁREA 2/2012)

A propósito das principais abordagens teóricas acerca da administração, julgue o

item subsequente.

Segundo os pressupostos da escola das relações humanas, que se contrapõem às

teorias de Taylor e Fayol, o trabalho é uma atividade grupal, sendo os indivíduos

motivados psicologicamente, e não economicamente, para o trabalho.

Questão 28    (CESPE/ADMINISTRADOR/PF/2014) A respeito da evolução da admi-

nistração pública, julgue o item seguinte.

A partir da teoria da Administração Científica, o papel da organização informal pas-

sou a ser reconhecido nas teorias clássicas da administração.

Questão 29    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/PLANEJAMENTO/

ADMINISTRAÇÃO/2016) Com relação à evolução da administração, julgue o item a

seguir.

A teoria das relações humanas foi pioneira ao considerar, na administração das

organizações, a importância da integração social dos empregados, a importância

do conteúdo do cargo para os trabalhadores e a atenção a formas de recompensas

não materiais.

Questão 30    (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT-7ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/”-

SEM ESPECIALIDADE”/2017) O objetivo dos estudos de Hawthorne, que deram

origem à Escola das Relações Humanas, era

a) determinar, por meio de métodos científicos, a tarefa ideal a ser desempenhada

pelo operário conforme o seu perfil.

b) promover melhores condições de trabalho para os operários nas fábricas.

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c) demonstrar o impacto das condições físicas do local de trabalho na produtivida-

de dos operários.

d) identificar o tipo de estrutura formal da empresa capaz de contribuir para a qua-

lidade de vida dos trabalhadores.

Questão 31    (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-GO/ADMINISTRATIVA/2015) Jul-

gue o próximo item, referente a administração geral e pública.

Um gestor que se utiliza da administração por objetivos deve fixar as metas orga-

nizacionais em conjunto com seus subordinados, buscando interligar os objetivos

departamentais, mesmo que vários desses objetivos estejam apoiados em princí-

pios básicos diferentes entre si.

Questão 32    (CESPE/TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO

E ADMINISTRATIVO/TÉCNICA ADMINISTRATIVA/2015) Em relação aos conceitos

gerais e à importância da administração, julgue o item a seguir.

A eficiência dos processos produtivos, o combate ao desperdício, a administração

como processos e a eficiência do modo burocrático de organização são ideias pre-

conizadas pela escola neoclássica da administração.

Questão 33    (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-RS/ADMINISTRATIVA/”SEM ES-

PECIALIDADE”/2003) As atividades organizacionais dependem de algumas funções

essenciais para se chegar à eficácia, ou seja, a resultados desejados pela organiza-

ção. O planejamento e o controle são funções gerenciais que auxiliam intensamen-

te no crescimento da organização. Nesse sentido, julgue o item abaixo.

Uma das principais características da administração por objetivos refere-se à ênfa-

se dada à determinação participativa das metas.

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Questão 34    (CESPE/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/CON-

TROLE EXTERNO/ADMINISTRAÇÃO/2016) Acerca das teorias de administração,

julgue o item a seguir.

Na administração por objetivos, os administradores e seus subordinados, após

identificarem objetivos em comum, formularem metas de forma consensual e par-

ticipativa e discutirem a atribuição das suas responsabilidades de acordo com os

resultados esperados, serão avaliados em consonância com o alcance desses ob-

jetivos.

Questão 35    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/ADMINISTRATI-

VA/ADMINISTRAÇÃO/2016) A respeito de aspectos inerentes ao planejamento,

julgue o item.

Na administração por objetivos, convém estabelecerem-se objetivos verificáveis e

mensuráveis nos níveis estratégico, tático e operacional, com o propósito de con-

trolar e motivar as pessoas a alcançarem resultados.

Questão 36    (CESPE/PRIMEIRO-TENENTE/PM-CE/2014) Quanto à teoria geral da

administração, julgue o item seguinte.

A administração por objetivos baseia-se na aplicação prática do processo de pla-

nejar, organizar, executar e controlar.

Questão 37    (CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/ANS/2013) Com relação ao

processo de planejamento, julgue o item que se segue.

A organização que utiliza a administração por objetivos terá como resultados uma

hierarquia de objetivos que liga objetivos de um nível a outro; pois o método de

trabalho funciona simultaneamente de cima para baixo e de baixo para cima.

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Questão 38    (CESPE/ADMINISTRADOR/FUB/2015) Acerca do processo administra-

tivo, julgue o próximo item.

Definir, por parte dos superiores hierárquicos, os objetivos de desempenho dos

subordinados, interligar os objetivos departamentais, dar ênfase ao controle dos

resultados e avaliar permanentemente os planos de trabalho são etapas específicas

da administração por objetivos.

Questão 39    (CESPE/ANALISTA/FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Julgue o item

seguinte, relativo ao processo de planejamento administrativo e às funções que o

compõem.

O estabelecimento de objetivos que possam ser mensurados e desdobrados para os

diversos níveis de uma organização caracteriza um dos benefícios da administração

por objetivos.

Questão 40    (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/ADMINISTRAÇÃO/2017) Jul-

gue o item, relativo ao processo administrativo de organizações públicas.

A administração por objetivos pressupõe que estes sejam idealizados pelos subor-

dinados de forma coletiva, e posteriormente sejam validados pelos superiores, que

realizam um processo de filtragem de acordo com seu próprio julgamento.

Questão 41    (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/ADMINISTRATIVA/2018) Acerca

das funções da administração e da atuação dos gestores em organizações contem-

porâneas, julgue o item a seguir.

Na administração por objetivos, definem-se metas para cada departamento ou in-

divíduo e adotam-se planos de ação inalteráveis para garantir o alcance das metas

organizacionais, sejam qualitativas, sejam quantitativas.

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Questão 42    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNI-

CO E ADMINISTRATIVO/GESTÃO DE PESSOAS/2008) Frederick Winslow Taylor foi

o primeiro expert norte-americano em racionalização e eficiência no trabalho. Seu

ideário de administração, embora seja do início do século passado, foi o primeiro

“manifesto revolucionário” sobre o redesenho de processos de trabalho visando

aumentos radicais de produtividade e é, de longe, o mais bem-sucedido de todos

até hoje.

As pressões geradas pelo aumento da competição no mundo globalizado a partir do

final do século XX fizeram que a busca frenética de aumentos em eficiência passas-

se a ser a prioridade número um de todo executivo. No entanto, ao contrário do que

dão a entender propostas modernas, supostamente revolucionárias, o tema não é

novo: surgiu em 1911 com a promessa de, já naquela época, alterar para valer as

concepções predominantes no mundo do trabalho. Naquela época, não havia ne-

nhum pensamento por trás do ato de trabalhar. Trabalho era ação pura; trabalha-

va-se apenas. Não havia metodologia, só força bruta. Os gerentes limitavam-se a

estabelecer cotas de produção, não se preocupavam com processos. Era só “o que”,

não “como”. O taylorismo é o germe de todas as propostas que vieram depois para

formatar racionalmente o ato de se produzir qualquer coisa. Gerar resultados por

intermédio de pessoas. Administrar.


Clemente Nóbrega. Taylor superstar. In: Exame, 24/9/1997 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue o item relativo a abordagens

teóricas da administração.

De acordo com o texto em apreço, a busca por maior eficiência e produtividade nas

organizações é uma tônica em diversas teorias da administração. Nesse sentido,

uma das vantagens destacadas por Max Weber na abordagem burocrática é a ra-

pidez nas decisões.

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Questão 43    (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/TCE-RO/2013) No que se refere à

administração geral, julgue o item a seguir.

Segundo Max Weber, a organização burocrática viabiliza uma forma de dominação

racional, que possibilita o exercício da autoridade e a obediência com precisão,

continuidade e disciplina.

Questão 44    (CESPE/TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO

E ADMINISTRATIVO/TÉCNICA ADMINISTRATIVA/2015) Considerando as diversas

escolas e teorias da administração, julgue o item.

A teoria da burocracia, proposta por Max Weber, sustentada pelo tripé racionalida-

de, impessoalidade e profissionalismo, tem como principais objetivos a eficiência, a

eficácia e a efetividade dos processos organizacionais.

Questão 45    (CESPE/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ADMINISTRAÇÃO/2010)

Acerca das características básicas das organizações formais modernas, julgue o

item a seguir.

O modelo organizacional racional preconiza a adequação dos meios aos fins, base

da teoria da burocracia, a qual se apoia no entendimento de que as pessoas podem

ser pagas para agir e se comportar de maneira preestabelecida.

Questão 46    (CESPE/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2012) Julgue o item seguinte,

referente a administração e processo administrativo.

Se adotar a abordagem burocrática, o gestor, com o objetivo de definir as futuras

promoções na organização, avaliará seus subordinados considerando aspectos re-

lacionados ao mérito.

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Questão 47    (CESPE/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/PC-DF/2013) No que se refere à abor-

dagem burocrática da administração, julgue o item abaixo.

A burocracia é compreendida como uma maneira de organização humana baseada

na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos pretendidos, a fim

de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos.

Questão 48    (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Considerando as

abordagens da administração, julgue o item subsequente.

O modelo burocrático de organização, em que predominam as rotinas e procedi-

mentos estabelecidos nos cargos, constitui referencial de gestão em que as pesso-

as fazem o que lhes é imposto e não o que preferem.

Questão 49    (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Considerando

aspectos do comportamento organizacional e da gestão de pessoas, julgue o pró-

ximo item.

A gestão de pessoas nas organizações burocráticas busca a manutenção do equi-

líbrio entre objetivos pessoais e objetivos organizacionais, uma vez que é pautada

na reciprocidade entre a adaptação da pessoa ao trabalho e vice-versa.

Questão 50    (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/MDIC/2014) Julgue o

item a seguir, relativo à evolução da administração e ao processo administrativo.

Uma organização que valoriza seus colaboradores mediante a promoção daqueles

mais competentes, avaliados em função do desempenho ou da titulação acadêmi-

ca, adota os pressupostos da teoria burocrática.

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Questão 51    (CESPE/AUDITOR DO ESTADO/CAGE-RS/2018) De acordo com as


concepções iniciais de Max Weber, são características da burocracia
a) o excesso de regras, a subjetividade e o mecanicismo.
b) o individualismo, os registros escritos e a estrutura orgânica.
c) a racionalidade, o compromisso profissional e a hierarquia de autoridade.
d) a divisão do trabalho, a flexibilidade organizacional e a previsibilidade.
e) a informalidade das comunicações, a impessoalidade e o profissionalismo.

Questão 52    (CESPE/ADMINISTRADOR/MTE/2008) A respeito das teorias adminis-


trativas e da dinâmica das organizações, julgue o item.
A teoria estruturalista contempla uma abordagem múltipla, envolvendo tanto a or-
ganização formal como a organização informal.

Questão 53    (CESPE/PRIMEIRO-TENENTE/PM-CE/2014) Quanto à teoria geral da


administração, julgue o item seguinte.
Conforme a teoria estruturalista, as recompensas materiais constituem a melhor
fonte de motivação para os funcionários.

Questão 54    (CESPE/ANALISTA/FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Com relação


às abordagens administrativas que abrangem desde a teoria clássica até a contin-
gencial, julgue o item a seguir.
A teoria estruturalista, voltada ao estudo das organizações formais, surgiu da ne-
cessidade de eliminar as distorções e limitações do modelo burocrático.

Questão 55    (CESPE/ANALISTA DE CONTROLE/TCE-PR/ADMINISTRAÇÃO/2016) A


respeito das características das teorias da administração, da abordagem clássica à
contingencial, assinale a opção correta.
a) Os princípios gerais e universais de administração são reforçados na teoria da
contingência, por serem utilizados conforme a exigência do contexto.

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b) A incerteza, a mudança e a inovação, com ênfase no ambiente, são caracterís-

ticas da teoria comportamental.

c) As interações entre organização formal e informal, organização e ambiente ex-

terno, flexibilidade e ajustamento caracterizam abordagens da teoria estruturalista.

d) O estabelecimento de métodos de trabalho e incentivos, com ênfase nas tarefas,

é característico da administração clássica.

e) O desenho organizacional, a departamentalização e a organização formal, com

ênfase na estrutura, são características da Administração Científica.

Questão 56    (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STJ/APOIO ESPECIALIZADO/PSICO-

LOGIA/2012) Considerando as mudanças ocorridas nas organizações e no mundo

do trabalho, bem como as formas de análise das organizações de trabalho, julgue

o item que se segue.

O esgotamento do modelo taylorista-fordista de produção provocou o surgimento

de novas formas de gestão e organização do trabalho, que levam em consideração

aspectos como comprometimento, envolvimento e participação crítica dos empre-

gados.

Questão 57    (CESPE/TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO

E ADMINISTRATIVO/TÉCNICA ADMINISTRATIVA/2015) Em relação aos conceitos

gerais e à importância da administração, julgue o item a seguir.

Atualmente, a abordagem da administração é predominantemente comportamen-

tal, com as pessoas representando o foco de conhecimento, informação, decisão,

ação e avaliação das atividades da empresa.

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Questão 58    (CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/ANATEL/2012) Acerca da

evolução da administração, das reformas administrativas do Estado brasileiro e

da gestão pública, julgue o item a seguir.

Em contraposição à abordagem clássica da administração, o enfoque compor-

tamental situa as pessoas como elemento fundamental para a organização,

possuindo duas abordagens principais: as pessoas como indivíduos e como

membros de grupos.

Questão 59    (CESPE/ANALISTA/FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Julgue o

item seguinte, relativo aos objetivos, desafios e características da gestão de

pessoas.

A escola comportamental busca analisar o impacto do comportamento humano

nas organizações.

Questão 60    (CESPE/ANALISTA/FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Julgue o

item seguinte, relativo aos objetivos, desafios e características da gestão de

pessoas.

Na abordagem comportamental, prevalece a concepção de que organização é

um sistema social fechado no qual o foco de análise são os indivíduos e os gru-

pos informais.

Questão 61    (CESPE/ANALISTA/FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Julgue o

item seguinte, relativo aos objetivos, desafios e características da gestão de

pessoas.

A perspectiva da escola comportamental ainda permanece em construção na

área de estudos administrativos e organizacionais, apesar do histórico de estu-

dos dessa escola voltados à compreensão da relação do homem com o trabalho.

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Questão 62    (CESPE/ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES/TELE-

BRAS/ANALISTA SUPERIOR/ADMINISTRATIVO/2015) Com relação à evolução da

administração e a seu papel no contexto público, julgue o item que se segue.

No início do século passado, a escola clássica da administração foi sobreposta pela

escola comportamental, a qual estuda a relação entre colaborador e trabalho.

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GABARITO

1. E 22. C 43. C

2. E 23. C 44. E

3. E 24. C 45. C

4. C 25. C 46. C

5. E 26. E 47. C

6. C 27. C 48. C

7. C 28. E 49. E

8. C 29. C 50. C

9. E 30. c 51. c

10. E 31. C 52. C

11. e 32. E 53. E

12. E 33. C 54. C

13. E 34. C 55. c

14. E 35. C 56. C

15. E 36. C 57. C

16. E 37. C 58. C

17. E 38. E 59. C

18. E 39. C 60. E

19. E 40. E 61. C

20. C 41. E 62. E

21. C 42. C

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GABARITO COMENTADO

Questão 1    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉC-

NICO E ADMINISTRATIVO/GESTÃO DE PESSOAS/2008) A abordagem proposta

por Taylor defendia que fossem priorizados na administração o empirismo e a

prática, dando ênfase, desse modo, ao pragmatismo da ponta da linha e ao co-

nhecimento já existente nos trabalhadores.

Errado.

Segundo Taylor, a Administração deveria aplicar métodos científicos de pesqui-

sa e experimentos (observação e mensuração) para formular princípios

e estabelecer processos padronizados que permitam o controle das operações

fabris, ou seja, Taylor considerava que os princípios empíricos deveriam ser

substituídos pelas observações (práticas).

Corrobora ainda o erro do item uma passagem de outro livro seu (The principies

of scientific management), em que o autor afirma que os métodos empíricos

utilizados nas empresas eram ineficientes, com os quais o operário des-

perdiçava grande parte de seu esforço e tempo.

Questão 2    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNI-

CO E ADMINISTRATIVO/GESTÃO DE PESSOAS/2008) Atualmente, não há mais

espaço para a utilização da teoria proposta por Taylor, em nenhum de seus as-

pectos.

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Errado.

Como vimos, os postulados dos autores clássicos, em especial de Taylor, apesar de

todas as críticas, nunca foram totalmente substituídos por outra abordagem. É o

caso dos princípios da Administração, a departamentalização, a racionalização do

trabalho e a estrutura linear ou funcional.

Questão 3    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO

E ADMINISTRATIVO/GESTÃO DE PESSOAS/2008) A liderança centrada nas pessoas

foi uma preocupação teórica de Taylor, que defendia a ideia de que resultados só

podiam ser obtidos por intermédio das pessoas.

Errado.

A liderança centrada nas pessoas foi uma preocupação difundida, inicialmente,

pela abordagem das relações humanas, e não uma preocupação teórica de

Taylor.

Enfim, o fato é que Taylor não tinha em suas premissas básicas a preocu-

pação com as pessoas, mas, sim, com a produção.

Questão 4    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO

E ADMINISTRATIVO/GESTÃO DE PESSOAS/2008) Um órgão público, que preconize

o respeito ao canal de comunicação e impeça cada setor de acessar outros níveis

organizacionais diferentes dos que se encontrem hierarquicamente logo acima e

logo abaixo, respeitando a autoridade única do nível acima, estará de acordo com

os pressupostos de Fayol em seus princípios gerais da administração no que tange

à unidade de comando.

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Certo.

Estamos a tratar do princípio da unidade de comando, no qual cada empregado deve

receber ordens de apenas um superior. É o princípio da autoridade única.

Questão 5    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO

E ADMINISTRATIVO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2009) Segundo Fayol, a ad-

ministração representa parte muito importante no controle de, de todos os empre-

endimentos, grandes ou pequenos, industriais, comerciais, políticos, religiosos ou

outros. Fayol criou um sistema no qual a administração era a pedra fundamental

da organização. O sistema colocava o foco na aceitação e adesão a seis diferentes

funções administrativas, sabendo que essas funções administrativas envolvem os

elementos do administrador, ou seja, as funções do administrador.


Daniel Goleman. Biblioteca da gestão: textos fundamentais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007
(com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue o item a seguir.

De acordo com a teoria proposta por Fayol, são funções administrativas as ativida-

des técnicas, comerciais, sociais, financeiras, contábeis e administrativas.

Errado.

Segundo Fayol, as funções básicas da empresa eram as funções técnicas, co-

merciais, financeiras, de segurança, contábeis e administrativas. Esse autor

considerava que a mais importante era a função administrativa, pois desempenha-

va um papel central de integração e coordenação das demais funções.

Portanto, corrigindo o item: “de acordo com a teoria proposta por Fayol, são fun-

ções administrativas (básicas) as atividades técnicas, comerciais, sociais (de segu-

rança), financeiras, contábeis e administrativas”.

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Questão 6    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO


E ADMINISTRATIVO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2009) Segundo Fayol, a ad-
ministração representa parte muito importante no controle de, de todos os empre-
endimentos, grandes ou pequenos, industriais, comerciais, políticos, religiosos ou
outros. Fayol criou um sistema no qual a administração era a pedra fundamental
da organização. O sistema colocava o foco na aceitação e adesão a seis diferentes
funções administrativas, sabendo que essas funções administrativas envolvem os
elementos do administrador, ou seja, as funções do administrador.
Daniel Goleman. Biblioteca da gestão: textos fundamentais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007
(com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue o item a seguir.


Segundo Fayol, são exemplos de elementos da administração ou funções do admi-
nistrador: prever, organizar, coordenar, controlar e comandar.

Certo.
Segundo Fayol, as funções do administrador são:
• prever: estabelecer os objetivos da empresa, especificando a forma como
serão alcançados;
• organizar: coordenar todos os recursos da empresa, alocando-os da melhor
forma segundo o planejamento estabelecido;
• comandar: fazer com que os subordinados executem o que deve ser feito;
• coordenar: coordenar as atitudes e esforços de toda a empresa, almejando
as metas traçadas;
• controle: estabelecer padrões e medidas de desempenho que permitam as-
segurar que as atitudes empregadas são as mais compatíveis com o que a
empresa espera.

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Questão 7    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/PLANEJAMENTO/

ADMINISTRAÇÃO/2016) Com relação à evolução da administração, julgue o item a

seguir.

Conforme a teoria clássica da administração, o ato de administrar compreende pre-

ver ou planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar, e as funções básicas

das organizações são as seguintes: técnicas, comerciais, financeiras, de segurança,

contábeis e administrativas.

Certo.

Mais uma para fixar!

Segundo Fayol, as funções básicas da empresa eram as funções técnicas, comer-

ciais, financeiras, de segurança, contábeis e administrativas. Ainda, esse autor

considerava que a mais importante era a função administrativa, que se dividia em

outras cinco funções (chamadas de POC3): previsão, organização, comando, coor-

denação e controle.

Questão 8    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO

E ADMINISTRATIVO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2009) Segundo Fayol, a ad-

ministração representa parte muito importante no controle de, de todos os empre-

endimentos, grandes ou pequenos, industriais, comerciais, políticos, religiosos ou

outros. Fayol criou um sistema no qual a administração era a pedra fundamental

da organização. O sistema colocava o foco na aceitação e adesão a seis diferentes

funções administrativas, sabendo que essas funções administrativas envolvem os

elementos do administrador, ou seja, as funções do administrador.


Daniel Goleman. Biblioteca da gestão: textos fundamentais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007
(com adaptações).

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Tendo o texto acima como referência inicial, julgue o item a seguir.

A organização que adota a especialização das tarefas e das pessoas para aumentar

a sua eficiência vai ao encontro de um dos princípios gerais da administração pro-

postos por Fayol.

Certo.

Trata-se do princípio da divisão do trabalho (Fayol): divisão das tarefas entre os

membros da equipe, objetivando a especialização das tarefas e das pessoas para

aumentar a eficiência.

Questão 9    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO

E ADMINISTRATIVO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2009) Segundo Fayol, a ad-

ministração representa parte muito importante no controle de, de todos os empre-

endimentos, grandes ou pequenos, industriais, comerciais, políticos, religiosos ou

outros. Fayol criou um sistema no qual a administração era a pedra fundamental

da organização. O sistema colocava o foco na aceitação e adesão a seis diferentes

funções administrativas, sabendo que essas funções administrativas envolvem os

elementos do administrador, ou seja, as funções do administrador.


Daniel Goleman. Biblioteca da gestão: textos fundamentais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007
(com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue o item a seguir.

A abordagem em que está contida a teoria proposta por Fayol é a ideal para a ad-

ministração de uma organização em um cenário de mudanças e instabilidade.

Errado.

A abordagem clássica mostra-se rígida, inflexível e conservadora, pois foi concebi-

da em uma época de estabilidade e permanência (início do século XX).

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Questão 10    (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STF/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPE-

CIALIDADE”/2008) Com relação aos conceitos e aplicações gerais da administra-

ção, julgue o item.

Na abordagem clássica da administração, manifestaram-se diferentes posições

acerca da centralização e da descentralização da autoridade. Defende-se, entretan-

to, a centralização em situações de mudança e de incerteza, e a descentralização

em situações de risco e de crise.

Errado.

Desde logo, corrigirei a afirmativa: “na abordagem clássica da administração, ma-

nifestaram-se diferentes posições acerca da centralização e da descentralização

da autoridade. Defende-se, entretanto, a centralização (descentralização) em

situações de mudança e de incerteza, e a descentralização (centralização) em

situações de risco e de crise”.

Vimos que tanto a Escola de Administração Científica quanto a teoria clássica pos-

suem a autoridade absoluta centralizada numa figura de “topo”.

Assim, o erro mais evidente é que, em termos de estabilidade, a descentraliza-

ção é preferível em épocas de certeza e previsibilidade. Por sua vez, em si-

tuações de risco, crise ou dificuldade, a autoridade é centralizada no topo,

enquanto durar a emergência, e a descentralização somente voltará quando o pe-

rigo for ultrapassado.

Questão 11    (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-MS/ADMINISTRATIVA/2013) Uma

organização pública que se estruture de modo a privilegiar a ênfase nas tarefas,

na descrição clara dos processos, na previsibilidade, na premiação de empregados

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mediante remuneração variável, sem atentar muito para aspectos de autorrealiza-

ção dos colaboradores, de meritocracia ou características do ambiente, alinha-se

aos princípios da teoria da administração denominada

a) relações humanas.

b) contingencial.

c) burocrática.

d) sistêmica.

e) Administração Científica.

Letra e.

A abordagem básica da Escola da Administração Científica se baseou na ênfase co-

locada nas tarefas. Frederick Winslow Taylor, quando trabalhava como engenheiro,

adotava o sistema de remuneração, por peça ou por tarefa. Os patrões procu-

ravam ganhar o máximo na hora de fixar o preço da tarefa. Para contrabalancear

o preço das peças, os funcionários diminuíam o ritmo de produção. Esse cenário

levou Taylor a analisar o problema da produção, buscando balancear os interesses

de patrões e empregados.

Assim, como forma de fazer o operário colaborar com os princípios idealiza-

dos, Taylor e seus seguidores desenvolveram planos de incentivos salariais e

prêmios de produção. A ideia era que os salários fixos não estimulavam uma

postura colaborativa e altamente produtiva dos operários. Ele propôs que os

operários fossem remunerados por sua produção. Taylor procurava atender

os objetivos das empresas e dos funcionários que poderiam ganhar mais se pro-

duzissem mais.

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a) Errada. A teoria das relações humanas surge da necessidade de corrigir a ten-

dência à desumanização do trabalho advinda dos princípios da abordagem clássica.

Nesse contexto, essa teoria aplica os novos conceitos das ciências humanas aplica-

das às organizações industriais.

b) Errada. O modelo contingencial salienta que não há nada de absoluto nas orga-

nizações, ou seja, tudo varia de acordo com as situações.

c) Errada. As principais características da burocracia de Max Weber podem ser

assim resumidas:

• caráter legal das normas e regulamentos;

• caráter formal das comunicações;

• caráter racional das comunicações;

• impessoalidade nas relações;

• hierarquia de autoridade;

• rotinas e procedimentos padronizados;

• competência técnica e meritocracia;

• especialização da administração;

• profissionalização dos participantes; e

• completa previsibilidade do funcionamento.

Tais características, por excessividade e pouca flexibilidade, não consideram aspec-

tos como a remuneração variável (baseada no desempenho) e também não levam

em conta as diversidades do ambiente em que se inserem.

d) Errada. A abordagem sistêmica se baseia na compreensão da dependência

recíproca de todas as disciplinas, ou seja, a integração sistemática entre diversas

disciplinas.

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Questão 12    (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT-5ª REGIÃO/APOIO ESPECIALIZA-

DO/MEDICINA DO TRABALHO/2008) Acerca de ergonomia, julgue o item a seguir.

A principal diferença entre as teorias de Henry Ford e F. W. Taylor é que, enquanto

o primeiro valorizava a inteligência do trabalhador, o segundo afirmava que ele de-

veria deixá-la junto com seu chapéu, ao entrar na fábrica.

Errado.

Tanto Ford quanto Taylor pensaram a Administração a partir da base produtiva, ou

seja, o que fazer para aumentar a produção da fábrica com mudanças no processo

produtivo e técnicas específicas de trabalho. Não havia a preocupação, por par-

te de ambos, em valorizar a inteligência do trabalhador.

Resumindo:

• Ford: organização do processo produtivo;

• Taylor: eficiência do trabalho operacional.

Questão 13    (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/TCE-RO/2013) No que se refere à

administração geral, julgue o item a seguir.

As ideias e princípios propostos por Winslow Taylor, que liderou o movimento da

Administração Científica, não são empregados atualmente, devido à evolução das

relações de trabalho, aos avanços tecnológicos e aos novos modelos de gestão.

Errado.

Cada uma das teorias desenvolvidas possui utilização, atualmente, em al-

guns de seus aspectos.

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Questão 14    (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT-17ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/


”SEM ESPECIALIDADE”/2013) Em relação aos fundamentos da administração de
recursos humanos, julgue o item a seguir.
O movimento da Administração Científica originado com as experiências de Fre-
derick W. Taylor e Henri Fayol objetivou proporcionar fundamentação científica às
atividades administrativas, substituindo a especialização e o profissionalismo.

Errado.
Pelo contrário, um dos elementos centrais da Administração Científica foi a divisão
do trabalho e especialização do funcionário, como decorrência do estudo dos
tempos e movimentos, dividindo-se o trabalho e a especialização dos funcionários
para aumentar a produtividade, ou seja, a Administração Científica era uma escola
embasada na especialização e no profissionalismo.

Questão 15    (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT-17ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/


”SEM ESPECIALIDADE”/2013) Em relação aos fundamentos da administração de
recursos humanos, julgue o item a seguir.
Fayol fundamentava sua experimentação na racionalização do trabalho a partir da
simplificação das tarefas, sem se preocupar com a qualidade do produto final e com
o aumento da produção.

Errado.
Eliminar o desperdício de esforço, procurando racionalizar as tarefas e eliminar os
movimentos inúteis, são pressupostos coerentes com a abordagem clássica da Ad-
ministração (Fayol).
Perceba, portanto, que qualidade do produto final e aumento da produção eram
pressupostos dessa teoria. Daí o erro do item.

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Questão 16    (CESPE/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/CONTRO-

LE EXTERNO/ADMINISTRAÇÃO/2016) Acerca das teorias de administração, julgue

o item a seguir.

Em consonância com o posicionamento de Max Weber, a teoria de administração

clássica valoriza a burocracia e preza pela eficiência e pelo atendimento humaniza-

do às demandas do cidadão.

Errado.

De fato, a teoria de Administração clássica valoriza a burocracia e preza pela efi-

ciência, nesses aspectos, em consonância com o posicionamento de Max Weber.

Isso é porque a teoria clássica possui seus primórdios teóricos datados de 1916,

enquanto Weber apresenta o modelo burocrático em 1909 (vamos ver essa teoria

mais adiante).

No entanto, o erro do item está na segunda afirmação, pois não se destaca

como característica da teoria de Administração clássica o atendimento humanizado

às demandas do cidadão. A abordagem clássica está fundamentada no conceito

de homem econômico, que visualiza o homem como motivado exclusivamente por

recompensas financeiras e econômicas.

Da mesma forma, o modelo burocrático aplicado à gestão pública é ritualístico, fun-

dado em normas e procedimentos, ou seja, um modelo voltado para si, e não para

as demandas do cidadão (modelo gerencial de administração pública).

Questão 17    (CESPE/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/CONTRO-

LE EXTERNO/ADMINISTRAÇÃO/2016) Acerca das teorias de administração, julgue

o item a seguir.

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A teoria clássica de administração baliza-se nos princípios da unidade de comando,

de amplitude de controle e da divisão do trabalho. Nesse sentido, em uma empresa

em que o trabalho realizado deva ser reportado sempre ao supervisor imediato e

ao diretor do setor, a fim de garantir que a análise de desempenho seja feita sob

perspectivas diferenciadas, tem-se um exemplo da observância do princípio da uni-

dade de comando.

Errado.

Recordando:

• o princípio da unidade de comando determina que cada empregado deve

receber ordens de apenas um superior. É o princípio da autoridade única;

• o princípio da amplitude de controle refere-se ao fato de quantas pessoas

cada administrador pode dirigir com eficiência e eficácia. Quanto maior a am-

plitude de controle, menor o número de níveis hierárquicos (estrutura mais

achatada);

• o princípio da divisão do trabalho consiste na especialização das tarefas e

das pessoas para aumentar a eficiência.

Assim, se em uma empresa o trabalho realizado deve ser reportado sempre ao su-

pervisor imediato e ao diretor do setor, não há a aplicação do princípio da unidade

de comando, mas de dualidade de comando.

Questão 18    (CESPE/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/CONTRO-

LE EXTERNO/ADMINISTRAÇÃO/2016) Julgue o item, relativo às funções adminis-

trativas.

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Tanto na teoria clássica quanto na Administração Científica, a análise da estrutura

organizacional é realizada da direção para a execução (de cima para baixo) e da

síntese para a própria análise (do todo para as partes).

Errado.

A banca inverteu as características!

A abordagem da Administração Científica é uma abordagem de baixo para cima

(do operário para o supervisor e gerente) e das partes (operário e seus cargos)

para o todo (organização empresarial). Daí a ênfase na análise e na divisão do tra-

balho do operário.

Já na teoria clássica, há abordagem inversa à da Administração Científica, ou seja,

de cima para baixo (da direção para a execução) e do todo (organização) para as

suas partes componentes (departamentos). Daí a ênfase na anatomia (estrutura)

e na fisiologia (funcionamento) da organização.

Questão 19    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/ADMINISTRATI-

VA/ADMINISTRAÇÃO/2016) Acerca da evolução da administração pública no Brasil

e das abordagens da administração, desde a abordagem clássica até a contingen-

cial, julgue o item a seguir.

O princípio da divisão do trabalho, estabelecido pela escola clássica, consiste na

criação de uma unidade de comando e uma unidade de direção para cada equipe

de trabalho.

Errado.

Divisão do trabalho, unidade de comando e unidade de direção são princípios distin-

tos da abordagem clássica, e não sinônimos, como denota a afirmação do item.

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Questão 20    (CESPE/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/SEDF/ADMINISTRAÇÃO/

2017) A respeito da administração e seus preceitos fundamentais conforme a litera-

tura de Administração Científica, julgue o item a seguir.

Os pressupostos teóricos da Administração Científica visam contribuir diretamente

para a maior eficiência dos processos produtivos, incluindo a redução dos custos

de produção.

Certo.

A Administração Científica possuía ênfase nas tarefas, buscando a eliminação do

desperdício, a ociosidade operária e a redução dos custos de produção, com a fina-

lidade de garantir uma melhor relação custo/benefício aos sistemas produtivos das

organizações.

Questão 21    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO

E ADMINISTRATIVO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2009) Julgue o próximo item,

a respeito do comportamento humano nas organizações, das teorias de motivação

e do comprometimento e da satisfação com o trabalho.

Na experiência de Hawthorne, pôde-se perceber que as organizações informais en-

tre grupos possuem força potencialmente mais poderosa do que lhe era atribuída

no passado.

Certo.

As conclusões sobre a pesquisa de Hawthorne proporcionaram os delineamentos

dos princípios básicos da Escola das Relações Humanas, dentre os quais, os gru-

pos informais. Diferentemente dos autores clássicos, que se preocupavam com

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aspectos formais da organização, a teoria humanista concentrava-se nos aspectos

informais da organização, como grupos informais, comportamento social dos em-

pregados, crenças, atitude e expectativa, motivação.

Questão 22    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/ADMINISTRATI-

VA/ADMINISTRAÇÃO/2016) Acerca da evolução da administração pública no Brasil

e das abordagens da administração, desde a abordagem clássica até a contingen-

cial, julgue o item a seguir.

No contexto das relações de trabalho, uma das contribuições da escola das relações

humanas é a constatação do efeito positivo decorrente do investimento da adminis-

tração no desempenho humano.

Certo.

O conceito de relações humanas nos remete ao fato de que cada pessoa possui

uma personalidade própria e diferenciada que influi no comportamento e nas ati-

tudes das outras com quem mantém contatos e é, por outro lado, igualmente in-

fluenciada pelas outras. Daí a necessidade do investimento da administração no

desempenho humano.

Questão 23    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/PLANEJAMENTO/

ADMINISTRAÇÃO/2016) Com relação à evolução da administração, julgue o item a

seguir.

A teoria das relações humanas foi pioneira ao considerar, na administração das

organizações, a importância da integração social dos empregados, a importância

do conteúdo do cargo para os trabalhadores e a atenção a formas de recompensas

não materiais.

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Certo.

A importância da integração social dos empregados, para a teoria das

relações humanas, relaciona-se com o fato de que é a capacidade social do

trabalhador que determina o seu nível de competência e eficiência e não sua

capacidade de executar movimentos eficientes dentro do tempo estabelecido.

A importância do conteúdo do cargo, apesar de não ser objetivo direto

da pesquisa de Mayo e seus colaboradores, constatou que a especialização

proposta pela teoria clássica não cria a organização mais eficiente. Houve a

observação de que os operários trocavam de posição para variar e evitar a

monotonia.

A atenção a formas de recompensas não materiais importa dizer que o compor-

tamento dos trabalhadores está condicionado a normas e padrões sociais. Os

operários que produziram acima ou abaixo da norma socialmente determinada

perderam o respeito e a consideração dos colegas. As pessoas são avaliadas e

recompensadas pelo grupo em relação a essas normas e padrões de compor-

tamento. A teoria das relações humanas aborda o homem social, cujas motiva-

ções são sociais e simbólicas, e não apenas monetárias ou materiais.

Questão 24    (CESPE/ADMINISTRADOR/MJ/2013) Com relação às abordagens

da administração, da clássica à contingencial, julgue o item a seguir.

A Teoria das Relações Humanas é marcada pela introdução da aplicação de

uma abordagem mais humanística na administração das organizações, em que

seu foco são as pessoas, e não as tarefas.

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Certo.

A teoria das relações humanas foi construída considerando que os aspectos orga-

nizacionais mais importantes se concentram no homem e seu grupo social, isto é,

a preocupação passa dos aspectos técnicos e formais (tarefas) para os aspectos

psicológicos e sociológicos (pessoas).

Questão 25    (CESPE/ADMINISTRADOR/SUFRAMA/2014) Considerando a evolução

da administração, julgue o item a seguir.

Um dos princípios da abordagem humanística da administração evidencia a impor-

tância da diversidade de conteúdos dos cargos na satisfação e motivação no traba-

lho devido à quebra da monotonia.

Certo.

O item apresenta o conceito de “rotação de cargos” que, segundo Chiavenato

(2003)28, é o processo de mover sistematicamente as pessoas de um cargo para

outro para aumentar a satisfação e reduzir a monotonia.

Vejamos, ainda, o que destaca o autor sobre o assunto dentro da visão da teoria

das relações humanas (grifou-se):

A especialização não é a maneira mais eficiente de divisão do trabalho. Embora não


tenham se preocupado com esse aspecto, Mayo e seus colaboradores verificaram que
a especialização proposta pela Teoria Clássica não cria a organização mais eficiente.
Observaram que os operários trocavam de posição para variar e evitar a mono-
tonia, contrariando a política da empresa. Essas trocas provocavam efeitos negativos
na produção, mas elevavam o moral do grupo. O conteúdo e a natureza do trabalho
têm influência sobre o moral do trabalhador. Trabalhos simples e repetitivos
tornam-se monótonos e maçantes afetando negativamente a atitude do trabalhador
e reduzindo a sua satisfação e eficiência.

28
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna
administração das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

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Questão 26    (CESPE/ADMINISTRADOR/SUFRAMA/2014) Considerando a evolução

da administração, julgue o item a seguir.

Ao formular um programa de ação abrangente de toda a organização e coordenar

esforços gerais das unidades organizacionais, teóricos da escola de relações huma-

nas contribuíram para a estruturação das funções e dos processos da administração

com foco na realização de objetivos.

Errado.

A estruturação das funções e dos processos da administração é obra da teoria

clássica, e não da Escola de Relações Humanas.

Relembremos as funções do administrador, sob a ótica de Fayol (teoria clássica):

previsão, organização, comando, coordenação e controle.

Questão 27    (CESPE/TÉCNICO EM REGULAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL/ÁREA 2/2012)

A propósito das principais abordagens teóricas acerca da administração, julgue o

item subsequente.

Segundo os pressupostos da escola das relações humanas, que se contrapõem às

teorias de Taylor e Fayol, o trabalho é uma atividade grupal, sendo os indivíduos

motivados psicologicamente, e não economicamente, para o trabalho.

Certo.

Na abordagem humanística da Administração, há a ênfase nas tarefas (Administra-

ção Científica) e na estrutura organizacional (teoria clássica) transferida para as

pessoas integrantes das organizações.

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Enquanto a Administração clássica possuía a base de sua teoria firmada no con-

ceito de homem econômico, vigora na teoria das relações humanas o conceito de

homem social.

Questão 28    (CESPE/ADMINISTRADOR/PF/2014) A respeito da evolução da admi-

nistração pública, julgue o item seguinte.

A partir da teoria da Administração Científica, o papel da organização informal pas-

sou a ser reconhecido nas teorias clássicas da administração.

Errado.

Foi apenas com a introdução das relações humanas no ambiente organizacional (e

não a partir da Administração Científica) que novas expressões começam a ser per-

cebidas como de importância no repertório administrativo, dentre as quais pode-

mos destacar: motivação, liderança, comunicação, organização informal, dinâmica

de grupo.

Questão 29    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/PLANEJAMENTO/

ADMINISTRAÇÃO/2016) Com relação à evolução da administração, julgue o item a

seguir.

A teoria das relações humanas foi pioneira ao considerar, na administração das

organizações, a importância da integração social dos empregados, a importância

do conteúdo do cargo para os trabalhadores e a atenção a formas de recompensas

não materiais.

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Certo.

Relembrando os princípios básicos da Escola das Relações Humanas:

• o nível de produção é resultante da integração social;

• comportamento social dos empregados: os trabalhadores não agem ou rea-

gem isoladamente como indivíduos, mas como membros de grupos;

• recompensas e sanções sociais: o comportamento dos trabalhadores está

condicionado a normas e padrões sociais;

• grupos informais: a teoria humanista concentrava-se nos aspectos informais

da organização;

• relações humanas: cada pessoa possui uma personalidade própria e diferen-

ciada;

• importância do conteúdo do cargo: observação de que os operários trocavam

de posição para variar e evitar a monotonia.

• ênfase nos aspectos emocionais.

Por fim, o item cita “atenção a formas de recompensas não materiais”. De fato, vi-

gora na teoria das relações humanas o conceito de homem social.

Questão 30    (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT-7ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/”-

SEM ESPECIALIDADE”/2017) O objetivo dos estudos de Hawthorne, que deram

origem à Escola das Relações Humanas, era

a) determinar, por meio de métodos científicos, a tarefa ideal a ser desempenhada

pelo operário conforme o seu perfil.

b) promover melhores condições de trabalho para os operários nas fábricas.

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c) demonstrar o impacto das condições físicas do local de trabalho na produtivida-

de dos operários.

d) identificar o tipo de estrutura formal da empresa capaz de contribuir para a qua-

lidade de vida dos trabalhadores.

Letra c.

A alternativa descreve um dos resultados da experiência de Hawthorne, na fábrica

da Western Electric Company.

O objetivo da pesquisa era de avaliar a correlação entre iluminação e eficiência dos

operários, medida por meio da produção. A experiência foi coordenada por Elton

Mayo e também se estendeu a outros temas, como a fadiga, os acidentes no traba-

lho, a rotatividade do pessoal (turnover) e o efeito das condições de trabalho sobre

a produtividade do pessoal.

Questão 31    (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-GO/ADMINISTRATIVA/2015) Julgue

o próximo item, referente a administração geral e pública.

Um gestor que se utiliza da administração por objetivos deve fixar as metas orga-

nizacionais em conjunto com seus subordinados, buscando interligar os objetivos

departamentais, mesmo que vários desses objetivos estejam apoiados em princí-

pios básicos diferentes entre si.

Certo.

APO é isto: estabelecimento em conjunto de metas e objetivos (superior e subor-

dinado)!

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A questão da interligação de objetivos departamentais é o que falamos no exemplo

de objetivos do departamento de compras e o departamento de vendas: o primeiro

quer comprar a quantidade ideal para que não haja custos adicionais no estoque;

o segundo prefere atuar com um estoque mais “folgado”.

Questão 32    (CESPE/TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO

E ADMINISTRATIVO/TÉCNICA ADMINISTRATIVA/2015) Em relação aos conceitos

gerais e à importância da administração, julgue o item a seguir.

A eficiência dos processos produtivos, o combate ao desperdício, a administração

como processos e a eficiência do modo burocrático de organização são ideias pre-

conizadas pela escola neoclássica da administração.

Errado.

A questão apresenta ideias principais e ênfases da abordagem clássica, e não da

abordagem neoclássica.

Questão 33    (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-RS/ADMINISTRATIVA/”SEM ES-

PECIALIDADE”/2003) As atividades organizacionais dependem de algumas funções

essenciais para se chegar à eficácia, ou seja, a resultados desejados pela organiza-

ção. O planejamento e o controle são funções gerenciais que auxiliam intensamen-

te no crescimento da organização. Nesse sentido, julgue o item abaixo.

Uma das principais características da administração por objetivos refere-se à ênfa-

se dada à determinação participativa das metas.

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Certo.
A formulação dos objetivos e das metas e a fórmula para alcançá-los é o ponto
central da Administração por Objetivos. Há o estabelecimento desses objetivos e
metas de forma conjunta entre o gerente e o seu supervisor.

Questão 34    (CESPE/AUDITOR-FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/CONTRO-


LE EXTERNO/ADMINISTRAÇÃO/2016) Acerca das teorias de administração, julgue
o item a seguir.
Na administração por objetivos, os administradores e seus subordinados, após
identificarem objetivos em comum, formularem metas de forma consensual e par-
ticipativa e discutirem a atribuição das suas responsabilidades de acordo com os
resultados esperados, serão avaliados em consonância com o alcance desses obje-
tivos.

Certo.
A Administração por Objetivos se difundiu como um processo participativo de es-
tabelecimento de objetivos e avaliação do desempenho entre organização e pesso-
as. Daí ser chamada também de Administração participativa ou Administração por
resultados. O fundamento da APO é o processo do qual participam o chefe e sua
equipe (ou um subordinado, apenas).

Questão 35    (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-PA/ADMINISTRATI-


VA/ADMINISTRAÇÃO/2016) A respeito de aspectos inerentes ao planejamento, jul-
gue o item.
Na administração por objetivos, convém estabelecerem-se objetivos verificáveis e
mensuráveis nos níveis estratégico, tático e operacional, com o propósito de con-
trolar e motivar as pessoas a alcançarem resultados.

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Certo.

De fato, a APO precisa ocorrer em todos os níveis organizacionais, para que os

objetivos da organização sejam alcançados de maneira conjunta por meio da

participação de todos.

Ademais, esses objetivos precisam ser tangíveis, verificáveis e mensuráveis.

Questão 36    (CESPE/PRIMEIRO-TENENTE/PM-CE/2014) Quanto à teoria geral

da administração, julgue o item seguinte.

A administração por objetivos baseia-se na aplicação prática do processo de

planejar, organizar, executar e controlar.

Certo.

A Administração por Objetivos insere-se no contexto da teoria neoclássica, que

aperfeiçoou as funções administrativas de Fayol (previsão, organização, co-

mando, coordenação e controle) nas funções administrativas contemporâneas

de planejar, organizar, dirigir e controlar.

Questão 37    (CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/ANS/2013) Com relação ao

processo de planejamento, julgue o item que se segue.

A organização que utiliza a administração por objetivos terá como resultados

uma hierarquia de objetivos que liga objetivos de um nível a outro; pois o mé-

todo de trabalho funciona simultaneamente de cima para baixo e de baixo para

cima.

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Certo.

O fundamento da APO é o processo do qual participam o chefe e sua equipe (ou

um subordinado, apenas); portanto, funciona simultaneamente de cima para baixo

e de baixo para cima. Esse processo participativo substitui o processo hierárquico,

no qual o chefe simplesmente define os objetivos e os transmite pela cadeia de co-

mando abaixo, para depois avaliar o desempenho da equipe.

Questão 38    (CESPE/ADMINISTRADOR/FUB/2015) Acerca do processo administra-

tivo, julgue o próximo item.

Definir, por parte dos superiores hierárquicos, os objetivos de desempenho dos

subordinados, interligar os objetivos departamentais, dar ênfase ao controle dos

resultados e avaliar permanentemente os planos de trabalho são etapas específicas

da administração por objetivos.

Errado.

O erro encontra-se, apenas, na expressão “por parte dos superiores hierárquicos”,

pois a Administração por Objetivos se difundiu como um processo participativo de

estabelecimento de objetivos e avaliação do desempenho entre o chefe e sua equi-

pe ou entre o chefe e um subordinado.

Questão 39    (CESPE/ANALISTA/FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Julgue o item

seguinte, relativo ao processo de planejamento administrativo e às funções que o

compõem.

O estabelecimento de objetivos que possam ser mensurados e desdobrados para os

diversos níveis de uma organização caracteriza um dos benefícios da administração

por objetivos.

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Certo.

A Administração por Objetivos tem como uma de suas características a interligação

entre os vários objetivos departamentais.

Questão 40    (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/ADMINISTRAÇÃO/2017) Jul-

gue o item, relativo ao processo administrativo de organizações públicas.

A administração por objetivos pressupõe que estes sejam idealizados pelos subor-

dinados de forma coletiva, e posteriormente sejam validados pelos superiores, que

realizam um processo de filtragem de acordo com seu próprio julgamento.

Errado.

A Administração por Objetivos pressupõe que estes sejam idealizados conjunta-

mente (e não de forma autônoma) pelos subordinados e superiores!

Questão 41    (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/ADMINISTRATIVA/2018) Acerca

das funções da administração e da atuação dos gestores em organizações contem-

porâneas, julgue o item a seguir.

Na administração por objetivos, definem-se metas para cada departamento ou in-

divíduo e adotam-se planos de ação inalteráveis para garantir o alcance das metas

organizacionais, sejam qualitativas, sejam quantitativas.

Errado.

Que papo é esse de “planos de ação inalteráveis”? Planos imutáveis? Nem pensar!

A Administração por Objetivos é uma técnica de direção de esforços por meio do

planejamento e controle administrativo fundamentada no princípio de que, para

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atingir resultados, a organização precisa antes definir em que negócio está atuando

e aonde pretende chegar. Ora, se há o controle, há possibilidade de ajustes!

O controle consiste em verificar se tudo está sendo feito de acordo com o que foi

planejado e as ordens dadas, bem como assinalar as faltas e os erros, a fim de re-

pará-los e evitar suas repetições.

Questão 42    (CESPE/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNI-

CO E ADMINISTRATIVO/GESTÃO DE PESSOAS/2008) Frederick Winslow Taylor foi

o primeiro expert norte-americano em racionalização e eficiência no trabalho. Seu

ideário de administração, embora seja do início do século passado, foi o primeiro

“manifesto revolucionário” sobre o redesenho de processos de trabalho visando

aumentos radicais de produtividade e é, de longe, o mais bem-sucedido de todos

até hoje.

As pressões geradas pelo aumento da competição no mundo globalizado a partir do

final do século XX fizeram que a busca frenética de aumentos em eficiência passas-

se a ser a prioridade número um de todo executivo. No entanto, ao contrário do que

dão a entender propostas modernas, supostamente revolucionárias, o tema não é

novo: surgiu em 1911 com a promessa de, já naquela época, alterar para valer as

concepções predominantes no mundo do trabalho. Naquela época, não havia ne-

nhum pensamento por trás do ato de trabalhar. Trabalho era ação pura; trabalha-

va-se apenas. Não havia metodologia, só força bruta. Os gerentes limitavam-se a

estabelecer cotas de produção, não se preocupavam com processos. Era só “o que”,

não “como”. O taylorismo é o germe de todas as propostas que vieram depois para

formatar racionalmente o ato de se produzir qualquer coisa. Gerar resultados por

intermédio de pessoas. Administrar.


Clemente Nóbrega. Taylor superstar. In: Exame, 24/9/1997 (com adaptações).

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Tendo o texto acima como referência inicial, julgue o item relativo a abordagens

teóricas da administração.

De acordo com o texto em apreço, a busca por maior eficiência e produtividade nas

organizações é uma tônica em diversas teorias da administração. Nesse sentido,

uma das vantagens destacadas por Max Weber na abordagem burocrática é a ra-

pidez nas decisões.

Certo.

De fato, na teoria da burocracia, a rapidez nas decisões ocorre porque cada um

conhece o que deve ser feito e por quem, e as ordens e papéis tramitam por meio

de canais preestabelecidos.

Questão 43    (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/TCE-RO/2013) No que se refere à

administração geral, julgue o item a seguir.

Segundo Max Weber, a organização burocrática viabiliza uma forma de dominação

racional, que possibilita o exercício da autoridade e a obediência com precisão,

continuidade e disciplina.

Certo.

A dominação racional-legal se refere à submissão coletiva a um conjunto de regras

formalmente definidas e aceitas por todos os integrantes. Essas regras determinam

a que e a quem se deve obedecer.

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Questão 44    (CESPE/TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO

E ADMINISTRATIVO/TÉCNICA ADMINISTRATIVA/2015) Considerando as diversas

escolas e teorias da administração, julgue o item.

A teoria da burocracia, proposta por Max Weber, sustentada pelo tripé racionalida-

de, impessoalidade e profissionalismo, tem como principais objetivos a eficiência, a

eficácia e a efetividade dos processos organizacionais.

Errado.

A eficiência é a palavra-chave, pois a burocracia enfatiza os meios, os processos,

os custos, e não os resultados das ações (eficácia e efetividade são renegadas a

um segundo plano).

Questão 45    (CESPE/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ADMINISTRAÇÃO/2010)

Acerca das características básicas das organizações formais modernas, julgue o

item a seguir.

O modelo organizacional racional preconiza a adequação dos meios aos fins, base

da teoria da burocracia, a qual se apoia no entendimento de que as pessoas podem

ser pagas para agir e se comportar de maneira preestabelecida.

Certo.

A adequação dos meios aos fins revela a racionalidade da teoria da burocracia. Essa

racionalidade viabiliza uma forma de dominação racional, que possibilita o exercício

da autoridade e a obediência com precisão, continuidade e disciplina.

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Questão 46    (CESPE/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2012) Julgue o item seguinte,

referente a administração e processo administrativo.

Se adotar a abordagem burocrática, o gestor, com o objetivo de definir as futuras

promoções na organização, avaliará seus subordinados considerando aspectos re-

lacionados ao mérito.

Certo.

A burocracia privilegia a competência técnica e a meritocracia. Assim, é uma orga-

nização na qual a escolha das pessoas é baseada no mérito e na competência técni-

ca e não em preferências pessoais. Esses critérios universais são racionais e levam

em conta a competência, o mérito e a capacidade do funcionamento da relação ao

cargo ou função considerada. Daí a necessidade de exames, concursos, testes e

titulações para a admissão para funcionários.

Questão 47    (CESPE/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/PC-DF/2013) No que se refere à abor-

dagem burocrática da administração, julgue o item abaixo.

A burocracia é compreendida como uma maneira de organização humana baseada

na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos pretendidos, a fim

de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos.

Certo.

Segundo a burocracia, a organização, para ser eficiente, deve se basear na adequa-

ção dos meios aos objetivos (fins) pretendidos – a racionalidade –, a fim de garantir

o alcance desses objetivos.

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Questão 48    (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Considerando as

abordagens da administração, julgue o item subsequente.

O modelo burocrático de organização, em que predominam as rotinas e procedi-

mentos estabelecidos nos cargos, constitui referencial de gestão em que as pesso-

as fazem o que lhes é imposto e não o que preferem.

Certo.

O item apresenta, em uma roupagem prática, duas das principais características do

modelo de Administração burocrática, quais sejam:

• o caráter legal das normas e regulamentos: a burocracia é baseada em

uma legislação própria com uma estrutura social razoavelmente organizada.

Dessa maneira, economizam esforços e possibilitam a padronização dentro

da organização;

• a rotina e procedimentos estandardizados: a burocracia é uma organiza-

ção que fixa as regras e normas técnicas para o desempenho de cada cargo,

cujas atividades devem ser executadas de acordo com as rotinas e procedi-

mentos fixados pelas regras e normas técnicas.

Questão 49    (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/SUFRAMA/2014) Considerando

aspectos do comportamento organizacional e da gestão de pessoas, julgue o próxi-

mo item.

A gestão de pessoas nas organizações burocráticas busca a manutenção do equi-

líbrio entre objetivos pessoais e objetivos organizacionais, uma vez que é pautada

na reciprocidade entre a adaptação da pessoa ao trabalho e vice-versa.

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Errado.

A burocracia baseia-se em rotinas e procedimentos, como meio de garantir que as

pessoas façam exatamente aquilo que delas se espera. Portanto, não há essa re-

lação de equilíbrio entre objetivos pessoais e organizacionais.

O impacto das exigências burocráticas sobre a pessoa provoca profunda limitação

em sua liberdade e espontaneidade. Alguns autores dizem que o funcionário buro-

crata trabalha em função dos regulamentos e rotinas e não em função dos objetivos

organizacionais que foram estabelecidos.

Questão 50    (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/MDIC/2014) Julgue o

item a seguir, relativo à evolução da administração e ao processo administrativo.

Uma organização que valoriza seus colaboradores mediante a promoção daqueles

mais competentes, avaliados em função do desempenho ou da titulação acadêmi-

ca, adota os pressupostos da teoria burocrática.

Certo.

Como estudamos, a meritocracia e a competência técnica são características evi-

denciadas na teoria da burocracia.

Questão 51    (CESPE/AUDITOR DO ESTADO/CAGE-RS/2018) De acordo com as

concepções iniciais de Max Weber, são características da burocracia

a) o excesso de regras, a subjetividade e o mecanicismo.

b) o individualismo, os registros escritos e a estrutura orgânica.

c) a racionalidade, o compromisso profissional e a hierarquia de autoridade.

d) a divisão do trabalho, a flexibilidade organizacional e a previsibilidade.

e) a informalidade das comunicações, a impessoalidade e o profissionalismo.

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Letra c.

A teoria da burocracia desenvolveu-se na Administração por volta da década de

1940, adotando as concepções formuladas anteriormente pelo economista e soci-

ólogo Max Weber.

Segundo essa teoria, a burocracia é uma forma ideal de organização humana que se

baseia na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos – a racionalidade

–, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos. Daí,

diz-se que a teoria da burocracia se baseia na teoria do “homem organizacional”.

Diferentemente do estruturalismo, o modelo burocrático focaliza somente os as-

pectos formais das organizações, adotando um modelo mecanicista (com estrutura

hierárquica mais rígida, funções especializadas e procedimentos formais), próximo

das concepções da Administração Científica de Taylor e da teoria clássica de Fayol.

Assim, analisando as alternativas:

a) o excesso de regras, a subjetividade (objetividade) e o mecanicismo.

b) o individualismo (a impessoalidade), os registros escritos e a estrutura orgânica

(mecanicista).

c) a racionalidade, o compromisso profissional e a hierarquia de autoridade.

d) a divisão do trabalho, a flexibilidade (rigidez) organizacional e a previsibilidade.

e) a informalidade (formalidade) das comunicações, a impessoalidade e o profis-

sionalismo.

Questão 52    (CESPE/ADMINISTRADOR/MTE/2008) A respeito das teorias adminis-

trativas e da dinâmica das organizações, julgue o item.

A teoria estruturalista contempla uma abordagem múltipla, envolvendo tanto a or-

ganização formal como a organização informal.

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Certo.

Como vimos, a teoria estruturalista representa um desdobramento da teoria da bu-

rocracia e uma leve aproximação à teoria das relações humanas. Representa, tam-

bém, uma visão extremamente crítica da organização formal, buscando ser uma

síntese da teoria clássica (formal) e da teoria das relações humanas (informal).

Questão 53    (CESPE/PRIMEIRO-TENENTE/PM-CE/2014) Quanto à teoria geral da

administração, julgue o item seguinte.

Conforme a teoria estruturalista, as recompensas materiais constituem a melhor

fonte de motivação para os funcionários.

Errado.

A questão apresenta uma característica da Administração Científica, e não da teoria

estruturalista.

A Administração Científica baseou-se no conceito de homo economicus, isto é, do

homem econômico. Segundo esse conceito, toda pessoa é concebida como influen-

ciada, exclusivamente, por recompensas salariais, econômicas e materiais.

Questão 54    (CESPE/ANALISTA/FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Com relação

às abordagens administrativas que abrangem desde a teoria clássica até a contin-

gencial, julgue o item a seguir.

A teoria estruturalista, voltada ao estudo das organizações formais, surgiu da ne-

cessidade de eliminar as distorções e limitações do modelo burocrático.

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Certo.

Para a teoria estruturalista, o homem é visto como um ser organizacional que de-

sempenha papéis em diferentes organizações, que se inter-relacionam, a fim de al-

cançar os objetivos próprios. Daí voltada ao estudo das organizações formais.

Para a teoria estruturalista, há uma oposição entre os princípios que governam o

comportamento burocrático e os que governam o comportamento profissional. Os

princípios burocráticos estão ligados aos interesses da organização, enquanto os

princípios profissionais se referem às normas técnicas e aos códigos de ética da

profissão. Daí a busca pela eliminação das distorções e limitações do modelo buro-

crático.

Questão 55    (CESPE/ANALISTA DE CONTROLE/TCE-PR/ADMINISTRAÇÃO/2016) A

respeito das características das teorias da administração, da abordagem clássica à

contingencial, assinale a opção correta.

a) Os princípios gerais e universais de administração são reforçados na teoria da

contingência, por serem utilizados conforme a exigência do contexto.

b) A incerteza, a mudança e a inovação, com ênfase no ambiente, são caracterís-

ticas da teoria comportamental.

c) As interações entre organização formal e informal, organização e ambiente ex-

terno, flexibilidade e ajustamento caracterizam abordagens da teoria estruturalista.

d) O estabelecimento de métodos de trabalho e incentivos, com ênfase nas tarefas,

é característico da administração clássica.

e) O desenho organizacional, a departamentalização e a organização formal, com

ênfase na estrutura, são características da Administração Científica.

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Letra c.

A organização formal e a organização informal são evidenciadas na teoria estrutu-

ralista. Observe:

a) Errada. A teoria que apregoa os princípios gerais e universais é a abordagem

neoclássica. A expressão “contingência” significa algo que é incerto ou eventual,

que pode se suceder ou não, a depender das circunstâncias. Assim, a abordagem

contingencial (que será vista oportunamente) salienta que não se alcança a eficácia

organizacional seguindo um único e exclusivo modelo organizacional, ou seja, não

existem princípios universais que podem ser aplicados indistintamente a todas as

organizações.

b) Errada. Mais uma vez, quem enfatiza a natureza multivariada das organizações

e procura verificar como as organizações operam sob condições variáveis e em cir-

cunstâncias específicas é a teoria contingencial!

d) Errada. É na Administração Científica que há ênfase nas tarefas (divisão do

trabalho). Na Administração clássica, a ênfase é na estrutura (criação de departa-

mentos).

e) Errada. O desenho organizacional, a departamentalização e a organização

formal, com ênfase na estrutura, são características da Administração ou teoria

clássica.

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Questão 56    (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STJ/APOIO ESPECIALIZADO/PSICO-

LOGIA/2012) Considerando as mudanças ocorridas nas organizações e no mundo

do trabalho, bem como as formas de análise das organizações de trabalho, julgue

o item que se segue.

O esgotamento do modelo taylorista-fordista de produção provocou o surgimento

de novas formas de gestão e organização do trabalho, que levam em consideração

aspectos como comprometimento, envolvimento e participação crítica dos empre-

gados.

Certo.

A questão trata de novas formas de gestão ou novas teorias desenvolvidas em

virtude das críticas à abordagem clássica (Taylor e Ford, dentre outros autores) e

abordagem das relações humanas. E os aspectos citados pelo item (compro-

metimento, envolvimento e participação crítica dos empregados) estão di-

retamente relacionados à teoria comportamental.

A Escola Comportamental enfatiza as pessoas, preocupa-se com o comportamento

organizacional e os processos de trabalho e estuda o comportamento humano.

Questão 57    (CESPE/TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/APOIO TÉCNICO

E ADMINISTRATIVO/TÉCNICA ADMINISTRATIVA/2015) Em relação aos conceitos

gerais e à importância da administração, julgue o item a seguir.

Atualmente, a abordagem da administração é predominantemente comportamen-

tal, com as pessoas representando o foco de conhecimento, informação, decisão,

ação e avaliação das atividades da empresa.

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Certo.

É fato que o desempenho da organização em sentido amplo depende do comporta-

mento das pessoas e não da eficiência das técnicas. A abordagem comportamental

possui enfoque nas necessidades, interesses e sentimentos das pessoas que traba-

lham nas organizações.

Nesse sentido, a teoria comportamental indica a mais forte influência da psicolo-

gia organizacional sobre a teoria administrativa. No entanto, isso não nos leva, de

maneira alguma, à conclusão de que, atualmente, predomina essa abordagem nos

ambientes das organizações. Logo, a questão deveria ser anulada. Explico!

O estudo da gestão busca analisar as diferentes contribuições de outras áreas e

campos de conhecimento, por meio da análise de diferentes teorias e suas contri-

buições para as organizações. Assim, cada uma das teorias desenvolvidas possui

utilização ainda nos dias de hoje em alguns de seus aspectos.

É certo que a teoria comportamental vem trazer novos conceitos sobre motivação,

liderança, comunicação, dinâmica de grupo, processo decisório, comportamento

organizacional etc. Mas aí dizer que, atualmente, a abordagem da Administração é

predominantemente comportamental é um pouco arriscado e uma afirmação muito

genérica.

De qualquer forma, fica a informação de que a banca Cespe/Cebraspe possui esse

entendimento. Vamos ficar atentos a questões que afirmem essa ideia, ok?

Questão 58    (CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/ANATEL/2012) Acerca da evolu-

ção da administração, das reformas administrativas do Estado brasileiro e da ges-

tão pública, julgue o item a seguir.

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Em contraposição à abordagem clássica da administração, o enfoque comporta-

mental situa as pessoas como elemento fundamental para a organização, possuin-

do duas abordagens principais: as pessoas como indivíduos e como membros de

grupos.

Certo.

A abordagem comportamental da Administração (também chamada de abordagem

behaviorista), iniciada por Herbert Alexander Simon, foi fortemente influenciada

pelas ciências do comportamento. Busca soluções mais democráticas, humanas e

flexíveis para os problemas. Seu enfoque é nas pessoas.

Pela teoria comportamental, os indivíduos participantes da organização perce-

bem, raciocinam e agem racionalmente e decidem a sua participação ou não par-

ticipação na organização como tomadores de opinião e decisão e solucionadores

de problemas.

Questão 59    (CESPE/ANALISTA/FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Julgue o item

seguinte, relativo aos objetivos, desafios e características da gestão de pessoas.

A escola comportamental busca analisar o impacto do comportamento humano nas

organizações.

Certo.

A teoria comportamental conceitua o homem como “homem administrativo”, ou

seja, o indivíduo como incansável processador de informações e tomador de de-

cisões. Para essa concepção, as pessoas são motivadas pelo processo decisório e

buscam soluções que venham trazer satisfação para os envolvidos.

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Questão 60    (CESPE/ANALISTA/FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Julgue o item

seguinte, relativo aos objetivos, desafios e características da gestão de pessoas.

Na abordagem comportamental, prevalece a concepção de que organização é um

sistema social fechado no qual o foco de análise são os indivíduos e os grupos in-

formais.

Errado.

O erro está no termo “sistema social fechado”. A abordagem comportamental/

behaviorista tem como ênfase as pessoas, não o ambiente no qual está inseri-

da. Logo, não há que se falar em “sistema aberto” ou “sistema fechado”, pois tais

conceitos não são os focos nessa teoria.

Como a ênfase está nas pessoas, mas dentro do contexto organizacional mais am-

plo, o foco de análise, de fato, inclui indivíduos e grupos informais.

Questão 61    (CESPE/ANALISTA/FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Julgue o item

seguinte, relativo aos objetivos, desafios e características da gestão de pessoas.

A perspectiva da escola comportamental ainda permanece em construção na área

de estudos administrativos e organizacionais, apesar do histórico de estudos dessa

escola voltados à compreensão da relação do homem com o trabalho.

Certo.

De acordo com Chiavenato (2003)29, a abordagem comportamental recebe forte

influência das ciências comportamentais e, mais especificamente, da psicologia

organizacional. Como as ciências comportamentais apresentam à teoria adminis-


29
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna
administração das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

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trativa uma variedade de conclusões a respeito da natureza e características do ser

humano, e considerando que o ser humano é uma espécie em constante evolução

comportamental, é correta a afirmação de que ainda permanece em cons-

trução.

Por fim, vale destacar que a banca Cespe/Cebraspe considera correta a afirmativa

de que, atualmente, a abordagem da Administração é predominantemente com-

portamental, com as pessoas representando o foco de conhecimento, informação,

decisão, ação e avaliação das atividades da empresa.

Questão 62    (CESPE/ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES/TELE-

BRAS/ANALISTA SUPERIOR/ADMINISTRATIVO/2015) Com relação à evolução da

administração e a seu papel no contexto público, julgue o item que se segue.

No início do século passado, a escola clássica da administração foi sobreposta pela

escola comportamental, a qual estuda a relação entre colaborador e trabalho.

Errado.

A abordagem comportamental se desenvolveu por volta de 1950, nos Estados Uni-

dos, bem depois das teorias clássicas de Administração. Na sequência, após a

teoria clássica, vem a teoria das relações humanas, com base na experiência de

Hawthorne e Elton Mayo. Por isso, o erro da questão.

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