Вы находитесь на странице: 1из 26

T ANATOLOGIA

A palavra tanatologia origina-se do grego Thanatus que quer dizer morte e o sufixo
logia significa estudo. Trata-se do estudo da morte e dos fenômenos dela, isso tanto no
aspecto biológico, jurídico e religioso social. Definir a morte, assim como definir o que
é a vida é uma tarefa complexa, e ao longo da história várias definições foram dadas.

De acordo com Hipócrates 460 a.C: “testa enrugada e árida, olhos, cavas, nariz
saliente cercado de coloração escura, têmporas endurecidas, epiderme seca e lívida,
pelos das narinas e cílios encoberto por uma espécie de poeira, córnea de um branco
fosco, pálpebras semi-cerradas e fisionomia nitidamente irreconhecível.”.

Durante muito tempo a definição era em torno da cessação total e permanente de todas
as funções vitais, neste caso, era levado em conta a atividade respiratória e circulatória.

Critério do C.F.M. P/ Definição (Resolução1346/91) “O Conselho Federal de Medicina,


no uso de suas atribuições que lhe confere a Lei nº 3.268/57, de 30 de setembro de
1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958, e
CONSIDERANDO que a parada total e irreversível das funções encefálicas equivale à
morte, conforme já estabelecido pela comunidade científica mundial;
CONSIDERANDO o ônus psicológico e material causado pelo prolongamento do uso
de recursos extraordinários para o suporte das funções vegetativas em pacientes com
parada total e irreversível da atividade encefálica; CONSIDERANDO a necessidade de
judiciosa indicação e interrupção do emprego desses recursos; CONSIDERANDO a
necessidade de se adotar critérios para constatar, de modo indiscutível, a ocorrência de
morte; CONSIDERANDO que ainda há consenso sobre a aplicabilidade desses critérios
em crianças menores de 2 anos;

pá g. 1
O S CRITÉRIOS PARA ANALISAR O ÓBITO

Esses critérios tratam de um conjunto de análises sobre fenômenos específicos em


pessoas acima de dois anos de idade, em conjunto eles são:

Clínicos: coma aperceptivo com arreatividade inespecífica, dolorosa e vegetativa, de


causa definida. Ausência de reflexos corneano, oculoencefálico, oculovestibular e do
vômito. Positividade do teste de apnéia. Excluem-se dos critérios acima, os casos de
intoxicações metabólicas, intoxicações por drogas ou hipotermia.

Complementares: ausência das atividades bioelétrica ou metabólica cerebrais ou da


perfusão encefálica;

O BSERVAÇÕES

A parada total e irreversível das funções encefálicas será constatada através da


observação desses critérios registrados em protocolo devidamente aprovado pela
Comissão de Ética da Instituição Hospitalar;

Constatada a parada total e irreversível das funções encefálicas do paciente, o médico,


imediatamente, deverá comunicar tal fato aos seus responsáveis legais, antes de adotar
qualquer medida adicional;

O período de observação desse estado clínico deverá ser de, no mínimo, 6 horas.
Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. Brasília - DF, 08 de agosto de
1991.
S OBRE OS TIPOS DE MORTE

Natural: É a que resulta da alteração orgânica ou perturbação funcional provocada por


agentes naturais, inclusive os patogênicos sem a interviniência de fatores mecânicos em
sua produção.

Súbita: Morte imprevista, que sobrevém instantaneamente e sem causa manifesta,


atingindo pessoas em aparente estado de boa saúde.

Violenta: É aquela que tem como causa determinante a ação abrupta e intensa, ou
continuada e persistente de um agente mecânico, físico ou químico sobre o organismo.
Ex.: Homicídio, suicídio ou acidente.

Fetal: Morte de um produto da concepção antes da expulsão ou da extração completa do


corpo da mãe independente da duração da gravidez.

Materna: Morte de uma mulher durante uma gestação ou dentro de um período de 42


dias após o término da gestação, independente da duração ou localização da gravidez.

Catastrófica: É toda morte violenta de origem natural ou de ação dolosa do homem em


que por um mesmo motivo, ocorre um grande número de vítimas fatais.

Presumida: É a morte que se verifica pela ausência ou desaparecimento de uma pessoa,


depois de transcorrido um prazo determinado pela Lei.

C.C. Art. 10, 481 e 483. - C.P.P. Art. 1.161 e 1.163 -Lei nº 6.015/73

pá g. 3
C ONTEÚDO

Por ser uma área de interesses médico jurídico, o estudo da tanatologia se divide em
partes com abordagens específicas que abarcam das leis ao estudo climático voltado ao
óbito.

TANATOSEMIOLOGIA: parte da tanatologia que estuda os fenômenos cadavéricos.

TANATODIAGNÓSTICO: estuda o conjunto de sinais biológicos que permitem


afirmar o estado de morte real.

CRONOTANATOGNOSE: estuda os meios de determinação do tempo decorrido


entre a morte e o exame cadavérico.

TANATOCONSERVAÇÃO: é o conjunto de técnicas empregadas para a conservação


de um corpo.

TANATOLEGISLAÇÃO: é o conjunto de dispositivos legais concernentes à morte e


ao cadáver.

A morte é um assunto que abarca o interesse do ramo da medicina (a ética quanto à


doação de órgãos) e também do direito, pois fala do término da personalidade civil
adquirida com o nascimento, extingue-se a punibilidade de um réu, termina a aptidão de
titular seus direitos e etc.

T ANATOSEMIOLOGIA

É a parte da tanatologia que estuda os fenômenos abióticos. O exame tanatológico


constitui-se de grande importância pericial, definindo tempo, causa e até o local da
morte, utilizando-se também de características peculiares presentes no cadáver, podendo
até finalizar um caso de difícil elucidação por meio da análise e exame dos arcos
dentais.

pá g. 4
F ENÔMENOS ABIÓTICOS

São fenômenos que de forma gradual se tornam evidentes no corpo, esses fenômenos
seguem uma ordem, porém, essa ordem pode ser alterada de acordo com a causa da
morte, ambiente ao qual o cadáver se encontra (acidez e umidade de solo), fauna e flora
cadavérica dentre outros. Os fenômenos abióticos são divididos da seguinte forma;

IMEDIATOS: inconsciência, insensibilidade, imobilidade, parada da respiração e


parada da circulação.

CONSECUTIVOS: algidez cadavérica (algor mortis), rigidez (rigor mortis), livores


hipostáticos (livor mortis) e mancha verde abdominal.

TARDIOS DESTRUTIVOS: autólise (autodigestão), maceração (transformação do


cadáver em meio líquido), putrefação (coloração, gasoso), coliquativo e esqueletização.

TARDIOS CONSERVADORES: mumificação e saponificação.

Mancha verde abdominal

pá g. 5
Livor de hipóstase

C irculação póstuma de brouardel

P osição de boxeador e flictema postmortem

pá g. 6
Saponificação

C ALENDÁRIO TANATOLÓGICO

a) Perda de Peso: Observações comprovam que os cadáveres perdem em média 8


g/Kg/dia.
b) Algidez: Em nosso meio estima-se, por observações, que nas primeiras 3 horas a
queda de temperatura do cadáver é de meio grau (0,5°) por hora. A partir da
quarta hora é de 1° por hora.
c) Livores de Hipóstase: Surgem em geral 2 a 3 h. após a morte, fixando-se
definitivamente em torno de 8 a 10 h."post mortem".
d) Rigidez Cadavérica: Surge na mandíbula depois da 2ª hora; em seguida nuca (2-
4 h.); nos membros (4-6 h.) e nos músculos do tórax (6-8 h.).
e) Mancha Verde Abdominal: Em média surge entre 18 a 36 horas. Tem início na
fossa ilíaca direita.
f) Gases de Putrefação: lº DIA: Gases não inflamáveis: CO2, do 2º ao 4º DIA:
Gases inflamáveis: HC e H e A partir do 5º DIA: Gases não inflamáveis: N e
NH4.
g) Cristais de Sangue Putrefeito: (WESTENHOFFER-ROCHA). Surgem depois do
3º dia e permanecem até o 35º dia depois da morte.
h) Crioscopia do sangue: Ponto de congelação do sangue. Valor normal: O,57°C.
i) Crescimento dos Pêlos da Barba: Crescem 0,021 mm/hora.
j) Conteúdo Estomacal: A digestão se faz no estômago em torno de 4-7 horas.
pá g. 7
k) Fauna Cadavérica:

1ª Legião:Dipteros,Muscinastabulans (8-15 dias);

2ª Legião:Lucilacoesar (15 a 20 dias);

3ª Legião:Dermesterlardarins 20 a 30 dias/3a 6 meses;

4ª Legião: Pyophilapatasionis. Depois da fermentação;

5ª Legião: TyreophoraCyrophila. Na liquefação;

6ª Legião: Uropodanummularia. Absorvem os humores;

7ª Legião: Aglossa cuprealis (12 a 24 meses);

8ª Legião: TenebrioObscurus (3 anos após a morte).

C RONOTANATOGNOSE

COMORIÊNCIA E PREMORIÊNCIA: É um estudo de grande importância no


direito das sucessões e no direito tributário, no tocante ao ITCD (Imposto sobre a
Transmissão Causa Mortis e doação).

PREMORIÊNCIA: Quando se pode provar que uma delas veio a óbito primeiro.

COMORIÊNCIA: Quando duas ou mais pessoas falecem ao mesmo tempo, é referido


no artigo 8º do Código Civil, vejamos;

“Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo


averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão
simultaneamente mortos.”

Art. 155 CF e Art. 35 Código Tributário Nacional

pá g. 8
T ANATOSCOPIA

Conjunto de exames que visam evidenciar a causa mortis quer do ponto de vista
médico, ou legal.

SINONÍMIA: autopsia, necropsia, necroscopia e necrotomoscopia.

Esse exame tem por finalidade o diagnóstico da realidade e da causa da morte, auxiliar
na determinação da natureza jurídica da morte, diagnóstico do tempo decorrido da
morte, informar sobre as circunstâncias da morte e identificar o cadáver.

LEGISLAÇÃO:

CPP Art. 162. A autopsia será feita pelo menos seis (06) horas depois do óbito,
salvo se os peritos, pela evidencias dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita
antes daquele prazo, o que declararão no auto.

TEMPOS:

INSPEÇÃO EXTERNA: descrição das vestes, sinais de morte descrição dos objetos,
tempo de morte, elementos de identificação inspeção das lesões, compleição física
inspeção das cavidades.

INSPEÇÃO INTERNA: cavidade craniana, órgão do pescoço cavidade torácica e


abdominal, cavidades acessórias e cavidade vertebral.

INSTRUMENTAL:

faca, bisturis, tesouras, pinças, balanças; recipientes para colheita de amostras, porta
agulha, agulhas, fios para sutura, aventais, luvas, máscaras, óculos e etc.

AMBIENTE:

Local da morte (Perinecroscopia – Forense)

I.M.L. (Compulsória – Médico Legal)

Hospitalar (Consentida - Necropsia clínica)

pá g. 9
S. V. O. (Necropsia clínica – Sanitária - Pesquisa)

Instituição de Ensino Superior (Interesse Acadêmico)

T ANATOLEGISLAÇÃO

CÓDIGO CIVIL;

Art. 6º - A existência da pessoa natural termina com a morte.

Art. 8º - Comoriência.

Art. 1.571 inciso 1 - A sociedade conjugal termina.

Art. 1.635 Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002- Extingue-se o pátrio poder.

CÓDIGO PENAL;

Art. 107 - Extingue-se a punibilidade. I - Pela morte do agente.

Art. 121 - Matar alguém.

Art. 211 - Destruir ou subtrair ou ocultar cadáver.

Art. 212 - Vilipendiar cadáver.

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL;

Art. 158 a 184;

Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os
peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele
prazo, o que declararão no auto.

Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do
cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas

pá g. 10
permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a
verificação de alguma circunstância relevante.

Lei das Contravenções Penais. Art. 67 Inumar ou exumar cadaver, com infração das
disposições legais:

Lei de Acidente do Trabalho. Art. 86 O auxílio-acidente será concedido, como


indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente
de qualquer natureza, resultarem seqüelas que impliquem redução da capacidade para o
trabalho que habitualmente exercia. ( Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)

Decreto Federal 20.931. Art. 16

Lei 6.126 30.06.75. Art. 77 Art 78 - passa a art. 77, com nova redação

"Art. 77 - Nenhum sepultamento será feito sem certidão, do oficial de registro do lugar
do falecimento, extraída após a lavratura do assento de óbito, em vista do atestado de
médico, se houver no lugar, ou em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que
tiverem presenciado ou verificado a morte.

§ 1º Antes de proceder ao assento de óbito de criança de menos de 1 (um) ano, o oficial


verificará se houve registro de nascimento, que, em caso de falta, será previamente
feito.

§ 2º A cremação de cadáver somente será feita daquele que houver manifestado a


vontade de ser incinerado ou no interesse da saúde pública e se o atestado de óbito
houver sido firmado por 2 (dois) médicos ou por 1 (um) médico legista e, no caso de
morte violenta, depois de autorizada pela autoridade judiciária."

pá g. 11
PRINCIPAIS MATERIAIS USADOS EM CONSERVAÇÃO

Com o intuito de melhorar as técnicas de conservação anatomistas têm melhorado os


procedimentos já conhecidos, procurando descobrir novas formas de utilização dos
produtos e desenvolvendo protocolos cada vez mais elaborados em busca de uma
conservação mais natural, duradoura, econômica e menos prejudicial à saúde. Serão
apontados a seguir, quais produtos são utilizados, seus pontos positivos e negativos, além
de alguns protocolos para auxiliar nos estudos futuros.

Formol: descoberto por acidente em 1867, o aldeído fórmico é obtido por meio da
oxidação catalítica do metanol. Leva esse nome quando concentrado a 40% e é utilizado
até os dias de hoje em conservação de corpos nas funerárias, peças anatômicas em
hospitais escolas e laboratórios de anatomia em universidades.
Pontos positivos: baixo custo de compra e ação asséptica.

Pontos negativos: as peças se desgastam com o tempo, se tornam escuras e pesadas


tornando o manuseio e transporte mais difíceis, tem odor forte e causa irritação no trato
respiratório e olhos além de estudos apontarem que o formol pode causar câncer ao longo
do tempo.

Glicerina: descoberta em 1762 foi utilizada para a conservação de corpos. Porém com a
descoberta do formol ela ficou em segundo plano principalmente pelo seu valor. É usada
normalmente em associação com o álcool.

Pontos positivos: inodora, as peças se mantêm por mais tempo e com menos
manutenções, possui ação fungicida e bactericida, as peças ficam com um aspecto mais
natural em coloração e forma, maior leveza e fácil manuseio.

Pontos negativos: custo elevado, dificuldade de aplicação e fraca ação asséptica.


Criodesidratação: processo em que a peça é congelada e descongelada repetidas vezes,
perdendo líquidos.
Pontos positivos: pode ser executadas em peças frescas ou fixadas (formol), o material se
mantem firme, seco e leve.

Pontos negativos: as peças ficam frágeis e exigem um maior cuidado com o manuseio e
transporte, redução tecidual e estruturas com aspecto opaco e outras partes brilhantes.

Injeção de látex: também chamada de repleção, consiste na injeção de látex em estruturas


circulatórias e adjacentes.

Pontos positivos: possui alto grau de penetração, vasos preservados de forma integral sem
retração nem dilatação de suas estruturas.

Pontos negativos: risco de perda de matéria prima em caso de descuido com o


armazenamento.

Vinilite seguido de corrosão: semelhante à repleção, essa técnica consiste na injeção de


acetato de vinila para a preservação de pequenas estruturas.
pá g. 12
Pontos positivos: baixo custo, resistência, boa visão macroscópica da vascularização.

Pontos negativos: delicado a impactos e “teme umidade”.

PROTOCOLOS DE CONSERVAÇÃO

Serão apresentados alguns protocolos de conservação de peças anatômicas, eles servem de


auxílio àqueles que desejam desenvolver as próprias fórmulas e refinar o próprio método
de trabalho. Vale ressaltar que os métodos a seguir têm por objetivo a troca de fluido
fixador do formol para outros, e que em sua maioria são utilizados em conservação de
peças anatômicas para hospitais escola e laboratórios de anatomia das instituições de
ensino superior.

Protocolos de glicerinação:

Protocolo 1: Torres (2004).


“Uma das técnicas de glicerinação utilizadas é a de Torres (2004), cujo autor utilizou
órgãos pré-fixados em formol (10%) mantendo-os por 30 dias em uma solução contendo
uma mistura de 50% de glicerina e 50% de peróxido de hidrogênio (5%). É recomendada
uma manutenção de seis em seis meses, retornando as peças em uma nova solução de
glicerina com peróxido de hidrogênio nas mesmas concentrações da primeira solução
mantendo-as imersas por sete dias antes de utilizá-las novamente.”

Protocolo 2: Dias (2008).


“Dias et al. (2008) apresenta outra técnica, onde afirma que a glicerina (50%) associada ao
cloreto de sódio (30%), mostra maior eficiência na conservação das peças anatômicas, não
deixando ocorrer ações de bactérias ou fungos nas mesmas. Ressalta ainda que mesmo
sem qualquer concentração de glicerina o cloreto de sódio continua mostrando eficiência
na conservação das peças e que qualquer concentração de glicerina mesmo a 50% não
mostra eficiência se não estiver associada ao cloreto.”

Protocolo 3: Gigek (2009).


“Gigek et al. (2009) utilizou uma técnica de glicerinação baseada principalmente em três
etapas: desidratação, clareamento e fixação secagem. Na primeira etapa as peças foram
mergulhadas em uma solução com álcool etílico 70% durante o período de uma semana.
Na fase de clareamento as peças anatômicas foram mergulhadas em água oxigenada 3%
durante uma semana. No terceiro e último período as peças foram colocadas em uma
solução de glicerina e álcool etílico respeitando sempre a solução de 1:2 respectivamente.
A técnica resultou em clareza das peças, resultando em uma melhor identificação das
estruturas anatômicas.”

Protocolo 4: Carvalho (2013).


“Carvalho et al. (2013) utilizou em seu protocolo a glicerina semipurificada (80,5%)
proveniente da produção do biodiesel em usinas. As peças foram fixadas primeiramente
em formaldeído 10% por um período de dois dias, depois foram desidratadas em uma
solução de álcool etílico 70% por mais dois dias e por fim foram colocadas em uma
solução de 1:2 de glicerina semipurificada e álcool etílico 100% por quinze dias, após esse
processo as peças apresentaram-se mais flexíveis, leves e inodoras.”

Protocolo 5: Cury (2013).


“Cury (2013) utilizou um protocolo que consta nos seguintes passos: lavagem das peças
pá g. 13
que eram preservadas no formol a 10% com água, por um período de 48 horas, para uma
retirada total do formol presente nas peças e em seguida devem ser levadas para secar a
sombra. Posteriormente as peças devem ser submersas em peróxido de hidrogênio a 10%
por 48 horas em um recipiente fechado e após esse processo devem novamente ser
retiradas, lavadas em água e secas de maneira natural à sombra. Após isso, as peças devem
ficar submersas em álcool absoluto (99%) em um recipiente fechado, sendo mensurada
semanalmente a concentração do álcool com um alcoômetro até que essa concentração
chegue a 65%. Este processo demora no mínimo três meses, podendo demorar até três
meses e meio para ser concluído. A permanência no álcool faz com que as peças fiquem
desidratadas quase por completo, processo essencial para o sucesso da técnica. Por fim, as
peças devem ficar submersas em glicerina P.A. durante dois meses.

A glicerina, por sua vez, tem a função de reidratar as peças que foram alteradas pelo
álcool e trazer novamente a cor que foi removida pelo peróxido de hidrogênio, agindo
como um reparador dos danos causados pelas substâncias anteriores, após esse período, as
peças banhadas em glicerina devem ser retiradas do mesmo local e deixadas em um
escorredor por um período mínimo de oito horas, até que todo o excesso de glicerina seja
retirado. Após completamente secas, as peças passam a ser armazenadas, em recipientes
de plástico, sem a necessidade de ficarem imersas em nenhum tipo de solução.”

INJEÇÃO DE LÁTEX

Este método tem por objetivo a conservação do corpo todo, por medida de segurança,
deve se esperar no mínimo 24h para iniciar os procedimentos de dissecação. Esse tempo é
para que o látex esteja seco e rígido, evitando assim, danos a estrutura.

Utiliza se látex branco e para pigmentar pode ser utilizado o corante xadrez nas cores azul
(para veias), vermelho (artérias) e verde para o sistema porta. O látex deve ser muito bem
misturado, e muito bem agitado para que evite o acumulo de resíduos que podem vir a
entupir o acesso utilizado, é indicado o uso de uma meia calça para coar o látex após a
pigmentação, assim evita se o acumulo de qualquer grânulo. Após o preparo do látex,
efetua se uma incisão de tamanho o suficiente para a inserção da seringa, procure artérias
de maior calibragem como a carótida, aorta, mesentérica, ilíaca comum e femoral.
pá g. 14
Com as veias deve se manter o mesmo critério, procurando aquelas que possuem maior
calibre, são alguns exemplos: jugular, veia cava superior e inferior, veia basal, femoral
profunda e braquial. Quanto maior a peça a ser conservada, maior a quantidade de látex a
ser injetado.

Primeiro é feita a injeção na artéria (látex vermelho) em sentido caudal observando a


coloração das gengivas para saber se o látex preencheu o sistema corretamente. Feito isso,
aplica se uma injeção na veia (látex azul) em sentido cranial, observando a área genital
para saber se o preenchimento foi completo, em caso de dúvida, pode se fazer uma incisão
em áreas bem capilarizadas como os metacarpos para averiguar a coloração dos vasos.
Caso os vasos superficiais dessa região estejam corados, o procedimento está correto.

Para ter acesso ao sistema porta, é feito uma incisão na linha Alba da região abdominal do
corpo a ser conservado de maneira a termos acesso ao intestino. É feito então uma injeção
de látex na cor verde na veia mesentérica inferior até o acesso da veia porta do fígado estar
pigmentado na cor verde.

pá g. 15
VINILITE E CORROSÃO

Para essa técnica é necessário que os órgãos estejam frescos, pois assim, ele permite uma
visualização plena de todo o sistema conservado. Esse sistema tem como finalidade a
exposição do sistema circulatório do órgão, para tal é necessário que após a conservação o
órgão seja tratado com ácido, o mais utilizado hoje em dia é o ácido clorídrico.

Deve se retirar o órgão com extremo cuidado para preservar o máximo da estrutura,
usaremos como exemplo um pulmão.

Retira se a estrutura do bloco 1 (pulmões, coração, laringe traquéia esôfago, grandes vasos
e estruturas mediastinais), separa se um pulmão mantendo a parte da traquéia preservada.
O pulmão é lavado por dentro e por fora enquanto ele é pressionado cuidadosamente
(pressiona se do lobo basal para o hilo) esse processo é feito até que não saia mais
secreções.

O pulmão fica mergulhado em álcool 80% por 24h depois uma cânula grossa de silicone é
inserida de forma bem adaptada na traquéia e um barbante é amarrado de forma a adaptar
a estrutura com firmeza.
pá g. 16
Aplica se de forma espargida uma mistura de formol e álcool sendo 50% de cada, levam
algumas horas para que a fixação esteja completa, ele estará devidamente fixado quando
apresentar coloração esbranquiçada e com distensão semelhante a dos vivos no processo
de inspiração.

Para a conservação é utilizado um polímero chamado acetato de vinila, ele é encontrado


em pó, e deve ser preparado com acetona P.A sendo agitado até apresentar certa
viscosidade. Ele é pigmentado com os padrões de cores já apresentados anteriormente,
porém, é utilizado tinta automotiva para a pigmentação.

Após preparada, a solução devidamente pigmentada a solução é aplicada com uma seringa
por via da traquéia até os lobos pulmonares serem preenchidos. Amarra se a entrada da
traquéia e em seguida o pulmão é mergulhado em água por 24h para a solidificação da
solução de vinilite.

Após esse processo o pulmão é colocado em um vidro com ácido clorídrico e é deixado lá
por 12 horas, depois é lavado para tirar resto de tecidos e deixados para secar a sombra.
Pinta se novamente com tinta automotiva e aplica se verniz.

Vascularização de um coração canino.

pá g. 17
Vascularização de uma placenta.

CRIODESIDRATAÇÃO

Tomaremos como exemplo a criodesidratação de um estômago já fixado em formol a 8%.


Retira se o estômago com parte do esôfago e duodeno com cautela para evitar lesões e em
seguida, disseca se para retirar o excesso de tecido adiposo amarra se o duodeno e pela
cárdia do estômago injeta se ar utilizando uma bomba manual a fim de inflar o órgão o
máximo possível, depois amarra se a extremidade do esôfago para evitar a dissipação do
ar.

Utilizando de um varal improvisado feito de bastão de madeira, as peças são levadas a um


contêiner refrigerado à 8º Celsius por 48h e em seguida elas são expostas a temperatura
ambiente pelo período de 24h para descongelamento. Esse procedimento é repetido várias
vezes (8 a 10 vezes). O barbante preso ao esôfago pode soltar devido à diminuição do
volume do órgão, quando ocorrer, deve se preencher o estômago com ar novamente e
repetir o processo de amarração da peça mantendo-a sempre bem inflada.
As peças devem ser acondicionadas em caixas de vidro transparentes feitas sob medida e
lacradas para evitar o contato de insetos, e proporcionar um melhor manuseio devido a sua
fragilidade.

pá g. 18
PLANOS DE SECÇÃO

pá g. 19
pá g. 20
INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA

BISTURIS
São instrumentos de corte. Atualmente são utilizados os bisturis de lâmina removível. 

CABO DE BISTURI NÚMERO 3 L

Acopla-se a lâminas menores e delicadas: 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 40 
L refere-se a ser longo, apropriado para alcançar estruturas profundas. Apresenta um
correspondente curto (3) para estruturas mais superficiais.

CABO DE BISTURI NÚMERO 4


pá g. 21
Acopla-se a lâminas maiores: 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 36, 50 
Apresenta um correspondente longo (4L) apropriado para alcançar estruturas profundas.

LÂMINAS PARA CABO DE BISTURI NÚMERO 3 E 3L


As lâminas classificam-se segundo o tamanho do encaixe do cabo, seu formato e
aplicabilidade. 

As lâminas com encaixe para cabo número 3 e 3L são as de número 9, 10, 11, 12, 13, 14,
15, 16, 17, 40 

LÂMINA Nº10

É
reta na parte superior e convexa na borda cortante. É utilizada para incisões em pele e
músculos.

LÂMINA Nº11

Possui forma triangular e ponta bastante afiada, sendo utilizada em pequenas incisões e na
drenagem de abscessos.

pá g. 22
LÂMINA Nº12

Tem ponta curva cortante na face côncava; é utilizada em procedimentos mucogengivais.

LÂMINA Nº15

Possui formato pontiagudo em sua extremidade e superfície curva cortante; é utilizada em


incisões delicadas em pele, músculos e periósteo.

LÂ MINAS PARA BISTURI DE CABO NÚ MERO 4 E 4L


As lâminas classificam-se segundo o tamanho do encaixe do cabo, seu formato e
aplicabilidade. 
As lâminas com encaixe para cabo núnero 4 e 4L são as de número 18, 19, 20, 21, 22, 23,
24, 25, 36, 50 

LÂMINAS Nº20 AO Nº22

São de tamanho crescente, semelhantes à lâmina 10.

pá g. 23
LÂMINA Nº23

Possui ponta cortante, pontiaguda em formato de folha.

TESOURAS
São instrumentos de corte, divulsão e dissecção. Podem ser retas, curvas ou anguladas. Em
geral utilizam-se tesouras curvas para a secção de tecidos e retas para a secção de fios,
exceto quando os fios estão em em cavidades profundas. Podem possuir ponta aguda,
romba ou aguda-romba. Preferem-se as de ponta romba para a dissecção de tecidos. As
tesouras marcadas por cabo dourado ou preto possuem fio de corte mais resistente ,durável
e delicado. 

TESOURA DE MAYO RETA

Apresenta cabo e pontas fortes e largos.

TESOURA DE MAYO CURVA

Apresenta cabo e pontas fortes e largos.

pá g. 24
TESOURA DE METZEMBAUM RETA

Apresentam cabo e pontas mais finos e delicados

TESOURA DE METZEMBAUM CURVA

Apresentam cabo e pontas mais finos e delicados

TESOURA IRIS

Pequena e delicada, muito utilizada em procedimentos oftalmológicos, como seu nome


sugere.

TESOURA DE POTTS

Possui angulação em suas faces cortantes, sendo muito útil para incisões em estruturas
pequenas, como paredes de vasos.

PINÇAS ELÁSTICAS
São instrumentos auxiliares de preensão que dão suporte a várias manobras.
pá g. 25
PINÇA ANATÔMICA

É utilizada para a preensão de diversos tecidos.


Apresenta ponta arredondada com ranhuras transversais. Provoca menos trauma nos
tecidos, porém há risco de esgarçamento do tecido.

pá g. 26

Вам также может понравиться