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AS LESÕES RELACIONADAS AO TRABALHO NO PANORAMA ... http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/varie...

Referência em FISIOTERAPIA na Internet


www.fisioweb.com.br

Trabalho realizado por:


- Bianca Cristina Conceição de Souza 1 1
Acadêmica do curso de Fisioterapia/ FASB

Contato: fabiolafisiot@hotmail.com

AS LESÕES RELACIONADAS AO TRABALHO NO PANORAMA DA


SAÚDE OCUPACIONAL

RESUMO

A incidência de LER/ DORT vem aumentando gradativamente e consideravelmente no


decorrer dos anos. Contudo, historiadores datam que desde os primórdios da humanidade
existem indícios de lesões Osteomúsculares, comprovando que, apesar da explosão no
numero de casos ter ocorrido após a Revolução Industrial, essa síndrome acompanhou o ser
humano em todo o decorrer de sua história. Mesmo diante de uma doença cujas evidencias
são tão antigas, ainda hoje há a dificuldade em se estabelecer o reconhecimento e
conseqüente diagnóstico da LER/ DORT. Desta feita, a pesquisa “As Lesões Relacionadas
ao Trabalho no Panorama da Saúde Ocupacional” teve como objetivo analisar a ocorrência
das LER/ DORTs, bem como descrever os aspectos primordiais para o diagnóstico dessa
síndrome, levando em consideração a fisiopatologia das doenças afins.

PALAVRAS – CHAVE: Saúde; Engenharia Humana.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

As Lesões por Esforços Repetitivos (LER), também encontradas sob a nomenclatura de


Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) podem ser definidas como
danos e/ou sofrimentos teciduais oriundos de um trauma físico. Esses, por sua vez,
acometem preferencialmente os membros superiores, incluindo a região cervical, tendo
origem necessariamente ocupacional, decorrente do uso abusivo e incorreto de grupos
musculares.

Na realidade, as LER representam um conjunto heterogêneo de afecções do sistema


músculo-esquelético que estão relacionadas ao ambiente de trabalho. (ARAÚJO & DE
PAULA, 2003)

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Por conta da amplitude da categoria das doenças que constitui as LER/ DORT, o
estabelecimento desse tipo de diagnóstico requer uma extrema “atenção” por parte do
terapeuta (médico), incrementada por anamnese e exames físicos completos e bem
direcionados.

A anamnese ocupacional, ..., é de fundamental importância. É a


etapa na qual o(a) paciente conta com detalhes como é o seu
trabalho, desde a jornada real que costuma fazer, existência ou não
de pausas para refeições, descanso, fluxo de atividades,
características das atividades, movimentos necessários,
produtividade exigida, formas de pressão para garantir a
produtividade, etc. (SETTIMI, 2001)

Contudo, o diagnóstico da LER/ DORT é essencialmente clinico, sintetizado a partir de uma


inspeção minuciosa, devendo esta cumprir, pelo menos, as seguintes etapas propostas por
Settimi (2001): História da Moléstia Atual; Investigação sobre o Funcionamento dos Diversos
Sistemas Corpóreos; Antecedentes Individuais (cirurgias, acidentes, dentre outros);
Antecedentes Familiares (hipertensão, diabetes, dentre outros); Hábitos e Estilos de Vida;
Exames Complementares.

O INSS (1993) expõe que a caracterização da LER não depende de dados laboratoriais, mas
sim da correlação entre lesão e o exercício do trabalho.

METODOLOGIA

O estudo foi realizado por meio de uma investigação de cunho bibliográfico, que teve como
objetivo analisar a ocorrência das lesões ocupacionais, bem como descrever os aspectos
primordiais para o estabelecimento desse tipo de diagnóstico, levando em consideração a
fisiopatologia das doenças que compõe o espectro LER/ DORT. Foram utilizados como
fontes de pesquisa artigos em versão eletrônica e livros encontrados na Biblioteca Antonio
Balbino de Carvalho Filho, da Faculdade São Francisco de Barreiras. As Palavras-Chave
foram instituídas de acordo com os descritores em ciência da saúde que, a saber, são:
Saúde e Engenharia Humana.

LER/ DORT PODEM SER CONSIDERADOS ACIDENTES DE TRABALHO?

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O conceito de acidente de trabalho é encontrado nas bibliografias afins como um evento


negativo e indesejado que acontece no exercício da atividade ocupacional, e que provoca
lesão corporal ou perturbação funcional, podendo levar à morte, à perda ou à redução
permanente/ temporária da capacidade para o trabalho. (MATOS, 2005)

Entretanto, Whiting & Zernicke (2001) defendem que nem todos os acidentes envolvem
lesões e nem todas as lesões são de natureza acidental.

O fato é que a palavra “acidente” está relacionada a um evento inesperado, por acaso, não
intensional, ou como algumas companhias gostam de dizer, uma “Obra de Deus” (WHITING
& ZERNICKE, 2001). Isso por sua vez, implica em isenção da responsabilidade empresa/
trabalhador. Assumindo-se o termo “acidente” no lugar de “lesão” pode-se também
subentender que houve, no exercício do trabalho, erro humano, o que nem sempre é verídico.

Contudo, para a efetivação desta pesquisa, preferiu-se limitar o conceito LER/ DORTs à
lesões ocupacionais e não à acidentes de trabalho.

LER/ DORT: OCORRÊNCIAS NO DECORRER DA HISTÓRIA

Essas lesões inflamatórias causadas por esforços repetitivos têm origens antigas. Restos de
esqueletos dos primeiros seres humanos mostram evidência de artrite e de fraturas,
sugerindo que, em nenhuma época, o homem esteve livre dos efeitos das lesões (WHITING
& ZERNICKE, 2001).

Desde a antiguidade, observações e estudos eram feitos no sentido de qualificar as lesões


ocupacionais. A exemplo disso, temos os estudos científicos realizados por Bernardino
Ramazzini (considerado em 1713 como pai da medicina ocupacional) o qual nomeclaturou,
inicialmente, as lesões por esforço repetitivo como “Doença dos Escribas” (ORSO et. al.,
2001). Já em 1891, Fritz De Quervain descrevia o inchaço do tendão provocado por
movimentos de torcer tecidos como “Entorse das Lavadeira” (OLIVEIRA, 2001).

...apesar da existência das LER antes do início da evolução


Industrial, somente depois de 1980 a expressão ‘lesões por
esforços repetitivos’ foi criada. Aconteceu na Austrália, após uma
aparente epidemia de problemas musculares e ósseos entre
funcionários de escritórios. A incidência de pessoas que se
queixavam de dores, formigamentos e sensibilidade nos membros
superiores começou a crescer de maneira dramática por volta de
1981, passando de um a nove pacientes por dez mil para seis
novos pacientes a cada mil trabalhadores em 1987 (BAWA, 1997
apud ORSO et.al., 2001).

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Contudo, a LER/ DORT representa uma síndrome de dor nos segmentos do corpo, com
queixa de incapacidade funcional causada por movimentos repetitivos ou por posturas
forçadas. Também é conhecido por LTC (Lesão por Trauma Cumulativo), mas há quem
defenda que o termo mais correto a ser usado, tecnicamente, seria o de Síndrome da Dor
Regional de Origem Ocupacional (BARBOSA, 2002).

Os sociólogos e psicólogos acreditam que as LER/DORT’s sejam manifestações somáticas


das aflições dos tempos atuais, uma espécie de histeria coletiva desencadeada pela
organização do trabalho moderno, em pessoas com perfil emocional susceptível
(NICOLETTI, 2005). Em contrapartida, os estudos anotomofisiologicos permitem caracterizar
a LER/DORT como um processo inflamatório oriundo de atritos entre estruturas ósseas,
musculares, tendíneas, nervosas e do tecido conjuntivo que lhe dá sustentação em
decorrência de solicitações cumulativas excessivas e repetitivas de um segmento do corpo
(YENG, 1995 apud ORSO et. al. 2001).

Essas lesões ocupacionais acometem pessoas jovens, no auge de sua produtividade e


experiência profissional, com sua maior incidência na faixa etária de 30 a 40 anos,
principalmente as do sexo feminino, que executam tarefas que exigem motivação contínua
dos braços e das mãos, ou que se colocam em posturas inadequadas por um período de
tempo prolongado.

As ocorrências de LER/ DORT em algumas categorias profissionais tem relação com os


estudos científicos de Armstrong, no qual demonstraram que o ricos de tendinite de mãos e
punhos em pessoas que executam atividades repetitivas e forçadas é vinte e nove vezes
maior do que em pessoas que executam tarefas lentas, pouco repetitivas e forçadas.
(COUTO, 2006)

Neste Ínterim, as categorias profissionais que lideram as estatísticas são bancários,


digitadores, operadores de linha de montagem, operadores de telemarketing, secretárias,
jornalistas, entre outros (AMERICANO, 2000).

De acordo com Higgs & Mackinnon (1995), apesar de quase duas décadas de estudo, essa
síndrome continua sendo o maior e o mais freqüente problema das extremidades superiores
relativo ao trabalho.

No Brasil, a LER/ DORT representa a segunda causa de afastamento do trabalho,


notificando-se 532.434 CATs (Comunicação de Acidentes de Trabalho), sem contar os
trabalhadores que pleiteiam na Justiça o reconhecimento do nexo causal, em milhares de
ações movidas em todo o País. A cada cem trabalhadores na região Sudeste, por exemplo,
um é portador de Lesão por Esforços Repetitivos (AMERICANO, 2000)

A região Nordeste, segundo o DATASUS (2002) apresenta crescimento das taxas de

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incidência de doenças relacionadas ao trabalho. Entre 1996 o índice era 0,9% passando em
1998 para 1,2%.

O tratamento LER/ DORT depende do estágio da doença, e quanto mais cedo for feito o
diagnóstico e a intervenção, menos invasivo será o tratamento. Este, por sua vez, consiste
basicamente na fisioterapia e no uso de medicações antiinflamatórios e analgésicos, entre
outros tratamentos alternativos, de sorte que o individuo que apresenta essas lesões deve
ser afastado do trabalho, estando condicionado ao repouso e a mudança no estilo de vida,
sendo que, em casos extremos, é exigido até interferência cirurgia. Entretanto, qualquer que
seja o método, este requer educação do doente quanto às posturas a serem adotadas tanto
nas atividades de trabalhos como nas de não-trabalho.

A saber, a média de custo anual das lesões ocupacionais para as empresas de todo o mundo
é de R$ 12, 5 bilhões/ ano, sendo que, especificamente no Brasil o custo é de R$ 20 bilhões/
ano o que inclui aposentadorias, indenizações e tratamentos médicos, isso segundo o estudo
do economista José Pastore, da Universidade de São Paulo (AMERICANO, 2000).

BREVE FISIOPATOLOGIA DAS LESÕES POR ESFORÇO REPETITIVO

Levando em consideração que a amplitude de um movimento depende basicamente da


integridade da(s) articulação(ões) envolvida, e que a mesma é estruturada internamente por
ligamentos, sinóvias e cápsula articular, e externamente por tendões, músculos, fascias e
nervos, acredita-se que essa região é responsável por grande parte das cargas oriundas da
movimentação/ atividades de vida diária.

O principio da homeostase corporal, com enfoque músculo-articular, é de suma relevância


para compreensão da fisiopatologia das LER/DORT’s. Entretanto, de forma sucinta, pode-se
entender que essas lesões ocorrem da seguinte maneira:

- No exercício ativo, a diferença entre as magnitudes das cargas musculares é o que


promove o movimento correto. Os músculos sinergistas agem a favor do movimento
desejado, enquanto os antagonistas realizam trabalho excêntrico para “freiar” o movimento,
impedindo que haja uma atividade incontrolada e danosa. O equilíbrio entre a ação muscular
sinergista (força positiva) e a antagonista (força negativa) resultam num somatório de forças
cujo resultado é a neutralidade do movimento, ou ainda estabilidade articular.

- Posto que há desequilíbrios entre os grupos musculares controladores e “efetuadores” do


movimento (essa é uma situação relativamente comum entre indivíduos com diagnóstico de
“bursites” e “tendinites” de membro superior), a amplitude das forças envolvidas promovem
alterações importantes nos tendões e cápsulas articulares que por sua vez, podem sofrer
lesões decorrentes dos esforços adicionais a que são submetidos.

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OS PRINCIPAIS SINTOMAS DAS LER/ DORTs

A dor é um sintoma comum entre as LER/ DORTs, que afeta diretamente a qualidade de vida
do trabalhador, trazendo limitações significativas às suas atividades diárias. Ela pode incidir
sobre todo o segmento afetado pela síndrome, sendo inicialmente ocasional, evoluindo de
forma gradual a sua intensidade e persistência concomitantemente à evolução da doença.

A dor pode ser desencadeada e/ou agravada pelo movimento repetitivo, por atividades de
grande esforço ou, até mesmo, em repouso. Entretanto, nas fases iniciais as algias tendem a
ser aliviadas por meio da imobilização.

Nas fases mais críticas da doença, há freqüentes paroxismos dolorosos mesmo fora do
trabalho, especialmente à noite (OLIVEIRA, 1991 apud BARBOSA 2002)

Além da dor existem outros sinais e sintomas característicos das LER/ DORTs dos quais
pode-se destacar: edema, diminuição da amplitude de movimento, diminuição da força
muscular, hipertonia, parestesias, sensação de peso nos membros, formigamento, choques,
palidez ou hiperemia, sudorese nas mão e desconforto.

FORMAS CRÔNICAS DE MANIFESTAÇÃO DA LESÃO OCUPACIONAL

Existem diversos distúrbios osteomúsculares relacionados ao trabalho dentre os quais Couto


(1998 apud SERVERO et. al. 2006) citou: Tendinite e Tenossinovite dos Músculos dos Ante
Braços, Miosites dos Músculos Lumbricais e Fasciíte da Mão, Tendinite do Músculo Bíceps,
Tendinite do Músculo Supra-espinhoso, Inflamação do Músculo Pronador Redondo com
compressão do Nervo Mediano, Cisto Gangliônico no Punho, Tendinite de Quervain,
Compressão do Nervo Ulnar, Síndrome do Túnel do Carpo, Compressão do Nervo Radial,
Síndrome Desfiladeiro Torácico, Epicondilite Medial e Lateral, Bursite de Cotovelo e Ombro,
Síndrome da Tensão Cervical e Lombalgia.

Entretanto, neste estudo conceituaremos apenas oito das lesões osteomusculares


ocupacionais, por serem abordadas por Barbosa (2002) como “As Formas Crônicas de
Apresentação dos DORTs”:

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1- Tenossinivite dos Extensores do dedo: Consiste numa inflamação dos tendões e


bainhas dorsais da mão, que ocasiona dor ao movimento de dedos e punhos, levando a
impotência funcional. Contudo, essa inflamação ainda provoca inchaço, crepitações, calor e
rubor locais. (BARBOSA, 2002)

2- Tenossinovite Estenosante Digital (Dedo em Gatilho): Essa doença envolve os tendões


flexores dos dedos das mãos, que passam por túneis dentro dos dedos. O espessamento da
bainha fibrosa que reveste essas estruturas produz uma estenose do túnel e em
conseqüência impede o livre deslizamento dos tendões flexores. Os tendões se tornam
secundariamente alargados na área imediatamente proximal à estenose da bainha,
presumivelmente por conta da fricção. Conforme a pessoa meche os dedos ela irá sentir um
estalo ou escutar um barulho na articulação envolvida, principalmente no meio dos dedos e a
mesma é incapaz de entendê-los ativamente (SALTER, 2001).

Quadro 1 - Síntese das oito Doenças Crônicas que compõe as LER/ DORT segundo
SALTER (2001), BARBOSA (2002), WHITING & ZERNICKE (2001), EVANS (2003).

ACOMETIMENTO
LESÃO INCIDÊNCIA TRATAMENTO
ANATÔMICO
Bainha dos
Tendinite dos
músculos Antiinflamatórios e
Extensores do Digitadores, bancários
extensores dos Fisioterapia
dedo
dedos
Acomete mais mulheres do
que homens e incide
preferencialmente na idade Repouso,
Tenossinovite adulta (COHEN, 1996). Fisioterapia,
Estenosante Tendões flexores Ocorre também em Infiltrações de
Digital (Dedo do punho indivíduos que manuseiam Hidrocortisona, se
em Gatilho): alicates, tesouras e gatilhos necessário,
de bombas de gasolina. Cirurgia.

Grupos etários entre 35 e Repouso local,


50 anos e em indivíduos que Calor local, AINS,
Inserção dos
executam movimentos infiltrações de
tendões dos
crônicos de repetição no hidrocortizona,
Epicondilites músculos flexores
cotovelo, como torneiros Anestésico local,
ou extensores do
mecânicos, carpinteiros, nos cinesioterapia, e se
carpo no cotovelo
esporte de arremesso e necessário,
jogadores de tênis. cirurgia.

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Ocorre com freqüência em Antiinflamatórios,


Ligamento anual do
pessoas com idade entre 30 Infiltrações com
Tenossinovite carpo e tendões do
a 50 anos. As mulheres são corticóide, uso de
de De londo abdutor e o
mais acometidas numa imobilizador (gesso
Quervain curto extensor do
razão de 8/1 em relação ou órtese) e
polegar
aos homens Fisioterapia.
Bursas, Mulheres e pessoas que Depende da causa,
principalmente a realizam atividades mas no geral,
Bursites
Subacromial (em repetitivas de elevação do Imobilização e
membro superior) braço Fisioterapia.
Tecidos Os cistos tendem a
Periarticulares, regredir, mas pode
cápsulas articulares Indivíduos que realizam ser realizada
Cisto Sinovial e bainhas trabalhos manuais que Aspiração,
tendinosas, sendo exijam força Cirurgias de
mais comum no Incisão,
dorso da mão Fisioterapia.
Repouso com usos
de Tipóia,
Tendinite Tendão do Bíceps, Maior em adultos, atletas ou
infiltrações de
Bicipital ou do porção longa ou do trabalhadores braçais e
hidrocortisonas,
Supra- músculo supra- pessoas que sofreram
Fisioterapia e, se
espinhoso espinhoso traumas no ombro.
for preciso,
cirurgia.
Alguns autores citam
incidência de sete homens
para uma mulher e outros,
dez homens para uma
mulher. Começa na idade É cirúrgico, com
adulta, depois da segunda excisão da
Contratura ou aponeurose palmar
década, com maior
Moléstia de Fáscia palmar doente;
incidência acima dos 40
Dupuytren Fisioterapia
anos; em geral, 1,5% da
população acima dos 60
anos tem algum grau de
comprometimento. É quase
limitada à raça branca
(GALBIATTI et.al., 1995)

3 – Epicondilites: São provocadas por microtraumas nos pontos de inserção dos músculos
flexores ou extensores do carpo no cotovelo, ocasionando o processo inflamatório local que
atinge tendões, fáscias musculares, músculos e tecidos sinoviais. As cargas continuas
agravam o dano, eventualmente, resultando num acometimento tecidual sintomático sob a
forma de inflamação, inflexibilidade e fraqueza tecidual podendo ter degeneração em
subseqüente necrose local, calcificação distrófica e ruptura patológica de tendão (WHITING
& ZERNICKE, 2001; SALTER, 2001).

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4- Tenossinovite de DeQuervain: É um processo inflamatório que evolui acometendo


tendões e tecidos sinoviais peritendinosos, que ocorre por conta do espessamento do
ligamento anular do carpo, no primeiro compartimento dos extensores por onde passam dois
tendões: o longo abdutor e o curto extensor do polegar. Tem como sintoma característico a
dor de aparecimento insidioso localizada na apófise estilóide do radio, podendo irradiar para
o polegar, ante braço, cotovelo e ombro. (BARBOSA, 2002)

5- Bursites: Pode ser entendida como Inflamação de uma estrutura anatômica chamada de
Bursa. Essas bursas são “sacos” que contem liquido sinovial, revestidos de fibras de
colágeno e membrana sinovial, que tem por função reduzir ao mínimo o atrito e a irritação
associados ao movimento, geralmente próximas a inserções tendinosas e articulações. Desta
maneira, uma bursite pode ser desencadeada como resultado de repetidas e excessivas
fricções, ou por alterações genéticas, ou ainda por atuação de organismos piogênicos ou
granulomatosos. Tem como principal sintomatologia a dor intensa e incapacitante, que se
estiver relacionada a articulação do ombro, pode irradiar para braço e região cervical.
(BARBOSA, 2002; SALTER, 2001; EVANS, 2003)

6- Cisto Sinovial: Pode ser idiopático, porém sua origem em tecidos periarticulares,
cápsulas articulares e bainhas tendinosas é possível devido à degeneração mucóide. Sendo o
seu sitio mais comum o dorso da mão, o cisto sinovial ocasionalmente causa desconforto
local (SALTER, 2001).

7- Tendinite Bicipital e do Supraespinhoso: Podem também pode ser abordada como uma
Síndromes do Impacto, desencadeada por uso excessivo dos tendões Supra-espinhal ou
Bíceptal. A tendinite do supraespinhoso é causada por relações anatômicas desconfortáveis,
levando a isquemia local e degeneração. Já a tendinite bicipital pode ser encontrada como
uma entidade isolada, mas freqüentemente, é secundária a lesões nas bainhas dos rotadores
(manguito rotador). As apresentações clinicas variam desde sensações de peso até dor local
(tuberosidade do úmero e face anterior do braço), incômoda, que é exarcebada ao
movimento. (BARBOSA, 2002; EVANS, 2003)

8- Contratura ou Moléstia de Dupuytren: Inflamação fibrosante da fascia palmar


responsável pela formação de “cordões palmares” em direção aos dedos, impossibilitando a
extensão normal dos quirodáctilos acometidos. (BARBOSA, 2002)

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No panorama da saúde ocupacional, Ministério da Saúde (2003) propôs a relação


exemplificativa entre o trabalho e algumas outras patologias, com o intuito de normalizar a
técnica de avaliação de incapacidade para fins de benefícios previdenciários (quadro 2).

Quadro 2: Relação Exemplificativa entre o Trabalho e Algumas Patologias

CAUSAS ALGUNS
LESÕES EXEMPLOS
OCUPACIONAIS DIAGNÓSTICOSDIFERENCIAIS

Compressão do
Bursite do cotovelo Apoiar o cotovelo
cotovelo contra Gota, traumatismos e artrite reumatóide
(olecraniana) em mesas
superfícies duras

Operar
Contratura de fáscia Compressão palmar
compressores Heredo-familiar (Contratura de Dupuytren)
palmar associada a vibração
pneumáticos

Compressão palmar
Apertar alicates Diabetes, artrite reumatóide, mixedema,
Dedo em Gatilho associada a realização
e tesouras amiliodose e tuberculose pulmonar.
de força

Movimentos com
esforços estáticos e
Apertar
preensão prolongada de
parafusos, jogar
objetos, principalmente Doenças reumáticas e metabólicas,
Epicondilites do tênis,
com o punho hanseníase, neuropatias periféricas,
Cotovelo desencapar fios,
estabilizado em flexão traumas e forma T de hanseníase.
tricotar, operar
dorsal e nas
motosserra
pronossupinações com
utilização de força.

Flexão extrema do
Síndrome do Canal Apoiar cotovelo Epicondilite medial, seqüela de fratura,
cotovelo com ombro
Cubital em mesa bursite olecraniana forma T de Hanseníase
abduzido. Vibrações.

Síndrome do Canal Cistos sinoviais, tumores do nervo ulnar,


tromboses da artéria ulnar, trauma , artrite
de Guyon Compressão da borda
Carimbar reumatóide e etc
ulnar do punho.

Fazer trabalho
manual sobre
veículos, trocar
lâmpadas, pintar
Síndrome do Compressão sobre o paredes, lavar Cérvico-braquialgia, síndrome da costela
ombro, flexão lateral do vidraças, apoiar cervical, síndrome da primeira costela,
Desfiladeiro
pescoço, elevação do telefones entre o metabólicas, Artrite Reumatóide e Rotura
Torácico
braço. ombro e a do Supra-espinhoso
cabeça.

Carregar objetos
pesados
Síndrome do Compressão da metade apoiados no
Interósseo Anterior distal do antebraço. antebraço

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Carregar pesos,
praticar
Síndrome do Esforço manual do
musculação, Síndrome do túnel do carpo
Pronador Redondo antebraço em pronação.
apertar
parafusos.
Menopausas, tendinite da gravidez
Movimentos repetitivos (particularmente se bilateral), artrite
de flexão, mas também Digitar, fazer reumatóide, amiloidose, diabetes, lipomas,
Síndrome do Túnel extensão com o punho, montagens neurofibromas, insuficiência renal,
do Carpo principalmente se industriais, obesidade, lupus eritematoso,
acompanhados por empacotar condrocalcinose do punho, trauma
realização de força.

Artropatias metabólicas e endócrinas,


Manutenção do artrites, osteofitose da goteira bicipital,
antebraço supinado e artrose acromio-clavicular e radiculopatias(
Tendinite da Porção
fletido sobre o braço ou Carregar pesos C5-C6 )
Longa do Bíceps
do membro superior em
abdução.
Carregar pesos
Tendinite do Supra- Elevação com abdução
sobre o ombro, Bursite, traumatismo, artropatias diversas,
dos ombros associada a
Espinhoso jogar vôlei ou doenças metabólicas
elevação de força.
peteca
Estabilização do polegar
em pinça seguida de
rotação ou desvio ulnar
do carpo, principalmente Torcer roupas, Doenças reumáticas, tendinite da gravidez
Tenossinovite de
se acompanhado de apertar botão (particularmente bilateral), estilóidite do
DeQuervain
realização de força. com o polegar rádio

Tenossinovite dos Fixação antigravitacional


Artrite Reumatóide , Gonocócica,
do punho.Movimentos Digitar, operar
extensores dos Osteoartrose e Distrofia Simpático
repetitivos de flexão e mouse
dedos Reflexa(Sindrome Ombro-Mão)
extensão dos dedos.

Obs: Considerar a relevância quantitativa das causas na avaliação de cada caso.A presença de um ou mais
dos fatores listados na coluna "Outras Causas e Diagnóstico Diferencial" não impede, a priori, o
estabelecimento do nexo.

FONTE: Ministério da Saúde, 2003

Diante do polimorfismo da LER/ DORT, é valido ressaltar que, durante a avaliação clinica
pode-se encontrar um ou mais quadros clínicos relativo à síndrome, bem como quadros
álgicos vagos e sem território definido (SETTIMI et.al., 2000)

Contudo, a conclusão do diagnóstico deve ser elaborada de forma coerente, lembrando-se


que todo o raciocínio deve estar baseado na história clinica do paciente, na relação das
queixas com a existência dos fatores propiciadores da ocorrência das LER/DORT, nas
mudanças organizacionais da empresa ou mesmo em alterações da maneira de se realizar
tarefas (SETTIMI et.al., 2000).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As lesões por esforço repetido, apesar de serem possivelmente prevenidas, continuam a


preocupar a ciência. Os números de registro da doença e conseqüente afastamento de
trabalhadores dos seus postos ocupacionais não revelam a real situação da saúde
ocupacional. Por negligencia no diagnóstico, por dificuldade em estabelecê-lo, ou ainda por
falta de notificação dos casos, existem milhares de cidadãos trabalhadores que são afligidos

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pela doença e que não recebem o devido auxilio/ tratamento. Contudo, os profissionais da
área da saúde devem estar atentos ao nexo causal de seus pacientes afim de que as
providencias corretas sejam tomadas, e que a saúde ocupacional possa ser estudada
baseando-se numa realidade mais coesa dos fatos, e não em números aparentemente
alarmantes, porém incoerentes.

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- Publicado em 24/05/07

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