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Coronel Fabriciano
2017
CAMILA SANTOS DE CASTRO
CAROLINE COSTA ABREU
Coronel Fabriciano
2017
CAMILA SANTOS DE CASTRO
CAROLINE COSTA ABREU
___________________________________________________________________
Professor Orientador: Ronaldo Rodrigues Vieira
Titulação: Mestre em Engenharia Mecânica
Instituição: Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste
___________________________________________________________________
Professora de Metodologia: Elizabete Marinho Serra Negra
Titulação: Doutora em Administração
Instituição: Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste
___________________________________________________________________
Professor (a) Convidado (a):
Titulação:
Instituição: Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste
Dedico este trabalho a todos da minha família que me apoiaram, principalmente à
minha mãe Marta e ao meu pai Valdir. Dedico também aos meus amigos da
faculdade e a Deus.
Camila Santos de Castro
Aos professores do Unileste, sem citar nomes para que ninguém seja esquecido,
pela paciência ao conduzir seus conhecimentos para conosco, pelo apoio concedido
durante todo esse período sendo mestres e amigos. Em especial à professora
Elizabete Marinho Serra Negra e ao professor Ronaldo R. Vieira que foram nossos
orientadores dedicando sua atenção a este trabalho.
À empresa onde foi realizado o estudo de caso, no qual nos deu total apoio e
forneceu material para a pesquisa.
“A vida é um grande espetáculo. Vale a pena vive-la, apesar de todas as suas
dificuldades. Um vencedor não pode estar na plateia. Tem de estar no controle da
sua vida! “(AUGUSTO CURY, 2004).
RESUMO
Today, industries are increasingly looking for a more reliable maintenance program,
increasing production and minimizing losses during their operation. Because they are
constantly at work, machining equipment is subject to failure and good analysis is
required to ensure better production. The objective is to elaborate a bibliographic
research of the FMEA (Failure Modes, Analysis Analysis) analysis technique,
identifying potential failure modes of a product or process, in order to evaluate the
risk associated to these modes, so that they are classified in terms of importance and
then receive corrective actions in order to reduce the incidence of failures. The
exploratory research methodology and application of the FMEA tool will be used in
an engine grinding industry located in the Vale do Aço region. Applying this method
there was a great improvement in maintenance management, reducing costs in
corrective and preventive maintenance, making the equipment safer to use.
1 INTRODUÇÃO 14
2 REVISÃO DE LITERATURA 16
2.1 Histórico da manutenção 16
2.2 Conceitos da manutenção 18
2.3 Objetivos da manutenção 20
2.4 Falha, pane e defeito 20
2.5 A organização da manutenção 21
2.6 Tipos de manutenção 23
2.7 Análise de modos e efeitos de falhas (FMEA) 26
3 ESTUDO DE CASO 43
3.1 Materiais e métodos utilizados no local de estudos 43
3.2 Desmontagem dos motores 46
3.3 Lavagem química 48
3.4 Medições 51
3.5 Retífica do cabeçote 53
3.6 Retífica da Biela 58
3.7 Retífica do eixo virabrequim 62
3.8 Retífica de Cilindros do Motor 64
3.9 Usinagem do Mancal 67
3.10 Usinagem do bloco do motor 69
3.11 Montagem dos motores 72
4 CONCLUSÃO 75
REFERÊNCIAS 77
14
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
Primeira Geração:
Ela iniciou-se no período antes da segunda guerra mundial, quando
produtividade não era de tanta importância para sobrevivência e todos
estavam cientes que os equipamentos iam se desgastando com o passar do
tempo, mas só era feita a manutenção quando realmente o equipamento dava
alguma falha.
Segunda Geração:
No período entre a década de 1950 e 1970, foi criada a manutenção
preventiva e onde confirmaram que as falhas nas máquinas eram de acordo
com a idade do equipamento. A segunda guerra contribuiu para o aumento de
consumo de produtos e também aumentos de maquinários.
Terceira Geração:
Com início na década de 70, começaram a surgir importantes mudanças na
área de manutenção. As empresas buscaram a estocar seus produtos e
também ter o máximo de aproveitamento na sua produção, deixando assim a
manutenção um ponto essencial na produção e nas empresas, que
começaram a melhorar os sistemas computadorizados, foi nesta década que
também surgiu à manutenção preditiva.
Quarta Geração:
Com os lucros a concorrência só aumentava e o mercado estava cada vez
mais disputado. O investimento em ferramentas mais confiáveis foi
necessário para garantir uma boa produção e não ocorrer falhas durante a
produção. Com isso começou-se a utilizar mais as técnicas de manutenção
preditiva no lugar das manutenções preventiva e corretiva. Essa mudança
gerou o aumento dos ganhos e também gerou o interesse de engenheiros e
empresários.
18
Manutenção é uma palavra derivada do latim manus tenere, manter o que se têm, os
primeiros conceitos de manutenção começaram a aparecer no século XVI com o
surgimento dos teares mecânicos, mas somente por volta de 1900 que apareceu às
primeiras técnicas de planejamento (VIANA, 2002).
Pode-se dizer ainda que a manutenção é composta por várias ações para substituir
ou rever elementos de uma empresa, deixando o disponível durante um tempo
especifico para funcionar normalmente (KELY; HARRIS, 1980).
20
Falha
É definida por "Término da capacidade de um item desempenhar sua função
requerida.", podendo ter perda parcial da função e perda total.
Defeito
A definição de defeito é "Qualquer desvio das características de um item em relação
a seus requisitos.", podem ou não interferir na realização de uma função requerida.
21
Pane
É definido quando um item não consegue desempenhar a atividade requerida.
Normalmente é a consequência de uma falha, mas também pode ocorrer sem que
tenha qualquer falha anterior.
Centralizada
Na estrutura centralizada, de acordo com a especialidade, são feitos os serviços de
manutenção, esses serviços são feitos independente dos setores de produção,
deixando o controle e a organização centralizados, como por exemplo, os depósitos
e almoxarifados. Os responsáveis pela manutenção são agrupados de acordo com a
especialidade técnica de cada disciplina que pode ser: mecânica, elétrica, civil ou
outras, atendendo aos pedidos de todas as áreas ligadas a produção. Com isso
obtemos custos menores, maior aproveitamento das maquinas e maior
probabilidade de investimento e treinamento da equipe. Suas maiores desvantagens
são que possui uma dificuldade maior de comunicação entre Manutenção e
Produção, deixando a desejar o entrosamento necessário entre os funcionários,
precisa de uma participação maior da gerencia na distribuição da mão de obra.
Descentralizada
Na estrutura descentralizada, cada setor de produção tem a sua equipe específica
de manutenção, diretamente ligada ao chefe imediato de produção da área,
conservando as próprias condições de controle e organização. Cada equipe de área,
é dividida de acordo com as especialidades técnicas. Assim toda a área possui seu
almoxarifado e deposito. As vantagens de uma são desvantagens da outra e vice-
versa. Como vantagens temos uma comunicação melhor entre a produção e a
manutenção, com uma menor área o gerente terá uma maior visão dos
acontecimentos e como desvantagem tem que cada setor estará por dentro apenas
dos próprios problemas, tem uma necessidade de maior número de profissionais.
Mista
Na estrutura mista, há um setor central que é encarregado pelo controle e toda a
organização, mas existem grupos exclusivos de manutenção que são distribuídos
nos setores de produção, no entanto, sem estarem subordinados ao chefe de
produção do setor. São órgãos centralizados: órgãos de auxilio como oficinas e
depósitos entre outros, esses órgãos atuam somente nos setores de ‘’bancadas’’ de
trabalho para reparos considerados pequenos e de curta duração. Esses órgãos são
muito utilizados em grandes plantas, absorvendo assim as vantagens da
manutenção centralizada e descentralizada.
23
Manutenção Preventiva
A manutenção preventiva tem o objetivo principal de prevenir a ocorrência de uma
parada ou falha das máquinas por quebra, apoiar os trabalhos da manutenção
corretiva executando uma metodologia de trabalho periódico, é também responsável
por várias análises que pode ou não atrapalhar de uma maneira planejada e
programada um processo produtivo (KARDEC, 2009).
Manutenção Preditiva
A manutenção preditiva executa ajustes nas máquinas ou no equipamento somente
se estiver necessidade, mas sem deixar que aconteça a falha ou a quebra do
equipamento, acompanhando sempre e prevendo as falhas e possível saber quando
será necessária uma intervenção e entrar em ação. Ela é considerada pelos
especialistas como sendo uma manutenção planejada, que descreve as condições
do equipamento e mostra quando deve ser feita a intervenção, sendo na verdade
feito uma manutenção corretiva planejada (KARDEC, 2009).
Manutenção Corretiva
Uma característica da manutenção corretiva é que ela deixa o equipamento em
funcionamento até a sua quebra para depois corrigir o problema, restaurando o seu
funcionamento. Ela é responsável pela correção de uma falha identificada em um
determinado equipamento ou em uma instalação, sendo então considerada como
uma manutenção de emergência. Esse tipo de manutenção pode trazer altos custos
para a empresa então sempre é bom ficar atento (KARDEC, 2009).
De acordo com Souza (2008) e Connor, (1985), com a origem no meio militar o
FMEA divulga os conceitos de analise e modos de falhas e como cada um é
analisado, determinando os resultados das analises da sua ocorrência e separando
os modos de falha de acordo com a sua severidade. A partir de 1960 o FMEA
começou a ser utilizado pela NASA e por diversas indústrias aeroespaciais durante o
programa APOLLO. Mas foi em 1970 que ele começou a ser utilizado pela indústria
automobilística e obteve bons resultados. E então os produtos começaram a ser
desenvolvidos de acordo com as suas normas. Essas normas exigiam esforços para
atender todos os requisitos.
Segundo Puente et al., (2002), os dois estágios do FMEA são: fazer uma analise e
identificar os possíveis modos de falhas dos processos ou produtos e como e qual a
influência deles. E colocar as falhas em ordem de acordo com a pontuação de risco.
A falha considerada mais crítica será a primeira do rankin e terá prioridade na
aplicação das melhorias e assim sucessivamente.
De acordo com Stamatis, 2003 são três fatores que são utilizados para fazer analise
da ocorrência das falhas, sendo eles: ocorrência, detecção e severidade. E esses
fatores são analisados de acordo com o seu risco potencial, apresentado no FMEA
através do NPR (Risk Priority Number). A ocorrência (o) define a frequência da falha
e a severidade (S) corresponde a gravidade do efeito da falha e a detecção é a
habilidade para detectar a falha antes que ela atinja o cliente.
Para cada componente do sistema é feito uma tabela mostrando dados e relatando
sua função. Para cada elemento são associados dados do controle, em que período
a falha acontece, motivos e consequências, como encontrar, como concertar, como
evitar, sua ocorrência frequente e observações, de acordo com a Tabela 4
(ANDRADE, 2016).
Existe uma lista de papeis exigidos pela norma ISO/TS 16949:2002 e o FMEA
pertence a ela. A norma técnica e que define os atuais requisitos da indústria de
automóvel no mundo (VDA 6.1 – Alemanha, QS-9000 – EUA, EAQF – França e
AVSQ – Itália) para programas de Gestão da Qualidade é a ISO/TS 16949:2002.
31
No setor automobilístico a norma TS 169449 é que define o FMEA como uma pratica
necessária para um fornecedor adquirir uma peça ou um produto aprovado pela
montadora, tornando um grande motivo para a difusão dessa ferramenta, visando o
poder de difusão de novos conhecimentos e métodos adotados pela indústria
automobilística (HIDALGO, 2010).
Como já foi dito o FMEA foi originado desempenhada através do meio militar
americano no fim dos anos 40. O procedimento original, MIL-P-1629, e hoje ele é
inserido nas empresas de diversos ramos industriais, onde é visado o conhecimento
e resultados. Isso é feito através das análises e modos de falhas, efeitos e sua
criticidade. É utilizado com objetivo de avaliar técnicas de segurança, onde são
determinados as falhas e efeitos do sistema. As falhas são classificadas através
desse procedimento e se classificam através do seu impacto no resultado da
segurança pessoal do equipamento e dos seus resultados (BRAND, 2013).
Cassaneli et Al., (2006) diz que o FMEA é um método para fazer analise de um
determinado sistema; seu objetivo é detectar potenciais tipos de falhas, seus fatores
e impactos no desenvolvimento do processo, executando de preferencia
antecipadamente, de forma que a retirada deste método de falha seja definida de
modo preventivo.
32
De acordo com Braz (2002), veja alguns conceitos diferentes e importantes sobre
FMEA.apesar de se utilizar metodologia e modelo iguais (Figura 6).
Para Stamatis (2003 apud ALVARES 2007) ainda, o FMEA de Processo é utilizado
para analisar falhas antes de ser liberada a produção. Ele tem objetivo pré-definido e
é associado ao processo para cumprir esses objetivos. Ele tem obrigação de fazer
alterações no processo e priorizar ações de melhorias. Ele analisa as falhas
possíveis no projeto do produto, cumprindo o objetivo de cada característica.
Segundo Vinadé (2001), os modos de falha são uma forma que o defeito e mostrar o
jeito que acontece a falha ou para demonstrar o resultado esperado.
Como resultados, temos os efeitos eles podem ser confundidos com as falhas.
Devem-se evitar irregularidades no sistema no elemento ou no item, para evirar
confusões. O termo “o que” significa o resultado, enquanto a pergunta “como ocorre
o efeito” é o modo de falha.
Segundo Sundararajan (1991), são algumas das finalidades do FMEA:
34
Catastrófica: falhas que podem ocasionar falhas fatais ou mortais; Crítica: falha que
estraga totalmente o sistema; Marginal: falha ligeira que desgasta o sistema; Menor
ou desprezível: falha que não traz lesão no funcionamento do sistema. A norma
ISSO 9000, é empregada também para classificar a severidade, como indica a
Quadro 3.
O FMEA tem a finalidade de evitar falhas, ela pode ser usada nas situações abaixo
(TOLEDO; AMARAL, 2006):
O FMEA varia sobre os tipos de acordo com algumas literaturas. Stamatis (2005) e
Borror (2008) definem os tipos de FMEA:
FMEA de sistema: se utiliza para avaliar sistemas no início de um produto.
Visa nos modos de falha e na influência entre os elementos do sistema.
FMEA de produto: utilizado para examinar produtos primeiro que se fabrica.
Visa em modos de falhas que causa erro no projeto.
FMEA de processo: utilizado para avaliar processos visando em modos de
falhas correlacionadas por etapas. Destacam-se todas as informações,
equipamentos, etc.
FMEA de serviços: utilizado para analisar os serviços antes que seja entregue
ao consumidor. Visa de destacar em falhas causadas por engano do sistema
ou processo.
Bertshche (2008), determina que o tipo de FMEA depende do nível de variedade que
requer para a análise do produto.
Um privilégio do FMEA, é que ele pode ser utilizado na prevenção, a sua aplicação
no momento adequado é muito importante para se obter sucesso. A aplicação do
FMEA deve ser feita antes que o projeto ou processo do Modo de Falha seja
adicionado ao produto, sendo aplicado no momento certo terá menos gastos nas
mudanças nos produtos e processos (FERNANDES, 2016).
39
Toledo (1999), afirma que o FMEA ajuda também no processo de novas máquinas e
equipamentos. Na identificação dos modos de falha, as atitudes corretivas devem
ser feitas, são benefícios:
Aprimorar a qualidade, a confiança e segurança dos produtos.
Aprimorar a concorrência e a imagem da empresa.
Auxiliar para que alcance e supere as expectativas dos clientes.
Diminuir o custo e tempo na elaboração dos produtos.
Registrar as ações tendo como objetivo de diminuir riscos.
Siqueira (2005) relata que em um mesmo elemento pode existir vários modos de
falhas causas diversas, pode permitir o desenvolvimento de várias ações. Ao criar o
41
Veja alguns exemplos da utilização do NPR para definir a sua prioridade das
atividades. Isso é realizado através do produto de detectabilidade de acordo com o
quadro 7, frequência de acordo com o quadro 8, e severidade de acordo com o
quadro 9 de cada atividade (HERCULANO, 2009).
3 ESTUDO DE CASO
Foi selecionada para aplicação do estudo de caso uma empresa fundada em 2005,
e é hoje uma das mais modernas na região do Vale do Aço. Possui uma completa
linha de usinagem, retífica e montagem oferecendo desde a remoção, manutenção e
instalação e contando com técnicos especializados para suporte técnico. Seu
complexo está localizado em Coronel Fabriciano, MG.
Dentro dessa empresa foi selecionado como ambiente de estudo o galpão da retífica
de motores. Os equipamentos a serem retificados são motores, esses motores são
desmontados de forma detalhada separando peça por peça, munido de ferramentas
apropriado e dispositivo como saca polia, saca rolamento e fluido desengripante
quando necessário. Há um histórico de falhas que geralmente ocorre nesses
processos, e há manual dos motores.
Para dar início a elaboração do FMEA dos processos foi reunido alguns dados
existentes e o conhecimento dos principais envolvidos no processo de retífica dos
motores para a elaboração das tabelas de “Severidade”, “Ocorrência” e “Detecção”,
os das tabelas serão usados para a elaboração do FMEA e para definição do NPR
(Número de prioridade de risco) que determinará consequentemente o grau de
prioridade no tratamento das falhas existentes. No quesito severidade mostrado no
quadro 10, foram estabelecidos níveis que iniciavam em falhas que ocasionavam
perdas nos processos, mas nada que prejudicasse o equipamento de forma
produtiva, seguindo para falhas que ocasionassem perda de produtividade, até
chegar às falhas que interrompe completamente o processo, e sendo mais graves
aquelas que podem levar risco de segurança da equipe.
Seguindo para ocorrência, foi definido que seriam os períodos mais longos cujo
processo não apresentou nenhum problema, e qual o processo que apresentava
falhas com mais frequência. Usando estes dados como base, foi criada a tabela de
“Ocorrência” mostrada no quadro 11.
Observando o histórico de falhas nesse processo, foi feito o FMEA. De acordo com o
quadro 13 abaixo, temos as falhas e o efeito potencial dessas falhas, a causa
potencial e o plano de verificação. O modelo do FMEA implantado na empresa foi
adaptado e focalizado na definição dos níveis de NPR (número de prioridade de
risco) para facilitar a visualização das falhas que tem maior impacto nos processos
47
NPR
Desaparecimento de peças
NPR
Parafuso travado
Rompimento do cabo de aço da talha elétrica
0 40 80 0 0
12 16
Fonte: Autoras, 2017.
Então como visto no gráfico 2 a empresa tem a lista das falhas que devem ser
tratadas com maior prioridade de forma a reduzir o desaparecimento de peças que é
a falha com maior prioridade de acordo com o gráfico NPR gerado. Em seguida
parafusos travados o rompimento dos cabos de aço no processo de desmontagem
dos motores. Com base nas falhas citadas no gráfico, foi elaborado o plano de ação
mostrado no quadro 14, que propõe ações para reduzir as falhas no processo de
desmontagem dos motores.
48
Observando o histórico de falhas nesse processo foi feito o FMEA. De acordo com o
quadro 14 abaixo, temos as falhas, o efeito potencial dessas falhas, a causa
potencial e o plano de verificação. O modelo do FMEA implantado na empresa foi
adaptado e focalizado na definição dos níveis de NPR (Número de Prioridade de
Risco) para facilitar a visualização das falhas que tem maior impacto nos processos
de lavagem química. Os índices de “Severidade”, “Ocorrência” e “Detecção” foram
informados pela equipe retífica baseados nos quadros 10, 11 e 12 citados
anteriormente, e quando multiplicados geraram os números de NPR.
NPR
Desaparecimento de peças
NPR
0 40 80 0 0
12 16
Fonte: Autoras, 2017.
Então como visto no gráfico 3 a empresa tem a lista das falhas que devem ser
tratadas com maior prioridade de forma a reduzir o desaparecimento de peças, que
é a falha com maior prioridade de acordo com o gráfico NPR gerado. Uma
observação é que o desaparecimento de peças é tão grande no processo de
lavagem química quanto no processo de desmontagem dos motores. Em conversa
com os funcionários da empresa foi relatado que não há uma boa organização das
peças na hora de fazer a lavagem causando o desaparecimento das mesmas. A
degradação das peças durante a lavagem é um processo que merece atenção
também por que apesar de ser menor que o desaparecimento de peças, uma peça
degradada pode trazer prejuízos à empresa e vir a aumentar os custos no processo
de retífica. De acordo com as falhas encontradas nesse processo foi criado o plano
de ação mostrado no quadro 16.
51
3.4 Medições
O motor depois que é desmontado ele é lavado, para que seja feito a medição para
saber o desgaste das peças, mas muitas vezes as medições são tiradas com o
motor sujo por pressa da pessoa que está fazendo a medição ou para não gerar
atraso no processo. Se a medição for feita com as peças sujas pode ocorrer uma
falsa medida. Os equipamentos usados para medição são: o micrometro, relógio
comparador, paquímetro, entre outros. É muito importante usar o instrumento correto
na hora de realizar a medição na peça e é muito importante também que ele esteja
bem aferido e preciso.
NPR
RPN
Erro de tolerância
Medidas falsas
44 46 48 50 52 54 56 58
Fonte: Autoras, 2017.
NPR
Falha na montagem dos retentores de válvula
NPR
Inversão de controles da máquina
Trinca do cabeçote
0 10 20 30 40 50 60
Fonte: Empresa, 2017.
Figura 14-Biela
Os pistões também estão ligados diretamente ao setor de biela como mostra a figura
17 abaixo, pois o profissional é treinado para trabalhar com o conjunto e detém
informações técnicas para avaliação de desgastes e falhas. Os pistões que não trás
as condições de recuperação, e não estiverem e condições de uso são substituídos.
Verificando os números de NPR obtidos, pode se ver que a falha “capa da biela
fraturada ou trincada” é a falha com maior necessidade de intervenção, e ocorre com
muito mais frequência que as outras falhas ocorrentes nesse processo como mostra
a gráfico 6.
NPR
Parafuso solto
NPR
Bronzina sem pressão
0 10 20 30 40 50 60 70
Fonte: Empresa, 2017.
Fon
te: Empresa, 2017.
NPR
Retiificação da pedra cega
NPR
Desgaste da face do material
NPR
68 70 72 74 76 78 80 82
Fonte: Empresa, 2017.
De acordo com as falhas encontradas no processo de retífica dos cilindros foi feito
um plano de ação mostrado no quadro 27 para diminuição das falhas no processo
de retífica do cilindro.
67
NPR
Quebra do motor
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Fonte: Empresa, 2017.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Fonte: Autoras, 2017.
O motor e montado parte por parte de forma atenciosa pois não pode haver erros na
sua montagem, porque as consequências podem ser desastrosas para o motor, já
houve casos de se perder o motor inteiro por falha na montagem. A montagem é
feita com de acompanhamento em tabelas e catalogos para garantir os valores de
regulagem e de torques especificado pelo fabricante, após a momtagem do motor e
é submetido ao funcinamento ainda em cima da banca para garantir se não tem
nenhum vazamento ou regulagens erradas.
No processo de montagem do motor pode ser observado que ocorre bastante falha
e de bastante importância, pois a montagem é o processo final da retífica e nele
ocorrem falhas graves como montagem errada do motor ou batimento do motor. No
caso do batimento do motor pode ocorrer por falta de óleo ou água na hora dos
testes, também ocorre muito do motor ser danificado na hora da entrega ou erro na
montagem. São falhas que entre todos os processos podem trazer os maiores
prejuízos a empresa. E com maior número de prioridade de risco em relação as
falhas dos outros processos. Para a melhor visualização temos o gráfico 8 de NPR
do processo de montagem do motor.
74
NPR
Danificação do motor na entrega
Espera-se a eficácia do plano de ação e o tratamento das falhas de acordo com sua
prioridade dentro de cada processo e que com isso consiga reduzir ou elimina-las.
Pois os planos de ação ainda não estão sendo trabalhados na empresa, com data
para início no mês de julho de 2017 de acordo com a prioridade de tratamento das
falhas.
75
4 CONCLUSÃO
Durante o estudo feito na empresa pode ser observado que muitas falhas ocorriam
por erro humano dos funcionários da empresa, que por não terem o treinamento
específico para realizar determinada tarefa ou por falta de atenção e até mesmo
pressa em realizar o serviço acaba cometendo erros que levam as falhas nos
processos. Isso é considerado grave, por que a ocorrência dessas falhas é alta, e
são falhas que envolvem os funcionários da empresa e afetam a qualidade do
serviço.
não receber humidade para ser direcionada de forma correta para o processo e
evitar se deteriorar.
O FMEA é uma ferramenta para analisar falhas e ela foi usada nesse estudo dentro
de cada processo para e identificar, reduzir e eliminara as falhas de acordo com o
NPR (Numero de Prioridade de Risco). Eliminar os efeitos negativos provocados
pelas falhas nos processos evitando panes, ou defeitos que impeçam o processo de
operar em condições normais.
Foi proposto um plano de ação para solucionar as falhas dentro de cada processo
na empresa, e de acordo com a prioridade das falhas. Esse plano de ação espera-se
atingir bons resultados e com ele reduzir e eliminar as falhas.
REFERÊNCIAS
CURY, Augusto. Seja Líder de si mesmo. O maior Desafio do ser Humano. 127f.
Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2000.
CHANG, C.L.; LIU, P.H. & WEI, C.C. Failure modean defects analysis using grey
theory. Integrated. Manufacturing Systems, n.3, v.12, 2001.
PALMIERI, Maria Perpetuo Socorro Mol; SILVA, Washington Luís Vieira; SANTOS,
Zirlene Alves da Silva; SOUZA, Rodrigo César da Cunha. FMEA como ferramenta
da qualidade: O caso do departamento de embalagens de uma indústria do setor
farmacêutico. Estudo de caso. ABEPRO, Rio de Janeiro, out. 2008. Disponível
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_TN_STO_070_501_11886.pdf>.
Acesso em set. 2016.
PUENTE, J.; PINO, R.; PRIORE, P. & LA FUENTE, D. de. A decision support
system for applying failure mode and effects analysis. International Journal of
Quality&Reliability Management, n.2, v. 19, 2002.
STAMATIS, D.H. Failure Mod and Effect Analysis: FMEA from the oryto
execution. Milwaukee, Winsconsin: ASQ Quality Press, second edition, 2003.
STAMATIS, D.H. Failure Mode and Effect Analysis: FMEA from the oryto
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<http://paginas.terra.com.br/arte/klic/manutencao_tipos_e_tendencia
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