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UMA ALTERNATIVA COM ELEMENTOS CONTÍNUOS PARA O M.E.C.

HIPERSINGULAR APLICADO A PROBLEMAS DE POTENCIAL 2-D

Ademir Aparecido do Prado


Escola de Engenharia Civil – Universidade Federal de Goiás
Praça Universitária, s/n, Setor Universitário – Goiânia - GO, Brasil
CEP 74605-220
aprado@eec.ufg.br

José Cláudio de Faria Telles


COPPE, Programa de Engenharia Civil - Universidade Federal do Rio de Janeiro
CT, Bl. B, Cidade Universitária, Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJ, Brasil,
CEP 21945-970
telles@coc.ufrj.br

Abstract. This work presents a Boundary Integral Equation for the direct evaluation of the
normal flux, at one point ξ, for 2-D potential problems governed by the Laplace Equation.
The convergence of this Integral Equation is studied when the point belongs to the boundary,
and then a formulation is developed for the Boundary Element Method with continuous linear
elements. The effects of the boundary curvatures next to the point ξ are also studied.
Comparisons between the analytical solutions to solve problems and the numerical results
show the accuracy of the presented formulation.

Keywords: Contorno, Potencial, Hipersingular, Contínuo.


1. INTRODUÇÃO

A clássica formulação direta do método dos elementos de contorno (MECC) tem como
base uma equação integral que fornece diretamente as incógnitas essenciais em um certo
ponto ξ como função das variáveis essenciais e naturais ao longo do contorno.
Em um estudo sobre refinamento autoadaptativo de malhas com a formulação linear
contínua clássica (para problemas bidimensionais de elasticidade), notou-se que em regiões
próximas a singularidades, a análise do erro não era tão eficaz como em outras regiões.
Imaginou-se que uma formulação baseada numa equação integral para as forças de superfície
resolveria este problema.
Desenvolveram-se então formulações, para problemas de elastostática e de potencial,
em que a equação clássica para um ponto interno é derivada e a seguir este ponto é levado ao
contorno. As equações integrais obtidas para as variáveis naturais têm a ordem de
singularidade aumentada em uma unidade e por isso são denominadas Equações Integrais
Hipersingulares de Contorno (EIHC).
Os resultados iniciais obtidos com a implementação destas equações (Prado, 1991)
foram promissores, mas não apresentavam bons resultados em alguns problemas  a solução
não era sempre convergente. O estudo das causas dessa não-convergência e uma solução para
esse problema são os principais objetivos deste trabalho.
A solução apresentada é de fácil implementação, pois tem como variáveis nos nós
apenas o potencial e a sua derivada normal que daqui para frente será chamada de fluxo
normal. Também não tem restrições quanto à localização do ponto fonte, que pode estar em
cantos ou onde se tenha descontinuidades de potencial ou fluxo.
Algumas formulações que têm sido propostas, entre elas Cruse (1967), Cerrolaza (1988),
Okada, Rajiyah e Atluri, Ingber e Mitra (1989), têm alguma(s) destas restrições. Young (1996)
apresenta uma formulação contínua para a análise de mecânica da fratura, mas em cantos as
forças de superfície não são diretamente calculadas.
Outras formulações baseadas em Equações Integrais Hipersingulares de Contorno foram
desenvolvidas. Mansur et al. (1997) desenvolveram a partir de Prado (1991) uma formulação
que permite a obtenção da derivada tangencial do potencial. Guimarães e Telles (1994)
desenvolveram uma formulação mista, para problemas de Mecânica da Fratura, com as duas
Equações Integrais: a Clássica e a Hipersingular.
Inicialmente será apresentada a dedução de uma Equação Integral Hipersingular de
Contorno (EIHC) e as condições para que seja convergente. Em seguida será desenvolvida
uma solução aproximada que garante a convergência da EIHC, solução esta que pode ser
facilmente implementada para qualquer formulação com interpolação contínua tradicional.
Por último será apresentada a solução de um problema exemplo resolvido com três
formulações: MECC, MECHt e MECHe. Os resultados obtidos são comparados com as
respectivas soluções exatas, que são conhecidas.

2. EQUAÇÃO INTEGRAL HIPERSINGULAR DE CONTORNO

Será desenvolvida uma Equação Integral Hipersingular de Contorno que calcula


diretamente o fluxo normal. Este desenvolvimento será feito para um domínio qualquer, não
particularizando a geometria.
Inicialmente será desenvolvida a Equação Integral de Contorno para o fluxo em ponto
interno e em seguida para ponto do contorno.
Serão mostradas algumas particularidades da parcela do termo livre próprias das
curvaturas do contorno em torno do ponto fonte ξ.
2.1 Equação integral hipersingular de contorno para o fluxo em ponto interno

A partir da derivação, em relação a uma direção dada por um vetor unitário m, da Equação
Integral de Contorno Clássica para o potencial u em um ponto interno ξ

u (ξ ) + ∫ p * (ξ , x) u ( x) dΓ ( x) = ∫ u* (ξ , x) p( x) dΓ ( x) − ∫ u* (ξ , x) b( x) dΓ ( x) (1)
Γ Γ Ω

onde

1
u* (ξ , x) = − ln(r ) (2)
2π r

∂u* (ξ , x) 1 ∂r
p* (ξ , x) = =− (3)
∂n 2π r ∂n

pode-se obter uma equação integral de contorno para o fluxo p interno nesta direção m,
conforme fig.1.

Figura 1 - Região bidimensional com domínio Ω e contorno Γ.

Esta equação será, conforme Prado (1991),

pm (ξ ) + ∫ P * (ξ , x)u ( x)dΓ ( x) = ∫ U * (ξ , x) p( x)dΓ ( x) (4)


Γ Γ

onde

∂u (ξ )
pm (ξ ) = (5)
∂m
∂u* (ξ , x) 1 ∂r
U * (ξ , x) = =− (6)
∂m 2π r ∂m

∂p* (ξ , x) 1  ∂r ∂r 
P * (ξ , x) = = 2 
2 + mi ni  (7)
∂m 2π r  ∂n ∂m 

2.2 Equação integral hipersingular de contorno para o fluxo em ponto no contorno

Na formulação clássica do Método dos Elementos de Contorno, quando um ponto ξ do


domínio Ω é levado ao contorno, uma equação integral divergente no sentido comum é obtida,
uma vez que um dos integrandos é fortemente singular. Esta integral fortemente singular é
interpretada no sentido de Valor Principal de Cauchy. Um salto no valor de u(x) ocorrerá
quando o ponto ξ chega ao contorno Γ, cujo valor c(ξ) é função da geometria neste ponto.
Processo limite semelhante pode ser feito para a Eq. (4) acima, uma vez que o processo de
integração levará ao aparecimento de termos singulares em pontos no contorno. Isto será
“aparentemente” mais difícil, visto que a derivação aumenta a ordem das singularidades 
uma integral será fortemente singular e a outra hipersingular.
Quando o ponto ξ chega ao contorno, considera-se um acréscimo temporário Ωε ao
domínio Ω em torno do ponto ξ, fazendo com que ele seja temporariamente um ponto interior.
Isto permite que as singularidades desapareçam e as integrais ao longo do novo contorno
sejam regulares. Este artifício, obviamente, altera o problema; mas se, após as integrações,
considera-se o limite da equação resultante para ε tendendo a zero, volta-se à geometria
original do problema.
Considerando o ponto ξ como o limite de um ponto interior envolvido por um setor
circular de raio ε, e a direção m como a da normal exterior neste ponto, conforme a Fig. 2, o
)
contorno é dividido em duas partes uma correspondente ao arco de círculo (Γε ) e a outra ao
restante do contorno (Γ−Γε). Nas integrações ao longo do arco de círculo os limites de
integração são funções da forma do contorno no ponto ξ e podem ser escritos em função das
suas tangentes t e curvaturas k nos pontos imediatamente antes (A) e depois (D) do ponto
fonte ξ,

A kA
θ A (ε ) = θ − ε + O(ε 2 )
2 (8)

D kD
θ D (ε ) = θ − ε + O(ε 2 )
2 (9)

onde,
t A tangente ao elemento Antes de ξ
t D tangente ao elemento Depois de ξ
θ A ângulo entre a tangente tA e o eixo positivo x, no sentido anti-horário
θ D ângulo entre a tangente tD e o eixo positivo x, no sentido anti-horário
)
Γε = Γ ε + Γ K A + Γ K D contorno do semicírculo de raio ε
Γε trecho entre as tangentes tA e tD
Γ K A trecho que é função da curvatura do contorno Γ Antes de ξ (kA)
Γ K D trecho que é função da curvatura do contorno Γ Depois de ξ (kD)

Figura 2 - Variação dos limites de integração no arco de círculo


)
Após se efetuar as integrações ao longo do arco de círculo (Γε ) , a equação integral
resultante será

 f 2(θ A ,θ D ) 
[ ]
C p(ξ ) + C ' u, x (ξ )n x (ξ ' ) + u, y (ξ )n y (ξ ' ) − u(ξ )  f 1(θ A ,θ D , k A , k D ) + lim
ε
=
 ε →0 
lim ∫ U (ξ , x) p( x)dΓ ( x) − lim ∫ P (ξ , x)u( x)dΓ ( x)
* *
ε →0 Γ −Γε ε →0 Γ −Γε

(10)
com
∆θ D A
C = 1− sendo ∆θ = θ − θ (11)

C ' = n xA n yD − n yA n xD
(12)

A D
f 1(θ , θ , k A , k D ) = m  k cos θ D + k cos θ A  + m  k sen θ A + k sen θ D 
1
 x  D

A
 y
 A D

(13)
1  
m x  sen θ + sen θ  − m y  cosθ − cosθ 
A D D A D A
f 2(θ ,θ ) =

2π      (14)

Ao se efetuar as integrações sobre o restante do contorno (Γ−Γε ) chega-se a um termo


com comportamento O(ε-1) que pode ser cancelado com o respectivo termo da integração no
arco de círculo (f2) e a termos com comportamento O(ln ε) que se cancelam, desde que

∇uA=∇uD (15)

como demonstrado em Prado (1998). Se esta condição é garantida, tem-se, também, que

p (ξ ' ) = u, x (ξ )n x (ξ ' ) + u, y (ξ )n y (ξ ' ) (16)

e pode-se substituir o cálculo dos limites, separadamente divergentes, pela determinação de


suas partes finitas (PF).

A equação integral hipersingular com a continuidade do gradiente do potencial garantida


(EIHC) será então

C p (ξ ) + C ' p(ξ ' ) − PF ∫ U * (ξ , x) p ( x)dΓ ( x) = PF ∫ P * (ξ , x)u ( x)dΓ ( x) +


Γ Γ (17)
A D
u (ξ ) f 1(θ , θ , k A , k D )

sendo p(ξ) e p(ξ’) os fluxos normais nos pontos ξ e ξ’ que têm coordenadas idênticas, mas
pertencem a trechos do contorno que podem ter normais distintas (nó duplo).

Particularidades da parcela f1 do termo livre. A parcela f1 depende apenas da geometria


no ponto ξ (inclinações das tangentes e curvaturas). Analisando sua expressão pode-se ver que
será nula nos seguintes casos:
• As curvaturas antes e depois de ξ são nulas. É o caso da implementação com elementos
lineares.
• O ponto ξ está em uma parte suave do contorno. Mesmo que as curvaturas antes e depois
sejam diferentes.
Atenção deve ser dada à modelagem de contornos suaves com elementos curvos contínuos
tradicionais. Neste caso, apesar da geometria do problema ser suave, a modelagem não o é, e
tem-se que
A D 1  ∆ϕ 
f 1(θ ,θ , k A , k D ) = f 1(k A , k D ) sen 
4π  2  (18)

onde f(kA,kD) depende do vetor m e ∆ϕ é o ângulo entre as tangentes. Mas nota-se que, à
medida que se refina a malha, ∆ϕ vai diminuindo e portanto f1 também.

3 FORMULAÇÃO CONTÍNUA QUE GARANTE A CONVERGÊNCIA DA


EQUAÇÃO INTEGRAL HIPERSINGULAR DE CONTORNO

Soluções numéricas para a Equação Integral de Contorno em termos de interpolações


polinomiais das variáveis campos ao longo do contorno podem não necessariamente satisfazer
as mesmas restrições que as soluções analíticas.
Uma solução analítica para esta equação em um ponto ξ deve satisfazer as duas condições
necessárias para que se possa expandir u(x) em uma série de Taylor em torno de ξ. Ou seja,
u(ξ) e u,i(ξ) devem ser contínuas.
Já para soluções numéricas, não há necessidade que a função u(x) seja contínua em ξ; uma
vez que, independente desta continuidade, os termos com singularidade O(r--1) se cancelam. A
única restrição é que os termos com singularidade O(lnr) só serão cancelados se a
continuidade do gradiente de u(x) for garantida. A continuidade do gradiente implica na
continuidade da derivada tangencial.
Há algumas formulações numéricas que garantem esta continuidade, como por exemplo:
• elementos descontínuos (em pontos interiores aos elementos a função é sempre suave);
• elementos Spline, onde esta continuidade é implícita, mas apenas em pontos
localizados em contornos suaves (Ingber e Mitra, 1989);
• utilização de nós duplos, onde em um dos nós utiliza-se uma equação que force a
continuidade.
As interpolações contínuas tradicionais

u ( x) ≅ u ( s) = N ( s) u (19)

não garantem esta continuidade, portanto a seguir é apresentada uma interpolação especial que
garantirá esta continuidade. Esta formulação poderá ser facilmente implementada em
programas computacionais do Método dos Elementos de Contorno.

3.1 Interpolação especial que garante a continuidade

Na formulação desenvolvida a seguir, a continuidade é forçada com o uso de uma função


especial de interpolação em um dos elementos que tenha o ponto ξ como um de seus
extremos. Tomando como exemplo o elemento antes de ξ, conforme Fig.3, esta função
especial u~ deverá satisfazer as seguintes condições:

~
u ( −l E ) = u ( −l E ) (20)

u~ (ξ ) = u (ξ ) (21)

∂u~ ∂u
E
(ξ ) = E (ξ ) (22)
∂t ∂t
Figura 3 - Interpolação especial no elemento Antes de ξ

Esta função especial será a soma da função de interpolação tradicional e uma certa função
g(s) que suaviza a distribuição do potencial em ξ.

u~ ( s) = u ( s ) + g ( s ) (23)

Esta função g(s) deve ser tal que

g (−l E ) = 0 (24)

g (ξ ) = 0 (25)

para atender (20) e (21), e

∂g ∂u ∂u
E
(ξ ) = EO (ξ ) − EE (ξ ) (26)
∂t ∂t ∂t

para atender ao requerimento de continuidade da derivada tangencial (22).


Uma função da forma abaixo

∂g
g (s) = E
(ξ ) s N ( s) + O( s 2 ) (27)
∂t

satisfaz as restrições (24) e (25), desde que N(s) seja uma função contínua no elemento lE e
satisfaça as seguintes condições:

1 em ξ
N (s) =  (28)
0 nos demais nós

Uma escolha conveniente para N(s) é a função de forma tradicional associada ao nó ξ.


Se a condição (26) é também satisfeita, a necessária função especial de interpolação será

 ∂u ∂u 
u~ ( s ) = u ( s ) +  EO (ξ ) − EE (ξ ) s N ( s ) + O( s 2 ) (29)
 ∂t ∂t 
No outro elemento que tem ξ como extremo, a derivada do potencial em relação a
tangente ao elemento com interpolação especial, pode ser calculada em função das derivadas
tangenciais e normais do potencial neste outro elemento, e da geometria do contorno neste
ponto. Ou seja,

∂uO ∂uO ∂uO


(ξ ) = (t E .t O )u ( s ) (ξ ) + (t E .nO )u ( s ) (ξ ) (30)
∂t E ∂t O ∂n O

onde

∂uO
(ξ ) = pO (ξ ) (31)
∂n O

tE vetor unitário tangente no ponto ξ ao elemento lE


tO vetor unitário tangente no ponto ξ ao elemento lO
nO vetor unitário normal no ponto ξ ao elemento lO

conforme Fig. 4 abaixo

Figura 4 - Derivada em relação à tangente a outro elemento

4 APLICAÇÃO

Aqui será apresentado um exemplo onde serão feitas comparações entre os valores obtidos
das soluções analíticas, que são conhecidas, e das implementações numéricas:
• da formulação hipersingular apresentada neste trabalho (MECHe);
• da formulação clássica (MECC);
• da formulação hipersingular sem a garantia da continuidade da derivada tangencial do
potencial (MECHt)  somente interpolação tradicional.
Em todas as implementações numéricas são utilizados elementos lineares contínuos.
O problema analisado trata da distribuição de potencial

u ( x, y ) = cosh(x) sen( y) (32)

sobre um domínio quadrado de lado unitário, conforme Fig.5.

Figura 5 - Domínio quadrado de lado unitário

A distribuição do fluxo correspondente será

p( x, y) = senh(x) sen( y) nx + cosh(x) cos( y) n y (33)

Para as soluções numéricas, foram usadas duas malhas: uma primeira com 3 elementos
iguais em cada lado e uma segunda com 6 elementos iguais. As condições de contorno
prescritas são as seguintes: potencial nos lados AB e CD e o fluxo nos lados BC e DA.
Os resultados são mostrados nos gráficos a seguir.
1
0,9
0,8
0,7
0,6
FLUXO

0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,3333 0,6666 1

EXATA MECHe MECC MECHt

Gráfico 1. Fluxo em AB com 3 elementos/lado


1
0,9

0,8

0,7
0,6
FLUXO

0,5

0,4

0,3

0,2

0,1

0
0 0,1666 0,3333 0,5 0,6666 0,8333 1

EXATA MECHe MECC MECHt

Gráfico 2 - Fluxo em AB com 6 elementos/lado

1,2

0,8
POTENCIAL

0,6

0,4

0,2

0
0 0,3333 0,6666 1
EXATA MECHe MECC MECHt

Gráfico 3 - Potencial em BC com 3 elementos/lado


1,2

0,8
POTENCIAL

0,6

0,4

0,2

0
0 0,1666 0,3333 0,5 0,6666 0,8333 6

EXATA MECHe MECC MECHt

Gráfico 4 - Potencial em BC com 6 elementos/lado

5 CONCLUSÕES

Foi apresentada uma formulação hipersingular contínua do MEC para a analise de


problemas de potencial 2-D.
A solução apresentada se mostrou de fácil implementação, uma vez que as incógnitas do
termo livre são apenas potenciais e fluxos em pontos do contorno; as derivadas do potencial
são eliminadas. Observou-se também que a parcela f1 será nula para esta formulação com
elementos lineares
A formulação é convergente e apresenta excelentes resultados, como mostra o exemplo.
Como a continuidade da derivada tangencial do potencial é condição necessária para a
convergência da Equação Integral Hipersingular de Contorno, as interpolações utilizadas
devem satisfazer esta condição.
Verificou-se que integrações no sentido de Partes Finitas podem ser usadas nos elementos
que contém o ponto ξ.
Pode-se prescrever potencial em nós duplos, uma vez que os termos livres C(ξ) e C’(ξ’)
são somados à matriz G, e faz com que as linhas correspondentes aos nós duplos na matriz A,
do sistema de equações algébricas lineares, não sejam iguais.
A “inconsistência numérica” (diferentes funções de interpolação em um elemento) da
solução apresentada para a satisfação deste requerimento de continuidade não é problema,
pois a formulação converge satisfatoriamente; e além disso apresenta a grande vantagem de
permitir que se prescreva o potencial em nós com as mesmas coordenadas e mesmas normais
 nós duplos em contornos suaves. Isto porque, a interpolação especial é utilizada somente
no elemento que contém o ponto ξ, e isto faz com que não mais sejam iguais as linhas,
correspondente aos nós duplos, da matriz do sistema de equações.
Portanto sempre se poderá prescrever os mesmos tipos de condições de contorno em nós
duplos, sejam elas potencial ou fluxo. O que não era possível em outras formulações
hipersingulares. Na formulação clássica só se pode prescrever fluxos.
6 REFERENCIAS

Cerrolaza, R., M., 1988, Elementos de Contorno p-adaptables: Desarrollo y Aplicaciones en


Teoria del Potencial y Elastostatica, Tesis Doctoral, E.T.S.I.I., Madri.
Cruse, T.A., 1967, Mathematics foundations of the BIEM in Solid Mechanics, Report
AFOSR-TR-1002, Pratt & Whitney Aircraft Group.
Guimarães, S., Telles, J.C.F., 1994, On the Hyper-Singular Boundary Element Formulation
for Fracture Mechanics Applications, Engineering Analysis with Boundary Elements, n.
13, pp. 353-363.
Ingber, M.S., Mitra, A.K., 1989, The evaluation of the normal derivative along the boundary
in the direct boundary element method, Appl. Math. Modelling, n. 13, pp.32-40.
Okada, H., Rajiyah, H., Atluri, S.N., A Novel Displacement-Gradient Boundary Element
Method for Elastic Stress Analysis with High Accuracy, ASME Journal of Applied
Mechanics.
Prado, A.A., 1991, Uma formulação hipersingular do Método dos Elementos de Contorno
para problemas bidimensionais. 82 p. Dissertação M.Sc.. COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro.
Prado, A.A., 1998, Uma alternativa com elementos contínuos para o M.E.C. hipersingular
aplicado a problemas de potencial 2-D. 84 p. Tese D.Sc.. COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro.
Young, A., 1996, A Single-Domain Boundary Element Method for 3-D Elastostatic Crack
Analysis Using Continuous Elements, International Journal for Numerical Methods in
Engineering, n. 39, pp.1265-1293.

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