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Vídeo Aula 12
O Direito da Criança e do Adolescente
O que é direito?
Mas e os direitos que já existem? Aqueles que estão nas leis, que já são
claros, como os que constam no Estatuto da Criança e do Adolescente, mas que,
infelizmente, nós sabemos que não são cumpridos ou respeitados? O direito se
transforma em realidade, quando aquele bem jurídico, ou o objeto que a lei protege, se
insere no cotidiano das pessoas. Quando a pessoa se apropria daquele ‘bem da vida’,
como o direito à saúde, por exemplo. Quando a pessoa, no seu cotidiano, tem acesso
às condições de saúde, ao posto de saúde, aos hospitais, remédios e àqueles
instrumentos necessários para a manutenção e reabilitação da saúde, nós dizemos
que ela tem direito à saúde, ou que o direito à saúde está sendo respeitado. Isso não
significa obrigatoriamente, que ela terá saúde, porque, infelizmente, existem situações
onde todas estas condições são insuficientes para garantir a saúde de uma pessoa,
porém, a lei tenta garantir estas condições. Os direitos se efetivam quando estas
condições estão presentes.
A pergunta que nós fazemos no dia a dia, seja no trabalho, quem trabalha com
direitos, por exemplo, o cotidiano é formado por esta indagação: Porque que os
direitos não se realizam? Porque que os direitos não se efetivam. E nós sempre
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apontamos duas ordens de razões para que os direitos não se realizem e não se
insiram no cotidiano das pessoas.
Criança deve conhecer, em primeiro lugar, quais são os seus direitos, mas
também deve ter presente que uma conduta estanque, de paralisação ou preguiça em
relação a eles, não vai levar à sua concretude ou realização. Direito é essencialmente
luta. A melhoria das condições da sua escola, em primeiro lugar, passa pela
mobilização de todos. Pela capacidade de indignação de todos. O direito existe,
ninguém duvida de sua existência, mas a partir da luta, a partir desse caminho é
possível chegar a sua realização.
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1 - É necessário exigir o respeito ao direito de quem está obrigado. Se a
pessoa tem uma obrigação que corresponde ao direito, esta obrigação deve ser
cobrada, em primeiro lugar, do obrigado.
4 - Se isso tudo não for possível, se procurado o obrigado ele não responde
aquele meu pedido, se não existe uma organização da sociedade civil capaz de lutar
pelo meu direito, se esta rede de proteção também não ‘dá conta do recado’, em
último lugar eu tenho o direito de acesso à justiça, ou seja, de buscar a justiça do meu
país para que ele valide o direito que ele próprio criou.
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Do ponto de vista da construção normativa, o direito da criança e do
adolescente se assenta num principio basilar do direito brasileiro, que está na
constituição de 1988, e que está também em várias cartas políticas de declaração de
direitos que é o principio da dignidade da pessoa humana. Pensar direito da criança e
do adolescente é ter presente o princípio da dignidade da pessoa humana, e ela é
inerente a toda e qualquer pessoa. Nós não podemos distinguir uma pessoa que tenha
mais dignidade do que a outra. Todas são dotadas da mesma dignidade, e assim é
que foi construído o Estatuto da Criança e do Adolescente, em uma tentativa de
estabelecimento de uma igualdade substancial. Que toda criança e adolescente
tivesse acesso aos mecanismos de atualização de suas potencialidades humanas.
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Estatuto da Criança e do Adolescente de uma forma bastante ampla.
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Qual a resposta que nós devemos dar àquela criança ou adolescente que
pergunta: o que eu devo fazer para que o meu direito seja respeitado? Se ele diz: O
direito existe, mas ele não é observado, ou reconhecido, o que eu devo fazer?
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1 – Família - A primeira entidade que eu devo procurar, ou uma criança deve
procurar quando um direito estiver violado ou ameaçado de violação (na ameaça de
violação já é necessário prevenir a ocorrência do dano), é a família. Nós devemos
ensinar às nossas crianças que a primeira proteção vem da família. Às vezes contar
para o pai ou para a mãe sobre agressões aos direitos nos leva a possibilidades de
encontrar soluções, ou caminhos de solução, do problema. Em casos como abusos
sexuais, prostituição infantil ou pedofilia, entre outros, muitas vezes é necessário um
primeiro contato, ou seja, que a criança conte para alguém, para o seu pai ou a sua
mãe. É importante ensinar às crianças desta forma, porque, em regra, eles é que mais
vão dispor de proteção em relação à criança.
9 – Poder Judiciário - Se isto tudo não for possível, é possível ingressar com
uma ação judicial.
Como citado anteriormente, a luta pelo direito é dura, é difícil, passa, às vezes,
por este caminho, mas é necessário que se percorra este caminho para se estabelecer
condições adequadas de cidadania.
A escola faz parte da rede, mas não está sozinha, é bom que se diga isto, que
se pontue, que a escola não vai solucionar evidentemente todos os problemas, mas
tem uma colaboração importantíssima a ser dada na efetivação e na garantia dos
direitos da criança e do adolescente.
Por último, em quarto lugar, a partir destas ações, é possível medir resultados.
Além do ENEM e das formas de verificação de conteúdo escolar, é possível verificar
na minha comunidade, se a escola de fato tem se prestado a ser um instrumento de
transposição dessa maioria miserável, da marginalidade para a cidadania. A função da
educação básica hoje, num país como o nosso é esta: Transpor ou ajudar na
transposição dessa maioria miserável, da marginalidade para a cidadania. Nós
podemos, além de ser o nosso ganha-pão, enquanto profissionais da área da
educação, fazer também uma militância cidadã.
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