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PARA LABORATÓRIO
Philip v. Pritzelwitz
Supervisor: Prof. Livre Docente Hélio Wiebeck
RESUMO............................................................................................................ 8
ABSTRACT ........................................................................................................ 9
1-INTRODUÇAO .............................................................................................. 10
3- PROJETO .................................................................................................... 54
5-BIBLIOGRAFIA ............................................................................................. 75
1
LISTA DE FIGURAS
2
Figura 2.3.4: Componentes de uma resistência de cartucho. Kent [10]. .......... 27
Figura 2.3.5: Terminais de uma resistência de cartucho. Kent [10].................. 27
Figura 2.3.6- Estudo térmico do platô, em preto o caminho do fluído. ............. 28
Figura 2.3.7: Platô de aquecimento e resfriamento, em amarelo os batoques. 28
Figura 2.3.8: Aquecedor de óleo térmico por queimador. Pirobloc[11] ............. 29
Figura 2.3.9: Aquecedor de óleo térmico por resistência. Kent[10] .................. 29
Figura 2.3.10: Aquecedor de óleo térmico por indução. Pirobloc [11] .............. 29
Figura 2.3.11: Purgador termodinâmico. Sarco [12]. ........................................ 30
Figura 2.3.12: Válvula reguladora de pressão. Sarco [12]. .............................. 30
Figura 2.3.13: Redutora de pressão integrada a controlador “PID”. Sarco [12] 31
Figura 2.3.14: Isométrico de tubulação de óleo térmico ................................... 31
Figura 2.3.15: Detalhe do manifold do isométrico mostrado na figura 2.3.14. . 32
Figura 2.3.16: Conjunto de válvulas do isométrico da figura 2.3.14. ................ 32
Figura 2.3.17: Válvula solenoide. Asco [13]. .................................................... 33
Figura 2.3.18: Válvula de gaveta. Mipel [14] .................................................... 33
Figura 2.3.19: Válvula de esfera. Mipel [14] ..................................................... 34
Figura 2.3.20: Válvula globo. Mipel [14] ........................................................... 34
Figura 2.3.22: Válvula de retenção: Mipel [14] ................................................. 35
Figura 2.4.1: Válvula de preenchimento. Rexroth [15]. .................................... 36
Figura 2.4.2: Válvula de preenchimento e seus principais componentes ......... 36
Figura 2.4.3: Circuito hidráulico simples de prensa. Rexroth [16] .................... 37
Figura 2.4.4: Pistão de duplo efeito. ................................................................. 38
Figura 2.4.5: Prensa com pistão principal de simples efeito e dois auxiliares. . 39
Figura 2.4.6: Unidade hidráulica simples. Rexroth[17] ..................................... 39
Figura 2.4.7: Unidade hidráulica de grande porte. ........................................... 40
Figura 2.4.8: Equivalência do diagrama hidráulico com o real. Rexroth [17]. ... 40
Figura 2.4.9: Bombas de engrenagem. Rexroth [17]........................................ 41
Figura 2.4.10: Corte de bomba de engrenagens. Rexroth [17] ........................ 41
Figura 2.4.11: Bomba de palhetas. Rexroth [17] .............................................. 42
Figura 2.4.12: Bomba de pistões axiais. Rexroth [17] ...................................... 42
Figura 2.4.13: Esquema sistema “VSP”. Rexroth [16] ...................................... 43
Figura 2.4.14: Sistema “VSP” de um quadrante. Rexroth [16] ......................... 43
Figura 2.4.15: Sistema “VSP” de duplo quadrante. Rexroth [16]...................... 43
Figura 2.4.16: Sistema “VSP” de quatro quadrantes. Rexroth [16] .................. 44
3
Figura 2.4.17: Bombas usadas em sistemas “VSP/4”. Rexroth [16] ................. 44
Figura 2.4.18: Sistema hidráulico com blocos lógicos. ..................................... 45
Figura 2.4.19: Bloco hidráulico sem válvulas. .................................................. 45
Figura 2.4.20: O bloco (figura 2.219) com válvulas .......................................... 46
Figura 2.4.21: Válvula de retenção. Rexroth [17]. ............................................ 46
Figura 2.4.22: Válvula direcional acionamento elétrico. Rexroth [17]. .............. 46
Figura 2.4.23: Válvula direcional acionamento manual. Rexroth [17]. .............. 47
Figura 2.4.24: Válvulas hidráulicas de pressão (alivio de pré-comandado),
Rexroth [17] ...................................................................................................... 47
Figura 2.4.25: Sistema de conexões anilha cravada. Ermeto [18]. .................. 48
Figura 2.4.26: Mangueiras e terminais. Ermeto [19]. ........................................ 48
Figura 2.4.27: Engate rápido. Parker [20] ........................................................ 48
Figura 2.5.1: Montagem das placas isolantes em uma prensa. ....................... 49
Figura 2.6.1: Moldagem por compressão. ........................................................ 50
Figura 2.6.2: Esquema do processo. ................................................................ 51
Figura 3.0.1: máximo lado de uma peça quadrada em função da pressão ...... 55
Figura 3.0.2: Máxima área projetada de uma peça quadrada em função da
pressão ............................................................................................................ 55
Figura 3.1.1: Platô com carga concentrada. ..................................................... 56
Figura 3.1.2: Tensões no platô. ........................................................................ 56
Figura 3.1.3: Deformação direcional no platô. .................................................. 57
Figura 3.1.4: Temperaturas após 25 min de aquecimento ............................... 57
Figura 3.1.5: Temperaturas após 15 min de aquecimento ............................... 58
Figura 3.1.6: Áreas de controle no platô. ......................................................... 58
Figura 3.1.7: Comportamento da placa isolante. .............................................. 59
Figura 3.1.8: Aquecimento do martelo em regime permanente........................ 60
Figura 3.1.9: Dilatação do martelo na direção X. ............................................. 60
Figura 3.1.20: Dilatação do martelo na direção Y. ........................................... 61
Figura 3.2.1: Desenho preliminar da prensa. ................................................... 62
Figura 3.2.2: Tensões no corpo vista 1. ........................................................... 63
Figura 3.2.3: Tensões no corpo vista 2. ........................................................... 63
Figura 3.2.4: Deformações no corpo vista 1. .................................................... 63
Figura 3.2.5: Tensões no apoio do cilindro. ..................................................... 64
Figura 3.2.6: Deformações mesa, sentido de prensagem. ............................... 64
4
Figura 3.2.7: Tensões no martelo. .................................................................... 64
Figura 3.2.8: Deformações do martelo, sentido de prensagem. ....................... 65
Figura 3.2.9: Tensões na camisa. .................................................................... 65
Figura 3.2.10: Camisa modificada, instalação válvula de preenchimento. ....... 65
Figura 3.2.11: Tensões na camisa modificada – válvula de preenchimento. ... 65
Figura 3.3.1: Cilindro principal............................................................................67
Figura 3.3.2: Vedação selecionada....................................................................68
Figura 3.3.3: Trava do martelo...........................................................................69
Figura 3.4.1: Tela inicial.....................................................................................71
Figura 3.4.2: Tela Processo...............................................................................71
Figura 3.4.3: Tela operação...............................................................................72
Figura 3.4.4: Tela “ALARMES”..........................................................................73
Figura 3.4.5: Diagrama de blocos.....................................................................73
5
LISTA DE TABELAS
6
LISTA DE ABREVIATURAS
7
RESUMO
8
ABSTRACT
Exists a crescent need of laboratory presses with more resources. Is done first a
revision of the main press types for polymers (cure, vulcanization, polymerization,
etc.), their bodies, heating plateaus, insulation, hydraulic system and some
processes that define their characteristics.
A laboratory press is developed, regarding versatility and precision. Main press
characteristics are studied, its structural behavior, its heating system, its hydraulic
system and its control and automation system.
9
1-INTRODUÇAO
10
2- CARACTERÍSTICAS GERAIS E REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1- PRENSAS
Prensa é uma das máquinas ferramentas mais comuns utilizadas. Existem em
desde pequenas oficinas até gigantescas prensas em diversas indústrias.
11
Figura 2.1.3: Classificação usual de prensas conforme seu acionamento.
Deutsche Massiveunformung [3]
12
2.2-. ESTRUTURAS DE PRENSAS
- Prensas com montantes (ou “H”): olhando-se de frente tem a forma de “O”,
composta por dois cabeçotes (inferior e superior), unidos por dois ou quatro
montantes. Em prensas o usual é que no cabeçote superior é instalado o cilindro
hidráulico e no inferior esteja a mesa de trabalho, para prensas de borracha o
usual é o inverso.
Nos montantes são instaladas as guias do martelo (ou mão francesa nas prensas
de borracha). Podem ser monolíticas (cabeçotes e montantes unidos em uma
única peça ou atirantadas (cabeçotes e montantes unidos por tirantes). Prensas
menores são normalmente monolíticas (figura 2.2.3) e as maiores atirantadas
13
(figura 2.2.2) por questão de movimentação das peças na montagem e também
facilitar o transporte.
14
Figura 2.2.3: Prensa com montantes monolítica para produção de carpetes
automotivos. Luxor[4]
15
- Prensas 4 colunas (figura 2.2.5): Composta por dois cabeçotes unidos por
quatro colunas cilíndricas. Essa configuração é de fácil fabricação e de fácil
controle do seu paralelismo (pode-se ajustar o comprimento de cada coluna
individualmente). Não possuí regulagem de guias, pois suas guias são buchas
que correm nas colunas, em máquinas que trabalham a quente deve ser levado
em conta no projeto a dilatação do martelo de modo a evitar que se trave as
buchas.
16
Figura 2.2.6: Prensa de bastidor. Luxor[4]
17
Atualmente começam a aparecer no mercado prensas com acionamento por
servo motores (figura 2.2.8). Nas prensas hidráulicas apresentam várias
vantagens sobre as convencionais:
- Eficiente controle de força e velocidade
- Economia de energia, a bomba para nos tempos mortos sem haver a
necessidade de descarga para o tanque.
- Precisão para manter o sistema pressurizado quando a velocidade é zero,
compensando com precisão e mínima variação de pressão os inevitáveis
pequenos vazamentos de vedações.
- Facilidade em executar com precisão ciclos complexos de processo.
18
Figura 2.2.9: Flecha pensa tipo “C”.
Um resultado típico em prensas tipo “C” é mostrado nas figuras 2.2.10 e 2.2.11.
Notar regiões de concentração de tensões no interno do “C” (figura 2.2.10) e a
abertura da boca do “C” na figura 2.2.11.
19
De maneira semelhante os resultados de simulação de uma prensa monolítica
de montantes (figura 2.2.12 e 2.2.13). Pode se notar que o nível de tensões é
baixo, mostrando que critério de tensão não foi o preponderante no
dimensionamento. Na figura 2.2.13 vê-se a mesa de trabalho, sendo sua área
central homogênea quanto a deformação. Variações elevadas nas deformações
da mesa implicam em pressão aplicada ao polímero diferente ao longo de sua
área. Essa não homogeneidade de pressão pode causar defeitos ao mesmo, por
exemplo na cura de um revestimento podem aparecer bolhas.
20
de que a banda vulcanizada seja bem retilínea. Erros de forma na banda criam
no pneu recapado forças cíclicas laterais, esses esforços extras sobrecarregam
a junção carcaça/recape e com pouco uso há o descolamento da banda com
perda do pneu. A deformação da mão francesa, bem como dos platôs deve ser
tal que os erros de forma impostos a peça vulcanizada estejam dentro de limites
aceitáveis. Um resultado de simulação da mão francesa é mostrado na figura
2.2.15.
21
Figura 2.2.15: Deformação em uma mão francesa.
22
a
23
Figura 2.2.19: Resultados com mala adensada.
A maioria das prensas tem sua estrutura soldada. Infelizmente pouca atenção
se dá ao processo de soldagem e a inspeção das soldas. Inclusões, não
preenchimento, aporte excessivo de calor, etc. são comuns de se encontrar em
estruturas soldadas de prensas. Como não é o escopo desse trabalho essa
análise mostramos dois exemplos de falhas nas soldas de prensas, o da figura
2.2.20 foi uma falha logo no início do funcionamento do equipamento e a
segunda (figura 2.2.21) ocorreu após alguns anos de uso do equipamento.
24
Figura 2.2.21: Falha por fadiga em solda.
25
2.3- PLATÔS DE AQUECIMENTO
Platôs de aquecimento são basicamente uma chapa com furos por onde passa
um fluído quente ou são instaladas resistências de aquecimento, figura 2.3.2.
26
Figura 2.3.3: Montagem de resistências de cartucho.Kent [10]
27
- Aquecimento por óleo térmico
O aquecimento por óleo térmico é feito por meio da circulação de óleo pelos furos
do platô, como mostra a figura 2.3.6. São feitos os furos nas duas direções e
colocados batoques para bloqueio, de modo a fazer o fluído percorrer o caminho
desejado, figura 2.3.7.
O aquecimento do óleo térmico pode ser feito por aquecedor com queimador
(figura 2.3.8), aquecedor elétrico por resistência (figura 2.3.9) ou aquecedor
elétrico por indução (figura 2.3.10). O controle de temperatura pode ser feito por
sistema “ON/OFF”, porém devido a grande inércia térmica do sistema controles
“PID” são recomendáveis.
28
Figura 2.3.8: Aquecedor de óleo térmico por queimador. Pirobloc[11]
29
- Aquecimento por vapor
Os platôs são semelhantes aos de óleo térmico. São típicos em indústrias que
tenham consumo de vapor em outros processos ou em pensas muito grandes,
exemplo vulcanizadoras de correia.
Como todos os sistemas de aquecimento trabalha com vapor saturado. O
aquecimento do platô, ferramenta e produto é feito com o calor latente, portanto
temos formação de condensado no platô. Para a retirada do condensado são
utilizados purgadores, usualmente termodinâmicos como mostrados na figura
2.3.11.
30
Quando houver necessidade de variar temperatura durante o ciclo a válvula
redutora de pressão pode ser integrada com um controlador PID, figura 2.3.13.
Manifolds (figura 2.3.14): A distribuição dos fluídos (vapor ou óleo térmico) são
feitos por dois ou mais manifolds (conforme o número de vãos). Lembrando que
apenas um platô é fixo há necessidade de uso de mangueiras para permitir a
movimentação dos outros platôs.
31
Figura 2.3.15: Detalhe do manifold do isométrico mostrado na figura 2.3.14.
32
Figura 2.3.17: Válvula solenoide. Asco [13].
33
Figura 2.3.19: Válvula de esfera. Mipel [14]
34
Figura 2.3.22: Válvula de retenção: Mipel [14]
35
2.4- SISTEMA HIDRAÚLICO
36
O funcionamento do sistema hidráulico é o seguinte: ao iniciar o ciclo com o
martelo no PMS (ponto morto superior), é pressurizada a câmara do embolo da
válvula de preenchimento interligando o tanque de óleo com o cilindro principal
(pode também o processo ocorrer pelo vácuo formado no cilindro principal pelo
peso do conjunto do martelo, sistema com pilotagem simples). O peso do martelo
e ferramenta faz com que o conjunto caia em queda livre, arrastando o embolo
do cilindro principal e enchendo o cilindro principal com óleo. Atingindo a peça a
ser conformada com a ferramenta superior e a câmara do embolo é
despressurizada, a mola levanta a sede, vedando o cilindro. As bombas
pressurizam o cilindro principal iniciando a conformação. Atingindo o PMI, final
da conformação o cilindro mantém-se pressurizado pelo tempo exigido pelo
processo, sendo depois despressurizado e o embolo desce abrindo a válvula.
Os cilindros auxiliares (ou o duplo efeito do cilindro principal) são pressurizados
levantando o martelo, o embolo sobe e o óleo do pistão principal retorna ao
tanque. Essa é uma discussão simplificada do sistema, sendo omitidos alguns
detalhes não tão significativos no processo. O sistema hidráulico normalmente
usa óleo (tipo ISO 68 ou mais finos dependendo das bombas).
Um circuito simples de prensa é mostrado na figura 2.4.3, conforme necessidade
circuitos mais elaborados podem ser desenvolvidos, com válvulas proporcionais,
blocos lógicos, etc.
37
A movimentação e força são feitos pelos cilindros hidráulicos. Eles podem ser de
simples efeito ou duplo efeito. Alguns poucos casos usam-se cilindros de triplo
efeito. A figura 2.4.4 mostra um exemplo de duplo efeito. O óleo entra na conexão
direita quando na descida e na esquerda, com área menor para retorno.
O cilindro de simples efeito tem apenas uma entrada de óleo pressurizado, que
seria a da direita. Uma configuração comum é de um pistão de simples efeito
com válvula de preenchimento para força e dois auxiliares de duplo efeito para
movimentação rápida, figura 2.4.5. As vedações podem ser tipo gaxeta como
mostrado em 2.4.4, havendo diferentes formas em função de pressão, sentido
da pressão e também dependendo do fabricante.
É usual a denominação unidade hidráulica, que vem ser o conjunto do tanque de
óleo, blocos com as diversas válvulas, filtros, trocadores de calor, enchimento,
sensores diversos. Conforme as prensas podem ser simples como a mostrada
na figura 2.4.6 ou bem complexas como mostrada na figura 2.4.7 com bloco
principal, bloco de bombas, bloco da válvula de preenchimento, trocadores de
calor de placas com circuito independente, bombas de grande vazão, filtros, etc.
38
Figura 2.4.5: Prensa com pistão principal de simples efeito e dois auxiliares.
39
Figura 2.4.7: Unidade hidráulica de grande porte.
40
Já se discutiu os cilindros hidráulicos (ou pistões) que transforma a energia
hidráulica em trabalho mecânico. O motor elétrico transforma a energia elétrica
disponível em mecânica e a bomba transforma a energia mecânica em
hidráulica. Alguns dos principais tipos de bomba são:
- Bombas de engrenagem: robustas, de construção simples, figuras 2.4.9 e
2.4.10.
41
- Bombas de palheta, figura 2.4.11.
42
Figura 2.4.13: Esquema sistema “VSP”. Rexroth [16]
43
Usando um sistema de controle de loop fechado, isto é retroalimentado por
transdutores de posição permite controle precisos de vazão (velocidade do
pistão), pressão, tempos e posição, figura 2.4.16.
44
Figura 2.4.18: Sistema hidráulico com blocos lógicos.
45
Figura 2.4.20: O bloco (figura 2.219) com válvulas
46
Figura 2.4.23: Válvula direcional acionamento manual. Rexroth [17].
47
Figura 2.4.25: Sistema de conexões anilha cravada. Ermeto [18].
48
2.5- ISOLAMENTO
Utiliza-se uma placa de isolante cerâmico entre os platôs e as mesas (estrutura
e martelo), como mostrado na figura 2.5.1. Evita perdas térmicas bem como evita
um sobreaquecimento da estrutura.
49
2.6- PROCESSOS
Alguns pontos importantes conforme Castillo [22]: “A moldagem por compressão
é um dos processos de transformação mais antigos, figura 2.6.1. Aparece
descrito na bibliografia do princípio do século XIX, porém seu desenvolvimento
começou em escala industrial em 1908, quando Leo Baeckeland desenvolveu
as resinas fenol-formaldeído, que se usam até hoje.
50
- Determinar o tempo mínimo necessário para aquecer o material.
- Determinar a técnica adequada de aquecimento.
- Prever a força necessária para assegurar que o material alcance a forma
adequada.
-. Desenho do molde que permita um resfriamento rápido após a compressão do
material...
... A moldagem por compressão se inicia com uma quantidade determinada
posta no molde, figura 2.6.2. Logo o material aquece a um estado maleável e
moldável. Pouco depois a prensa comprime o plástico flexível contra o molde.
Dando como resultado uma peça perfeitamente moldada com a forma do interior
do molde. A prensa retrocede e um pino ejetor no fundo do molde rapidamente
expulsa a peça na forma final fora do molde, concluindo-se o processo...
.... As prensas podem gerar pressões que vão de 300 a 4000 t. A resina é
aditivada com a pré-forma, (no caso de SMC e BMC já contêm todos os
componentes, incluso fibra, resinas, carga, catalisador, etc. O calor se aplica em
intervalos de 225oF a 325oF (107oC a 163oC) e de 150 psi a 1000 psi de pressão,
necessários para curar as peças. Os ciclos podem variar de um a cinco minutos.”
51
Leal [24] fornece informações sobre SMC e BMC: “Composto em folha ou SMC
é uma mistura de fibra de vidro cortada (numa fracção volumétrica de 20 a 60%),
com resina (numa fracção mássica de cerca de 30%), com catalisadores, aditivos
e cargas (material de enchimento), na forma de uma folha pré-impregnada e não
aderente...
... O composto em volume ou BMC (bulk moulding compound ) é uma mistura de
fibra curta (6 a 12 mm) de vidro com resina e outros componentes secundários
na forma de uma pasta muito viscosa. O composto é introduzido numa
ferramenta aquecida entre 110ºC e175ºC montada numa prensa. A prensa é
fechada exercendo uma pressão que varia entre 1 e 8 MPa.”
52
modelo SL 11, onde foi a placa foi submetida a uma pressão de 2,5 toneladas
durante 15 minutos, para que as partículas do EVA fossem espalhadas
uniformemente pela chapa metálica. Este processo foi realizado também para a
coagulação do látex no interior da mistura. Após a prensagem, o material foi
levado ao forno para secagem da água e cura do material. ”
53
3- PROJETO
As características principais da prensa são:
- Capacidade 809 kN
- Mesas 400 x 400 mm
- Curso 500 mm
- Abertura máxima 600 mm
- Abertura máxima c/ platôs 470 mm
- Velocidade compressão de 0 a 5 mm/s
- Velocidade de descida de 0 a 200 mm/s
- Velocidade de abertura de 0 a 325 mm/s
- Tempo aquecimento p/ 200oC 15 min
- Temperatura máxima 300oC
- Pressão sistema hidráulico 210 bar
54
Figura 3.0.1: máximo lado de uma peça quadrada em função da pressão
55
3.1- Platô
O usual em prensas de laboratório é o aquecimento elétrico dos platôs. Foi o
adotado, simplificando a operação e instalação. Os platôs serão em aço AISI
1045 invés de aço AISI 1020 encontrado em algumas prensas. As razões são
duas: menor riscamento de suas faces quando da troca de ferramentas e
facilidade na usinagem dos furos longos pelo cavaco mais curto.
Como a prensa poderá ter várias funções a aplicação de uma carga concentrada
é possível. Avaliou-se esse caso (figura 3.1.1) e os resultados foram bons (figura
3.1.2 e 3.1.3).
56
Figura 3.1.3: Deformação direcional no platô.
57
Figura 3.1.5: Temperaturas após 15 min de aquecimento
58
Tabela 3.1.1: Temperaturas nos platôs variando espaçamento das resistências.
A B C D E F
o o o o o o
temp. C C C C C C
circulo
média 193,19 201,00 196,80 198,00 196,24 196,45
máximo 194,90 204,60 198,00 200,10 197,78 197,85
mínimo 191,38 195,50 194,00 195,50 195,02 195,13
quadrado
média 195,00 197,00 195,80 196,45 195,98 196,04
máximo 202,10 204,60 198,80 200,06 198,45 198,05
mínimo 190,60 190,90 192,90 192,94 193,75 193,04
59
há aquecimento por exemplo de 60 mm de diâmetro a folga é inferior a 0,1 mm.
Quando há aquecimento do martelo (prensas de forja ou extrusão a quente)
utilizam-se folgas bem maiores. Folgas maiores apresentam o inconveniente do
martelo “dançar” quando desce e muitas vezes a figura do molde superior se
desloca em relação a figura do molde inferior, comprometendo o dimensional da
peça moldada. Outro ponto é que o correr dos anos as propriedades isolantes
da placa cerâmica tendem a diminuir, por umidade e outros fatores. A opção por
guias prismáticas é uma tendência em máquinas que trabalham a quente, pois
permitem a regulagem da folga.
A idéia inicial era o uso de colunas cilíndricas pela facilidade de fabricação e
custo, porém pelo acima descrito optou-se por uma estrutura de bastidor com
guias prismáticas. A figura 3.1.8 mostra o aquecimento do martelo quando em
regime permanente com platôs a 250oC. As dilatações que ocorrem estão
mostradas nas figuras 3.1.9 e 3.1.10.
60
Figura 3.1.20: Dilatação do martelo na direção Y.
61
3.2- Estruturas
A figura 3.2.1 mostra um desenho preliminar da prensa, indicando seus principais
componentes.
62
Figura 3.2.2: Tensões no corpo vista 1.
63
Figura 3.2.5: Tensões no apoio do cilindro.
64
Figura 3.2.8: Deformações do martelo, sentido de prensagem.
65
3.3- Sistema hidráulico
Neste projeto houve uma opção pela hidráulica Rexroth, vários motivos justificam
essa escolha:
- Empresa alemã, com filial no Brasil. Fabricando um grande número de
componentes no Brasil. Possui um corpo técnico respeitável e excelente
atendimento pré e pós-vendas.
- Sua linha não se limita apenas a componentes hidráulicos, fabricando também
CLPs, servomotores, componentes pneumáticos.
- Sua qualidade é comprovada, tanto que diversas empresas de porte têm ela
como único fornecedor hidráulico.
- Fabricantes de prensas como Gutmann, Luxor e Hidralmac, aos quais prestei
serviços tiveram excelentes resultados com ela.
- Vários projetos meus anteriores complexos tiveram a parte hidráulica
desenvolvida pela Rexroth: Imbel, Emgepron e LFS-USP.
- É pioneira em bombas hidráulicas com servo motores e única com filial no
Brasil.
Já tive discussões preliminares com o Eng. Rodrigo Rodrigues sobre o projeto
em caráter preliminar e definimos o escopo de fornecimento:
- Sistema hidráulico: bombas, válvulas, tanque, etc.
- Pistões auxiliares.
- Válvula de preenchimento
- Instrumentação
- CLP
- Painel elétrico
- Programação CLP
- Montagem elétrica e hidráulica.
Resumindo é um projeto turn key, onde fornecendo-se a prensa a parte
hidráulica, elétrica e eletrônica é toda fornecida, bem como sua integração com
a prensa.
Os requisitos básicos da hidráulica foram definidos e são apresentados abaixo:
Cilindro principal: será de simples efeito, com dois cilindros auxiliares para
movimentação do martelo. A definição da força e diâmetro está na tabela 3.3.1.
66
Tabela 3.3.1: Seleção diâmetro do pistão
mesas total operac.
comprimento 400 340 mm
largura 400 340 mm
area 160000 115600 mm2
pressao 7 MPa
força 809200 N
82,6 t
67
Figura 3.3.2: Vedação selecionada
68
O dimensionamento da válvula de preenchimento está mostrado na tabela 3.3.4
69
3.4- Controle e automação
70
- Curva de subida: Pode ser definida por velocidade x posição do martelo.
Permite definir altas velocidades de abertura para materiais expansíveis, tipo
EVA.
- Degassagens: Permite definir ciclos de degassagem ao longo do tempo de
prensagem e as condições do ciclo de degassagem.
71
Definido processo e preenchido os dados da tela inicial clicar o botão “NEXT” na
tela inicial e aparecerá a tela operação, figura 3.4.3.
Na tela “OPERAÇÃO” há um campo “ETAPA” que mostra em tempo real que
parte do ciclo se está. Após o carregamento do material na prensa apertar botão
“INICIAR”, e inicia-se o ciclo do processo. Temos janelas que dão em tempo real
as condições do processo e ainda há a janela “GRÁFICO” onde se seleciona o
gráfico a ser plotado em tempo real (pressão x tempo, temperatura x tempo, etc.).
Ao fim do ciclo no campo “ETAPA” aparecerá “FINALIZADO”, indicando que o
ciclo da prensa foi concluído. Para salvar os resultados tecle “SAVE DATA”, para
fazer um novo ensaio tecle “HOME” e volte a tela inicial, para desligar a prensa
tecle “END”.
Caso ocorra algum problema o ciclo para e aparece a tela “ALARMES” (figura
3.4.4) indicando a falha que provocou a parada da prensa.
Essa são as telas básicas, podendo ser customizadas conforme necessidades
do laboratório.
72
Figura 3.4.4: Tela “ALARMES”.
73
4- CONSIDERAÇOES FINAIS
74
5-BIBLIOGRAFIA
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2. Catálogo Siempelkamp: Presses and Plants for the Rubber Industry,
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75
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ANEXO: DESENHO DE APRESENTAÇÃO
78