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ESTUDO DIRIGIDO 01

Ao iniciar a elaboração de sua peça prático profissional, com certeza você se depara com uma série de dúvidas, tais como:

POR ONDE COMEÇAR?

COMO IDENTIFICAR A PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL EXIGIDA PELA PROVA?

QUE ELEMENTOS APRESENTADOS NO CASO CONCRETO SÃO RELEVANTES?

É simples!

Para responder aos casos práticos, crie uma rotina.

Verifique, primeiro, que CRIME teria sido praticado, qual a NATUREZA DA AÇÃO PENAL (se pública ou privada) e, em conse-
quência, quem teria legitimidade para intentá-la.

Observe, diante do crime praticado, de quem seria a COMPETÊNCIA para o processo e julgamento e, ainda, qual o PROCEDI-
MENTO adequado para aquela infração.

Após seguir esses passos, pergunte-se:

 Quem é o seu cliente: a vítima ou o indiciado/réu?


 Se o seu cliente for o indiciado ou réu, ele está preso ou solto?
 Em que fase processual/procedimental a hipótese se encontra?
 Já há denúncia ou queixa?
 A denúncia ou queixa foi recebida?
 O réu já foi citado?
 Já ocorreu a instrução probatória?
 Se for caso de Júri, verifique se a primeira fase do procedimento já terminou. Há pronúncia, impronúncia, desclassifi-
cação ou absolvição sumária?
 Não sendo caso de Júri, já há sentença de 1o. grau?
 Em caso positivo, o réu foi condenado ou absolvido?
 Uma das partes interpôs recurso? Qual foi o recurso interposto e o que alegou?
 O recurso foi julgado?
 Já ocorreu o trânsito em julgado da decisão?

Após identificar a peça, verifique as teses a serem apresentadas.

Lembre-se de apresentar todas as teses possíveis, mas indicando-as em parágrafos distintos na sua peça. E não deixe de
fundamentá-las com os artigos de lei e súmulas (se for o caso).

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As tabelas abaixo podem ser utilizadas como modelo para que você se acostume
com a rotina a ser adotada.
Portanto, utilize-as durante todo o curso. Assim, na hora da prova, você já saberá o que fazer. (Verificar arquivos pos-
tados separados – ANAMNESE E ESTRUTURANDO A PEÇA)

COMEÇANDO A ANAMNESE
CONCLUSÕES

Crime (s)

Natureza da ação penal

Competência

Procedimento

Quem é o seu cliente?

É a vítima ou o indiciado ou
réu?
Se o seu cliente for o indici-
ado ou réu, ele está preso ou
solto?
Em que fase processual/pro-
cedimental a hipótese se en-
contra?

Já há denúncia ou queixa?

A denúncia ou queixa foi rece-


bida?

O réu já foi citado?

Já ocorreu a instrução proba-


tória?

É caso de Júri?

Se a resposta for positiva, a 1a


fase (Juízo de Admissibili-
dade) já terminou?

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Houve pronúncia, impronún-
cia, desclassificação ou ab-
solvição sumária?
Não sendo caso de Júri, já há
sentença de 1o. grau?

Em caso positivo, o réu foi


condenado ou absolvido?
Uma das partes interpôs re-
curso? Qual e o que alegou?

O recurso foi julgado?

Já ocorreu o trânsito em jul-


gado da decisão?

ESTRUTURANDO A PEÇA

PEÇA

FUNDAMENTAÇÃO
LEGAL

COMPETÊNCIA

TESES PRELIMINARES

TESE PRINCIPAL DE
MÉRITO

TESES SUBSIDIÁRIAS

PEDIDO PRINCIPAL

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PEDIDOS SUBSIDIÁ-
RIOS

PRAZO/DATA

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Agora vamos treinar?
Tente fazer sozinho utilizando as tabelas propostas!

CASO 01 – (FGV - XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO - DIREITO PENAL - PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL)

Gabriela, nascida em 28/04/1990, terminou relacionamento amoroso com Patrick, não mais suportando as agressões físicas
sofridas, sendo expulsa do imóvel em que residia com o companheiro em comunidade carente na cidade de Fortaleza, Ceará,
juntamente com o filho do casal de apenas 02 anos. Sem ter familiares no Estado e nem outros conhecidos, passou a pernoitar
com o filho em igrejas e outros locais de acesso público, alimentando- se a partir de ajudas recebidas de desconhecidos. Nessa
época, Gabriela fez amizade com Maria, outra mulher em situação de rua que frequentava os mesmos espaços que ela.
No dia 24 de dezembro de 2010, não mais aguentando a situação e vendo o filho chorar e ficar doente em razão da ausência
de alimentação, após não conseguir emprego ou ajuda, Gabriela decidiu ingressar em um grande supermercado da região, onde
escondeu na roupa dois pacotes de macarrão, cujo valor totalizava R$18,00 (dezoito reais). Ocorre que a conduta de Gabriela
foi percebida pelo fiscal de segurança, que a abordou no momento em que ela deixava o estabelecimento comercial sem pagar
pelos bens, e apreendeu os dois produtos escondidos.
Em sede policial, Gabriela confirmou os fatos, reiterando a ausência de recursos financeiros e a situação de fome e risco físico
de seu filho. Juntado à Folha de Antecedentes Criminais sem outras anotações, o laudo de avaliação dos bens subtraídos
confirmando o valor, e ouvidos os envolvidos, inclusive o fiscal de segurança e o gerente do supermercado, o auto de prisão em
flagrante e o inquérito policial foram encaminhados ao Ministério Público, que ofereceu denúncia em face de Gabriela pela
prática do crime do Art. 155, caput, c/c Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal, além de ter opinado pela liberdade da acusada.
O magistrado em atuação perante o juízo competente, no dia 18 de janeiro de 2011, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério
Público, concedeu liberdade provisória à acusada, deixando de converter o flagrante em preventiva, e determinou que fosse
realizada a citação da denunciada. Contudo, foi concedida a liberdade para Gabriela antes de sua citação e, como ela não tinha
endereço fixo, não foi localizada para ser citada.
No ano de 2015, Gabriela consegue um emprego e fica em melhores condições. Em razão disso, procura um advogado, escla-
recendo que nada sabe sobre o prosseguimento da ação penal a que respondia. Disse, ainda, que Maria, hoje residente na rua
X, na época dos fatos também era moradora de rua e tinha conhecimento de suas dificuldades. Diante disso, em 16 de março
de 2015, segunda-feira, sendo terça-feira dia útil em todo o país, Gabriela e o advogado compareceram ao cartório, onde são
informados que o processo estava em seu regular prosseguimento desde 2011, sem qualquer suspensão, esperando a locali-
zação de Gabriela para citação.
Naquele mesmo momento, Gabriela foi citada, assim como intimada, junto ao seu advogado, para apresentação da medida
cabível. Cabe destacar que a ré, acompanhada de seu patrono, já manifestou desinteresse em aceitar a proposta de suspensão
condicional do processo oferecida pelo Ministério Público.
Considerando a situação narrada, apresente, na qualidade de advogado(a) de Gabriela, a peça jurídica cabível, diferente do
habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas de direito material e processual pertinentes. A peça deverá ser datada no
último dia do prazo. (Valor: 5,00)
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples
menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.

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CASO 02 – (FGV - XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO - DIREITO PENAL - PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL)

Bruno Silva, nascido em 10 de janeiro de 1997, enquanto adolescente, aos 16 anos, respondeu perante a Vara da Infância e
Juventude pela prática de ato infracional análogo ao crime de tráfico, sendo julgada procedente a ação socioeducativa e aplicada
a medida de semiliberdade.
No dia 10 de janeiro de 2015, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, Bruno se encontrava no interior de um ônibus, quando
encontrou um relógio caído ao lado do banco em que estava sentado. Estando o ônibus vazio, Bruno aproveitou para pegar o
relógio e colocá-lo dentro de sua mochila, não informando o ocorrido ao motorista. Mais adiante, porém, 15 minutos após esse
fato, o proprietário do relógio, Bernardo, já na companhia de um policial, ingressou no coletivo procurando pelo seu pertence,
que havia sido comprado apenas duas semanas antes por R$ 100,00 (cem reais). Verificando que Bruno estava sentado no
banco por ele antes utilizado, revistou sua mochila e encontrou o relógio. Bernardo narrou ao motorista de ônibus o ocorrido,
admitindo que Bruno não estava no coletivo quando ele o deixou.
Diante de tais fatos, Bruno foi denunciado perante o juízo competente pela prática do crime de furto simples, na forma do Art.
155, caput, do Código Penal. A denúncia foi recebida e foi formulada pelo Ministério Público a proposta de suspensão condicional
do processo, não sendo aceita pelo acusado, que respondeu ao processo em liberdade.
No curso da instrução, o policial que efetivou a prisão do acusado, Bernardo, o motorista do ônibus e Bruno foram ouvidos e
todos confirmaram os fatos acima narrados. Com a juntada do laudo de avaliação do bem arrecadado, confirmando o valor de
R$ 100,00 (cem reais), os autos foram encaminhados ao Ministério Público, que se manifestou pela procedência do pedido nos
termos da denúncia, pleiteando reconhecimento de maus antecedentes, em razão da medida socioeducativa antes aplicada.
Você, advogado(a) de Bruno, foi intimado(a), em 23 de março de 2015, segunda-feira, sendo o dia subsequente útil.
Com base nas informações acima expostas e naquelas que podem ser inferidas do caso concreto, redija a peça cabível, excluída
a possibilidade de Habeas Corpus, no último dia do prazo, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5,00 pontos)
Obs.: O examinando deve indicar todos os fundamentos e dispositivos legais cabíveis. A mera citação do dispositivo legal não
confere pontuação.

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CASO 03 – (FGV - XXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO - DIREITO PENAL - PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL)

Desejando comprar um novo carro, Leonardo, jovem com 19 anos, decidiu praticar um crime de roubo em um estabelecimento
comercial, com a intenção de subtrair o dinheiro constante do caixa. Narrou o plano criminoso para Roberto, seu vizinho, mas
este se recusou a contribuir. Leonardo decidiu, então, praticar o delito sozinho. Dirigiu-se ao estabelecimento comercial, nele
ingressou e, no momento em que restava apenas um cliente, simulou portar arma de fogo e o ameaçou de morte, o que fez com
ele saísse, já que a intenção de Leonardo era apenas a de subtrair bens do estabelecimento. Leonardo, em seguida, consegue
acesso ao caixa onde fica guardado o dinheiro, mas, antes de subtrair qualquer quantia, verifica que o único funcionário que
estava trabalhando no horário era um senhor que utilizava cadeiras de rodas. Arrependido, antes mesmo de ser notada sua
presença pelo funcionário, deixa o local sem nada subtrair, mas, já do lado de fora da loja, é surpreendido por policiais militares.
Estes realizam a abordagem, verificam que não havia qualquer arma com Leonardo e esclarecem que Roberto narrara o plano
criminoso do vizinho para a Polícia.
Tomando conhecimento dos fatos, o Ministério Público requereu a conversão da prisão em flagrante em preventiva e denunciou
Leonardo como incurso nas sanções penais do Art. 157, § 2º, inciso I, c/c o Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal.
Após decisão do magistrado competente, qual seja, o da 1ª Vara Criminal de Belo Horizonte/MG, de conversão da prisão e
recebimento da denúncia, o processo teve seu prosseguimento regular. O homem que fora ameaçado nunca foi ouvido em juízo,
pois não foi localizado, e, na data dos fatos, demonstrou não ter interesse em ver Leonardo responsabilizado. Em seu interroga-
tório, Leonardo confirma integralmente os fatos, inclusive destacando que se arrependeu do crime que pretendia praticar. Cons-
tavam no processo a Folha de Antecedentes Criminais do acusado sem qualquer anotação e a Folha de Antecedentes Infracio-
nais, ostentando uma representação pela prática de ato infracional análogo ao crime de tráfico, com decisão definitiva de proce-
dência da ação socioeducativa. O magistrado concedeu prazo para as partes se manifestarem em alegações finais por memo-
riais. O Ministério Público requereu a condenação nos termos da denúncia. O advogado de Leonardo, contudo, renunciou aos
poderes, razão pela qual, de imediato, o magistrado abriu vista para a Defensoria Pública apresentar alegações finais.
Em sentença, o juiz julgou procedente a pretensão punitiva estatal. No momento de fixar a pena-base, reconheceu a existência
de maus antecedentes em razão da representação julgada procedente em face de Leonardo enquanto era inimputável, aumen-
tando a pena em 06 meses de reclusão. Não foram reconhecidas agravantes ou atenuantes. Na terceira fase, incrementou o
magistrado em 1/3 a pena, justificando ser desnecessária a apreensão de arma de fogo, bastando a simulação de porte do
material diante do temor causado à vítima. Com a redução de 1/3 pela modalidade tentada, a pena final ficou acomodada em 4
(quatro) anos de reclusão. O regime inicial de cumprimento de pena foi o fechado, justificando o magistrado que o crime de
roubo é extremamente grave e que atemoriza os cidadãos de Belo Horizonte todos os dias. Intimado, o Ministério Público apenas
tomou ciência da decisão.
A irmã de Leonardo o procura para, na condição de advogado, adotar as medidas cabíveis. Constituída nos autos, a intimação
da sentença pela defesa ocorreu em 08 de maio de 2017, segunda-feira, sendo terça-feira dia útil em todo o país.
Com base nas informações expostas acima e naquelas que podem ser inferidas do caso concreto, redija a peça cabível, excluída
a possibilidade de habeas corpus, no último dia do prazo para interposição, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes.
(Valor: 5,00)
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples
menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.

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