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XXX Exame de Ordem – 2a.

Fase – Penal
ESTUDO DIRIDO – Professores Cristiane Dupret, Alexandre Zamboni e Paulo
Machado

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XXX Exame de Ordem – 2a. Fase – Penal
ESTUDO DIRIDO – Professores Cristiane Dupret, Alexandre Zamboni e Paulo
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ESTUDO DIRIGIDO 04

Vocês tentaram resolver os casos selecionados no Estudo Dirigido 03 utilizando as tabelas propostas?
Vamos conferir o preenchimento das tabelas e o espelho de correção?

CASO 04 – (FGV - XV EXAME DE ORDEM UNIFICADO - DIREITO PENAL - PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL)

Enrico, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui um perfil em uma das redes sociais exis-
tentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar em contato com seus amigos, parentes e colegas de trabalho.
Enrico utiliza constantemente as ferramentas da Internet para contatos profissionais e lazer, como o fazem milhares
de pessoas no mundo contemporâneo.
No dia 19/04/2014, sábado, Enrico comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião à noite com parentes
e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Na
manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede social, publicando postagem alusiva à
comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos.
Helena, vizinha e ex-namorada de Enrico, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada nos
contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado
em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na rede social uma mensagem no perfil pessoal
de Enrico.
Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, publicou o seguinte comentário: “não sei o motivo
da comemoração, já que Enrico não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha!”, e, com o propósito
de prejudicar Enrico perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, “ele trabalha todo
dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado
no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”.

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Imediatamente, Enrico, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a
mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil pessoal. Enrico, mortifi-
cado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Carlos, Miguel e Ramirez, que estavam ao seu lado naquele
instante. Muito envergonhado, Enrico tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo,
e a festa comemorativa deixou de ser realizada. No dia seguinte, Enrico procurou a Delegacia de Polícia Especializada
em Repressão aos Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da
mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. Passados cinco meses da
data dos fatos, Enrico procurou seu escritório de advocacia e narrou os fatos acima. Você, na qualidade de advogado
de Enrico, deve assisti-lo. Informa-se que a cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, possui Varas Criminais e
Juizados Especiais Criminais.
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça
cabível, excluindo a possibilidade de impetração de habeas corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes.
(Valor: 5,00 pontos)
A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão.

COMEÇANDO A ANAMNESE CONCLUSÕES

Difamação e Injúria - Art. 139 e 140, CP


Crime (s) c/c Ambos com a majorante do art. 141, Concurso formal Art, 70, CP.
III, CP.

Natureza da ação penal Ação Penal Privada.

Competência JECrim Somando as penas dos crimes com a


majorante, não ultrapassam 2 anos.

Procedimento Rito sumaríssimo da Lei 9.099/95

Quem é o seu cliente? Enrico

É a vítima ou o indiciado ou
Vítima
réu?
Se o seu cliente for o indici-
ado ou réu, ele está preso ou ____
solto?
Em que fase processual/pro-
cedimental a hipótese se en- Fase de Inquérito policial
contra?

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Já há denúncia ou queixa? Não

A denúncia ou queixa foi rece-


Não
bida?

O réu já foi citado? Não

Já ocorreu a instrução proba-


Não
tória?

É caso de Júri? Não

Se a resposta for positiva, a 1a


fase (Juízo de Admissibili- Não
dade) já terminou?
Houve pronúncia, impronún-
cia, desclassificação ou ab- Não
solvição sumária?
Não sendo caso de Júri, já há
Não
sentença de 1o. grau?

Em caso positivo, o réu foi Não


condenado ou absolvido?

Uma das partes interpôs re- Não


curso? Qual e o que alegou?

O recurso foi julgado? Não

Já ocorreu o trânsito em jul-


Não
gado da decisão?

ESTRUTURANDO A PEÇA

PEÇA QUEIXA-CRIME

FUNDAMENTAÇÃO
ART. 30 C/C Art. 41 E 44 do CPP C/C Art. 100, § 2º, do CP.
LEGAL

EXMO, SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO __ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA CO-


COMPETÊNCIA
MARCA DE NITERÓI - RJ

______________
TESES PRELIMINARES

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TESE PRINCIPAL DE INDICAR A PRÁTICA, EM CONCURSO FORMAL, DOS CRIMES DE INJÚRIA E DI-
MÉRITO FAMAÇÃO, COM O AUMENTO DA PENA PREVISTO DO ART. 141, III, CP.

TESES SUBSIDIÁRIAS _______________

DESIGNAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE QUE TRATA O ART. 72 DA LEI 9.099/95.


RECEBIMENTO DA QUEIXA
PEDIDO PRINCIPAL CITAÇÃO DA QUERELADA
CONDENAÇÃO DA ACUSADA NAS PENAS DOS ARTS. 139 E 140 C/C 141, III,
NA FORMA DO ART. 70, TODOS DO CP.

PEDIDOS SUBSIDIÁ- ____________


RIOS

PRAZO/DATA _____________

PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL - ESPELHO DE CORREÇÃO

O examinando deve redigir uma queixa-crime (ação penal de iniciativa privada, exclusiva ou propriamente dita), com fundamento
no Art. 41 do CPP ou no Art. 100, § 2º, do CP, c/c o Art. 30 do CPP, dirigida ao Juizado Especial Criminal de Niterói.
Os crimes contra a honra narrados no enunciado são de menor potencial ofensivo (Art. 61 da Lei n.º 9.099/95). Não obstante a
incidência de causa especial de aumento de pena e do concurso formal, a resposta penal não ultrapassa o patamar de 2 anos.
Ainda em relação à competência, o entendimento da 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que, no caso de
crime contra a honra praticado por meio da Internet, em redes sociais, ausentes as hipóteses do Art. 109, IV e V, da CRFB/88,
sendo as ofensas de caráter exclusivamente pessoal, e a conduta, dirigida a pessoa determinada e não a uma coletividade,
afastam-se as hipóteses do dispositivo constitucional e, via de consequência, a competência da Justiça Federal.
No campo do processo penal, como é cediço, o direito de punir pertence ao Estado, que o exerce ordinariamente por meio do
Ministério Público. Extraordinariamente, porém, a lei autoriza que o ofendido proponha a ação penal (ação penal privada); nesse
caso, o direito de punir não deixa de ser do Estado, que apenas transfere ao particular o exercício do direito de ação, como no
caso dos crimes contra a honra (Art. 145, do CP). Nesse sentido, entende-se que a queixa-crime deve apresentar as condições
para o regular exercício do direito de ação.

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A queixa-crime, como petição inicial de uma ação penal, assim como o é a denúncia, deve conter os mesmos requisitos que
esta (Art. 41, do CPP). Como principal diferença, destaca-se que, enquanto a denúncia é subscrita por membro do Ministério
Público, a queixa-crime será proposta pelo ofendido ou seu representante legal (querelante), patrocinado por advogado, sendo
exigida para esse ato processual capacidade postulatória, de tal sorte que, da procuração, devem constar poderes especiais
(Art. 44 do CPP).
O examinando, deveria, assim, redigir a queixa-crime de acordo com o Art. 41 do Código de Processo Penal, observando,
necessariamente, os requisitos ali estabelecidos, a saber: “a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a
qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o
rol das testemunhas”.
Quanto à qualificação, deveria o examinando propor a queixa-crime em face da querelada, Helena.
Em relação à estrutura, deveria o examinando, ainda, apresentar breve relato dos fatos descritos no enunciado, com exposição
dos fatos criminosos (injúria e difamação) e todas as suas circunstâncias (causa de aumento de pena), bem como a tipificação
dos delitos, praticados em concurso formal (artigos 139 e 140, c/c o Art. 141, III, n/f Art. 70, todos do CP). Além disso, também
é observado na estrutura da peça o respeito às formalidades técnico-jurídicas pertinentes, tais como: existência de endereça-
mento, divisão das partes, aposição de local, data e assinatura, dentre outros.
Acerca da ocorrência de concurso formal de delitos, cumpre destacar que o enunciado da questão, de modo expresso, indicou
que Helena publicou, em sua rede social “uma mensagem no perfil pessoal de Enrico”. Com efeito, a questão narra a existência
de desígnios autônomos (dolo de injúria e dolo de difamação), razão pela qual trata-se de concurso formal imperfeito. Apenas
para ratificar a existência de uma única mensagem publicada por Helena, o próprio enunciado, mais uma vez de modo expresso,
indica que Enrico “recebeu a mensagem e visualizou a publicação” e mais a frente acrescenta: “Enrico procurou a delegacia de
polícia (...) entregando o conteúdo impresso da mensagem ofensiva”. Sendo assim, percebe-se que houve uma única conduta
de Helena, qual seja, uma única publicação, sendo certo que em tal publicação, com desígnios autônomos, Helena praticou dois
crimes, a saber: injúria e difamação.

Ao final o examinando deveria formular os seguintes pedidos:


a) a designação de audiência preliminar ou de conciliação;
b) a citação da querelada;
c) o recebimento da queixa-crime;
d) a oitiva das testemunhas arroladas;
e) a procedência do pedido, com a consequente condenação da querelada nas penas dos artigos 139 e 140 c/c o Art.
141, III, n/f com o Art. 70, todos do CP;
f) a fixação de valor mínimo de indenização, nos termos do artigo 387, IV, do CPP.

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Deveria, ainda, apresentar o rol de testemunhas, indicando expressamente os nomes das testemunhas apontadas no próprio
enunciado, a saber: Carlos, Miguel e Ramirez.
Levando em conta o enunciado da prova, que não exigia data determinada, não se fazia necessário que o examinando datasse
sua peça com o último dia do prazo decadencial de seis meses.

Distribuição dos pontos:

ITEM PONTUAÇÃO
Item 1 – Endereçamento correto:
0,00 / 0,10
Juizado Especial Criminal de Niterói (0,10).
Item 2 – Indicação correta do dispositivo legal que embasa a queixa-crime: art. 41 do CPP
0,00 / 0,10
OU Art. 100, §2º, do CP OU o Art. 30, do CPP OU Art. 145 do CP (0,10)
Item 3.1 – Qualificação do querelante e da querelada:
0,00 / 0,10 / 0,20
Indicação da qualificação do querelante (0,10) e da querelada (0,10)
Item 3.2 – Existência de Procuração com poderes especiais de acordo com o artigo 44 do
0,00 / 0,30
CPP em anexo ou menção acerca de sua existência no corpo da qualificação. (0,30)
Item 4.1- a exposição dos fatos criminosos:
0,00 / 0,10 / 0,50/ 0,60
Descrição do delito de injúria (0,50) e sua classificação típica (Art. 140 do CP) (0,10)
Item 4.2- Descrição do delito de difamação (0,50) e sua classificação típica (Art. 139 do CP)
0,00 / 0,10 / 0,50 / 0,60
(0,10)
Item 4.3 – Incidência da causa de aumento de pena por estar na presença de várias pessoas
ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria- (0,20), nos 0,00 /0,10 / 0,20 / 0,30
termos do Art. 141, III do CP. (0,10)
Item 4.4 – Incidência do concurso formal de delitos (0,30), previsto no Art. 70, do CP (0,10) 0,00 / 0,10 / 0,30 /0,40
Item 5. Dos pedidos:
0,00 / 0,20
a) designação de audiência preliminar ou de conciliação (0,20)
b) a citação da querelada (0,20); 0,00 / 0,20
c) recebimento da queixa (0,20) 0,00 / 0,20
d) a oitiva das testemunhas arroladas (0,20); 0,00 / 0,20
e) a condenação da querelada (0,50) pelo crime de injúria (Art. 140 do CP) (0,10) e pelo
0,00 / 0,50 /0,60 / 0,70 / 0,80
crime de difamação (Art. 139 do CP) (0,10) com a causa de aumento de pena (Art. 141, III
/ 0,90
do CP) (0,10) em concurso formal de delitos (Art. 70 do CP) (0,10)

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f) a fixação de valor mínimo de indenização (0,30), nos termos do Art. 387, IV, do CPP (0,10).
0,00 / 0,30 / 0,40
OBS:. A mera indicação de dispositivo legal não pontua.
Item 6– Rol de testemunhas:
Arrolar as testemunhas Carlos, Miguel e Ramirez (0,20). OBS: É necessária indicação do 0,00 / 0,20
nome das testemunhas.
Item 7 - Estrutura correta (divisão das partes / indicação de local, data, assinatura). (0,10) 0,00 / 0,10

CASO 05 – FGV - VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO - DIREITO PENAL - PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL

No dia 10 de março de 2011, após ingerir um litro de vinho na sede de sua fazenda, José Alves pegou seu automóvel
e passou a conduzi-lo ao longo da estrada que tangencia sua propriedade rural. Após percorrer cerca de dois quilô-
metros na estrada absolutamente deserta, José Alves foi surpreendido por uma equipe da Polícia Militar que lá estava
a fim de procurar um indivíduo foragido do presídio da localidade. Abordado pelos policiais, José Alves saiu de seu
veículo trôpego e exalando forte odor de álcool, oportunidade em que, de maneira incisiva, os policiais lhe compeliram
a realizar um teste de alcoolemia em aparelho de ar alveolar. Realizado o teste, foi constatado que José Alves tinha
concentração de álcool de um miligrama por litro de ar expelido pelos pulmões, razão pela qual os policiais o condu-
ziram à Unidade de Polícia Judiciária, onde foi lavrado Auto de Prisão em Flagrante pela prática do crime previsto no
artigo 306 da Lei 9.503/1997, c/c artigo 2º, inciso II, do Decreto 6.488/2008, sendo-lhe negado no referido Auto de
Prisão em Flagrante o direito de entrevistar-se com seus advogados ou com seus familiares.

Dois dias após a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, em razão de José Alves ter permanecido encarcerado na
Delegacia de Polícia, você é procurado pela família do preso, sob protestos de que não conseguiam vê-lo e de que o
delegado não comunicara o fato ao juízo competente, tampouco à Defensoria Pública.

Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, na
qualidade de advogado de José Alves, redija a peça cabível, exclusiva de advogado, no que tange à liberdade de seu
cliente, questionando, em juízo, eventuais ilegalidades praticadas pela Autoridade Policial, alegando para tanto toda
a matéria de direito pertinente ao caso. (Valor: 5,0)

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COMEÇANDO A ANAMNESE CONCLUSÕES

Artigo 306 da Lei 9.503/1997, c/c artigo


Crime (s)
2º, inciso II, do Decreto 6.488/2008,

Natureza da ação penal Ação Penal Pública Incondicionada.

Competência Vara Criminal

Procedimento Rito ordinário

Quem é o seu cliente? José Alves

É a vítima ou o indiciado ou
Indiciado
réu?
Se o seu cliente for o indici-
ado ou réu, ele está preso ou Preso Só pode ser peça de liberdade
solto?
Em que fase processual/pro-
Fase pré processual
cedimental a hipótese se en-
contra?

Já há denúncia ou queixa? ____

A denúncia ou queixa foi rece-


____
bida?

O réu já foi citado? ____

Já ocorreu a instrução proba-


____
tória?

É caso de Júri? ____

Se a resposta for positiva, a 1a


fase (Juízo de Admissibili- ____
dade) já terminou?
Houve pronúncia, impronún-
cia, desclassificação ou ab- ____
solvição sumária?
Não sendo caso de Júri, já há
____
sentença de 1o. grau?

Em caso positivo, o réu foi ____


condenado ou absolvido?

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Uma das partes interpôs re- ____


curso? Qual e o que alegou?

O recurso foi julgado? ____

Já ocorreu o trânsito em jul-


____
gado da decisão?

ESTRUTURANDO A PEÇA

PEÇA RELAXAMENTO DE PRISÃO

FUNDAMENTAÇÃO
art. 5º, LXV, da CRFB/88, ou art. 310, I, do CPP
LEGAL

COMPETÊNCIA EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA ___

TESES PRELIMINARES

NULIDADE DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE:


violação ao direito à não autoincriminação;
TESE PRINCIPAL DE prova ilícita;
MÉRITO violação à exigência de comunicação da medida à autoridade judiciária, ao ministé-
rio público e à defensoria pública dentro de 24 horas;
violação ao direito à comunicação entre o preso e o advogado, bem com familiares.

TESES SUBSIDIÁRIAS

RELAXAMENTO DE PRISÃO EM RAZÃO DA NULIDADE DO AUTO DE PRISÃO


PEDIDO PRINCIPAL
EM FLAGRANTE E EXPEDIÇÃO DE ALVARÁ DE SOLTURA

PEDIDOS SUBSIDIÁ-
RIOS
PRAZO/DATA

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PEÇA PRÁTICO PROFISSIONAL - ESPELHO DE CORREÇÃO

O examinando deverá redigir uma petição de relaxamento de prisão, fundamentado no art. 5º, LXV, da CRFB/88, ou
art. 310, I, do CPP (embora os fatos narrados na questão sejam anteriores à vigência da Lei 12.403/11, a Banca
atribuirá a pontuação relativa ao item também ao examinando que indicar o art. 310, I, do CPP como dispositivo legal
ensejador ao pedido de relaxamento de prisão. Isso porque estará demonstrada a atualização jurídica acerca do
tema), a ser endereçada ao Juiz de Direito da Vara Criminal.

Na petição, deverá argumentar que:

O auto de prisão em flagrante é nulo por violação ao direito à não autoincriminação compulsória (princípio do nemo
tenetur se detegere) , previsto no art. 5º, LXIII, da CRFB/88 ou art. 8º, 2, “g” do Decreto 678/92.

A prova é ilícita em razão da colheita forçada do exame de teor alcoólico, por força do art. 5º, LVI, da CRFB/88 ou art.
157 do CPP.

O auto de prisão em flagrante é nulo pela violação à exigência de comunicação da medida à Autoridade Judiciária,
ao Ministério Público e à Defensoria Pública dentro de 24 horas, nos termos do art. 306, §1º, do CPP ou art. 5º, LXII,
da CRFB/88, ou art. 6º, inciso V, c/c. artigo 185, ambos do CPP (a banca também convencionou aceitar como fun-
damento o artigo 306, caput, do CPP, considerando-se a legislação da época dos fatos).

O auto de prisão é nulo por violação ao direito à comunicação entre o preso e o advogado, bem com familiares, nos
termos do art. 5º, LXIII, da CRFB ou art. 7º, III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil ou art. 8º, 2, “d” do
Decreto 678/92;

Ao final, o examinando deverá formular pedido de relaxamento de prisão em razão da nulidade do auto de prisão em
flagrante, com a consequente expedição de alvará de soltura.

Distribuição dos Pontos

Item Pontuação
1 - Estrutura correta (divisão das partes / indicação de local, data, assinatura) 0 / 0,25

2 - Indicação correta dos dispositivos legais que dão ensejo ao pedido de relaxamento 0 / 0,5
de prisão – art. 5º, LXV, da CRFB OU art. 310, I, do CPP.
3 - Endereçamento correto – Juiz de Direito da XX Vara Criminal da Comarca... 0 / 0,25

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4.1 - Desenvolvimento jurídico acerca da nulidade do auto de prisão em flagrante por violação
ao direito a não produzir prova contra si (0,5) [art. 5º, LXIII, da CRFB OU art. 8º, 2, “g” do Decreto 0 / 0,5 / 0,75
678/92 (Pacto de San José da Costa Rica)] (0,25)
Obs.: A mera indicação do artigo não é pontuada.
4.2 - em razão da colheita forçada do exame de teor alcoólico e consequente ilicitude da prova
(0,5) [art. 5º, LVI, OU art. 157 do CPP] (0,25) 0 / 0,5 / 0,75
Obs.: A mera indicação do artigo não é pontuada.
5 - Desenvolvimento jurídico acerca da nulidade do auto de prisão em flagrante por violação ao
direito à comunicação entre o preso e o advogado, bem como familiares (0,8), nos termos do 0 / 0,8 / 1,0
art. 5º, LXIII, da CRFB OU art 7º, III, do EOAB (0,2).
Obs.: A mera indicação do artigo não é pontuada.
6 - Desenvolvimento jurídico acerca da nulidade do auto de prisão em flagrante por violação à
exigência de comunicação da medida à autoridade judiciária e à defensoria pública dentro de
24 horas (0,8), nos termos do art. 306, §1º, do CPP OU art. 5º, LXII, da CRFB (0,2).
0 / 0,8 / 1,0
Obs.: A mera indicação do artigo não é pontuada.
7 - Pedido de relaxamento de prisão em razão da nulidade do auto de prisão em flagrante (0,25) 0 / 0,25 / 0,5
e expedição de alvará de soltura (0,25).

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