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Construtivismo – Jean

Piaget
PROF.ª ME. LUCIANA UHREN
Jean Piaget (1896-1980)

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Aos 10 anos publicou seu primeiro artigo científico, sobre um pardal albino;
Formou-se em biologia na universidade de Neuchâtel;
Em 1924, publicou o primeiro de mais de 50 livros, A linguagem e o
pensamento na criança;
Acompanhou a infância dos três filhos, uma das grandes fontes do trabalho de
observação do que chamou de "ajustamento progressivo do saber“;
Piaget foi biólogo e dedicou a vida a submeter à observação científica rigorosa
o processo de aquisição de conhecimento pelo ser humano, particularmente a
criança;
Epistemologia genética – teoria do conhecimento centrada no
desenvolvimento natural da criança;
Não atuou como pedagogo e não criou um método de ensino.

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As descobertas de Piaget demonstraram que a transmissão de
conhecimentos é uma possibilidade limitada – não se pode fazer
uma criança aprender o que ela ainda não tem condições de
absorver; não vai se interessar a não ser por conteúdos que lhe
façam falta em termos cognitivos;
O conhecimento se dá por descobertas que a própria criança faz;
Educar, para Piaget, é "provocar a atividade" – estimular a procura
do conhecimento.

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Piaget tentou responder questões epistemológicas tais como:
O que é o conhecimento?
O que conhecemos?
Como conseguimos conhecer o que conhecemos?
Como alcançamos o conhecimento válido?
Que contribuições trazem o sujeito e o objeto ao ato de conhecer?

Sua epistemologia tenta estudar como muda e evolui o conhecimento.


Define a “epistemologia genética” como a disciplina que estuda os mecanismos e processos mediante
os quais se passa “dos estados de menor conhecimento aos estados de conhecimento mais avançado”

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Conceitos fundamentais

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Esquemas mentais – são as estruturas mentais ou cognitivas pelas
quais os indivíduos se adaptam e organizam intelectualmente o
meio.
Não são objetos reais, não são observáveis. São construtos
hipotéticos, da mesma maneira que inteligência, criatividade,
capacidade etc.
Mudam continuamente e tornam-se mais refinados.
Eles se modificam com o desenvolvimento mental.

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Assimilação e acomodação
As crianças se inserem gradualmente nas regras, valores e símbolos da maturidade
psicológica. Isso acontece por meio de dois mecanismos:
1. Assimilação – ação externa: consiste em utilizar os chamados esquemas de ação
(formas como interagimos com o mundo, como classificar, ordenar, relacionar etc.)
para compreender as características de determinado conceito;
2. Acomodação – processo interno: diz respeito à construção de novas estruturas
cognitivas (com base nas pré-existentes, mas ampliando-as). Isso permite assimilar
a novidade, chegando a um novo estado de equilíbrio.
(A criança que tem a ideia mental de uma ave como animal voador, com penas e asas,
ao observar um avestruz vai tentar assimilá-lo a um esquema que não corresponde
totalmente ao conhecido (assimilação). Depois de aprender que um avestruz não voa,
a criança vai adaptar seu conceito "geral" de ave para incluir as que não voam
(acomodação)).

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Adaptação e equilibração
Capacidade de conhecer não é inata e nem resultado direto da experiência. Ela é construída
pelo indivíduo à medida que a interação com o meio o desequilibra - ou seja, o desafia -,
exigindo novas adaptações que possibilitam reequilibrar-se;
A inteligência humana se renova a cada descoberta;
Desde o nascimento, a criança constrói infinitamente suas estruturas cognitivas em busca de
uma melhor adaptação ao meio;
Equilibração majorante - o indivíduo constrói as estruturas mentais que possibilitam subir
de nível cognitivo - ou seja, compreender algo novo;
Aquilo que cada estudante aprenderá não é exatamente o que o professor verbaliza em sala
de aula, nem mesmo o que ele espera que seja assimilado. A aprendizagem depende dos
conhecimentos anteriores de cada um e de suas experiências. Para ampliá-la, além de propor
situações que desestabilizem os conhecimentos estabelecidos, é preciso que eles se sintam
motivados a realizar um esforço cognitivo para superar o problema.

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“Em uma perspectiva da equilibração, deve-se procurar nos desequilíbrios uma das
fontes de progresso no desenvolvimento dos conhecimentos, pois só os
desequilíbrios obrigam um sujeito a ultrapassar seu estado atual e procurar seja o
que for em direções novas."
(Jean Piaget, no livro O Desenvolvimento do Pensamento)

As situações que colocam em xeque aquilo que o indivíduo já sabe são as fontes da
evolução das estruturas cognitivas. Sem elas, não haveria o processo de
equilibração ("fontes de progresso no desenvolvimento dos conhecimentos").
Entretanto, é importante ressaltar que, ainda que as situações desestabilizadoras
possuam um papel desencadeador (levando a pessoa a refletir sobre o desafio),
para que haja aprendizado, é necessário que o sujeito tenha um papel ativo,
tomando o problema para si e realizando um esforço cognitivo para superá-lo.

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O conceito de equilibração provoca reflexões sobre as formas de ensino mais
efetivas, que possibilitem a todos avançar. Dificilmente um aluno compreenderá
que a Terra é redonda, apenas porque ouviu a professora falar que o planeta se
parece como uma laranja. Ele pode até decorar a informação, mas ela não será
significativa.

Para que todos possam avançar, é preciso trabalhar com situações-problema que
os levem a investigar, discutir, refletir, levantar questões e formular hipóteses,
assumindo uma postura ativa em seu desenvolvimento.

"Aceitar que as crianças são intelectualmente ativas não significa supor que o
educador é passivo. Pelo contrário, significa assumir modalidades de trabalho que
levem em consideração os mecanismos de construção do conhecimento.“
(Délia Lerner, no livro Piaget - Vygostky, Novas Contribuições para o Debate).

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Estágios de desenvolvimento
Sensório-motor (0 a 2 anos) – as crianças adquirem a capacidade de administrar seus
reflexos básicos para que gerem ações prazerosas ou vantajosas. É um período anterior à
linguagem, no qual o bebê desenvolve a percepção de si mesmo e dos objetos a sua
volta;
Pré-operacional (2 aos 7 anos) – surgimento da capacidade de dominar a linguagem e a
representação do mundo por meio de símbolos. A criança continua egocêntrica e ainda
não é capaz, moralmente, de se colocar no lugar de outra pessoa;
Operações concretas (7 aos 11-12 anos) – aquisição da noção de reversibilidade das
ações. Surge a lógica nos processos mentais e a habilidade de discriminar os objetos por
similaridades e diferenças. A criança já pode dominar conceitos de tempo e número;
Operações formais (a partir dos 12 anos) – entrada na idade adulta, em termos
cognitivos. O adolescente passa a ter o domínio do pensamento lógico e dedutivo, o que
o habilita à experimentação mental. Isso implica, entre outras coisas, relacionar conceitos
abstratos e raciocinar sobre hipóteses.

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Referências
FERRARI, M. Jean Piaget, o biólogo que colocou a aprendizagem no microscópio. Nova Escola,
São Paulo, 01 out. 2008. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1709/jean-piaget-
o-biologo-que-colocou-a-aprendizagem-no-microscópio>. Acesso em: 22 out. 2018.
FERNANDES, E. Adaptação e equilibração. Nova Escola, São Paulo, 01 abr. 2011. Disponível em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/1351/adaptacao-e-equilibracao>. Acesso em: 22 out. 2018.

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