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HELI O A M O H I M

CURSO DE

INTERPRETAÇÃO

A ST R O LÓ G IC A
(TEORIA E PRÁTICA)
v o il .6
OS SEIS EIXOS DO HOROSCOPO
2

DEDICADO
A TODOS OS JOVENS QUE ESTUDAM ASTROLOGIA

M .C

E QUE BUSCAM O VERDADEIRO SIGNIFICADO DA VIDA,


O CONHECER-SE A SI MESMO E INTEGRAR TODAS AS
A r e a s da e x p e r i e n c i a h u m a n a .

1986
HE LIO AMORIM

CURSO DE

INTERPRETAÇÃO
ASTROLOGICA

(TEORIA E PRÁTICA) TOIL-


os SEI S EÍXOS DO HORÓSCOPO

( i l u s t r a ç õ e s por Judith R ib ei ro de Carvalho)

Edição apenas de 300 exemplares para d i s t r i b u i ç ã o


interna aos alunos que se matricularem no Curso
B ás ico do

CENTRO ASTROLÓGICO
DE SÃO PAULO

1 986
OS SEIS EIXOS BASICOS

Um signo nào age sozinho . As polari

D A D E S SE O P Õ E M , SE A T R A E M , SE C O M P L E
MENTAM.

A H A R M O N I A E O E Q U I L Í B R I O ESTA'
NO C E N T R O D O C Í R C U L O O N D E A S Dl
V E R G E N C I A S SE A N U L A M .
PREFACIO 5

Com es te l i v r o nós prestamos uma homenagem ' a Dona


Ema de Masch evi1le.c ujo s ensinamentos a s t r o l ó g i c o s a
nós legados, embora simples e a c e s s í v e i s , muito agrad£
ram aos nossos alunos pelas suas c a r a c t e r í s t i c a s de
fundo e s o t é r i c o e e s p i r i t u a l i s t a , pelos seus ensinamen_
tos baseados no Evangelho e no amor.

Como estudamos alguns meses com D. Ema e mais de


dois anos com Antonio Ca rlos Harres e Olavo de Carva­
lho, na Escola Jú piter, e procuramos t r a n s m i t i r aos
nossos alunos tudo a q u il o que deles aprendemos, sur­
giu a idéia de vermos impressosem forma de l i v r o tio
belos ensinamentos para que pudessem os mesmos ser
preservados e sobreviver "as v i c i s s i t u d e s do tempo.

Pedimos desculpas ao Amigo L e i t o r e aos Mestres


que o inspiraram,porque foi e s c r i t o nos baseando em
notas, rascunhos, observações e apontamentos imperfej_
tos e incompletos. Esperamos por is so que sejam re l e ­
vados os erro s, f a l h a s , omissões e acréscimos que são
todos nossos.

A a s t r o l o g i a que aborda a parte transcendental ,mís_


t i c a , e s o t é r i c a , m e ta fí s i c a ou e s p i r i t u a l , tal como
nós temos procurado transmit i r , transborda para além
dos seus l i m i t e s e domínios or to do x ai s da Idade Média
e penetra já no campo de uma p a r a - a s t r o l o g i a , tal co­
mo aconteceu com a p a r a - p s i c o l o g i a , que ni o ficou ads­
t r i t a aos conceitos puramente freud ian os da li bi do.

Sem a f i l o s o f i a da a s t r o l o g i a , es ta s e r i a como um
corpo sem alma, assim como sem o amor e sem Deus todo
o saber é vio.

São Paulo, março/1986


f

6 LIVROS PUBLICADOS ANTERIORMENTE

©©©©0 de He1 Io Amorim

CÁLCULO ASTROLÓGICO , VOLUME I


CÁLCULO ASTROLÓGICO , VOLUME II
ANTOLOGIA ASTROLÓGICA
ASTRONOMIA E ASTROLOGIA
CURSO DE INTERPRETAÇÃO ASTROLÓGICA VOLUME I:
-O ASCENDENTE,OS EIXOS BÁSICOS, HEMISFERIOS,
QUADRANTES, CONCEITOS ESOTERICOS,
© © ©

CURSO DE INTERPRETAÇÃO ASTROLÓGICA VOLUME I I :


- AS CASAS ASTROLÓGICAS
CURSO DE INTERPRETAÇÃO ASTROLOGICA VOLUME I I I
- AS QUATRO FUNÇÕES BÁSICAS DA PSIQUE
CURSO DE INTERPRETAÇÃO ASTROLOGICA VOLUME IV:
-O ZODÍACO E A ORIGEM DOS SIGNOS; ASTROLOGIA
E COSMOGÊNESE
0©O@©O(D ©

CURSO DE INTERPRETAÇÃO ASTROLÓGICA VOLUME V:


- OS CICLOS DA NATUREZA
Revista "ASTROLOGIA", n? 1
Re v ist a "ASTROLOGIA", n° 2
Revist a "ASTROLOGIA", n? 3
Rev ist a "ASTROLOGIA", n? k
Rev ist a "ASTROLOGIA", n? 5
Rev ist a "ASTROLOGIA", n? 6
Re v ist a "ASTROLOGIA", n° 7

(continua na pg. seg ui nte )


ÚLTIMOS LIVROS PUBLICADOS ---- -1986
d e Helio Amor im ^

C u r s o de Interpretação Astrologica, V O L U M E VI :

- OS SEIS EIXOS DO HOROSCOPO


C u r s o de Interpretação Astrológica, VOLUME V i l :
- QUE SIGNIFICA 0 ASCENDENTE ? (ÁRIES,TOURO, GE -
MEOS, CANCER, LEAO E VIRGO ?)
Curso de Interpretação A s t r o l ó g i c a .VOLUME V i l i ;
- QUE SIGNIFICA 0 ASCENDENTE ? ( L ! BRA,ESCORPIA0,
SAGITARIO, CAPRICORNIO, AQUARIO E PEIXES ?)
Curso de Interpretação A s t r o l ó g i c a , VOLUME I X :
- QUE SIGNIFICAM OS PLANETAS NO SEU HORÓSCOPO ?
Curso de Interpretação A s t r o l ó g i c a , VOLUME X :
- QUE SIGNIFICA SATURNO NO SEU HORÓSCOPO ?
Curso de Interpretação A s t r o l ó g i c a , VOLUME XI :
- TEORIA GERAL DOS ASPECTOS , PARTE A
Curso de Interpretação A s t r o l ó g i c a .VOLUME X I I :
-TEORIA GERAL DOS ASPECTOS , PARTE B
CÁLCULO ASTROLÓGICO, VOLUME I I I ( PARTE A ) :
- PROGRESSÕES, PREVISÕES, TRÂNSITOS
CÁLCULO ASTROLÓGICO, VOLUME <V (PARTE B ) :
-PROGRESSÕES, PREVISÕES, TRANSITOS

i CENTRO ASTROLÓGICO DE SAO PAULO


Rua Cunha Gago, 696 - Pi n h e ir o s -Cep.05Á21
T e l . (d i reto) : 211-3Á37
(das 8 ãs 9hs; das 13 as 15hs; das 19as 20hs)
Tel. p/recado: ã n o i t e ( S e r g i o ) : 881-0137
Tel. p/recado: 533-1172; 273“8 100

TEMOS TODO 0 MATERIAL D IDATICO


r

Slonehenae é o m ais Importante m onum ento m egalitlco da Europa, tendo


a um só tempo calendário lunar e solar. No alto da loto percebe-se uma
pedra denom inada "H E E L , velha d e sign a çã o do Sol. Em 21 de |unho, dia
do solsticio de verão, o dia m ais longo, o primeiro raio de sol vem acariciar
e ssa pedra, que está localizada diante da ferradura formada pelos trilitos.
A luz iluminava a pedra do altar, atualmente caida, e situada no centro d o s
trilitos. Sim bolizava o nascim ento e a criação da vida. (Foto Aerofilms
Library Londres)
A

9
ÍNDICE fia -

Prefácio ......................................... ............. 5


Obras do mesmo Autor . ....................... . 6
Signos ........................................ 11
Palavras-Chaves ........................ 28
Uma V is io rápida do Sign ificad o das Casas . ... 29
0 Método A strológico ........... ........................ 52
Simbolismo Astrológico dos Signos ................ 57
Os Eixos easEras A s t r o ló g ic a s ......... ........... 78
0 Eixo dasCasas ............................................ 86
0 Quadro da SantaCeia ......... 88
0 Eixo Âries-Libra ......................... 97
0 Eixo Touro-Escorpiio .... 127
0 Eixo Gêmeos-Sagitário ........................163
0 Eixo Cincer-Capricórnio ... 185
0 Eixo Leão-Aquário .................. 198
0 Eixo Virgo-Peixes ............................... 207
Os Dons doE sp írito ............................... .....219
19 Esquema ............................................. '....222
2? Esquema ................................................. 225
39 Esquema ................................................... 228
49 Esquema ............................................ .....229
59 Esquema .............. 230
69 Esquema .......................................... 231
79 Esquema ................. 231
89 Esquema ................................................. 233
99 Esquema ................................................. 234
109 Esquema ................................... 237
119 Esquema ................................................. 238
129 Esquema ............... 239
APÊNDICE ....................................................... 259
Leonardo da Vinci ......................................... 259
P rin cip a is Profecias de Leonardo .................... 269
Os Mitos e os Símbolos ................................. 270
0 Mito de Peixes ........................................... 270
Os Símbolos ... »............................................ 271
Os Vários Mitos ............................................ 275
10
índice (continuação) Eia.-
0 Mito do Superhomem ................................... 272
0 Pato Donald .............................................. 279
0 Tio Patinhas ............................................ 280
0 T a r z i ....... ............................................... 281
0 Fantasma .................................................. 282
Outros Mitos ............................................... 283
Galeria de Personagens das Revistas em Quadros 288
Galeria de Pessoas Famosas............................ 289
Galeria de Animais ...................................... 290
P.N.
SIGNOS 11

Longitude e c líp tic a é o ângulo que um determinado


planeta vai formar com o ponto in ic ia l A*ries. Poderia­
mos aqui representar as longitudes e c líp tic a s em graus
inteiros, de 0o a 360°. Assim,ao invés de dizer que
um planeta se acha a 10° do signo de Libra, nós d ir ía ­
mos apenas que ele se acha a 190° graus e c líp tic o s.Ver
F ig .p g .12.
Existem correntes que querem s u b s t it u ir os signos /
pelos graus e c líp tic o s, mas isto seria uma atitude exa
geradamente aquariana,sem levar em conta o Leio, por­
que a Tradição tem o seu sig n ific a d o , o seu sentido.Es
tes símbolos não foram criados por uma mera fantasia ;
eles têm toda uma sign ificação.

E'fundamental nós conhecermos esta simbologia para


podermos estabelecer qual a sua relação. Visto istoj
nós vamos procurar relacionar ou estabelecer as posi­
ções que se acham sobre a E c líp tic a em relação a um
ponto sobre a terra, que ê o nosso objetivo.

Os signos são CAMPOS DE ENERGIA, CAMPOS DE FORÇA,e


temos que saber como estes campos se interagem e para
isso vai ser necessário nós criarmos uma relação entre
as duas esferas e um ponto,que é o ser humano que nas­
ce, que ê uma outra esfera que está representada no
próprio horóscopo.

A linha do Equador da terra ê o horizonte da huma­


nidade. De manhã, o Sol nasce. Nesse d ia,o Sol esta
trazendo a sua luz* a sua força criadora ao Ascendente
da humanidade, ao horizonte da humanidade. Por isso i
qué esta data, 23 de março, foi sempre festejada pelas
antigas culturas: o in íc io da primavera no hemisfério/
norte. A foto de Stonehenge foi fe it a exatamente nes­
se dia, quando o Sol estava sobre o Equador da terra.
Na pirâmide também era assinalado isso . Era por isso ma
tiv o de festejo re lig io so , mágico, m ístico.
12
O tempo sideral nao é apenas uma convenção astro ló
gica, matemática, mas tem um sign ificad o v it a l, de
princípio, de in íc io .

0 hemisfério norte tem a polaridade p o sitiva; o do


sul, passiva, receptiva, porque tudo está divid id o em
bi-polaridades. No momento em que o Sol in ic ia o seu
caminho no hemisferio norte, no hemisferio p o sitivo ,
criador, isso é considerado o in íc io do c ic lo v it a l.

MC

FC
13
Tudo começa em março. 0 Sol vai chegar a Câncer,
que ê a sua posiçio mais elevada no hemisfério norte,
onde esta mais a lta a polaridade p o sitiva. Aí nós te­
mos o signo de Câncer. E'o mês de junho. E” o momento
onde a luz mais se eleva no hemisfério norte. Daí a
tradição da festa de São João. Na B íb lia , se diz que
a prima de Maria, Izabel, acendeu uma fogueira em c i ­
ma do morro para avisar que o filh o tinha nascido.Ele
se eleva; ê o símbolo da busca da espiritu alidad e e
da ascensão e spiritu alj e'o símbolo da Lua. E a Lua,
Câncer, ê o reflexo do Sol. A Lua é o corpo que re­
fle te com maior intensidade a luz solar. 0 Câncer é
o símbolo da alma e alma é o reflexo do e sp írito . De­
pois o Sol começa a declinar para transpor novamente/
o Equador. E vocês podem observar nas pessoas de Cân­
cer que elas vão e voltam. Elas estão sempre indo e
voltando, como o próprio Sol chega em Câncer e depois
desce.

Todas essas descrições a stro ló gic a s têm toda uma


ligação com os próprios movimentos do espaço.Elas não
são invenções e fan tasias. São correspondências e a^
sociações entre o macro e o microcosmo.

Na Libra, você tem a entrada do Sol no hemisfério/


sul, em setembro, e vai a tin g ir o ponto mais elevado
para quem està no hemisfério sul , em Capricórnio.

0 horóscopo NÃO É UMA DETERMINAÇÃO DOS ASTROS. E'o


reflexo daquilo que você é. Pode haver 500 pessoas /
com o mesmo horóscopo, mas cada um vai canalizar qquj_
lo num outro nível. Basicamente, a estrutura vai ser
a mesma. Isto vai depender também do meio ambiente /
em que você nasce: da sua fam ília, da sua condição so
c ia i, do momento h istó rico , dos parâmetros cu ltu rais.
Você vai viver aquilo de um je ito ou de outro. Isto
por cima ainda da sua própria bagagem que você traz /
com você, porque você não começou a viver na hora em
que apareceu no mundo. Conforme essa bagagem e con­
forme a natureza da sua semente e..conforme a terra em.
que você cai, você vai dar uma planta de um je ito ou
do outro. Se a semente cai no meio da pedra,você vai
ter muito mais dificuldade de brotar. Se outra semen­
te cai na terra,vai ter mais facilid ad e . Mas é a mes­
ma semente. Por isso ,a gente não deve ter a idéia de
que tudo está determinado no horóscopo. A semente que
cai na terra vai depender do cuidado do jardineiro ou
do h o rticu lto r. Se a planta não recebe água e se as
ervas daninhas não são arrancadas e as pragas combat^
das, a planta não se desenvolve.

Aqui entram os conceitos emitidos na Revista “As­


tro lo g ia ", volume n? 7• A coisa deve funcionar com
33% de destino,que são os efeitos de causas que você
gerou antes e dos quais você não pode fu g ir; foi vo­
cê que botou aquilo em movimento; você é que tem qúe
dar conta daquilo. Estas causas e e fe ito s são r e la t i­
vas no ser humano ao seu conhecimento ou a sua igno­
rância das le is da natureza. Se você conhecer as le is
da natureza e a g ir em consonância com elas,você vai
estar em e q u ilíb rio . Mas i medida que você ignora as
le is e ã medida que você vai c r ia r coisas em desarmo­
nia, e â medida que você vai chegar ãs suas próprias/
lim itações e i s suas próprias necessidades, você vai
colher as conseqüências. Se você pôs alguma coisa em
ação e aquilo não está em harmonia com o todo, você
vai ter que colher aquele efeito em você mesmo, para
você poder compreender e aprender i respeito da mani­
pulação daquela energia.

Os outros 33% Ó o seu liv re a r b ítr io , que é a sua


capacidade de modificar isto e ao mesmo tempo de
c ria r novas causas.

Os outros 33^ é a Providência Divina ou a Graça Dj_


vina ou a Lei, que ê tudo aquilo que está fora do no£
so poder de controlar, porque por mais que alguém fa ­
ça força,não pode fazer crescer mais um centímetro do
seu próprio cabelo, ou de c ria r o ar que você mesmo
respi ra.
Esses 66% ê a vida que nos dá, que nos permite. E
esta vida não é do domínio de ninguém. Por mais pode­
roso que seja, por mais consciente que seja,assim mqs
mo o indivíduo está aí pela graça de alg o que trans­
cende tudo isto .

Buda ensinava que ê pelo conhecimento que o homem


se liberta. 0 sofrimento tem por causa a ignorância.
No momento em que você sabe, que você conhece, você /
se iluminou. Não é o conhecimento intelectu al. Aí vo­
e i vai compreender outros valores. Quando você faz um
esforço real, você pode vencer aquilo num determinado
plano; você queimou aquilo. E aquilo poderá se mani­
fe star num outro nível de vivência, de experiência.

Na interpretação de um horóscopo, o astrólogo de


começo tem que tomar uma atitude passiva para poder
sentir que tipo de pessoa ê, como abordar a questão ,
qual o problema que para ela ê mais importante, para
você não fic a r divagando e abordando assuntos que a
ela não interessam. Para cada temperamento você tem
que ter uma atitude diferente.

Primeiro devemos procurar os acontecimentos do pa£


sado, porque dentro do horóscopo aparecem certos pon­
tos básicos da vida da pessoa; daquilo que ela já v i ­
veu, daquilo que ela já experimentou. Você pode en­
tão perguntar: Em tal idade que foi que houve, em ter
mos fam iliares, que mudanças ocorreram ? AÍ o in divf-
duo começa a recordar, a v o ltar para trá s. Ele começa
a se id e n tific a r com aquele que está a í. Você não d£
ve ir falando em galáxias, em constelações, em bura­
cos negros, porque ê uma coisa que está tão fora da
realidade dele,que ele não vai conseguir c ria r a 1iga_
ção com aquilo, mesmo poque ele deve estar enfrentan­
do problemas de ordem emocional, mental, fís ic a , e
no momento não e sta”interessado em questões abstratas.
Você tem que p a rtir daquilo que ele viveu, que ele es
tá vivendo. Aquilo que ele viveu ele conhece. Se a l ­
guém chega para você e diz: "Fale de mim ! 11 Eu devo
responder Não! E você que vai fa la r de voce para mim.
Eu vou fazer as perguntas e você vai me responder'. Vo­
cê deve fazer o processo contrário. E~muito comum a l­
guém nos dizer:"Aquele astrólogo falou_duas horas; fez
um ótimo trabalho, mas absolutamente não respondeu na_
da do problema angustiante que eu enfrentava!' Se ha
um diálogo, a pessoa se id e n tific a com aquilo; ela se
torna mais receptiva, mais aberta para essa interpreta^
ção. E no fundo,por mais cético que seja, todo o bra­
s ile ir o ê místico. E"só você dar uma provocada que o
Peixes vem para fora. 0 b ra sile iro é Virgo, mas por
baixo há o Peixes, por isso há um m isticism o muito for
te. Todo o país se diz c ató lico , mas está todo mundo 7
na umbanda, no espiritism o, na a stro lo g ia , na yoga, na
macrobiótica, mas oficialm ente é um país cató lico.

0 horóscopo toma como base o c írc u lo da e c líp tic a .

No diagrama seguinte,o ponto A representa onde o Sol


nasce; e o ponto B, onde o Sol se põe. Ô ponto A ê cha
mado Ascendente; e o ponto B, o Descendente. Nós sabe­
mos que o movimento do Sol é um movimento aparente de­
vido ã própria rotação da terra.
MC MC

FC
Vemos diariamente o Sol se levantar e fazer o movi­
mento aparente do Oriente para o Ocidente ou de Leste/
para o Oeste. Consideramos pois a e c líp tic a como o
círcu lo de máxima intensidade das energias irradiadas/
pela terra. Consideramos este c írc u lo , que é o círculo
aparente percorrido pelo Sol»como sendo o c írc u lo no
qual vamos nos basear ¡sara o cálcu lo dos campos de
17
energias dentro do ser humano. Os signos são símbolos
das irradiações que se manifestam a partir de toda fo£
ma de vida. Portanto, podemos tomar a terra como sendó
uma laranja com os seus gomos que seriam os seus cam­
pos de i rradiação.

Toda forma de vida que su rgir sobre a terra vai ter


esta mesma estruturação. 0 ser humano também tem esta
esfera de irradiação, que vai estar em relação com a
esfera terrestre. Vai haver uma interação entre a esf£
ra humana e a esfera terrestre. A terra é a manifesta­
ção; i o que está concretizado, objetivado. Voei pode
pegar a esfera da terra e d iv id i- la em doze gomos. Um
gomo i A ries, um gomo i Touro, e assim por diante.

Assim também ao redor da terra existem as caracte­


r ís t ic a s destes gomos. Isto é,no plano fís ic o , mas es
ta esfera e estas divisões ou campos de irradiação nao
existem somente fisicamente. Tudo o que tem vida tem
uma irradiação. Isso a própria ciência já nos demon£
tra. Tudo tem um campo eletro-magnético: o ser huma­
no, a terra, o gravador, a caixa de giz, a pedra, a
flo r. Tudo o que está vivo tem um campo de irrad ia­
ções e de energias. Mas como forma manifestada,o ser
humano vai estar polarizado numa determinada vibração
que nós chamamos de signo ASCENDENTE. E*uma polarida­
de. Nós podemos dar um outro exemplo. Podemos d e fi­
n ir os doze signos como doze velocidades vibratórias /
diferentes de um mesmo Princípio Criador. Ele pode ter
doze escalas. Quando nós dizemos, por exemplo, que o
/Tries rege o ferro, nós estamos dizendo o seguinte: "
Que aquele comprimento de onda do A'ries que nós simbo­
lizamos neste signo, corresponde ao mesmo comprimento/
de onda do ferro.1* E a pessoa que tem o Ascendente /
em A'ries, o corpo fís ic o dele vibra na mesma faixa, na
mesma frequência, que ê a mesma faixa vibratória do ru
bi. 0 rubi vibra na mesma faixa que o ferro, mas em
planos diferentes. 0 ferro é nos metais; o rubi, nos
c r is t a is ; o ariano, no mundo humano,; o cachorro,no mun
do animal. Você vai ver em cada reino de manifesta-
r
18

ção aquela vibrarão se expressando de uma determinada


forma, mas na essencia elas sio todas idênticas. Este
e o princípio de igualdade que ex iste entre todas as
formas. Este é o princípio da analogia na a stro lo ­
gia. isto no passado foi elaborado de forma in tu itiv a ,
clarividente. Eles identificaram estas semelhanças /
existentes entre as coisas.

Hoje se sabe que os c r is t a is se c ristalizam dentro


de seis eixos básicos. Nós sabemos que existem se is /
eixos dos signos.

Podemos, portanto, associar os eixos de c r is t a liz a ­


ção com os signos, como p rin cíp io s criadores no mundo
dos c r is t a is . Você pode categorizar os vegetais como o
fez Paracelso. Ele identificava as ervas de Marte, as
ervas de Saturno. As plantas de Marte sio espinhentas.
Têm gosto acre, forte e geralmente provocam o estado /
febril no ser humano. Fazem geralmente com que o calor
aumente. As plantas de Júpiter têm grandes fru to s,fru
tos doces, carnudos. As plantas de Saturno, produzem
frutos que não têm carne; são fru tos secos,que sõ têm
caroço. Sio árvores pretas, grossas, res i s tentes.Assim,
você pode categorizar todos os reinos da natureza com
os signos. Paracelso pegava uma planta de determinada
vibração, quando ele sabia que a pessoa tinha uma qua­
dratura de Marte no horóscopo dele, e ia justamente /
d e stilar a planta de Marte para dar a ela a essência /
vegetal daquela vibração que ela não captava. Este ê
o princípio da homeopatía, da qual Paracelso foi o fuin
dador. ^ Se determinadas vibrações o indivíduo não ca£
ta, você dando aquilo através de outros meios,podé ser
que através de uma pedra que o su je ito usa, de uma ho­
meopatía fe ita ã base de um metal, ou mesmo acupuntura
com os seus doze meridianos também, a pessoa possa ab­
sorver aquilo de que ela precisa.

Nos animais também. Os fe lin o s estão ligados aos


signos de fogo, mas pode haver os quatro elementos de£
tro daquele signo. Assim tvai_Jiayer o J ír ie s terra,. o
Aries fogo, o /Tries ar e o Aries agua. Você tem as qua
tro nuances dos quatro elementos. A raça dos buldogues
ê terra, como o boxer, o cachorro quadrado, maçudo,pe­
sado. 0 cachorro de pular para c i e para l i é o mais
aéreo. 0 mais agressivo, o mais bravo, que é o de guajr
da, é o de fogo.

A terra tem também essas irradiações. 0 que nós ve­


mos no horóscopo é essa esfera de irradiações do ser
humano. Só que nós vamos desenhar num plano. A alma hij
na não é terrestre. 0 canal por onde esta alma se man_i_
festa é o físic o ,q u e ê terrestre, que está ligado à íte_
rra. Enquanto os animais andam bem horizontal mente, o
homem anda verticalmente. Nos animais»as energias que
funcionam são te lú ricas, terrestres. No ser humano e£
tas energias entram pelo a lto da cabeça. A esfera do
sistema so la r toda está dentro do ser humano; está re­
fle tid a no ser humano.

Se você quer entender como é que funciona o seu


mundo f ís ic o , você tem que a n a lisa r o Ascendente ou
melhor, as quatro primeiras casas que se relacionam /
com o mundo f ís ic o . Se você quer entender o seu mundo
dé relação, você aí estuda as casas V, V I, V II e a
casa V i l i . Se você quer entender a sua vida cósmica,vo
cê tem que ver isso da casa IX a X II, que estão li g a ­
das com a totalidade. Assim, dentro do horóscopo,exis_
te uma d iv isã o desses três planos: o f ís ic o , o anímico
e o e s p ir itu a l. Você pode d is tin g ü ir três planos: l?)o
plano dos atos; 2?) o plano das emoções, dos sentimen­
tos; e 3?) o plano das idealizações.

Primeiro nós vamos procurar estabelecer essas re la ­


ções entre a terra e o homem , que já nasce dentro de
uma esfera de irradiações. E esta vai se in te ragir ,
vai relacionar com as forças externas.

A a stro lo g ia pressupõe que quando você nasce, esse,


momento cósmico ou a configuração celeste que se fo r­
ma naqueíe momento.está afim com você. E você estudarv-
20
do esta relaçao, você pode conhecer o que existe corro
potencial dentro de você, que você já possuía antes
de nascer, isto i , a Tradição antiga j i sabia que
existe uma pre'-exi stência e que. deve e x is t ir uma pó§
-existência. Por isso,todas as relações que estudamos/
são conseqUências ou efeitos de uma causa anterior.Se
não fosse assim,não e x is t ir ía a stro lo g ia . Tudo não
passaria de uma coisa fo rtu ita , mecânica e o homem /
não teria liv re arbTtrio,nem liberdade de escolha,nem
responsabilidade. Não ê que o su jeito ficou assim por_
que nasceu naquela hora. 0 horóscopo não ê como um c£
rimbo que cai na sua cabeça e deixa você daquele j e i ­
to naquele instante. Seria um absurdo, um contra-sen-
so pensar assim. Você sabe que tudo ê um produto de
causas anteriores, e a bagagem que você traz com você
vem através de uma patrimônio genético, hereditário ,
através dos seus bisavôs, avôs, pais e que vem de to ­
da a raça humana. As coisas não ficaram assim naque­
le momento do nascimento por um mero e feito externo.
Aquilo já vem da própria natureza interna. A simbolo^
già astro lógica não se refere somente ao mundo f ís ic o
das coisas manifestadas no mundo exterior, dos fenôme
nos, mas ela também dá acesso a uma compreensão das
estruturações do mundo m etafísico, do outro plano.

A astrologia i uma chave para uma compreensão cós­


mica, para você poder penetrar em outros planos de en^
tendimento da própria vida. 0 que se estuda no horós^
copo é um efeito de uma causa anterior que vem antes/
da concepção. Isto não é determinado pelos astros,mas
está apenas espelhado nos astro s naquele momento. No
universo,nada acontece ao acaso. 0 nosso in telecto /
que compreende as coisas paree1adámente, em comparti­
mentos estanques, no máximo com pequenas portinhas en
tre uma coisa e outra,é que não consegue perceber,mas
tudo^está encadeado dentro de um conjunto coerente-,
harmônico, não ale atório .

0 horóscopo não i u tiliz a d o só para o nascimento /


de-ume pessoe, mas também para-iquaíquer evento. 0 ho-
21
rõscopo é uma estrutura simbólica de correspondência e
de relações , onde você pode traçar, estudar, conhecer
a potência, a essência daquilo que esta sendo criado
com uma semelhança, com uma correspondência, com um jo
go de energias cósmicas. A a stro lo gia se baseia num
prin cípio de correspondência e de semelhanças, porque
todo o universo se estrutura dentro de um mesmo princí
pio. 0 universo nio é um caos. Dentro desta visão de
organização da vida,o próprio sistema solar ê a grande
Unidade plenamente organizada. A vída em todos os seus
n íve is vai corresponder a essa estrutura, a uma organj^
zação maior, assim como o próprio corpo humano possuT
a sua organização. Tudo obedece a uma ordem; você não
pode comer pelo ouvido, ouvir pela boca. A estrutura -
ção é idêntica a todos, porém cada um com uma essência,
uma natureza diferente. A a stro lo gia se baseia neste
p rin cíp io da estruturação idêntica da vida. Do mineral
ao vegetal, ao animal, ã própria estruturação molecu­
la r do ar, da água, tudo está organizado conforme es­
tes p rin cíp ios v ib rató rio s, criadores, simbolizados /
nos signos. Existe um estudo que mostra como os c r is ­
t a is de gelo, os c r is t a is de rocha;possuem uma estrutu,
ra geométrica relacionada com esses prin cípios criado­
res. Da mesma forma que existe uma tip o lo gia humana
identificada também de acordo com esta estrutura. Istoi
é a base da parte mecinica astro ló gica. A medida que
você se eleva para uma organização mais ampla, você pa
de ver aquilo dentro de uma totalidade maior. 0 s is te ­
ma so lar é um conjunto mais amplo que nós conhecemos.
Ha ainda o sistema das galáxias que vai além da nossai
apreensão.

No transplante de um órgão há o fenômeno da re je i­


ção, porque ela se adapta à realidade para a qual ela
fo i criada. Se tirarmos uma céluía de um tecido e colo:
car num outro tecido, ela não funciona, porque tem uma
função específica. Mas ela como célula particip a da vj_
da global do organismo. Aquela mesma vida que está na
totalidade do ser está também na célula. Isto é uma /
22
analogia que pode dar uma compreensão daquilo em que
se baseia o princípio do horóscopo e de sua interpre­
tação.

No nascimento de uma criança, quando ela começa a


sua vida de relação, quando ela entra em contacto com
o meio ambiente exterior, quando ela di a sua primej_
ra respiração, ela vai canalizar, captar ou entrar em
sintonia com aquelas vibrações que estão já em corres^
pondência com ela. Se uma pessoa tem o Ascendente em
A ries, não quer dizer que ela ficou Aries porque res­
pirou naquele momento, mas que previamente ela foi já
preparada antes e durante os nove meses de gestação /
dentro daquele princípio vib rató rio que nós simbolizai
mos em Aries. Pelo princípio das correspondências /
psicocósmicas,aquele prin cípio vib rató rio está presen^
te no horizonte da terra no momento da primeira respj^
ração. Aí entram também outras le is que habitualmente
não tomamos conhecimento faci 1mente,como a Lei da Re-
encarnação, do Carma, da Ação e Reação, Ler das Afin_i_
dades e sp iritu a is e outras. E'um campo de forças i£
radiadas pela terra que atrai aquela criança que nas­
ce para fora do útero da mãe ou que a criança atrai /
pela sua íntima estrutura. E'como se o ser que vai naj;
cer estivesse aguardando por muito tempo aquele in s­
tante, aquela configuração celeste. São os Senhores/
do Carma e coordenadores dos destinos humanos que pre
param com muita antecedência todos os fatores e ele ­
mentos necessários para cada. alma a encarnar-se: o am
biente doméstico, pais, irmãos, associados que são as^
sim atraídos pelos laços do amor ou do ódio, parentes,
fam ília, cidade, país, ambiente de estudos, de traba­
lho e uma infinidade de detalhes. Mesmo o cônjuge é
escolhido previamente muitas vezes com liv re aquies­
cência do próprio interessado, se ele tiv e r mérito pa
ra isso. Só que estes p rin cíp io s não podem ser pro­
vados nem demonstrados como se faz na ciência da maté
ria ._ Claro que o programa de trabalho, de missão, dê
funções a desempenhar em cada vida, é traçado previa­
mente, mas se ele vai ser executado parcial ou t o t a l­
23
mente,isto vai depender do liv re a r b ítr io de cada um.
São aqueles 33% a que nos referimos. Quando o ser en­
carnado falha nas suas experiências terrestres, ele é
reprovado, fic a para segunda época, e vai renascer um
dia com mais quadraturas e oposições que vio mostrar/
onde ele tem que trabalhar mais. Se fo i um bom aluno,
passará de grau e ganhará muitos trígonos e sextis.

E'curioso observar que o signo onde estava a Lua


no dia da concepção irá corresponder ao Ascendente ou
Descendente. Conforme seja a fase da Lua, se ela for
crescente ou minguante, se ela estiver acima ou abai­
xo do horizonte. De qualquer maneira pega uma das po
laridades do eixo . Na mitologia antiga, a Lua ê o
portal das almas; é o que regula a vida sobre a terra,
que fecunda ou f e r t iliz a . A Lua funciona como p rin c í­
pio de fecundação, de fé rtiliza çã o * Mas a f e r t iliz a -
çio proporciona também uma ligaçao de um princípio /
ab strato r m etafísico e transcendental, prévio, pre­
existente àquele veículo f ís ic o que vai se preparar
sob aquela vibração da Lua. 0 horóscopo de nascimeji
to, de surgimento do indivíduo no mundo»já contém em
si mesmo todas as condições da concepção. Através da
an álise da casa X II e IV de um horóscopo,podemos ter
uma idéia das condições da gestação do indivíduo. As
casas de_água, aos signos de água, está ligada toda a
preparação das c o isa s que estão para su rg ir, a gesta­
ção e a fecundação. Em todo signo de água existe um
tipo de oculto, de m istério, de algo que pode v ir a
ser, ou de algo que não está definido, como as emo­
ções, coisas adaptáveis, mutáveis, de certa forma im­
p re v isív e is em suas reações.Nos signos de água é algo
que se prepara e que você ainda pode ver. Você pode
sen tir. 0 Ascendente em Escorpião, por exemplo, indj_
ca que sua mãe provavelmente teve risc o s de aborto na
sua gravidez.

0 que importa ê que no horóscopo de nascimento nós


temos todas as condições potenciais do indivíduo que
nasce. E“uma semente que contém, em si o projeto da fu
2k
tura pianta. A forma aparente da árvore ê fe ita daqui­
lo que ela assim ila, que ela capta do meio ambiente ,
mas o projeto da forma está na semente. Tanto é que d£
pois ela vai devolver aquela semente e m u ltip licar-se .

0 horóscopo traz a potência que e xiste dentro daque^


le ser, dentro daquele individuólas qualidades, as ca­
pacidades básicas já adquiridas e aquelas que ele tem
para desenvolver. Este desenvolvimento vai depender
das condições ambientais que ele encontrar, mas de ce£
ta forma também são representadas no horóscopo. Não se
acham representadas em forma, mas em essência, porque
duas pessoas nascidas na mesma_hora, no mesmo lugar,
com horóscopos idêntic o s,poderio veicu lar, u t iliz a r d£
queles princípios, daquelas potências, de formas d ife ­
rentes. No caso dos gêmeos,cada um desenvolve um lado
do tema. Cada um absorve um lado do horóscopo. Um é a
sombra e o outro ê a Tuz; um desenvolveu o ativo e o
outro, o passivo. Nio há uma regra: é preciso estudar
os dois temas para ver. Um caso que conhecemos de gê­
meos: uma criança é absolutamente calma, tranqUila ,
nio chora, nio reclama. A outra que nasceu perfeita ê
absolutamente revoltada, inquieta, agressiva. Aquilo
que numa se projetou no f ís ic o e precisa ser trabalha­
do, melhorado, harmonizado, enquanto que na outra se
re fíe tiu no emocional. Cada uma desenvolveu de modo dj_
ferente o mesmo aspecto. Uma pegou o a tiv o e a outra
pegou o passivo.

Os planetas sio representações de forças que já se


acham dentro de nós. Nio é o planeta Saturno que me
causa limitação. E'o Saturno dentro de mim. A força
nao é ruim nem boa; o universo está além dos conceitos.
0 electron nio ê bom e nem ruim, está além desses con­
ce ito s. Estes conceitos, esses atrib u to s, de m aléfi­
cos, de benéficos, de signos bons e sign os ruins, de
planetas exilados, em queda, exaltados, retrógrados,em
e x ílio , tudo isso dá uma v is io maniqueísta do mundo e
25
uma visão d u alista, que em vez de procurar compreender,
q que faz é ju lgar no sentido negativo. Quando estu­
darmos os planetas em 1ivros especiais, nós procurare­
mos demonstrar que Saturno, t ido çomp. o grande maléfico,
é o planeta mais importante do horóscopo,em seguida do
Sol e da Lua. Ele é extraordinariamente importante e
grande mestre de nossas vidas. Q.uem não aprender a va_
lo riz a r e a amar a Saturno nunca poderá entender os
grandes segredos de nossas vidas.

Existem coisas que realmente estão determinadas. Vo


cê não pode nascer sem estômago, sem pulmões. Existe
um certo determinismo, iras o que chamamos de determi­
nismo é o efeito de uma causa anterior e essa causa só
existe dentro do próprio indivíduo. Senão teríamos um
Criador sádico que fez o mundo para se d iv e rtir com os
nossos sofrimentos, como no caso dos doentes, esquizo­
frênicos, paranóicos, etc.

Há uma bipolaridade, duas correntes de forças, a t i ­


va e passiva , mas nós mesmos,pela nossa ignorância,é
que nós criamos os nossos choques e as nossas lutas.

Somente que o nosso Ego, o nosso eu. consciente não


se recorda, pois esqueceu esses usos no desacordo des­
sas forças. E ê você mesmo que tem de desintegrar, de
sunir as forças desarmónicas. Se você magoou alguém,v£
cê vai v o ltar um dia para r e t ific a r aquilo por meio de
uma harmonia, seja por uma doença, por uma restrição /
ou um grande esforço de trabalho, uma sobrecarga de t£
refas.

0 ser humano é o resultado do processo vital que


atravessou os reinos mineral, vegetal e animal. No ve­
g e t a r a monada adquire o sentido da vontade; ela já se
orienta para a luz. No animal, já existe uma consciên­
cia própria de si mesmo. 0 cachorro sabe que se você
levantar um pau para ele, ele pode ser atingido do ra­
bo ao focinho; só que ele não é capaz de r e fle tir so­
bre a existência dele. 0 ser humano já pode.refi et ix-
26
sobre a sua propria vida, sobre a sua própria força
criadora que está nele.

Na medida que a sua consciência da vida vai estar


em harmonia ou dissonância com o cosmos, ele vai ou
ser mais f e liz ou vai c r ia r as suas próprias lim ita ­
ções e obstáculos.

Existe um outro aspecto da a stro lo g ia que mostra a


necessidade de uma bipolaridade, de uma dualidade pa­
ra que haja movimento. Se não houver essa dualidade,
não há crescimento. Tudo se estagnaria. Temos que ver
tanto os aspectos p o sitiv o s e passivos como motores /
da ação humana, como impulsos, como forças, como mo­
las de um movimento, de uma evolução. Se você não ti_
ver a corrente a tiv a .e passiva, você não tem a luz, a
energia e lé trica . Precisa haver uma diferença de po­
tencial para que e x ista o movimento de ele'trons que
produz a excitação que faz a luz. Se não houver um d£
se q u ilíb rio , você não tem o movimento, e se não hou­
ver movimento não há evolução, você fic a parado.

Os aspectos chamados ruins, negativos, m aléficos ,


de desacordo, são necessários para que o indivíduo de
senvolva determinadas potencialidades que estão den­
tro dele. Por outro lado, servem como reintegrações,
como subiimação, como dissolução daqueles aspectos.To
dos os aspectos de luta, de choque, de sofrim ento,sao
partes de uma evolução, de crescimento, de subiimação.

Você precisa tomar cuidado para não c a ir num puro


determinismo, num fatalism o to ta l. Porque aquilo que
é ativo, po sitivo, para um crescimento in te rn o (tríg o -
no), ê passivo para o créscimento externo; e aquilo
que é passivo, negativo (quadratura) para o interno ê
ativo, p o sitiv o , para o crescimento externo. Em tu­
do existe uma bipolar idade»um crescimento interno ou
um crescimento externo. Por exemplo, se você cava um
buraco, você amontoa de lado um monte de terra. Tudo
tem_uma-causa e um e feito. Nada é isolado. 0 universo
27
é a unidade invertida. Esta duaiidade ê essencial para
que haja evolução, para que haja crescimento. Sem esta
v i s ã o abrangente,a a s t r o l o g i a pode até se tornar uma
c o is a p r e j u d i c i a l e des i n t e g r a t i v a . 0 seu objetivo é a
integração, é de mostrar que nada e x i s t e separado. Por
i s s o . é importante buscar compreender essa bipolaridade
dentro da unidade. A dualidade é um submúltiplo da
Unidade. Se considerarmos os maus aspectos unicamen
te como maléficos, você está criando uma di vi sã o. Você"
está dizendo que ele tem que temer uma c o i s a que é ma­
io r do que ele, quando na re a l i d ad e aquele planeta ape_
nas está indicando uma força que e x i s t e dentro dele e
que e le p rec is a aprender a manejá-la. A astrologia é
um espelho que espelha o próprio movimento da vida.Nao
ê culpa dos planetas que fazem com que as co isa s sejam
assim. E"*você mesmo que cr iou as c o i s a s assim e os pla^
netas apenas refletem o que já f o i cr iado antes por vo
cê mesmo; eles apenas espelham o que e x i s t e dentro de
você. Aí f i c a respeitado o p r i n c í p i o do l i v r e arbí­
t r i o , e o próprio determinismo ê uma consequência de
um l i v r e a r b í t r i o ante rior . 0 seu l i v r e a r b í t r i o a t i r a
uma pedra montanha acima; pela l e i de gravidade a pe­
dra, uma vez extinguido o movimento de impulso, rola pa
ra baixo até o solo; is to é por uma lei de determinis­
mo. Tudo se move em conjunto; nao há uma separaçao. 0
f l u x o da vi da é perene. Você nao pode estancar.
28
PALAVRAS-CHAVES

força motriz

t í - execução

n - movimento
envolvimento
0 -

-
i ndi vi d u a l i zação

- diferenc iaç ão

-O- _ assoe iação

- organ i zação

? - al vo
^ -
concret i zação

# - i r rad iação

X - fusão
29
UMA VISÃO RAPIDA DO SIGNIFICADO DAS CASAS

No estudo do eixo Aries-Libra, veremos ó qúe s ig n i­


fic a o A'ries no primeiro eixo, ou seja, no Ascendente,
na casa I, e, consequentemente, a Libra na V II. Esta é
a posiçio do Zodíaco em repouso, de descanso.

Mas, no horóscopo individual, de cada um de nós,nem


sempre o Aries cai na casa I. 0 signo de Aries pode es_
tar na casa I I , I I I , IV ou numa outra casa qualquer.
Ora, todos aqueles sin g¡ficad o s que nós atribuimos a
A'ries e Libra vão aparecer na casa onde se encontrar /
os signos de Aries e Libra, afetando diretamente os a£
suntos regidos por aquela casa. Assim, se o Aries cai
na casa I I , toda a energia criadora, o impulso criadoij
a in ic ia tiv a , a coragem, vai ser no sentido dos assun­
tos da casa I I , isto é, nos ganhos, na aglomeração,po£
ses, acumulações, aquisições. Se A'ries cai na casa I I I ,
toda essa sig n ific a ç ã o de A'ries estará relacionada in­
timamente com os assuntos da casa I I I , portanto, com
os irmãos, o ambiente próximo, os parentes, colegas,c£
municação, movimento, aprendizado, linguagem, expres­
são, locomoção, viagens curtas, ensino primário, e a s­
sim por diante.

0 nosso estudo seguinte tende a ver como os eixos


funcionam dentro das casas do horóscopo, mas primeiro
é de fundamental importância saber qual ê o s ig n if ic a ­
do das casas, quais os assuntos que cada casa rege. 0
nosso liv ro "Curso de Interpretação A stro ló gic a", vo l£
me 11) tratou exaustivamente deste assunto, mas daremos
a seguir um breve resumo.

E xiste uma n ítid a identidade entre o sijjno e a casa.


Pór exemplo, entre a casa I e ò signo de A r i e s , bem co­
mo, entre a casa I, o signo de Aries e o regente Marte;
entre a casa I I , o signo de Touro e o regente Vênus, e
assim por diante. 0 signo é o símbolo de uma irrad ia­
ção cósmica^que está presente em tnda a essência de vj_
30

da. Assim,os signos se manifestam no ser humano ou sao


simbolizados no ser humano através das casas do horósco
po.
Essas casas é que vio organizar o proprio corpo huma
no. A própria estruturação db corpo humano ja tem uma
organização, que é semelhante a esta estruturação dos
12 signos. As 12 casas nãa se relacionam somente com
o corpo fis ic o , mas vão se relacionar com os diferentes
planos de experiência humana: fís ic o , emocional, mental
etc.
A casa I é o corpo f ís ic o do indivíduo, o seu tem­
peramento, a sua maneira de a g ir, de se apresentar.
A casa I I é a das realizações e vai ser igual a Tou­
ro.
A casa I I I são os contactos com o meio ambiente, as
relações com o meio ambiente, a comunicação, a expres­
são, a linguagem, o movimento, a locomoção,os consanguj_
neos, os irmãos, primos, colegas, etc. A Casa I I I repre
senta os que são iguais a mim, os meus companheiros, os
meus colegas, todos aqueles que estão no meio ambiente
próximo, aquilo que me rodeia, que me circunda mais pro
ximamente.("entourage"). Da mesma forma como a criança
que se desenvolve no corpo físic o , ela vai também desen­
volver todo o seu sistema de relacionamento com o meio
através dos órgãos dos sentidos, do sistema nervoso.
A casa IV vai representar o ambiente fa m iliar, a ca£
ga hereditária, a carga genética, as tradições, os pa­
trimônios fam iliares, a parte mais profunda da in d iv i­
dualidade, exatamente aquela metade que está no i n v i s í ­
vel ou abaixo do horizonte e representa aquelas origens
mais remotas e mais profundas do indivíduo. Vai repre­
sentar também as condições do sujeito na infância e na
velhice. A casa IV tem uma relação direta com as raízes,
com toda a carga genética, com todas as heranças genétj_
cas do sujeito com a sua fam ília e também da futura fa ­
m ília que ele vai formar. Podemos d e fin ir de forma mui­
to clara as relações genéticas dos horóscopos dos fi-
31

Ihos, dos cônjuges, dos pais, dos avôs. Vai surgir a í


uma parte muito importante do estudo da personalidade/
do indivíduo dentro da casa IV. Ela representa o fun­
do do eu; o que se passa no eu interior do indivíduo e
que tem necessidade de v ir a se atu alizar, se tornar /
em ato no futuro. A casa IV também se relaciona com o
lugar de nascimento, com a c lã , a tribo, a raça, a na­
ção, o país, a cidade onde o indivíduo nasceu, ou do£
de proveio. Mostra geralmente os vínculos da pessoa e
afinidades com outros países e lugares onde a pessoa /
jã viveu em vidas passadas, através do signo e dos pl_a
netas que a í se encontram.

A casa V,que corresponde no corpo humano ao plexo


so la r, ao coração, vai se relacionar a tudo aquilo que
o indivíduo vai c ria r para a perpetuação da vida. E'tjj
do aquilo que ele vai fazer para c r ia r a ale gria de vl_
ver ou a plena manifestação das potencialidades do in­
divíduo. A casa V vai ser idêntica ao Leão; vai repre­
sentar também os filh o s , que são os perpetuadores da
nossa vida. Vai representar também as artes, os espor­
tes, as especulações, tudo aquilo a que o indivíduo se
lança no sentido de uma expansão, de uma continuação e
de uma perpetuação da vida. A casa V são também os amo
res, a atrativídade, os prazeres, o amor fora do casa­
mento, oa amantes, os amores líc it o s e os amores ilícj_
tos.
A casa VI vai estar ligada com os intestinos; vai se
relacionar com o trabalho, ou seja, a atuação do in d i­
víduo sobre a natureza e vai representar também a saú­
de, porque conforme essa relação for em harmonia com /
as le is da natureza ou não, irá causar as suas doenças
ou a sua saúde. A casa VI são também os empregados,os
subalternos, os colaboradores, ou seja, aqueles_ que
têm que trabalhar por mim, tudo aquilo que eu não pos­
so fazer e que eu tenho que contar com o au xílio dos
outros. A casa VI vai igualmente d e fin ir a capacidade
32
a n a lític a , intelectual, lite rá r ia , burocrática, os tra
ba Itíos qué èhvõl vem urna certa répét i ç io , uma certa ro­
tina. Representa todas as ferramentas, u te n sílio s e é
acima de tudo uma casa de Recursos, pois ê d om icílio /
de um signo de terra. E tudo isto está representado /
por Vi rgo.

A casa V II vai ser exatamente o oposto da casa I.Se


a casa I ê a personalidade, o mundo interno, o A r ie s ,/
ou seja, o Ascendente, o corpo fís ic o , o ponto de im­
pulso do sujeito, a V II vai representar as outras indi
vidual idades, as associações, aqueles com que o indivT
duo se lig a , se une, se conjuga para a t in g ir um e sfo r­
ço, para a tin g ir um resultado. Representa o casamento,
a sociedade, os contratos, as uniões. Toda associação/
que a pessoa fize r se acha ligada a casa V II. E'também
a vida pública. Nesta casa nós vamos ter muitas a t i v i ­
dades cu ltu rais e e sté tic a s, porque é tudo aq u ilo que
é feito*voltado para os outros.

Qual é a diferença entre a arte ou expressão a r t í s ­


tica de Libra e a de Leio ? 0 que você faz no Leão e
para o seu próprio gozo, enquanto que na Libra o que
você faz é sempre visando um objetivo so c ia l, comunità
rio , coletivo. 0 Leão é o próprio centro da a tiv id a d e /
a r t ís t ic a , enquanto que na Balança ele cen traliza isso
em função dos outros, por isso que ele vai procurar le
var isto aos outros,enquanto que o Leio pode muito bem
se sa tisfa z e r em tocar no seu quarto sozinho, na fren­
te de um espelho, que para ele dá no mesmo. Se bem que
ele gosta de um palco! Mas geralmente ele faz aquilo
em função de si mesmo, como uma expressão do indivíduo^
do ego, enquanto que na Balança e* mais expressão de
úm ideal coletivo. Na Balança toda a preocupação dele
na arte é uma questão co le tiva, p o lític a , s o c ia l, de
consciência coletiva. Em Leão, tudo é em função do a f£
to, do amor, da paixão e de ser ele um centro de aten­
ções. E'muito mais o viver a vida.
33
A Libra tem esta natureza so c ia l, sempre coletiva.
Assim diz um casal de Libra que se separou:"Nossa se<-
paraçio foi um fracassol^A Balança precisa do outro /
como meio de e q u ilíb rio .

A casa V i l i vai ser idêntica ao Escorpião, ou seja,


vai ser aquele ponto onde o suje ito transmuta e se
transforma, e se a casa I I representa o que você agio
mera em ganhos, resultados e bens, a casa V ili é onde
você vai devolver, vai transformar e onde também você
vai receber sem ter trabalhado por aquilo (na aparên­
c ia ). Se a I I é aquisição através de um trabalho, a
V I I I são os ganhos que vêm por legados, por herança,/
por doações.

A herança do Cincer ê mais genética; não precisa /


ser em bens m ateriais; pode ser em patrimônio cu ltu ­
ra l, patrimônios em termos de tradições. Você pode
ter capacidade ou potencial idades que jã vêm se deser^
volvendo dentro da fa m ília , mas não precisa' ser um
bem m aterial.

As casas IV, V i l i e X II estão todas elas ligadas /


ao passado, ao carma, as cargas emocionais que você
carrega do passado, porque o que fic a das experiên­
c ia s do sujeito são as impressões daquilo que ele v i ­
veu. A fôrma concreta não permanece; ficam estas im­
pressões e as impressões vão fic a r 1igadas com o pla­
no emocional>que ê representado pelos três signos de
agua: Cincer, Escorpião e Peixes.

A casa IV é o patrimônio propriamente dito. A casa


V i l i ê como esse patrimônio vai chegar ãs suas maõs;o
que você vai fazer com ele. 0 patrimônio ê a casa IV,
3^
mas se hi herança,vai haver alguma coisa na casa V i l i .

Vai haver uma ligação da casa V i l i com a casa IV. Na


casa V i l i , você pode ver como ê que você vai u t iliz a r
esse legado e essa herança. Por exemplo, se você tiver
aspectos muito negativos na casa V I I I , você corre peri
go de d ilu ir o que os outros acumularam, transformar 7
aquilo e nio saber dar uma continuidade ou conservar /
aquilo. A V ili vai dar a maneira de u t iliz a r aquilo.

A casa V ili se relaciona com os legados, as heran­


ças, as doaçoes e também com as aposentadorias, a Pre­
vidência, isto é, por aquilo que você trabalhou, voce
fic a recebendo da coletividade. A casa V i l i é a casa
Il a contar de Libra e os ganhos da V I I I vêm da Balan­
ça, vem dos outros, vêm do cônjuge, vêm dos cofres pú­
b lic o s, etc. £ algo que você acumulou em termos c o l£
tiv o s. Quem tem a casa V I I I meio “bombardeada" tem que
tomar cuidado com as suas aposentadorias, com as suas
heranças e com o que tem a receber através do INPS.

A loteria, os jogos e as especulações são a casa V.


Para você ganhar aquilo você tem que tra n sita r na casa
V. 0 a tra ir, o poder de a tr a ir , é a casa V. 0 Escor­
pião não é isso; em Esco rpião,isso vem por uma questão
de d ire ito adquirido, quer nesta ou noutra vida, por­
que a casa V III são os d ire ito s que você adquire, que
você vem com eles de certa forma, mas que não são sõ
seus. Poderão pertencer também a coletividade, enquan­
to que na X II são d ire ito s ad qu irido s,que são privados^
que são sõ seus. As patentes, os re g istro s, as in­
venções, tudo isto jã está na X II. Aquilo que é criado,
que ê elaborado por um indivíduo, e que se torna algo
que ê uma propriedade dele. A casa X II é a casa do car
ma maior, quer seja carma bom, quer seja carma mau.

A casa IX é o Sagitário,que vai representar o mundo


mental abstrato. Se a I I I é o intelecto, a IX vai re­
presentar o mental abstrato. E se a casa I I I são as
gações, as relações próximas, a IX v io ser as relações
35
distantes. 0 S a gitá rio quer sempre lig a r aquilo que es­
tá longe,enquanto que o Gêmeos lig a aquilo que está pró
ximo, que está em torno.

A casa I I I dá a capacidade de traçar paralelos, en­


quanto que a IX são as e sp ira is, aquilo que está sempre
avançando e evoluindo, que está numa expansão. A casa
IX vao ser os interesses m etafísicos, re ligio so s, trans
cendentais; vão ser os interesses de ju stiç a e de direT
tos; os estudos superiores do su je ito, as estadias em
lugares distantes, as viagens, os interesses cu ltu rais,
no sentido de evolução e de elevação. São também o co­
mercióla longa d istância, pois quem tem fortes posições
de Sa gitário também pode desenvolver comércio'a longa /
distância e com o estrangeiro.

Enquanto que na casa I i I as pessoas vivem mais num


c írc u lo mais re strito , o s a g it a r iano vai sempre ter uma
ligação com o estrangeiro, com pessoas que estão'a lon­
ga distância.

Os signos de fogo, o A ries, o Leão e o Sa gitário , co­


mo eles se expressam também no corpo f ís ic o , eles vao
estar ligados sempre a toda atividade f ís ic a que requej_
ra a utilização de uma energia muscular, de um impulso,
de uma força.- Por isso ,e stão ligados a exercícios, a mo
vimentos, a esportes, a tudo que procure expandir a ca­
pacidade do indivíduo. Jogo ê mais casa V. Sa gitário /
também gosta de jogo, mas é de outra forma. Ele vê aqui_
lo mais como uma atividade s o c ia l, menos do que uma es­
peculação onde ele quer ganhar facilmente. Na V há o
sentido de você querer ganhar; o S a gitá rio quer jogar /
para mostrar que ele tem dinheiro, que ele pode fazer
grandes apostas, que é o tipo Júpiter, que quer sempre
se projetar ampiamente, enquanto que o Leão, não. Ele
quer mostrar que ele tem a capacidade, o poder, a sorte.
0 Leio é um conquistador. Os de Leão gostam de conquis­
tar e de serem conquistados. Então,no fundo,é uma ten­
dência devida ao amor próprio. Na Santa Ceia, podemos
36

ver que o apóstolo que é o Leio, ele está praticamente


olhando para si mesmo, está praticamente se exibindo.

Que ê a casa X ? Se na casa IV, você tem a fa m ilia ,


na X você tem a sociedade, a sua funçio dentro da evolu­
ção cosmica, coletiva, so c ia l. Você tem a í o cosmos. Na
casa IV, voce vai evoluir dentro da fam ília. São aqueles
indivíduos com quem você está ligado para uma evolução /
individual. Ao passo que na casa X, nós temos as l i g a ­
ções so cia is, coletivas, a sua função e responsabilidade
so c ia l. E'o seu dente na roda da grande engrenagem. E'
aquela parte em que você atua dentro do topo para fazer
com que o fim social se realize, que este todo se r e a li­
ze, enquanto que na IV já é uma relação mais próxima e
fam iliar, mais in d ivid u al. A X vai ser a sua posição so­
c ia l, pro fission al, de poder, aquilo que você ambiciona
alcançar. E também a proteção do indivíduo. Isto é uma
coisa meio paradoxal, na astro lo gia, porque a casa X é
aquilo que você não tem e ao mesmo tempo é o que o prote
ge,pois aquilo que nós temos não pode nos proteger, mas
aquilo que não temos e de que precisamos é que pode nos
proteger. Aquilo que já temos é nosso. Assim,a X vai re
presentar as proteções que você tem do Alto, dos seus su
periores, daqueles que estão acima de você, as autorida”
des, os governantes, os protetores, tudo aquilo que re­
presenta uma força de destino, porque esse eixo da X e
da IV ê o eixo do destino. E” aquilo que vem para o indi
víduo, ao que ele não pode se furtar, enquanto que a T
e a V II fazem o eixo do liv re a rb ítrio , isto é, aq u ilo
que é movimentado pela própria vontade do su je ito.

A partir da casa V I I I em diante você já entra dentro


do terço do transcendental,que são as casas IX, X, XI e
X II, ligadas aos planetas Júpiter, Saturno, Urano e Netti
no, porque você pode d iv id ir o Zodíaco em três partes,em
3/3 partes, três terços.

Da casa I a IV, você vai ter as condições in d ivid u ais,


inclusive do próprio corpo seu, tudo aquilo que está l i -
37
gado ao corpo, ao puramente individual. A casa I é a
própria individualidade; a l l e a matéria que sustenta
este corpo; a I I I vaõ ser os seus irmãos, colegas,aque
les que têm uma igualdade com o seu corpo, os filh o s 7
dos mesmos pais. A casa IV é a própria fam ília que
também sio os iguais*mas que ê uma célula completa.

Da casa V a VI II,que representa ? E'o ambiente em


que o indivíduo vai atuar ,a parte so c ia l, os agrupa­
mentos em que ele vai a g ir e se relacionar.

Da casa IX a X II temos o terceiro terço,que é a pa£


te ideal ou mental, ou abstrata, do horóscopo. Quando
nós vemos no horóscopo um acúmulo de planetas aí nessa
terceira parte, da IX a X II, nós podemos concluir
que estamos diante de uma pessoa que tem muita id e a li­
zação, muita relação com o mundo abstrato, com o mundo
in v isív e l, coletivo, grupai, com uma pessoa que tem /
muitas capacidade de idealização.

Muitos planetas acumulados nos quatro primeiros s?£


nos,ou melhor, nas quatro primeiras casas, isto indica
muita capacidade de realização, pelo menos em poten­
c ial idade.

Se houver muitos planetas nas casas V a V II I ou os


signos correspondentes a estas casas, isto vai indicar
maior capacidade de relacionamento ou de atuação no /
meio ambiente.

As pessoas com excesso de planetas entre, as casas


IX e X II vivem muitas vezes num mundo absolutamente /
ideal, e muitas vezes têm poucas condições de re a liz a ­
ções no mundo material, ou eles tardam muito em r e a li­
zar. No entanto, tudo isto depende de outros pontos e
aspectos do horóscopo. Sempre mostramos em primeiro
lugar as generalidades e não os detalhes dados pelos /
planetas, aspectos e regentes planetários.
A casa X é exatamente o complemento da casa IV, no
38
sentido de projeção no mundo e a X vai ser também a
imagem social do indivíduo, aquilo que ele apresenta ./
socialmente e a IV,aquilo que ele apresenta dentro de
casa, na fam ília ou grupo social próximo.

Muitas vezes, as pessoas dentro de casa são de um


je ito e fora de casa são de outro je ito . Eles têm uma
imagem pública que i s vezes é contrária ou que destoa
daquela que ele demonstra internamente.

A casa XI,que representa ? Ela vai representar as


amizades. Se a casa V são os amores, aquMo que o ind_i_
víduo atrai para a sua própria perpetuação, para a sua
própria auto-real ização, a XI vão ser as amizades, os
entusiasmos, os impulsos coletivos, so c ia is, grupais,a
relação de fraternidade com os demais, o amor fraterno,
os filh o s adotivos, crianças que não as nossas, alunos,
etc.

A sociedade da Libra, a coletividade da Libra, a ro_


união dos indivíduos, é algo mais indi vidual izado, ma i s
re strito , enquanto que o Aquário ê uma sociedade que
já não tem tanto o aspecto de individualidade. 0 exem­
plo disso são os músicos, quer dizer, em toda as par­
tes do mundo existem músicos. Eles formam uma determi­
nada comunidade, uma fraternidade. Eles têm uma li g a ­
ção entre si. Muitas vezes, certas descobertas ocor­
rem simultaneamente em pontos diferentes da terra, po£
que existe uma ligação entre todos esses indivíduos e
pode acontecer que dois ou três venham a captar aquela
mesma idéia naquele momento e expressarem aq u ilo com
pequenas variações.

0 que está na XI ê propriedade da coletividade. São


aqueles arquétipos que os indivíduos captam no espaço
mental e eles então canalizam aquilo, que está brotan­
do do campo eletromagnético da própria coletividade e
que,em seguida,eles expressam.
A casa XI de cada um vão ser as esperanças para o
39

futuro, os planos e projetos do futuro, aquilo no que


você tem esperanças, aquilo com o que você vibra. A ca
sa XI ê uma casa de v ib ra ti 1idade, de entusiasmo, de
busca de progresso.

A casa XII,que representa ? A casa X II vai indicar


as ligações ocultas. E'chamada a casa dos inimigos /
ocultos, porque onde existe uma relaçio de lim itação /
e x iste também uma forte ligação. Geralmente, aquelas
pessoas ou aquelas coisas que nos causam entraves e
obstáculos são aquelas, que nos fazem crescer, porque
os amigos são mais lib e ra is. Enquanto que a casa an­
te rio r, a casa XI, ê uma casa de liberdade ou de líb e r
tação, de coisas que não têm lim ite s, da irradiação 7
que parece não ter lim ite s, a casa dos amigos,daqueles
que muitas vezes nos deixam ser como nõs somos, a casa
X II, ao contrário, é onde existem os tolhimentos,qs im
pecilhos, os impedimentos. Então a li você vai crescer
e vai evoluir.

A casa X II ê a c a sa d o s devedores e dos credores


ocultos, porque ou você deve para eles ou eles devem
para você. Eles vão ser um instrumento na evolução /
dos outros. Os assim chamados inimigos ocultos vêm
com o fim específico de causar um obstáculo aos ou­
tros e com isso fazer com que eles se transformem.São
os agentes cobradores cármicos. Estes obstáculos não
precisam ser somente em termos de oposição, de inim i­
zades; podem ser sob a forma de uma doença também. P£
de ser uma incapacidade sob vários aspectos, alguma
lim itação do indivíduo que os outros a í têm que se e£
forçar para vencer aquilo. Aí vai depender do grau
de conscientização do indivíduo, da sua consciência ,
se ele vai saber a ssim ila r isso ou não. Ele geralmen­
te pode tomar isso como uma prisão ou uma limitação,
mas quando compreendeu o alcance das l e i s da vida,ele
aceita isso como uma libertação, como um ressarcimen­
to, um resgaste cármíco.
ho

Quem tem muitos planetas na casa X II, ou aspectos


fortes, tem que compreender que a l i ele precisa evoluir
e crescer através de renúncias, através de abnegações.
Entio, a casa X II vai estar muito ligada a todos os tr£
balhos, que são isolados, ocultos, retraídos, retirados,
pessoas que trabalham em h o spitais, em prisões, ou aprj_
sionados, ou hospitalizados, pessoas que têm limitações
fís ic a s .

Se a pessoa tem esses problemas que dão os maus as­


pectos, é porque ele de uma forma ou de outra se u t i l i ­
zou erroneamente das le is da natureza,que é o Virgo, a
casa VI. Se a pessoa não soube u t iliz a r das le is da
natureza, ela mesma criou os seus obstáculos, as suas
limitações. Assim é que nós podemos compreender a lei
do carma, a lei de ação e reação, a lei de causa e efej_
to.

Todos os nossos atos, palavras e pensamentos geram


impressões dentro das casas ligadas aos signos de águ^
que são o Câncer, o Escorpião e o Peixes. E isto depois
será aquilo que você irá carregar como carga numa outra
encarnação, numa outra materialização. Muitas vezes, as
doenças, as incapacidades,são resultantes, são efeitos,
de causas geradas anteriormente. Nós temos que nos
acostumar a ver todas essas coisas como um processo de
libertação, como o furúnculo que põe fora uma coisa que
está intoxicando, inflamando.Essas doenças,essas lim it£
ções, essas privações,são uma forma do sujeito expurgar?
no fís ic o algo que existe nele no emocional. 0 câncer
é uma doença que provém de emoções ou de impressões que
o sujeito guardou» reprimiu, sufocou,e aquilo que sé
transmuta para o corpo fís ic a .

Nós podemos comparar os signos de água com a pe lícu ­


la de um filme. E ' onde está projetado. E ' o meio atrar
vés do qual esta imagem se projeta na tela ou então a
tela ê o corpo f ís ic o e aquele film e é o astra l do su­
je ito . Então,se existe alguma perturbação emocional, ¡£
to pode se projetar fisicamente numa corrupção do f i s i
co. Um medico d iz que o câncer é uma loucura da çêluliT,
quer dizer, aquilo que ele reprimiu, que ele guardou /
emocional mente cria um d istú rb io de tal ordem que de-
sestrutura a organização celular. E'um processo auto-
destrutivo também e inconsciente muitas vezes. E' algo
que o sujeito não aceitou e voltou contra ele mesmo.
São coisas que ficaram guardadas, emoções que ficaram
aprisionadas. Então, is t o se somatiza e aparece em ter­
mos de uma doença, que é o cincer. 0 câncer ê uma doeji
ça da nossa c iv iliz a ç ã o . Esta vida maluca que todo mun
do leva atualmente ê uma expressão que se manifesta no
f ís ic o , porque embora a gente não perceba,nõs estamos
absorvendo todas as c o isa s que nos rodeiam. Se o su­
je ito não souber se desfazer, se relaxar, se despren­
der de todas essas cargas que existem ao seu redor,
numa cidade como esta, que é São Paulo, que tem tantas
coisas controversas, então isso pode levar o sujeito a
uma desorganização, a uma pessoa mais fraca, mais sen­
s ív e l, uma desorganização emocional e com isto f ís ic a
também.

A casa X II vai representar essas depurações do su­


je ito . A casa X II vai representar também as pesquisas,
os trabalhos isolados. São,por exemplo,aquel es que tna
balham em computador,que são salas fechadas sem jane­
la s. Estão numa certa prisão também. Eles estão compie^
tamente isolados do mundo com aspectos da casa X II.
Também os que trabalham em laboratórios fo to gráficos ,
com tudo o que está isolado do público, que está longe
do bu líc io do mundo; pessoas que vivem no interior,que
gostam de viver no campo, nas fazendas. Tudo isso re­
presenta a casa X II. A casa X II também vai representar
os amplos espaços. São. pessoas que gostam de se isolai)
de se re tirar, de se re tra ir. Vão ser os grandes míst_i_
cos, os grandes filó s o f o s , os grandes pensadores, por­
que são aqueles que vão procurar vencer as lim itações,
as barreiras do pensamento. Vão procurar lig a r -s e a 0£
tros mundos, a co isa s transcendentais.
kl
A presença de um signo numa casa equivale a dizer
que as energias p rin cipais cósmicas representadas por
aquele signo se projetam como condições m ateriais no
plano terrestre.

Assim,a casa I é chamada de Ascendente, isto é, a


sua cuspide, que imprime no indivíduo o seu caráter e
determina o destino da entidade que vai nascer na casa
IV, que por sua vez representa o Cáncer, a fam ília, a
pátria, a hereditariedade, o prin cípio da gestação e
do nascimento no plano f ís ic o . A gestação tem lugar em
Câncer e nove meses depois se dá o nascimento em Aries
ou a gestação se in ic ia na casa IV e o nascimento na
casa I .

As três primeiras casas correspondem às condições /


da vida pre-natal e constituem o primeiro quadrante do
Zodíaco,que é o quadrante das energias inconscientes ,
impulsivas, in stin tiv a s, pre-racionais.

Há uma estreita relação entre o simbolismo dos s ig ­


nos e das casas correspondentes nos quadrantes do des­
tino. 0 estudo dos quadrantes e dos signos perm itira/
constatar a relação e stre ita do seu simbolismo com o
das casas correspondentes que representam a sua proje­
ção nos quadros do destino.

Evidentemente, no tema natal in dividu al, as casas,


que dependem da hora e do lugar do nasci mento, não com
cidem sempre com os signos dos quais eles refletem o
caráter.

Signos diferentes podem se achar associados a casas


diversas num tema, isto é, a combinação de signos e ca
sas varia de um tema para outro. Conforme o signo e a
casa que estejam associados no tema, isto vai revelar
o conteúdo dos fatores determinantes da p sico lo gia com
os quadros do destino e caráter de cada indivíduo.
^3
As 12 casas sio os campos sequenciais de experién -
c ía s humanas e terrestres. 0 Indivíduo precisa passar
pelos conteúdos déstes 12 tipos básicos de experiénc¡a
e absorvê-los com o fim de atu a liza r, em termos concr£
tos e sòb as condições predominantes no ambiente da t£
rra em que ele vive, as potencialidades inerentes ao
seu momento de nascimento. 0 mapa de nascimento não
representa o que o indivíduo é, senão potencial mente ,
mas sobretudo aquilo a que ele tende a ser no longo d£
curso de sua existência, usando do seu liv re a r b ítr io ,
dos seus esforços e lutas pelo seu próprio crescimento
e desenvolvimento.

A definição da casa V II como o campo que se refere/


i s experiências de participação, sociedade, companhia,
o outro, não nos diz nada sobre o caráter destas exp£
riê n cias na vida de uma pessoa particular;não nos diz
como a pessoa se aproximará do outro e como responde­
rá aos seus associados mais íntimos, senão de uma ma­
ne ira g e ra l.

No entanto, podemos conseguir obter alguma coisa


no tocante'á natureza das ações e reações do in d iv í­
duo, considerando o signo zodiacal que está na cuspi­
da casa I e da V II, considerando os regentes planetá­
rio s dessas casas ou a presença de outros planetas n<3
sses campos. Dáí podemos deduzir uma possibilidade,
uma tendência.

A presença de um planeta numa casa pode alte rar a


influência do signo a í presente. Por exemplo,se so­
bre a cúspide nõs encontramos o signo expansivo de S£
g j t ir io , regido por Júpiter, e a í se encontra Saturno
uma planeta cuja natureza ê lim itadora, co n stritiva ,
teremos então uma dupla tônica.

Outro problema básico ê o tipo de pessoa cujo mapa


estamos interpretando. Temos que considerar a sua ida-
H

de, suas circunstâncias presentes, seu grau de consciên


cia, de sensibilidade, de evolução e sp iritu a l e a sua.
provável habilidade de responder construtiva ou destru-
tivamente aquilo que se apresenta no seu horóscopo.
Já dissemos numa de nossas revistas que há uma a stro lo ­
gia centrada nos eventos,portanto, estritamente a n a lít i­
ca, e há uma astrologia centrada na pessoa, daí temos
dois tipos de interpretação. Mesmo que o astrólogo te­
nha de enfocar a sua atenção analiticamente num único
fator da carta, há todavia certos fatos básicos que ele
deveria sempre ter em mente. 0 fato mais importante /
destes é que tudo numa carta tem o seu oposto antagóni­
co, polar, e que qualquer fator pode ter tanto um signi
ficado p o sitivo quanto negativo, indipendentemente se ¥
c la ssific a d o como bom ou mau, afortunado ou infortunada

0 prin cípio de polaridade é a pedra angular, funda­


mental, de qualquer interpretação a stro ló gic a , e está /
particularmente em evidência quando nós tratamos dos
eixos numa carta.

0 horizonte e o meridiano formam eixos: o Ascendente


e o Descendente, na horizontal; o Zênite e o Nadir que
são o Meio do Céu e o Fundo do Céu. São os extremos /
dos eixos quando eles cortam a e c líp tic a .

Do mesmo modo,temos os nodos sul e norte da Lua,e os


nodos de todos os planetas, que são os dois pólos dos
eixos.

Para d e fin ir o sign ific ad o de uma polaridade, temos


que in c lu ir na definição o sig n ific a d o da outra, senão
não faz sentido, pelo menos se nós queremos apresentar
um quadro completo de uma personalidade ou de uma situa
ção. Isto quer dizer que não podemos entender completa
mente o sig n ific a d o do Ascendente se não examinarmos o
Descendente, que é a polaridade oposta.

Outro exemplo: se nós desejamos descrever as qual ida


des ou ca ra c te ríst ¡cas de um Leão no Ascendente, isto
ê, a auto-imagem de uma pessoa que tem o caráter de L§.
ão, nós deveriamos tomar em consideração o fato inevi­
tável que é a sua maneira de aproximar-se do associado
(o Descendente) e a i ” teñamos uma caracte rística do
temperamento de Aquário. Se houver um outro pianeta no
Descendente, por exemplo, Netuno, a sua maneira de
abordagem ou sua maneira de a g ir frente ao outro teria
um caráter netuniano ou de Peixes, e assim por diante.

Estes dois fatores da personalidade - o EU e o OU­


TRO - estão constantemente se interagindo, porque são
dois aspectos interdependentes de um impulso fundamen­
ta l, o impulso para uma consciência completamente ind_i_
vidual izada. Você não pode ser consciente sozinho,i so
lado, so lto no vácuo; os tipos de relacionamento in d i­
cados na casa V II precisam envolver algum grau de con£
ciência deliberada, intencional, do eu próprio e da o£
tra pessoa. Eu só existo como ente único, diferencia­
do, não idêntico a outro, se ex iste o outro com que eu
posso me comparar.

As casas têm uma infinidade de sig n ific a d o s, embora


todo s ig n ific a d o que elas tenham saiam da definição de
cada casa. A medida em que você tem os planetas em
cada uma das casas, você vai enfocar esses assuntos de
uma outra forma. Os planetas são os equipamentos que
você vai usar, mas de acordo com a inspiração dada pe­
la natureza da casa. Por exemplo, a casa II . A ponta
da casa II diz respeito às cores e objetos de que você
gosta. Cada um vê a condição de sua casa II e como ê
que ela se relaciona com os objetos que ela compra,que
ela tem. Seja, por exemplo: eu tenho a ponta da casa
II no signo de Peixes. Eu não tenho a menor idéia do
que eu tenho. Quando eu compro alguma coisa, nunca te­
nho a cetteza de que aquela coisa é minha. Quando meu
pai me deu um terreno de presente, eu f i quei 3 meses
pensando para ver se eu descobria o que é que s i gnifJ_
cava a gente ter um terreno, porque eu não sentia mate
rialid ad e naquilo. Eu achava uma coisa meio impalpáveT,
k(>
meio etèrica* meio engraçada» Eu nao conseguia sentir
aquilo como meu.

Se a pessoa tem o Ascendente no signo de Peixes,ela


está dizendo: quem sou eu? Ela traz uma indagação den­
tro dela. 0 signo de Peixes na ponta da casa I so me
dá uma inspiração; dentro desta inspiração e u fa r e i o
que eu quiser. Peixes está sempre 1igado ã idéia do
sentir da vida, sentir de tudo; o que que é tudo isso?
Ela vai fazer indagações m etafísicas sobre o relaciona^
mento dela com a materia, quando tem o Peixes na casa
II. Ela pode sentir que as coisas são meio irre a is;e la
vai ter uma vaga sensação de irrealidade naquilo que
ela possui. Ela vai relacionar aquilo a coisas muito
gerais, a questões muito m etafísicas.

Se alguém perguntar a você: Você tem um terreno ?


daí você pergunta: o que ê ter ? Pronto, ja bagunçou /
tudo. Sõ quem tem Peixes na caaa I I , faz essa pergunta
para si mesmo seriamente. Quando me deram um terreno,
eu perguntei: Bom.' mas até quantos metros de profundi­
dade ê meu ? E para cima ? Quanto que é meu ? Um negó­
cio que e xiste só na horizontal não existe. Deve ter
pelo menos uma camada de uns milímetros, ou,ainda, se­
rá que o que é meu vai até o centro da terra ? E o ar
que está em cima do terreno, a atmosfera acima? Era
uma posse muito abstrata. Por achar que a posse é mui­
to abstrata é que o indivíduo tem dificuldade em conso
lid ar o que tem, porque a visão dele não é sólida na­
quele ponto (Peixes na II) .

Mas se você tem Saturno na casa I I , por exemplo, a


coisa pode se tornar ainda, mais m etafísica, porque tajn
to faz você ter tudo ou não ter nada, para você vai
dar ná mesma coisa. Não é do ponto de v is t a moral que
você vai optar. Não ê isso. Isso não tem nada a ver
com as suas opiniões, mas tem que ver com a sua manei­
ra de tomar consciência das coisas.
**7

Se a pessoa tem Gêmeos na casa II (Asc.Touro), em


priméI ro l ugar elá manipula o que tém. 0 relacionamen­
to dela com os objetos cons i ste em u t iliz á - lo s , na es­
t r it a medida do que eles servem. 0 indivíduo está mais
interessado na manipulação que ele possa fazer do que
nos objetos mesmos. Gêmeos está sempre ligado com a
idéia de mágica, de você fazer magia. Gêmeos é a pala­
vra e a palavra serve para que ? Você quer, por exem­
plo, levantar uma pedra de um lugar. A atitude ta u ri­
na seria ir lã e levantar a pedra, ras o Gêmeos, não.
Gêmeos pega um trouxa, e blá, blá, blã, e o trouxa,vai
lá e carrega para ele. Ele fez mágica, ele conseguiu/
mover a pedra sem fazer força. Tocar nos objetos,atuar
nos objetos, atuar não por meios f ís ic o s , essa é a pai
xão do Gêmeos, do signo de Gêmeos, não da pessoa de Ge[
meos. A famosa capacidade econômica do signo de Touro
é em grande grande parte devida i presença do Gêmeos /
na casa I I , isto é, ser capaz de manipular, de fazer /
mágica com v. coisas que ele possui, porque é assim que
ele imagina, é assim que ele v isu a liz a .

Aquário na casa II (Capricórnio no A sc.). Aquário é


a mesma mágica do Gêmeos. Mas Gêmeos é um amador perto
de Aquário. Aquário é quando você sabe tudo sobre um
assunto. E'por isso que o Capricórnio (no Asc.) também
tem essa tremenda capacidade econômica aumentada. Onde
você tem Aquário é onde você, ou compreende todo o me­
canismo da co isa , ou você não compreende nada. Aquário
seria o conhecimento técnico, c ie n tífic o , integral, da
coisa, ( is t o não é o indivíduo de Aquário, que ge ral­
mente é uma mera caricatura do signo, mas, sim, o a r­
quétipo, a que nos referimos).

A casa II em Sa gitário (Asc. em Escorpião): 0 que é


meu é meu, por d ire ito divino. 0 su je ito se sente bem
em ter aquilo. A pessoa sente profundamente que as coj_
sas parecem que estão de acordo com uma linha e v o lu ti­
va, que nada contraria nada. 0 Escorpião, por exemplo,
tem um sentido muito maior de d ire ito de propriedade
48
do que o Touro, mas temos que ver os outros aspectos do
tema.

0 horóscopo só dã determinadas p o ssib ilid ad es, as


possibilidades da pessoa, a sua potencialidade, aqui­
lo que lhe foi dado ou o que tem potencialmente.Mas co
mo o indivdiuo vai viver aquilo, você precisa contac­
tar o indivíduo e procurar sen tir como ele esta viven­
do aquilo. A arte de interpretação não é só decorar re
gras; é saber conjugar todos os elementos. Você tem 7
que saber ver o que ésta por t r i s daqui lo , a lém daquilo
0 horóscopo é um símbolo. Quando você começa a inter­
pretar um horóscopo, você tem que sentir em que nível
o sujeito se encontra. Você não pode jogar com uma in­
terpretação j i pronta, igual que você aplica a todos /
os outros. A interpretação astro lógica tem um lado que
é a r tís tic o , que é c ria tiv o , que vai depender da sua
criatividade. Nunca vai haver duas interpretações que
sejam iguais.

Toda vez que você tiver um Aries pela frente, você


pode o rientá-lo dizendo-lhe: aprenda a ceder, procure
cooperar. Às vezes, é d i f í c i l conviver com um AVies.
Ele está sempre te forçando a uma coisa ou em alguma
coisa. A liá s, todos nós precisamos de Libra para nos
harmonizar com os outros, mas o Marte proeminone é
que tem mais necessidade, e necessidade urgente de de­
senvolver a Libra. A solução para muitos arianos ou pa
ra muitos que têm o Marte forte é desenvolver a Libra,
(Marte no Ascendente, Marte em aspecto com Plutão, cobt
Urano, Sol).

A casa V Il representa as associações, as uniões, a


coletividade, a vida pública. Geralmente os a r tis ta s ,
as pessoas que alcançam uma grande popularidade, têm
sempre fortes aspectos na casa V II. São pessoas que aj_
cançam uma imagem pubiica. Já as que têm planetas na
casa i sao Pessoas que vivem mais para si mesmas; os
que têm na V II pensam muito em função dos outros.
A sociabilidade do Touro ê muito em função da simpa
tia, de ser agradável, daquele relacionamento de tra ­
zer alguma satisfação f ís ic a , emocional, sen sorial,afe
tiva, enquanto que na Balança, as associações são mais
em função de uma harmonia de ideais, porque a Balança
tem muita tendência id e a lista , so cia l, um julgamento e
inclinações para a arte, para a f ilo s o f ia . A Balança
sempre são bons Conselheiros e e stra te gistas. Aries jã
é o soldado raso que tem que chegar a ser o e stra te gia
ta que vai medir, que vai olhar o conjunto para ver ori
de ele deve usar a sua força.

Onde você tem Vênus a í você tem a busca da harmonia,


a busca do e q u ilíb rio , a busca da realização dos pró­
prios desejos, das próprias emoções. E'onde você está
ligado a matéria e assuntos daquela casa. A li há uma
busca de cooperação, de conjugação, porque Vênus ê o
signo da atração; ê o feminino. Onde está Vênus há /
uma capacidade de receptividade, de passividade; é on­
de você vai a tra ir.

0 ariano se dá bem com as atividades que exigem ene£


gia, exigem ação, coragem, in ic ia tiv a , imposição do eu,
dar in íc io a novas co isa s, ab rir novos caminhos.0 aria
no ê atraído pelos esportes e pelas disputas. Ele estaT
ligado com toda a parte mecânica, e tem muita rapidez
de raciocínio. Eles se adiantam ao que os outros estão
pensando, eles concluem rapidamente o pensamento dos
outros, por isso têm dificuldade em escutar o que o o£
tro está dizendo.

A pessoa de Libra ê ideal para tudo que precisa ser


fe ito em conjunto. Ela tem uma grande capacidade de co
ordenação de pessoas. Os de Libra se dedicam ã parte
a r tís tic a ,* a decoração, ãs relações grupais. São pes­
soas que trabalham com perfume ou tudo que se relacio ­
ne com o embelezamento. Libra e Vênus estão sempre em
busca de flo re s, do prazer, da satisfação, da a le gria,
e procuram conservar tudo isto.
Se a casa I com Aries é o impulso, a casa II vai ser
a realização desse impulso, que é o Touro. Touro é .o
trabalho, o trabalho realizado, a execução daquele im­
pulso que foi dado. A casa II não ê so a casa do dinhei
ro, mas da realização, das realizações em diversos domj_
nios. E'aquilo que você vai aglomerar pelo seu próprio
trabalho, pela sua própria atividade. Em função das re.a
lizações é que você tem os ganhos. A casa II represen­
ta também a auto-estima. A criança nasce (Aries) e jã
começa a aglomerar matéria de que ela precisa para fo r ­
mar a sua individualidade.

A concepção é Agries; o óvulo fecundado é o Touro;Tou


ro é a fecundação* é o desenvolvimento f ís ic o ; Gêmeos ¥
o nível intelectual, a comunicação com o meio ambiente,
que é a casa I I I . A casa IV são todos os elementos fami
lia re s que vão se imprimir na p o ssib ilid ad e da criança.
A medida que você vai desenvolvendo os meios de contac­
to, o aparato sensorial, perceptivo, você vai tomando /
consciência do seu círculo, da sua fa m ília, daqueles /
que o rodeiam. Quando você chega a uma plenitude maior
de si mesmo, que é o Leão, você passa a operar sobre a
natureza, sobre você mesmo, sobre o meio (V irgo), então
você procura o auto-aperfeiçoamento (Virgo) para poder
a g ir socialmente. Aí você chega a Libra, o ponto opos­
to daquele onde você começou (A rie s). Então você pode
a g ir sobre a sociedade, e depois vai precisar morrer pjã
ra e la ,is to é,vai haver uma transmutação da personalid£
de^ Todos os processos in ic iã tíc o s das an tigas r e li­
giões, das antigas tradições, são sempre simbolizados
por uma morte do indivíduo. Na pirâmide, aquele sarcò­
fago nunca foi só para enterrar um rei , mas èra sim,
uma câmara onde o indivíduo entrava em catalepsia, uma
morte simbólica e onde ele era. levado a ver outras rea­
lidades. Ele saia d ali como outro indivíduo. Isto quer
dizer que ele tinha morrido para aquela personalidade e
inclusive ele ganhava outro. nome. Na índia também era
a mesma coisa. Eles faziam um outro horóscopo»pois aque
ia personalidade não e x istia mais, embora o primeiro 7
continuassefuncionando, após-e-morte sim bólica do eu*
0 sujeito se entregava nesta segunda vida compìetamen
te a uma idéia. Ele não e x istia mais como a personali­
dade anterior, e ele era sustentado pelos outros.A so^
ciedade tinha o dever de sustentá-lo e ele não devia
ter nada para ele mesmo a não ser a roupa do corpo.
Ele tinha morrido para o resto. Esta transmutação ou
morte simbólica é o que representa a casa V i l i . 0 in­
divíduo para a g ir sobre a sociedade, para o bem col_e
tivo, ele tem que morrer para ele mesmo, isto é, ele
tem que transmutar a sua personalidade. E”a passa­
gem de um mundo para outro.

Da casa I a 6, de Aries a Virgo, você tem as casas


de realização do indivíduo em contacto com o mundo ma
t e r ia l, as casas pessoais. Da casa V II a X II, de L i­
bra a Peixes, você tem as casas do impessoal, do col£
tivo, do abstrato, da coletividade, do mundo interno.

A casa V II ê onde você chega ao e q u ilíb rio da sua


individualidade com a sociedade em que você vive. As
pessoas passam por um processo evolutivo até chegar a
a sso cia r-se com os outros. Ele chega a uma plenitude
da sua maturidade, da sua personalidade, quando eie
está agindo dentro da sociedade, quando ele abandona/
a casa, o la r, a fa m ília, e vai em busca da sua pró­
pria individualização plena.
52
O MÉTODO ASTROLÓGICO

A astro lo gia nio e somente urna mera ciencia ou téc­


nica de interpretação de mapas. 0 método astrológico
é um sistema completo que serve para a unificação de
conhecimentos, para a compreensão de si mesmo e a inte
g ração da nossa imagem do mundo na m ultiplicidade de
sua caleidoscopia. 0 método a stro ló gic o di uma visão
global e orgânica quando u tiliz a d o no estudo de qual­
quer ramo do conhecimento,quer seja ciên cia, filo s o fia
re ligião , arte, p o lític a , economia, etc. Ele dá coe­
rência e consistência a todo o ramo de conhecimentos /
humanos e se ap lica também ao estudo da, astrologia pro
priamente d ita.

0 método aqui tratado ê a simples aplicação das no£


mas trad icio n ais do pensamento a stro ló gic o como foi ex
presso nas obras de Platão, de Plotin o, de Kepler e de
todos os grandes criádores da teoria astro ló gica. 0 m£
todo astrológico ê diferente do método c ie n tífic o . A
ciência parte do ponto de v ista do objeto, sem a pre­
sença do sujeito, do eu. Ora, as pessoas não são obje­
tos em s i. 0 cosmos ê um universo composto de centros
de consciência que emitem e recebem. Nem tudo é somen­
te objeto. 0 cosmos ê um mundo de in fin it a s perspecti­
vas. No método astro ló gico não ê a terra que ê consi­
derada como o centro do mundo; o sistema é sobretudo /
egocêntrico, topocêntrico, não geocéntrico. 0 in d iv í­
duo ê o centro da realidade, dos acontecimentos. Topo­
cêntrico quer dizer centrado num ponto onde está o in­
divíduo. E”a experiência universal em volta do eu e
não do mundo.

Jã o Alcorão d iz ia que os homens foram divididos em


grupos, povos, raças, línguas para que pudessem se co­
nhecer entre si com v ista s a um todo integral.

0 mapa a stro ló gic o ê a correspondência externa dos


arquétipos de uma determinada consciência, ou de um es
53
tado in te rio r. 0 mapa ê uma simbologia cujo significa^
do deveria ser óbvio, ingenuo, simples, material, es­
pontaneo.
Quem não teve experiencia constante do que s ig n i­
fic a meu eu, meu dinheiro, meus vizinhos, meu pai,meus
amores, meu trabalho, meus inimigos, minha fam ília, mi_
nha doença, minha f ilo s o f ia , meu cargo, meus amigos?
0 conhecimento dessas categorias é espontâneo, pois t£
dos nós tivemos esse tipo de informação, esse tipo de
experiência. 0 mapa astrológico vai ajudar a in­
terpretar qualquer coisa e não somos nós que -interpre­
tamos o mapa. A arte de interpretação de um mapa é r£
c o n s titu ir todo o conhecimento em função dessa simbolo
già .
A chave para compreender o sig n ific a d o dessa simbo­
lo g ia é simples, porque esta representa no exterior o
que esta dentro de nós, aquilo de que nós nos esquece­
mos. Basta recordar. E'assim que nós j l nascemos com
a a stro lo g ia dentro de nós. As coisas são óbvias por
si mesmas.

Os an tigo s que viviam em contacto com a natureza tj_


nham um outro tipo de informação. Cada sociedade tem o
seu tipo de informação. Assim,a interpretação somente
em termos técnicos como fez Weis, Carter, Kurilo, vale
apenas num-determi nado momento h istó ric o , dentro de
uma configuração geográfica. A interpretação dos aspe£
tos dentro de regras preestabelidas considerados isolia
damente, de forma rígid a , dogmática, fix a , inapelavel-
mente de benéficos ou maléficos, constatamos hoje que
não funcionam quando tomados dentro do contexto geral
do horóscopo. Cumpre ver na nossa sociedade um outro
conjunto, um novo conjunto; e o indivíduo também é uma
unidade orgânica complexa que se manifesta nos mais d_i_
ferentes n íve is de consciência. A n alisar um aspecto em
separado >do contexto global do tema é tomar um pedaço
do psiquismo para a n a lisa r toda a estrutura do ser hu
mano. Portanto, dado uma mapa, para interpretâ-lo,de
vemos re co n stitu ir todo o conhecimento em função dessa
54
simbologia no momento e meio geográfico próprios. Por
isso .o astrologo precisa conhecer muita co isa e c o i-
sas muito variadas. E só posso entender o que posso
integrar na totalidade do meu ser, na minha personal_j_
dade, em toda a minha estrutura, em mim, na minha men
te, na minha fa la , ao ponto de se tom ar óbvio.

0 mapa tem de ser olhado e não interpretado. 0 mé­


todo fenomenològico estuda a coisa como ela é,sem juj_
gamento prévio. 0 método astro ló gico ê ingênuo nesse
sentido. Enquanto que o tempo line ar medido em horas,
minutos e segundos ou pelo relógio, vale para um feno
meno situado no espaço, existe um outro tempo cu­
jo valor quantitativo difere muito daquele. A expe­
riên cia que vivemos tem muito pouco que ver com o tem
po linear, mas é constituído de ritmos e ciclos.A ssim
podemos dizer que há um tempo interno, ou uma cons­
ciência que retarda ou acelera internamente o suceder
das coisas. E'um tempo emocional que faz de maneira
in só lita o tempo real variar. Podemos comparar as no
ssas emoções com o ritmo dos planetas e a sso c iã -la s a
eles.

Quando vemos o Zodíaco, é óbvio para nós a simbolo


g¿a, a associação, a sua sig n ific a ç ã o . Vemos as e sta ­
ções, as doze partes, os marcadores do tempo, a Lua
com o c ic lo de 28 d ias, o Sol com o c ic lo de 1 arjo, o
Saturno com o c ic lo de 29,5 anos e Urano com 84 anos.
Assim, concluimos que um planeta mais lento tem a ver
com algo mais lento, os planetas mais rápidos com a l ­
go mais rápido. Devemos vê-los andando em suas ó r b i­
tas com maior ou menor rapidez.

Resumindo, podemos dizer qne na arte de interpre­


tar o tema é preciso:

1?) ter erudição ou conhecer muitas coisas;

2?) concentrar esse conhecimento na arte simbólica


Por exemplo, se se tratar de um doente mental,não v o u
55
poder i n t e r p r e t á - l o , porque me f a l t a o conhecimento
sobre p a to lo g i a , sobre medicina. Se o a s t r ó l o g o nao
é médico e d i z que ensina a s t r o l o g i a médica, ele cor­
re o r i s c o de ser taxado de c h a r l a t a o . 0 mapa exige
ou concentra o máximo imaginável de informações que
nada tem de a s t r o l o g i a .

3?) a busca da palavra exata que requer capacidade


imaginativa e c r i a t i v a de transpor os símbolos abstr^
tos. Temos que aprender a pensar em termos de fi g u r a s
concretas t i r a d a s do a b s t r a t o .

k ° ) no i n í c i o , quem nio se a r r i s c a r na in te rp re ta ­
ção nao vai t i r a r proveito.

5°) v i v e n c i a da a s t r o l o g i a , e s t a t í s t i c a s com mapas


de pessoas conhecidas da f a m í l i a .

0 esquema de c i c l o s e e s t r u t u r a s serve para a aná­


l i s e de qualquer t i p o de c i c l o e e st r u t u r a . Envolve a
idéia de c o i s a acabada, i n t e i r a , em que o último t e r ­
mo encontra o primeiro. 0 signo de Peixes fecha o c i ­
c lo . E”um esquema de repetição eterna, um estado de
equilíbrio estático. Mas nossa e x i s t ê n c i a humana não
é um c i c l o fechado, e s t á t i c o . A vida não é fechada e
nós temos que d e c i d i r , que usar da liberdade. A nossa
vida não amarra as duas pontas, mas se parece com uma
flech a, com uma e s p i r a l . Ela é apenas um momento, uma
h i s t ó r i a cujo i n í c i o não começou no mesmo lugar, numa
mesma época, nem nesta única vida. 0 esquema e s t á t i ­
co, acabado, não serve para a de sc ri çã o da nossa vida
a qual nunca se repete exatamente igual como no c i c l o
das estações.

Na vida r e a l , na vida p r á t ic a , nossa vida rompe a


e st r u tu r a , o esquema a b st r a t o , i s t o é, para a p l i c a r /
esse esquema ã nossa vida i n d i v i d u a l , que é aberta e
não fechada, te reimos que romper aquele e q u i l í b r i o , /
aquela gene ra li da de a b s t r a t a e e s t á t i c a no seu todo.
i st o nao i n v a l i d a o p r i n c í p i o de a n a l o g i a , de corre s-
56

ponderici a, de que o esquema serve para todo t ip o de c ‘

CD i| —
c i o ou e st r u tu r a . Ao c o n tr à ri o, como a vida humana
transcendente em relação aos reinos da natureza, o e s­
quema será enriquecido com um novo elemento que se /
acrescenta: o esquema l i n e a r , dinimico, que será a p l i ­
cado sobre o esquema ab st r at o, o que vai dar um outro
tipo de esquema, uma outra s é r i e muito mais complexa.
SIMBOLISMO ASTROLOGICO DOS SIGNOS 57

Vamos nos re fe rir ao experimento de Newton e em seguj_


da nos u t iliz a r do racio cin io analógico para entender o
simbolismo dos signos.

Newton foi o primeiro a decompor a luz nas suas cores


básicas, utilizan do um prisma. Através de um prisma, ele
conseguiu refratar nas escalas básicas os princípios v i ­
bratórios que estão na luz. Ele fez com que a luz pa£
sasse por um meio mais denso e constatou que este raio
de luz perdia a sua velocidade v ib ra tó ria , a sua intensj_
dade vib rató ria, e se projetava, se refratava, nas cores.
Assim conseguiu o espectro das cores. Newton concluiu /
que as cores nada mais são do que diferentes níveis de
vibração de uma mesma energia. As cores são estados v i ­
bratórios de um mesmo princípio. E“o que se vê no arco-
í r i s . São os raios do Sol que atravessando as gotícu las/
de água em suspensão na atmosfera projetam a escala das
cores.

Est- raio de luz vai servir para nós como símbolo da


vida Una, símbolo do prin cípio Uno criad or, donde todas
as formas procedem, donde todas as manifestações surgem.

A luz pode ser comparada ã vida, a um prin cípio tranjs


cendental criador de todas as coisas. 0 meio de refra-
ção seria a manifestação, o processo de objetivação des­
sa vida. As cores corresponderíam à variação e ã m ulti­
plicidade das cria tu ra s. Assim,a luz está para as cores
da mesma forma que a vida está para as suas criaturas. E'
um pri ncí pio analóg i co pelo qual nós ut i l izamos de um f(ì
nômeno ou de um p rin cíp io para relacionar com outro. As-
sirti, por analogia, dizemos que todas as c riatu ras exis­
tentes nada mais são que aspectos variados de uma mesma
natureza. Queremos dizer com isto que a vida que está
em cada um de nós é Una em si mesma, é idêntica para to­
dos, mas cada um de nós constitui uma manifestação d ife ­
rente dessa mesma vida. Ninguém recebe mais ou recebe me
nos vida. Cada um de nós veicula, manifesta um aspecto
58
diferente dessa mesma vida.

Desta maneira podemos entender tambemos signos na


forma de escalas de energias ou diferentes níveis de ma
nifestação providas de uma mesma essência, de uma mesma
unidade.

Os signos são diferentes n ív e is de vibração de uma


mesma unidade, de uma mesma essência criadora. Os s i g ­
nos são representações da forma básica com que a vida
se estrutura na sua m ultiplicidade de manifestação. Pa­
ra a astro lo gia,o s signos são como as cores. Toda a na­
tureza manifestada, todo o universo manifestado, não se
deu por acaso, fortuitamente, mas tudo foi planejado,ej»
truturado, da mesma maneira que o raio de luz que pas­
sando por um prisma se estrutura na gama de cores.

Assim podemos compreender porque os antigos usavam


termos como o onisciente, o onipresente, o oniabarcante,
a onipotência, pois esta vida está presente em tudo, em
toda a manifestação. Onde existe uma forma, seja v i s í ­
vel, concreta ou abstrata, a li vai e x is t ir uma irra d ia ­
ção, uma estruturação dessa vida dentro de p rin cípios /
correspondentes ou análogos àquele prin cípio que deu
origem a toda esta manifestação.

Tudo que existe vem da Luz, vem da Vontade Divina,


que está em toda forma de vida, por mais contrário que
pa reça.

A astro logia não ê originada pelas constelações, em­


bora as constelações tenham a sua importância. A base
fundamental da astro lo gia não são as constelações, mas
a vida do nosso sistema solar. A vida que criou a maté­
ria , a Luz que criou a matéria>tal como ela existe em
toda a forma de vida, forma uma irradiação, campos e lé ­
tric o s, campos magnéticos, energéticos, em torno do Sol
em torno da terra e em torno do homem.

Não são as constelações que nós tomamos como base na


59
a stro lo g ia , mas os signos zodiacais.

No expectro, a luz branca se decompõe nas tres co­


res básicas: o vermeíhó, o azul e 0 amérelo. Estas
três cores não somente se irradiam mas também se re­
fletem e causam por consequência os outros se is cam­
pos que sao as cores compostas.

A esfera dentro da estrela entrelaçada representa


o Sol, a Luz, o campo energético em torno do Sol. No
entanto, a Terra,que é criada pela mesma luz e pela
mesma vi da, tem os mesmos campos e i sto constitui a aij
ra da Terra que o se n sitivo pode ver. Há urna energia
que envolve a Terra in teira e que causa ou se manife£
ta nas doze formas energéticas,como no Sol.

0 ser humano,que é esse círcu lo, criado pela mesma


vida, tem também' essa sen sibilidad e . Em redor do
Sol recebe o nome de constelações, porque sio ener­
g ia s ao redor do Sol e chamamos de signos zodiacais /
as energias ao redor da Terra. Os astrólogos usam o
zodíaco matemático. Este zodíaco existe também ao
redor do homem e é chamado as doze casas terrestres.
São três centros energéticos: o zodíaco das constela­
ções, o zodíaco dos signos e o zodíaco das casas ter­
restres. 0 primeiro, o zodíaco das constelações , é
chamado também de zodíaco sid e ral.

Podemos fazer um horóscopo de uma associação, de


um pensamento, de qualquer coisa criada no f ís ic o ou
no a s t r a l, mesmo uma ação ou como o ato de assin ar um
contrato ou a formação de uma firma. De tudo isso po­
demos fazer um horóscopo, porque é algo criado, algo
concreto ou abstrato, que tem um c ic lo , e que vai ter
uma duração.

Pelo e fe ito luz-sombra,somente a metade do unive£


so se espelha na criança, na sua primeira respiração.
Imaginemos o universo como um c írc u lo ao nosso redor/
e que estamos em pleno oceano. 0 oceano vai repartir/
o mundo em duas partes: v is ív e l e in v is ív e l. A criaii
60
ça e como um gota de água. Na sua primeira respira^
çio, eia inspira as condições eletro-magnéticas, mas
é apenas a metade que se imprime neia, no seu cons­
ciente, que é a parte v is ív e l. Mas esta parte v i s í ­
vel nio funciona sem a parte in v isív e l. Temos, por­
tanto, uma metade v is ív e l e uma metade in v is ív e l, o
consciente e o subconsciente. Assim,s e is signos es­
tão v is ív e is e se is in v is ív e is , e cada metade vai re
presentar o nosso lado passivo e o lado p o sitiv o . D i­
zemos que o passivo e o que está na sombra. Por exem
pio, se a pessoa nasceu durante o dia, o Sol está em
cima, no céu, e o signo oposto está no pass ivo,na som
bra, no hemisferio in fe rio r, isto é, a sombra està no
subconsciente. Mas a vida quer iluminar a parte que
ficou na sombra, porque a luz que eu recebi do Sol /
precisa também iluminar o que ficou na sombra.

Para o indivíduo crescer na vida, ele tem que des­


pertar a energia oposta; ele tem que aprender a lid a r
com os dois pólos. Se bem que nao basta, porque no
fin a l de tudo nós teremos que desenvolver os doze
polos representados pelos doze signos.

Quando uma criança nasce, ela é iluminada pela v i ­


da. Eia recebe os dois pólos em harmonia. Assim, por
exemplo, se nós colocamos a criança no primeiro ba­
nho, ela tem noção do perigo de vida. Mais tarde nós
perdemos esta noção. Quando nós damos um alimento p£
ra ela, não apropriado ã sua idade, ela o re je ita . P£
rém, mais tarde, engolimos qualquer coisa sem saber.
As crianças aprendem as coisas com maior fa c ilid a d e ,/
sentindo, porque ela não desligou ainda os sentidos /
que captam o v is ív e l e o in v is ív e l. Quando ela des­
perta para a vida, ela vai usar os cinco sentidos que
captam o v isív e l e tende a esquecer ou a não fazer /
uso dos sentidos que captam o in v isív e l. E- o que
acontece com o uso que fazemos da mão d ir e ita e o pou
co uso da mio esquerda. ~

Se uma criança nasceu com a Lua no signo de Aqui-


61

rio , numa fam ilia que tem os gens, os biotipos deste


signo, eia vai desenvolver este biotipo f ís ic o du­
rante os nove meses. 0 Ascendente é a parte genética,
é a forma f ís ic a ; i aquilo que nos temos herdado dejs
de a concepção. Na concepção deste ser que deve na£
cer, se junta uma entidade, um e sp irito , que precisa
desta base fundamental para o nascimento. E ' esta
energia que vai ser a base da vida dele e que ele
vai realizar. Isto está ligado ao destino, ao ka_r
ma. A criança vai tomar conta deste corpo e 'a med_i_
da que ela desenvolve os cinco sentidos que captam o
v is ív e l, ela vai d e s lig a r o sentido que capta o inv_i_
s ív e l. Ela tende então a aumentar a energia ativa
e esquecer ou d e slig a r aquela que tem dentro do sub­
consciente. Dal o esquecimento das vidas passadas,
para que melhor possa aproveitar das experiências no
vas da vida presente e aprender a dominar o que se
passa ao seu redor.

Este i o despertar para a vida e quando ele des


perta para a vida, ele começa a d iv id ir os dois po­
los, ou todas as polaridades, desligando um no cons­
ciente e aumentando outro, aumentando um no conscien^
te e desligando outro no subconsciente. Com isso a
criança vai se tornar inquieta, no estado de cons­
ciente, atê que mais tarde e durante a vida consiga
chegar de novo ou penetrar o estado do inconsciente,
que é a riqueza oculta no subconsciente. Todos nos
passamos por esta fase. Até uma certa idade, nos
somos completamente inconscientes do que se passa co
nosco, dentro de nós mesmos. Um animal sabe automa­
ticamente qual e a erva que tem de procurar para se
curar, mas nos nao temos mais esta sensibilidade.

0 crescer de um homem consiste em desenvolver o


consciente e harmonizar-se com o seu inconsciente.
Daí vem a luta do homem que é a busca da luz,de mais
luz, que é a fasé inquieta da vida. Depois vem o de¿
pertar das energias latentes ocultas no nosso poten­
c ia l subconsciente, para conseguir o maior amadureci
62

mento, a nossa auto-rea 1 ízação. Isto nós o conseguire:


mos quando unirmos o consciente e subconsciente.

Todos nós conseguimos, dentro das p o ssib ilid ad e s in_


dividuais, pessoais e de grau de evolução, até o fim
de nossa vida,a encontrar a consciência destes dois e£
tados, mesmo que seja no ultimo relâmpago da vida, /
quando atingimos então a compreensão do porquê da vida,
da nossa vida atual. Todos até o fim da vida terão
que encontrar os pólos opostos. 0 objetivo derradeiro
desta vida é >após as lu ta s, guerras, insatisfações,dú^
vidas, desconfianças, frustrações, tensões, c o n flito s,
é desenvolver a harmonia, a bondade, o amor, a beleza.
E' saber usar a energia (A ríe s,Marte) para chegar ã
harmonia (Libra, Vênus). 0 problema consiste em desco
b rir a energia fa ltan te ou carente da polaridade opos­
ta para conseguir o e q u ilíb rio , a harmonia.

Nós somos uma semente de vida, uma fagulha,uma ceji


telha. A semente para chegar ao fruto tem que primeiro
ser lançada ã terra f r ia . Na luta pela vida, ela vai
se b ip artir, vai apodrecer e se estragar, para depois
germinar, florescer, crescer e amadurecer e dar o fr u ­
to. E' o mesmo processo das duas correntes de ener­
gia elétrica que se dividem e que novamente têm que
unir-se. E o que vai dar como fruto é aquilo que po­
tencialmente já estava nele desde o primeiro momento,
que ele trouxe consigo, como potencialidades para se­
rem atualizadas e enriquecidas ainda mais.

Onde hã vida, há irradiação.

Toda vida ê criada pela Luz e forma um c írc u lo de


energias irradiadas ao redor. Esta vida se acha em
volta do Sol e vai em direção aos planetas e às const£
lações. Há, portanto, um c írc u lo de energias ao redor
do Sol a que se deu o nome das constelações zodiacais.
Mas a Terra também tem vida, por consequência, ela tam
bem irradia. Nõs também irradiamos. 0 que nós usa­
mos na astrologia ê a irradiação dos campos magnéticos
63

de dentro para fora. Toda energia em volta do Sol


e da Terra tem vida, e, portanto, irradiação. Isto
é o que nõs chamamos de horóscopo. Horóscopo é a
fig u ra que mostra os doze campos de irradiação, de
energia que se irradia de toda forma de vida.

Os mesmos princípios simbolizados pelos signos


a stro ló g ic o s estão também no corpo humano. 0 corpo
humano é um zodíaco que começa por Aries, a cabeça,
e termina em Peixes, que são os pés. Todas estas /
energias são manifestação da vida. Todos 0 5 órgãos
sao esta manifestação da energia cósmica e todas es_
tas d ivisõ e s foram criadas em consequência dos d if£
rentes tipos de energia com que a vida se manifesta.

Há t r i s tipos de conjuntos de energia: a humana,


a te rrestre e a solar. Todas elas estão sempre mu_
dando pela rotação em 2k horas, pela transi ação em
um ano, ou ainda em 2 5 . 9 2 0 anos pelo movimento da
precessio dos equinócios. A precessão dos equinó­
c io s é provocada pela inclinação lenta do eixo da
Terra, num movimento cônico parecido a um cabeceio,
que se completa em 2 5 . 9 2 0 anos numa volta completa.
Em consequência deste movimento, deste balanceio da
Terra, o eixo vai tomar uma posição completamente /
d ife re n te ;fazendo retroceder o ponto vernal A*ries.
(ver nosso 1ivro"Astronomia e A stro lo g ia "). A divJ_
são desta longa duração por doze nos vai dar as do­
ze Eras A strológicas, cada uma com 2.160 anos, apro
ximadamente, num movimento para trás: /Tries, Peixes,
Aquário, etc. Agora estamos no fim da Era de Pei­
xes e começo da Era de Aquário.

A a stro lo g ia ê o espectro da vida. Em virtude /


desses movimentos,todos chegamos a compreender que
pelas mudanças constantes há um constante nascer,
crescer, florescer, f r u t if ic a r e desvanecer. Tudo é
uma constante transmutação.

A Luz, que é uma forma s u til de matéria, quando


perde a sua velocidade, c ria a matèria. A materia é
a concentração de energia, corno a energia è.a concen
tração da pura essência da substância, que é o e s p i­
rito que anima todas as formas manifestadas. A Luz
c ria primeiro o mundo gasoso; depois a terra que se
torna cada vez mais condensada; depots surge o re ino
mineral, o re ino vegetal, o re ino animai e finalmen­
te o re ino humano. E toda esta evolução em forma de
materia , desde o So} até o reino mineral, vegetal ,
animal e humano,está sempre baseada na Lei do S a c ri­
f íc io (ver a revista "A stro lo g ia ", n? 7). Um reino
se transmuta no outro. E~ a sabedoria da natureza nj
mo “a suprema perfeição. No v e g e t a la essência d i ­
vina de vida Já toma .a forma de vontade que gira do
lado da Luz, que busca a Luz. No anim al,ela está na
alma-grupo "a qual ela pertence. No homem, ela pos­
sui a independência e a individualidade bem como a
responsabilidade. Por isso o homem devia ter a obe­
diência como a planta, como o animal, que pertence à
alma-grupo.

Depois o homem tem de desenvolver a auto-conscie^


cia, a consciência, e por fim a super-consciência, a
consciência de planos e dimensões mais a lto s . Depois
que ele desenvolver a vontade própria,ele vai ter a
força criadora. Assim,ele vai evoluindo atê se lib e £
tar um dia das dimensões do espaço-tempo-matêria.

_ Quando teça o homem a consciência de toda força,


de todas as energias que estão dentro dele? Quando
terá ele desenvolvido dentro dele todos os poderes
que ele tem latentes dentro dele e que ainda não sa­
be usar ? Este desenvolvimento ê para ele chegar i
consciência não somente de que ê uma individalidade,
mas também para ele chegar a consciência de que " Eu
sou um filh o da Luz, eu sou um filh o de Deus". Uma
criança em meus braços não é somente a vida de minha
vida, como é a vida do mineral, a vida do vegetal, a
vida do animal; ela « 'a terra, ela eTo Sol em per«i
65
ne transformação. Jesus disse: Eu sou o Caminho, a
Verdade, a Vida. Eu sou a Luz que está na frente1! E
a humanidade tem que chegar a este estado de desen­
volvimento da consciencia da Luz que está dentro
dele. Quando há uma dualidade, quando há uma for­
ma ativa e passiva, paterna e materna, surge então
o terceiro que é o amor de Deus, o Filho do Homem,o
Filho de Deus. Todo este mecanismo que existe den­
tro do universo é a forma paterna de Deus, ou a fo£
ma paterna da Luz cuja explicação está na inteligên^
cia do seu Filho e que está em todas as coisas, em
todas as causas, que está onipresente dentro- da mi­
nha individualidade e da minha capacidade de viver
em paz também. A forma materna de Deus é o Univer­
so, que é a matriz, que é o universo manifestado /
por uma força suprema. 0 aspecto paterno e materno
geram o terceiro aspecto que ê o amor, que é o prin_
cípio e o fim, que é o C risto interno, que nós te­
mos de desenvolver.

As tempestades da vida, as transformações, as mu


danças, os enganos, os erros, as novas estruturas ,
não são erros, mas são o próprio crescer, o próprio
desenvolver natural das coisas. Se tudo fosse per­
fe ito, este mundo já não tería sig n ific a d o , mas tu­
do que existe está num contínuo aperfeiçoamento.Por
isso e que há a Lei do S a c r if íc io , que atinge to­
dos os reinos. E'preciso também que o homem cumpra
esta mesma le i. 0 homem também não poderá escapulir
dela. Tudo tem que se s a c rific a r, tudo tem que se
transformar, para cumprir o te lefin alism o mais alto
da Vida.

Tudo na vida tem uma u tilid ad e e sua finalidade.


Não devemos dizer, portanto, que isto é ruim e que
isto é bom. Nao há signos bons nem sign os maus, por
isso as energias opostas nos pares de signos também
devem se combinar e se completar.
Ha a fibula das arvores que discutiam, dizendo ca­
da uma o que ir ia ser. Uma diz que vai ser o
mastro de um navio e que ir ia v ia ja r pelo mundo inte_i_
ro; outra o teto, outra, o caixão mortuário; outra a
penteadeira; outra, por fim, diz que vai ser a arvore
de Natal. Mas veio um velhinho e as jogou no forno
para assar o pão. Era o s a c r if íc io de cada uma. E~a
lei do s a c r ifíc io . Tudo se s a c r ific a e tudo se tra n s­
forma e é necessário ã vida.

Mas, vamos continuar, tentando reproduzir,ainda /


que imperfeitamente,uma outra aula dada por Ema de Ma^
sh e ville , nos servindo de parcos apontamentos que f i ­
zemos quando fomos seu aluno.

A Luz não sõ irrad ia, mas também se reflete.

A Libra tem a tendência de procurar a harmonia e


não a ação in d iv id u a lista ; por isso não gosta do ver­
melho. Áries é a força criadora que está em mim e ejs
tá em todos. A"ries é a liderança; não conta com os ou
tros. Ninguém pode ser independente sem compreender7
a independência dos outros.

Libra ê medir a consequência da ação, é medir a r£


ação do outro. Libra é a sombra de A'ries, como /Tries
é a sombra para Libra. Quando um está no consci ente,o
outro está no inconsciente.

Numa outra aula, imaginamos o oceano dividindo o


mundo em duas partes: o v is ív e l e o in v is ív e l, o con£
ciente e o inconsciente, o a tiv o e o passivo. Uma pa£
te do oceano, ou seja, uma gotinha de água, se ela pu
lar para fora do oceano, a metade do universo vai se
espelhar nela. Assim, a se n sib ilid ad e da criança ê co
mo a gotinha de água. Na sua primeira respiração,ela
inspira as condições eletromagnéticas da metade do
universo que se imprime nela como a luz se imprime na
chapa fo to gráfica, quando ela se abre para a luz.
67
Esta parte v isív e l forma o seu consciente. A sua manej_
ra de a g ir diante das coisas v is ív e is é a reprodução/
do céu no momento do nascimento da criança. Cada qua­
tro minutos de diferença na hora do nascimento ja in­
flu í bastante. A parte in v isív e l forma o seu incons­
ciente. 0 homem caminha na vida em busca do seu incon£
ciente, isto é, em busca do desenvolvimento dos seus
poderes latentes, adormecidos..

0 universo é a usina da vida. A usina nao da a luz


e a força. Ela dã os dois fio s , as duas correntes, co­
mo dissemos a trá s. A instalação e por nossa conta. As­
sim,temos que aprender a lig a r os dois pólos dentro de
nós. As aulas da vida é para nos ensinar a fazer a l i ­
gação. 0 indivíduo recebeu as duas correntes,ele tem
a totalidade do universo dentro de s i, o consciente e
o inconsciente, mas não sabe fazer isto . 0 consciente/
vai lu tar a vida inteira; vai ter os choques, os curto
c irc u ito s, até que no último momento da vida isto vai
ter que mudar. Se ele foi A'ries, se ele foi enérgico ,
violento, impaciente, ele vai querer chegar a harmoni­
zar, e q u ilib rar e procurar a paz. Ele se dl conta que
não usou a sua própria vida em respeito e benefício p£
ra o s outros. So pensava na imposição do seu eu; só a
sua personalidade é que contava!

Todos os c irc u ito s se chocam; são as lutas que te­


mos que travar para chegar aos opostos. Mas através da
vida, das lutas que vai travar, ele vai aprender que
existem os doze pólos. Aquele que recebeu as duas c£
rrentes, uma muito perto da outra, sai fa ísca ; está /
sempre inquieto. A astro lo gia ê a arte de ensinar co­
mo lig a r os dois pólos para poder formar a unidade com
pietà. Aquele que nasceu com a instalação já pronta ié
o qua chamamos de despertado. Outro ê o iluminado. E
o nascimento de Jesus ã meia-noite. 0 Sol iluminou o
seu subconsciente, a luz das e stre las iluminou o seu
consciente. Havia a luz em cima e embaixo. Ele era a
Luz do mundo, não dividida.Quando le nasceu, na sua
primeira respiração, já estava iluminado pelo vida p1<2
na.
68
A criança não tem ainda d iv id id o o çopsciente e o
inconsciente; ela tem os dois pólos: o pólo positivo
e ó pólo negativo. Ela sente o que se passa ao redor,
mas ã medida que vai crescendo, ela vai tomar conta
da casa com a instalação fe ita e a medida que se de
senvolver mais tarde os cinco sentidos que captam o
v isív e l, ela vai aumentar « ativo e vai recolher o pa
ssivo. Assim ela divide a luz Una que ela tem numa
dual idade.

Podemos, portanto, compreender a vida como este


raio de luz, a fonte Una divina que tudo criou, que
tudo gera, que tudo transforma, mas que ao se mani­
festar o faz em diferentes n ív e is, em diferentes es­
calas v ib ra tó ria s, e o faz de uma forma estruturada.
Esta é a base da compreensão da a stro lo g ia . A vida é
Una em todas as suas formas de manifestação, mas ca­
da manifestação, cada forma, ira e star associada, re_
lacionada, a um aspecto re la tiv o desta unidade. Mas
o que c ria , o que sustenta, o que transforma todas
estas manifestações e a própria luz.

Na vida, vamos ter os três aspectos básicos: a


criação, a sustentação e a transformação. No próprio
dogma cató lico nós temos o Pai, o Filho e o E sp írito
Santo, que cria, o que veio cumprir esta criação e
aquele que redime, que transforma. A simbologia a£
tro ló g ic a -e stá diretamente associada aos arquétipos
fundamentais de estruturação da vida. Mas esta vida
ao manifestar o faz de uma maneira bipolar, de uma
maneira dual. Daí que esta bipolar idade, esta d u a li­
dade, está presente em toda a manifestação. Estas
energias não so se irradiam como também se re fle ­
tem e este processo acontece simultaneamente. Não
existe uma forma de separar criação de manifestação,
porque as duas concorrem simultaneamente. Criação é
Aries e manifestação é fogo. E a simbologia do fogo
está associada ao universo f ís ic o manifestado,que ê
este caos material que pode dar forma a todas as for
mas. “
6g
Vamos ter assim todas as sequências de fogo, da
terra, dò ar e da água dentro da simbologia. A se­
quência é sempre de três do mesmo elemento. Por éxem
pio, os de terra: Touro, Virgo e Capricórnio. Touro
ê a nebulosa material que ainda nio está diferencia­
da, que vai ainda tomar uma forma. Em Capricórnio,es_
ta forma irá alcançar a sua última perfeição para se
reintegrar nesse próximo caos material, passando por
Aquário, Peixes, À'ries e novamente chegar a Touro.

Depois o que acontece é a irradiação, a desinte­


gração dessa forma que vai penejtrar no caos, Peixes,
reingressar no c ic lo v it a l de AVies e novamente se
tornar uma nebulosa material em Touro.

0 mesmo podemos encontrar em Gêmeos, Libra e Aqu£


rio. Gêmeos i a forma que a ssim ila, capta e recebe
tudo aquilo que esta no intelecto. 0 intelecto de G£
meos ê um intelecto não diferenciado. Ele vai a s s i­
milar tudo que está ao seu redor e absorver todas as
informações sem uma diferenciação. Mas ele não se
iden tifica com as informações que recebe. Em Libra
nós teremos uma diferenciação entre aquilo que eu
penso e aquilo que o outro pensa, é a busca de uma
sustentação destas informações, desse saber, desse
aprendizado. E isto ira se irrad iar e chegar "a /
sua compreensão mais ampla, em Aquário, que é ju sta ­
mente as idéias c o le tiv a s. 0 gemi n iano se interessa/
por aquilo que estã ao seu redor. 0 lib rian o já bus­
ca uma visão c o le tiv a , mas ainda não propriamente /
cósmica. 0 aquariano vai se lig a r às idéias mais am­
plas. 0 campo geminiano é o da informação, da busca,
da movimentação.

0 mesmo nós vamos encontrar em Câncer. Câncer é


um plasma que pode dar origem a todas as formas. Es­
ta associado ao le ite materno que é justamente o
líquido que vai alimentar, que vai dar forma, e € o
alimento universal, pois todas as crianças do mundo
70
vão u t iliz á - lo . Desta forma,vai chegar a uma conscieii
tizaçio em Escorpião, que é o signo fix o que busca /
uma transmutação. Esta transmutação vai chegar_a uma
dissolução,que é Peixes. Peixes e a reintegração na
na totalidade, a reabsorção dentro da unidade.

Aries ê a força criadora indiferenciada que está


presente em todas as formas, mas ela por esse motivo/
cria um e q u ilíb rio , uma harmonia, com todas as d ife ­
rentes formas de energia criadora, porque a força cr^
adora que está em mim se complementa com a que esta
em todos os homens, formando uma totalidade harmonio­
sa. Se tomássemos doze pessoas, uma de cada signo,
teríamos então os doze aspectos da energia criadora ,
constituindo a harmonia dentro da totalidade, mas se­
ria preciso que essas pessoas tivessem as suas q u a li­
dades plenamente desenvolvidas.

0 indivíduo de Aries tem a consciência da energia


criadora em si e as pessoas de Libra têm a energia /
criadora na coletividade. 0 ariano funciona na colet^
vidade com a sua própria energia e o lib rian o harmonJ_
za esse impulso para o objetivo comum.

Na realidade, signos são eixos de energias bipola­


ri zadas entre si absolutamente complementares e harmo
nizadas. Se olharmos a a stro lo gia com um olhar unitlT
rjo, com uma consciência mais ampla, veremos que eles
não têm nenhum defeito nem indicam nenhuma desgraça.
Geral mente, as pessoas associam ao signo sua própria
visão imperfeita, sua própria observação humana impe£
fe ita . 0 enfoque deve ser mais amplo e não devemos /
projetar neles a nós mesmos.

Aries e Libra são estes dois pólos fundamentais da


realidade humana: o indivíduo e a coletividade, o mun
do interno e o mundo externo, o eu e o tu. —

Leão é uma concentração da vida, uma concentração/


desta energia criadora, um ponto para sustentar uma
71
manifestação. 0 Sol é o regente de Leão e ê o que sus­
tenta essa criação. No ser humano.o Sol é o coração. 0
coração é o órgão v ita l que dã um ritmo a toda a vida
dentro do corpo. Mas esta vida que circu la pelo s is t £
ma das veias e das a rté ria s está relacionado com o
Aquário. 0 coração está no centro, mas ele precisa de
um veículo de comunicação, de irradiação, que é o Aquã
rio . A força centralizada no Sol é irradiada para to­
do o sistema e refletid a pelos planetas que nada mais
são do que luas do próprio Sol. Os planetas são as d i­
ferentes manifestações destas mesmas forças que se i r ­
radiam do Sol. Esta vida está presente no Sol.O Sol
já é também uma manifestação, mas ele como manifesta­
ção possui também uma centelha desta vida una que de­
le se irradia numa esfera que pode ser melhor percebi­
da ou imaginada numa secção de uma laranja. Os signos,
na realidade, são símbolos destas forças que se irra -
diam do S o l.

Diz uma revista americana: "0 Sol»essa estrela em


que nós vivemos”. A ciência mostra como a atmosfera so
lar se expande muito além da o'rbita dos planetas maio
res de tal forma que nós estamos absolutamente imer­
sos dentro do Sol. 0 Sol f í s ic o que nós enxergamos /
não é a sua totalidade; ele se expande muito além. Nós
nos achamos imersos nesta e stre la. As forças que se
irradiam do Sol acham-se também em nós. Por fim, a t£
rra, sendo também uma manifestação dessa mesma vida,
ela possui a mesma essência, a mesma unidade dentro de
si e também dela se irra d ia um campo de forças criado­
ras.

0 ser humano que nasce sobre a terra, animado pelo


mesmo sopro divino de vid a ,igu a l para todos, é manifes­
tação da mesma essência,portanto,possui igualmente o
seu campo de irradiação que é representado no tema.
Sabemos que A'ries corresponde ã cabeça, Touro ao pesc£
ço e assim por diante. Mas a simbologia astrológica
não funciona só assim. Ela nos mostra que há campos de
experimentação psíquica, emocional, in te le ctu al,de tr£
72
balho, de amor. A simbologia a stro ló gic a nos mostra a
totalidade do ser; ela nos mostra todos os aspectos /
que esta individualidade vai viver.

Leio é a perpetuação através do amor humano; Aquá­


rio é a perpetuação através do amor fraterno. Os
dois formando um eixo são parte da perpetuação da v i ­
da.

Sagitário representa o movimento da vida para rem


tegrar na unidade, na essência criadora, por isso ob­
servamos nos sagitarian os o interesse pelas f ilo s o ­
fia s , pelas re lig iõ e s, por tudo aquilo que produz a
elevação cultural, s o c ia l, para o religamento do ind_i_
víduo com aquela unidade. 0 signo de Sa gitário é sim
bol izado pelo animal humano que busca o divino. Esta
força impulsiva criadora está individualizada no p l£
no animal,que é o cavalo.

Nós possuímos em nosso corpo f ís ic o todos os e le ­


mentos da terra, do animal, do vegetal, do mineral,
que com a morte retorna ã terra. A diferença ê que
no homem existe a consciência d isto .

A força que está individualizada em Leão vai procu


rar em Sagitário , além de si mesmo, a transcendência
para uma reintegração. S a gitá rio é o movimento em
direção ao alvo além de si mesmo e em s i mesmo.

Gêmeos vai nos mostrar que todo movimento no espa­


ço em que nos movemos se deve a um aparente desequiK
brio. —

0 ser humano que nasce sobre a terra possui ig u a l­


mente essa vida Una dentro de s i, mas como manifesta­
ção ele também está constituído de uma polaridade, de
uma dualidade e a reintegração ou e q u ilíb r io vai se
processando ao longo de sua existência.
0 horóscopo é um espelho do movimento da vida. Não
73
existe separação entre o indivíduo e o cosmos. Ha urna
interação, urna correspondencia. Assim, por exemplo,a
vida que existe em Saturno existe em mim. Há urna /
identidade. A integração dessas forças em mim vai de­
pender da minha consciência, do meu trabalho, da sin ­
tonia com a vibração saturnina.

Quando um ser vem ao mundo e passa pela fase da


gestação, não nasce so pelo esforço da mãe, mas tam­
bém pela propria atração da vida terrestre e univer­
sal que,em correspondencia com aquela formalo trouxe
è vida.

As posições do horóscopo, como diz Erna de Maschev¡_


H e , podem ser v is t a s como bipolaridades, porque o
ser humano se man i fe sta como dua1i dades.

A primeira bipolar idade básica é a que n o s' vamos


encontrar no eixo da casa I e casa V il, que e 'o eixo
da individualidade e da comunidade, o eixo do eu e do
não-eu. A casa V ii é aquilo que lim ita o meu eu,o£
de estão os lim ite s da minha individualidade. A casa
V II é chamada dos inimigos declarados, porque a í ê.on
de você tem que parar, onde você não pode ir mais
além de um certo lim ite . E ' uma coisa que está objetj_
vada na sua frente como um lim ite à sua própria indi­
vidualidade. Mas o outro não ê necessariamente um ini
migo declarado, é apenas uma outra individualidade 7
que eu tenho de respeitar.

As pessoas geral mente tendem a se associar com in­


divíduos que têm c a ra c te rístic a s da casa V II. Por
exemplo, se Touro está no Ascendente, o indivíduo é
d ó c il, meigo, submisso, afetuoso, mas como o Escorpi­
ão cai na V il, ele tende a a tra ir o tipo au to ritário,
o tipo enérgico, impulsivo, de sangue fr io , o trans­
formador .

A natureza dos nossos associados, daqueles que es­


tão associados a nós, corresponde ã natureza do nosso
eu, da nossa individualidade. Sio aqueles que nos com
plementam e que podem cooperar e colaborar conosco.
Assim, se o indivíduo tem Aries no Ascendente,ele vai
buscar, ele vai ser atraíd o peía Libra, ou seja, por
indivíduos que têm o sentido da harmonia. 0 /Tries ge­
ralmente tem o impulso,mas lhe fa lta saber medir, por
isso ele vai ter que buscar associados que tenham uma
natureza capaz de ju lga r, de pesar, de medir, de re­
f l e t i r . Comumente, sio os signos opostos pelo Sol,pe
la Lua ou pelo Ascendente. Por exemplo, se nõs temos
o Sol num signo, o outro com o qual nós nos a sso cia­
mos tem o Sol no signo oposto; ou a Lua num signo e o
outro no signo oposto; ou ainda ê muito comum uma pe£
soa com Ascendente Touro casada com uma pessoa com
Ascendente Escorpião ou o Sol em Escorpião. Ha vários
tipos de combinação; vai sempre haver um jogo de opo£
tos. Não ê bom que os c a sa is tenham uma natureza mui­
to semelhante, pois quando um está em ascensão o ou^
tro também está e quando um entra na fossa, o outro
também está. Aí é d i f í c i l encontrar e q u ilíb rio , por­
que quando um precisa ajudar o outro, os d o is estão
embaixo. As pessoas que têm as mesmas polaridades /
exaltadas tendem a ver as coisas sob os mesmos aspec­
tos e pontos de v ista . Assim, Aries vê as questões,as
situações das pessoas,por um ponto de v is t a diametraj_
mente oposto da Libra. Aquele que está oposto a mim
pode me ver exatamente como eu sou. Por exemplo, os
signos de fogo (Aries, Leão e Sagitário) tenderão a
ver as coisas sob a mesma perspectiva. Se o Aries diz
"Vamos atear fogo n isso ! o Leão já traz mais lenha
e o Sagitário traz a pólvora e o fósforo! Ao passo
que Libra di ria: Vamos com calma! Capricórnio d ir ia : -
Cautela_[ Cuidado! Por isso os signos do mesmo e le ­
mento não é necessariamente o ideal nas associações
entre pessoas. Pode ser, mas pode não ser. Todos po­
dem entrar na mesma canoa furada. No entanto, as com­
binações sempre vão depender do contexto global do ho
rõscopo. 0 ideal ê combinar e aprender na considera”
ção dos opostos, por isso e muito comum encontrarmos
os casais com quadraturas entre s i. Vamos encontrar o
75
Câncer se unindo a Capricórnio, /Tries com Libra. As
uniões se formam comumente dentro da cruz, seja car
d inai, fixa ou mutável. Por isso ê que os in d iv i­
duos do eixo A rie s-L ib ra admiram muito os do eixo
Cincer-Capricõrn io.

Estes dois eixos cardinais sio muitos importan­


tes. A primeira coisa que nós vamos observar no ho
róscopo sio os planetas, regentes e aspectos que es_
tio no Ascendente-Descendente e no eixo das casas
X e IV.

Cr impulso Agries ou do Ascendente precisa desen­


volver o pólo Libra ( casa V II) . A casa X e# a ambj_
çio, a meta, o ponto culminante a alcançar, a real_i_
zaçio so cia l, e sp iritu a l ou p ro fissio n a l, mas para
a tin g ir este ponto você precisa primeiro ter dese£
volvido a base, a origem, que é a casa IV, o Câncer
(ou o outro signo que a li se encontra). A medida
que você vai desenvolvendo o Câncer, você vai real_i_
zando mais o Capricórnio.

0 Ascendente ê o que o indivíduo impulsiona; o


Descendente ( V Il) é o que aquele impulso vai re fle ­
t i r na coletividade, mas a base onde tudo se assen­
ta ê a casa IV, que são os potenciais e bagagem he­
reditária que cada um traz consigo ao nascer e que
vai se desenvolvendo à proporção que os anos forem
passando.

A psicologia dá uma extrema importância ao 1? /


ano de vida. Chamam de gestação psíquica a toda a
estrutura fa m ilia r. Todas as vivências, as emoções,
tudo aquilo de que se impregnou o indivíduo na sua
infância, aquilo que ele absorveu do seu meio am­
biente, da sua fam ília, do seu círcu lo so c ia l, re­
presenta uma base para tudo aquilo que ele vai movi
mentar (Aries e Libra) e para o que ele vai buscar/
alcançar no mundo (casa X).

Se a pessoa tem dificuldade de a g ir, de tomar de


76
cisões, de impulsionar em sentido ge ral, isto signi
fic a que ele tem problemas ligados ao in su fic ie n te /
desenvolvimento de base, de estrutura, de fundamen­
tos. Ele tem quadratura com a base. S ig n ific a que
os alice rce s é que estão precisando de uma reform^
0 indivíduo deve, portanto, procurar buscar as ra­
zões, os porquês dos problemas ou na sua infância,
mocidade ou num passado ainda mais remoto.

0 Câncer, a Lua ou a casa IV, representam toda


aquela bagagem de emoções, de vivências, de expe­
riências, que você traz consigo desde outras e x is­
tências, países, raças, de outros ambientes cultu­
ra is ou ainda do ambiente da infância. Por isso v£
cê tem que observar qual o signo que está na casa
IV. E ' este ponto que vai servir de apoio para as
suas realizações futuras. Quanto mais o indivíduo
desenvolve esta base tanto mais possível poderá ele
alcançar a culminância. E‘ , portanto, esta base que
vai dar para ele a possibilidade de chegar lã em cj_
ma.

Estes eixos são sempre básicos no horóscopo.Pelo


signo que está no Ascendente você pode descobrir a
maneira do sujeito a g ir. Pelo signo que está na V II,
você pode saber qual a força que ele precisa desen­
volver para que o seu a g ir, a sua atitude para com
o outro, o seu impulso, seja equilibrado. 0 MC ê o
ponto culminante da força solar(fo rça Yang) e o FC
é o ponto que está ligado ã Lua (força Y in). Os
dois fatores fundamentais que vocês devem prestar a
devida atenção em primeiro lugar ê a posição do Sol
e da Lua, porque eles estão ligados simbolicamente/
com estes dois eixos, com estas polaridades. Por
conseguinte, a primeira coisa a fazer na interpreta
çao do horóscopo é procurar observar quais os s?g~
nos que^estão no Ascendente, no Descendente, no Fun
do do Cêu, no MC, o signo onde está o Sol e o signo
onde está a Lua.
Em seguida, observamos os eixos onde estão os demais
planetas, a começar por Saturno, o pianeta de imenso /
sign ificad o que vem logo após o Sol e a Lua, fazendo um
par com estes. A compreensão e o estudo de Saturno so_
zinho vale por um verdadeiro tratado de astro lo gia, co­
rno podemos ver no volume X desta Coleção "0 Significado
de Saturno no Horóscopo".

Se nós temos a força solar em Touro, isto é, o Sol


no Touro, essa força está não somente no Touro, mas tam
bém vai se r e f le t ir no eixo Touro-Escorpião. E se a Lua
está em V irgo, ela também in flu i no Peixes, que e* o
signo oposto. Nós devemos, portanto, ver sempre o ho­
róscopo como uma expressão de forças bipolares, de fo r­
ças duais, onde o e q u ilíb rio estará sempre no indivíduo
se conscientizar do oposto.

Em seguida, é preciso, ao lado do conceito de d u ali­


dade expresso pelos pólos dos eixos, considerar os de­
mais conceitos: trip lic id a d e s, quaternidades, o septen£
rio, o duodenario.

Enfim, a meta do estudo da a stro lo g ia é o indivíduo


desenvolver em si todos os doze pontos fo cais de ener­
gia simbolizados pelos doze signos, tal como Jung já e£
si nava. Ele d iz ia que o homem precisa desenvolver harmo
nicamente as quatro funções básicas da psique: a sensa­
ção (te rra), a emoção, o sentimento (água), intelecto ,
pensamento (ar) e a intuição (fogo). Estes conceitos fo
ram tratados exaustivamente nos liv r o s anteriores desta
coleção e na revista "A stro lo g ia ", volume 7.

0 plano so lar ( o signo onde se encontra o Sol no h£


róscopo) e'o plano que mostra como o indivíduo se sen­
te a si mesmo, na sua forma mental, propósito, vontade,
decisãor atenção, consciência de... Pois, geralmente ,
as pessoas têm mais fa cilid ad e em perceber o Sol,se seji
tirem conforme o Sol, mas, por outro lado, elas são per
cebidas pelos outros pelo seu Ascendente. Os outros v£
em aquilo que geralmente não percebemos em nós.
78 OS EIXOS E AS ERAS ASTROLÓGICAS

Durante quase toda a Era de Aries (de Moisés a Roma),


não e x istia a harmonia de Libra. Foi somente no firn
dessa Era que a arte e o humanismo surgiram em toda a
sua força na cultura helénica e romana. No firn da Era
de Ari es, a arte se desenvolveu e chegou ao seu apogeu
na Grecia.

Na Era de Peixes, no começo e durante mais de mil e


tantos anos, a Igreja não se ocupou do seu complemento,
do seu oposto Virgo, a ciência, que teve de aprender a
engatinhar sozinha. Todas as descobertas c ie n t ífic a s /
eram perseguidas pela Igreja e seus arautos queimados,
perseguidos. Mas chegando o firn da Era de Peixes,a cr_i_
ança Virgo cresceu desmesuradamente até culminar com a
viagem i Lua. A ciên cia, o respeito pelas le is da natu
reza, chegou ao seu pleno desenvolvimento. A Igreja 7
condenou-a inicialmente e por muito tempo. A inquisição
era o instrumento predileto da santa madre Igre ja. Mas
Virgo lutou sozinho e venceu. Assim, na Era de Aquário,
Virgo que é a ciência,vai estar na casa V i l i , no horós­
copo da human idade, como herança da nova Era.

Vemos, portanto, que também no horóscopo da human ida


de, acontece o mesmo jogo das polaridades, isto e, no
in ício de cada Era os dois signos opostos e complementa
res se dividem e no fim da Era acabam se encontrando,sê
defrontando. Assim, na Era de A ries, no f in a l, se de­
senvolveram Aries e Libra, representados por Esparta e
Atenas, isto é, de um lado o estoicismo dos espartanos,
e do outro lado a beleza, a arte grega, a f ilo s o f ia de
Pitãgoras. E assim como Peixes e Virgo se encontram no
fin al da Era de Peixes, no fin al da Era de Aquário irão
se encontrar Aquário e o seu oposto Leão. E o homem não
terá mais vergonha de se dedicar ao amor, ã honra, ã ho
nestidade, ã fidelidade, e terá a sua plena individua”
1ização.
79
As Eras representam a reencarnação c íc lic a e pe­
riódica das energias e dos prin cípios cósmicos que
descem e são transfundidos no seio da human idade,ob£
decendo à espiral evolutiva e percorrendo as suas vo
lutas repetidas vezes até que um dia, após os gran­
des Manvantaras a tin ja o homem mais perfeição, mais
verdade, mais bondade, mais beleza, mais amor.

E"o crescimento e a evolução que tem de se r e a li­


zar, com os homens, sem os homens ou apesar dos ho­
mens, e nesta Era que estamos penetrando somos nós
os beneficiários e herdeiros da Fé (Peixes, Netuno)/
e da Ciência (Virgo). Hoje sabemos que a verdadei
ra Fé é aquela que pode encarar a Razão face “a fa­
ce, admirando-a, respeitando-a, através da vida lumi_
nosa dos seus m ártires, através do Evangelho de Crijâ
to como através do Evangelho de Buda. 0 homem que
não uniu Virgo e Peixes, que não uniu a Ciência e a
Fé, só pode ter uma visão fragmentária, p arcial, uni
la te ra l, da Verdade. A Fé e a Ciência se completam
na trindade: Verdade, Amor, Beleza, numa completa e
perfeita Unidade. Pobre do homem cereb ralista, do
meramente filó so fo , que só admira e coloca no ápice
do conhecimento somente o intelecto. Alguns chegam a
colocar no vértice da pirâmide do conhecimento o in­
telecto. A razão não é a medida de todas as coisas.
A próxima grande conquista do homem para os milênios
futuros vai ser a intuição, como um método 'superioç
não apenas para ad quirir conhecimento, mas para lhe
dar sabedoria e a visã o de síntese. E intuição implj_
ca necessariamente a catarse b iológica, purificação,
ascensão e elevação moral. 0 homem se aproximará
mais da Verdade, se ele tiv e r além da ciência,o amor
a fé, a bondade. Por isso , C risto ê e será para sem­
pre a Luz do mundo. C ris to e Buda são os dois maio­
res cometas do céu e s p iritu a l do homem.

Na Era de Aquário, a arte, a harmonia, o humanis­


mo, entram na casa IX, na casa do fundo das idéias ,
mas tudo isto a tin g irá maiores altu ras na outra Era
vindoura, que será a de Capricórnio, quando Libra es
ao
tiver na casa X.

Na Era de /fríes, na casa IX reinava o Sagitario,


reinava a Lei,Ta ortodoxia, a Igreja versus o Esta^
do. Na Era de Peixes, na casa IX estava o Escorpião
a ditadura. 0 homem precisava morrer para ser fe liz ;
a fe licid ad e estava no outro mundo; o homem precisa­
va se m o rtificar, sofrer, se au to -fla g e la r, para po­
der entrar no céuv, Na Era de Aquario, a casa IX es^
tará ocupada por Libra, isto ê, para servir aos gran^
des ideais da casa IX, eu preciso se rv ir ao outro,ao
próximo, ser justo, equitativo e bom para com o pró­
ximo. 0 homem aprenderá a ser menos in d iv id u a lis­
ta e se unir em atividades grupais, com Libra na IX.

Na Era de Aquário, o seu oposto complementar é o


Leão. Mas no in íc io de cada Era se prega aquilo que
só no fim ou na Era seguinte poderá ser vivido, expe
rimentado. No in íc io da Era de Peixes, com Peixes no
Ascendente se pregava o amor, a necesside de Fé, de
renúncia, mas o homem praticava, aglomerava, realiza^
va o A*ries que estava na casa I I , que é o combate, a
luta, a guerra entre os povos. Assim também na Era
de Aquário, no começo, com Aquário no Ascendente, no
horóscopo da humanidade, vai se pregar o amor frater
no, a fraternidade, a igualdade, a liberdade, mas ha
verá muita anarquia, in d isc ip lin a , pois o Leio estlT
apenas se levantando e penetrando na cúspide da casa
V II. No horóscopo das Eras é muito importante a cús
pide da V I I , cujo signo entrante vai lentamente subirí
do até que no fin a l da Era penetra na casa V I I I , co­
mo herança da Era seguinte. Somente no fim da Era
de Aquário veremos desabrochar, crescer e sa ir v ito ­
rioso o sentimento do Amor (Leio),que deverá unir a
todas as cria tu ra s, numa grande confraria.

Peixes, na Era de Aquário, estará na casa I I , das


aquisições. Por isso,só será merecedor da Era de
Aquário os que souberem re a liza r Peixes, se aprende-
81
ram a por em prática aq uilo que a casa I I indi ca,que
ê Pe i xes.

A Era de Aquário será mais propícia para os que


conservarem como sagrados os conhecimentos, o p a tri­
mônio, os recursos e a experiência de Peixes. Por
tanto, no in íc io da Era de Aquário vai haver a fa lta
da d is c ip lin a , a fa lt a de irradiação do amor que é
Leio,que estará se erguendo na casa VI I . Só no fim
da Era de Aquário se verá a fusão dos dois p rin cí­
pios.

Se o homem não vivenciou a senda m ística do Evan­


gelho, da fé , não será digno de receber a nova d i£
pensação da Era de Aquário. Não tem sentido comba­
ter a Era de Peixes nem desprezar a sua herança que
são os ensinamentos de Jesus, a beleza e a profundi­
dade dos conceitos do Evangelho de amor e de bondade,
desde os Salmos de Davi do Velho Testamento até os
ensinamentos mais simples do Sermão da Montanha. Me£
mo o o c u ltis ta se não unir o m ístico em s i, não pode
obter a verdadeira sín tese do conhecimento. Só a men
te não basta para fazer o homem f e liz . Sem amor, a
mente é f r ia . A quem precisa de uma ajuda você não
deve dizer "que a Lei se cumpra", porque a í você se
torna ju iz do seu irmão, quando é só o amor que s a l­
va, que redime, que ajuda, que protege. 0 chamado
Adepto ou In iciad o é aquele que fundiu os dois ra­
mos da ascensão do e s p írito : a senda o c u ltista e a
senda m ística. Não basta ter desenvolvido uma vonta­
de poderosa, uma mente arguta, d isc u ti dora, mas é
preciso desenvolver o sentimento, o coração, o cha­
cra cardíaco. Existem aqueles que chegam ao absur­
do de c r it ic a r ou zombar da prece do "Pai Nosso"!

Nada cresce de repente, sem passar pelas diversas


fases do desenvolvimento natural. Mesmo a semente /
que é lançada na terra tem que passar pelo processo
de destruição, de desfaz¡mento da casca, do seu envó
lucro. Assim também na Era de Peixes, este período 7
82
de azedo e de amargo foi a Inquisição, as guerras re^
1igiosas, o odio ra c ia l, as lutas ideológicas, frat_¡_
cidas, os preconceitos de toda especie, o apego_ ao
tradicionalismo. Por isso a Era de Aquário terá tam
bém as suas noites escuras até o raiar de urna nova
luz.

Aquario é o signo do impulso, da atividade grupai.


Todo o mundo irá em busca da consciencia cósmica^da
liberdade de a g ir conforme a sua pròpria maneira de
ser, mas o uso correto dessa energia vai depender /
muito da força do Leão, do respeito que o homem pre­
cisa ter acima de tudo por si mesmo. Na Era de Pei­
xes a sua realização dependia do Virgo>que represen­
ta o gira r, o trabalhar e o aspecto da ciência.

Na Era de Peixes, a casa IV estava ocupada por G£


meos, que é a d ivisão dos dois, pai e mãe, represen­
tando duas fa m ílias, dois lares, duas cidades. Pode
indicar uma d ivisão no la r em que cada um pensa de
uma maneira diferente do outro.

Na Era de Aquário, vai estar o Touro na casa IV,


na casa da formação da fam ília. 0 Touro representa
os desejos in stin tiv o s, a obediência e a realização/
que va i depender ao mesmo tempo do s i gno oposto > que
é o Escorpião na X. 0 Touro é a procura da conserva
ção; é o conservar o que é meu, e Escorpião é o s ig ­
na que indica o que está pronto para transformar as
coisas e não deixar as coisas como são. Touro é o de
sejo de ter o conforto; é a busca do conforto, da
comodidade, da tranquilidade, mas ele deve aprender
a transformar conforme o Escorpião.

Na Era de Touro, Virgo estava na casa V, na casa


do amor. Virgo s ig n if ic a também o comércio, a troca.
0 amor era um negócio de compra e venda. Compravam-
se as mulheres.

Na Era de A rie s, era o Leão na V. A mulher tinha


83
que pertencer ã mesma casta; não podería se casar com
quem não fosse do mesmo grau so c ia l. Era a casta que
decidia nas questões sentimentais.

Na Era de Peixes, estava o Câncer na casa V. Era a


fam ília quem decidia as questões do sentimento. E na
casa IV estava o Gêmeos. Se o pai tem uma idéiê,, se
ele é enérgico, a mãe cede, e se a mãe e'enérgica,o
pai ê que cede. A criança se vê entre duas vontades.
Mãe e Pai são divid id os em dois. Se eles não têm uma
meta em comum, se eles não se dominam, se eles não se
comportam dignamente diante dos filh o s , não podem edjj
car eficientemente. Eles precisam conhecer e respei­
tar a individualidade da criança na formação do seu
eu e não de acordo com o eu deles.

Na Era de Aquário, vai estar o Gêmeos na V. Gêmeos


é o signo do pensamento. São os interesses que vão dj_
tar as questões de amor. Os namoros já começam en­
tre os que estão estudando juntos. E~ uma questão de
dois. Cada um tem o seu interesse próprio, pois são
individualidades diferentes, duais, no amor. Eles te­
rão que descobrir um ideal comum, um ponto comum en­
tre eles, e isto vai depender do S a g itá rio que aponta
a meta, o caminho, o alvo.

A Era de Aquário ê uma era de esperança. A Era ê


causada pela lenta inclinação do eixo celeste, num mo
vimento em forma parecida como a de um pião. Dura ce£
ca de 2 5 .9 2 0 anos. 0 mês cósmico, portanto, tem uns
2.16o anos. Este movimento faz com que o hemisfério /
norte troque com o hemisfério sul o verão pelo inver­
no depois daquele longo período. Essa transformação/
do eixo ê muito lenta, o que faz retroceder o ponto
vernal Áries. Com isso, modi fic a -se toda a h istó ria
terrestre, como muda o temperamento bem como os cam­
pos energéticos solares e celestes.

Agora estamos no in íc io de uma mudança. Essas ener


gias não têm fro n teiras separadas, muito n ítid a s. Se
comparássemos o Peixes com o l i l á s e o Aquário com
o azul, teríamos uma franja em que o l i l á s ê_ azulado
e vice-versa. Nós estamos no período de fusão entre
os dois signos, por isso surge a energia mista, é d i ­
f í c i l dizer quando começou ou vai começar a Era de
Aquário. E' como na mudança de uma residência velha
para uma nova, como d iz Ema de Mascheville. Uma parte
da humanidade já fo i para a nova casa e quer fazer já
a limpeza. São os que já foram para a casa de^Aquário
Os que estão ainda na velha casa sentem que têm que
dar um novo rumo ãs co isa s, sentem que alguma coisa
têm de botar para fora. Para uns já começou; para ou­
tros vai começar mais tarde. Como consequência,certas
coisas não têm mais valor na sua forma ou não são /
mais aceitas na nova Era.

Cada mês cósmico (2.160 anos) é uma consequência /


do mês anterior e ao mesmo tempo ê a preparação para
o mês seguinte.

Aries é o olho por olho; Peixes ê o perdoar; Aquá­


rio ê o compreender.

Há 8.000 anos a trá s era a Era de Gemini. Gêmeos ê


a divisão em dois. Naquele tempo o homem era nômade,a
Divindade eram os dois irmãos gêmeos, I s i s e O s ir is .
Gêmeos ê o movimento. Há 6.000 anos tínhamos a Era
de Touro; há 4.000 anos Aries; há 2.000 anos, Peixes.

Na Era de Touro, há 6.000 anos atrás, o homem se


tornou fixo na terra, começou a se estabelecer e a
plantar o trigo. A Divindade era o boi Apis. Começou
a í a escravatura. 0 homem procurava enriquecer e cons^
tru ir e para isso precisava dos escravos que conse­
guia com as lutas e as guerras entre os povos. Data
dessa época o Livro dos Mortos, sob a influência do
eixo Touro-Escorpião, no antigo Egito. São encontra­
das muitas esculturas do boi, inclusive do minotauro,
o famoso touro de Creta.
85
Na Era de Ar¡esiO símbolo era o Carneiro. E a épo
ca do Velho Testamento, com o olho por o l ho,dente por
dente. Moisés era o grande líder, o grande legislador.

Na Era de Peixes surgiu Jesus, o reino de Cristo /


na terra, o reino do ama i-vos uns aos outros, o reino
da igualdade, o reino de Peixes.

Esta transformação se ve rific a a cada 2.160 anos e


denota o fim de uma c iv iliz a ç ã o para o nascer de urna
outra.

Nos sabemos que a casa I é a maneira de ser, a


personalidade; a casa M e a realização. 0 Ascendente
i Peixes, o homem prega o Evangelho, mas o que ele r£
a liz a é o que esta na casa I I . Aí ele realiza o Aries,
o olho por olho, o dente por dente. Pregava-se o Pei­
xes, mas v iv ia -s e a guerra, a luta.

Na Era de Aquário, na Era da máquina, da tecnolo­


gia, não se vai mais pregar o Peixes, mas subtentende
se que terá o homem de re a lizá -lo . Na Era do Aquário,
Aries estará na casa I I I . A energia de Aries, vai ser
aplicada na forma de ensinar, na forma de educar, de
aprender, de conviver.

Na Era de Peixes, com Peixes no Ascendente, o ho­


mem devia segundo o Evangelho, perdoar 70 vezes 7 ve­
zes, porque havia a imposição de uma le i; agora,nesta
Era de Aquário, com o Ascendente Aquário, temos a in­
dependência do indivíduo, a liberdade, os projetos p£
ra o futuro e o homem não deve perdoar por causa da
imposição de uma le i, mas por simples e pura compreen_
são. A palavra perdão tem uma conotação de superior^
dade. Você tem que amar e não perdoar, isto é, saber
va lo riza r e respeitar a individualidade do outro.

Aquário é a Era espacial, dos astronautas e vai


dar também uma nova re lig iã o , uma nova fase de r e li­
gião.
86
0 EIXO DAS CASAS

1. O eíxo do Ascendente e Descendente é o eixo do eu,


da personalidade, do espaço, do liv r e a r b ít r io , da a f ir
mação do eu. 0 Descendente é o outro, a co letivid ad e,o
que eu atraio.

2. 0 eixo do Meio do Céu e Fundo do Céu e o eixo do


tempo, do destino, do atavismo ancestral. A casa IV r£
presenta as realizações na vida fa m iliar; a casa X sao
as realizações de nossa vida social e o éxito so c ia l.
Na casa IV, nós evoluímos dentro de um pequeno grupo
so c ia l, a fam ília, o ambiente próximo que nos circunda;
na casa X, a nossa evolução é no me¡o social mais am­
plo, fora, no exterior.

3. 0 eixo das casas I I e VI 11 representa os méios,os


recursos, postos ã disposição do sujeito para ele evo­
lu ir e se realizar a si mesmo; a casa V i l i são as mu­
danças, as transformações e perdas que sofremos,as no£
sas angustias e anseiós.

4. 0 eixo das casas H I e IX é o eixo do pensamento,


do progresso, do movimento, do aprendizado. A casa I I I
i a parte do pensamento voltado para as realizações /
práticas e concretas; a casa IX é a parte do pensamen­
to desinteressado que o eleva acima, para as esferas /
superiores. A casa IX pertence ao simbolismo so la r. E'
a elevação do homem que se d esliga de si mesmo para
urna vida superior. E~a casa do pensamento abstrato,das
buscas desinteressadas, da f ilo s o f ia , da religão. Por
extensão, são os vôos do pensamento, visõ es, intuições,
as viagens longas. Não obstante, uma casa I I I forte po
de pertencer a uma pessoa de a lto valor moral, como no
caso de Pasteur.

5. 0 eixo das casas V e XI é o eixo da criatividade^


do amor pessoal, in d ivid u al, e amor fraterno, impesso
a l, da atração e irradiação.
87
6. 0 eixo das casas VI e X II o éeixo das obrigações
dos deveres, da ciencia e da fé.

(VER VOLUME II DO CURSO DE INTERPRETAÇÃO)


88 0 QUADRO DA SANTA CEIA

Leonardo da Vìnci neste quadro condensou toda uma


vasta síntese do conhecimento astro lógico. Ele
fez corresponder a cada apostólo um signo do Zodíaco.
Se nós olhamos para a figu ra a começar da d ir e ita ; in­
do para a esquerda, nós temos a seguinte corresponden­
cia:

Agries - Simio, que corresponde a X ries.


Touro - Judas Tadeu
Gêmeos - Mateus
Câncer - Felipe
Leão - Tiago- Menor
Vi rgo - Tome
Libra - Joio
Escorpião - Judas iscariotes
Sagitário - Pedro
Capricórnio - André
Aquário - Tiago Maròr
Peixes - Bartolomeu ( ver o quadro seguinte)

Os d iscípulos estão reunidos ao longo de uma mesa.


Uma grande acontecimento está para v ir . Jesus anuncia a
próximo fim. Há um traid or. E”a perspectiva da morte do
cordeiro de Deus. Há uma grande agitação, e cada um dos
D iscípulos externa o seu receio, as suas dúvidas, as
suas apreensões diante do que está para v ir .

A intensidade dramática é evidente na própria esco­


lha da d istribuição das personagens, na fixação da a t i ­
tude e dos gestos de cada um: a in ic ia tiv a , o desejo de
fazer alguma coisa, a discussão, o sentimento in terior,
8 expressão da vontade, a an álise, a confiança e a paz,
Ô força de provocação, o objetivo a alcançar, a pruden­
c ia , a indecisão, a v|são do conjunto, a suspeita, a io
diferença, a indignação, o amor, a aceitação. ”*

Judas compreende perfettamente a alusão do C risto .


Leonardo da V i n c i , pensador, i nventor e o c u l t i s t a , fi xou neste quadro da
S a n t a C e i a uma s í n t e s e de toda a a s t r o l o g i a a n t i g a , indicando as doze for
mas b á s i c a s de manifestação da essê nc ia d i v i n a no homem e na natureza.

CRISTO E 0 SOL, A LUZ, 0 AMOR, 0 CAMINHO, A META.

CO
MD
90

Ele sente-se descoberto e todo o seu corpo exprime a


tensão, a consciência do p erigo, a inquietação, o que
e le mostra com a mio e os dedos crispados apertando a
bolsa de dinheiro e deixando ca i r o s a l e i r o na mesa.

0 ponto central é o C r i s t o , simbolizando a Unidade,


o centro do sistema s o l a r , do sistema humano. Sua figu_
ra é imponente, majestosa, e s t á t i c a , mas serena e tran_
qüi 1a,consciente de tudo que vai ocorrer. Hi uma g r a n ­
de movimentação dos a p ó s t o l o s em ritmos ondulados, s i ­
métricos, contrast an tes . Nas fis io n om ia s as mais d i f e ­
rentes expressões e a ti t u d e s , q u e se alternam entre o
espanto, a consternação, e as expressões de fé, de con_
f i a n ç a , de otimismo.

No quadro está co nf ig ura do toda uma perfeita geome­


t r i a p it a gó ri ca , que encerra o s i g n i f i c a d o transcender^
tal do número 1, do 2, do 3, do b, do 7 e do 12.

0 C r i s t o está numa posição com os braços alongados e


formando um tr ia n g u l o que sugere o número 3. Este núme
ro 3 se repete na formaçac de quatro grupos de 3 após_
t o l o s que estão reunidos em blocos ternarios d i s t i n t o s
As ja ne la s do fundo repetem o número 3- Os p a i n é is e
j a n e l a s , isto é, as a b e rt u ra s, somam o número 7. 0 nú­
mero 3 representa a Trindade. Cada grupo de 3 forma
em a s t r o l o g i a o que se chamam de quadrantes. São qua­
tro quadrantes que simbolizam tudo o que está e s t r u t u ­
rado em A, como por exemplo, as b estações do ano, os
quatro pontos ca rd ea is , e t c . , que são os b grupos de
3 a p ós t ol os , ou seja, de 3 si gn os para cada quadrante.

C r i s t o ê ao mesmo tempo o l e o 1] representa a Luz


o r i g i n a l do E s p i r i t o que se projeta no mundo, m a t e r i a ­
l iz a nd o- se através do 3, evidenciando a presença da sim
b ó l i c a da Santíssima Trindade. Na numerologia, o núme­
ro 3 é o símbolo do e s p í r i t o dentro da matéria, da mu]_
t i p l i c a ç ã o , da evolução, do progresso. 0 3 é o e s p í r i ­
to e o b ê a matéria; é a fusão do e s p í r i t o com a maté
ria. 0 centro do mural, que é C r i s t o , que é o triã nq u
91
lo, gue é o 3, é o centro de atração e de irradiação,
de sintese, de e sp iritu alid ad e .

C risto representa o 1, a sfntese formai da lingua­


gem, simboliza a Unidade Divina no mundo e também o 3,
o Filho de Deus.

Na a stro lo g ia , usa-se a d istrib u içã o dos signos de


modo que a seqüéncia é a que vai de Aries para Peixes^
da esquerda para a d ire ita , no sentido a n ti-horario.

0 mesmo fenomeno se manifesta no nivel humano, i s ­


to é, o mesmo prin cípio da Trindade: e sp írito , alma e
corpo. Também o mesmo quaternário formado pelos qua­
tro elementos (fogo, terra, ar, agua) que simbolizam/
a s quatro funções básicas da consciência: a intuição,
o pensamento, a sensação, a emoção.

Temos a í os três n íve is : e sp írito , alma e corpo; e


as quatro funções: fogo, terra, ar e água. Ao todo
formam o 12.

3 N íveis: 4 funções da consciência


(fogo) intuição, inspiração, vontade
(terra) as sensações
e sp irito
(ar ) o pensamento, o intelecto
alma
(água) as emoções, os sentimentos
corpo

0 quadro da Santa Ceia ou o Cenáculo retrata aquele


instante solene e grave que antecede o s a c r ifíc io do
Calvario. A Ceia foi pintada de 1495 a 1497, numa
parede do Convento de Santa Maria delle Grazie, em Mi­
lão e media 9 metros por 4,20.

Os painéis la te ra is não têm enfeites ou ornamentos.


A grande janela central enquadra o C risto e chama a
atenção para ele pelas suas dimensões, pela paisagem /
que se desdobra ao fundo , pelo frontão que domina um
92
arco de círculo por cima de suá cabeça. As vigas do
teto, as linhas do chão, as linhas superiores das tape
çarias nas paredes, tudo converge para a sua fronte. A
simetría dos movimentos é perfeita. C risto é o centro,
o coração. Ele irradia a luz que ilumina o mundo. Ele
é a unidade da vida, rodeado pelos 12 tipos fundamen­
ta is do ser humano. Cada apostolo é um receptor das 12
forças básicas originadas pela Trindade de 1uz e seu
espectro, que formam doze pólos ou seis eixos.

Os seis eixos estão regidos pela Lei de Harmonia /


dos opostos e complementares.

1? eixo: Áries e Libra ( Simão e João)


2? eixo: Touro e Escorpião ( Judas Tadeu e Judas Ijs
cariotes.
39 eixo: Gêmeos e Sa gitário (Mateus e Pedro)
eixo: Câncer e Capricórnio(Fel¡pe e André)
59 eixo: Leão e Aquário (Tiago Menor e Tiago Maior)
6? eixo: Virgem e Peixes (Tomé e Bartolomeu)

Pelas atitudes e pelos gestos, c ria -se uma tr a n s i­


ção entre os grupos sem d estruir a unidade. Desta fo r­
ma, Pedro ã esquerda do C risto , inclina-se para a fren
te e di rije o olhar para o centro da obra. Reina uma
calma re lativa nas extremidades da mesa.

Leonardo c ria um contraste entre a serenidade do


C risto e a agitação dos d iscíp u lo s, isolando a persona
gem central das outras figu ra s. A cabeça do c r is t o é õ
vértice de um triângulo equilátero e chama a atenção /
sobre ele. Seu rosto luminoso está enquadrado por cabe
le ira escura e se destaca num fundo claro.

A Ceia ilu stra a segunda definição de Leonardo « que


diz que a melhor pintura é a que revela os MOVIMENTOS
DA ALMA ATRAVÉS DOS MOVIMENTOS DO CORPO. Leonardo tam
bêm aconselhava os pintores a olharem os surdo-mudos 7
para estudar as possib ilid ad es expressivas do gesto.
93
Cada persõhagém da Ceía é caracterizada mais pela
atitude do que pela expressão do rosto. 0 a r tis ta es­
colheu o momento mais dramático, aquele em que Cristo
acabava de dizer: "Um de vós me a tra iç o a râ 1
. " Sabendo o
que vai acontecer não está surpreendido. Os apóstolos,
ao contrário, ficam muito perturbados por esta notícia
e o exteriorizam, segundo o próprio caráter e os ges­
tos revelam agitação, incerteza, interiorização.

A correlação dessa obra genial de Leonardo da Vinci


com os 12 apóstolos não foi descoberta por astrólogos
modernos, mas já foi fe it a em 1900 e 1901 por Dmitri
Merehkovskí,nascido em São Petersburgo a 2 de agosto
de 1865, na Rússia, em seu romance, a "Ressurreição /
dos Deuses" e por KuriTo, em 1901.

A le i da harmonia dos opostos está toda contida no


quadro da Santa Ceía. Leonardo da Vinci era um inicia_
do e colocou na sua Santa Ceia todo um conhecimento de
a stro lo gia , de numerologia e de geometria. Ele distrj_
bui geometricamente as cores, a luz, a sombra, os vol£
mes e objetos na sua pintura e através dessa arte ele
transmite todo um saber universal . Tudo na Santa Ceia
é simbologia. A b iotip o lo gia, os gestos, a expressão /
fa c ia l, a atitude corporal, os movimentos das mãos, do
olhar que os 12 apóstolos apresentam coincidem perfej_
tamente com o que observamos nas fisionom ias, gestos e
vida das pessoas, tal como constatamos nos seus horós­
copos.

Os signos opostos são os que estão um defronte ao


outro no Zodíaco, distantes 180? um do outro. Cada e i­
xo é formado por dois signos de polaridades opostas,po
rêm complementares, interdependentes, isto ê, têm qua­
lidades que se opõem, mas que completam mutuamente, em
bora pareçam um ser oposto ao outro.

Cada signo representa uma qual idade, uma função da


consciência, um prin cípio, um modo de ser, como umór-
gão na. si s t ema -o rgánico. Representa—também uma- vi bra—
9*í
çio ele tro-magnética. Assim,se tivermos uma qualidade,;
uma irradiação, uma força, uma frequência vib rató ria ,
um campo magnético, uma qualidade desenvolvida em ex
cesso, com exagero, ou um p rin cíp io posto em açao com
toda a intensidade e veemência, se não for equilibrado
por um princípio oposto que o refreie, que o faça a g ir
moderamente em harmonia com o outro, ou com outros, só
pode isto nos trazer d eseq u ilíb rios e problemas.A ver­
dade está sempre no meio termo, no comum acordo entre
as partes, senão provoca a t r it o s , desavenças, desacot—
do, desarmonia, desunião, in ju stiça .

Mas não se deve exagerar a teoria da bipolaridade ,;


achando que ela sozinha possa c o n stitu ir uma doutrina
completa e que se baste por si sõ. Mas deve ser consí
derada ao lado da doutrina ou dos princípios de Unida­
de, Dualidade, Trindade, do Quaternário, do Septenário»
do Duodenàrio e da totalidade que subordina todos aque
les outros princípios, da mesma forma que um único s i£
no absolutamente não explica os fatos de nossa v id a ,co
mo uma letra do alfabeto nada s ig n ific a em conceitos ,
senão no contexto da frase, do discurso.

0 conceito de bipolar idade é conhecido desde os tent


pes de Hermes Trismegisto, com o nome de DUALIDADE. Pe
dimos ao le ito r ler a revista "A stro lo gia ", volume nu
mero 7*que trata das L eis U niversais.

Devemos estudar a relação existente entre todos os


signos entre si, conforme os ângulos e distân cias geo­
métricas entre eles. Não se deve exagerar, portanto, a
teoria das bipolaridades, porque ela também representa
apenas um dentre os muitos sign ificad o re s na le itu ra e
interpretação astro lógica. Não confundir a parte com o
todo, um fragmento com a totalidade.

0 horóscopo sõ pode ser lid o e entendido em sua glo


bal idade, em sua totalidade, no conjunto e na interde­
pendência existente entre todos os signos, planetas,ca
sas, aspectos, elementos, estado celeste, estado ter"1"
95
restre, pontos se n sitivo s, etc. Da mesma maneira como
o perfeito funcionamento do nosso organismo não depen
de única e exclusivamente do estado e funcionamento 7
de um determinado órgão. 0 nosso organismo é uma per
fe ita unidade coletiva, um verdadeiro sistema, constT
tuTdo de muitos órgãos, tecidos e célu las especializa
das, cada um com uma função determinada, específica ,
trabalhando em conjunto e em harmonia para o benefí­
cio comum. Assim,temos o sistema respiratório, circu­
la tó rio , o sistema ósseo, o sistema nervoso, capilar,
sanguíneo, a pele, o sistema urinario, excretor, de
reprodução, etc. Isto só no nível corporal, mas te­
mos ainda uma alma com a sua vitalid a d e , a sua aura,
o prana que absorvemos, o corpo eterico, as emoções ,
os in stin to s, a sen sib ilid ad e , os desejos, as aspira­
ções, ambição, ideais, paixão, fome, etc. Temos o es­
p ír it o , o raciocínio, a mente, as idéias abstratas, a
vontade, a decisão, o pensamento, o conhecimento. A
bipolaridade sozinha não explica tudo isto . Mais im­
portante que o 2 é o 1 e o 3 ; a unidade, a dualidade,
a trindade, estão sempre presentes em tudo. Sobretudo
a Unidade em que tudo deve convergir. 0 Um se manife£
ta através do Três. A Unidade ê a Fonte Única, de que
tudo proveio e para onde nós temos que retornar. 0 2
ê um sub-múltiplo da Unidade que absorve, restringe e
domina.

Diz Emma de Mascheville: 11 a perfeição está em ca­


da ser, mas todos devem passar pelo crescimento inin­
terrupto da vida, com seus períodos de apodrecimento/
aparente, de acre e amargo, até chegar a ser doce. E£
se i o fruto; esse é o obje tivo da vida. Vida ê luz /
irradiando de tudo que e x iste : do concreto, abstrato,
pedra, célula, aglomeração, planeta, homem, palavra ,
pensamento,^obra ou conhecimento. Onde há vida, há e£
sa irradiação de energia, formando uma esfera magnétj_
ca que a tra i e impele. Essa esfera, sendo originada/
na luz, é vida interna e forma o mesmo espectro. 0
espectro, igual em todas as formas, prova que a essên
cia da vida é una. A a stro lo g ia já sabia ha milênios7
96

que o espectro ao redor do Sol, da Terra e do homem é


o mesmo. Hoje, a biología afirma o mesmo sobre o bio­
magnetismo: a frequência eletromagnética ao redor do
Sol, da Terra,é idêntica. Assim a b io lo gia confirma /
esse saber antiquissim o e explica, em termos cient!f_i_
cos, aquilo que as re ligiõ e s chamam de onipresença ou
princípio v ita l que anima o universo. Tudo caminha em
direção a uma harmonia cósmica. 0 homem deve apenas /
tomar consciência desse fenômeno e f a c i l it a r a evoljj
ção. Esse trabalho de conscientização ê uma das tare­
fas prin cipais da astro lo gia.

Reiteramos o nosso pedido ao Caro Leitor: não faça


leitura dinâmica, rápida, célere, dos nossos liv ro s,
mas pare, rele ia, medite, PENSEI A pressa é inimiga
da Sabedoria. 0 conhecimento mais profundo das c o i­
sas nos vem pela meditação, pela concentração, pela
inspiração e principalmente pelo sentimento, pelo co­
ração. A intuição implica se n tir.

PENSE .*■

M EDITE l
0 EIXO ARIES-LIBRA 97

A e c líp tic a ê o caminho aparente do So l. E'um gran­


de c írc u lo no céu que forma o plano da e c líp tic a . Se
nós prolongarmos o plano do equador do Soí sobre a
esfera celeste, nós vamos ter o plano da e c líp tic a , ou
ainda, se prolongarmos o plano da ó rb ita da Terra so­
bre a esfera celeste temos a e c líp tic a . Da mesma for­
ma, se prolongarmos o plano do equador da Terra na es­
fera celeste , obtemos o equador celeste.

0 plano da e c líp tic a e o plano do equador celeste se


cortam em dois pontos chamados a lfa e beta, ou A'ries e
Libra. Na esfera celeste, Aries e Libra entio corres­
pondem exatamente aos dois pontos de intersecçio, onde
o caminho aparente do Sol intercepta o plano do equa­
dor celeste.

0 c írc u lo representa a totalidade e é o símbolo da


eternidade. Se nós temos este c írc u lo d ivid id o em dois,
temos entio a primeira dualidade, a primeira b ip o la ri-
dade. Témos a í um princípio e um fim.

0 plano da e c líp tic a é o PLANO DE ATUAÇÃO DAS ENER­


GIAS CRIADORAS simbolizadas pelos signos zodiacáis.

A passagem do Sol por este ponto de intersecçio des.


tas duas esferas demarca exatamente o ponto Aries, que
vai corresponder a um prin cípio, a um in íc io , ao in í­
cio da primavera no hemisfério norte. A d iv is io da es­
fera em duas metades representa as polaridades das
energias; é a d iv is io das energias em forças bipolares
ativ a s e passivas.

A d iv is io do círcu lo em duas partes vai c ria r uma


b ip o la ridade. A polaridade das energias está presente
dentro desta esfera. 0 princípio ativ o é considerado
o p rin c íp io criador e o princípio passivo é o p rin cí­
pio formador. A passagem do Sol pelo ponto eqúinocial
98

val indicar o ponto de in íc io deste princípio criador,o


qual vai ter o seu e q u ilíb rio no seu ponto oposto, em
Libra, exatamente num ângulo de 180?. 0 hemiciclo que
vai de Aries a Libra representa o p rin cípio criador, e;
o hemiciclo que vai de Libra a Peixes, o prin cípio fo£
mador. 0 ponto Libra representa a penetração do Sol no
hemisfério sul, ou seja, na metade da esfera da p o la ri­
dade formadora.

A própria divisão da esfera em hemisférios norte e


sul já corresponde a uma d ivisão das energias em forças
bipolares: ativas e passivas.

A passagem do Sol por este ponto a lf a de intersecção


destas duas esferas ou planosrque são a e c líp tica e o
equador, demarca exatamente o ponto Aries.

Este ponto Aries vai corresponder a um princípio, a


um in íc io . 0 Aries basicamente vai ter como c a ra c te rís­
tica, como correspondência, a in ic ia t iv a da criação, o
impulso da criação, a afirmação da criação. Por Ísto ,e £
tava e scrito na B íb lia que o Anjo do Senhor tinha uma
espada na boca ou que o Anjo usava uma espada de fogo.
Isto ê o símbolo de Aries que é este in íc io da Vida.

Aries vai corresponder ao primeiro aspecto da ener­


gia criadora que vai ter a sua sustentação, a sua perpe
tuação no Leão e a sua transmutação em Sa gitário . Aries
é o prin cípio e também é o retorno a esse p rin cípio. 0
próprio símbolo do Aries j i representa uma energia que
vem de um impulso para uma manifestação e que se divide
numa bipolaridade. E'a unidade que se cinde numa bipolja
ridade, que ê Touro. Tudo que na g ra fia tem um símbolo
de abertura representa uma receptividade. E tudo que t i
ver uma conotação de angulação vai ter como c a ra c te rís­
tica o caminhar em direção a um p rin cíp io , a uma unida­
de. 0 símbolo de Aries segue uma linha que divide em
duas.

Da unidade provém a bipolaridade»que é basicamente /


99
receptividade (Touro). No símbolo de Touro, vamos ter
um símbolo de receptividade. Áries é um símbolo de pe­
netração, de manifestação, a p artir de uma unidade. 0
Áries vai ter esta conotação fundamental de princípio/
criador, de in íc io da vida. Aries corresponde a este
prin cípio que é simbolizado, por analogia, pelo fato
de que no hemisfério norte, nesta época do in ício da
primavera, quando as plantas começam a aparecer por d£
baixo da neve. A neve começa a derreter e toda a nat£
reza começa a brotar. E'o impulso da vida para se mani_
festar; é um impulso para o crescimento da vida. Aries
representa o EU SOU.

No corpo humano, Áries corresponde ã cabeça e a ca­


beça é o primeiro que nasce, que surge na vida. Aries
rege também as arcadas dentárias, especialmente, o ma­
x ila r in fe rio r. No estudo da simbologia facial a arca­
da superior representa a sociedade e a arcada inferior,
o indivíduo. 0 Agries é esta individualidade. Toda
pessoa que tem o queixo pronunciado geralmente são pes_
soas voluntariosas e de vontade firme, enérgica e que
sabem impor a sua personalidade perante os outros. Ge­
ralmente, conhecemos o tip o ariano (Ascendente, geral-
mente) pela demarcação fa c ia l que ele tem (quando não
hi outros planetas no Ascendente).

0 A ries tem também geral mente no Ascendente um ros­


to bem marcado, anguloso, geralmente, uma c ic a triz no
rosto ou na cabeça, devido a um acidente, a uma queda,
por uma precipitação qualquer. Dá também tendência i
c a lv íc ie , porque há um aquecimento, um ressecamento do:
couro cabeludo.

Tudo isto denota que no Áries, na cabeça humana, e£


t i esta centelha criádora. A cabeça humana é o corres­
pondente da esfera celeste. A cabeça humana é o pró­
prio firmamento e onde está a energia criadora primor­
d ia l, que dá a centelha divina, a centelha criadora ao
ser humano.
100
0 Aries vai ter esta caracte rística de impulso, de
in ic ia tiv a , de independência, de afirmação da propria /
personalidade. No signo de Áries, nós teremos toda a ca
pacldade de c ria r e de estimular, de impulsionar as coT
sas para que elas cresçam.

Nós vamos encontrar um tipo ariano envolvido em toda


espécie de atividades, em todas as espécies de re a liz a ­
ção, porque ele coloca a sua energia para dar impulso e
dar in ic ia tiv a a novas criações, a novas realizações. E
um tipo que tem como caracte rística a coragem, a inicia_
tiva, a determinação, a exemplo do carneiro, que se la £
ça contra os obstáculos, usando os seus chifres.

0 primeiro signo do Zodíaco que é Á rie s é basicamen­


te simbolizado por uma haste que se ergue ereta e se bi_
parte em dois ramos: Y Muitos querem ver nisto o
símbolo dos chifres do carneiro, porque Áries represen­
ta o in ício , o impulso, a afirmação do eu, i semelhança
do carneiro que com a força de sua cabeça derruba . os
obstáculos, ou para o qual parece não haver obstáculos.
Outros vêem no símbolo a planta que brota no in íc io da
primavera. Em Roma, era usado o aríe te , uma arma de
guerra para derrubar os portões e que tinha na sua pon­
ta uma cabeça fe ita de ferro.

0 símbolo de Á ries está ligado ao carneiro, mas na


realidade, o símbolo donde provém isto transcende esta
simbologia. Aquela fo i uma das formas com a qual o s ig ­
no de Aries foi entendido. 0 Áries»por se relacionar /
com a afirmação, a ind¡vidualização, ele está associado
com a luta pelo nascimento.

Marte é a afirmação da individualidade. Por isso Ma£


te, regente de Áries, vai ser simbolizado por um c írc u ­
lo e uma flecha, ou seja, uma diferenciação, algo que
se diferencia e que se destaca de uma totalidade. Cor­
responde à primeira casa do Zodíaco. 0 corpo f ís ic o do
indivíduo é o seu f ís ic o , ou seja, será aquilo que se
101

diferencia. E'naquilo onde ele é diferente de todos.


Ele é uno, único. A rie s tem a idéia de unidade, de d_[_
ferenciação e de manifestação, de'algo que é irrep e tí-
v e l, que é uno na sua natureza. Todos nos somos um /
Aries, temos Aries dentro de nós.

Geralmente, o ariano é um tipo impulsivo, impacien­


te pela ação, inquieto ou enérgico. Hã várias gradua­
ções deste tipo. 0 ariano pode usar a sua força e a
sua energia para re a liz a r fisicamente. Usa os seus /
músculos, a sua força bruta, sua força animal. Pode
ser um Aries passional que se inflama, que é o soldado
que vai ã batalha para lu tar por um ideal. E'aquele /
que luta com o meio ambiente para afirm ar uma idéia, /
uma realização. Pode ser também aquele tipo de Aries
que tem toda a força mental de idealização, de lideran
ça e de levar os grupos humanos a um crescimento e a
uma afirmação.

0 Aries ê um indivíduo iniciador, de in ic ia tiv a , e


que tem o poder da palavra. 0 Aries tem a força de crj_
ar, de estimular, de impulsionar pela palavra ou pela
ação. São indivíduos que têm uma certa dificuldade de
ace itar a opinião a lh e ia, de ceder perante o outro, /
quando lhe fa lt a r a qualidade da Balança,que vai ser
justamente o oposto.

Se nós temos em Aries o in ício , ele vai representar


a concepção, ou seja, a descida de um prin cípio espiri
tual a um princípio formador. E vai representar também
o nascimento do indivíduo, o surgimento dele no mundo
v is ív e l. Este surgimento vai ser a afirmação desta in­
dividualidade, a diferenciação da individualidade.

Aries ê regido por Marte,que tem por símbolo uma


energia que se destaca. Aries tem a conotação da d ife ­
renciação, da individualização, da afirmaçao da pró­
pria individualização, da própria unicidade.
102
A esta afirmação da individualidade se segue depois
0 Touro,que ê a geração, o acúmulo m aterial, a forma­
ção do corpo, a sustentação. Isto já acontece dentro
do próprio processo da gravidez. 0 Aries sendo a con­
cepção, o Touro vai ser todo um processo de fecundação.
Gêmeos vai ser a divisão das c é lu la s para a formação
do corpo fís ic o que vai ser plasmado em Câncer. Leão
1 justamente este p rin cípio criador que jã chegou à
sua plena forma e ao nascimento. Já nasce formado.

0 indivíduo nascendo vai ter que passar novamente /


por este ciclo, ou seja, vai ter que se alimentar, ma­
mar, vai ter que aprender no Gêmeos, assim ilar, im itar,
se adaptar ao meio. No Câncer, ele vai tomar cons­
ciência da sua famíl ia, daqueles que o rodeiam no círcu
lo fa m iliar e social para no Leão chegar i plena mani­
festação das suas potencialidades, das suas capacida­
des, na adolescência.

A p artir daí ele entra no V irgo que ê o aperfei­


çoar-se, o estudo e o trabalho para então entrar na cc>
letividade, na sociedade humana, que é Libra.

Se o Aries é o indivíduo, a Balança vai representar


a coletividade, onde o indivíduo existe.

No eixo Âries-Libra nós temos a d iv isã o básica da.


Unidade na sua dualidade. A ries é o ponto e Libra é o
círcu lo. Libra é o conjunto de pontos ou é o ponto em
expansão. Aries e Libra são símbolos da energia cri_
adora Una, porém manifestada no sin gu lar e no plural.
Aries está para a Libra como a c é lu la para o tecido, o
tecido para o órgão, o órgão para o organismo.

Entre Aries e Libra e xiste uma identidade básicajam


bos são símbolos da energia criadora. Por isso que a;
pessoa de Aries tem consciência do seu eu, da sua indj_
vidual idade, de sua personalidade. Ele sempre vai se
posicionar a p a rtir de um ponto. Libra ao contrário ,
vai sempre ter a consciência de que- e le é parte de uma
103

esfera. E1e é capaz de compreender essa totalidade de


pontos. Enquanto que o indivíduo de Aries luta por um
ponto de v ista , o indivíduo de Libra vai lutar por um
interesse coletivo, ou levando em consideração o outro.

Aries estando dentro do círcu lo ele vai buscar ju st£


mente a posição em que ele se diferencia desse círcúlo
e que lhe dê a p o ssib ilid ad e de afirmar a sua própria /
individualidade; enquanto que Libra vai procurar ju sta­
mente se id e n tific a r com o círcu lo e se dissolver nesta
total idade.

Devemos gerceber que estes signos, como os demais,re


presentato nao sõ tip o s de indivíduos, mas sobretudo 7
p rin cíp ios, arquétipos, qualidades que existem em todos
nós, sem exceção. São símbolos de sign ificad o s univer­
s a is . Todos nós temos o princípio Aries e o princípio /
Libra dentro de nós. Isto nos ensina que devemos harmo­
nizar, e q u ilib rar dentro de nós estes dois princípios ,
mesmo porque em qualquer parte do horóscopo de cada um
de nós, temos estes dois prin cíp ios. A harmonia está no
saber eq u ilib rar estas duas forças, de juntar as duas /
pontas.

Mas Aries, queira ou não, tenha consciência ou não,


ele se acha contido dentro da coletividade que é o am­
biente que o circunda, a sociedade, o mundo externo, o
sócio, o cônjuge, tudo aquilo que representa a mui tip i J_
cidade que ê o outro, que ê o não-eu. Pois tudo aqui­
lo que ê o "não sou eu" é a Balança; é o outro; é o muri
do; ê aquilo que se diferencia de mim, e no qual eu me
acho refletido, no qual eu sou o reflexo. 0 indivíduo
ê um reflexo da sua coletividade e ao mesmo tempo é o
que atua sobre esta coletividade.

Estes dois pontos - Aries e Libra - são, portanto, /


análogos e correspondentes entre s i. Nós vamos observar
sempre nos indivíduos de A*ries e Libra uma relação com
a coletividade.
10*4

Venus acumula as funções de regente de Libra, mas


ele não é o verdadeiro regente de Libra. 0 planeta r£
gente de Libra nao foi descoberto a inda. Venus é o re­
gente de Touro. Venus é representado pelo círc u lo e pe
la cruz. A cruz vai representar a forma e o c írc u lo 7
vai representar o p rin cíp io uno. 0 Touro é o que vai
re a liza r aquele c ic lo que está contido dentro da to ta­
lidade, da mesma forma que o taurino será aquele tipo
que tem a capacidade da Balança. A c a ra c te rístic a de
Libra não é executar. E'também de c riar, mas c r ia r em
termos coletivos, so c ia is e de comunhão de esforços. A
Libra tem in ic ia tiv a também, mas a in ic ia tiv a de Libra
está sempre dependendo de uma comunhão com o outro. 0
que ele in ic ia é sempre em termos de coletividade, nun
ca em termos de indivíduo tão somente. Ele não v isa sci
um benefício próprio; ele v isa um benefício so c ia l, co_
munitário. Venus como regente de Libra é urna Venus um
tanto mais etérea, menos formal. 0 que o taurino, o
ag ric u lto r, o banqueiro, o executor, se propõe,na sua
realização é criar as condições para que o indivíduo /
sobreviva e em segundo lugar obter todos os recursos /
indispensáveis a todo c re sc ¡mento,quer seja f ís ic o , ma
t e r ia l, social, e s p iritu a l. —

Podemos observar que as formações e as construções/


das culturas antigas é sempre em forma c irc u la r. Inclu_
sive os índios também têm uma d ivisão do espaço sempre*
dentro do círculo. Se um índio quer ir buscar uma cuia
de arroz num lugar, ele não atravessa em linha reta.
Ele faz uma curva. Se ele quer ir do outro lado d iscu ­
t i r um assunto de fa m ília, ele percorre outra curva.
Ele não usa o mesmo caminho. Se ele vai tra ta r de . um
assunto de casamento, de união, ele já faz um outro /.
curso. Finalmente, o centro vai ser um lugar de reu­
nião para decisões que estão ligad as com toda a comun_i_
dade e especialmente as atividades r e lig io sa s e trans­
cendentais. Os índios têm uma consciência de que o es¡
paço está ligado com o todo e eles representam isso na
sua organização, na sua estruturação, enquanto as c j
105

dades atuais sio caóticas; nio estão estruturadas e aìn


da por cima sio quadradas.

Em A*ries, nós temos a necessidade de cada indivìduo/


sobreviver, mas hi a necessidade deste indivìduo se juji
tar numa comunidade para a sobrevivência de todos,o que
ê representado em Libra.

0 ariano vai ser sempre o tipo empreendedor, in ic ia ­


dor, lutador , enérgico e dinâmico. Aries é o gla d ia ­
dor e Libra, o a r tis ta .

Dois mil anos antes de C risto , ou seja, na Era de


/Cries, havia toda uma lu ta do eu contra o eu. Deus era
nomeado o Senhor dos Exércitos. Deus era um Sujeito mi­
l i t a r . Deus era v isto como uma força enérgica, uma fo r­
ça de combate, uma força de luta. A B íb lia está carrega
da dessa palavra: "o Senhor dos Exércitos". Os s a c r if í ­
c io s eram fe ito s oom sangue. Sa crifica v a-se o carneiro
e toda a h istó ria daquela epoca é uma h istó ria de lutas,
de conquistas, de afirmação de um povo sobre o outro. A
luta do eu contra o eu; a luta do indivíduo contra o i£
divT duo.

A c iv iliz a ç ã o grega vai ver florescer a Balança que


é justamente a busca da harmonia, da estética, da arte.
Na Balança, havia a pluralidade dos deuses, enquanto /•
que nos povos arianos existe toda uma busca de uma Di­
vindade única, de um Deus uno, o monoteísmo.

Na Era de Aries, o governo era de natureza autocrátj_


ca, de um imperador, de um governar sobre todos. 0 Ca­
pricórnio nessa Era estava na casa X. Já na c i v i l i z a ­
ção grega»surge a idéia da democracia que é a Libra,ou
seja, a idéia de todos governarem, de todos p articip a­
rem de uma vontade, de um impulso. Atenas era Libra e
Esparta era Aries.

No Egito, o próprio Faraó era o Filho do Sol; na Chi


106
na, também, o próprio governante era chamado o Filho
do S o l.

Aries rege a Alemanha e Libra rege a Austria. En­


quanto que a Alemanha é um p aís de energia, de in ic ia ­
tiva, de criação, de afirmação e de lutas, a Austria /
tem todo aquele aspecto de harmonia, de arte, de equi­
líb r io e de embelezamento. As valsas vienenses e todo
o luxo dos salões palacianos têm todo o aspecto g lo rio
so do Leão e da beleza da Libra.

A Argentina é um país regido pela Libra. Também é


um país onde a arte flo re sce de uma forma muito inten­
sa e onde você tem uma estruturação social que tem uma
visão coletiva muito pronunciada. Você percebe no a r­
gentino uma natureza cu ltu ral muito aprimorada, conse­
quência de uma influência européia.

No B ra s il, nós temos mais o Virgo (Sol) e o Aquário


que já é uma natureza mais prim itiva. Estes são exem­
plos para podermos entender melhor os aspectos básicos
de Aries e Libra.

Aries no corpo humano rege a cabeça que justamente/


ê onde está presente a centelha criadora humana, o im­
pulso do ser humano.

A Balança no corpo humano vão ser os rin s, a cintu­


ra, a metade do corpo, o equador humano. Os rin s são
responsáveis pelo e q u ilíb rio do organismo.El es fazem
as trocas e eles filtra m para manter o e q u ilíb rio de
toda a organização. Na Acupuntura,'os meridianos dos
rin s estão ligados a todo o aspecto de coletividade,de
individualidade. A cabeça humana vai ser justamente a
reprodução da própria esfera celeste e esta esfera vai
ser o simbolo da ligação entre o indivíduo e o todo.

Existem métodos de correção das arcadas dentárias /


que produzem até certas transformações na personal ida­
107

de. Há uma correspondência muito forte entre toda a


configuração f a c i a l, porque esta vai representar ju sta­
mente a totalidade do indivíduo. Tudo aquilo que se
acha no corpo está expresso na face. 0 estudo da face
já dá ao indivíduo uma série de informações sobre a n£
tureza da personalidade. Por exemplo, se nós encontra^
mos uma pessoa que tem variações de n íve is entre os he
m isférios fa c ia is , entre os olhos, nós podemos contar
que é um indivíduo que tem uma descentralização, uma
d ificuldade de se vertical izar, de se colocar um equi­
líb r io . Da mesma forma se ele tem o nariz muito pro­
nunciado, isto denota geralmente uma personalidade muj_
to enérgica, impulsiva (dizemos geral mente).Se os olhos
estão muito perto ou muito afastados do nariz também é
uma outra conotação. Os homens que têm o olho muito /
afastado do centro são pessoas que têm capacidade de
visão mais ampla. Os que têm os olhos muito juntos ge­
ralmente têm a visão mais e stre ita. Existe todo um es­
tudo sobre esta parte. Os olhos muito perto e o osso
da testa in fe rio r muito pronunciado que está presente
nos símios» olhos pequenos, apertados, tudo isto deno­
ta muita preponderância do aspecto impulsivo do indivi^
duo. E se nós levantarmos o horóscopo, nós vamos con£
tatar que ele tem o Aries ou Marte, em aspecto muito
forte no tema.

O M arte ê o planeta que tem como função a diferen­


ciação. Ele é o primeiro planeta depois da órbita da
Terra. Ele representa a primeira diferenciação, a a f i£
mação, o crescimento, o sa ir, o diferenciar. Tudo isto
está ligado a A ries. 0 símbolo de Marte já indica isso:
a seta partindo do tír c u lo dá a direção em que a ener­
gia é canalizada, ou seja, unidirecionada.

A estátua da ju stiça tem a balança na mão e a espa­


da na outra. A balança é o que vai medir os d ire itos /
de um e os d ire ito s do outro; vai procurar o e q u ilí­
brio entre os opostos, enquanto que a espada represen­
ta a ação, a luta, a in ic ia tiv a . E a estátua está
108

vendada, porque antes tem que aprender a dominar os


seus impulsos.

A Libra sio os diplomatas. São os indivíduos que


têm que lutar sem cria r guerras. São os representantes
de uma comunidade num outro país. Então ele tem de ser
aquele indivíduo que vai ter que lutar com a estrate*1
già e com a diplomacia, enquanto que o Aries é o gene­
ral que já quer declarar a guerra, já quer botar os
canhões a funcionar e resolver a coisa pela força. As­
sim,o Aries tem de aprender a ser um e stra te gista, um
diplomata, que vai medir onde vai usar a sua força. Os
grandes generais são de Balança, porque eles não jogam
as suas forças cegamente. Eles medem como chegar e veri
cer, enquanto que o Aries é o indivíduo que tam que
chegar a esta capacidade estratégica. Mas aqui entram
outros fatores que devem ser considerados tambêmro As­
cendente, os demais planetas, as casas e os aspectos.

0 verdadeiro líd e r é aquele que sabe c r ia r a coope­


ração. Por isso a Balança vai ser este símbolo de coo
peração. In clusive toda a compreensão ecológica é basi
camente uma compreeensão librana, ou seja, estabeleceF
e manter o e q u ilíb rio .

Enquanto que o Ocidente é Aries, o Oriente é Libra.


No Oriente, existe toda a compreensão do fluxo da exis
tine ia, do f l u i r da vida, de voci se harmonizar e acom
pànhar este fluxo da vida. —

0 Taoísmo é basicamente Ubriano, mas ao mesmo tem­


po é Aries, para trazer uma autorea1ização do in d iv í­
duo, com a compreensão de que um indivíduo é parte de
um todo. Enquanto que no Ocidente sõ se pensa em con­
quistar, em afirm ar, em ter, em ganhar, em real iz a r ,em
possuir. Aqui no Ocidente, sõ se é, se você tem.Se al
guém pergunta quem você é, s ig n ific a o que que você
tem. S ig n ific a o que que você faz, o quanto voce ganha
109
quantas e stre las você tem no seu cheque especial, quan­
to dinheiro você tem. Ele é por aquilo que ele conquis­
ta e não por aquilo que essencial mente é, enquanto que
no Oriente ê mais a conquista interior. Mas o Oriente /
está chegando no Ocidente e o Ocidente no Oriente e isto
s ig n ific a um despertar da humanidade para uma outra com­
preensão. 0 Oriente moderno, por outro lado, já não é
mais o que era antigamente, com a invasão ocidental.

Talvez o surgimento do planeta que rege a Balança vai


corresponder a uma época em que venha a haver um contac­
to aberto com outras comunidades do espaço. Do mesmo
modo que a invenção dos tipos móveis de Guttemberg, na
imprensa, revolucionou completamente a vida humana cui tu
ral, esta será a próxima grande revolução. Isto vai reaT
mente trazer alterações. A pesquisa do espaço vai trazer
ao homem a compreensão de que ele pertence a uma t o t a li­
dade, a uma comunidade, a uma coletividade, que ele não
pode simplesmente seguir os impulsos, senão ele destrói
a harmonia que é este conjunto.

As pessoas da Balança estão geralmente abertas para


as idéias novas, para as filo s o f ia s , artes e outras eomu_
nidades. 0 Aries tem uma tendência a seguir aquilo que
ele quer, o que ele pensa. Ele tem uma d ificu ldade b ási­
ca de ouvir os outros.Quando você fa la com o A rie s,da me
tade em diante ele já não escuta mais, porque ele já co­
meçou a pensar alguma coisa própria. 0 indivíduo está
sempre emanando energia. Você fa la com ele, e ele volta
sempre i mesma coisa. Ele tem dificuldade de receber. Ejs
ta é uma dificuldade básica dos signos de fogo, isto é,
do A rie s, Leão e Sa gitário . Eles são muito mais emanati-
vos do que receptivos, enquanto que os signos de Gêmeos,
Libra e Aquário são mais receptivos do que radiantes. Os
signos de fogo precisam de se arejar, senão eles termi­
nam se consumindo em si mesmos.

Geralmente, o ariano tem problema de dores de cabeça,


no
comoções cerebrais, derrames cerebrais, porque ê um t i ­
po que tem uma força dentro da cabeça muito forte. E es^
sa força termina criando um deseq u ilíbrio, se ela nao
for projetada para fora. 0 Aries tem a tendência a
acidentes,porque ele tem aquela pressa e aquela impá-
ciência de conquistar e de afirm ar as coisas. 0 Aries
tem dificuldade de relaxar. Ê um indivíduo que está /
sempre com uma necessidade de ação. Então ele tem de
aprender a harmonizar, a ceder, a relaxar e a deixar /
que as coisas fluam. Libra i s vezes pode ser demasi£
do indolente e se om itir.

Estes são os arquétipos básicos de A ries e Libra.

Mas tudo isto que estamos dizendo são meras generalj_


dades, porque no tema individual de cada um ê que vamos
encontrar as c a ra c te rístic a s p articu lares, in dividu ais,
os detalhes, pois cada ser humano é uma unicidade d ife ­
rente, irrepetível, única.

Libra é a entrada do indivíduo dentro-da c o le tiv id a ­


de. Aries é quando você nasce; Libra é quando você pene
tra na sociedade. A ries como p rin cíp io básico seria o
indiferenciado, ou seja, aquele p rin cípio básico que
anima todas as formas, aquele primeiro aspecto ou p r i­
meira manifestação da vida.

As pessoas de Á ries geral mente não têm muita capaci­


dade de perceber a energia dos outros. Ele acha que to­
dos têm a mesma energia, a mesma força de vontade,a mes
ma determinação que ele. 0 ariano muitas vezes não tem
consciência do seu próprio impulso. Geralmente, esse im
pulso é cego. Por isso que o signo de A'ries é o do car-r
n e iro que se lança contra os obstáculos. 0 ariano está
sempre posicionando no seu ponto de v ista . Ele tem um
impulso, mas ele tem a d ificuldade de perceber as ou->
tra s possibilidades, os outros pontos de v ista , porque
ele é uno. Esta unidade existe também em Libra, sõ que
esÇa unidade já tem uma c a ra c te rístic a de amplidio, de
uma identificação com a totalidade e com a m u ltip lic i­
dade.

As pessoas de Libra sio capazes de compreender as


diferentes formas de pensar dos indivíduos e ele tende
a c r ia r a harmonia entre eles. Libra vai procurar co£
jugar estas formas diferentes de pensar, esses impul­
sos diferentes, para chegar a uma realização comum, en_
quanto que o Aries vai basicamente p a rtir de um ponto,
de uma afirmação individual para estim ular esta coletj_
vídade para que esta roda ande. Ambos são idênticosjam
bos têm basicamente a capacidade criadora, porque am­
bos surgem do Ecuador da Terra. Ascendente e Descender
te, portanto, sao idênticos; formam um só eixo,mas que
se manifesta numa bipolar idade e numa dualidade; um
funciona de uma forma e outro, de outra forma; um tem
a unidade, o outro tem a pluralidade. Enquanto o Aries
diz: "EU SOU", a Balança d iz: "NÕS SOMOS". Quando a B£
lança é ainda mais Balança, ela. diz: "VOCÊS SÂO". A Lj_
bra está sempre afirmando os outros e não se afirma
a si mesmo, porque ela existe na medida em que os ou­
tro s existem. Ela é consciente de que ela só existe, /
porque existem os outros. 0 Afies acha que ele existe,
por isso que os outros existem.

Nós podemos fazer a seguinte pergunta: Tudo isto se


refere a uma pessoa que tem o Sol era A rie s ou o Ascen­
dente em A fie s ? A resposta é que aqui nós estamos fa_
zendo abstração dos casos particulares. Primeiro, nós
damos uma síntese de tudo para depois chegar ã compre­
ensão dos detalhes. 0 importante no in íc io destes estju
dos ê nós conseguirmos perceber a totalidade, para de­
pois podermos entender os detalhes. Em a stro lo g ia , nós
temos primeiro que compreender tudo num sentido de ge­
neralidades; os detalhes vêm depois. Se nós quisermos
pegar primeiro os detalhes#é como aquela h istó ria dos
dois cegos que apalparam um elefante. Um pegou no rabo
e achou que aquilo era a corda de um sino e outro pe­
gou na tromba e achou que era uma mangueira. 0 detalhe
pode nos levar a urna d isto rsio completa da totalidade.

Portanto, todas as c arac te rístic as acima mencionadas


se referem ao Afri es quer quanto ao Sol, quanto ao Ascer^
dente, quanto à Lua, ou mesmo quando haja dois ou mais
planetas em Aries. Se for o Sol, se ri tudo isso no p la ­
no mental; se for no Ascendente, será na maneira de
a g ir ; se for na Lua, será na maneira de se n tir, e assim
por diante.

Geralmente, A*ries no Ascendente, como é na maneira


da pessoa a g ir, nós podemos mais facilmente enxergar to
das aquelas caracte rísticas ou algumas delas.

Nós devemos considerar duas c o isa s. Existe algo que


é estático e algo que é dinamico. Num furacão, nós te­
mos um lado que se move e outro parado;que é o ponto
central; o mesmo na h é lice de um avião em movimento. Na
natureza nós também vamos encontrar uma coisa que é es­
tável e outra que ê mutável.

Quando você nasceu deram-lhe o nome de Luiz. Você


não tem mais o mesmo corpo que você tinha quando você
nasceu, embora você continui sendo o mesmo. Da mesma
forma, a astrologia vai mostrar que existe uma essência
que é permanente e uma natureza que é mutável. Da mesma
forma que você vai mudando de corpo, e contínua a mesma
pessoa, sem mudar de nome, ã medida que você vai se
transformando, então da mesma forma existe uma essência
que é básica, que está presente, que está configurada /
no momento da sua primeira respiração e ex iste uma evo­
lução desta natureza.

0 AVies, o vermelho, vai representar o in íc io , o pri


metro impulso da energia criadora, a primeira manifesta^
ção desta essência una. A primeira forma com que a v i ­
da se manifesta vai estar simbolizada no Aries, e vai
répresentar o in íc io do c ic io zo diacal, o in íc io da v i ­
da, e fará parte desse triângulo de fogo, que é o Leão
e o S a g ltarto.
Como dissemos anteriormente, pela propria descrição
da esfera ce leste ,vemos que ela também está dividida /
numa bipolaridade. 0 norte ê ativo, o sul ê passivo. E
nós sabemos que no norte estão a maioria das terras _e
no sul, a maioria das águas. As pessoas do norte são
mais iniciadoras, realizadoras, do que as do sul; as do
sul mais se n sitiva s, mais emotivas e mais receptivas,
mas acontece que quase todas as pessoas tim uma origem
estrangeira, por isso não se pode facilmente notar es­
ta distin ção; mas os do sul são mais sen sitivos, mais
fenoménicos; os do norte são mais racionais.

A própria esfera celeste acha-se dividida nessa po­


laridade, e nós sabemos que a polaridade norte repre­
senta justamente a entrada das energias criadoras, e a
polaridade sul, a sua saída. As forças cósmicas,as fo£
ças criadoras, penetram pelo norte. Por isso se diz
que nós dormimos melhor i noite se temos a cabeça v ir £
da para o norte, porque as correntes do campo magnéti­
co também fluem do norte para o sul.

As correntes em que a própria natureza se estrutu­


ra estão orientadas num sentido norte-sul ou p o sitivo -
negativo. São famosas as pedras de Stolenhengen. Sua
construção assinalava a entrada do Sol no equinócio da
primavera, com bastante precisão, representando então
o in íc io de um novo c ic lo .

Aries e Libra vão ser o eixo básico do homem e da


humanidade, o mundo interno e o mundo externo, o in di­
víduo e a coletividade, que se resolvem ou que se
apoiam no Câncer e no Capricórnio. Temos a í uma cruz
formada pelos dois eixos: AVies-Libra e Cancer-Capri -
córnio.

0 eixo A*ries-Libra é o eixo do espaço, e o eixo Ca£


cer-Capricórnio é o eixo do tempo. 0 indivíduo e a co
letividade vão e x is t ir dentro de um tempo e de um espa­
ço definido, e isso vai ser o Câncer e o Capricórnio e
Aries e Libra.

suas raízes, a sua h istó ria , o seu passado, e isto é


o Câncer. Ao mesmo tempo, ele vai ter que saber, conhe
cer ou perceber para onde a evolução se d irig e para que
ele possa dar uma orientação para as suas realizações.
Isto é o Capricórnio. Capricórnio vai ser a função que
esse indivíduo vai exercer dentro do todo, dentro do
cosmos.

Aries já vímos que é o indivíduo;Libra,a sociedade.


Libra ê o cosmos individual, onde o indivíduo está tra
balhando no sentido da sua vontade, do seu liv re a rb f-
trio , enquanto que Capricórnio é aquela coletividade /
cósmica de que o indivíduo participa e que o transcen­
de. A realização de Capricórnio vai depender desse mo­
vimento evolutivo e involutivo,que ê Câncer.

Aqui temos os dois eixos formando os braços da cruz


cardinal.

Aries e Libra vão se d e fin ir basicamente como o e i­


xo do liv re a rb ítrio , da vontade do indivíduo, porque
a linha do horizonte é a linha do impulso do próprio /
115
indivíduo, ou seja, a linha do Ascendente-Descendente,
que vai caracterizar aquelas energias, aquelas forças
que estão ã disposição do indivíduo, aquilo que está
no a rb ítrio dele movimentar, enquanto que a linha da
v e rtic a l, Câncer e Capricórnio, é um destino fam iliar,
t r ib a l, a clã , onde o indivíduo se acha ligado e ao
mesmo tempo a função que este indivíduo tem de cumprir
dentro do todo( 4$ ). Por exemplo, a célula da minha
perna, ela tem essa função dentro do. todo que é esse
meu organismo. Ela não pode evitar que eu saia daqui e
vã l i para outra sala. Ela tem de me acompanhar nes­
se movimento. Então de uma certa forma, nós estamos /
dentro de um organismo, dentro de um todo, ao qual nós
estamos sujeitos por uma força maior, que é essa força
ve rtical do eixo Cincer-Capricórnio. Aí nós vemos sur­
g ir o quaternário. E com isto nós vimos a unidade, a
dualidade, a trindade, o quaternário. A unidade ê o
A ries; a dualidade, o eixo A ries-L ib ra; a trindade apa
rece nos trígonos A ries, Leão e Sa gitário ; e o quater­
nário com os dois eixos em forma de cruz: Câncer que
são as origens, a fa m ília, as raízes; Capricórnio que
é a função social e co le tiva, a realização, a concretai,
zação, e mais Aries e Libra.

0 A ries, Leão e S a g itá rio são signos do mesmo ele­


mento e os trígonos são os ângulos de 120 graus.

0 Aries vai ter uma identidade fundamental com o


próprio Capricórnio, que é uma espécie ou uma outra /
forma do próprio pai, enquanto que a Libra va? estar
associada com o próprio Câncer, ou a mãe, que é o pró­
prio universo. Capricórnio vai ser o posicionamento /
cósmico desse indivíduo, a sua função cósmica.

Aí temos os eixos básicos desses signos e podemos


observar que quando uma pessoa tem muitos planetas na
v e r t ic a l, ele tem uma força de destino muito grande na
vida dele. E quando as pessoas têm muitos planetas na
horizontal, tudo na vida depende muito mais do liv re
a r b ít r io e de um conhecimento- das—lei-s-de- causa e efei
to. Quando nos virmos uma pessoa com muitos planetas
no eixo da casas IV e X, nós podemos tranquilamente /
afirmar e até perguntar para o indivíduo se ele mui­
tas vezes não se viu diante de situações das quais
ele nem sabe d ire ito como ê que ele foi parar a li.
Quando ele percebe, ele está a l i , enquanto que muitos
planetas posicionados nas casas i e V II depende muito
do que ele impulsionar ou do que ele fiz e r. Conforme
ele a g ir, ele vai ter a reação; conforme empurrar,ele
vai ter o retorno. Justamente por isso ,V irgo e Peixes
estão próximos a Aries e Libra (casas VI e X II) , por­
que vai depender do seu conhecimento das le is da nati¿
reza, e do carma acumulado ( X II) . Peixes são as l i ­
mitações, a sua p o ssib ilid ad e de d issolução ou de l i ­
beração.

Na medida em que nós conhecermos as le is de causa


e efeito, as le is da natureza, nós vamos c r ia r as co_i_
sas em harmonia de tal forma que nós não estaremos lT
mitados pela nossa própria ignorância. Quanto maior
o e q u ilíb rio do indivíduo dentro do todo, maior a sua
capacidade de escolha consciènte do seu próprio c ic lo
de vida, do seu próprio nascimento, de algumas condi­
ções de sua reencarnação, etc.

Na fndia, eles dão grande importância aos aspectos


da casa X II, no sentido de perceber qual o grau evoljj
tivo desse indivíduo, em termos de consciência,de caiJ
sa e efeito e de sua capacidade de liberação da sua
exi stência.

Quanto maior for o seu conhecimento das le is de


causa e efeito, maior vai ser a sua harmonia com o to
do. £ conforme você esteja em harmonia com o todo, vo
cê conhece as le is de causa e efeito e é capaz de rea
li z a-la em harmonia; você vai ad q u irir uma capacidade
de liberação, ou também de escolha consciente de sua
própria desencarnação, da sua encarnação, do seu nas­
cimento, da sua morte. E'o Peixes e o A*ries, é o in í­
cio e o fim.
1 17

Libra ou a casa V II é chamada de casa dos Inimigos


declarados, mas Isso ê porque a Libra representa o oui
tro, é onde o meu d ire ito ou a minha liberdade tem lj_
mi tes; é aquilo que se opõe a mim abertamente, porque
a li o meu impulso tem de chegar a um lim ite. Por exém
pio, um rapaz tinha sete planetas na casa V II. Estava
tudo acumulado a i¡ . E le ê um instrumento dentro de um
processo evolutivo. Tinha sido raptado, mas é que ha
via muitos maus aspectos.

A pessoa de Libra também tem uma capacidade de es­


timular os outros. Mas este estímulo que ela dá aos
outros é através de um sentido de harmonia, de equiljí'
brio e de certa forma, se não imposição do eu. Ele se
associa, ele se conjuga, ele se mescla com o outro.
Ele se id e n tific a com o outro, para poder levar aqui­
lo ao crescimento. Enauanto que o Aries se afirma /
perante o outro, se diferencia do outro, para provoca^
lo e fazê-lo crescer.

Vamos ter a í d o ií tipos de indivíduos: o diplomata


e o m ilita r. Você pode conseguir as coisas pela força
ou pela estrate gia. Os srplomatas, os-cônsules;os que
representam o governo nas embaixadas estrangeiras, de
outros lugares, são estes que lutam com a arma da d i­
plomacia; eles procuram um e q u ilíb rio com o outro, en­
quanto que do óut’ro lado esta o mi 1itar,aquele que vai
conseguir as coisas pela imposição de uma força.

Áries tem que aprender a usar a Balança e a Libra


tem que aprender a usar a energia. A tendência da L i ­
bra ê a de se om itir; é de não querer lu tar, é de não
querer enfrentar as coisas, é de não querer c r ia r atrj_
tos, mas com isso c ria para si mesmo uma luta. Se ele
não luta externamente ele vai te r que travar uma luta
consigo mesmo, internamente. Embora ele possa se omi­
t ir , ele não vai fic a r contente com ele mesmo.

Por um outro lado, o Aries que segue os seus impul­


sos e que não sabe dominar a si mesmo, ele termina com
preendendo que ele precisa dos outros. Então ele vaT
querer voltar atras e harmonizar aquilo que ele chocou
que ele magoou. Quando há um excesso de um lado, o ou
tro lado perece.

A pessoa de Libra cede até um certo ponto, mas de


repente reage e pode se tornar mais agressiva da que
um Aries, porque ele ocultou ou orni t i a aquela energia
que esta dentro dele.

Da mesma forma, o Aries depois que chegou a um ex­


tremo da inquietação e da impaciência, quando ele vê
que não consegue nada, então a? ele quer harmonizar e
se torna manso. Q A rie s v ira Libra.

Justamente a a stro lo g ia serve para nós nos tornar­


mos conscientes destas bipolaridades e para e q u ilib ra r
estes pólos. Cada indivíduo vai ter isto mais ou me­
nos conforme certas posições do seu horóscopo. Confor­
me certas configurações dentro do horóscopo vocês vãoi
ver se se trata de um indivíduo consciente ou não do
e q u ilíb rio que deve haver entre estas duas forças, Se
nele existe ou nio uma sintonia entre estes pólos.

0 AVies ê uma personalidade que sempre se destaca ,


que sempre marca a sua presença; enquanto que a Balan­
ça ê um indivíduo que tende a querer se conjugar, a
se equilibrar, a querer se d isso lve r ou se integrar na
coletividade. Este tem que aprender a lutar pelos seus
próprios interesses. Na Libra há uma tendência do su­
je ito a esperar do outro.

A Libra tem uma incapacidade básica de dizer: "N io !"


0 Aries diz "não".e a Libra diz "sim ". A pessoa de Lj_
bra acha que vai magoar se d isse r "não"; acha que vai
chocar o outro. Ela prefere dizer "sim " e deixar de la
do os próprios interesses do que lu tar e afirmar a pro
pria personalidade, enquanto que o Aries tem dificulda_
de de ceder de si mesmo. As coisas têm que ser confor_
me ele quer e conforme ele as idealizou. Geralmente, o
ariano segue o impulso que está na cabeça dele. Depois
ê que ele vai pensar nas consequências, mas ele se in­
flama e naquela inflamação ele se torna cego. Aí ele
não vê nada que está em torno dele. Ele vai direto pa­
ra aquele sentido. Ele derruba os obstáculos e desco­
bre depois que a li não havia nada que lhe interessasse.
A pessoa da Balança fica medindo as consequências, pe­
sando as coisas, com tendência a não lu tar e as oporti£
nidades se perdem.

Ambos se tornam in sa tis fe ito s , um por não saber ce_


der, não saber medir e o outro por fa lta de in ic ia tiv a
para lutar por seus interesses in d ivid u ais. A missão/
deles na vida é estimular os outros para que eles cres^
çam. Os de Libra não podem chegar ao ponto de pôr to­
da a responsabilidade nas. próprias costas, senão eles
vão c ria r em torno de si um c írc u lo de egoístas e de
preguiçosos, porque ele vai lu tar por todo o mundo.

A Libra tem que aprender a usar a espada e a lu tar/


cada um por si mesmo, enquanto que o Aries tem que
aprender a lutar pelos outros e não só pelos seus pró-
r 20

prios interesses.

Aries ê o líder, mas o verdadeiro líd e r é aquele que


sabe coordenar e que sabe contar com a força dos outros,
porque o Aries acha que ele pôde tudo. Por isso ,e le /
termina tendo desgastes de energias, desgastes f ís ic o s ,
desgastes mentais, estafas, por um excesso de atividade
e de ação. Os de Libra têm facilid ad e em engordar, pois
que a Libra se omite de muita atividade e gosta de um
docinho, enquanto que o de A ries tem dificuldade de en­
gordar .porque ele tem um metabolismo tio forte, um ca­
lor interno tão violento que eles consomem os alimentos
de uma forma muito forte. As vezes, um Aries come mui­
to mais que uma Libra e não engorda, porque a Libra tem
a tendência acumulativa. A Libra no corpo humano esta /
ligada aos rins e os rins são os órgãos que filtra m e
mantêm o e q u ilíb rio do organismo. São os f ilt r o s do o r­
ganismo. A Libra está ligada à cintura, ã metade do co£
po.que da toda a f le x ib il idade, ao organismo e que de
certo modo forma a bacia que sustenta toda a estru tu ra/
corporal. A Balança representa, portanto, o p rin cíp io /
de e q u ilíb rio para todo o organismo.

Ar ies são os músculos, tudo aquilo que representa a


força, a energia, o impulso da vida. Nos indivíduos de
Aries vocês vao encontrar uma grande capacidade criado­
ra, que vai se manifestar muitas vezes de uma forma ru­
de, enérgica, de uma forma impulsiva. Esta ê uma q u a li­
dade inerente aos signos de fogo, Leão e Sa g itá rio , tam
bém.

Um exemplo de Aries ê o Van Gogh. Toda pintura dele


é fogo, ê ígnea. Ele tinha o Sol e Mercúrio em A ries e
a Lua e Júpiter em S a g itá rio , ambos signos de fogo.Ele
pintava justamente ao meio dia com toda a força do Sol
na sua cabeça e era um tipo bastante impulsivo.

Se o.Aries não controla, não toma cuidado com a sua


própria força mental, esta força pode até mesmo trazer
121

d e seq uilíbrios, porque ê uma energia muito forte na pajr


te cerebral, tanto ê que muitos arianos não têm muito
cabelo. Esssa força é tão forte que resseca o couro ca
beludo e traz propensão a c a lv íc ie . Também o A'ries tem
uma tendência a apresentar desorganizações nos dentes.
Logo você conhece o A'ries pela boca, pela parte dos
dentes. A sobrancelha geralmente ê bastante grossa e
invariavelmente tem um c ic a t r iz ou marca na cabeça ou
no rosto. Isto se refere geral mente ao Ascendente, mas
o signo so lar também pode dar isso. 0 ariano cami­
nha marchando. Eles gostam de sapatos pesados, de ta­
mancos, de botas. Aquilo neles dã uma aparência marci­
a l, uma aparência enérgica. São tipos que estão sempre
apressados; estão sempre in q u ie tó se muito centrados /
nos seus próprios pontos de v ista . Por isso*eles têm
d ificuldade de escutar. Eles deduzem rapidamente aqu£
lo que os outros estão pensando. Não têm tempo de. escu
ta r a outra frase e jã se adiantaram ao que o sujeito
queria dizer e não estão mais interessados em. ouvir
aquilo. £ muito d i f í c i l convencer uma pessoa de
Agries. Você tem que usar com ele a mesma energia, da
mesma força para ele ceder. Senão ele domina, ele im­
põe aquilo que ele acha, o que ele pensa. E o ariano
jã tem os conceitos formados a respeito de si e dos ou
tro s. As vezes, é d i f í c i l você fazê-lo enxergar como
ele realmente é, como ele ê v isto pelos outros.

0 indivíduo da Balança já tem em si um talento ar­


t í s t ic o inato, um talento de harmonia, de ritmos, de
e q u ilíb rio , de formas, de cores, de tons, de movimen -
tos. Vamos encontrar este tipo em toda atividade que
implique numa realização de um senso estético ou numa
participação grupai, c o le tiva. São pessoas que gostam
de harmonizar os detalhes, de buscar o e q u ilíb rio nas
pequenas coisas. Para eles,cada pequena coisa tem um
s ig n ific a d o especial. As vezes ficam tirando de um lu­
gar para outro uma coisínha pequenina, pois querem /
achar onde aquilo se encaixa melhor no conjunto e com
iss o perdem um tempo enorme nessas pequenas coisas.
Enquanto que o Aries é mais im ediatista. Ele quer as
co isas para já. Eles nlo sabem esperar, e nio esperam
pelos outros. Eles se adiantam, avançam, enquanto que
a Libra fic a esperando o momento adequado. A Libra diz:
"eu vou meditar, eu vou ponderar prim eiro". Eles se-
colocam sempre numa posiçio de nio chocar, de nio agre.
d ir. Mas com exagero ele se torna tio irrita n te quanto
o seu oposto Aries.

No quadro da Santa Ceia, Aries é representado por


Simio. Simio ê o líd e r, a in ic ia tiv a , a energia, sent£
do ã testa da mesa, impondo pelas suas mios a direção
a tomar. Ele mostra a sua personalidade combativa, a
força da sua cabeça, com a testa iluminada, defendendo1
a verdade. Ele representa a açio, a coragem e a cons­
ciência da própria vontade.

A uma distância de 180?, oposto a Aries está Libra,


simbolizado por Sio Joio. Ele simboliza a harmonia, a
ju stiça e, pelo semblante, mostra-nos a beleza, aquele
que medita e mede. Libra ê o coordenador, o colabora­
dor, simbolizado pelas mios entrelaçadas, inclinando a
cabeça para evitar o impacto da energia de A ries. E"
aquele que considera o outro lado do Eu, o Tu, o Outro.
A Balança é a humanidade, o todo, o conjunto,os outros,
Aries é a independência e a verdade; a Libra é a cole­
tividade e a ju stiç a .

Quem ê de Aries gosta de usar a espada, e vai no de^


correr da vida um dia aprender que nio se pode a g ir e
lutar sempre sem medir as conseqüências, e que a sua
verdade e o seu impulso precisam da consideração e de
saber respeitar o d ire ito dos outros. A Libra*que cede
muito>deve aprender a impor e a a g ir. Toda a açio de
Aries torna-se luta e guerra, quando nio sabe usar a
Balança. E por outro lado, toda procura de harmonia e
ju stiç a da Balança torna-se d eseq u ilíb rio e an iq u ila -
çio, quando nio há energia e açio.
123

0 Á r i e s precisa aprender a se r manso, e a Libra


p r e c is a aprender a usar a espada, a lu t a , o combate
e saber d iz e r sim, sim, não, nao 1

0 e ixo Á r i e s - L i b r a mostra que o e q u i l í b r i o dos /


o p o sto s depende da ju sta medida da ação do eu e do
d i r e i t o do outro. 0 signo que e stá na sombra, opos­
to ao S o l, oposto i Lua, o p o sto ao Meio do Céu, pre­
c i s a ser iluminado, despertado e co nscientizado.

A r ie s é um nome qualquer que de signa um p r in c íp io


uma qualidade, uma função da nossa psique. Poderia /
se r um outro nome, um outro sím bolo; i s t o v a r ia con­
forme o tip o de cu ltu ra de cada povo, de cada c iv ilj_
zação. Pode,por exemplo,ser um número: Á r i e s , o n? 1,
e L ib r a ,o n° 7.

Ár ¡es é o signo da lid e r a n ç a , do impulso, da im­


p u ls iv i d a d e que leva a lgo para a fre n te , que empurra
que estim u la , que faz a g i r , que dá i n í c i o a alguma /
c o is a . Sim boliza a verdade, a e n e rg ia , a franqueza,a
i n i c i a t i v a , o comando, a c h e f i a , a independência, o
"e u sou", o eu, a própria p e r so n a lid a d e .

Á r ie s incentiva a tomada de d e cisã o e a lu ta .

No quadro da Santa Ceia, Simão ( Á r ie s ) está sent£


do na cabeceira da mesa. Ele impõe p e la s mãos a d i r £
t i v a a ser tomada. Ele g e s t i c u l a e d iz : "Vamos fazer
isto ! " 0 Á rie s mostra francamente a sua perso­
n a lid a d e combativa; mostra a fo r ç a da sua cabeça. S_i_
mão mostra a a titu d e das p esso a s de Á r i e s que en­
frentam os o b stá c u lo s. Á r ie s ê o impulso i n i c i a l de
c r i a r que no homem parte do seu cérebro; é a imposi­
ção da personalidade, a c o n s c iê n c ia do eu sou, o im
por das suas id é ia s. Á r ie s rege a cabeça. Apesar da
precessão dos equm õcios*a cabeça f ic o u sempre em
Á r i e s ; o que muda é o que há na cabeça!
1 25
A Balança ou L ib ra sim b o liza a j u s t i ç a , a medida, o
e q u i l í b r i o , a harmonia, a cooperação, os outros, a ve£
dade e o d i r e i t o do outro, a meditação, a ponderação,a
c o le t iv id a d e , o p a rc e ir o , o a ss o c ia d o , o cônjuge.

AVies é a g r e s s iv o ? Libra também não é a g r e s s iv o ?


Nenhum é necessariamente a g r e s s iv o . A a g r e s s iv id a d e , a
avareza, a mentira, a g u la , o o rg u lh o , a f r i e z a , o de­
samor, as paixões, o fanatism o, a prepotência, o auto_
r it a r is m o , a a n arq u ia , a confusão, e tudo a q u ilo que
podemos chamar de d e f e i t o s , de v í c i o s , não vêm dos
s ig n o s , mas simplesmente é a ausência ou o não desen­
volvim ento das q u a lid a d e s opostas, p o s i t i v a s , comple­
mentares. 0 mal não re s id e no s ig n o , mas no fa to de
não conhecermos todos o s demais p r i n c í p i o s e de não /
termos desenvolvido em nós as demais q u a lid a d e s. Sõ ã
medida que o homem vai desenvolvendo a s qualidades /
dos s ig n o s o p o sto s e de todos os s i g n o s dentro de si
mesmo, é que e le v a i se tornando uma p erson a lid ad e c £
da vez mais in te grad a , p e r fe it a , mais acabada, mais
poderosa, mais harmoniosa, mais amorosa e mais s á b ia .

0 semblante do a p ó s t o lo João mostra a harmonia e a


beleza, aquele que medita e mede. E le e s tá com as
mãos cruzadas. João parece in c lin a d o , p o is com e sse
ge sto e le sua viza o impacto da e n e rg ia de Mateus, que
é o A rie s.
•jft SAG ITA*R 10 (Pedro) 'VTl^ESCORP lÃO (Judas Isca rio te s) L I B R A (João)
127
0 EIXO TOURO-ESCORPIÃO

O signo de Touro é simbolizado por um círculo e um


sem i-círculo sobreposto. Isso pode representar tanto o
animal, a cabeça do touro, o ch ifre , quanto o aspecto
receptivo, passivo, feminino, o aspecto formador, aglo-
merador, que ê a c a ra c te rístic a fundamental do universo
manifestado. ^

Vimos antes que o Aries é aquele p rin cíp io criador ,


indiferenciado,porque está em toda a forma, em toda ma­
nifestação, e Touro vai ser a substância que dá consis­
tência a todas as formas. Touro vai ser o indetermina­
do. A matéria que forma o meu corpo ê a mesma que forma
o corpo de todo homem. A matéria formadora ou constitu­
tiv a das formas ê indeterminada; serve para todas as
formas. Este símbolo de Touro vai ser também o símbolo
matemático ou a letra grega a lfa , que é o símbolo do ¡£
fin it o , ou seja, do universo manifestado que ê também
tio in fin it o e tio vasto quanto o próprio princípio que
o gera e o c ria , que é o A ries.

0 Touro vai ser basicamente o p rin c íp io de aglomera­


ção, de formação, de constituição do universo manifesta
do, e vai se assemelhar também a uma nebulosa, a tudo
aquilo que ainda não se definiu.

As pessoas de Touro têm uma capacidade receptiva de


dar forma, de executar, de re a liz a r qualquer coisa. São
os executores e eles têm uma dedicação, uma submissão e
uma paciência para executar.

Dentro do signo de Touro vão aparecer três Touros: o


touro reprodutor, o boi e a vaca. Pode ser aquele tipo
taurino que é o tipo enérgico, o tipo lutador, trabalha^
dor, que tem uma força incansável de trabalho; pode ser
aquele tip o taurino que ê mais o boi manso, que é o sub
misso, o que aceita o comando, e que se se deixa escra­
vizar pelo trabalho; e finalmente pode ser aquele aspe£
128

to do touro, que ê a vaca, que é o p rin cíp io materno,


o princípio de sustentação, de alimentação, a doçura,o
carinho, a dedicação que existe também no signo de Tou
ro. 0 Touro, vira boi porque ele ê castrado, porque tT
ram o Escorpião dele. Esta força de realização, essa
força de execução do Jfbufo está também de certa forma
muito ligada a Aries. 0 que ir r it a o touro na arena i
o pano vermelho. 0 pano vermelho é o A ries. E o que
desperta no animal aquela impulsividade cega. Ele arre
mete incansavelmente contra aquele obstáculo; é a obs­
tinação que existe no Touro. 0 Touro,quando ele fica
bravo, quando ele fic a magoado, revoltado, então ete
se torna obstinado. E 'd i f í c i l você fazer um taurino mu
dar de idéia, porque ele segue muito o impulso que ele
recebe.

Nós vamos encontrar muitas graduações de Touro. Há


o tipo taurino que é mais o tip o que sabe o que quer,
que sabe o que ele deseja e se esforça para realizar /
aquilo, mas ele ê basicamente movido por um desejo de
ter conforto, de conservar as co isa s. 0 taurino ê con­
servador; não no sentido de Câncer, que ê um conserva­
dor das tradições, do passado e daquilo que ele acha
que é de valor. 0 taurino quer conservar aquilo que
está formalizado, aquilo a que ele se apega. Ele põe
amor naquilo que ele faz. Se ele tem um filh o ,e le quer
que esse filh o se mantenha sem dores, sem lu tas, sem
d ificu ld a d e s(particularmente com o Touro na casa V ou
IV). Ele quer evitar uma mágoa, um corte, um choque,um
ferimento. Geral mente, a mae ou o pai taurino ê mui­
to dedicado, muito afetuoso, mas facilmente podem se
tornar escravos dos próprios filh o s por essa tendência
de se deixar levar demais pelos afetos e pelos se n ti-
mentos^

No horóscopo individual, o signo de Touro vai re­


presentar aquilo que eu aglomero e aquilo que eu ganho
através do meu trabalho. São os meus lucros. E também
vai representar bens materiaisiespecialm ente terras e
propriedades internas.
t
129

Há uma identidade entre o Touro e a casa II. Falan­


do do signo já estamos falando da casa também. A mes­
ma identidade ou semelhança existe entre ambos e o re­
gente \/ênus.

Na casa II do horóscopo você vai poder ver as cond_i_


ções do sujeito poder ter lucros e resultados no trab£
lho que ele executa. Também a capacidade dele de ag lo ­
meração material e pode representar também terras, lu ­
cros, em resultados através da agricu ltu ra.

Uma pessoa que tem o Sol na casa I I , bem aspectado,


geralmente, tem uma fa c ilid a d e de ganhar dinheiro e de
aglomerar bens m ateriais, mas muitas vezes ele aglome­
ra mas não u tiliz a , porque ele se leva pelo desejo, pe
la necessidade de satisfação de ter, de possuir.

Geralmente, o taurino tem a mania de comprar, de ac[


qui r ir , de acumular, e i s vezes a sua casa, a residên­
c ia dos taurinos, está cheia de bug¡gangas,porque eles
querem en feitar e deixar as coisas belas, estéticas e
harmonizadas, mas fa lt a a eles o sentido de organizar/
e de aproveitar toda esta matéria. Eles querem a apa
rèndi a. Eles têm uma necessidade do e q u ilíb rio de fo r­
mas, de cores, de tons, e se preocupam com a aparência
externa. São pessoas também que têm uma grande capacj_
dade de trabalho e vão se mostrar sempre de certa fo r­
ma ge n ia is na música, na pintura, em todas as formas
e sté tica s e a r t ís t ic a s . »

0 taurino pode ter especialmente êxito em a tiv id a ­


des ligad as ãs artes, e a tudo que tenha um propósito/
de c r ia r esté tica, embelezamento, harmonia e e q u ilí­
brio. Nós vamos encontrar muitos taurinos em ativid;a
des relacionadas com a elegância.

Quando num horóscopo houver fortes posições de Tou­


ro, ou na casa I I , podemos ter certeza de que se tra ­
ta de uma pessoa que tem capacidade de execução, que
tem senso estético, que tem uma dedicaçao àquilo que
ele faz, mas o taurino, por este amor que ele põe na­
quilo que ele faz, muitas vezes, é muito sensível, fa ­
cilmente magoável a todas as c r ít ic a s . Por outro lado,
são também um pouco in fle x ív e is e irre d u tív e is em mu­
dar os seus métodos ou aquilo a que eles jã se acostu­
maram a fazer de uma certa maneira. Eles não gostam /
que as pessoas mexam nas coisas deles e mudem de lugar.
Eles são às vezes teimosos em manter aquela forma de
executar e em re a liza r as coisas.

No corpo humano, o Touro corresponde também ao fun­


cionamento glandular, ou seja, aquela parte do organis_
mo gue se responsabiliza pelo crescimento, pela agióme
raçao do corpo, e o sistema glandular, por sua vez , de­
pende do cérebro; ele responde aos impulsos cerebrais.
Geralmente, as pessoas de Touro sio susceptíveis de t£
rem problemas de saúde, na área glandular e por r e fle ­
xo, também, na área ge n ital, que é o signo oposto, Es­
corpião.

Por esta necessidade aglomerativa, necessidade acu­


mulativa,são também comilões e gostam da boa vida.Eles
têm uma tendência muito forte de engordar e por isso
tem de tomar cuidado, porque isto vai a t in g ir por re­
flexo o eixo Aquário e Leão, que é o coraçao e a circu
lação. Por isso ,o taurino que não sabe dominar os seus
desejos, geralmente, eles têm problemas c ir c u la tó r io s/
e coronários.

Os indivíduos de Touro são também às vezes bastante


irra sciv e is; são pessoas,às vezes, d if íc e is de se l i ­
dar com eles, porque quando eles têm aqueles d istú r
bios glandulares ou aquelas insatisfações emocionais ,
eles,ao invés de afetuosos, dedicados e carinhosos, /
eles se transformam em pessoas rísp id as e um pouco /
agressivas, mas ê muito d i f í c i l o taurino chegar a /
agredir e se agredir vai ser somente por uma reação de
último caso, uma reação extrema. A tendência deles é
ir deixando que o sujeito faça o que ele quer e não se
impõe. Por isso»quem é de Touro tem de saber desenvoJ_
ver e u t iliz a r na vida a energia oposta, que é a do Es
corpião, ou seja, saber não somente se submeter, nao
somente querer executar e re a liz a r, mas também u t i l i ­
zar a sua própria capacidade criadora.

Touro é a matéria, e toda a matéria tem dentro de


si a centelha de vida. Essa centelha de vida vai for­
mar uma foça eletromagnética. Em toda a forma vai
e x is t ir uma centelha divina que a anima. Esta cente­
lha vai c r ia r um campo de atração e de irradiação. Em
cada forma vai e x is t ir também um sentido oculto. Como
podemos compreender tudo isto ? Os órgãos do aosso
corpo são todos formados da mesma matéria, mas cada um
tem um sentido, um sig n ific a d o , uma função. Enquanto
que o Touro é esta nebulosa material indeterminada, ç>
Escorpião é a organização ou a estruturação desta neb£
losa material indeterminada, o Escorpião é a organiza^
ção ou a estruturação desta nebulosa de uma forma que
ela tenha uma função, um funcionamento. Geralmente, a
dificuldade do taurino é a organização, o planejaménto,
a estruturação de tudo isso que ele aglomera para um
funcionamento em conjunto. Escorpião é o conju£
to em funcionamento para alcançar um objetivo e um a l ­
vo evolutivo e transcendente.

0 taurino vai ter que basicamente aprender e saber


organizar a matéria, e perante tudo aq u ilo que repre­
senta uma estagnação ou uma d ilu iç ã o desta matéria,des^
tar substância, ele vai ter que lib e r ta r esta energia,
esta vida interna.

A energia atômica é uma capacidade que a humanidade


desenvolveu, que a ciência desenvolveu, de romper a es
trutura c e lu la r, e com este rompimento da estrutura 7
atômica libe ra uma energia radiante, que é equivalen­
te a uma explosão solar, e essa energia radiante vai
causar um grande aquecimento do ar, uma grande expan­
são, que vai produzir a v o la t iliz a ç ã o dos metais. En-
132

tio o poder atômico é algo escorpiônico, e isto surgiu


justamente na época da descoberta do planeta Plutão,em
1930. De I 930 para cã, nós estamos vivendo uma : era
plutonica, onde cada vez mais se manifesta este aspec­
to de Escorpião, ou seja, de transmutação, de lib e ra ­
ção, de busca de uma plena manifestação das energias /
internas de cada um. A p a rtir daí, também começa­
ram a su rg ir as grandes organizações, as multinacio
nais, as grandes empresas, os grandes empreendimentos,
as grandes organizações, que são escorpión i cas.

0 Escorpião tem a capacidade de rompimento, a capa­


cidade de desestruturar para uma liberação, para uma
transmutação. Muitos chamam o Escorpião ou a casa
V i l i , a casa da morte, mas como o próprio Zodíaco mos­
tra, esta casa não é o fim, mas sim a passagem para a
casa seguinte que é o Sa gita rio . 0 fim do Zodíaco é o
Peixes; que é a dissolução. E para que aquele possa
cumprir com a sua função no todo, ê necessário que ele
se transmute, que ele se transforme e que ele encontre
um sentido, um alvo, um objetivo filo s ó fic o , ideal, me
t a fís ic o . Esta época do Escorpião pode corresponder?
também ã época da puberdade, que é o in íc io do funcio­
namento glandular e ê onde o indivíduo vai tomar cons­
ciência de si mesmo, e ele vai passar por uma transmu­
tação.

Observa-se que a transmutação glandular ocorre espe


cialmente no homem e vai afetar a voz, o Touro, que è"
a garganta. Na mulher, este despertar é mais rápido e
mais cedo do que no homem. A mulher mais cedo se to r ­
na capaz de procriação. 0 eixo Touro-Escorpião está
íntimamente ligado a todo o processo de geração.

A ries e Libra seriam o processo da concepção, por­


que para a concepção, ê necessário que exista um conjun
to, uma associação, uma dualidade, o outro. Por isso
que A*ries vai representar o indivíduo e Libra, o con­
junto. Quando há fusão dessas individualidades surge
então a capacidade geradora e criadora, que vai então
c r ia r um 3? elemento, que será o Gêmeos. 0 Gêmeos vai
ser o filh o , e esse filh o vai ser a própria reintegra­
ção deste prin cipio in ic ia l. Porque, sendo concebida a
criança, ela vai se gerar e se gestar, e esse processo
de gestação causa uma completa transmutação, espe cial­
mente na mulher.

0 eixo /Tries-Libra seria o eixo masculino; o eixo


Touro-Escorpião, o èixo feminino; o eixo Gêmeos-Sagít£
rio ê o eíxo do filh o . 0 filh o vai ser uma b ipolarid a-
de, uma dualidade. Gêmeos vai ter dentro de s i o indi
ferenciado, que e o pai, e o indeterminado,que é a mae.
0 Gêmeos vai ter a dualidade dentro de s i, mas ao mes­
mo tempo ele va? ser também o que vai mover, movimen­
tar, o que faz com este processo evolutivo.que é o mo­
vimento, não se interrompa.

Com o su rg ir do filh o , por sua vez,vai dar surgimen_


to a célula fa m ilia r. 0 v ir e o vo ltar, o evoluir e o
in volu ir, que ê o Câncer. 0 signo oposto a Câncer é o
Capricórnio*que é a realização; e Sa gitá rio , oposto a
Gêmeos, é o alvo. Assim nós vemos como tudo isso .e stá
interligado entre s i; nada pode ser analisado indepen­
dentemente dos outros eixos e dos outros aspectos.

0 eixo Touro-Escorpião vai ser basicamente o eixo


da aglomeração e da transmutação. 0 Escorpião repre­
senta toda aquela transformaçao pela qual a vida passa.

Outro exemplo de Escorpião vamos encontrar no casu­


lo da borboleta, na sua. metamorfose. A borboleta vive
quatro vidas: nasce como ôvo, cresce como lagarta, dor
me como c ris á lid a e alça vóo como borboleta. Outro
exemplo do Esçorpião ê a águia.A águia é ”um exemplo do
símbolo do Escorpião. 0 Escorpião é terrestre e como
símbolo do animal celeste temos a águia. Assim o Es­
corpião deve passar por essa transformação, ao invés /
de rastejar tem que aprender a voar. 0 Escorpião ê o
momento do crepúsculo, entre o dia e a noite. Ele é
atraído tanto para os mundos in fe rio re s, o mundo dos
impulsos genésicos, quanto para o mundo da transcender^
cia e da subiimação.

Até Escorpião, partindo de /fries, nós temos a vida


in stin tiv a . A p artir daqui, nós podemos penetrar no
mundo da consciência, Sa gitário . Até Virgo, nós temos
o mundo humano e a p artir de Libra nós entramos no imm
do so c ia l, no mundo supra^humano. 0 Escorpião ê uma p£
ssagem entre esses dois mundos, por isso que é chamado
a casa da morte, ou seja, da-transmutação que leva o
indivíduo a um plano transcendental) a uma outra d i­
mensão.

0 Escorpião vai ser justamente este processo de /


transmutação para chegar a uma outra fórma, uma outra
natureza, um outro estágio evolutivo e ele vai ser, em
determinados momentos*1evado por ideais muito a lto s, /
muito sublimes, em outros momentos vai se deixar le -
var muito fortemente pelos impulsos e pelos in tin to s.
Por isso existe no Escorpião uma dualidade.

0 símbolo do Escorpião representa tudo aquilo que


brota, daquilo que vem de baixo, daquilo que vem do
chão. E”o símbolo do vulcão, das nascentes e das ver­
tentes. E'tudo o que brota do mundo in v is ív e l. A agua
do rio é a água de Escorpião. A água do mar é a água
de Peixes, e a água dos lagos é a água do Câncer. A
água dos lagos, ela sobe e desce, devido às chuvas. A
água do rio ê a água que brota da terra e a água do
mar ê o mar primordial, onde toda a vida brotou e sur­
giu. 0 "M" com uma flecha ("m * ) do Escorpião pode
ser representado como sendo uma. energia que aflora,que
vem â tona, que se manifesta, que vem ã luz. E ao mejs.
mo tempo pode simbolizar as energias te lú ric a s ou te r-
réstres, aquilo que está dentro de um plano horizontal,
que tem seus momentos de alto s e baixos, e também aque
le impulso em direção ao alto , porque Escorpião pode
ser aquele animalzinho no meio das pedras, como pode
13 5
ser a águia que se eleva.
0 Escorpião passa por momentos de profunda in tro s-
pecção e de se voltar para dentro de si mesmo.0 Es­
corpião tem mais domínio sobre s i mesmo; tem uma ten­
dência a se dominar, por isso que i s vezes nãodemons­
tram completamente aquilo que eles estão sentindo. Ele
passa por momentos de exaltação e momentos também de
aprofundamento, e nesses períodos de aprofundamento /
eles se tornam muito fechados. Eles têm uma grande
d ificuldade de aceitar ajuda de outros. Eles querem
entrar nos seus processos de transmutação e s a ir por
si mesmos. Eles d ificilm e n te aceitam uma ajuda e um
a u x ílio , e são geralmente tip o s au to ritá rio s que que­
rem impor aquilo que eles pensam, que querem impor so­
bre os outros aquilo que e le s acham que têm que ser
fe ito . Então vocês vão encontrar muitos ditadores no
signo de Escorpião.

Escorpião representa a consciência coletiva. Eles


têm o sentido da coletividade, da sociedade. Onde e x i¿
te um conjunto, deste conjunto se destaca uma consciêin
c ia . Onde existe uma co letivid ad e a l i vai e x is t ir tam
bêm uma consciência c o le tiva ou inconsciente coletivo*
como chamava Yung. Escorpião vai ser justamente esse
indivíduo que vai canalizar, vai veicular, vai captar
o sentido desta coletividade, e vai procurar fazer com
que esta coletividade cumpra o seu papel evolutivo.
Eles têm essa capacidade magnética de atração, de fa s ­
cín io , de envolvimento, de tal forma que eles têm o po
der e a força de estimular ou de conduzir esta massi»
para um ideal, para um o bje tivo . Mas muitas vezes eles
se tornam cegos pelo seu próprio impulso, pela sua pro
pria força.

Muitas vezes, eles se deixam levar por um excesso


de ambição e por uma tendência de se acharem onipoteji
tes, ou com o poder to ta l, e com isso eles criam para
si mesmos sua derrota. Mas o Escorpião acaba sempre /
se levantando e vencendo.
136

Muitas vezes, o Escorpião termina destruindo aquilo


que ele mesmo gerou, que ele mesmo aglomerou, quando /
ele não sabe dominar os seus impulsos.

0 Escorpião é de "sangue f r i o " mesmo com os filh o s .


Ele, se o filh o ca ir, ele não se abala com isso, e ain
da diz: "is s o é culpa sua, você deveria ter prestado 7
mais atenção". 0 Touro, não. 0 Touro vai lã,e jã quer
acomodar, jã quer agradar, já quer apaziguar pelo a fe ­
to. 0 Escorpião tem uma certa d ificuldade no r e la c io ­
namento com os filh o s, pela incapacidade de se subme­
ter. 0 Touro se acha escravizado ao f i 1ho.0 ‘f l o r e j e i -
ta os próprios filh o s , ou seja, no fundo ele quer des­
tr u ir aquilo que ele mesmo gerou. E, muitas vezes, pe­
la maneira impulsiva, a u to rita ria e enérgica com que
eles agem,eles magoam, ferem e isso depois vai gerar
dificuldades de relacionamento para eles.

H itle r, Goethe, Napoleão e Ghandhi tinham o Ascen­


dente em Escorpião. 0 que levou Napoleão ã derrota /
foi o excesso; foi ele achar-se extremamente poderoso,
extremamente capaz de vencer a tudo e a todos.

0 Escorpião tem um grande talento para planejamento.


São pessoas que têm muita fecundidade e fe rtilid a d e de
planos e_muita imaginação criadora, mas como sempre a
imaginação é muito, mas a realização ê pouca. Facilmen
te eles podem se deixar envolver por um mundo de fanta
s ia s . —

Se o Touro representa a aglomeração da matéria, os


lucros, os resultados, o Escorpião Representa, os lega­
dos, as heranças, as doações. Ele vai representar tudo
aquilo que eu recebo, sem ter sid o conquistado no pr£
sente momento, mas por um mérito adquirido anteriormeF
te. Accasa V ili vai representar também o In stitu to de
Previdência, todo o aspecto de pecúl ios e de aposenta­
dorias. Quando há aspectos d if íc e is na casa V i l i , vai
haver dificuldades e problemas de aposentadoria, pecú-
137

Tios, previdências, heranças, legados. A casa V il i sio


aqueles legados que vêm através de um esforço de outros
ou da coletividade, ou dos cofres públicos, porque aqu_i_
lo jã deve ter sido conquistado por ele no passado, nas
experiências do passado, em outras situações. E o que
efes recebem têm de saber usar com responsabilidade.

Vai e x is t ir uma identidade entre o Escorpião, a casa


V i l i e a atuação de Plutio. Também Marte é um segundo /
regente de Escorpião.

0 Escorpião é um signo de reforma, de transformar /


para renascer; são pessoas que reagem ante aquilo que
está estabelecido. A Balança já é o signo da aceitação,
do e q u ilíb rio . Depois que você deu in íc io a uma realiza^
ç ão (A rie s), depois que você percorreu todo esse percur­
so de /fríes até Virgo, que ê o aperfeiçoamento, você
chega em harmonia e em e q u ilíb rio com aquele impulso /
in ic ia l em Libra. Escorpião é justamente aqueta força
que vai romper, que vai v ir a r no avesso, vai transfor­
mar aquele e q u ilíb rio .

Um exemplo de Escorpião neste sentido é Martihho Lu­


tero , que se voltou contra aquela organização do_catolj_
cismo, aquela estrutura, com as coisas da re lig iã o e
procurou fundar uma nova corrente, o protestantismo.

0 Escorpião tem este aspecto de fa sc ín io que o leva


a transformar as estruturas. Há também aqueles que que
rem transformar as coisas violentamente t a is como os
subversivos, os te rro rrista s, isto é, através da força,
da imposição, da violê n cia, mas geralmente eles acabam
sendo auto-destruídos.

Tem que e x is t ir o Escorpião para que as coisas não


venham a se estagnar. A função dele é justamente a de
romper o e q u ilíb rio , e ê muito d i f í c i l não encontrar um
Escorpião desiquilibrado. E 'd i f í c i l porque ele sempre /
está num extremo ou no outro; ele vai de uma extremo p£
ra outro. Há aqueles que em certas épocas são capazes
138

de viverem como faquires e de repente se transformam /


em glutões, porque el es querem se n tir o extremo das
coisas. Gandhí com o Ascendente em Escorpião, com o
auto-domTnio e o jejum procurava fazer com que o povo
vivesse em harmonia, em paz, para que parassem os atri_
tos, os c o n flito s e lutas, mas isto era ã custa de um
a u to -sa c rifíc io . 0 s a c r ifíc io é para que a obra tenha
continuidade.

Outro símbolo de Escorpião é a Fênix, ave fabulosa,


que alimenta os seus filh o s com a sua própria carne, e
que renasce das cinzas e que se destrói no fogo e de­
pois renasce.

Todos aqueles que têm um papel de transmutação, de


a u to -sa c rifíc io em prol de um ideal, mostram um aspec­
to de Escorpião.

0 animal escorpião chega a mudar a pele inúmeras ve^


zes, isto é, a sua casca. 0 Escorpião renova, mas da
quilo que já existe antes; ele di uma nova forma ao
que já e x istia antes, enquanto que o Aquário ou Urano
renova trazendo ou descobrindo um elemento novo que
não e x istia antes. Ele tem um poder criador no sentido
de transformar a matéria que e x iste numa outra forma.
Ele cria uma nova forma, mas não c r ia nada de novo,ele
só dá um novo aspecto a uma c o isa que já e x istia . 0
Aquário ê capaz de c ria r realmente alguma coisa absolu^
tamente nova, uma coisa inusitada. Por exemplo, Edson
que inventou a lâmpada incandescente. Ele tinha o Sol,
Mercúrio e Netuno em Aquário.

0 Escorpião também está ligad o com o sentido de pe_r


petuação da vida, porque é um dos quatro signos fix o s
cuja função é perpetuar a vida e a criação: Touro,Leão
Escorpião e Aquário. 0 Escorpião se interessa por tu­
do aquilo que possa trazer uma renovação da vida, como
o ciru rgião que vai cortar para curar. Ele não pode
ver nada que esteja precisando de curar, que já vai
a ll cutucar. E‘o signo de combate ã desvi tal?zação.Ge
raímente, as pessoas que têm o Sol em Escorpião têm ta
lento para a medicina, para a c iru rg ia , mas têm desvi­
tal izações, perdas de energia. E como ele simboliza/
a passagem do mundo f í s ic o para o m etafísico, dá uma
tendência para o indivíduo viver em dois mundos. Ele
vive i s vezes uma vida parale la, e sio pessoas que têm
uma boa capacidade de deslocar-se astralmente, de se
deslocar do corpo. São pessoas que gostam de correr
risc o s, e que estão sempre em atividades arriscadas ou
a tra íd o s por tudo que esteja envolvendo risco. Quando
ele percebe que as c o isa s estão realmente se destruin­
do, ele tenta reagir com todas as forças para conser­
var aquilo que foi levado a uma situação extrema.

Judas Iscariotes não queria ser um traidor, mas pro


vocar uma revolta. Ele era um revolucionário e um sub^
versivo que estava no meio dos 12 apóstolos. Ele sabia
que Jesus tinha um poder, que era uma figura respeitá­
vel, que tinha um carisma sobre o povo e o povo o t i ­
na como um guia. Ele pensou: "Bom, se eu provocar a
prisão dele, o povo vai se revoltar e ele vai reagir ,
vai usar a sua força; poderá comandar uma revolução e
expulsar os romanos, j i que ele era capaz de ressusci­
tar os mortos e transformar a água em vinho! " 0 Escoar
pião tem este sentido de ver o que está oculto, de ava_
l i a r o poder ou o talento ou a qualidade dos in d iv í­
duos. Ele quis provocar esta reação, mas Jesus se en­
tregou mansamente, porque ele não queria uma revolução
armada ou p o lític a , mas uma transmutação em termos es­
p ir it u a is , e por um outro lado, se não tivesse havido
a cruz, se ele não tiv e sse sido crucificado, ele seria
talvez desconhecido hoje. Judas»vendo falhar o seu
plano, virou o ferrão de Escorpião contra si mesmo e
se matou. Ele não tra iu Jesus porque o próprio Jesus /
lhe havia d ito: "Vai e faze o que tu tens que fazer"?
Ele sabia de antemão que aquele indivíduo tinha aquela
função e era o instrumento para aqu ilo.

Se o Escorpião não souber dominar os seus impulsosi


ele vai acabar destruindo aquilo mesmo que ele atraiu.
Vejamos um exemplo ocorrido numa aula de a stro lo gia
com um aluno. Em todas as aulas ele v iv ia fazendo per­
guntas, interrompendo o professor e fazendo desviar o
curso da aula para outros assuntos.

0 aluno pergunta:"Mas o Escorpião ê provocativo /


mesmo ? "
Resposta:Você vive provocando. Você quer sempre sa_
ber uma coisa que não está na hora de saber ainda. Vo
cê pega Urano lá não sei onde... e vem com perguntas 7
particulares, quando nós estamos aqui ainda vendo só
generalidades... Você fica provocando,porque você quer
saber. Não ê uma desarmonia, não ê uma provocação para
mim. Seria uma desarmonia se eu quisesse. Se eu perder
a minha paciência de Touro. Já d isse diversas vezes /
que você tem de aprender a escutar e tem de saber dei­
xar que as coisas cheguem na sua hora. Mas você fic a
sempre provocando! Não adianta eu responder a pergun­
tas particulares, mas aquilo que você observar, viven-
c ia r e assim ilar, isso vai se fix a r em você. Você tem
de aprender a se submeter a que as coisas sejam dentro
de um certo ritmo, porque a autoridade aqui sou eu, se_
não eu não estaria aqui e você e sta ria no meu lugar.
Isto é um exemplo de Touro e Escorpião. Você precisa é
aprender a aprender. Quando eu comecei a estudar as­
tro lo g ia eu era também muito impaciente; queria apren­
der tudo de uma só vez, e no fim eu descobri que isso
só dava confusão. Temos que permanecer receptivo e
esperar que as coisas venham a ser estruturadas dentro
de nos, que as respostas daquilo que a gente quer sa­
ber venham por si mesmas e na hora adequada. Eu parei
de perguntar, quando percebí que estudando, pouco a
pouco, as respostas vinham a riiim. Aquilo que nós t i ­
vermos de saber v irá a nós mais dia menos dia de qual­
quer je ito . Você pode ler 20 liv ro s e chegar ao fim e
continuar sem saber nada. E~ preciso deixar as coisas
flu i rem. Tudo vem no momento adequado.

0 Escorpião sabe que você tem esse conhecimento, e


quer de toda maneira que ele ponha isto para fora, mas
tudo tem o seu momento. 0 Escorpião tem que na vida
aprender a dominar os seus impulsos, a ter paciência /
que é o Touro. 0 Touro tem de aprender a se dominar
no sentido de saber se submeter, e o Escorpião a se da
minar para poder impor. Ele quer ter o domínio sobre
a sua mão para poder cortar. Geralmente, o Escorpião /
tem uma grande capacidade de u tilizaçã o dos materiais,
mas se ele souber dominar a si mesmo e os seus impul­
sos.

Na India, a constelação do Touro, chamada a conste­


lação dos Sete R ish is, e considerada como o centro da
nossa galáxia, ou seja, ê v ista como a constelação que
dá a forma, o que dá o prin cípio a toda vida. Rishi
quer dizer sábio. Lã a tradição diz que na antiguidade
todos os conhecimentos foram transmitidos por Sa6ios,/
vindo possivelmente de outros mundos e que deram aos
primeiros homens esses primeiros ensinamentos que es­
tão contidos nos Vedas. Os Vedas são liv ro s que têm
uma tradição antiquissim a e se sabe que os primeiros /
exemplares e scrito s datam de mais de 5.000 anos. A n ti­
gamente eram todos ensinados em versos. 0 indivíduo d£
corava aqueles 108 liv r o s grossos. Sabiam de cor aque­
les liv ro s . São os chamados Upanishads, compostos pe­
los Vedas. Os Vedas mostram as diversas fases do ens_i_
namento. Começam pela parte mais básica que ê o e n si­
namento dos ritu a is,d a s orações, preces, mantrans, po£
turas. Numa das partes dos Vedas vamos encontrar a a£
tro lo g ia que tem para e le s a função de mostrar, de i l £
minar. No fin al dos Vedas existe a Vedanta, que quer
dizer o fim dos Vedas, que ensina a finalidade de to­
dos esses ensinamentos que é justamente a busca e a
descoberta da essência, do eu sou. A a stro lo gia mos--
tra, ilumina, esclarece; ê a busca da essência; é a
descoberta do eu sou.

Vimos então que no Touro você acumula, você obtém /


pelo trabalho; no Escorpião você devolve, você trans-
forma, você transmuta, você dã uma nova forma, trans­
forma a forma gerada no Touro.

A casa il no horóscopo vai representar aquilo que


você é capaz de adquirir, aquilo que você e capaz de
acumular, de ganhar, de obter através dos seus esfor­
ços, dos seus próprios impulsos, do seu próprio traba­
lho.

Touro vai representar a lavoura, o trabalho na ter­


ra. 0 lavrador vai estar diretamente ligado ao p rin c í­
pio cósmico, porque ele será aquele indivíduo que irá
c u ltiv a r a terra, obedecendo aos movimentos bipolares/
da natureza, as estações, os c ic lo s naturais e todos
os fluxos de energia v it a l da natureza.

0 Touro vai ser aquele período ¡mediatamente depois


do nascimento, onde o impulso da vida ê a formação, a
geração. E~a aglomeração da matéria para formar o veí­
culo fís ic o . Essa matéria acumulada do Touro vai ter
um movimento interno de transmutação de energias que
possibi 1i tam c ria r novas formas, plasmar, gerar. Esse
movimento interno é o Escorpião. 0 Escorpião vai ser
aquele líquido seminal que será o veículo desta vida,o
plasma que pode dar p rin cíp io a novas formas de e xis­
tência, enquanto que o Touro vai ser o le ite materno /
que irá alimentar essa forma. AÍ você pode perceber/
a ligação entre o Touro e o Escorpião, a atuação simul
tânea do mesmo eixo. Por isso.Vênus(Touro) e Plutão T
Escorpião) estão ligados a todo funcionamento glandu­
lar que é responsável pela alimentação, pela sustenta­
ção e pela criaçao da vida.

0 Escorpião será toda a imaginação, toda a fantasia,


toda a emoção que irá su rg ir desta capacidade de perce
ber as in fin ita s p o ssib ilid ad e s das coisas, a capacid£
de geradora e_criadora, especialmente em termos emocio
nais. Escorpião são as emoções intensas. Escorpião ¥
143

o. vulcão. Sio todas aquelas irrupções que provêm dos


mundos subterrâneos, daquilo que esta oculto, da pró­
pria matéria, da própria forma. E~a força e a energia
que se lib e rta da forma; ê a energia atomica; é o rom
pimento da cadeia celular, dos núcleos, dos átomos em
que as p artícu las atômicas liberam uma energia radian^
te que é o próprio Sol.

Mas um signo nio pode ser analisado e compreendido


isoladamente. E~assim que o eixo Touro-Escorpião está
intimamente ligado também ao eixo Leo-Aquário, isto é
esta aglomeraçao que é o Touro e esta geração que é o
Escorpião não se realizam sem que este eixo faça uma
conexão com Leão e Aquário. Mais ainda, há uma tre­
menda ligação entre todos os eixos entre s i. Por exem
pio,-vejamos. 0 Sol é regente de Leão e está exalta­
do em /Tries. Para você gerar a vida e necessário /
a tr a ir uma centelha e uma fagulha s o la r que anime,que
dê vida a essa forma. Para isso é preciso que e xista/
uma vibração cósmica, algo que venha do espaço ou que
venha de um mundo ideal. Esta individualidade que
surge em A rie s já e x istia no mundo ideal ou no arque­
tipo, c o le tivo que ê o Aquário, que é a irradiação. A
explosão atômica que surge deste rompimento da maté­
r ia (que é Plutão e Escorpião) produz Leão, produz c£
lor,- que faz com que toda a atmosfera se expanda e e£
se calor vai fazer com que os próprios metais se eva^
porem. A explosão nuclear é análoga ao próprio Sol e
se admite que o Sol atua através de grandes transmuta
ções nucleares. E estas transmutações por sua vez vao
c ria r irradiações que vão ser o próprio Aquário. A ra
dioatividade ê um elemento aqua ria no. E por uma notá­
vel .curiosidade, todo o elemento radioativo no final
de sua existência se reduz a Saturno, que é o chumbo.
Toda a tradição dos processos alquím icos da transmut£
ção não ê nenhuma fantasia. Este processo é fe ito ho­
je dentro das usinas nucleares, somente que para os
alquim istas tinha a finalidade da transmutação do pró
prio indivíduo.
Desde 1930 para cá,a humanidade está vivendo uma
época intensamente plutoniana em que os acontecimentos
coletivos se tornaram de domínio de todos. Também vive^
mos uma época de ativação do Aquário,que é a comunica­
ção que está se processando cada vez mais em larga es­
cala. A coletividade humana se tornou cada vez mais /
consciente da sua totalidade e o mundo deixou de ser
cada vez mais aquelas aldeias r e s tr ita s , aquelas alde­
ias fechadas,que eram a c a ra c te rístic a da Era de Péi-
xes. Na Era de Peixes,nós tínhamos as cidades muradas;
as portas e as janelas eram e stre ita s. Tudo era ocult(>
isolado. Em Aquário, surge o impulso da comunicação ,
da expansão, da m ultiplicação e isso se tornou muito
mais intenso neste século, na era atômica.

A humanidade está justamente agora de posse de um


poder tremendo,de um poder de transmutação, de rompi­
mento das energias e das forças vivas da matéria de
tal maneira que,se não houver consciência, isso irá
causar a destruição dos seus próprios criadores ou ma­
nipuladores disso.

As usinas nucleares são ambientes completamente fe_


chados, isolados, re strito s e são manipuladas por i n - :
divíduos que têm uma determinada capacidade, conheci­
mento e talento, tal como antigamente nas in icia çõ e s/
em que as atividades eram exercidas em ambientes màgi
eos, ocultos e onde era necessário que o indivíduo 7
chegasse a um determinado grau de consciência para po
der manipular aquilo.

0 eixo Touro-Escorpião vai ser o eixo dos desejos


materiais e formais _de um lado (Touro), e da imagina­
ção, fantasia e emoções profundas do outro(Escorpião),
Vai ser a vibração f ís ic a ou formal e a vibração a n í­
mica ou emocional.

No indivíduo de Touro, vocês vão perceber a neces­


sidade da satisfação dos seus próprios desejos.
A casa II do horóscopo vai mostrar de que forma vo
cê se alimenta e de que tipo de alimento você' gosta
mais. Quem tem a Lua na II prefere líquidos, le ite e
todos os derivados de le ite , porque a Lúa está ligada
ao le ite , ao Câncer. Quem tem Marte na casa I I , gera]_
mente, gosta de carnes, de comidas picantes, de coisas
acidas.

0 taurino vai ser o signo da percepção v isu a l, da


percepção se n so rial, daquilo que ê objetivo, concreto,
formal, enquanto que o Escorpião vai ser o signo da p£
netração e s p ir itu a l.

0 taurino entra numa sala e logo procura ver se as


cores e as formas estão em harmonia, se os volumes com
binam ou não entre s i, enquanto que o Escorpião entra
numa sala e vai logo ver de que modo, de que forma ele
pode arrumar as coisas para o espaço ser melhor apro­
veitado. Enquanto que o Touro se encanta com o apareja
te, com o formal, o Escorpião procura o essencial, o
que está oculto, com o valor, a qualidade, o talento /
do indivíduo. 0 Escorpião tem essa capacidade de pene_
tração e de identificação com o outro; ele tem a capa­
cidade de s a ir de si mesmo emocional mente e de se ide£
t if ic a r com o outro. Por isso vamos encontrar dentro
do signo de Escorpião p siquiatras, psicólogos, c ir u r ­
giões, enfim, todo aquele tipo de pessoa que tem a ca­
pacidade de se envolver com o outro, de forma a ver as
coisas como aquele indivíduo vê e de se introduzir deli
tro dele «cutucar e procurar despertar nele o poten­
c ia l que ele percebe latente no outro ou nas coisas.
Ele tem o poder de fa scín io , de envolvimento, de iden­
tific a ç ã o . Muitas vezes, a forma com que ele se apro­
xima, a forma com que ele penetra, com que ele cutuca,
a maneira que ele usa para chegar a esses fin s, traz
uma reação oposta, quando lhe fa lt a a diplomacia, a d£
licadeza, a capacidade de sen sibilidad e , o tato de ma­
nipular aquilo, de cutucar sem magoar, sem fe r ir , sem
dar ferroadas.
0 Escorpião geralmente vai d ire to ao ponto. Ele não
ê de fazer voltinhas, rodeios, ci rcunlõquios,-ou então
ele fic a aguardando uma oportunidade em que as condi­
ções lhe possibilite m de chegar diretamente ao alvo.
Vamos encontrar em Escorpiões grandes ditadores, gran
des e sta d istas. São indivíduos que têm uma capacidadeT
de perceber o que está por trás e de trazer aquilo ã
tona.

No quadro da Santa Ceia, a posição do Escorpião é a


de penetração, de querer penetrar na figura de Jesus.
Ele com o olhar atravessa o indivíduo. Ele vê o que es
tá por detrás, o que está do outro lado e ao mesmo tem
po a presença daquela força ou poder o assusta. Ele e
tanto fascinado quanto ele é lèvado a se re trair, a fu^
g ir daquilo.

Plutão é o planeta mais distante do sistema solar e


por ser o mais distante ê o mais fr io . Ele está envol­
to em gelo. 0 Escorpião tem esta frie z a, esta capaci­
dade de calcular e de a g ir dentro de um objetivo deter
minado. Escorpião ê o signo dos ciru rgiõ es. São as
pessoas que têm um grande domínio sobre os. instrumen -
tos que eles manipulam. Geralmente, eles querem ir ao
extremo para dali fazer su rgir algo. Geralmente, eles
pressionam as pessoas e as c o isa s. Forçam os elementos
para ver o que vai sa ir daquilo.

Muitas vezes,o Escorpião não precisa fazer nadajbas^


ta ele chegar numa sala, as pessoas já começam a rea­
g ir ã presença dele,porque ele pressiona com a sua
única presença. A vibração emocional, o magnetismo /
deles é tão intenso que é capaz de, sem fazer nada, já
começar a mexer e c ria r reações. E'comum o Escorpião/
entrar num lugar e alguma coisa v ira r, alguma coisa
m odificar-se. Por isso,na Santa Ceia, o sa le iro está
virado sobre a mesa. 0 Escorpião com aquela energia sa
code o ambiente. Onde passa um Escorpião as coisas nao
ficam mais como eram antes; ele modifica as coisas. Mui
tas vezes s io mal v isto s, porque e le s não se acomodam
às coisas t a is como elas estão. Eles querem transformà-
la s, m odificã-tas, para que elas manifestem plenamente/
as suas potencialidades. 0 Escorpião é incapaz de jogar
fora as co isa s. Ele sempre pensa em a p ro v e iti-la s de aj_
guma maneira. Então seria ótimo ter um Escorpião cozi­
nheira, porque ele vai dâr um je ito de engrossar a sopa/
Eles têm a capacidade de,com elementos diferentes,prod£
z ir novas c o isa s, dar àquilo um novo sign ificad o , tran£
formar o s ig n ific a d o das coisas. Aqui não se trata ape
nas do Sol em Escorpião, mas há muitas posições que dao
estas c a ra c te rístic a s: basta ter em Escorpião a Lua,
pi ter, Saturno, Marte, Venus, etc.

Eles vão ter uma grande capacidade interpretativa, /


grande capacidade de compreender, de entender o s ignifJ_
cado oculto das coisas, das palavras, das pessoas, dos
indivíduos. 0 Escorpião vai ter basicamente estas cara£
t e r ís tic a s .

A casa V i l i vai representar a transmutação da cons­


ciência do indivíduo em direção ã consciência coletiva;
então é a própria morte do eu. Muitas pessoas vêem a£
pectos na VI 11 e j l vão dizendo que a pessoa vai morrer
cedo. Mas a morte do Escorpião ou da casa V ili não pre­
cisa ser necessariamente uma morte f ís ic a , mas pode ser
uma morte sim bólica, uma morte em termos de idéia,de um
c ic lo ou de um período de nossa vida, de uma fase da no
ssa existên cia. Pode ser também em termos de entendí -
mento, em termos de compreensão do mundo. São as c r i­
ses pelas quais o indivíduo passa e das quais vai sair
renovado, mudado. Ele renasce para uma nova vida. Por­
tanto, se a pessoa tem aspectos na casa V ili ou no s ig ­
no de Escorpião, conforme esteja ali- a Lua, o Sol ou
tal planeta, isto vai s ig n if ic a r que ele terá muitas /
transformações durante a sua existência naquele sentido.

Onde vocês têm o signo de Escorpião no horóscopo de


vocês, a li vocês têm que esperar sempre transmutações,
mudanças, necessidade de morrer para renascer numa ou­
tra situação, numa outra fase, num outro plano.

Se você tiver aspectos na casa 11, vai ser com re­


ferência aos ganhos e ''as realizações m ateriais, se o
Escorpião estiver a l i . Se o Escorpião estiver na I I I ,
vai ser no aspecto do aprendizado; você irá aprender /
coisas que depois você vai ter que reformar completa -
mente, para chegar a uma nova compreensão daquilo que
você tinha entendido antes. Se for na IV casa, vai
ser em relação ã fam ília, ã tradição, ao passado, ao
lugar de nascimento. Também onde e stive r o Plutão pode
acontecer a mesma coisa. E assim por diante.

Onde estiver o Touro vai ser justamente onde você


vai adquirir, onde você vai ter capacidade de aglome­
rar e onde você vai ter capacidade de realização a tra ­
vés do seu próprio trabalho.

A casa V ili é a casa dos legados. Quem tem Urano na


casa V i l i , por exemplo, poderá ter como legado a Astro
lo gia , que é Urano.

Geralmente, as pessoas que têm aspecto na casa V I I I


passam ao redor dos 28 a 30 anos por uma grande tran^
formação da personal idade na vida e transformações pro
fundas. A casa V I I I s ig n ific a também riscos de vida,sj_
tuações de perigo, mas estas situações também você su­
blima, se eleva e acorda para outra situação ou s it u a ­
ções. Kennedy, por exemplo, quando tinha 30 anos,ele
servia na marinha americana. Uma vez ele foi varrido
de cima de uma lancha por uma onda. Então depois d ali
é que ele começou a se meter na p o lític a , Aquilo foi
uma sacudida na vida dele. Então todos os Escorpiões
ou pessoas que têm fortes aspectos na casa VI I I passam
por experiências que realmente os sacodem e os acordam
para uma série de coisas que eles não estavam percebeji
do. Por isso eles têm que aprender a se transformar com
a vida.

Se a pessoa tem um trígono entre Plutào e Venus » ele


tem uma sintonia entre a transmutação, com esta aglome­
ração que tem que ser transmutada para a tin g ir um novo
valor e um novo sentido, No caso dos maus aspectos en­
tre ambos,vai haver muitas mudanças ou transformações
também, porque existe um contraste entre as duas forças.

0 eixo Touro-Escorpião ê o eixo da conservação do m


divíduo e da espécie (dinheiro e sexo).

A casa II do horóscopo vai ser basicamente o setor /


das nossas realizações, dos nossos ganhos, dos nossos /
lucros, das nossas responsabilidades de aquisição. E' a
casa dos ganhos e dos lucros através do trabalho. Na c£
sa II eu fixo a vida, eu tenho os recursos materiais,eu
consigo aglomerar, conservar a vida. E'o princípio da
aquisição, da aglomeração da matéria, da realização.

A casa V i l i vai ser a transmutação, os nossos lega­


dos, as npssas heranças, as doações que nós recebemos.
E“aquilo que eu tenho d ire ito por fator genético, here­
d itá rio , por esforços fe ito s no passado, onde nós temos
as p o ssib ilid ad e s de nos a n a lisa r, as possibilidades de
desvi talização , onde vamos ter as nossas devoluções, as
nossas perdas.. E'a casa das perdas, dos prejuízos, no
sentido das transformações. Na V i l i eu vou ter também /
os meus risco s de vida, os meus enfraquecimentos, a pe£
da de v ita lid a d e . Em Escorpião, eu posso reformar, regie
nerar, transformar, transmutar. 0 Escorpião não cria
nada de novo; ele simplesmente transforma os elementos
que já possuia. Ele pega aquilo que já está criado e dá
àquilo uma nova forma, como dissemos antes.

0 eixo da II e da V i l i vai caracterizar a parte afe­


tiv a e emocional, o funcionamento glandular, a todo
aquele período de vida que se relaciona ã formação do
corpo através da a l imentação, da própria gestaçao,e que
vai se r e fle tir em termos psíquicos no indivíduo. Es­
te reflexo vai se caracterizar basicamente no aspecto
emocional. Escorpião é um signo de água e os signos
de água são os aspectos emocionais e psíquicos do in­
divíduo.
A alimentação, a forma de educação na infância vai
ter influência em termos de formaçao da personalidade
do indivíduo e em termos emocionais e psíquicos. Por
esse motivo, Freud que era um Touro, estudou esta pa£
te da libido, das tendências o ra is, anais e sexuais e
fez toda uma análise da personalidade baseada nisso.
Ele foi o primeiro que interpretou os sonhos como rna^-
nifestações da psique humana e interpretou os sonhos,
buscando uma compreensão dos traumas fundamentais do
indivíduo. Aos primeiros traumas, aos primeiros cho­
ques emocionais, as in satisfaçõ es pela im possibilida­
de de realização dos próprios desejos vão fazer com
que o indivíduo chegue i gênese, à percepção da duali
dade das coisas, da sua separação do pai, da sua d iv i
são de si com os outros, com os irmãos, etc.

0 taurino você conhece pelo pacote grande que traz


do supermercado; tem mania de comprar comida, de con­
sumir, de comprar coisas que eles não usam, enquanto
que o Escorpião tem horror de jogar coisas fora; ele
não gosta de desperdiçar nada. Ele quer usar tudo o
que ele tem. A mulher de Escorpião costura as meiás
velhas, reforma as roupas, v ira os casacos no avesso;
estão sempre transmutando algo e o taurino não. Ele
sempre busca coisas novas, e sté tic a s, belas, que não
foram usadas; ele faz questão de embelezamento e e st£
tic a .

Q Escorpião vive estragando, e também rompe com as


c o isa s; ele tem uma vibração muito forte e usa as coi
sas até os lim ites delas. Ele quer t ir a r das coisaT
o máximo que elas podem dar. E o taurino, não. Este
quer preservar a forma, a aparência, a estética das
c o isa s. 0 taurino se enche, se acumula, de pequenos /
151

detalhes, que ele não usa. Por exemplo, a mulher de


Touro tem uma tendência a procurar detalhes que embel£
zam. 0 El v is Presley era Ascendente Touro. Ele vivia
cheio de babados, de lantejoulas, de dourados, de cin­
turões, de pedras, o que e tipicamente de Touro; o mu
Ih e r il em redor dele, a voz, a parte estética, a bele­
za e tudo o mais.

0 taurino tem essa tendência a tuda aquilo que é


bastante rebuscado, muito cheio de detalhes estéticos.
0 Touro no Ascendente dã uma tendência do sujeito en­
gordar, e tem problemas glandulares. As glândulas,se­
gundo se sabe, são responsáveis pelo crescimento do
corpo. Por isso , tudo aquilo que rege o crescimento /
f ís ic o , tudo que está ligado ao processo de aglomera -
ção material está ligado com o Touro. Você tem as glin.
dulas sa liv a re s que estão ligadas com o gosto,com o p£
ladar, quer dizer, para voce se se n tir atraído por uma
comida é a parte do Touro, é o lado gustativo, o senso^
r i a l, a sensorial idade, tudo aq u ilo que leva para uma
aglomeração e para uma fecundação está ligado ao Touro.
A f lo r é Touro. A f lo r com as suas cores, com o seu
perfume atrai os insetos que vão fecundá-la e dali na^
ce o fruto. Então Touro está ligad o a tudo aquilo que
aglomera, que a tra i, que procura fu n d in a q u ilo que ê
separado, aquilo que ê d ivid id o , que é bipolar izado.

¿ r ies é o masculino e Touro é o feminino. Agries é o


cérebro. Na Medicina, se sabe que o cérebro comanda o
sistema glanduar. Parece que do cérebro saem 12 f e i ­
xes nervosos. Na acupuntura, existem 12 meridianos; na
a s tr o lo g ia , 12 signos e Jesus teve 12 apóstolos. São
12 pares de cada lado do cérebro. E e ' do cérebro que
sa i a energia criadora. Na cabeça humana há 7 o r i f í ­
c io s. Arres é a cabeça, a unidade. Libra, o n? 7, é a
relação com o todo. AÍ você se relaciona com o todo /
através de 7 canais, 7 pontos de troca. E' como na
h is tó r ia do Zen que diz que a abertura dos 7 o r i f í ­
cio s causa a perda da consciência, da individualidade.
Então é a relação com aquilo que é externo, com o 7,
152
que é a Libra.

Se vocês buscam uma pessoa para executar, para realj_


zar, para dar forma, nada melhor que o taurino, que é o
tipo que senta e faz. Mas é necessario que eie goste dia
q u ilo que ele está fazendo; é fundamental o gosto pelo
que ele faz. Mas é um tipo que executa, que rea 1i z a ,que
d i forma. 0 taurino se aglomera de atividades. A d i f i ­
culdade dele é de dar uma organização ao que ele faz. E
quando ele tem que fazer urna co isa que nio o agrada, ele
o faz contrariado, ele faz de mau humor. Ele faz poi
que a sua defesa é a submissão. Ele vai se submeter até
a hora em que ele põe de fora a autoridade dele. Por is^
so que Touro está ligado com a escravatura. Quando Plu-
tão passou por Touro, foi quando houve a libertação dos
escravos aqui no B ra s iT e também nos Estados Unidos.

0 taurino tem que aprender a se organizar. A o rg a n i­


zação é do Escorpião. 0 organismo é uma coisa escorpiô-
nica. Quer dizer, a relação que e xiste entre as partes
de um conjunto, isso ê uma coisa escorpiônica. As pes­
soas de Escorpião têm uma grande capacidade de perceber
o conjunto das coisas em funcionamento. Eles sabem o
fluxo que as coisas têm de um compartimento para o ou­
tro, de um órgão para outro, de um lugar para outro.Ele
percebe essa interrei ação entre as coisas.

A Balança ou Libra, o signo que vem antes, é o con­


junto, mas a organização desse conjunto está no Escor­
pião. Então voce pode nos perguntar: "mas Virgo não tem
uma relação muito grande com a organização, com a com­
p ari imentação das coisas ? " Sim, mas o Virgo é a d if e ­
rença que existe entre as co isa s, é a distin ção que
e la s possuem entre s i, no que elas são d is tin ta s umas
das outras. E'a variedade das coisas, mas elas ainda
não estão em ordem. 0 V irgo tem a capacidade de d isc e r­
n ir as diferenças, mas não de pôr em ordem essas d if e ­
renças. Escorpião é mais dinâmico, ele intera rei aciona.
Ele faz com que aquilo forme um conjunto integrado, um
conjunto que funcione com um determinado fim. 0 Eseor-
15.3

pião arma o conjunto tendo em v is t a uma finalidade. A


capacidade de d isc e rn ir os elementos que vão compor es
se conjunto para a t in g ir aquele fim está com Virgo.

Virgo caracteriza as diferenças. Ao passo que aquj_


lo que é único, in dividual, está no Leão. Mas a compa­
ração desse um com o outro é V irgo. Virgo é a compara­
ção do particu lar para o p a rtic u la r. A Libra é o con­
junto que essa variedade de unidades forma. 0 Escorpi­
ão é a organização que isso toma. 0 Sa gitário é o aj_
vo que isso terá que a tin g ir , o sentido que isso tem.O
Capricórnio é a concretização que realmente isso alean
ça. 0 Aquariano é então a irradiação que essa realiza
ção causa, porque essa irradiação não afeta só a pro­
pria coisa, mas também se comunica para as outras pes­
soas que existem. Se irrad ia e na medida em que se i r ­
radia, se d issolve , quando então entra o Peixes. Tudo
isso, portanto, está dentro do todo; isto existe den­
tro de uma totalidade maior. Nada e x iste isolado no
universo; tudo está como numa reação em cadeia; mexeu
num mexeu em todos. Daí que para a n a lisa r um aspecto é
preciso comparar com os outros. 0 Peixes tem a capacj_
dade de perceber totalidades e não particularidades. 0
pisciano vê as coisas em termos de grandes conjuntos ,
não em termos de variações. 0 pisciano, por exemplo,vê
tudo idêntico. Ele não diz: esses são astrólogos,esses
são psicólogos, esses são homeópatas, aqueles sao ufó—
logos. Ele vê todo mundo como uma coisa só. Esses são
chineses, aqueles são alemães, esses são austríacos.
Ele vê as coisas sempre por grandes conjuntos. Ele vê
o todo da coisa; ele vê o que em tudo aquilo existe de
idêntico entre s i.

0 Escorpião tem esse poder de dar a organização,mas


quem vai mostrar o caminho, o alvo, é o Sa gitário . Por
isso o Escorpião deve aprender a ter alvo s, precisa /
ter objetivos; ele precisa ter uma meta. Por esse me¿
mo motivo, os Escorpiões são muito chegados a ideolo­
g ia s, a re lig iõ e s, a objetivos a serem alcançados. Ele
percebe o alvo, mas para chegar a esse alvo, eie vai
procurar a g ir sobre a coletivid ad e, sobre a sociedade.
Por isso o Escorpião tem sempre uma função c o le tiv a ,
uma função social. Por menor que seja o mundo dele ,
ele sempre vai ter uma atuação coletiva; ele sempre
se destaca da coletividade; ele sempre será um elemen
to de atração coletiva. Dentro da fam ília ê um indivT
duo que age sobre a fa m ília . Dentro do clube, se _ha
um suje ito que é líd e r, você vai ver lá um Escorpião,
que organiza, que dinamiza, que aglu tin a. Mas para
ele realizar, ele vai pre cisar dos taurinos, dos exe­
cutores.

Ge ral mente, no mapa de uma pessoa de Escorpião, vê


se a fa cilid ad e de planejar, de c ria r, de imaginar, 7
mas a execução é sempre o ponto chave, o ponto fr á g il*
Ele tem o poder de fa sc in a r; ele consegue penetrar no
âmago das pessoas e m obilizar aqueles elementos que
se acham nelas mais o cu lto s, mais latentes, mais ado£
mecidos, e mobilizar essa força,e le vá-la a um extre­
mo. No entanto, muitas vezes, as pessoas não estão
preparadas para mobilizarem aquela forma, então eles
reagem, ou dão qquilo de s i enquanto ele está a l i cu­
tucando. Quando ele pára, a coisa volta para trás.
0 Escorpião tem um poder magnético muito grande, o po
der de domínio. Paganini era Escorpião; ele domina­
va o público, ele fascinava. Ele tinha um poder de mo
b ilização , de fa scín io .

0 Escorpião tem uria cabeça do formato da cabeça de


uma cobra, quando no Ascendente, enquanto que o tauri
no tem uma forma mais redonda, mais adiposa. Os t r a ­
ços dos taurinos geral mente são estéticos, agradáveis.
Os traços dos Escorpiões são melo angulosos e rudes ,
não muito estéticos, quando no Ascendente e não se en
contra a í nenhum planeta. Geral mente o Escorpião sê
id e n tific a porque ele tem uma conformação f ís ic a ca­
ra c te rístic a : ou eles têm um tronco desproporcional !
das pernas, ou eles têm as pernas desproporcionais ao
155

corpo. 0 tórax ê geralmente sobressalente e as pernas


são firmes e vocês podem ver que o próprio animal é a ¿
sim. 0 escorpião é assim, na frente é mais grosso e
a tr is ele afin a de repente. E vocês conhecem o Escor­
pião, porque aonde ele entra ele começa a v ira r as coj_
sas, a a lte r a r as coisas, como já dissemos antes. E'co
mo que uma espécie de energia que emana deles,, e que 7
sacode as c o isa s que estão em torno.

0 Escorpião representa os órgãos geni ta is , as poss_i_


bil idades de se regenerar. Conceber é regenerar*» é re­
nascer; é o poder que o ser humano tem de se m u ltip li­
car, de se recriar. Nisso ele d e safia, ou ele é análo­
go ã divindade. Quer dizer, onde o ser humano ou a na­
tureza se id e n tific a com o Criador ê com sua capacida­
de de auto-reprodução. Então,por isso que toda parte /
de genética, toda parte de geração, está sujeita a fo£
tíssim os tabus, preconceitos e repressões.

Estamos na era de Plutão. Quanto i s previsões que


se fazem de ámbito mundial, devemos considerar que a
a stro lo g ia não deve ser fe ita de maneira rígida e fata_
lis t a . Os 60 milhões de judeus que morreram na guerra
podem ser reencarnações dos mesmos que antes mataram a
outros. 0 Rio Grande do Sul já fo i fundo de mar três
vezes. A 300 metros em cima de uma pedra se encontram/
conchinhas incrustadas na rocha. E não devemos tampou,
co deixar de abordar a astro lo gia sem uma compreensão/
e s p iritu a l, transcendente, m etafísica ou f ilo s ó f ic a , s £
não,não dará cabal resposta à solução dos problemas tw
manos, i dor e ao sofrimento, herança de todos os ho­
mens que vivem no nível atual de evolução do nosso p l£
neta. E catástro fe s e c o n flito s sempre existiram e
tão cedo o homem não conseguirá ainda resolver o pro­
blema das guerras e de tudo que d isso advêm.

0 aspecto essencial da interpretação repousa nos


signos, nas casas. As casas são campos de experiência
humana e os signos são as polarizações desses campos
156

de experiência. O signo da ponta da casa vai in dicar


qual a natureza daquela experiencia, daquele campo de
experiencia.
A casa I I , por exemplo, representa as realizações.
Então,conforme o signo que você tem na casa I I , as rea
1izações terão urna determinada polaridade, uma determT
nada natureza, que vai ser o oposto da casa V I I I , que
vai representar a transmutação. A casa II ê a aglome­
ração e a casa V I I I ê a transmutação.

A casa I l e o que eu conquisto e realizo pelo meu


trabalho e a casa V I I I é o que recebo, porque eu já t r £
balhei por aquilo. E'por isso que a casa V i l i é a capj_
talização. 0 capital ê o dinheiro, ê o valor m aterial;
capitalização ê um símbolo daquele valor. Por exemplo,
o trabalho que eu faço aqui ê ensinar, ê a casa 11. A
casa II ê a real ízaçao, mas o que isso traz para den­
tro da consciência co le tiv a , daqueles que estudam comj_
go aqui, ou para a própria sociedade, isso ê a casa
V i l i . E'um valor abstrato, não um valor que possa ser
comercializado, trocado, apalpado, observado, ê uma
coisa impalpãvel. 0 Escorpião são todos aqueles v a lo ­
res intrínsecos, internos. A casa V il i se refere a va­
lores abstratos e não a valores m ateriais, mas que po­
dem se transformar em valores também, da mesma forma
que os da II podem se^transformar em abstratos. Portan^
to, os signos que estão na ponta daquela casa vão ind_^
car a natureza desses valores re a is e abstratos.

0 curso de interpretação tem esse objetivo, que ê o


de fazer vocês se integrarem com essa organização básj^
ca do horóscopo e da interpretação. E vocês vaõ ver
que essa base vai dar a vocês, inclusive, uma compreen^
são a respeito dos planetas nas casas e nos signos.

0 sistema a stro ló gic o está estruturado num p r in c í­


pio de correspondências. Assim ,Aries corresponde i ca­
sa I e ao planeta Marte. 0 planeta Marte é uma in divi
d u a lização de-Aries.;. ê. uma manifestação do.prin cípio 7
157

Agries. Por exemplo, se Marte está em Virgem, isto


quer dizer que o p rin cíp io manifestado de Aries se ejn
contra em Virgem. Agries é o impulso. Virgem é o traba
Iho, a anal ise. Portanto, há uma movimentação,um »inpuj_
so que está ligado ao processo de trabalho e de an£"
lise . Daí,conhecendo os valores e sse n ciais das casas,
dos planetas e dos signos, vocês poderão fazer inter­
pretações sin té tic a s. Na a stro lo g ia , é muito impor­
tante manter uma visão de síntese. Quanto mais sinté­
tico você puder ser, tanto mais objetiva se torna a
interpretação.

Vejamos agora o eixo Touro-Escorpião, segundo está


expresso no quadro da Santa Ceia. 0 Touro ê represen­
tado por Judas Tadeu; e o Escorpião, por Judas Isca­
riotes.

0 Touro tem a cabeça voltada para a frente, numá


atitude de acatar,de ouvir, de aceitar.No entanto,com
as mãos cruzadas, ele não pode fazer nada, apenas in­
corporar o conteúdo do que está recebendo. As suas /
mios indicam a posição de receber. Touro é um signo /
feminino, de captaçao, de receptividade. 0 Escor­
pião,ao contrário, ele segura com uma mão o saquinho
de moedas e com a outra está como que avançando para
pegar, para agarrar.

0 Touro simboliza a plenitude, ag u ilo que está /


cheio; Escorpião é a plenitude também, mas da extin­
ção, da transformação.

0 cérebro, /Cries, comanda e as glândulas (Touro) /


executam e realizam, aglomerando a matéria. Touro é o
signo da obediência, da fecundidade f ís ic a , e Escorp_i_
ão é o signo da autoridade, da organização, do plane­
jamento, da força criadora e da química. Esses dois
pólos dependem um do outro, e Leonardo deu-lhes as fi
guras dos apóstolos Judas Tadeu e Isc a rio te s. Como 7
no corpo humano glándulas e órgãos gen i t a is são ?nd¡£
158

pensáveis para a saúde e para a realização criadora.

Leonardo iluminou o pescoço de Judas Tadeu. Ele tem


o cabelo rico, ondulado, o semblante atento, mas, ao
mesmo tempo, o olhar desconfiado e ansioso, para ver
de onde vira a picada. A mão erque-se num gesto de
aceitar o comando de Áries, de agradar, de obedecer p£
ra realizar. Da mesma forma, o corpo aceita e cresce ,
forma a matéria através do desejo. Mas quem não tem au_
toridade sobre os seus desejos e sobre as suas realiza^
ções, não procura uma organização consciente, torna-se
escravo da matéria, sucumbe e fracassa sob o peso dos
jugos que lhe são impostos.

Parece um absurdo aconselhar a uma pessoa que tem a


boa vontade, o carinho, o esforço e a dedicação do Toiu
ro, que ele tem de aprender a impor a sua autoridade,a
ter sangue fr io , mas é porque geralmente lhe fa lta a
compreensão da energia simbolizada em Judas iscariotes.
Não adianta ter matéria que não seja u tiliz a d a e trans
mutada; não há f is ic a sem química e não pode haver quT
mica sem haver matéria.

Uma mãe do signo de Touro, dedicada, excessivamente


carinhosa e desejosa de manter o f ilh o para s i, pode
prejudicá-lo se não souber usar a sua autoridade para
fazer desenvolver nele os seus talentos e predicados.E~
claro que ela precisa ter o sangue-frio diante da dor
e aprender a dominar os seus desejos.

Dizem que o Escorpião tem duas almas, duas facetas:


a do bem e a do mal. 0 Escorpião é representado também
pela águia que voa. Assimjhá o Escorpião que vive ras­
teiro e o Escorpião que se eleva a outros n íveis mais
elevados.

Os taurinos querem o que realizaram e possuem o sen­


so de conservar, com todo carinho e amor o que desejam.
Mas Escorpião contraria a matéria f í s ic a e quer desper^
tar as forças latentes, a vida oculta nessa matéria,p¥
159
ra a transmutação e a libertação do e s p ír ito . Quem cte
gar a compreender o Judas Iscariotes de Leonardo Da
Vinci não chamará o Escorpião de Signo ruim, mas sabe­
rá que ele tem uma grande missão dentro da engrenagem/
do Zodíaco e da vida humana, diz Ema de Mascheville.

Enquanto o Touro aceita e executa com o gesto da


mão, o Escorpião enfrenta e mostra a sua decisão bateii
do na mesa e recuando para fix a r e estudar o conjunto.
Ele era o tesoureiro e o organizador da comunidade dos
apóstolos. Se deram a ele essa função era porque ele
tinha a capacidade de administração.Ele era o p o lítico
que reconhecia o poder de C risto, esperando que ele na
iminência de ser preso se libertasse a si e ao povo h£
breu do jugo romano, pois ele era o M essias, o lib e rty
dor de Isra e l. Como um cirurgião ou como um guer­
r ilh e ir o divino ele esperava que Jesus, sempre meigo
e pacífico, usasse o seu poder divino para comandar /
uma revolta do povo, no sentido de expulsar os romanos,
Quando Jesus lhe mostrou que não usaria o seu poder pa
ra a matéria, mas sim para a libertação do e sp írito , 7
Judas, sentindo-se fracassado, aplicou o dardo em si
mesmo e se suicidou. Mas talvez sem Judas não houves­
se acontecido a cruz, o Golgota e a Ressurreição que
libertou a humanidade.

0 Escorpião representa a destruição e a regeneração,


a morte e a ressurreição. Se algum Escorpião fe r ir a
você, quase sempre há uma finalidade de fazer desper­
tar alguma qualidade que você mantinha oculta e sem ma
n ife sta r.

Se você ê Escorpião pelo Sol (mês), pelo Lua, pelo


Ascendente (hora) ou porque você tem muitos planetas /
nesse signo, você deve ter a consciência de que o êxi­
to que você espera depende de transformação e de auto­
sacri fíe io, da sua mão mansa e do seu amor.

0 Escorpião precisa ter o amor, mas isto vale para


todos os signos: "Se você tiv e r toda a sabedoria e to-
160

dos os poderes e não tiver amor, tudo i sto de nada vai


vale r".

Touro-Escorpilo é o eixo da organização. 0 Touro /


simboliza a obediencia, a materia, a fís ic a , a fecund_i_
dade, a maternidade, a realização, a meiguice, o c a r i­
nho, a dedicação. Fazendo a comparação entre o A ries e
o Touro, entre o signo 1 e o 2, temos o seguinte: o cé_
rebro que é Aries, comanda, e o Touro, que são as glari
dulas, executam, aglomerando matéria. Touro é o signo
da obediência, realização e fecundidade e rege a f í s i ­
ca.

As pessoas do signo de Touro podem ser grandes rea­


lizadores e, ao mesmo tempo, como rege o funcionamento
glandular e os seios, é o signo da maternidade, da fe ­
cund idade e do crescer da matéria.

As pessoas de Touro são muito dedicadas e muito sus


ceptíveis. Touro rege os sentidos. Eles sentem tudo e
se magoam muito facilmente. São facilmente magoados,e
mesmo por ninharia jã sentem isso de uma maneira muito
mais intensa, e se o outro d isse algo enérgico, embora
não tenha tido a intenção de fe r ir , ele logo acha que
hã uma segunda intenção na energia do outro ou na auto
ridade que foi usada para com ele. Ele precisa desen~
volver a in ic ia tiv a , a autoridade, e não se deixar es­
cravizar pelos seus próprios sentidos. Fisicamente, se
nota que com o forte funcionamento glandular, ele tem
facilmente tendência a engordar, principal mente,se ele
tem o Touro no Ascendente. 0 Touro, portanto, precisa
chegar ao domínio da sensi b iÌ idade,ao domínio dos seus
sentidos e dos seus desejos.

0 Escorpião é a autoridade, a morte, a transmutação,


a química, a alquimia, a geração, a criação, a o rg a n i­
zação, a capacidade de ptanejamento. Um signo está sem
pre relacionado com o outro que lhe é oposto.
Na Santa Ceia, seu semblante ê atento, mas seu olhar
é desconfiado.
A mie de Touro diz: "Nao quero que meu filh o .sofra"!
Ela quer trazer a si todas as dores do filh o ; ela quer
poupar ao filh o os tropeços da vida, mas assim esta eji
fraqüécèndo o desenvolvimento do filh o . Ela não déve
dar ao filh o excesso de proteção e de mimo, senão mais
tarde,quando ela quiser usar de autoridade, o filh o /
não aceitará. E manter a autoridade não é castigar.

0 Touro de repente se dá-conta de que ficou com uma


carga pesada nas costas e outros que não compreendem /
vão dizer que ele é teimoso, mas a teimosia não i qua­
lidade do Touro, mas apenas consequência de que ele
não réagiu antes, não usou a sua autoridade própria e
se esqueceu de impô-la a tempo. Daí que a'reação dele
pode ser violenta para impor ou readquirir a autorida­
de, o que muitas vezes se manifesta numa forma de t e i­
mosia, mas que nao passa de uma reação natural ã sua
maneira.

0 Escorpião dá muitos ciru rgiõ e s que têm a energia,


o domínio das próprias mãos para poder tir a r , Impor e
usar de violên cia se fo r necessário para curar, para
c r ia r , transformar, mudar e provocar a reação. 0 Touro
já reage contra as mudanças e as influencias bruscas.

_D?z Emma de Mascheville: "Não falem mal de Escor­


pião, porque se não houvesse o Escorpião ninguém ter ia
mudado nada e só quereríam gozar a vida, sem transfor­
mações e sem novas criações. A vida não se renovaria e
viveriamos apenas aglomerando, acumulando, in fin it iv a ­
mente, e o Touro crescería desmesuradamente.

Resumindo o eixo Touro-Escorpião, temos:


0 Touro é São Judas Tadeu. Ele tem a cabeça caída. E‘
a obediência, a aceitação to ta l, é a plena obediência,
é uma figu ra pesada. Ele não é consciente do seu sexo;
p ratica-o como come, bebe, dorme. Aceita, acata, perde
a autoridade e a sua pressuposta teimosia é a luta que
ele trava para a reconquista da autoridade. A boca a
o rosto sio mais largos no queixo. Um exemplo temos no
Orson Wel1s.

0 Escorpião é o agente transformador, as águas que


transformam. Ele tem o olhar penetrante, o olhar espe­
cialmente voltado para o que está dentro. Ele esconde,
por isso ele provoca desconfiança. Ele é consciente do
sexo; tem que pensar n isso . Urna conversa entre um tau­
rino e um Escorpião é urna conversa a t r i s ; urna conver­
sa entre dois Escorpiões é urna conversa a quatro. 0 Es
corpião quer ver um outro atrás do outro. Um exemplo e
o olhar de Goethe; vê a trá s. Dá a impressão de força /
contida, de tensão. 0 Escorpião é a dimensão agressijv
va, transformadora; ele chega a perder a razão das co_i_
sas na sua ânsia de transformação. Sua missão é des­
pertar a força latente interna.

Touro-Escorpião e o eixo dos signos fix o s. 0


tem por ação construir destruindo, para reconstruir;é
a mão do operário, do a r t ífic e , do carrasco, do médico.
Ele está a serviço da vida, da morte, do prazer, da ma
té ria , da dor, mas é d e stru ir para fazer as coisas rej»
surgirem de outra maneira.
Cristo disse a Judas: "Vai e faze o que tu tens de
fazer!"
0 EIXO GÊMEOS-SAGITARIO 163

O eixo Gêmeos-Sagitár¡o i o eixo do movimento da vi


da. E'o eixo que movimenta as coisas, por isso que e
chamado os signos móveis,que fazem parte do eixo móvel,
ou seja, daquilo que é mutável, daquilo que se movimen
ta e que se modifica pelo movimento. E“interessante 7
observar que o vento, que é Gêmeos, ê causado pelo ca­
lo r - 0 calor esquenta o ar, faz com que ele se d ilate
e com isso faz com que as massas quentes subam e as /
massas fr ia s desçam. E 'is s o que gera os ventos. 0 vein
to vem do calor. 0 calor faz com que o ar se movimente.
Nao é o calor que faz o ar, mas i ele que faz o ar se
movimentar e o ar faz com que o calor não se extÍngua.
Se você tentar acender uma vela no vácuo, você não vai
conseguir. E'preciso do oxigênio. 0 que queima no fo­
go ê o oxigênio, que ê um elemento aéreo. Portanto, /
e x iste uma íntima re la çio entre o fogo e o ar. 0 ar ê
Gêmeos. 0 ar do Gêmeos ê o ar do intelecto, porque o
ar representa a penetração e o movimento. Então ê aqu£
le intelecto que apreende, que absorve, que assim ila ,
que capta, que escuta, que vê, porque Gêmeos ê o deseji
volvimento dos primeiros sentidos do sistema nervoso ,
do contacto do suje ito com o meio. Gêmeos ê toda aque
la fase do aprendizado e das primeiras comunicações do
indivíduo com o mundo, da criança com o mundo.

0 Gêmeos sempre vai manter uma atitude jovial, ado­


lescente, in fa n til. Eles são sempre curiosos. São sem­
pre prontos a aprender novas coisas. São pessoas com
presença de e sp írito , sempre estão dizendo uma piada ,
sempre estão de certa forma brincando com as palavras,
brincando com as situações.

Você sempre vai encontrar num gemini ano uma disposi


ção, uma espontaneidade e sempre uma relação muito prjõ
xima com o meio, uma facilid ad e de se comunicar, de se
aproximar, de se id e n tific a r. 0 geminiano é capaz /
de mudar o nívei da conversa dele conforme a condição/
I6¿t

do ambi ente,porque ele tem uma adaptaçio muito rápida


e muito fá c il. Ele se ide n tifica logo com aquilo e
por esta capacidade de identidade ele e Capaz de cap­
tar o que está no intelecto do outro. São os telepãt^
eos, e que conversam com os outros como se eles soúbe^
ssem daquilo que o outro está falando. Eles logo se
familiarizam com o nível intelectual do outro. Eles
têm muita facilid ad e de se comunicar, mas a dificulda^
de deles vai ser justamente de dar um sentido e um me
todo a toda esta comunicação, a esta adaptação.

Gêmeos vai representar os priméiros estudos e Sagj_


tário os estudos superiores. Em Gêmeos você aprende
a manipular os instrumentos básicos de comúnicação.Em
Sagitário , você se u t iliz a desses instrumentos para
expressar a sua própria idéia criadora, porque o Sag_i_
tá rio é o mental abstrato que emana, que cria . A pala
vra "manas" quer dizer mente, emanar, Mas o sagitaria^
no tem dificuldade de ouvir, de se concentrar, d i f i ­
culdade para escutar alguma coisa. Quando ele está
bravo, tem dificuldade de compreender. Eles costumam/
desenvolver uma forma própria de pensar, uma f ilo s o ­
fia própria. 0 S a g itá rio tem sempre ideais transcen­
dentais, filo s ó fic o s , que ele coloca como coisas f i ­
xas.

A criança de Sagitário,quando ela quer uma coisa ,


ela fica repetindo aq u ilo como um disco quebrado. E'a
idéia fixa. Geralmente, o S a gitá rio é trancado para
fa la r as coisas. Ele fa la sempre depois que aconteceu,
Na hora ele engole aquilo, ele embute e não sa i. Não
é que ele não queira fa la r, ele. não consegue dizer,
porque as palavras não vão expressar o que ele está
sentindo.

Ao mesmo tempo o Sagitário. acha que ele não tem o


d ire ito de fazer com que os outros participem das in ­
satisfações dele. 0 Sa gitá rio tem sempre a tendência
de dar uma imagem, uma expressão p o sitiva das coisas.
0 Sa gitá rio e sempre aquele tipo que-quer elevar as
165
situações. Quando o barco está afundando, ele já está
arrancando uma tábua para fazer uma jangada para re­
solver a situação.

Eles têm uma d ificuldade em a ce itar as coisas que


são contrárias, as contrariedades. Eles oferecem uma
certa resistência em fa la r, mas eles entendem o que
está acontecendo. Têm preguiça de fa la r,

Sa gitá rio vive mais no mundo das idéias do que. das


palavras. Toda a necessidade dele ê de desenvolver a
capacidade de verbalização, de comunicação, daquele /
mundo mental, porque senão ele se torna facilmente um
n ih ilis t a , um utópico, um filó s o fo de idéias mais ab­
surdas. Geral mente, o ponto fraco dele ê a respira^
ção,que ê justamente a relação com o meio ambiente,G£
meos. Se tem a Lua em S a g itá rio a í ê mais forte ain ­
da, Geralmente, o S a g itá rio tem o septo estreito, pro
blemas re spirató rios.

Tudo que. S a g itá rio expl ica é sempre em termos sim­


bólicos. Ele junta trê s, quatro coisas e diz naquela/
frase um liv r o in teiro, porque ele não I de discorrer.
0 gemi n iano enche de liv r o s e liv r o s contando coisas
que vão acontecendo. Bai zac era Gêmeos. Bai zac escre­
veu pilhas e pilh as de liv r o s . E ele conta aquelas /
h istó ria s, descreve aquelas vidas com uma capacidade/
de discurso que é fora do comum. Ele.descreve o dia a
dia das pessoas, como se aquilo fòsse um filme. 0 Sa­
g itá r io já e um tipo que solta, frases que nao têm uma
explicação anterior; ele pressupõe que você compreen­
de aquilo. E quase sempre é uma obra com um sentido /
filo s ó fic o , com uma direção, com um alvo, com um as­
pecto re lig io so metido no meio.

Há ô S a gitá rio de tipo messiânico, com idéias ■ f-i-r


xas. Còm Netuno em S a g itá rio surgiram centenas de o£
dens, de se ita s re lig io s a s , tipos messiânicos com muj_
ta imaginação e idéias fix a s. Netuno representa ju s­
tamente a imaginação e Sa gitário os ide ais. 0 su­
je ito pode aparecer com as idéias mais amplas, mas tain
bem as mais absurdas, que sio imaginações extrapoladas.

As vezes, o S a g itá rio por isso se torna alvo do r i ­


so, do humor alheio. Geral mente, os humoristas sio de
Sagitário . Daí as pessoas dizerem que quando você es_
tá com dor no fígado, você está de mau humor. A parte
do humor, portanto, está ligada a S a g itá rio . E o f íg a ­
do está ligado a todo o aspecto do sangue. A parte de
purificação do sangue está no fígado. H4. essa lig a ç io ,
porque o sangue é o que alimenta toda a vida do orga-
n i smo.

0 coração é Leão; o fígado é S a gitá rio e o Agries é


o calor do corpo e também é a cabeça. Aí você tem as
três coisas.

0 S a g itá rio ,por sua vez,tem de desenvolver o Gêmeos,


ou seja, saber se adaptar, estudar as outras c o isa s, /
pensar, ver o pensamento dos outros.

Para o S a g itá rio é muito importante ir para outros


países, para outros lugares, para outros meios * para
ele poder perceber a variedade das maneiras de ser, pa
ra compreender que a moral e a ética é uma questão de
longitude, de la titu d e e de tempo. 0 que aqui ê imo­
ral, na Africa já não ê. Isto vai depender da cultura
do lugar. Ele precisa via ja r para ver outras coisas,se
não ele fica muito b a irris ta , muito fixado naquilo que
ele conhece. Assim ele se amplia.

Para o S a g itá rio é muito importante os espaços am­


plos, as idéias amplas, tudo aquilo que possa dar para
ele horizontes maiores, as viagens, as relações com o
estrangeiro. Ele vai gèralmente estar ligad o com c o i­
sas do estrangeiro, com pessoas que vêm do estrangeiro,
bem como dentro de meios m ísticos, re lig io so s e trans
cendentais. Eles têm um misticismo natural; não um miT
t icismo como o dos signos-de água; é um m isticism o men
167

ta l, uma identificação, uma integração como Alto.

0 Gêmeos pode ter dois aspectos. Primeiro, Gêmeos


representa Hermes Trism egisto que é Aquele que traz a
mensagem solar, o portador da mensagem do Sol, porque
Mercúrio ê o planeta mais próximo do Sol. Ele comunica
imediatamente o aspecto mental^ o que está mais próxi­
mo da mente é o intelecto e o intelecto faz a troca eri
tre aquilo que os outros pensam e do que eu penso.Pois,
escutando e lendo,observando e analisando, eu posso f£
zer uma troca, um intercâmbio, uma comparação, entre
aquilo que eu id e alizo e que eu penso com o que o 0£
tro està pensando e emitindo. 0 intelecto ê esse meio
de troca e pode ser tanto ativo quanto passivo; ele po
de dizer a verdade como a mentira. Ele pode ser verda­
de i ro ou fai so.

Existe aquele tipo de ligação so lar que traz o ens_i_


namento. São aqueles que vieram de outros mundos para
ensinar ao homem as primeiras le is , que eram as regras
básicas de comportamento e de vida. E o que antigairen
te era mandamento re lig io so , hoje em dia são conheci­
mentos da vida cotidiana. Os preceitos e os ensinameji
tos tinham naquela época que ser dados como dogmas re­
lig io s o s , para que o povo aceitasse.

Mercúrio era o mensageiro dos deuses, mas foi ele


quem roubou a ambrosia de Júpiter e por isso como cas­
tig o ele foi condenado a estar presente em todo lugar
onde se fizesse um contrato, assinasse um papel, uma
comunicação. Tudo porque tinha roubado o néctar dos
deuses. Ele não respeita os mais velhos, ele. vai en­
trando, vai se enfiando, vai se metendo! Mercúrio é a
criança e a criança tem uma natureza movimentada, essa
natureza dual, vivendo em torno dos pais. A criança
imita o que vê, que é o exemplo mais próximo que ela
tem. Se você quer que uma coisa se propague com mais
rapidez, você tem que fazer isso por meio de crianças.
A criança não tem aquela vergonha, aquela timidez;ela
vai entrando, vai botando, vai entregando o papel z i ­
nho e não quer nem saber. Esse é o Gêmeos; ele vai
se in filtran do. Se estão dez pessoas conversando,ele
entra no meio e começa a movimentar. Mercúrio tem es­
se aspecto. Mercúrio está ligado com a casa I I I , que
é todo o aspecto da comunicação e da movimentação.E'o
ensino, a informação. A educação, a formação, a peda­
gogia, é a casa V.

Você pode ter muita informação, mas não ter nenhu­


ma formação com isto. 0 sujeito se ilu s tr a muito mas
não age de acordo com esta informação que ele tem.Ele
não se formou; ele se informou apenas. Por isso está
dito na B Íb lia :"S e eu tiver todo o conhecimento,que é
Mercúrio, mas se eu não p raticar,se eu não tiv e r amor
que é o Leão, eu não sou nada". Não adianta ter a ca­
beça cheia de coisas, se eu não souber o que fazer ã
respeito daquilo.

Mercúrio está ligado a tudo o que representa comér


cio, que ê a multiplicação das co isa s, a d istrib u içã o
das coisas. Mercúrio é geralmente o pequeno comércio.
0 grande comércio é Sa gitário , como os transportes ma
rítimos e aéreos, i longa d istân cia, o comércio com o
estrangeiro. E mesmo num país como o nosso, uma pes­
soa do Rio Grande do Sul comerciar com a Paraíba, Ma­
ranhão, já é um comércio à longa d istân cia, porque o
país tém uma extensão te r r it o r ia l quase que continen­
ta l. E o B ra sil tem Júpiter na IV, em conjunção com
a Lua, por isso ficou esse elefante. E Júpiter e a
Lua estão em Gêmeos. Aqui há uma tendência de copiar
tudo; tudo se imita. Tudo o que vem de fora, p r in c i­
palmente dos Estados Unidos, que ê Gêmeos; tudo aqui
é passado em xerox. Todo mundo copia tudo; tudo aqui
cola, especialmente, no povo que é essa massa que nas
ceu da mistura do índio, do negro, do elemento colonT
zador. A maioria de todos nós temos ascendência euro­
péia. Entre nós é d i f í c i l encontrar o elemento b r a s i­
le iro puro. Mas aqui temos aquela natureza gemí ni ana
169

de a ssim ila r, aquela natureza in fa n til, ju ven il, ale­


gre, despreocupada. Dar um jeitin h o é Gêmeos. E' o
país da papelada, isto é, Gêmeos e Virgo, o país da
burocracia, da papelada, das coiaas que giram, giram,
mas não avançam.

0 sagitarian o tem uma irradiação protetora. As pe_s


soas vão buscar no sagitarian o uma proteção, uma dire
ção, um alvo. Na india, o Júpiter ê o Guru. A pala­
vra guru quer dizer: "Aquele que elimina as trevas" ,
aquele que fic a escutando, aquele que quer aprender ,
que precisa ad q u irir experiência. 0 escriba é o Gê­
meos, o Mercúrio. Mas é através de Mercúrio que Júpj_
ter se manifesta. 0 sagitariano geralmente é o sujej_
to que ê consultado, que é procurado, que dá um senti_
do ãs coisas. A sua missão é dar direção i s coisas.
Mas, ele mesmo, geralmente, tem dificuldade de orien­
tação imediata. Ele tem ligações i longa distância ;
perto ele não sabe movimentar.

0 gemi n iano tem a capacidade de se adaptar rapida­


mente ao meio ambiente, em redor dele, mas ele ãs ve­
zes tem pouca idéia do conjunto, da totalidade, do lu
gar onde ele estã. Ele está ligado àquilo que e st?
ao redor dele de tal maneira, que ele não conhece a
parte maior, o todo, a situação global, enquanto que
o S a g itá rio conhece o global, mas desconhece muitas /
vezes o que está próximo demais dele.

Os planetas têm a mesma natureza dos signos. Eles


são catalizadores e refletores dos signos. Eles re fl£
tem aquela energia irradiada pelo Sol; eles refletem
a força so lar; eles canalizam, eles veiculam aquela
vibração.

Os planetas têm uma certa identidade com os signos.


Assim, por exemplo, se você tiv e r Júpiter na casa I ,
você vai ter na sua atitude de a g ir uma c a r a c te r ís ti­
ca s a g it a r iana, ou, se você tiv e r o Mercúrio na casa
170

I, você vai ter aT muita co isa de Gêmeos.

Mercúrio representa uma dualidade. As e stre las Ca£


tor e Polux pertencem a constelação de Gemini. Castor
e Polux eram gêmeos, filh o s da mesma mie, mas de país
diferentes. Um tinha um pai te rrestre e outro, um pai
celeste. Gêmeos representa toda a dualidade entre o
corpo e a alma, entre a alma e o e s p ír ito . Todo aspe£
to dualista e s t i ligado a Mercúrio. Tudo o que ê bipo
la r i Mercúrio. E por isso que se diz que as pala­
vras não expressam os pensamentos, ou seja, as pala­
vras não conseguem expressar com fidelidade os pensa­
mentos. E'o aspecto de Mercúrio. Quando você põe o
pensamento em palavras, aquilo já modificou.

0 Alcorão, por exemplo, pode ser lid o de sete ma­


neiras diferentes. Conforme você for juntando as le ­
tras, aqueles símbolos, você vai ter um novo Alcorão.
Há sete n íve is de interpretação, conforme o seu co­
nhecimento. Na realidade, as le tras foram criadas
para expressar princípios. Elas são a própria mani­
festação de um princípio transcendental; elas são em
primeiro lugar símbolos. E~como naquela brincadeira/
que a gente fazia quando era criança: um diz um pal£
bra no ouvido de outro e aquele vai repetindo para
uma outra pessoa, quando chegar no fim é outra p ala­
vra. isto é bem uma questão mercuriana.

Na B íb lia , nós encontramos: "Deus criou os Céus e


a Terra" só que na língua hebraica, que é o o rig in a l
em que foi e scrita a B íb lia , nao se escreve a pala­
vra Deus. Na re ligiã o hebraica a palavra não se diz
e nem se escreve, porque é uma blasfêmia, porque é o
Inominável. Você não deve dar um nome a isso . Se
você der um nome jã não é mais. 0 nome já ê uma l i ­
mitação. E Deus ê o Ilim itado. Na verdade, no o r i g i ­
nal hebraico, o certo é: OS DEUSES CRIARAM o Céu e a
Terra. Elohim quer dizer deuses; é a forma plural /
de Eloah. Elohim, os deuses, sign ificam as h ie ra r­
quias criadoras que pertencem i nossa evolução mais
171
a lta e que cooperam com Deus na formação do universo.
Há muita diferença entre Deus e deuses. Eles queriam dj_
zer com is t o que todo esse Universo manifestado foi cri
ado por determinados p rin cípios cósmicos. São agentes 7
desse Um, dessa Unidade. Com o decorrer do tempo se per
deu esse sentido e as coisas foram deturpadas, distorcT
das. No Evangelho encontramos também expressões equiv£
lentes, quando se mencionam os Tronos, Principados, An­
jo s, Arcanjos, Serafins, Querubins. Assim muitas c o i­
sas perderam o seu sentido o r ig in a l, verdadeiro.

Júpiter em conjunção com Venus é o aspecto da harmo­


nia e da busca e sp iritu a l. 0 incenso tem a função de
c r ia r um ambiente propício para a descida das forças es_
p ir it u a is . A missa é um ritu a l mágico, só que foi per­
dendo o sentido. As pessoas não sabem mais o que estão
fazendo, qual é o sig n ific a d o d isso. Antigamente, ha­
via o conhecimento que era transm itido sigilosamente a
poucos indivfduos. A igreja fundada por Rudolf Steiner,
a comunidade dos c ristã o s, determinava que em cada do­
mingo a cerimônia devia ser na casa de cada um. E é o
chefe da fam ília que o fic ia v a , porque todos os outros /
iam ã casa de!e^._ A casa, o la r, é que é o templo.Era
ürná~outra concepçãojassim era a Igreja do Caminho dos
tempos p rístin o s da cristandade. 0 Evangelho devia ser
cultuado no la r. Mais tarde é que se criou toda uma hi£
rarquia, toda uma estrutura, todo um dogma, onde se co­
locou em cima o Papa. Isto também é S a gitá rio , isto é,
o dogma. 0 Papa representa aquele que lig a a terra e
o céu. 0 Papa João Paulo l i , da Polônia, é Leão. Ele
magnetiza, ele cativa; ele é um verdadeiro Servo dó
C risto. Ele tem o trígono Júpiter Netuno. Ele se expan­
de intencionalmente; ele se torna conhecido em todos os
lugares, embora os aspectos dos planetas-mais. len­
tos são sempre ligados a uma coletividade, pois to­
das- ~ã's pessoas que nasceram naquela época vão ter aqüe
les aspectos. E Leão gosta de crianças. Já o Papa ante­
rio r que durou trin ta dias era de Libra; v iv ia sorrindo.
172

Mas voltemos a Mercurio. Mercúrio tem essa funçio


de movimentação, de m ultiplicação. Ele ê o pai^terres
tre e o pai celeste. Muitas pessoas com influência 7
de Mercúrio têm fa m ília s duplas. Os pais se sepa­
ram ãs vezes, ou se casam duas vezes. Nos casos- de
adoção, o sujeito nasce numa fa m ília e passa para a
outra. Isto é muito uma questão de Mercúrio. 0 sujej_
é filh o de um, mas vive com outro. AÍ já aparece a l ­
go mercuriano. 0 su je ito tem um pai f ís ic o , mas tem
uma pai e sp iritu a l. Isto quer dizer que ele tinha de
nascer através de um, mas ele vai ser orientado por
outro.

0 jupiteriano sempre tem uma natureza paternal, pro


tetora. Ele sempre se dá bem com as crianças. Tanto o
Gêmeos quanto o S a g itá rio . Eles gostam de lid a r com
crianças e são protetores dos mais fracos, p rin c ip a l­
mente o jupiteriano. São filan tro p o s. 0 Sa gitário
quer sempre fazer com que as coisas evoluam. E dentro
das Instituições são aqueles tipos que dão proteção /
aos outros. Eles têm uma atitude sempre expansioni sta.

Geralmente, o S a g itá rio quer c ria r coisas maiores


do que ele pode cumprir. A sua capacidade de planeja^
mento e de expansão é muito grande, mas depois i para
ele manter aquilo no dia.a»dia,é que vem a d ific u ld a ­
de. Ele é também dado ãs mudanças de rumo. Ele é cha
mado o signo das sin fo n ias inacabadas, porque eles 7
planejam uma coisa tão grandiosa, mas depois aquilo
é por demais grande que não dá para terminar. Então
eles têm que passar para uma outra coisa.

Sagitário representa a abundância, a fartura, a fe


licidade, a satisfaç ão . A polaridade oposta (GêmeosJ
tende a furtar aquela fartura. Em muitos horóscopos/
de crianças ou menores abandonados vemos o Gêmeos,po£
que eles têm que aproveitar dos descuidos dos outros
para poderem comer, para poderem viver. Por isso eles
173

estão sempre atentos onde há uma oportunidade para eles.

Júpiter é a lei e Gêmeos é o advogado. Sagitario é


a ju stiç a . Quem é que censura os jo rn ais ? È o M inis­
té rio da Justiça. E a censura é o quê? E'aquilo que
não está de acordo com a ética, com a moral, com os co£
turnes, com aquilo que se acha que seja o ideal cultural.
Há censura pois fazem coisas absurdas ! Por exemplo, a
laranja mecânica. Quanto mais você p ro ib ir, tanto mais
a curiosidade vai se aguçar.

Gêmeos é esta natureza curiosa, a natureza que quer


aprender, que quer observar, que quer sen tir. E'muito a
parte t á c t il, a parte sen sorial. Já o Sa gitário quer
dar uma ordem ãs comunicações, às palavras, ã expressão
das idéias. E a expressão das idéias é. basicamente Gê­
meos. Tanto é que os jo rn a lis ta s têm quase sempre uma
atitude um pouco p rática, re a lista , concreta. Os jorna­
l is t a s geralmente não têm muita capacidade para a f i l o ­
s o fia ; são quase sempre m ate rialistas, muito interessa­
dos em p o lític a , em coisas concretas, práticas. Tudo o
que é meio filo s ó fic o para eles já cheira a fa n tasias.0
jo r n a lis ta mente muito, ou exagera, inventa, distorce ,
aumenta. Está sempre em busca do sensacionalismo pela
sua profissão*, não importa a verdade. E”o Mercúrio. Ba£
ta ter o Sol na casa I I I , ou um outro planeta, e a casa
I I I já fic a ativada.

Milhares e milhares de árvores são derrubadas d iaria


mente para alimentar as edições de uma infinidade de 7
jo rn a is com um milhão de bobagens, de mentiras. As ve­
zes, uma página in te ria do jornal com uma coisa in útil
e com um tít u lo qualquer, por exemplo,"Sócrates trope­
çou na canela", e daí ? A h istó ria do Mineirinho foi
inventada. Mercúrio pode informar, mas pode desinformar,
pode deturpar as c o isa s. Mercúrio são os olhos e os 0£
vidos da cidade. Através do jornal você se informa do
que está ocorrendo no momento. As revistas já são mais
ó pin ativas; já têm mais um sentido sagitariano. Exprés-
sam idéias; já têm uma linha e d ito r ia l. Quanto mais
vai chegando perto dos liv ro s , mais vai agarecendo o
Sagitário. Mas o Mercúrio e o Júpiter estão sempre ju£
tos. No fundo, toda esta documentação d iá ria do jornal
vai re fle tir a linh a h istó rica, cultural e evolutiva /
de um povo. No fundo, o fruto resultante d isso va? ser
o Sagitário.

0 ambiente da redação de um jornal é um ambiente ab


solutamente mercuriano. A li há um mar de eletricidade7
cerebral, dentro daquela sala. Saem raios de toda par­
te. Â tarde fic a uma agitação in crív e l; a pessoa sai
de lã não querendo mais nada; a l i tudo vale; você ab­
sorve de tudo. Mercúrio também está ligad o a todo tra_
balho gráfico. Mercúrio em Sagitário , na. casa i, é co­
mum a pessoa trabalhar com propaganda, publicidade.
Mercúrio são também as pequenas viagens. 0 Sa gitário ê
o interesse por f ilo s o f ia .

Mercúrio está ligado a todo aspecto de comunicação,


de administração, de movimentação de papéis, e com a
palavra também. São os despachantes, os vendedores am
bulantes, jo rn ale iro s. S ílv io Santos é S a g itá rio e se
tornou o maior camelô do B ra sil. Ele era camelo. Ele
tem Libra ou Vênus em lugar proeminente; ele só põe
mulheres no auditório. E'bem de Vênus. "Minhas colegasj*
com aquela entonação bem venusinai "Baú da Felicidade"
ê o próprio Sa g itá rio . Infelizmente, o povo ê muito
ingênuo e se deixa faci 1mente enganar e se ilu d ir com
os esploradores da credulidade pública.

Nós podemos aprender astro lo gia observando as c o i­


sas mais aparentemente sem sign ific ad o . Você vai ligan^
do as coisas. Você vai conectando os elementos. Só pe­
la s atividades do sujeito você já deduz que ele tem a_l_
guma coisa com determinado signo, com determinado prin_
cíp io . E'importante você. observar as atividades das p£
ssoas principalmente daquelas que você já conhece o
signo, porque a í você vai acumulando uma sé rie de exp£
175

rie n d a s que lhe dio essa capacidade. Um liv ro muito


bom de se ler é o Sherlock Holmes. Conan Doyle era g£
miniano também. Ele faz observações muito interessan­
tes sobre as pessoas. Ele tem uma capacidade de obse£
var tipos e descrevê-los.e ele estudou a s tr o lo g ia . In­
clusive ele tem um liv ro que é chamado "As Narrativas
ou as Memórias de M icléias C!, onde num dado momento
uma personagem da h istó ria encontra um alquim ista na
plan ície de Salsburgo. 0 sujeito fa la sobre a stro lo ­
gia, alquimia, para ele. 0 liv ro todo se baseia numa
posição a stro ló gica. Além disso,Conan Doyle tinha co
nhecimentos o c u ltis ta s . 0 Sherlock Holmes é gemi n ia-
no, de an álise, de observações. E Júpiter sendo a ju£
tiça , ele é que vai atras do ladrão, do criminoso.Ele
dá muita importancia à parte química, à parte c ie n tí­
fica.

Quem quer aprofundar este estudo é interessante es_


tudar essas minúcias e também ter o conhecimento das
raças, das origens ra c ia is. 0 tipo das mãos também /
dizem muito do su je ito geralmente com relação ao As­
cendente. 0 geminiano tem os dedos longos,braços la £
gos, movimentos rápidos, leves e muita fle x ib ilid a d e
fís ic a .

0 Sa gitário geral mente tem as coxas grossas ou com


pridas e a parte maior do corpo são as pernas. Dão p£
ssos longos. S a g itá rio gosta de usar botas. São v ia ­
jantes, explorando novos rumos, abrindo novos horizo£
tes.

D. Qui xote é um personagem sagitarian o que avança /


contra os moinhos; Sancho Pança deve ser Gêmeos ou /
Touro.

0 Sagitário tende a engordar devido ã expans¡vida-


de, mas depende de certos aspectos. A Lua na casa i I
dá muita mudança de forma f ís ic a , ora engorda ora ema­
grece; um dia come outro dia nio come. 0 Sa gitário tem
uma cabeça grande, um rosto largo, sempre com uma ex­
pressão sorridente, otim ista, uma voz meio trovejante,
ãs vezes. Júpiter era o Senhor do Trovão, do raio.São
pessoas que estão sempre meio ausentes, meio fora do
momento. 0 Sagitário de repente fix a o olhar, ele fic a
olhando através das paredes. Não se sabe para onde que
ele está olhando... E Gêmeos, não. Ele está sempre me­
xendo, movendo, inquieto, nervoso. Ele entra depre
ssa e sai depressa; ele não dispõe de tempo para ouvir.
E o Mercúrio forte, dispersivo, com um monte de liv r o s ,
tudo espalhado. Onde chega um mercuriano, ele começa a
espalhar tudo. E o S a g itá rio gosta da ordem; mas gosta
da ordem dele, que nem sempre para os outros I ordem.
Ele se exalta, se indigna, quando tiram as coisas da­
quela ordem que ele adotou. Aquela ordem ele entende ,
embora os outros não entendam. 0 Sa gitá rio pode ter
muitos valores éticos, s o c ia is , muito fortes e querem
impor isso sobre os outros.

A pessoa com influência muito forte de Júpiter v ia ­


ja muito em determinadas épocas.

Gêmeos e Sagitário correspondem ao eixo das casas /


l i l e IX.

0 Gêmeos e o Mercúrio estão sempre buscando novos


ambientes. Uma pessoa de Gêmeos necessita de constan­
tes mudanças de lugares, de contactos, de relacionameji
tos, de pessoas, para haver uma renovação das informa-
ç io s e dos interesses. São pessoas que dificilm en te se
adaptam a um trabalho demasiadamente metódico, que
obrigue a ele a uma rotiná,a um trabalho burocrático.
Ele tem grande capacidade de movimentação, de falar,d e
convencer, de transm itir uma idéia, por isso são bons
professores, camelôs, vendedores, comerciantes, propa­
gandistas, escritores, repórteres, tudo que esteja l i ­
gado a um processo de movimentação e m ultiplicação da
vida. E devido a esta grande capacidade de adaptação ,
177

nós vamos encontrar o gemin¡ano em todas as ativ id a -


des. Eles têm também um grande interesse pela lite r ^
tura, pelas artes, pela música e capacidade matemáti­
ca. A dificuldade deles é no terreno da filo s o fia , o
que vai depender da situação do seu Júpiter, do seu
Sa gitá rio , do seu Ascendente. Eles demorama chegar
a uma visão ampla.

Vejamos o eixo Gêmeos-Sagitãrio, representado no


quadro da Santa Ceia.

0 terceiro da d ire ita para a esquerda é Mateus, o


Gêmeos. Ele está gesticulando. No quadro, ele estende
a cabeça em direção a Simão(Aries) e os braços em d i­
reção a C risto , o que simboliza a dispersão do movi­
mento para todos os lados, querendo fa la r para várias
direções ao mesmo tempo. 0 rosto de São Mateus expres^
sa o biótipo esguio, lig e ir o , correndo, falando, mov_i_
mentando-se em direções opostas.Ele se comunica com
os braços, tem o dom da palavra, da comunicação. Ele
observa, assim ila, discerne, aprende, capta, transmi­
te, explica, se adapta. E'o dom da palavra, o homem
comunicativo, o liv re iro , o jo rn a lista , o e scrito r, o
professor, o propagandista.

Ele rege todas as profissões que dependem do uso


da palavra, da adaptação, da expressão, da linguagem,
do movimento. Gêmeos rege, no corpo humano, os bra­
ços, os pulmões.

Mateus é o repórter da vida de Cri sto ,que conviveu


com ele.

Se tivéssemos dúvidas e achássemos que os gestos e


as expressões no quadro de Leonardo da Vinci são ca­
sualidades ou somente fru tos de intuição artística,dj_
ante das duas figuras de Gêmeos e Sa gitário , a hipõte_
se se transforma em admiração e certeza de um profun­
do ensinamento que ele transmite.
179

Gêmeos sio os pulmões,que sio dois. A respiração se


processa através dos pulmões; é a assim ilação do que
está ao redor. Sem a respiração nõs não poderiamos mo­
vimentar o sangue. Gêmeos rege também os braços , que
são d ois..

Gêmeos é a fa c ilid a d e de a ssim ilar, de pegar aquilo


que está ao lado dele; é o aprender; é a formação do
intelecto, da in teligê n cia. Ele tem muita fa cilid ad e /
em tudo que depende de movimentação, seja pelos gestos,
seja pela dança, pelo caminhar, seja pela inteligência
e pela palavra, mas sempre em várias direções, com vá­
rios interesses. Há um período em que ele começa mui­
ta coisa e termina pouco. Ele lida com muitas coisas
ao mesmo tempo. Ele é dispersivo. A dispersão em vá­
ria s direções é a versatilid ad e , os vário s empreendí -
mentos e os vário s interesses. Ele é chamado o clepto­
maníaco, que agarra de tudo e dos outros. Falta-lhes o ;
senso da lei do movimento,que é Sa gitário , e por isso
mesmo muitas vezes as maiores in teligê ncias se perdem.

Gêmeos s ig n if ic a o movimento constante, e Sa gitário


s ig n ific a a le i da evolução, a idéia fix a , a idéia abs
trata. E“a direção, o alvo, a meta, o objetivo, a am­
pliação do horizonte, a visão do mundo, daquilo que e£
tá distante.

Não existe movimento sem le i, nem lei de evolução /


que não se cumpra senão através do movimento.Isto quer
dizer que o movimento deve ser dentro de uma direção /
para cima, para a evolução. Sagitário rege as metas,
mas para andar ou d i r i g i r seus passos,para chegar a um
a Iv o ,ele precisa não sõ respirar mas aproveitar todas
as oportunidades que lhe surgem no caminho.

Gêmeos é a adaptação, a observação, ver dos dois la


dos para encontrar um caminho, é o assim ila r, e Sagit¥
rio ê o conduzir para o alto . Sa gitá rio é a árvore /
que cresce, mas para a árvore crescer ela precisa se
fix a r no solo, se agarrar, e canalizar a seiva própria^
18o
senio ela apodrece.

0 signo de Gêmeos i s vezes é chamado o signo do la ­


drão, da esperteza, do comércio, porque é a in te ligê n ­
cia in stin tiva que rouba dos outros, que pega dos ou­
tros e das circunstâncias. Ele tem a fa cilid ad e , a agj_
1idade de pegar, de captar.

Gêmeos corresponde à casa I I I , que é a casa dos i£


mios, dos tio s, dos vizinhos, dos colegas, do meio am­
biente, do que está ao nosso redor, e tudo aquilo que
podemos movimentar pela in te ligê n cia. E”um signo impo£
tante para as pessoas que sio repórteres, v ia ja n te s,co
merciantes, vendedores, lite r a to s , que usam a palavra
como meio de expressão.

Gêmeos ê a célula que se divid e em dois; é a m ulti­


plicação das células, ê o movimento que se dispersa pa
ra todos os lados e um pouco de tudo. Gêmeos é a capa
cidade de correr, a habilidade e a rapidez nos gestos;
é a figura do espadachim, o acrobata, um tipo meio ado
lescente. São os nervos motrizes. 0 Gêmeos faz um ex£
me oral mais facilmente que um exame e sc rito ; ê uma a£
tena de captação, de te le p atia; capta a irradiação do
professor. Ele é capaz de fa la r com outros até sobre
um assunto que ele desconhece. Ele se adapta imediata^
mente, iras tem dificuldade de pôr ordem, de ordenar,de
dar uma meta. E' contrário de Sagitãriorque quer pôr
ordem até onde não precisa de pôr ordem. Se bem que às
vezes ele coloca as coisas numa ordem que só ele mesmo
entendei
0 Ascendente em S a g itá rio pode ser fix o em suas
idéias e se revolta contra aqueles que. não sabem fazer
ordem. Por isso nós dizemos a ele: "Que u tilid a d e vo­
cê vai ter na vida, se você sabe fazer ordem, mas se
não houver os outros que fazem a desordem?“

Sagitário, o signo oposto a Gêmeos, é o que dá a ca­


pacidade de estabelecer uma lei e de pensar. São os fi
lósofos, os que criam o dogma, as re lig iõ e s. E'o Sao
181

Pedro. Ele rege toda a elevação do pensamento, aquilo


que procuro a longa distância. E sem eu ter a expe­
riencia dos movimentos da vida que nos fazem c a ir mu_¡_
tas vezes, eu nio vou encontrar aquela fin alidad e que
eu busco. Por is s o , nos chamamos o S a g ita rio o signo /
das sin fon ías inacabadas, porque ele sempre tem um
ideal muito grande, mas se ele nio re a liz a , não sai
do lugar, nio v ia ja , nio estuda, nio viu todas as co_i^
sas e se coloca num ponto de v ista fix o ,e le nio apre£
de e nio pode a t in g ir a meta.

0 S a gita rio corresponde i casa IX,que pode ser sim


bolizada por um desenho de um tran satlá n tico , que re­
presenta as longas viagens, os ideais mais distantes,
o transcendental.

Uma pessoa com o Ascendente em Gêmeos muitas vezes


é de se lastim ar que com uma in teligê n cia tio brilhan_
te se_dispersa, se perde, por nio saber se fix a r numa
direção. Uma criança de Gêmeos tem v á rio s interesses,
interesses por varias coisas ao mesmo tempo, e por
isso precisa aprender a metodizaçio. Devido a isso ,
quando adulto vai ter dificuldade na escolha da profj^
s s i o . Geralmente, precisam ter uma atividade variada,
diversas atividades ou ocupações, ou mais de uma a t i ­
vidade p ro fissio n a l. Isto conforme a casa em que o
signo de Gêmeos se encontre.

São Pedro representa o dogma, o dogmatismo, a relj_


gião, a f ilo s o f ia , a ordem, a doutrina, a lei a p lic a ­
da, a lei da Igreja. Ele corresponde à casa IX, que ê
a casa da f ilo s o f ia , da re lig iã o , do ensino superior,
do ensino acadêmico, da cultura, das longas viagens ,
da meta, do alvo, do fim. As vezes, o S a g itá r io - â
comparado ao fariseu que diz: "Meu Deus, eu te agra­
deço que eu tenha a lei ce rta:" Ele acha que a idéia
dele, a re lig iã o dele, é a única que é certa. Mas de
decepção em decepção, ele vai descobrir que aquilo
que ele procura tao longe está bem perto dele, está
182
SAGI TARI O (Pedro) W e SCORPIAO (Judas Isc a rio te s) d ÍL IB R A (J o io )
183
dentro dele.

Sa gitá rio no Ascendente tem a mesma desenvoltura do


Gêmeos, não a leveza. Ele se desloca multo facilmente,
mas não dá a impressão de lige ire z a. E'um tipo que es­
tá ã vontade no que está fazendo, mas não sal ti tante /
como o Gêmeos. E~um indivíduo sobranceiro, tipo espor­
tiv o . E'd¡ferente quando se refere ao homem ou ã mu-
1her.

0 olhar de S a g itá rio ê de quem está perscrutando.


São Pedro, o S a gitá rio , aponta o C risto , e tem na mão
a faca estendida para trás. Representa a parte agress_i_
va do S a g itá rio que cada um de nós, todos nós, tem deji
tro de s i. Nós não temos só um signo, mas todos os s i£
nos mais ou menos ativados ou não. Veja no seu mapa co
mo está o seu S a gitá rio . A ele Jesus d isse : "Guarda a
tua espada".

0 nono signo é Sa gitário , simbolizado pelo centaurea


expressando a lei da evolução na forma de animal huma­
no em busca do A lto. S a gitá rio representa o pensamen­
to fixo no A lto , que Leonardo simbolizou na figu ra de
São Pedro, aquele que fez o dogma e a lei da Igreja.
A faca na mio d ire ita representa também a fera, o an i­
mal que está no homem. A parte superior, inclinada so­
bre Judas, ê o ser humano em busca de avançar para a
frente, com o dedo apontado para o Divino. E'o animal /
humano em busca do Divino. Quem é de Gêmeos precisa /
do pólo oposto que é o Sagitário.que é o não dispersar
demais, firm ar, fix a r os pensamentos para um alvo. 0
próprio símbolo explica que as pessoas deste signo têm
de procurar c r ia r as paral elas,não dispersar o que com
fa cilid ad e aprendem, mas pensar e c r ia r a meta e o a l ­
vo a a tin g ir . E quem é de Sa gitá rio somente atinge o
alvo pelos movimentos da vida. Seus ide ais são alto s,
morais e elevados, mas são as quedas para trás, as mu­
danças, as experiências da vida, o aprendizado da vida,
que o fazem encontrar a meta. Assim, o e n tu siasta/ /
dogmático e defensor da le i, torna-se o filó s o fo rea-
184

1izado na sua vida interna, depois que mudar aquelas


le is rígidas â proporção do seu crescimento.

Gêmeos é a in teligê ncia, o intelecto pratico e S£


g i t ir io é a força e s p iritu a l. Um sem o outro inc1in<3
se a erros. Gêmeos sem o S a gitá rio tende â su p e rfi­
cialidade, e S a gitá rio sem o Gêmeos tende a f ic a r só
no plano abstrato>isolado do movimento da vida e per
manecer um puro teórico. Ele precisa descer ao chao,
ã terra e trabalhar com as mios, com os olhos, com
os dedos, e c ria r algo concreto em benefício dos ou­
tros. 0 teórico é indispensável, absolutamente in­
dispensável, mas só se completa, se realiza, c ria pa
ra si e para os outros se a lia r -s e ao prático. A teo^
ria i a LEI, a prática é o fenômeno, a ação, a real_i_
zação.

Gêmeos-Sagit ir io é um eixo de signos mutáveis. G£


meos, oportunista, estabelece a relação entre o que
está não muito longe e o que está próximo; parte de
lá para voltar aqui. Sa gitário , id e a lista , estabele­
ce a relação entre o que está mais longe e o que e s­
tá mais próximo; parte daqui para ir lá. Ambos são
movimentos adaptáveis, por isso o Gêmeos pode to r­
nar-se id e alista, e o Sa gitá rio , oportunista.
185
0 EIXO CANCER-CAPRICÕRNIO

O eixo Cáncer-Capricórn¡o é o eixo do tempo, do de£


tino; é o eixo da eternidade.

Este impulso criador vai ter urna correspondencia /


com a casa IV, com o signo de Cincer, porque eirv Cáncer
é que este impulso criador vai se gestar, vai se gerar,
ou seja, Aries seria a concepção. Touro ê a união do
espermatozóide com o óvulo, e Gêmeos o processo de d i­
visão c e lu lar. Câncer seria a b lastu la (forma embrioni
ria resultante da segmentação do ovo, formada por uma
camada sin gela de blastómeros, cé lu la s, dispostas ao
redor de ampla cavidade de liquido), aquela primeira
m ultiplicação celular que vai formando aquelas primei­
ras diferenciações.

AVies é o homem; Touro, a mulher; Gêmeos, a união


dos dois opostos; Câncer, a integração de um com outrç
a troca das polaridades; Leão, o nascimento do novo
ser, ê o Sol, ê a fagulha que vem da criação. A casa V
ê o filh o ; o ato da criação ê um ato de Leão.

A casa IV, o Câncer, vai ser esta integração dos


opostos e esta identificação entre os p rin cípios bâsj_
cos e estru tu rais dentro da fam ília, onde existe sem­
pre um envolvimento emocional, que faz com que as pes­
soas de certa forma tenham dificuldade de discernir e
separar as co isa s. Geralmente, a mãe absorve as emo­
ções dos filh o s , os filh o s absorvem da mãe, o pai da
mulher e assim por diante. Aí se c ria realmente uma
célula, onde há um movimento. Esta célu la que é o
Câncer, a casa IV, vai a tra ir, vai haver aqui a evolu­
ção e a involução.

Duas palavras estão ligadas ao signo de Câncer: ama


nhã e ontem, porque ele vai com a sua sensbil idade vajs
culhar, captar, pesquisar o amanhã e com a sua memória
emocional vai recordar, buscar o ontem. De um lado o
186

Câncer é tradicional, voltado para o passado, recorda­


ções, e de outro lado é voltado para o futuro. As tra ­
dições, tudo aquilo que já foi acumulado, jã foi viv_|_
do no passado vai ter uma forte influência sobre a for
maçio da personal idade do sujeito.

0 Câncer sempre tem uma instabilidade, porque ele


está ligado ao p rin cip io lunar. E a Lua tem às suas
quatro fases. As mais marcantes são a Cheia e a Nova.
São pessoas que têm uma grande expansividade; sio ex­
pansivos no campo dos sentimentos, das emoções; sio po
pulares, sio comunicativos, sio envolventes, se ligam
ao seú meio ambiente ao redor, mas em outros momentos,
sio retraídos, melancólicos, e facilmente entram na
"fo ssa ".

Eles recebem is t o como um legado do passado e eles


conservam, veneram muito estas coisas do passado, mas
eies necessitam de desenvolver Capricórnio, ou seja, a
vi sio do hoje, porque senio eles não vivem no aqui e
agora. Estio sempre sonhando com uma coisa que está
por v ir e recordando aquilo que já foi v is t o e assim o
hoje vai passando por debaixo da ponte. Basta ter a
Lua em Câncer ou um planeta forte e a pessoa já costu­
ma apresentar estes sintomas. 0 cânceriano tem uma
certa dificuldade em lid a r com o tempo, porque o tempo
para ele ê sempre uma coisa muito ampla; sempre abarca
uma dimensão muito grande. Ele sempre tem uma d if ic u l ­
dade de viver dentro do tempo e de cumprir com as res­
ponsabilidades dele nas horas que precisar e uma d i f i ­
culdade de enfrentar o tempo presente, porque eles que_
rem viver do mundo de sonhos, de fantasias, de encan­
tos. Eles precisam por isso desenvolver o senso da
responsabilidade e de hoje colocar aquele t ij o lo que
vai levar ã realização o que eles projetam.

0 cânceriano tem grande capacidade de projeção, de


imaginação e de se n sib ilid ad e para captar o que está
por v ir. São os profetas, pessoas que têm muitos pres­
187

sentimentos, dons psíquicos inatos e muitas vezes ume


espiritualidad e bastante elevada.

0 cânceriano tem fa cilid a d e de sen tir o que está na


alma do outro. Sio maternos, protetores e às vezes bas^
tante ingênuos. Como ele tem o lado materno, de prot£
çio, depois que e le se envolve com urna pessoa, ele
assume as coisas da pessoa para ele e se deixa utilj_
zar pelos outros. Ele se dispõe a isto . Isto é urra
c aracte rística de signo de água, de se colocar à dispo
sição. Eles têm fa c ilid a d e de se envolverem, de se a¥
sorverem, se misturarem e se identificarem com as coj_
sas e com as pessoas, de forma que ãs vezes é d if íc i l
para ele d e fin ir o que ê ele e o que são os outros.

0 carangueijo tem o esqueleto pelo lado de fora.Saó


indivíduos que de fora parecem ser meio distantes,meio
inacessíveis, meio enigmáticos, insensíveis,mas na rô£
1idade,dentro d e le s,e le s estão sempre numa grande lig a
ção com tudo o que os rodeia. Eles absorvem, captam
muito as coisas e por isso mesmo eles são muito variá­
veis. Eles variam conforme as situações do meio ambien^
te. Sio tipos muito ligados ã fam ília, ãs tradições.

A casa IV indica todo o aspecto atávico, tra d ic io ­


nal e ligado ao passado. 0 canceriano sempre vai ser
um conservador das tradições do passado e a fam ília /
vai ter uma influência muito grande na formação da pe^
sonai idade do indivíduo»especia 1mente as figu ra s femi­
ninas, as mulheres de mais tarde. Estas se rio sempre
uma presença marcante no temperamento, no modo de a g ir
do indivíduo. A mie vai ter uma lig a ç io muito forte.E
o canceriano ê um pesquisador, um cultivador das tradj_
cões do passado. Eles sempre têm uma grande s e n s ib ili­
dade emocional, uma alma de a rtis ta . Eles compreendem
as coisas. Sio dotados de uma capacidade de imaginação
muito grande.

0 canceriano gosta de tudo o que esteja ligado a


188
uma abstração. Geral mente tem bons dons para matemáti­
ca e para tudo que implique numa imaginação. Eles gos­
tam das e s ta tís tic a s , de acumular dados, informações/
e experiências. Todo o eixo Câncer-Capricórnio vai e¿
tar ligado com as pessoas mais velhas.

0 canceriano tem uma tendência de viver mais para


dentro. Ele vai ser sempre intim ista. São pessoas que
para você se tornar amigo deles precisa haver mais
tempo. E ao mesmo tempo, eles conservam as amizades.
Eles têm um in stin to materno para com aqueles que eles
amam, com aqueles de que eles gostam. Eles transformam
os seus amigos em fa m ilia re s. Mas, contudo, i s vezes,
dentro da própria fa m ília eles vivem meio distanciados^
Sio sempre muito populares e todo o mundo quer que
eles participem de tudo. Eles têm uma capacidade ina­
ta de a tra ir pessoas, de envolver pessoas, mas as suas
realizações são sempre rápidas, pois onde vocês têm o
Câncer ou a Lua, ê onde as coisas podem mudar mais ra­
pidamente. E'o aspecto lunar. Você pode ter uma expa£
s io e uma retração. Exonde você tem os fluxos e reflu^
xos. Tudo o que ê cambiável, que ê instável está l i g a ­
do com a Lua. Tudo o que você acumular, aglomerar, rapj_
damente, muito depressa você d issolve . Na casa onde
você tem a Lua a li você tem a tendência a variações.

Câncer representa o ontem e o amanhã. Então ele es­


tá ligado com a casa IV do horóscopo, que representa /
todos os fundamentos, as raízes, todas as origens, to­
dos os princípios da personalidade, todas as bases atá_
vicas, genéticas, cármicas. Dentro do signo de Câncer
e também de Capricórnio existe um forte elemento de
causa e efeito, porque o /Cries representa a ação; L i­
bra, ò e q u ilíb rio ; Câncer e Capricórnio é a lei de cau
sa ç efeito, de ação e reação. Câncer e Capricórnio 7
têm esta cara c te rístic a .

0 Câncer está ligad o com o prin cíp io lunar, e a Lua


é o planeta que g ir a mais próximo da terra, da mesma
forma . como a fam ília é aquilo que é mais próximo do in_
divíduo. São também aquelas relações, aquelas ligações,
aqueles vínculos que surgem por um atavismo e por uma
força de atraçio e de destino.

0 Capricórnio já desde cedo acorda e desperta para a


razão; desde cedo começa a pensar e a querer saber o
porquê das coisas e s io crianças que na infância são
meio isoladas, meio retraídas. Ambos s io tímidos, -tanto
o Câncer quanto o Capricórnio. Só que a timidez do Cân­
cer é uma timidez emocional e a do Capricórnio é racio­
nal. Ambos sio pessoas humildes e retraídas, mas também
pode dar o contrário, pode dar um tipo ambicioso e que
quer se impor sobre os outros. 0 Capricórnio pode ser
em determinados momentos muito levado pela ambição de
crescer, crescer. Mas é importante compreender que todos
esses defeitos terminam fazendo com que o sujeito con­
cretize alguma coisa, porque se a gente não tiv e r defe_i_
tos também não cresce e não movimenta.

Tudo é necessário.diz uma das últim as palavras do


Bhagavad Gita. Tudo ê necessário; o que o Criador fez
é porque tinha de ser fe ito . Nõs achamos que isto es­
tá errado, que isto está certo, mas tudo é relativo . De
qualquer mane ira., sempre haverá uma lu ta; ninguém deixa­
rá de ter a sua luta. 0 sujeito tem que saber que ele
não pode tudo e especialmente nas fa m ília s que têm mui­
to dinheiro você pode observar isto. Quando eles podem
tudo em termos m ateriais, surge de algum lado alguma
coisa que o dinheiro não vai resolver. Então eles aca­
bam por aceitar e se submeter àquilo que vem para eles
como um meio de crescimento.

0 Capricórnio ê uma criança que na sua infância,qua£


do chega num novo lugar, primeiro senta num banco e f i ­
ca olhando, não entra logo de vez na brincadeira; e o
Câncer também. 0 Capricórnio re siste a ir a novos lu ga
res; e quando ele chega a um lugar novo, ele se re tra i,
se fecha e re siste algum tempo. Eles preferem aquilo
que tem uma certa e stabilidade , o que ja está re a liz a ­
do. Eles procuram c r is t a liz a r e assegurar aquilo que
já foi feito. Eles querem c r ia r raízes. 0 Cincer é a
borboleta que flutua, que vai de uma coisa para outra,
embora ele mantenha uma lig a ç io interna com as coisas,
enquanto que o Capricórnio procura c r ia r raízes,manter
e c r is ta liz a r as coisas. Os dois resistem a novas s i ­
tuações, embora o Câncer seja mais encantado, mais fa ­
cilmente envolvido e envolvente. 0 Capricórnio r e s is ­
te mais.

Os signos de terra sio pessoas práticas, re a lis ta s ,


objetivas e eles demoram a modificar alguma co isa .E le s
tendem a c ris ta liz a r. 0 c r is t a l é a forma mais dura,
mais concreta, mais real, mais objetiva. A terra tem
esta natureza. Sio pessoas que executam aquilo que
eles idealizam. Eles se concentram e fazem as coisas.
Sio pessoas práticas, mas i s vezes se absorvem demais
pelo aspecto prático e r e a lis ta e terminam fazendo as
coisas mais pesadas e mais d if íc e is do que elas sio na
realidade. Terminam se sobrecarregando, pois só contam
com aquilo que eles mesmos são capazes de fazer. Eles
nio contam o elemento in v is ív e l, com o amanhã, com o
futuro, com aquilo que está além da capacidade deles
entenderem. Por isso os capri comíanos têm que apren­
der a ter fé e confiança no amanhã, e não se fix a r de­
masiadamente no passo de cada dia. Eles sentem uma ne
cessidade muito grande de segurança. As associações ¥
que vão despertar neles o sentido da fluidez, o saber
integrar-se, o saber se entregar, e desenvolver o lado
emocional e sensível.

0 Capricórnio tem uma certa fa lta de di plomad a , po£


que el^e é pão, pão, queijo, queijo. Ele fala o que é.
Ele não sabe enrolar, contornar. 0 Câncer sabe envoJ_
ver; o Câncer vai envolvendo, vai emocionando e a í tej*
mina fazendo o sujeito entrar na questão. Já o Caprj_
cõrnio vai muito pela razão. Ele é capaz de provar
por A mais B que aquilo é daquela forma. Ele racionaJ_
mente vertical iza tudo. Capricórnio é meio severo e um
191
tanto duro, em certos momentos; tem que ser aquilo que
é. Ele tende a ser objetivo, re a lista , concreto, sem
muita cabriolagem. Não tem muitos enfeites para as
coisas e às vezes são áridos, cheios de arestas. Por
isso,muitas vezes eles machucam os outros sem querer ,
porque são demasiadamente práticos e racionais. Mas se
voei conviver com e le s ,voci vai ver que eles tim um co
ração mole, sensível, sentimental por dentro.

Eles tim um certo receio de assumir responsabilida­


des, sem que eles se sintam pienamente seguros. Do coji
trá rio eles adiam as coisas. Geralmente, o Capricór­
nio se casa com mais idade. E'uma pessoa que pensa
muito, raciocina muito antes de assumir alguma coisa.
E como eles tim tambim uma necessidade muito grande de
experimentar as coisas, eles primeiro querem fazer as
suas experiincias, para depois d e f in ir ò que é que vão
fazer ou não. Ele tem que viver as experiincias para
daí então assumir responsabilidades. Eles viem e são /
capazes de a n alisar o que é que está lógica e racionaJ_
mente construído e exposto, mas enquanto eles mesmos
não colocarem em prática, eles não integram aquilo co­
mo um valor pessoal deles. São pessoas que transmi­
tem aos outros muita confiança, porque eles se baseiam
nas experiincias vivid a s. Pode dar tambim o tipo ambi_
cioso que quer subir, subir, subir, mas sem ter as ba­
ses e as raízes desenvolvidas, então aquilo vem a des­
moronar (não importa seja o Sol,Lua ou Asc. em )k

Mas quase todas as realizações e concretizações são


na realidade sempre passageiras e tra n sitó ria s. A car­
ta 10 do Taro tem muito a ver com Capricórnio, mostrar^
do a torre fendida pelo raio. 0 raio é o Aquário,o no_
vo, o moderno, o inesperado,que rompe com todas as se-
guranças e estabilidades criadas pelo homem. 0 C apri­
córnio tem que compreender que não existe nada absolu­
tamente seguro; tudo está fluindo; tudo tem que f lu i r .
Ele tem que aprender a certeza interna, a ter confian­
ça nas coisas internas, e não só nas externas.
O signo de Cáncer representa esta variaçao e esta
mutabi1idade; o signo de Capricornio representa a es­
tabilidade e a constancia. Vamos encontrar muitos ca
pricornianos que agem dentro do aspecto enconomico,f¡_
nanceiro, na contabilidade, onde é preciso usar a ra­
zão, o raciocínio, o cálculo certo, na administração,
em cargos de responsabilidade, porque o Capricornio/
quer ter sempre uma atuação ampla. Tanto o Capricór­
nio quanto o Cáncer acumulam c o isa s. 0 Capricórnio /
acumula dados e tem arquivos. 0 passado é uma ^ coisa
presente e o futuro é uma incógnita. A cabra não quer
olhar para frente para ver o quanto fa lta subir;e não
quer olhar para trás para não ver até onde subiu,po£
que tem medo de cair. Por isso ,e le se concentra no
presente, onde eu estou hoje e agora.

Vejamos agora o Eixo Câncer-Cápricórnio do ponto


de v is t a do quadro da Santa Ceiav segundo 0. Emma de
Mascheville e Antonio Carlos Harres.

0 Câncer e o Capricórnio representam o eixo da


eternidade, do passado e futuro(Câncer) e do presente
(Capricórnio).

0 Câncer é o amanhã e o ontem, o passado, a visão,


a fé, a imaginação, o sonho, a emotividade, a profe­
cia, a memória emocional, a tradição, a fam ília, a ex
periência, a conservação. Simboliza o ir para a fre £
te, com a sua antena, o vo ltar para trás. Busca o que
está no futuro, através da imaginação e da fé. 0 medo
e a timidez que sente na volta emocional ao passado /
d if ic u lt a a ele ter fé no futuro. A sensibilidade, o
pressentimento, a visão do amanhã, a conservação da
tradição e a memória emocional do ontem foi simboliza^
da pelos antigos na figura do carangueijo, com as
suas antenas para a frente.

Capricórnio, a cabra montanhesa, é a expressão da


segurança, da prudência, da concentração, da perseve
é 9 CÂNCER (Felipe)
GEMEOS ( Mateus) JJ
194
rança e da capacidade de subir pelo passo de hojer pe^
lo passo de cada dia. Ele ê a razão, a confiança e o
raciocínio.

Quem olhar e procurar a correspondência entre as


expressões de Felipe e André, ve ri que Felipe é o en­
cantado pela fé, pela v is io em C risto , e que ele con­
serva essa v is io , in te rio r izando-a pelos gestos das
mios, que fazem o sin a l que representa o signo de Cáji
cer. Fisicamente, o rosto cheio e as mios fofas de
Felipe estão em contraste com as mios secas, as jun­
tas e os ossos salie n te s de André. ^As mios de Felipe
expressam o "vem a mim"; as de Andre expressam o lon­
ge de mim,o homem assustado pelo dever, pelo senso de
responsabi1idade e pela preocupação de ter calculado,
raciocinado com certeza.

A figura de André (Capricórnio) representa a con­


fiança no hoje, mas o amanhã , o ontem e o hoje não
podem ser separados nunca: um é a decorrência do ou­
tro. 0 que existe é a eternidade da qual tudo não
passa de secções. 0 passado é o que já foi experimen­
tado, o presente é o que está sendo vivido, e o futu­
ro é o que ainda vai ser vivid o. 0 passado nunca mo£
re, continua vivo; o presente constrói o futuro; o fu
turo é que está chegando e fazendo pressão para se
tornar presente.' A eternidade é a v is io simultânea,
instantânea do presente, passado e futuro, fundidos /
numa só dimensão.

Câncer e Capricórnio são os dois pólos do eixo do


eterno presente.

Se és Câncer, com toda a sua fé, se n sib ilidad e e


emotividade, olha a figura de André, e acharás a cha-
ve^para o e q u ilíb rio na vida: a confiança nos teus /
próprios pés. Usa a tua visão e fé no passo de cada
dia, por mais duro que pareça realizar assim a tua es
perança. ”
19.5

Se és Capricórnio, olha para a figura de Felipe. Teu


caminho da razio e do racio cín io será menos duro e sua­
vizado pela fé e pela certeza de que o amanhã será o ho
je, e que o teu caminho será tão seguro como hoje.

A cigarra cumpre a sua missão cantandole a formiga


cumpre o seu destino trabalhando, mas é preciso saber
trabalhar cantando e cantar trabalhando.

0 Câncer,com as suas antenas sen sib í1 izadas,sonda o


que está por v ir. Ele tem a capacidade de sondar,de so^
nhar, com a sua sensibilidade, com a sua fé, com a sua
imaginação. Ele ê um canal entre o mundo in visíve l e
o mundo v is ív e l. Ele tem uma tendência de estar sempre
mais adiante, mas quando se aproxima alguma coisa ele
se re tira para trás, entra na sua conchinha, onde ele
sente segurança, por isso que nós dizemos que ele dá
uma passinho para frente e um passinho para trás. ê
a tendência de viver no amanhã e no passado.

As pessoas do signo de Câncer têm muita fé no mundo


in v is ív e l, mas ao mesmo tempo um grande apego a tudo o
que já passou. Eles são muito ligados ã fam ília e quaj_
quer objeto mesmo in sign ifica n te tem um a lto valor es­
tim ativo para eles. Por isso que o Câncer sofre muito
quando o la r está ameaçado de rugtura por um desquite,
por um divórcio, por uma separaçao.

0 Câncer rege tudo o que é mole, tudo que são as /


vísce ra s, o esófago, o estômago, o fígado, enquanto /
que o Capricórnio rege a parte dura do corpo humano,os
ossos, o esqueleto, os músculos e a pele.

0 Capricórnio (Santo André) ê o indivíduo que toma


d istâ n cia. Ele parece dizer: Põe-te no.devido lugar;a£
reda; toma espaço que chegou gente grande (p rin cip al--
mente se tiv e r o Sol em Leão). -Ele entra com ar solene»
tem os orftbros largos; tem tempo para fa la r. Os seus os
sos são salie n te s. No quadro da.Santa.Ceia- parece uma
I

¡jf A Q U A R 1 0 (Tíago Maior) CAPRICORNIO ( André) ¿VS


197

verdadeira estátua. Com as mãos espalhadas na frente


parece dizer:Um momento! eu vou fa la r. E 'o domínio do
tempo; ê de um realismo implacável, desumano i s vezes.
Ele examina com o olhar como se examinasse uma lâmina
de laboratório. E'o olhar de quem te examina,um olhar
fr io . Capricórnio pode ser do tipo maçudo, ossudo ,
ou do tipo f r á g il; isto vai depender dos planetas al?
presentes. Geralmente, ele ê um cético, pois impera /
nele o senso prático, o senso c a lc u lista . Mas seu c<3
minho será menos duro, menos áspero, se a sua razio ,o
seu raciocín io, for suavizado pela fé, pela comunhão
com o in v is ív e l.

0
198 0 EIXO LEÃO-AQUARIO

O eixo Leo-Aquário pode ser considerado como o eixo


da perpetuação da vida. Leão é a centralização das
energías v it a is e Aquário é a comunicação dessas ener­
gias a todos os pontos. Urna revista de astronomia r£
cente menciona a quantidade de e stre las, os milhões de
estrelas que existem em concentração no centro da g a l£
xia. E diz que se a terra estivesse no centro da ga la-
eia, próximo ao seu centro, a luz das e stre las seria
tão forte que a noite e o dia seriam praticamente idên^
ticos de tantas estre las que existem. E a estrela ¥
Leão, enquanto que os planetas que giram ao seu redor
são Aquário. A irradiação é uma manifestação aquaria-
na. As galáxias tem toda uma evolução na sua forma.
E elas se movem em e sp ira l; o seu movimento é e sp ira-
lado. Nisto há uma relação com a famosa swástica que
é também um símbolo das galáxias, com os seus braços ,
símbolo da vida. A criança para nascer faz o movimejn
to de e sp ira l. Ela está dentro do útero materno em tal
posição que tem que fazer um movimento de espiral para
s a ir . Essa espiral está presente nos fenômenos da vida.

0 símbolo mais exato do Leão seria o símbolo da es^


p ira l, porque é o vórtice que atra i as coisas no cen­
tro. A c a ra c te rístic a fundamental do Leão é a da a tr£
ção ao centro, da centralização em s i mesmo. Vocês re­
conhecem facilmente o Leão por sua postura nobre, por
uma postura onde você descobre logo uma grande certeza
e uma grande confiança no seu próprio poder e na sua
própria capacidade. Ele tem a c a ra c te rístic a do rege£
te, do chefe da orquestra, daquele„que d irige . 0 Leão
tem a capacidade de .disciplinar e. orientar as pessoas/
e de a v a lia r as capacidades, as qualidades e as poten­
cialid ad es que elas possuem.

0 impulso do Leão é na busca de uma plena manifesta


ção dos valores da vida e de uma plena realização huma
na, por isso que a casa V do horóscopo representa a
educação, a direção, tudo o que está ligado a ale gria
de viver, os filh o s , aquilo que representa a perpetua
ção da vida. 0 leonino é basicamente centrado em si
mesmo e ele tem uma grande capacidade de atração das
forças v it a is , das forças solares e por isso ele tem
um dom curador e um forte magnetismo pessoal. Tudo em
que o Leão põe a mão a l i voci vê a vida crescer. Eles
têm essa força de transm itir essa energia solar.

Aquário ê o oposto. Ele tem d ificu ldade de centra-


1izar-se. Ele tem a dificuldade de se d is c ip lin a r , de
ter certeza e confiança em si mesmo. 0 Aquário quer
dar a fe licid ad e ao outro; ele entrega a rédea para o
outro, porque ele acha que cada um tem que seguir a
sua própria consciência, o seu próprio discernimento,
seu próprio a r b ít r io e ser livre . Mas o aquariano , f
dando a 1iberdade,ele está dando um poder aos outros,
e se ele não souber d is tr ib u ir esse poder com cons­
ciência, ele c ria uma anarquia, pois pode dar uma l i ­
berdade para quem não sabe usá-la. 0 aquariano é le ­
vado muitas vezes a situações de ter que governar ex£
tamente quando ele não quer isso. A tendência é dei­
xar que cada um se governe a si mesmo. Mas ele precj_
sa aprender a_necessidade do governo. Tem que haver
um centro senão as coisas se dispersam. Essa é a fu£
ção do Sol e dos planetas. 0 Sol é o Leão; e os p la­
netas são o Aquário.

0 Sol concentra as formas v it a is e os planetas em


seus movimentos refletem essas forças e multiplicam /
essa vida em todo o sistema. Os planetas giram e o
Sol está no centro, embora o Sol também gire em torno
do centro da ga láx ia. Tudo está em movimento; nada
está absolutamente fixo . 0 aquariano é o problema do
ritmo, pois ele sempre nas suas realizações vai se­
gu ir o impulso do momento, a intuição, a inventivida­
de. Ele costuma se entusiasmar por uma coisa, por uma
idéia, impulsiona aquilo e depois ele desanima. Daí
ele se entusiasma por uma outra coisa, e quando ele
200
nao encontra o imediato reconhecí mento,ele se fecha,se
tranca. Ele necessita de ter o reconhecimento dos ou­
tros,e, geralmente, eles não são reconhecidos. E ele
não quer esperar os cem anos. E os grandes inventores,
os grandes inovadores, sómente depois que eles morre­
ram é que tiveram este reconhecimento, embora alguns
deles, já o alcançassem ainda em vida, como Tomas Edi­
son,que era aquanano e que inventou a lâmpada e lé t r i­
ca. Madame Curie também era aquariana e descobriu
a radioatividade. Santos Dumont também que era aquaria
no. Os aquarianos sempre inventam alguma coisa; e muT
tas vezes se sacrificam pelas suas obras. Por exemplo,
Santos Dumont teve o problema de ver os aviões serem
usados na guerra; Madame Curi morreu pelas próprias i_r
radiações das rad io gra fias que ela fazia na guerra. No
tempo da primeira guerra,ela tinha abandonado a unive£
sídade onde ela dava aula, a sua cátedra, montou uma
máquina de tira r raio s X dentro de,uma camioneta e foi
para o fronte bater radiogramas das pessoas. Seu trab£
lho custou-lhe a vida. Foram as irradiações em exces­
so que recebeu.

0 aquariano tem sempre esse e sp írito de se rv ir, de


a b rir novos caminhos, de se doar aos outros. Ele é fro
terno,enquanto que o Leão se mantém no centro e quer
ser servido. 0 Leão é o governante; ê o rei; é o rei
Luís XIV. 0 Aquário são os M in istro s, os Conselheiros,
os que comunicam, os que fazem a l igação do povo com o
governo. 0 Aquário é sempre meio retraído. Isto não
queredizer que o Leão não seja fraterno. Uma coisa ê o
arquétipo e outra, o indivíduo. Não confundir; a astro
logia^ê uma linguagem sim bólica; e os indivíduos,sejam
de^Leão ou Aquãno, nunca expressam com perfeição os aj^
quétipos; eles não passam de cópia, de arremedo, de um
xerox apagado dos arquétipos. 0 arquétipo de cada s ¡ £
no ê a coisa mais béla e perfeita que podemos conceber.
Todos nós somos arremedos, distorções, dos signos que
expressamos. Ali ás,toda a humanidade, pois o planeta
terra é bastante atrasado ainda, e o homem pouco ainda
201
se distancia dos brutos, dos animais, por seus in stin ­
tos, egoísmo, voracidade, orgulho, concupiscente, mal­
doso, ciumento, invejoso, m ate rialista, egocêntrico,cu
ja s emanações èuri cas s io a inda desarmoniosas, de b ai­
xa frequência. Nos nossos estudos voci nio deve con­
fundir arquétipo com indivíduo. Do contrário, voce
nio esta em condições de estudar a stro lo gia , que exige
sobretudo muita imparcialidade, universálidade, e sa­
ber ver tudo como partes de uma GRANDE SÍNTESE.
Vejamos o eixo Leio-Aquário segundo o quadro da San
tá Ceia de Leonardo da Vinci , explicado por D. Emma 7
de Mascheville e Antonio Carlos Harres, cuja correla­
ção astro lógica foi fe it a por Kurilo e por Dmitri Mer£
jkovski ( e não por astrólogos a tu a is).

Hã discussões sobre qual dos dois apóstolos pinta­


dos por Leonardo seja o Tiago Maior ou o Menor. 0 fato
é que, para Leonardo, os dois formam ura só eixo: o da
atração e irradiação.

0 Leão é o símbolo do rei, do rei Luís XIV. E'o Sol


que a tra i; é a força so lar, a v ita lid a d e , a ale gria de
viver, o centro, o governo, a d is c ip lin a , o a tra ir, o
e x ig ir, o governar. Ê o que exerce o seu magnetismo e
d is c ip lin a sobre os seus vassalos. 0 Leão é o centro /
das atrações; ele c ria vida ao seu redor.

Leonardo pintou Tiago Menor(Leão) com um gesto la r ­


go, aberto, tentando a t in g ir tudo que está ao seu re­
dor, mas ele visa o seu próprio coração que é o ponto
central. Ele como que diz: Quem vai duvidar da minha
lealdade? Ele como que praticamente está se exibindo!
Ele parece ser o centro de. tudo, e é mesmo»por repre­
sentar o Sol, o coração, o amor, que é a maior força /
do universo. Ele tem a confiança no próprio poder e a
força. Ele tem um fo rte senso de individualismo, do
amor pessoal. Muitas vezes ê tremendamente egocêntrico.
Ele pensa e diz tudo em termos de "eu", de "meu". Ele
dificilm ente diz "n ós". E”meu filho,- minha.casa, meu
202
violão, minha saia de v is it a , meu piano, minha cozinha,
meu s ít io . Ele manda, não pede; ele ordena, ele im­
põe a sua vontade sem perceber. Quando ele pergunta aj_
go não adianta a resposta, ele já sabe de antemão o
que fazer. Mas estas são general idades. No caso partj
cular vai depender do Saturno, do Sol, do Mercúrio, de
Virgo, de Capricórnio, de Marte, de Escorpião.

0 Aquário é o servidor. São os raios cósmicos,a ele


tricidade, a tempestade, o progresso, a liberdade,_ a
inovação, a irradiação, o amor impessoal, as relações/
fraternas, grupais, a cultura humana geral.

Aquário é a democracia, enquanto o Leão é a monar­


quia. Aquário simboliza as tempestades que sacodem os
galhos velhos das árvores para que os brotos novos nas_
çam, para que haja o progresso. Aquário é o servidor/
do povo.

Leãó é a atração e Aquário ê a irradiação. Leão ê


o coração e Aquário são as veias e a coluna vertebral.
Se o constante pulsionar entre estes dois pólos, a tr a ­
indo e irradiando fa lh ar, não poderá haver vida.

Aquário é a ele tricid ad e , as forças cósmicas, as ori


das, os raios da tempestade.

Nesta transição do fim do segundo milênio para o


terceiro milênio, ê preciso meditar muito sobre o s i g ­
n ificad o desta dualidade, pois não haverá fe lic id ad e ,
enquanto o despertar da consciência cósmica, da lib e r ­
dade e da fraternidade não for equilibrado com a chama
e o poder do coração, da d is c ip lin a e do amor.

No quadro, ele com as mãos nas costas de São Pedro(


Sa g itá rio ) parece perguntar: " Meu irmão, o que tu
achas d is to ?" Ele tem a incerteza, a timidez, o aca-
nhamento_. Ele precisa olhar para t r is e ver se os ou­
tro s estão seguindo, se estão gostando!
(Tiago Menor)
As pessoas de Aquário sio as pioneiras, os precur­
sores do futuro. Eles têm as suas o rigin alid ad e s e
as excentricidades. Eles apreciam a liberddde de agir.
São isentos de preconceitos, dinâmicos, decididos e
a ltru ís ta s . São fraternos. E 'claro que existem aqu£
rianos introvertidos, pessim istas, neurasténicos, co­
mo há em todos os signos. Se o Leão e stiv e r enfraque
cido no mapa, bem como Marte e Plutio, há a incerteza
do êxito, a fa lt a de confiança no próprio poder. _ A
mão estendida de Tiago Maior expressa a inquietação/
e a dúvida, ¿¡fc)

0 Lêao ê o rei, mas para ser amado deve se esque­


cer da imposição da sua vontade, deve descer do tro ­
no, servir ao povo e dar liberdade. Igualmente, o
servidor do povo que procura a liberdade, mas não sa­
ber exercer controle sobre a d isc ip lin a ,cria a anar­
quia.

Mas há muitos tipos de Aquário e de Leão. Por isso


você pode dizer que no quadro de Leonardo há uma ou­
tra versão: "Leão tem o olhar sereno, mas ele pensai-
se eu sa ir daqui eu te meto a mão na cara".

Os indivíduos de Leão são geralmente médicos, che­


fes de qualquer empresa, os re is, os que dirigem, os
que governam, que dão ordens, os que têm o dom de dar
a vida, de v iv if ic a r aquilo que eles tomam com as
suas mãos, tudo aquilo que eles tocam. Ele chega /
perto do doente e este j a ‘ se sente melhor, porque ele
tem toda a v ita lid a d e solar.

0 Aquário traz o progresso pela renovação. 0 re­


gente de Aquário ê Urano, que é o planeta da liberdade
do progresso humano, da nova ciência, da inspiração ,
da intuição e da renovação. 0 aquari ano está sempre
pronto a c ria r algo de novo. Ele pesquisa, busca c o i­
sas novas, descobre, inventa.
205

Quando o Leão entra num lugar, não entra nenhuma par


te do corpo, entra in te iro , ereto, na pose, nos braços,
nos olhos, completamente seguro. A sua expressão é "eu
quero". E'a exuberância da individualidade; ele tem
muito que aprender do seu oposto Aquário; e vice-versa.

0 Papa João de Deus e Fidel Castro têm o Ascendente


em Leão. As formas do corpo são arredondadas, sem ares
tas, não balofas, formando um todo completo. 0 culto
solar está ligado a Leão.

Leão e Aquário é o eixo da criação e do governo.


A força do Leão reside na autoridade e na decisão.
Aquário tem por ação governar através da vida democrá­
tica ; é a união das maos. A sua força reside no saber
e na responsabilidade. No Leão, a sua mão ê prolongada
pelo cetro.
Cultiva a ale gria de viver e respeita a liberdade
do outro e verás um novo Sol brilh ar em tua vi dai Se
queres te c o r r ig ir , evita usar tanto o verbo no impera^
t ivo!
206
fjjf AQUARI0 (T iago Maior) CAPRICÓRNIO ( André) *V$
207
0 EIXO VIRGO-PEIXES

A casa VI sao as le is da natureza e a casa X II sao


as íe is cósmicas. Virgo são as le is mais detalhadas ,
mais particulares e Peixes são as forças e as ener­
gia s cósmicas no sentido mais amplo. Virgo ê a ciência
e Peixes,a fé. Virgo é a prestação dos pequenos serW_
ços e Peixes, dos grandes serviços. Virgo pega as eji
ciclopédias; procura os mTnimos detalhes. Todo este
esfacelamento que a ciência criou na Era passada é o
lado de Virgo, de espe cializar-se , de d iv id ir-se . Por
isso,cada um entende bem o seu assunto, mas não sabe
nada do assunto do outro. Agora, fin s do século XX,am
bos, o Virgo e o Peixes estão chegando a um equilíbrio,
A ciência esta se transformando numa nova re lig iã o . Ho
je você deve se in ic ia r na ciência, porque as escolas
in ic iã tic a s devem usar essa linguagem para poder enteii
der os problemas que estão surgindo no mundo moderno.
Tudo aquilo que antes era pregado através da fé vai co
meçar a aparecer dentro da ciência. No fim,os c ie n tis ­
tas vão fic a r mais re lig io so s do que os re lig io so s.

Virgo ê a capacidade a n a lític a , c r ític a , observado­


ra. 0 Peixes ajunta, acumula e o Virgo junta ao mes­
mo tempo e c la s s if ic a tudo. Se não houvesse o Virgo t£
do ir ia fic a r muito misturado.

Virgo quer tudo dentro de uma perfeição. São pes­


soas que querem tudo dentro de uma perfeição como ele
acha que tem que ser. São pessoas com a lto senso crft_i_
co, a n a lític o e com muita capacidade de movimentação ,
mas na mesma medida podem ser também dispersivos, por
causa do Mercúrio. Têm capacidades in telectu ais, inte­
resses de trabalho ou de realização dentro de ãreas in_
te lectu ais, da comunicação.

Virgo tem uma ansiedade de fazer com que as coisas


cresçam e evoluam rapidamente. Virgo ê o símbolo da m£
lher com o feixe de trig o nos braços, ou seja, ê a na­
208

tureza madura que jã deu os seus frutos, que está co­


mo que pronta para ser u tiliz a d a , como alimento e co­
mo forma de aperfeiçoamento da vida. São pessoas que
têm grande poder curativo nas mãos; que têm grande ha­
bilidade manual. São muito virtuosos como instrumen­
t is t a s , como a r tis ta s , como técnicos e são pessoas mu_i_
to dedicadas. São os melhores relojoeiros; são as pe£
soas que sabem trabalhar com coisas delicadas, minu­
ciosas, com detalhes; eles cla ssifica m , organizam. São
pessoas muito úteis dentro da administração pela capa­
cidade de fazer com que as coisas se movimentem. São
os melhores secretários, os melhores acessores, porque
eles têm tudo aquilo ordenado, minucioso, catalogado e
dentro de uma ordem muito exata. São rotineiros e eles
se enervam facilmente com toda aquela variedade, com
toda aquela m ultiplicidade. São pessoas que quando es_
tudam, quando fazem as coisas, se dispersam,porque ca­
da uma daquelas particularidades já vai levar a ele ojj
tras p o ssib ilid ad e s. Eles estão sempre perdendo a v i ­
são do conjunto. As pessoas de Virgo são tímidas, re­
traídas, castas, com certa d ificuldade de expressão /
dos seus sentimentos. Em tudo existe o oposto, por
isso vamos encontrar também pessoas de Virgo que têm
dentro de si uma grande fan tasia. Ela vai a g ir com um
sentido prático, re a lista , objetivo, mas ela va? viver
sempre com grandes sonhos e grandes imaginações no tr £
to com os outros, mas nas coisas relacionadas com a'
própria personalidade ela vai ser mais re a lista , mais
objetiva e prática. No que se refere aos outros vai
ser mais sensível, mais fantasiosa, imaginativa.

As pessoas de Peixes têm muita compreensão, capaci­


dade de perdão e de aceitação. Eles estão sempre que­
rendo ajudar o seu semelhante. Para elas.todos têm a
sua razão de ser._ 0 Peixes muda muito de ponto de v ¡£
ta, muda de opinião, conforme as situações. Ele é muj^
to influenciável pelo meio e ele não quer se chocar.
Ele quer manter tudo aquilo dentro da perfgição com a
qual ele sonhou. Ele não quer se chocar, não quer fe­
209

r ir a sen sibilidade do outro, por isso eie cria um num


do à parte, um mundo todo pessoal, todo próprio.Mas de
repente eie vai perceber que este mundo nio está de
acordo com a real idade,que é o Virgo. Aí quando ele
se di conta da realidade, ele se revolta, se inquieta,
se enerva. E de p acífico que ele era, fica explosivo.
Mas é tudo momentáneo, su p e rfic ia l. As explosões dos
Peixes são tempestades em copo de água. 0 Peixes é um
tipo d i f í c i l de você pegar. E'como voce querer pegar
um peixe mesmo, ele escorrega muito. Eles estão sempre
escorregando das situações, das responsabilidades, po£
que ele s não querem se se n tir presos.Eles se interes­
sam por tudo mas não querem se prender a nada.Essa sejr
s ib il idade deles faz com que eles captem muitas coisas
do meio-ambiente. Dal ele ter que aprender a se desfa­
zer delas. São muito sentimentais, são muito emotivos,
muito românticos, muito fantasiosos e têm grande capa­
cidade de assumir outras personalidades. Vamos encon­
trar os Peixes nas artes, nos teatros, no cinema, nas
novelas. E'o tipo que assume aquelas outras personalj_
dades. Nos céntros e s p ir ita s vocês vão encontrar muito
o Peixes, porque eles têm essa capacidade de renunciar
a si mesmos e emprestar o seu instrumento f ís ic o para
outros ou de servir de transformador para lib e rtar o
outro das suas dores. São eles que fornecem o ecto­
plasma como médiuns. Há pessoas de Peixes que sentem
as dores do outro. Ele capta o que tem o outro que es­
tà doente. São pessoas v isio n a ria s e sempre ligadas /
ao aspecto de dar. Ele sempre vai buscar novos ideais.

0 signo de Peixes estã ligado a sementeiras, com


tudo aquilo que estã em processo de fermentação para
brotar. E'aquele momento do apodrecimento da semente
para nascer uma nova vida. Peixes ê aquela vida que
está oculta, que estã contida dentro de uma pequena /
partícula,que é o Virgo. A semente é Virgo, mas o
projeto que ela contêm é Peixes. Todo o cosmo é um
graõ de arroz, diz o chinês. Então ê o microcosmos e
210

o macrocosmos. 0 microcosmos é o Virgo e o macro é o


Peixes. 0 Peixes está com os grandes ideais, os gran­
des planos, os grandes projetos, as grandes esperan­
ças, as grandes f ilo s o f ia s . Ele está sempre procurar^
do uma libertação. Na Era de Peixes foi todo este as_
pecto de buscar a libertação através de uma renúncia.
Esta renúncia é mais no aspecto do amor, porque Virgo
ê a terra e Peixes ê o céu. Tudo o que era da terra
era considerado pecaminoso e o céu era a perfeição.
Daí a mulher, como sendo Virgo, foi considerada como
sendo de segunda ordem, porque a mulher é que produz
as formas. Culpavam a mulher por causa d isso . Mesmo
a questão de castidade, de cinto de castidade e ques­
tões r e lig io sa s ,, tabus re lig io so s, tudo isso vem des_
sa divisão de Virgo e Peixes. Mas os tempos vão mu­
dando. Aquário vem a í. Urano renova tudo. Em Aquá­
rio, a coisa irá se transformando. Aquário é a busca
de igualdade entre os dois pólos. Claro que nesta li
beração, no começo da Era, vai e x is t ir muito exagero,
excessos, até alcançar o e q u ilíb rio . Vai haver muita
desordem dentro dessa área. Na Era de Peixes a pes_
soa era muito sensível, muito platônica e ela tinha /
muitas vezes essa dificuldade de relacionamento.

Os de Peixes têm uma idealização muito grande.Eles


precisam despertar o Virgo, ou seja, se adaptar is
condições da natureza e da vida e não achar que é no
céu que está a paz/mas que ele tem de encontrá-la na
terra mesmo, girando, trabalhando, funcionando, movi­
mentando, porque a vontade deles é fic a r fora desse
g ira r do mundo. Eles gostam muito da noite, porque
de noite as coisas se tornam mais calmas, mais lentas.
Os signos de água gostam da noite, que lhes dá aquela
sensação de não ver tudo limitado. Peixes gosta de
tudo que é meio so lto . Ele,como os de signo de água,
gosta de dormir de dia e de trabalhar ã noite. V irgo
já é o contrário; os virgin ian o s demoram para pegar /
no sono e de manhã j a “levantam correndo. Eles querem
sa i r 1 rabal bando em alguma coisa . Pegam uma vassoura
na mio e o espanador na outra e saem por aí. Muitos
nio tem paciência; j i dormem balançando a perna, e
prontos para s a ir correndo; está sempre em movimento,
principalmente quando estão fortes V irgo e Sagitário,
ou Virgo e Aries. Os signos de água estão sempre /
estudando; estão sempre querendo saber.

Peixes representa a dissolução e a reintegração.


Péixes absorve muitas coisas para d isso lv ê -la s e rein
te grá-las no todo. E'o signo da libertação. Peixes è?
o libertador, porque ele é capaz de absorver as coj_
sas que estão em desarmonias e transform á-las, reinte
g rá -la s no c ic lo seguinte, que é o A ries, que á o inT
cio, o princípio. E'o retorno ã origem no Peixes. E
ao mesmo tempo pode ser o in íc io de um novo ciclo.

Por isso que na Era de Peixes surgiu Jesus C risto ,


que representou o fin al de um c ic lo e a abertura de
um outro, através de um a u to -sa c r ific io .

Alguns dizem que Peixes é o lixo do Zodíaco, mas ijs


to não ê verdade, porque o Peixes ê o que vai ju sta ­
mente re ciclar as coisas. 0 problema do Peixes é
que quando ele não quer transformar as coisas que ele
acumula, ele fic a se intoxicando com as coisas que
ele mesmo guarda. Ele vive numa amplidão e por isso
ele tem dificuldade de lid a r com o tempo. De repente
o Peixes se atrapalha, porque ele se embebe, se envo]_
ve muito com as coisas, ele se id e n tific a muito com
e la s. 0 Peixes ê o último signo do Zodíaco e isso /
implica dele ter fe ito já a volta, isto é, ele é ca­
paz de ver todos os outros, mas tem a dificuldade de
se ver a si mesmo. Por isso encontramos muitos Pe_i_
xes que buscam a perfeição nos outros, mas eles mes­
mos têm dificuldade de se aperfeiçoar.

Peixes é o mar e ê o sangue que leva o alimento a


todo o organismo. 0 sangue é Peixes e o sangue leva o
que o intestino deixa passar. Geralmente, o Peixes /
tem problemas de in te stin o (Virgo) pela tendência de­
les guardarem as c o isa s. Eles com isso acabam se in ­
toxicando, tendo mi saúde pelo mau funcionamento in­
te stin a l, por não saberem selecionar, por fa lt a de /
Virgo.

0 Peixes.se você contar uma mágoa para ele ,e le ac£


ba chorando. As vezes, o Peixes é meio masoquista.
Ele gosta de sofrer, porque ele não quer fazer o es­
forço para se liv r a r daquilo que está errado, daquilo
que está estagnado.

Houve uma pessoa de Peixes cuja mãe morreu. Fize­


ram uma fita gravada com a voz da mié se despedindo.
Essa pessoa morava no estrangeiro e não pode estar /
presente por ocasião do falecimento da mie. Então ma£
daram essa fita para ele. Uma vez por mês ele ouve
aquela fit a e chorai Isso ê bem de Peixes e de Cân­
cer. Ele fica lá cultivando aquele negócio. A mu­
lher dele é Virgo e tem vontade de botar aquela f it a
no lixo. "Não aguento mais" 1 E ele acumula jorn ais e
mais jornais. 0 quarto dele está cheio de pilh as de /
jornais. Quando a sua mulher joga as c o isa s fora,ele
por fim agradece a ela, porque lhe fa lta a coragem pa_
ra isso. Depois ele fic a s a tis fe ito , porque o 1iv r£
ram daquelas coisas, mas logo depois começa a ajuntar
tudode novo. E 'a imaginação, a imagem da coisa; o
que ela representa.

Esses presságios são p assíve is de alterações, qua£


do existem planetas presentes na casa V I. Aí são os
aspectos que estes recebem ê que vão d ita r as caracte
r ís t ic a s p articulares e os ^detalhes.

Agora vejamos o eixo Virgo-Peixes, segundo o qua­


dro da Santa Ceia. Vlrgem-Peixes é o eixo da sabedo­
ria . Peixes ê o céu, a fonte una, a onipresença,a pe£
feição, o amor u n iversal, o sen tir, o cósmico, o ca£
tar, o intuir, a un ificação, o fim do c ic lo maior.
21 k

Virgem é a mie terra, a sabedoria, a ciência, a va­


riação da forma, o crescimento. E”o a n a lisa r, o obser­
var; ê reformar o saber terrestre e aperfeiçoã-lo.

Na ordem do Zodiaco, Virgem-Peixes é o 6? eixo. V i£


go é a natureza em constante movimento. Peixes simboli
za a calma; ê onde a serpente morde a própria cauda, 7
mostrando que no c irc u lo não há prin cipio nem fim, so
mente o ponto central ilim itado.

Virgo é a vida manifestada; Peixes é a síntese da


essência da vida.

Sentado à esquerda de Jesus está Tomé, que é o V ir ­


go, a procura da sabedoria. No fim da mesa está Bartc>
lomeu, que ocupa a posição do Peixes. De um lado, To­
mé mostra a ansiedade e a inquietação em seu rosto, na
procura de querer aprender mais de acordo com o que vê,
analisando a minúcia dos defeitos. Até diante de C r is ­
to ele levanta o dedo, querendo averiguar, provar, me
d ir e constatar. Aponta e c r it ic a os pequenos erros 7
com a ponta do dedo, elevando-o até a altu ra dos pró­
prios olhos. Bartolomeu, no pólo oposto, tem seus
pes situados na luz. Sua compreensão da calma, da v i ­
são ampla por cima de toda a balbúrdia da mesa, procu­
rando sen tir, imaginar, penetrar pacificamente na ra­
zão e motivos ocultos das coisas, afasta-se da dor e
da ansiedade do presente, situando-se na luz.

Se tu és Virgo, seja pelo Sol, pela Lua, pelo Asceji


dente ou porque tenhas um monte de planetas em Virgo,
vê a luz nos pês de Bartolomeu e lembra-te desta prece:
"Senhor, não deixes que eu c ritiq u e meu irmão sem an­
dar sete dias nas sandálias d ele." Lembra-te de nunca
ju lga r ou inquietar-se pela aparente imperfeição, mas
procura sen tir a razão oculta de tudo o que te parece
errado, e observa sempre com amor. Deves compreender pe
lo amor os erros dos outros, porque da aparente imper-
f ição vem a dor e a busca da perfeição, girando, cres­
cendo e evoluindo.
215
Tu és uma ansioso reformador, mas somente terás êxito
através da calma, da serenidade. A Terra gira calma­
mente e não percebes o barulho do seu motor ou das
suas rodas. Não te enerves por pouca coisa. Não adíaji
ta forçar o outro, modificar pela força o outro, nem
c r it ic ã - lo . Só a calma te dará a força na realização.
Não te perturbes, não te inquietes pelas pequenas co_i_
sas. Visa as grandes causas, com amor global e univer
s a l.

Peixes: tu deves aprender que não poderás fu g ir pa


ra o céu e deixar os outros aqui sofrendoí Se estãs7
ainda com os pés na Terra, embora sin tas saudade ou
n o sta lgia da paz e do amor universal, é aqui que dev£
rãs obrar, a g ir, g ira r e aceitar o que possa fe r ir a
tua sen sibilidad e . Nunca desertes da lutai 0 de­
sertor, o covarde, apenas adia a tarefa que um dia
terá que forçosámente re a liza r. E'no trabalho, na c£
taboração para o aperfeiçoamento, na aceitação da va­
riação das pequenas coisas do dia a dia que a t u a f o £
ça de se n tir e a tua capacidade de perdoar e amar te
proporcionarão a paz que tanto anseias. A paz, o re­
pouso, o sono, a quietude, a fe licid ad e , só vem após
o trabalho terminado.

Antigamente, o quadro da Santa Ceia estava em cada


sala de refeição. Hoje em día o quadro desapareceu /
das sa la s de v is it a . Mas deveria estar em toda par­
te, porque ele nos faz lembrar que as forças e s p ir i­
tu ais dentro de nós devem ser desenvolvidas para que
a beleza e a verdade resplandeça um dia entre nós.

Surgem então as três perguntas fundamentais da hu­


manidade, que são as perguntas da Esfinge:

- De onde vens? Venho da origem. (Aries, a fagu-


lha d i v i na).
- Quem so is ? Sou Deus.
- Para onde v a is? Volto para Deus; tenho o Todo
dentro de mim; eu volto ao Todo. A onipresença ( Pei­
216

xes) se desenvolve da sabedoria da natureza, da v a ria ­


ção da forma e no crescimento crescente (V irgo).

Se o homem estabelece uma d iv isã o entre o céu e a


terra, ou entre a Ciência e a Fé, ou se ele se esquece
do céu, ele ainda vive no inferno.

As le is da variação da forma (Virgo) se originam na


Unidade da Vida (Peixes). Se todas as formas fossem er^
tão iguais havería a estagnação. Por isso ,p recisa ha­
ver variação para que haja crescimento. Virgo é a va­
riedade; Peixes é a Unidade.

Quando a análise e a observação (Virgo) é fe ita com


sentimento e amor universal (Peixes), então a c r ít ic a
não é destrutiva, e o homem con strói, aprende e evolui.

0 místico de Peixes, se não souber trabalhar e gira r,


pode d ific u lta r a aquisição de um saber m aterial, te r­
restre e u t ilit a r is t a e não aproveitar todas as oportu^
nidades de adquirir experiência durante esta sua encar_
nação.

Na Terra nada i perfeito e nada ê imperfeito, mas es^


tá tudo no perfeito e constante aperfeiçoamento. Deus
não terminou ainda a sua obra da criação. C riar é evo­
lu ir e evotuir é c ria r. Criação é sinônimo de evolu­
ção.

Antigamente o Peixes, que ê o emocional, o sentirne^


ta^ entrava para um convento, para fic a r na b e atitude/
e abandonava o trabalho, a luta, a realização do bem
comum em favor do seu irmão. Ele fugia i luta do mun­
do e se negava a ajudar a evolução. E depois, se tudo
fosse perfeito,não haveria variação, nem evolução.

A casa X II simboliza a salvação para todos, - que


todos são iguais, e que sem renúncia e a prestação dos
grandes s a c r ifíc io s não há redenção. Cada um tem que
carregar a sua cruz.
217

O V i rg o precisa aprender a c r i t i c a r sem d e s t r u i r , /


mas com amor e t o l e r a n c i a , mas acima de tudo ele prec_i_
sa aprender a c r i t i c a r e a a n a l i s a r os seus def ei tos
e não os do próximo. 0 Peixes que c a l a , que f i c a /
muito s e n s i b i l i z a d o e magoado, que engole todas as coi
sas e delxa l a ” dentro de si mesmo, ele é um candidato
ao sanat orio , a doença dos nervos, de ordem psíqu ic a ,
porque ele nao e x t e r i o r i z a . F.1e é pela igualdade de
d i r e i t o s humanos, pela igualdade da essência de vida ,
que é onipresente em todos, e quer que não haja v a r i a ­
ção. Eles estão sempre em c o n f l i t o interno ao ver que
a reali dad e da vida não é e sta , e por i s s o fogem para
o mundo da imaginaçao. Com i s s o > e l e s criam muitos s o ­
frimentos para si mesmos. Eles sentem a beleza do f i r
mamento que se espelha do seu mar e não sabe viver na
te r ra . Quando e le s se defrontam com a dura realidade
da vida, suas reações s i o como as de um furacão. Aí
e l e s perdem o seu p ac if is m o, o con trole de sua emotivi
dade.

Na Era de Peixes se pregou o amai-vos uns aos ou­


tr o s , a igualdade entre os seres e relegou para um p l £
no secundário as l e i s da natureza. Mas a q u i l o que o
Peixes pregou ainda não f o i v i v i d o pela humanidade. Na
Era de Aquário deverão ser fundidos os d o i s pretensos/
in im igo s; Fé e Ciência, M i s t i c i s m o e Saber, Céu e Natu
reza, Ocidente e Oriente, as duas metades do pensamen­
to humano.
218

3€ PEIXES (Bartolomeu)
219
OS SIGNOS SIMBOLIZANDO OS DONS DO ESPIRITO

Comumente ouvimos alguém dizer que Aquário é um


anarquista, que AVies é agressivo, que Leão é ego­
cêntrico, que Gêmeos é um aproveitador e assim por
diante. Mas a A strologia não ensina isto.

Os doze signos do Zodíaco, de AVies a Peixes,


simbolizam todas as energias que o homem tem de d£
senvoiver em si e que no presente estágio evo lu ti­
vo da humanidade estão ainda em potencialidade, em
virtu alidad e s, em estado embrionário.

Cada signo tem qualidades e sp e cíficas e proprie,


dades que põem o homem em harmonia com o piano da
natureza. A ordem que os signos seguem não ê mera­
mente acidental, mas mostra uma seqüência do dese£
volvimento f i lo s õ fico#começando da concepção prim_i_
tiva da real idade,terminando com uma divina compr£
ensão da natureza cósmica do homem.

Signos representam as doze funções básicas da


consciência que resultam da combinação das quatro
funções elementares com os três n ív e is de ação.Por
a í vemos como a astro lo gia é um estudo mais profun
do do que a própria p sicologia acadêmica. Aí vemos
comprovada a sabedoria encerrada na magia do núme­
ro 12. A a stro lo g ia aprofunda e completa a psicoio
già. A a stro lo g ia vai alênvdo estudo da lib i do, do
aspecto psíquico. Uma mão se contrapõe ã outra,mas
se completam maravilhosamente.

0 Zodíaco começa com os signos de /fries, Touro


e Gêmeos regidos respectivamente por Marte, Vênus
e Mercúrio^que parecem estar se movendo na direção
do Sol (no Zodíaco n atural). 0 Sol é um dos lumi­
nares que c ria a vida, o doador da vida e o resul­
tado da primavera ê o nascimento f ís ic o em Câncer
sob a regência da Lua. Juntos#estes quatro signos
220
simbolizam a primeira parte da experiência do homem
e a sua criação de ordem pessoal. Estes quatro s ig ­
nos in ic ia is são chamados pessoais.

Marte, Vênus e Mercúrio, bem como o Sol e a Lua,


são também planetas pessoais»porque são os p rin c i­
p ais elementos da afirmação do eu individual de ca­
da um. Representam a base da formação da personali­
dade. Sem o pleno desenvolvimento das capacidades
in dividuais como podería o homem estar em condições
de atuar no campo social e coletivo ?

Os próximos três signos ( Leo, Virgo e Libra),sob


a regência do Sol, Mercúrio e Vênus, mostram um
quadro diferente em que os regentes se movem numa
direção se afastando do Sol. Estes signos mostram o
que o homem faz no âmbito so cia l e de relação com
os recursos que ele adquiriu. 0 resultado de tudo
isto é mostrado em Escorpião,que mostra como o ho­
mem interpreta os seus dons através do uso do po­
der adquirido, da tremenda energia do sexo e por
fim a revolta fin al realizada através da sua nature^
za de desejo. E- a busca da conscientização das for
ças da natureza posta ã disposição do homem, que se
torna participe do poder divino da criação. Ao mes­
mo tempo simboliza também a destruição em v ista s a
uma nova construção. Por isso rege a dor, a angús­
tia , a morte, o renascimento. Não hã destruição e
morte sem o conseqliente renascimento, ressurgí mentq,
ascensão, catarse, p urificação, regeneração. Por is
so se diz que a casa VI II,com tudo o que nela possa
estar presente,ê aquilo que necessita de ser regene
rado, transmutado, purificad o. Escorpião ê regido
por Plutão e Marte.

Os próximos três signos ( Sa gitário , Capricórnio


e Aquário),sob a regência de Júpiter, Saturno e Ura
no,mostram estes três se movendo no sentido contrá­
rio do Sol. Através destes signos o homem alcança a
compreensão mais elevada, cósmica, do seu lugar que
ocupa no universo, culminando no último signo do Zo
221
dTaco, que é Peixes, onde ele começa a compreender
a natureza do amor divino. Mas quantas voltas e
vo ltas não necessitará ainda o homem que fazer na
RODA DO RENASCIMENTO para ad quirir todos os dond
d ivin os que estão nele em estado de gêrmem ?

Estes quatro signos últimos simboliza a tercei­


ra parte da experiência do homem, a sua catarse, a
sua redenção e a realização do seu ser cósmico. 0
caminho da evolução pode ser mostrado sínteticameji
te através de três etapas: in stin to , razão, in tu i­
ção, ou com outras palavras: inconsciência, auto-
consciência, superconsciência. Como os crentes, os
canditados ã iniciação, ao discipulado, se enganam
quando dizem que esta será a sua última encarnação
na terra ? 0 homem ê apenas uma célula no grande
corpo da humanidade, um átomo dentro do corpo do
grande Ser cósmico, quer se trate do Logos Planet£
rio ou do Logos Solar. 0 homem só se libertará do
c ic lo das encarnações quando toda a humanidade co­
mo um só todo tiver alcançado a sua máxima evolu­
ção,até que o sistema so lar in teiro se dissolva
e entre no Praia ia.

Resumindo, temos:

1?) Criação, recapitulação, formação da person£


1idade, afirmação, ação, através dos signos primej_
ros: A'ries, Touro, Gêmeos, Cáncer e dos planetas
regentes: Marte, Vênus e Mercúrio. 0 Sol e a Lua
também são pessoais como expressão da Vontade, Pro
pósito, lntenção(Sol) e emoções, sentimentos(Lua).
2?) Construção e Destruição: Leão, Virgo, Libra
e Escorpião.

3?) Redenção: S a gitá rio , Capricórnio, Aquário e


Peixes.com os seus regentes Júpiter, Saturno, Ura­
no, Netuno e Plutão. Estes são os planetas impes-
soa is.
222

A*ries, Touro, Gêmeos conduzem ao Câncer, sob a re:


gência da Lua, que simboliza o nascimento do corpo.

Leão, Virgo e Libra levam ao Escorpião, sob a re­


gência de Marte e Plutão, simbolizando o uso que se
fa^ do corpo, do emocional e da mente.

Sagitário, Capricórnio e Aquário levam a Peixes,


sob a regência de Netuno, que simboliza a remissão ,
a absolvição do corpo, a união com os prin cípios cós_
micos.

Assim temos:

1? Esquema:

1a etapa t r in á r ia : NASCIMENTO, CRIAÇÃO:


A*ries - semente, impulso ( Marte)
Touro - ovo, desejo, amori Vênus)
Gêmeos - mitose, compreensão, aprendizagem(Mercúr.)
Câncer - nascimento, a célula coletiva, proteção,
envolv¡mento.( Lua)
2a etapa t r in á r ia : USO, TRANSFORMAÇÃO, DESTRUIÇÃO:

Leão - liv re a rb ítrio , individualização plena,


idealização, vontade, propósi to ( S o l).
Virgo - ordem, análise, decomposição. (Mercúrio)
Libra - e q u ilíb rio , harmonia (Vênus).
Escorpião - descontentamento, revolta, transforma
ção, planejamento, organização. (Pl utão.Mar^
te ).
3a etapa t r in á r ia : CAPITULAÇÃO; ENTREGA,ABANDONO.
REDENÇÃO, ENVOLVIMENTO NA SEMENTE, ASSIM I-
223
LAÇÃO DAS EXPERIENCIAS, REFLEXÃO, ENVOLVIMENTO NO
ATOMO,SEMENTE PERMANENTE.

Sagitário - verdade, expansão, cosm o-visioC*/ )


Capricornio - portal da iniciação, ascensão(^)
Aquário - impessoalidade, amor fraterno, servir
ao próximo, senda da prestação de se£
viço desinteressado e a l t r u ís ta .( W )
Peixes - abnegação, renúncia, prestação de graji
des serviços, amor divino. O . * 0

Nós podemos ver como os 12 signos do Zodfaco tra­


balham juntos como um símbolo do plano completo pa­
ra a existência. Não é por coincidência qué cada um
dos c ic lo s termina sob a regência de um planeta p s í­
quico e em signo feminino, pois nos três estágios, o
homem se torna realizado somente quando ele reconhe­
ce ou se torna em estado de receptividade (água) ao
universo em que ele vive e com as tremendas forças /
que o governam embora o homem inconsciente nem as re
conheça. AÍ temos, nos três modos de ação:

Câncer- Lua Ot (cardinal)


Escorpião - Plutão £* (fix o )
Peixes - Netuno ^ (mutável)

Assim,a criação e a manifestação de um signo car_


d ¡nal de água; a destruição ou transformação está lj_
gada a um signo fixo de água; a redenção é a manifej»
tação de um signo mutável de água (Peixes).

Um dos mais profundos m istérios da vida está íig £


do ao simbolismo da água. E ' saber quando deixar ou
fazer que a água corra (cardinal idade), quando impe­
d i-la (fixidez) e quando alte rar o seu curso (mutab^
1idade).
A água simboliza a emoção. Quando se lhe dá vazio
as coisas começam; quando se desvia, se estraga, as
coisas terminam; quando o curso do seu liv r e f lu ir é
alterado, o homem realiza o maior m istério da vida.
Aqui está o segredo, a essência, do seu controle, da
sua força, do seu poder.

A natureza necessita da coesão da água para lig a r


as coisas todas juntas (Câncer), da turbulência da
água para mover as pás do moinho ou gerar a energia
e lé trica, para romper, p artir, arrancar, d ii acerar e
decompor as coisas em fragmentos, pedaços ( Escorpi­
ão) e a água da inocência, da purificação (Peixes).
A água,além do mais,vai devagarzinho correndo e des­
viando dos obstáculos que encontra no caminho, obed£
cendo simplesmente ~a lei da gravidade, e sem baru­
lho vai fazendo o seu trabalho. Lentamente vai provo
cando a erosão, cavando panelas e buracos nas rochas
e modificando o contorno dos lit o r a is .

Quando as emoções de Câncer se transformam atra­


vés de Escorpião e atingem o oceano de Peixes, o ho
mem consegue a sintonização com o amor cósmico. E* o
homem que veio do céu sem desejos impuros e que quer
somente servir para a felicidade do outro. Este é o
simbolismo do film e da TV : "0 homem que veio do céu1.'

A percepção desta verdade ajuda-nos a compreender


0 que Jesus quis dizer quando d isse : "Eu porei o f i ­
lho contra o pai, a mãe contra o filh o , e a g ita re i
as águas sombrias. Só então depois d isso você conhe
cerá a paz tão querida, tão almejada. Jesus estava
com estas palavras confrontando as emoções da famF-
1ia ( Câncer) com o fim de d estru ir ou d isso lv e r as
uniões não a fin s ou as uniões falsamente consolida­
das (Escorpião), de modo que as pessoas possam ter
um f lu i r ou um fluxo mais limpo de consciência para
nela imergir (Peixes).
2? ESQUEMA DOS SIG N O S: 225

Vejamos as 12 funções bá si ca s da consciência


r e s u lt a n te s da combinação dos k elementos e dos 3
modos de ação:

AGRIES - representa a personalidade, a máscara,o


rosto, aquele que se impõe pela espontaneidade e
inocencia, sem rodeios ou segundas intenções, sem
premeditação e com franqueza,ãs vezes ingênua. E~o
porta-voz da vontade da vida, que se afirma atra
vês de sua personalidade. Nas ações,como na polft_i_
ca,é a l i d e r a n ç a .

TOURO - e ’ a plenitude da posse e da beleza do


mundo v i s í v e l , a experiência do mundo r e a l ,de suas
formas, sons, cores. E” a a rte , a construção,a re£
1ização, a produção, os recursos; é a plenitude do
desconhecido; é a sensação.
A
GEMEOS - s i n g i f i c a pensar para conhecer, para
ver, para aprender, pensar por pensar, captar, a s ­
s i m i l a r , a aventura de pensar. É" o mundo do pen­
samento, portanto, do e s p í r i t o .

CANCER - representa o s e n t i r pessoal, anímico,


imaginar, s e n t i r , i n t u i r , se envolver, proteger.

LEO - representa a expressão v i s í v e l e inconte£


tãvel da vontade pessoal, o domínio, a maestria, a
exi bição de suas capacidades, o corpo ma i s a vont£
de, a c o - c r ia ç ã o no plano divino/ no mundo humano.

VIRGO - representa o e s p í r i t o que mede o mundo


das c o i s a s , o e s p í r i t o que nega (germen divin o) e
que pela i n t e l i g ê n c i a observa a extensão do invis_í
v e l , o e s p i r i t u a l i z a r da matéria ou o ma te ria li z ar
do e s p í r i t o e p a r t ic ip a da transformação do mundo
pelo trabalho.
226
LIBRA - representa o pensamento que capta as
aspir açõ es da alma, as a f i n i d a d e s e l e t i v a s , a d i a l £
t i c a interpessoal, os 1iames i n v i s í v e i s de a f i n i d a ­
de, a diferenças que ligam as pessoas, o sopro, a
br is a tênue da harmonia e do e q u i l í b r i o que traz o
amor, cibo das almas. Sua missão é estabe lece r um
relacionamento fundado na comunhão e no amor. Daí
vem a eterna e i n incontrãvel busca das almas gêmeas,
a grande aspiração da alma humana. 0 homem Marte em
busca do eterno feminino para amar a beleza do seu
corpo f í s i c o , alguém para poder dar todo o carinho,

o eterno feminino
227
afetividade, alguém suficientemente e sp iritu a liz a ­
do para compartilhar dos grandes vôos do pensamen­
to na eterna e incessante busca da sabedoria que
está por detrás de toda a aparência fenoménica, na
busca das grandes e pequeninas le is que regem ocul_
ta e misteriosamente as formas estereotipadas na
imensa obra da criação divina^quer se trate da v i ­
da de um inseto, de uma borboleta, de uma flor,de
uma pedra preciosa, na vida de uma criança, no im­
pulso do amor entre duas almas que se unem até no
vertigin oso g ira r dos sistemas sid e ra is compostos
de bilhões e bilhões de galáxias com os seus b i­
lhões de estre las e outros bilhões e bilhões de
sistemas planetários, uns talvez mais prim itivos /
do que a terra, outros, moradas de seres excelsos.

Por isso, na h istó ria da lite ra tu ra unive_r


sal e nas páginas dos liv ro s sagrados, encontramos
sempre a busca do amor. Esta busca do seu comple­
mento.que é a Libra,vemos simbolizada nas persona­
lidades mais célebres: Abraão e Sarah, Jacó com Fta
quel e Lia, Jesus com Marta e Maria, Dante e Bea­
t r iz , Orfeu e Euridice, Fausto e Margar ida(Goethe).

ESCORPIÃO - representa o corpo que deseja,ama,


odeia, busca, re je ita ; o poder da in ic ia tiv a que
nasce de uma exigência profunda e não tem obstácjj
lo s; a expressão corporal e v is ív e l do mundo dos
sentimentos, a origem de toda força.

SAGITARIO - representa a vontade e sp iritu a l, a


consciência de uma direção, de um alvo, de uma me
ta, de uma missão ou tarefa que inspira coragem e
entusiasmo, fazendo de cada ser humano um cavalei
ro em demanda do Todo, do distante; ê a d?reção;T
tudo que aponta para a total idade.

CAPRICORNIO - representa o reconhecimento da


situação real (sensação) da pessoa (alma), a acej^
tação das circunstâncias e do cumprimento do de-
228
ver concreto, sem elocubrações fantasiosas, a cons^
ciência da limitações espaciais e temporais inereji
tes à vida humana, o dever, a responsabilidade.

AQUÀRIO - representa o pensamento que reflete


as estruturas corporais, o sistema, os c irc u ito s
integrados, a visão glo bal, o conhecimento dentro
da cultura humana geral, a humanidade, a c i v i l i z a ­
ção, o participar da obra de reconstrução do mundo
partido e dividido, as esperanças, os ideais cole­
tivo s.

PEIXES - representa um sentimento único que abar^


ca todo um universo de sig n ific a ç õ e s e idéias, o
ser humano ligado ao todo, a interdependência cós­
mica, a busca do sentido da vida através do ideal
e da fé, a grandiosidade, a e sp iritu alid ad e , o sa­
c r if íc io e o amor, o p a rtic ip a r pelo amor desperso
nal izado.

3? ESQUEMA DOS SIGNOS

ARIES - a essência divina se m aterializa, se


co rpo rifica; a mónada desce ã matéria, se veste de
inúmeros veículos: f ís ic o , etèrico, a s tr a l, mental
etc.

TOURO - a m aterialização, o aparecimento na


forma, na matéria, o desejo (tanha), a aglomeração*

GÊMEOS - o movimento, a ligação entre os dois/,


a m ultiplicação, a comunicação, a linguagem, o am­
biente próximo.

CÂNCER - a primeira porta por onde se entra,a


gestação, a formação, o que envolve, proteje.

LEÃO - a auto-consciência, a individualízação,


a individual idade, a premissa do eu, a egoidade.
229

VIRGO - se in telectu aliza, usa a logica, decom


põe, busca organizar.

LIBRA - equaliza, eq u ilibra, o sc ila , busca o


confronto com o outro.

ESCORPIÃO - se submete a provas, sacode, apro­


funda, mergulha, arranca, transforma, renasce, re­
começa .

SAGITÁRIO - almeja, busca amplos espaços, a f_i_


lo so fia , rumina idéias; é o eterno peregrino.

CAPRICÓRNIO - a última porta, busca a in ic ia ­


ção em alguma coisa, o subir da montanha, se sublj_
mar, se tran sfigurar na montanha, depois desce ou
vo lta i plan ície para ad q u irir experiência para um
dia ser o servidor mundial em Aquário.

AQUARIO - Aqui reside a hierarquia planetária /


com v ista s a um porvir distante, ao futuro que
aguarda a humanidade. E ' o v ig ia do mundo.

PEIXES - uma das suas metas i tornar-se um


dia um salvador do mundo, como C risto , como Buda,
e representa os m istérios in ic iá tic o s de todas as
idades.

ESQUEMA DOS SIGNOS

Os dons do e s p írito segundo Dane Rudhyar:

/CRIES - adaptabilidade
TOURO - desligamento, desinteresse, o desape^
go do mundo
GÊMEOS - a arte de deixar as coisas acontec£
rem.
CÂNCER - saber onde está o seu lugar.
LEÃO - simplicidade
230

VIRGO - tolerância
LIBRA - tranquilidade
ESCORPIÃO - a não-i dent i f i cação
SAGITARIO - camaradagem, a arte de viver junto
CAPRICÓRNIO - a integridade pessoal
AQUARIO - o serviço a prestar
PEIXES - a fé, a coragem

5? ESQUEMA DOS SIGNOS : o homem Zodíaco

ÃRIES - a cabeça, o rosto,


TOURO - o pescoço, a garganta, os ombros
GÊMEOS - os braços, as mãos, a respiração, o
aparelho pulmonar, a sede da função re sp irató ria, os
membros superiores, os órgãos da mobilidade.
CÂNCER - o peito, o tórax, o estomago, a base
dos pulmões, o útero.
LEÃO - o coração, o órgão v it a l, o centro das
emoções:
VIRGO - os intestinos, o abdomem, o órgãos de
assimilação, de eliminação dos resíduos.
LIBRA - os rin s, os quadris, a capacidade se­
xual que depende da boa qualidade dos rin s. Os rin s
são dois, ligados ~a idéia de e q u ilíb rio , os dois
pratos da balança, a idéia amorosa.
ESCORPIÃO - os órgãos genita is, o ânus; esta
ligado i idéia de sexo e angústia, porque ele também
se lig a “a idéia de perda.

SAGITÁRIO - as coxas, os músculos, o fíg a d o ,re


guiador de todo o organismo, o le gisla d o r. Ele dã o
tõnus de nossas emoções. 0 fígado é o pai do coração.
No sistema so lar,Jú pite r ê o planeta que mais nos dã
231
depois do Sol, pelo seu tamanho e grandeza. Na pen­
dencia m itológica, Júpiter perdeu o fígado.

CAPRICORNIO - os ossos, os joelhos, o esquele


to, a pele.

AQUÁRIO - as pernas, os tornozelos.

PEIXES - os pés, os dedos do pé.

6? ESQUEMA DOS SIGNOS:

ÁRIES - fosfato de potassium


TOURO - sulfato de sódio
GÊMEOS - cloreto de potassium
CÂNCER - fluoreto de cálcio
LEÃO - fosfato de magnésio
VIRGEM - sulfato de potassium
LIBRA - fosfato de sódio
ESCORPIÃO - su lfato de c a lcio
SAGITARIO - s il Teia
CAPRICORNTO - fo sfato de c a lc io
AQUARIO - cloreto de sódio(sodio muriatico)
PEIXES - fosfato de ferro

7? ESQUEMA DOS SIGNOS:

(este quadro hoje está bastante mudado)


ÁhlES -
a) países: In glaterra, Alemanha, Palestina, D_i_
ñamarea, Polonia, Borgúndia, Japao.
b) cidades: Birgmingham, Florença, Nápoles, Ve
roña, Marsefha.

TOURO -
a) países: Irlanda, Pérsia, Arquipélago gre­
go, Rússia Branca, Chipre, A'sia Menor.
b) cidades: Dublin, Leipzig, Mantua, St. Louis.
232
GÊMEOS -
a) países: Estados Unidos, Costa da A frica,
Bélgica, Armênia, T ríp o li, Flanders, Wales, Baixo
Egito, Oeste da Inglaterra.
b) cidades: Londres, Plymouty, Merbourne,Nu^
remburg, Versalhes, São Francisco.

CANCER -
a) países: Norte e Oeste da A frica, Holanda,
Ilha de Maurício, Paraguai, Scotland.
b) cidades: Tunis, A lgeria, Amsterdam, Nova
Iorque, Constant inopia, Veneza, Genova, Milão, E£
tocolmo, Manchester.

LEÃO -
a) países: França, os Alpes, a Boemia, It á ­
lia , Caldéia, Norte da Rumania, S i c il i a .
b) cidades: Roma, Bath, Portsmouth, Praga,
F ila d é lfia , Damasco, Bombay, Chicago.

VIRGO -
a) países: A s s ír ia , B r a s il, Turquia, Creta
Parte da Grécia, Mesopotãmia, Suiça, Indias Orien
ta is .
b) cidades: Los Angeles, Heidelberg, Boston
Jerusalém, Tououse, Paris, Estrasburgo, Lyons.

LIBRA -
a) países: A ustria, Argentina, China do No£
te, partes da fndia, Indo-China, Tibet, Atto E g i­
to.
b) cidades: Antuérpia, Charleston, Viena,
Lisboa, Copenhagen, Firbourg, Frankfort.

ESCORPIÃO -
a) países: A lgéria, Barbary, Marrocos, Nor-
way, Transvaal, Judéia, Bãviéria.
b) cidades: Dover, Liverpool, Nova Orleans,
Washington, Baltimore, C in cin ati, H a iifax,Newcas-
tle .
233
SAGITÁRIO - a) países: Arabia, A u stra lia , Hungria, E s ­
panha, Madagascar, Provença, na França» B) cidades: To
ledo, Colônia, Stuttgart, Rottenburg, Sh effield , Notthi
gham.
CAPRICORNIO- a) países: Ìndia, A fgan istio , Albania,Bo¿
ton, Bulgaria, Grecia, Mexico, L itu in ia . b)cidades:Bru
x e lla s, Constanza, Oxford, Port Said.
AQUARIO - a) países: Arabia, A b issín ia , S ú é c ia 'in fe ri­
or, Prussia, Polonia, Rùssia, T artaria, Westfalia.b)Cj_
dades:Bremen, Hamburgo, Salzburgo, Trent.
PEIXES- a) países: Portugal, Normandia, Nubia, Sahara
(deserto}; b)cidades: Alexandria, Worms, Sevilha, Lan-
caster, Ratisbon.
- o -

Observação: esta c la ssific a ç ã o tem os seus erros,


porque milita coisa mudou na geografia e na h istó ria
p o lític a destes países.
\ ■ ■’
8? ESQ¿EMA DOS SIGNOS:

Q planeta num signo mostrará o seu princípio ã


maneira dó signo, por isso podemos representar essa
forma de atuação do planeta por meio de advérbios /
ou locuções adverbiais:

ARTES 'r impulsivamente, energicamente


TOURO - possessivamente
GÊMEOS - comunicativamente, com versatilidade
CÁNCER - se n sit ¡vivamente, com envolvimento
LEÃO - criativamente, alegremente, in d ivid u al¡£
ticamente
VIRGO - detalhadamente, criticamente, com minú­
cias.
LIBRA - harmoniosamente, em união com os outros
ESCORPIÃO - ãpaixoriadamente, secretamente, pene
tirantemente, com poder, força e planejamento.
SAGITARIO - apontando uma direção, i1J_
mitadamente, profundamente.
CAPRICÓRNIO - prudentemente, firmamente, com
aspiração, praticamente.
AQUARTO - desprendidamente, impessoal mente/
científicamente.

PEIXES - intangivelmente, sensivelmente,

9? ESQUEMA DOS SIGNOS:

As 12 tentações ou os 12 v íc io s.

Aqui é que nós devemos prestar muita aten­


ção, porque os signos não têm em si v íc io s ; eles
não têm nada a ver com os v íc io s.

Os signos representam arquétipos ideais, pontos


máximos de perfeição a serem atingidos pelo ser hu
mano. Um signo não pode ter v íc io s, imperfeiçõesT
assim como não são v íc io s em s i, não são maus e im
perfeitos em s i. Não existe signo ruim. Tudo é per
fé ito. Basta nós vermos ao nosso redor e podemos 7
constatar que o álcool em si não é bom nem mau, ê
ú t il. Se o homem faz mau uso dele a culpa e dele
e não do álcool. 0 vento em si não tem vícios,nem
a tempestade, a chuva, o raio, a chuva, o açúcar,o
vinho, a gasolina, o sa l. E” o uso errado em tempo
errado que torna tudo inconveniente.

0 Leio pode ser mais agressivo que o A rle s; a


Libra pode ser agressiva, mas não é o signo, mas o
homem que é atrasado, prim itivo, destrutivo, igno­
rante, de pouca evolução.

Quanto aos arquétipos dos signos,o homem é uma


235

cópia d isto rcid a, é um xerox apagado, ê a expressão


do signo, do arquétipo, ê um arremedo de arquétipo.
0 arquétipo do Aquário,por exemplo,é uma coisa ex­
tremamente maravilhosa, mas o homem de Aquário pode
ser uma coisa horrorosa. 0 Leio e o amor, mas pode
ser que o indivíduo ê t io carente ainda de amor e
de bondade, que ele pelo seu grau de sensibilidade,
arte e de ale gria, só consegue expressar egocentri­
ci dade, prepotência, mando, orgulho e tiran ia.

Nós» portanto, podemos usar t a is expressões como


as T2 ^tentações ou os 12 v íc io s ligados aos signos,
mas que fique bem claro que isto é puramente uma
questãó de linguagem. Assim, poderiamos dizer:

ÁRIES- a impaciência, excitabilidade , precipita­


ção, agressividade, impetuosidade.

TOURO - a preguiça, a indolência, a obstinação,a


teimosia, o ar rebatamento, a 1uxòria, a gula.

GÊMEOS - a dispersão, a indecisão, a frivolidade^


a puerilidad^, a h ip o crisia, a duplicidade.

CÂNCER - ,a instabilidade, a melancolia, a cred i­


bilidade, a indecisão, um passinho para frente e um
passinho para trás, a afetação, caprichos, superst_i_
ção, rotin a, lunatismo, choramingas.

LEÃO - despotismo, ser demasiadamente exigente e


dominador, orgulho, exclusivism o, só existe o seu
eu, a sua vontade, a sua imposição.

VIRGO - interesse m aterial, querem tudo resolvei;


parcimônia, detalhismo, narcisism o, pedantismo, mes
quinhez./

LIBRA - fa lta de ação, fa lt a de in ic ia tiv a , pro­


crastina as decisões, indiferença, ostentação, con_
formismo, vaidade, apatia., omissão.
236
/
ESCORPIÃO - a ditadura, a crueldade, a vingan­
ça, a agressão, amoral idade, ilegalidade.
/
/SAGITARIO - ser demasiado convencido do seu
próprio ponto de v ista , 1icencíosidade, fanfarronice
cupidez, marca esportiva.

CAPRICORNIO - ceticismo, avareza, exploração /


das falhas alheias, ironia, pessimismo, descrença./

AQUARIO - anarquia, inadaptação, extravagância,


excentricidade (fora do centro),.

PEIXES - tranquilidade exagerada, ele quer v i ­


ver no céu e não na terra, m artírio, obsessão, aluc_i_
nação, in triga, utopia(como o Aquário).

Portanto, como dissemos, é importante não confun­


d ir o signo como arquetipo, energia, p rin cíp io , fo r ­
ça, qualidade, com o indivíduo que pertence a este
ou iquele signo, quer seja o indivíduo que tenha o
Sol num signo, a Lua, Marte, ou qualquer outro plan£
ta. E" preciso saber em que nível de evolução ele se
encontra, o seu grau de instrução, cultura, sensibj_
1idade, se i instintivamente bom ou mau, construtivo
ou destrutivo, se é justo ou injusto, se ê honesto /
ou desonesto.
«
Não confundir o arquétipo, o modelo celeste com o
tipo terrestre, humano, ainda próximo da animalidade.
Todos nós sem exceção somos apenas arremedo dos s ig -
nos,_por mais que g r ite a nossa vaidade, a nossa pre
sunção, o nosso personalismo. Todos nós alimentamos/
amda muito orgulho, prepotência, inveja, concupis­
cencia.
10? ESQUEMA DOS SIGNOS 237

/(RIES - d irig e , conduz, protege, luta, deseja, vigia,


põe em execução, impulsiona, lid e ra, da in íc io ,

TOURO - acumula, adquiré, trabalha, conserva, faz d£


rar, aglomera, dá estabilidade, produz.

GÊMEOS - observa, discerne, compreende, explica, pu­


b lic a , ensina, se comunica, fa la , anda, se mo­
vimenta .

CANCER - sente, comove, recorda, imagina, gera, pro­


tege, envolve, cuida, alimenta, sonha.

LEÃO - quer d ir i g i r , c ria r, aperfeiçoar, viver, edu­


car, governar, amar.

VIRGO - a n a lisa , c r it ic a , décompõe, escreve em papej_


zinho, em agenda, ap lica. Tem racio cín io ló g i­
co ( Mercúrio em V irgo).

‘ LIBRA - compensa, complementa, harmoniza, equilibra,


põe pano quente, usa de diplomacia, une, ?rma_
na.
.ESCORPIÃO - regenera, degenera, planeja, organiza,p£
netra, arranca e põe para fora, tem poder.

SAGITÁRIO - compreende, id e n tifica-se com a cultura,


orienta, traça metas e aponta alvo s.

CAPRICORNIO - pensa, raciocina, a b stra i, deduz, con­


cretiza e ap lica decisivamente.

AQUARIO - in stru i, inventa, renova, confraterniza, /


u n iversaliza.
PEIXES - confia, serve com s a c r ifíc io e abnegação.
23S
11? ESQUEMA DOS SIGNOS

IGNOS NO AMOR NA ARTE NA POLfTlCA

*r* conquistador violência extremi smo


^ sensual rea 1i smo conservant í smo
0 namorador mensagem divisionism o
$ gosta do la r romani i smo nacional ismo
0Q demonstrativo épica soberania
«rip maleável c la ss i c i*smo buroerae ia
á: conjugal harmonia a l ianças
*rff sádico drama mutação
circunspecto ensa io expansão
raciocinado base social ciencia
livre surreali smo revolução
3C sentimental fantasia c rise s

VERBOS POSSES RELIGIÃO


ir eu quero indústria predi cação
y eu tenho dinheiro intolerância
fl eu movimento documentos desvios
¿ 9 eu sinto casas exa1tação
eu sou ou ro hierarquização
eu anal i so coleçoes intelectualização
áb eu amo artes união
eu controlo minas fanat i smo
yP eu vejo transportes revisão
(cont inua)
239
VERBOS POSSES RELIGIÃO

4% Eu posso comere io pureza


/ / eu sei eletrônica grupai
<j£-eu creio e s p iritu a is fervor

CULTURAIS VIRTUDES DEFEITOS

_ Educação dinamismo sem domínio


'W
f ís ic a iniciador
tf arquivos persi stência rancoroso
H periódicos d ia lé tic o duplo
$9 preservação acolhedor instável
(fi oratória protetor fàtuo
pedagogia organizado irônico
¿h estética pacificador vacilante
•yif Human]smo curioso reprovador
jt fiT osófia moral megalomanTaco
44 Ciências paciente m aterial¡sta
^ Inovação integración. sem caráter
% a ssist.so c . sensit ivo indefinido
i
e assim por d ¡ante; podaríamos dar em síntese muito
generica. A este proposito veja continuação destes
esquemas que extra irnos da obra de Boris C risto ff "
Um Retorno dei Passado” .

12? ESQUEMA DOS SIGNOS (a nível esotérico)

E“ um resumo de aulas de M. Sennard. Veja nas


páginas seguintes de Aries a Peixes:
2j»0
ARIES

0 signo de Agries é formado pelo elemento fogo,


agni, a expansão transmutadora c ria tiv a e pelo modo
de ação cardinal (sattw a). A'ries pertence ao primej_
ro quadrante, das energias cósmicas indiferenciadas.

Aries simboliza o impulso expansivo da essência


se transmutando por seu próprio movimento e produ­
zindo ao mesmo tempo a substância-matéria em sua
primeira manifestação. Ele se exprime pelo ardor do
desejo que, rompendo o e q u ilíb rio da Balança, seu
signo oposto e complementar, engendra um c ic lo novo
da vida manifestada.

0 movimento alte rn ativo de ruptura e de restabe­


lecimento do e q u ilíb rio é inseparável da transforma
ção universal.

AVies corresponde, segundo a doutrina vedi ca, ao


aspecto do fogo AGNI, calor, explosão, brilho, fo r­
ça animadora, que faz brotar o germen e estourar a
casca, o envóíucro da semente, e ao fogo s a c r if i ­
c ia l, fonte dos outros fogos. Agni é comparado ao
coração, ao Filho do céu se encarnando na matéria e
dando assim o impulso a um c ic lo de manifestação da
energia-consciência. E“ também a potência do Verbo
criador.

No Zodíaco indù, diz Sennard, o nome de /íries é


Mesham, que quer dizer o que não tem nascimento.Sim
bol iza em planos arquetipais,em planos mais' eleva­
dos, Parabrahman, a causa existente por si mesma,
eterna e auto-suficiente de todas as coisas.

Nos indivíduos mais evoluidos, o planeta Urano


tem muito que ver com o signo de Afies. 0 símbolo
de Urano representa a ruptura do círcu lo separado
em dois hemiciclos por meio da cruz espaço-tempo. 0
nome de Urano é formado da raíz UR, que nas línguas
góticas tem o sentido de primeiro, primordial, e do
sufixo AN, que tem o sentido de começo. Urano,o Cétv
era considerado pelas m itologias an tigas como o pai
dos outros deuses. Tudo isto indica a reláção estrej_
ta de Urano com a energia primordial ígnea e lumino­
sa de que /fríes é o símbolo.

Por um outro lado, se a a stro lo gia esotérica,como


ensina A lice Bai ley, mostra uma identidade de planeta
Mercúrio com A'ries, e pelo mesmo motivo, isto é, nos
indivíduos mais evoluídos, que são raros, a energia
basica de Aries é usada via intelecto, por meio do
intelecto, do pensamento. A força ã f ê mais mental e
intelectual do que f í s i c a .

0 TOURO

0 signo de Touro é formado pelo elemento terra*


que simboliza a receptividade p lá stic a formadora, e
pelo modo de ação fix o ( Tamas), que s ig n if ic a a rea­
lização na matéria. Touro pertence ao primeiro qua­
drante da energia cosmica indiferenciada.

Touro recebe o impulso criador de A'ries, p rin c í­


pio p o sitivo essencial transmutador que involui para
lhe dar forma. 0 Touro tir a o seu nome de GE, que em
sanscrito s ig n if ic a simultaneamente, terra e touro.
Ele deve ser imolado para que de seu sangue seja en-,
gendrada a vida nova. Por isso ê que uma das cerino
nías p rin cip a is do cu lto de Mithra era a imolação de
Um touro cujo sangue se espalhava sobre a terra, fa ­
zendo eclodir a vegetação.

Mitra que o fic ia v a o s a c r ifíc io , era uma divinda­


de so lar do Oriente, filh o do primeiro prin cípio.Ele
simboliza o bem, a luz, a fe rtilid a d e ; era o media­
dor entre o humano e o divino.
242
0 s a c r ifíc io do Touro sim boliza o s a c r ifíc io de
todo parto para dar ã luz o f ilh o , que no reino ani^
mal e humano tem lugar através do sangue e do sofrJ_
mento. Mesmo sobre o plano do e s p ír ito , todo nascj_
mento ou renascimento é acompanhado de um ato de
imolação. Algo tem que ser imolado para a gestação/
do fruto.

0 signo de Touro tem como planeta regente Venus


(Astarte), comparada a Cíbele e i Ishtar babilónica
e que representa a energia do desejo, da atração,do
amor indiferenciado, a mãe u n iv ersal, a natureza de
sejando cegamente dar à luz e c r ia r .

GE corresponde muito a Venus Astarte e não i


Afrodi te,que é o intérprete da Balança.

0 oposto e complementar do Touro é o Escorpião ,


signo da energia sexual, que tem como regente Plu-
tão, deus dos infernos. No mito da descida de Ish-
tar no Hades, ela a í vai procurar Tammuz, o deus da
vegetação e da primavera. Este deixa subir de no­
vo as duas divindades sobre a terra depois de ter
sido saciada por trés gotas de agua enviadas pelo
deus EA, simbolizando a d issolução fecundante e o
retorno i luz. Aqui é a cessação de sua manifesta­
ção para se renovar pelo s a c r if íc io . 0 Touro é o
p rin cíp io maternal universal, instrumento do c iclo
"vjda-m orte-ressurreição" juntamente com o Escor­
pião. Se Escorpião é o símbolo da morte, também ê
o^símboio da vida, da transformação e da ressurrei­
ção, o surgimento para uma nova vida, para um novo
c ic lo . A morte pode não ser somente no sentido f í ­
sic o .

0 GÊMEOS

0 signo de Gêmeos ê con stitu íd o pelo elemento ar,


elemento flu íd ic o móvel, e pelo modo de ação mutá­
vel C Rajas), que é a atividade tra n sitiv a unitiva
transformadora. 243

Gêmeos pertence ao primeiro quadrante, mas já em


transição do quadrante das energias indiferenciadas
para o 2? quadrante da individuação.

Os Gêmeos marcam, na involuçio da entidade em


v ista de manifestação, o ponto de transição onde as
energias indiferenciadas se individualizam pelo
e feito da atividade do.elemento animado pela imagi­
nação , pela inspiração e pelo pensamento.

Os indivíduos nascidos sob a influência do signo


de Gêmeos se caracterizam por sua grande mobilidade
e instabilidade de corpo e de e s p ír ito . Eles são mo
vidos por sua inspiração, inventivos e sempre
cheios de idéias novas. Eles se cla ssifica m freqtte£
temente entre os poetas, os videntes, os telepatas,
os profetas, como os de Câncer. São os telepatas /
que facilmente captam o que se passa ao seu redor.
Os de Câncer captam via o sentimento e o Gêmeos via
o pensamento.

0 CÂNCER

0 signo de Câncer ê constituído pelo elemento


água, elemento dissolvente, fecundante, e pelo modo
de ação cardinal (sattw a), que é a essencial idade.
Pertence ao 2? quadrante da individuação.

A espiral que simboliza as forças da natureza e


que se encontra sobre a superfície das águas no hi£
r o g lifo egípcio deste elemento, e exatamente aquele
queirepetido duas vezes7forma o h ie r ó g lifo de Cân­
cer, o signo cardinal ou essencial do elemento água.
Este h ie ró glifo simboliza as duas forças potenciais
de polaridades contrárias* no movimento da água.Ele
figu ra , por exemplo, nos elementos do átomo, o pró­
ton e o ele'tron, tu rb iIhonando no éter ou akasha /
dos antigos, fonte da ãgua-mãe, igualmente.

0 Câncer é o 4? signo, ou o signo que correspoji


de i casa paternal, a casa da origem, do nascimen­
to do indivíduo no mundo sensível e de todas as
circunstancias que a í o prendem. Mas a Ag casa é
também a casa do firn da vida, este outro nascimen­
to, e pode-se igualmente considerar as duas e sp i­
ra is do Câncer como aquelas do par inseparável vj_
da-morte.

0 LEÃO

0 signo do Leão é formado pelo elemento fogo,


agni, elemento impulsivo, expansivo, transmutador,
e pelo modo de ação fixo (Tamas), a realização da
matéria, a criatividade.

Aqui é dentro do indivíduo que o impulso trans­


mutador do fogo opera a fusão dos p rin cíp io s cósm£
cos, enquanto que no Aries o impulso é visivelm en­
te d irigid o ao exterior. Sob a sua influência , os
princípios cósmicos se fazem carne para se torna­
rem e sp írito pelo processo da individuação.

0 fogo de Leão e' aquele do calor, da combustão


destrutora das formas, que liquefaz, d is s o c ia c e le
ciona os elementos, separando, segundo a expressão
da Tábua da Esmeralda, "o su til do espesso". E” o
fogo dentro do homem, o ardor do combate sobre to­
dos os planos, o fogo da paixão se satisfazendo,se
saciando, se devorando a s i mesmo, depois de eva-
nescendo. E' também o ardor da luta entre as duas
naturezas do homem que obtêm a v itó r ia pelo sa c ri­
fíc io . Este fogo corresponde ao aspecto do fogo
Vaishvanara, aquele que come o alimento em todos
os mundos e dentro de todos os seres. Comer o a l i -
245
mento em todos os mundos s ig n ific a segundo os Su-
tra s, ganhar o conhecimento in tu itiv o de Brahman.
E- o fogo Aranya, o mais sagrado dos fogos, isto
é, aquele do iluminado, sobre o a lta r , consumia /
as oferendas r itu a is . E" o fogo que, aprisionado
na substância, a anima, a move, a consome, a des­
tro i, a transforma, a sublima.

0 Leão é o 5? signo. 0 Leio indica uma alma eji


carnada (Jivatma) do ser individualizado se tor­
nando uma entidade d is tin ta , se destacando da 4a
casa, da casa paterna, para assumir a direção prò
pria das experiências pelas quais tem que passar
através da vid a ..

A alma incorporada em seus 5 envoltórios ou


corpos gro sse iro s deve pelo seu fogo consumi-los/
e transmutã-los para se lib e rar. Este fogo é o
prin cípio do c o n flito entre os elementos dissocia
dos Essin eia-Substância, espírito-carne,m as é tam
bém o fator de sua purificação que vai tornar po
ssíve l a sua integração u lte rio r e preparar a sua
síntese no 3? signo de fogo, que ê o Sagitário. Q
fogo de A ries ê o fogo em direção ao mundo exte­
rio r; o fogo de Leão é a ebulição interior; o fo­
go de S a gitá rio ê o fogo a serviço do espírito.
Não confundir o arquétipo, o prin cíp io, meramente
com o indivíduo,que geralmente é uma caricatura /
do signo.

Na ordem psíquica, o fogo de Leão é o guerrei­


ro em seu sentido esotérico, o Salvador, o Filho,
segundo Hodson.

A escola vedantina monista considera que em


sua essência e despojado de seus atributos f i c t í ­
cios criados pela ignorância (Avidya), Jivatma, a
alma encarnada, ê idêntica a Paramatma, a aima sui
prema. Jivatma é corretamente colocado no 5? s ig ­
no a p a rtir de A ries, porque segundo as regras da
2k6
astro logia hindu, o 5? signo é o putrasthanam ou
casa do filh o . 0 signo de Leio representa, portan­
to, o Jivatma, o filh o de Aramatma.

0 regente de Leão é o So l, mas o planeta Marte


tem muita analogia com o signo de Leão. 0 hierogl^
fo de Marte representa a separação e a oposição da
cruz e do círculo, ou seja, os fatores do espaço-
tempo-matêria e do e s p írito manifestado sobre um
plano limitado. A cruz domina momentaneamente so­
bre o e sp írito e se opõe a ele, o que simboliza /
também o sofrimento e os s a c r if íc io s implicados pe^
lo antagonismo, a tensão, depois ultimamente a co£
c ilia ç ã o dos opostos. 0 símbolo de Marte ê a ima­
gem da esfera encimada por uma cruz que seguram na
mão os imperadores, re is, emblema do poder tempo­
ral e e s p ir itu a l.

A imaginária cató lic a representa freqQentemente


também o menino Jesus, o menino-rei, tendo a esfe­
ra com a cruz em cima. Era digno de tal autorida­
de o herói que tinha conseguido c o n c ilia r nele mes
mo os opostos atravessando vitoriosamente a prova
do fogo s a c r ific ia l que une os dois mundos.

V IR G O

0 signo de Virgo ê con stitu íd o pelo elemento de


terra, areceptividade p lá s tic a formal, e pelo mo­
do de ação mutável (Rajas), a união tra n sitiv a .

Virgo pertence ao 2? quadrante da associação,da


síntese.

Aqui se trata da receptividade ao e sp iri to que


engendra a inteligência das co isa s. A Virgem fecun
dada pela água purificadora, detentora de seu s i g ­
no oposto, o Peixes, concebe o C risto, o E sp írito ,
a Luz, que aguardará sua realização essencial no
247
3? signo de terra, o Capricórnio, cujo in íc io com
cide com a festa de Natal, que s ig n ific a nascimen­
to ou renovação da manifestação da essêncra e com
o s o ls t íc io de inverno, onde o Sol retoma seu cur­
so para o Norte, o pólo positivo, marcando o reco­
meço do c ic lo anual .

0 intérprete do signo rajás ico de Virgem é Mer­


cúrio. Diz-se que I s i s ê um outro intérprete de
Virgem, a deusa virgem que recolhe e reúne os mem­
bros esparsos do homem solar O s ír is , o que simboli
za a dissociação do segundo quadrante graças ¿T
qual O s ír is renasce para a vida na qualidade de
deus para a associação do 3? quadrante.

Is i s é também a que engendra a criança Horus, o


Sol ou o e sp írito renascendo que triunfa do deus
das trevas. A Virgem simboliza a in teligé ncia,a fa
cu Idade luminosa do ser humano com a qual se d issi
pam as trevas da involução e que é o laço por exce
lància entre o e s p írito e a matèria, entre o huma”
no e o divino, como. entre o homem e o universo. A
Virgem Maria ê freqDentemente representada de pé
sobre o crescente lunar, que no simbolismo hindu,
s ig n ific a a fecundidade, o arco ou o vaso que leva
o germen de toda vida.

A LIBRA

0 signo de Libra é formado pelo elemento ar, /


flu íd ic o , móvel, e pelo modo de ação card in a i(sa tt
wa), a essencial idade. Pertence ao hemiciclo asso-
c ia t iv o -in tu itiv o , e ao quadrante das energias a s­
so c ia tivas, coordenadoras, sin té tic a s.

Aqui o elemento flu íd ic o móvel, a força nervosa,


a alma, o pensamento, age no sentido evolu tivo-as-
sociativo. E“ a essência do ser que anima e une
todas as energias e as faculdades num e q u ilíb rio
248
perfeito,que se traduz pelo nascimento da intuição,
o sentimento justo, a harmonia, o amor do belo e do
bem, as manifestações a r t ís t ic a s , um ambiente de
charme e de doçura benfazeja,que caracteriza os su­
je ito s nasciçjos sob a influencia do signo de Venus,
Àfrod¡te.

0 ESCORPIÃO

0 signo de Escorpião ¿c o n s titu íd o pelo elemento


água, da dissolução e fecundação,_e pelo modo de
ação cardinal (Tamas), a realização na matéria.

Escorpião esta associado ao 3? quadrante da asso


ciação coordenadora sin té tica , e ao hemiciclo da dT
reita, da evolução.

0 Escorpião d isso lve a substância e a consciên­


cia individuais, a fim de que as energias e v o lu ti­
vas possam operar uma nova associação coordenadora/
e sintética,preparando o nascimento da entidade pa­
ra o mundo in te lig ív e l do Além.

Esta fase da evolução pode se comparar a da h is ­


to] ise, onde os elementos da lagarta, na obscurida­
de, o silê n c io e a imobilidade da c r is á lid a são in-
teiramente reduzidos a uma substância amorfa e apa­
rentemente sem vida. E* bem a í o aspecto negativo /
da vida. Disto que foi não hã mais, do que serâ,não
hã nada ainda. E ' o m istério do inverso, do avesso,
da vida, não menos vivo todavia que a sua outra fa ­
ce e inseparável dela. E" uma fase te rríve l que vai
orientar a entidadejseja para a aniquilação da.agre
gação de energia-consciência que ela é, seja para a
sua fecundação pela corrente da vida primordial que
depositará o germen de uma vida nova, imagem do do
minio de Plutao, regente de Escorpião, do mundo on­
de nõs não penetramos senão para ser despojado de
todas as c o isa s e até do seu corpo, mas no qual i
preciso ter sido mergulhado para perceber e conhe­
cer a luz da ressurreição.

Este retorno ao informal, ao indefinido, ao in­


consciente, tem lugar entre cada fase de manifeste^
çio formal, definida, de um agregado de energia-
-consciène ia. San dúvida, todas as c riatu ras estão
contidas no seio do in fin ito , mas para cada uma d£
las, o seu mundo é constituido pelos lim ites de
suas percepções Quando mergulhada outra
vez no mundo primordial, ela a í se encontra priva­
da de seus modos particulares de percepção e de
consciência, e este mundo é para ela como não exi£
tente, ainda que seja o plano da consciência abso­
luta, da real idade, da vida to ta l. E ' deste mundo
que a cr ia tu ra ,renascendo para um novo plano de
manifestação limitado, tira todas as potencialida­
des que ela terã a ocasião de desenvolver no curso
de seu próximo período de manifestação.

Podemos comparar esta metamorfose àquela que so


fre cada um durante o sono profundo e sem sonhos ;
isto não ê somente para o repouso noturno de nos­
sos órgãos fatigad os que nós extraímos as forças
necessárias para uma nova jornada de trabalho, mas
no contacto inconsciente com a fonte universal da
energia-consciência. E' a transformação da energia
em consciência.

A morte e a h is t ó lis e da lagarta, tão caracte­


r ís t ic a s dos efe ito s da energia escorpiõnica, evo­
cam outros dramas da mesma ordem, se produzindo so
bre outros planos. Queremos fa la r dos mortos que
precedem e preparam as iniciações menores e maio­
res, de todas as grandes c rise s in teriore s através^
sadas pelo homem que, quebrantado, al quebrado, ab£
tido, prostrado, desfalecido, aniquilado, se sente
como que inapelavelmente perdido I C rise s que tra_
250
zem em seguida períodos de iluminação, operando uma
transformaçao fundamental de todo o se r. São os suo
res de agonia do C risto no Jardim das 01iv e ir a s ,tr £
vas interiores noites da alma, as quais fazem a lu ­
são os grandes m ísticos, como São João da Cruz.

0 Escorpião, comparado ã Fênix fabulosa da lenda


renascendo das suas cinzas, exprime o 2? aspecto da
ãgua dissolvente, a dissolução in te r io r , preparató­
ria para o segundo nascimento, o nascimento no mun­
do suprassensível.

0 SAGITARIO

0 signo de Sa gitá rio ê con stitu íd o pelo elemento


fogo, elemento impulsivo, expansivo, transmutador,e
pelo modo de ação,mutável (R ajas), a atividade traji
s i t iva un itiva. Pertence ao quadrante 3? da coorde­
nação, síntese, e ao hemiciclo acima do horizonte ,
hemiciclo da evolução.

Aqui o fogo é aquele da fusão sin té tica transmis


síva, transmutadora. E'a luz da chama do s a c r if í ­
cio que se eleva e do qual emanam em direção ao céu
os elementos su tis purificados e transmutados. E ' a
chama da tocha, archote, c a s t ic a l, candelabro, que
leva o sacerdote, cuja irradiação, brilh o, ilumina,
guia e congrega os homens. E" a luz da intuição, do
plano mental abstrato, que vê e que, unida ao amor-
in teligência, penetra e compreende todas as coisas,
sin te tiza os elementos do universo e prepara a comu
nhão dos seres. Ele lá em cima olha para baixo, nõ>
inferno da matéria, e com ajuda do instrumento de­
senvolvido em Virgo, Mercúrio, ele agora opera no
sentido de u n ific a r os pontos de v is t a p a rtic u la rís
sos do V irgo, dentro de uma grande síntese da quaT
ele nada exclui. A visão ganorinica de todo o pen­
samento humano, a cosmovisao, a visão m etafísica e
a f ilo s o f ia global, imparcial, u n iv e rsa lista , que
251
t u d o a b a r c a , q u e n a d a c r i t i c a , q u e n a d a a t a c a , q u e na_
d a d e s t r õ i , p o r q u e c o m p r e e n d e , p o r q u e vê, p o r q u e s e n ­
te a grande irmandade a que todos pertencem.

E s t e f o g o c o r r e s p o n d e a o a s p e c t o t e j a s - l u z , na r e ­
g i ã o ou e s t a d o s u t i l , no qual p a s s a o ser h u m a n o no
s o n o p r o f u n d o e ¡ m e d i a t a m e n t e d e p o i s d a m o r t e , luz in
t e l i g í v e l d o m u n d o s u p r a s s e n s f v e l ou c e l e s t e .

E s t a luz ê o f r u t o d o s a c r i f í c i o e s o b r e o plano
p s í q u i c o (escorp i ô n i c o ) ela é a q u e l a do me s t r e inicia_
dor, do sacerdote, do m i n i s t r o de Deus.

0 S a g i t á r i o tem por planeta mensageiro Júpiter, cu


jo h i e r ó g l i f o ê a cruz espaço-tempo-matêria, dominada
pela hipérbole da receptividade ao i l i m i t a d o . A ener-
g i a - c o n s c i ê n c i a a se evad ir da li m it a ç ã o da forma.

Ele t r a nsmite a s s i m o fogo espiritual ã matéria,


preparando-a para a sublimação. 0 emblema do deus
Júpi t e r ê o raio, ou seja, a faísca, a cente l h a do
f l u i d o c e l e s t e se u n i n d o a o f l u í d o t e r r e s t r e , e fazen_
do c o m u n i c a r o céu c o m a terra.

Júpiter
252

A s í n t e s e e s p í r í t o - m a t é r ia é já e x p r e s s a p e l o hie_
roglifo do signo mesmo, a cabeça em f l e x a a rrastando
a cruz e s p a ç o - t e m p o - m a t é r i a para as r e g i õ e s s u p e r i o ­
res.

A situação do Sagitário no meio do h e m i c i c l o e v o ­


lutivo, no p onto do 3 ° q u a d r a n t e e ú l t i m a m u d a n ç a de
d i r e ç ã o do c i r c u i t o para o zênite, indica o ponto de
partida ou de início da t r a n s m u t a ç ã o c í c l i c a d e f i n i ­
tiva d a e n e r g i a - c o n s c i ê n c i a e n c a r n a d a .

0 CAPRICÓRNIO

0 signo de Capricórnio ê consti t u í d o do Tanmatra/


o u e l e m e n t o terra, da r e c e p t i v i d a d e p l á s t i c a format,
e p e l o m o d o d e a ç ã o é c a r d i n a l (Guna S a t t w a ) , e s s e n ­
cial i d ade. P e r t e n c e a o q u a d r a n t e da s u b i i m a ç ã o , e a o
hemiciclo evolutivo.

C a p r i c ó r n i o representa a ascese, o portal da ini­


ciação. E s t e signo r e p r e s e n t a a r e c e p t i v i d a d e plásti
c a a b s o l u t a na a ç ã o s u b i i m a d o r a da E s s ê n c i a e o sa"-
c r i f í c i o t o t a l ã E s s ê n c i a e m v i s t a da s u a m a n i f e s t a ­
ç ã o p e r f e i t a , isto ê, o d e s p o j a m e n t o d e t u d o o que
p õ e o b s t á c u l o a o r e t o r n o c o m p l e t o a o E s p í r i t o , d e tu
d o o qu e p e r t e n c e à t e r r a no s e n t i d o f o r m a l , renún~
cia, d e s p o j a m e n t o , q u e n ã o d e i x a m a i s s u b s i s t i r se­
não a rec e p t i v i d a d e pura.

E~ o s a c r i f í c i o d a t e r r a p e l a t e r r a , a f i m d e q u e
se l i b e r t e , s e m f o r m a e s e m v é u , s e g u n d o a s p a l a v r a s
dos U p a n i s h a d s : " A q u e l e que reside nela e q u e a t e r ­
ra n a o c o n h e c e , da q u a l a t e r r a é o c o r p o , a q u e l e /
que é o seu a t m a n (sopro, alma), o a g e n t e imortal".

0 Capricórnio é o signo do ascetismo búdico, da


renúncia m í stica que prepara o nascimento do Cristo
cósmico. Aqui em C a p r i c ó r n i o , a terra é a receptivi
dade "a morte de toda manifestação sensível. Fecun­
dada pelo s a c r ifíc io ao E sp írito , a entidade const_i_
tuída de energia-consciência passa pela segunda mo£
te,preparando seu terceiro nascimento (Saturno), o
nascimento na imortal idade.

No Zodíaco frxo, o Capricórnio rege a casa X, /


mas ele tem uma relação muito íntima com a casa
V i l i , a casa da morte, a casa da transmutação e é
regido por Saturno, que està no umbra) da iniciação.

0 nome de Capricórnio em egípcio é EPIHI. Daí a


festa da Epifania, celebrada pouco depois do Natal,
sob o signo do Capricornio. S ig n ific a a festa da E£
tre la . Era festa dos t r i s Reis Magos guiados pela
luz da estrela que b rilh a na noite da alma, em dire
ção do estabulo. As grotas, as fo ssas, os subterraí
neos ou os outros ângulos obscuros que são ilumina­
dos pelo e sp írito da terra e que simbolizam também
o inconsciente. Numa especie de grota vem a nas­
cer o C risto , a Luz, a vida nova.

0 Touro é a terra como p rin cípio feminino,a sub£


tância-mãe, fecundada pelas águas geradoras do seu
signo complementar, o Escorpião, signo do sexo.

A Virgem, outro signo de terra, dom icílio de Ma­


ria e de Is i s , é a terra-substância, fecundada pe­
la s águas regeneradoras do e sp írito (Peixes), que ê
a receptividade i luz, ã inteligência.

Capricórnio, dom icílio de Saturno, chamado pelos


chineses o planeta da terra, e cujo cu lto em Roma
era idêntico ao de Demeter (a terra-mãe dos deuses)
e de sua filh a Perséfona, cujo mito para os in ic ia ­
dos simbolizava o retorno do corpo ã terra e a imor
tal idade do homem, e a receptividade essencial ou a
receptividade “a Essência prin cipal.
254
0 AQUARIO

O signo de Aquario ê constituído do elemento ar,


elemento flu id íc o móvel, e pelo modo de ação fix o ,
(Tamas): realização na materia. Pertence ao 4? qu£
drante das energias sublimadas e ao hemiciclo da
i 1umi nação.

As energias su tis da ser, a força nervosa, a a l ­


ma, o pensamento, coordenadas e equi 1ibradas,rea!i -
zam aqui sua subiimação na materia humana, no homem
que busca o seu estado de perfeição. Representa a
massa de agua primordial, as forças da natureza em
germen, em estado latente, a vibração flu íd ic a , da
onda. E" a corrente flu íd ic a das energias cósmicas/
sensíveis e suprassensíveis, se espargindo sobre o
mundo por intermediação do homem,que os realizou /
plenamente em si mesmo.

0 signo de Aquário representa a consciencia cós­


mica, a iluminação m ística.

0 signo de Aquário é regido por Urano,cujas co£


rentes vibratórias s u tis só podem ser acalmadas pe­
la força m isteriosa de Netuno associado à arte de
curar. Essas correntes de energia anima o Universo/
através do elemento ar, equilibrando os dois outros
elementos de ar: Gêmeos e Libra.

PE IX E S

0 signo de Peixes é constituído pelo elemento /


água, da dissolução fecundante e pelo modo de ação
mutável, atividade transformadora.

Peixes ê a fusão m ística. São t r i s os signos de


água. Peixes está,portan to,1igado aos outros dois.
A fase involutiva do nascimento do indivíduo, sobre
255

o plano da matéria, esta representada por Cincer,


ã qual sucede sua dissolução evolutiva sobre o
mesmo plano (Escorpião). Depois deste se dã o
nascimento da entidade no mundo suprassensível,no
qual ela se prepara para a vida suprema de união
como p rin cip io s imbol i zado pelo Peixes,que marca
o termo da evolução c íc lic a sobre um plano limita
do com a dissolução de toda forma e o nascimento/
num plano não humano.

Para cada processo de dissolução, a substância


sofre um certo grau de desmaterialização e se
aproxima assim progressivamente do e sp írito puro,
ao qual. ele serve de meio de manifestação. 0 ter­
ceiro aspecto da agua ê aquele da dissolução , que
vai até a transubstanciação,sim bolizada pelo ba­
tismo depois do qual Jesus se torna o C risto e
que sucedeu à prova dos 40 dias no deserto(Escor­
pião). 0 batismo ê o sacramento ou o símbolo do
estado novo que engendra o e sp írito penetrando a
substância purificada pela prova do deserto, na
solidão, na abstinência, nas tentações, no s o f r i­
mento. 0 sentido transcendente de Peixes é a pa
ssagem para a receptividade ao e sp írito .

Os p rin cíp io s que estavam separados, a fim de


se manifestar sob a forma do universo.se tornam /
UNO; 0 mundo do tempo, do espaço, do movimento,
e das formas cessa de e x is t ir ; é o retorno do f i ­
lho ao Pa i .

0 signo de Peixes é o do C risto, da regenera­


ção, da vida e das l e i s novas. Ele di zi a àqueles
dos quais ele queria fazer seus d iscíp u lo s: Seguj_
me e eu vos fa re i pescadores de homens. Ele cum­
priu o milagre da m ultiplicação dos peixes, cuja
imagem nõs encontramos nas catacumbas. Era o s i ­
nal particu lar dos primeiros c ristã o s e simboliza^
va para eles a união m ística com o Cri sto.
256

0 Peixes está situado no ponto de passagem de urna


vida para outra. E* o fin a l de urna vida e o começo
de outra encarnarão, se a entidade não atin giu o tej*
mo de sua evolução na matéria. São dois peixes: um
está nadando i esquerda,nadando com a cabeça para
baixo, representando o recomeço de uma existência /
na matéria; e o outro está nadando na direção do e s­
p írito , com a cabeça d ir ig id a para o alto , represen­
tando o despojamento da matéria.

0 Câncer ê a fecundidade criadora primordial; Es­


corpião, a redenção e a libertação do mundo in fe rio r;
Peixes, o retorno i luz prim ordial, ao poder d ivin o/
sobre a natureza, o poder sobre as suas energias e
sobre a humanidade.
257

APÊNDICE

Leonardo da Vinci e a Ceia


Os Mitos e os Símbolos
0 Mito de Peixes
Os Símbolos
Os Vários Mitos
As Revistas em Quadrinhos
Galeria de Pessoas Famosas
Galeria dos Animais
258
259
LEONARDO DA VINCI E 0 QUADRO DA SANTA CEIA

Leonardo nasceu a 15 de a b ril de 1452, em Vinci e


viveu em Florença, Milão, Mantua e em Roma. Ele mor­
reu a 2 de maio de 1519-e viveu na época de Ludoviko
Sforza, o Mouro, Isabel de Aragão, o Duque Gian Galea_
zzo Sforza, Luís X II, César Borgia, Carlo d'Amboise,
o Papa Leão X, Lourenço de Medici, o Magnífico.

Suas obras foram: A Mona Lisa, o Batismo do Cristo


David, Adoração dos Magos, Sio Geronimo, a Ceia,a V i£
gem dos Rochedos, Santana, a Virgem e o Menino, Gio­
conda e outros.

Foram seus contemporâneos: Verrochio, B o ttic e lli ,


Felippino Lippi e Gherlandaio.

Na sua época, os turcos conquistaram Constant ino­


pia em 1453» pondo fim ao Império Bizantino e fechan­
do a rota para o Oriente. Assim terminava a Idade Mé­
dia, Os europeus ir iam procurar outros caminhos para
o Oriente, contornando a A frica, cortando o oceano
A tlân tico, para descobrir os mundos desconhecidos. Os
muçulmanos fechavam as suas portas o rie n ta is â Europa,
Portugal abria novos horizontes. 0 Tratado de Tordesj_
lhas de 1494 d iv id ia a América em duas partes: a espa_
nhola e a portuguesa.

Savonarola luta pela purificação da vida m aterial/


e é excomungado e queimado vivo em Florença. Lutero,
na Alemanha, começa o seu grande movimento de protes­
to. A Igreja convoca um c o n cilio . Na Suíça, Zwinglio
opõe-se a Roma e se alastra a revolta e sp iritu a l ant_T
-papista.

Erasmo, Melanchthon, Thomas More com a sua Utopia


(1516). Maquiavel com suas atitudes r e a lis ta s , com o
Príncipe, em 1513. No meio da turbulência dessa época
surgem os pintores Michelangelo, Rafael, Hans Hol-
bein, Durer, B o t t ic e lli, Ghirlandaio e Leonardo da
V in c i.
260

Ao lado de pensadores, de papas, viajan te s e inim i­


gos se engendra um novo humanismo, de pensamentos am­
plos, de horizontes largos, de cujo centro brotaria /
uma nova dignidade do ser humano.

Leonardo foi um sábio e um dos gemios mais extraor­


dinários da humanidade. Foi arquiteto, urbanista, enge^
nheiro, químico, fis ió lo g o , botânico, geólogo, f ís ic o ,
mecânico, escultor, pintor.

Leonardo da Vinci in spira-se no animismo. Animismo


é uma doutrina comum no Renascimento, segundo a qual a
natureza inteira ê animada por almas d iv e rsas, todas
com um caráter e sp iritu a l. Assim, o mineral, a rocha,
as flo re s, os animais e os homens constituem expres­
sões d ive rsificad as de uma mesma força v it a l.

Segundo ele, a Terra vive e tem uma alma: os rios


sio suas arté ria s, os regatos são as v e ia s, o fluxo e
o refluxo do mar é o seu alento, o oceano é um lago de
sangue em volta do coração; os vulcões é o centro da
vida.

Ele era vegetariano por convicção e v iv ia frugalmeji


te como um monge. A pintura para ele c o n sistiu em c r i ­
ar a ilusão de três dimensões, apesar de desenhar numa
superfície plana.

Dmitri Merejkovski (outro biõgra o de Leonardo),nas_


cido em São Petersburgo a 2 de agosto de 1865, na Rús­
sia , em seu romance, a "Ressurreição dos Deuses", pu­
blicado em 1900, evoca através da personalidade m u lti­
forme de Leonardo da V in ci, a grande época da civiliza^
ção, verdadeiro regresso dos deuses pagãos, cuja v o lta
ao mundo fora profetizada pelo Imperador Juliano quan­
do exclamou à hora da morte:"0 triu n fo é de Gali leu, /
mas a v itó r ia será nossa. UM DIA, OS DEUSES HÂO DE VOJ.
TAR... todos seremos deuses".

Nicola Sementovsky Kurilo, e sc rito r, p o lig lo ta , a s­


trólogo, nascido em Poltava, na Rússia, em 1901, se re
261
ferindo a Leonardo da V in c i, d isse que nele havia um
profundo e íntimo e q u ilíb rio entre a sensibilidade re
ceptiva da alma e a faculdade cognoscitiva do intele£
to.

Diz Kurilo que em Leonardo este e q u ilíb rio era sem


pre v ita l e eficiente, tanto no ato da experiência ,
quanto neste encontro entre a vida e o pensamento ge­
rador do conhecimento.

Sèm esta integridade p e rfeita do ser, o seu gênio


criador não te ria podido a t in g ir este poder de r e a li-
zaçao a r t ís t ic a que lhe permitia re a liz a r completameji
te num só so rriso , pintado com a mio de mestre, o s i£
ni ficado de uma existência interra.

No trabalho de arte que Leonardo criava, assim co­


mo em todos os fenômenos da vida, em todas as coisas
existentes, ele sentia profundamente a afinidade do
in fin it o eterno nas formas lim itadas do espaço e do
tempo e no cosmos do homem.

Leonardo certamente não ignorava o conceito dos an


tig o s filó s o fo s segundo o qual o homem representava 7
um "mundo em miniatura". Mas para chegar a uma v i -
sao u n itária da criação d ivin a que s a tisfiz e sse iguaj_
mente as exigências da sua mente e os impulsos do seu
coração, quer como estudioso quer como a r tis ta , ele
devia percorrer a vida de uma duplice experiência que
todavia se referia a uma e mesmíssima realidade: com
a anatomia tinha seccionado o corpo humano para ter /
uma idéia precisa da sua estrutura e com os olhos se£
s ív e is para a beleza, tinha observado cada uma das
partes do corpo em repouso e em movimento, para desco
br ir o desenho ideal da mesma lei de harmonia univer­
sal que se lhe revelava em todos os fenômenos da vida
em todas as coisas existentes.

Com o seu olhar indagador e penetrante, com a sua


alma de a r tis ta , descobriu que o ser criado era um
262
perfeito espelho da harmonia universal que re fle te o
céu estrelado. Tal erá a sua in s ia de e s p ir it u a lid a ­
de in te g ra l.

0 estudo que ele fa zia do sistema so la r, in sp ira ­


do nos ensinamentos dos grandes in icia d o s, confirma­
va o que ele já sabia através do estudo do còrpo hu­
mano e devido i própria se n sib ilid ad e a r t ís t ic a que
o mundo em miniatura que é o homem foi errado segun­
do o modelo do mundo grande que é o macrocosmo.

Estudando o tratado astronômico de Ptolomeu, ele


estava convencido de que o homem era composto de qu£
tro elementos â semelhança do corpo celeste que ele
habitava que são o fogo, a terra, o ar e a água. Es­
ses quatro elementos à sua v o lta é que determinavam/
os variados temperamentos do homem. Jã sabemos que a
palavra "elementos" tem um sig n ific a d o muito diferer^
te daquele que nós conhecemos atualmente. Jung a t r i ­
buiu jã a esses elementos as quatro funções da p s i ­
que: intuição, pensamento, sentimento, sensação.

Com todo o ímpeto c r ia tiv o (1A95“1^98), sua con­


cepção cosmológica fo i sublimada por uma íntima expe
riência re lig io sa . Inspirado por uma profunda medit£
ção no sig n ific a d o m ístico de uma n arrativa evangjélj_
ca, um sopro d ivin o atinge sua alma e surge uma obra
prima de arte c ris tã .

Entre tantos outros episódios da vida do Redentor


que ele podia fazer reviver com pincel de incompará­
vel mestre, a última ceia de Jesus era o que sem dú­
vida lhe oferecia a maior p o ssib ilid a d e de esgotar /
os conteúdos e sse n cia is do próprio humanismo univer­
sal numa perfeita v isã o a r t ís t ic a .

0 episódio pertence de fa to àquele período conciu^


si vo do apostolado e da existência terrena do Filho
do Homem no qual ele tinha fe it o a síntese de todos
os ensinamentos, concentrando-os no supremo preceito
263
do amor e nos v e r s f c u l o s do Evangelho segundo São
João, c a p í t u l o s X I I I ao X VI I.

A intenção de Leonardo foi a de reproduzir a c o s­


mografia do pequeno mundo em 12 f i g u r a s representa­
das pelos a p ó st o l o s, tal como tinha f e i t o Ptolomeu /
que na d e sc ri çã o do céu o tinha d i v i d i d o em 12 Pro­
v í n c i a s . Ele se propunha com i s s o demostrar as va ­
r i a n t e s da natureza humana representando todas esta s
12 f i g u r a s com c a r a c t e r í s t i c a s p a r t i c u l a r e s que te-
riam permitido d i s t i n g u i r a d i v e r s id a d e existente em
todas as c o i s a s , mas submetidas hierarquicamente ao
p r i n c í p i o de Unidade, que é 4^» p r i n c í p i o da Unidade e
sua manifestação"?

Assim Leonardo acabou por reconhecer a comunhão /


entre o d i v i n o e o humano, que c o n s t i t u i a essência/
mesma do C r i s t i a n i s m o , enquanto que na Santa Ceia o
céu se encontra de cer to modo tr anspor tado para a
terra. I s t o era trazer o céu para a terra.

Conforme o co nceito de que os quatro elementos /


contêm em potencia toda a p o s s i b i l i d a d e da natureza/
e da e x i s t ê n c i a humana, Leonardo d i v i d i u os apósto­
los em quatro grupos. Cada grupo de t r ê s f i g u r a s ca ­
da um, e todos e l e s estão d i s p o s t o s ao longo da me­
sa, d o i s a d o i s , ao lado de Jesus, que dominando o
centro do a fr e sc o , corresponde ao S o l , enquanto que
cada um dos 12 d i s c í p u l o s , considerados isoladamente
representa um t i p o fundamental do gênero humano em
a n al og ia com um dos 12 signos do Zodíaco.

Ao a pó st ol o Simão, sentado ã d i r e i t a , na cabecei­


ra da mesa(de quem olha para o quadro), é a t r i b u í d o /
o primeiro si g n o do Zodíaco^ ou s e j a , A r i e s . Judas
Tadeu é a segunda f i g u r a do mesmo grupo, simbolizan
o Touro. Mateus, o te r c e i r o , a contar da d i r e i t a , e
o Gêmeos, o repórter da vida do C r i s t o ; e assim por
di ant e, na ordem do Zodíaco.
26k

CRISTO
265
Não hã um signo mais forte, mais importante, mais
bonito do que outro. Todos se equivalem, embora cada
um tenha uma c a ra c te rístic a diferente. Os signos sio
agrupados aos pares formando se is eixos ou em grupos
de t r is formando as trip lic id a d e s. Um é o complemen­
to do outro; eles podem ser opostos mas são comple­
mentares. Um completa o outro. 0 homem perfeito s£
ria aquele que tivesse as qualidades dos 12 em esta­
do puro, arquetípico.

A postura, gestos e atitudes de cada um dos após­


tolos correspondem i s c a ra c te rístic a s de cada signo.
A figura central de Jesus, o C risto , representa o
triângulo equilátero, a unidade da vida, a figura /
geometricamente perfeita. Todas as linhas desse qua­
dro saem do centro da testa de Jesus. Sua mio d ir e i­
ta está numa atitude de dar e a mio esquerda de re­
ceber. C risto representa simultaneamente a un idade,a
dualidade e a trindade, o dogma da r e lig iã o católica
e que se encontra também em todas as re ligiõ e s a n ti­
gas. Do centro partem todas as polaridades.
~r
Simio, o A rie s, é o que lidera o conjunto, que im
põe com a sua cabeça e as ...aos e que estimula ã luta.
0 oposto a Simio é Joio, a Libra, o signo n? 7, que
ao contrário parece r e f le t ir , meditar, ponderar, tra_
zer um e q u ilíb rio , uma harmonia. Ele recua perante o
grupo e suas mãos entrelaçadas sign ificam colabora-
çao* tf W*
Judas Tadeu, o Touro, o 2? signo, aceita o comando
e é extremamente hábil na realização. Ele parece ter
o olhar desconfiado de quem tem medo de ser magoado.
0 oposto (n?8) é Judas Escarióte, o Escorpião. Seu
olhar penetrante, a u to ritá rio , parece querer ver o
lado oculto das pessoas e das co isa s; é o p o lític o ,o
organizador, o planejador, o economista, que quis /
provocar uma rebelião. Ele tem o saquinho de dinhei­
ro, o poder m aterial, pois éra o tesoureiro do grupo
0 sal virado sobre a mesa indica a capacidade que
tem de m odificar as coisas e as situações.
266
£ X*
Mateus é o Gêmeos; ele tem a capacidade de comunj_
cação, do discurso, da fa la . Ele ge sticu la com as /
mãos e mostra o movimento enquanto fa la . 0 oposto é
o S a g itá rio , o apóstolo Pedro, que aponta a meta, o
C risto , pronto para defender de todo modo o seu gran^
de ideal.

Felipe representa o Cáncer: Ele está mostrando p£


ra o próprio fntimo como que indicando a entrada de
alguma coisa dentro dele ou ainda numa atitude de
quem pergunta: "o que é que eu poder ia fazer numa ho
ra dessa ?" Ele mostra exatamente uma atitude de
aceitação ou de im possibilidade de reagir perante /
uma estrutura do real, do externo. E”a atitude de
quem quer absorver alguma coisa ou conformar-se com
aquilo que ele vê. Ele ê uma figu ra sensfvel, emoti_
va, sentimental e protetora. E" a figu ra mais eleva­
da do quadro; ele está de pé, mas pode cair a qual­
quer momento, porque é um signo de instabilidade e
variações emocionais. G signo oposto, Capricórnio
é representado por André, que procura uma posição e£
tã v e l, segura. 0 gesto de André indica o afastamento
daquele que procura pensar muito antes de se envol­
ver; ele não deixa entrar qualquer coisa, sem re fle ­
t i r , sem pensar.
<n
0 Leão é representado por Tiago Menor. Ele parece
um re i, o centro de atenções. Ele praticamente como
se exibe. Ele parece dizer:"façam como eu".' 0 opo£
to é Aquário, Tiago Maior. Num gesto de fraternidade
ele procura unir os companheiros.
- ' rQ - 3^
Tome, o Virgo, aponta os pequenos detalhes, na an_
sia de encontrar a perfeição. 0 oposto é Bartolomeu,
o Peixes. Ao contrário de Tomé está calmo e procura/
ter uma visã o mais ampla da vida. 0 Peixes pode ter
várias opiniões sobre o mesmo assunto.

Na Santa Ceia, que é uma obra de arte por excelên^


cia, há uma coerência rfgida que vai desde o centro/
até a coisa mais afastada, ao menor detalhe. Vemos
267
como tudo é s ig n if ic a t iv o : desde a testa iluminada
de Tadeu, ò Touro, até os pés de Bartolomeu, que
simboliza o Peixes.

Para c ria r a Cena, Leonardo da Vinci se in sp i­


rou na própria concepção cosmològica e ao realizar
o seu grandioso projeto seguiu os c r ité r io s de uni
versai idade e de humanismo integral que c o n sti­
tuíam os fatores e x iste n c ia is do seu engenho e da
sua personalidade a r t ís t ic a .

Com Leonardo, o céu estrelado aparece tra n sfig £


rado na sublime expressão de um ato m ístico, u lt r £
temporal, que esgotou todos os sig n ific a d o s e con­
teúdos do ser humano.

A Cena de Leonardo, enquanto obra inspirada na


concepção cosmologica, não é comparável a nenhuma/
outra, embora o número de criações arquitetônicas/
e p ictó rica s com o mesmo propósito e sugestões /
a fin s é ao contrário descurado hoje na h istó ria dá
arte.

Motivos desse gênero se encontram em abundancia


entre os ricos ornamentos tanto das b a s ílic a s roma
nas quanto nas catedrais gó tica s, como nos v it r a is ’
na pintura sacra e profana. Estes motivos se apre­
sentam mais â imaginação plasmadora dos arquitetos
e dos pintores. T ais expressões a r t ís t ic a s no en­
tanto a p a rtir de um dado momento h istó ric o começa
ram a desaparecer das igrejas e das te las dos mes­
tres do pincel.

A decadência desse processo de pensar com ima­


gens se iniciou com o renascimento e se acentuou /
no Seiscentos. Na obra arquitetônica e pictórica /
do Setecentos os motivos astro lógicos servem ape­
nas em função de ornamentos esté ticos. Quanto ao
Oitocentos parece havê-los completamente ignorado.
Hoje nem mesmo nas residências, nos lare s, se en­
contra uma imagem da Santa Ceia, tal é a indiferen^
268
ça pelos motivos universais ou transcendentes.

Desde essa época, do Renascimento, aos nossos d ias


a a stro lo gia também se encontra frente ao crescente /
influxo das ciências n aturais e, portanto, os seus /
sustentadores, além de querer su b traf-la da esfera /
das artes d ivin ató rias, tem acreditado na obrigação /
de adequar as premissas aos c r ité r io s de compreensão/
e de explicação dos fenômenos da criação e da existêji
cia humana que se afirma com o predomfnio do raciona­
lismo e mais tarde com o triu n fo da técnica.

Quanto mais intensas se fazem as tentativas de


su b stitu ir a definição de a stro lo g ia de ciência e s p i­
ritu a l para ciência pura, tanto mais as imagens simbó
li cas deixam de exprimir as realidades e s p ir itu a is e
são hoje simples adornos decorativos. 0 mesmo proce:s
so se v e rific a no campo f ilo s o f ic o e lite r á r io em que
se situam apenas na esfera lim itada das puras a sp ira ­
ções individuais, edonisti cas e pragmatistas.

Mas estamos no fim de um grande c ic lo pelo qual a


humanidade atravessa. A decadência deste mundo é evi
dente; sõ um grande batismo de dor coletiva poderá 7
preparar o advento de uma nova Era para que surjam n£
vos gênios, sábios e grandes pensadores! Assim acon­
teceu ao longo da h is tó ria , sempre que uma cultura ou
c iv iliz a ç ã o chega ao apogeu, ela se esboroa e os valc>
res gastos, esgotados, carcomidos têm que ceder lugar
a novos parâmetros, a novos ideais que possam aproxi­
mar a criatura do seu Criador! (texto de "0 Planeta"
e resumo de P e lle g rin i).
269
PRINCIPAIS PROFECIAS DE LEONARDO DA VINC I (1^*52-1519)

1 - as telecomunicações:"Os homens fa la rio uns aos ou^


tro s desde os mais d istan te s países e se correspon­
derão".

2 - a televisão: "Todos os homens se falarão, quase


se tocarão e compreenderão seus idiomas,estando uns
num hemisfério e outros no outro".

3 - o futebol:"0 couro de certos animais será causa


de grande agitação entre os homens que se lançarão/
uns contra os outros com grandes g r ito s ".

k - os robôs: "Corpos sem alma se moverão por s i mes­


mos e farão inumeráveis c o isa s".

5 - carros e telefone: "Os homens caminharão sem se


mover e da mesma forma falarão com os ausentes".

6 - as orquestras sin fô n icas: "Em vários lugares da


Europa se escutarão instrumentos musicais de vários
tamanhos tocando v á ria s harmonias".

7 - 0 teletransporte: "Os homens mudarão de hemisfé­


r io numn tastante".

8 - as viagens interplanetárias e roupas e spaciais: "


Os homens se moverão rapidamente através das estre­
las e se converterão em seres estranhos".

9 - a descoberta da energia atômica: "De um simples


p rin cíp io nascerá algo que descerá com grande rapi­
dez, porque por intermédio da sua energia será pos­
síve l tranformar a essência das coisas em outra d i ­
ferente".
270
OS HITOS E OS SÍMBOLOS

Os mitos expressa.™ a realidade nao do que esta acoji


tecendo a cada momento, mas expressam a realidade de
um momento para onde ela está querendo ir. 0 mito està
acima do fato. Os mitos aparecem, desaparecem e reapa­
recem. Quando um mito está em ascensão, quando ele se
realiza, ele já não se apresenta como um mito, mas co­
mo a própria realidade. Quando um mito está caindo, o
primeiro traço é a decomposição dele nos seus pedaços.
No momento em que o mito se m aterializa é que ele se
decompõe nas suas unidades constituintes. Se ele se ma_
te rializo u nós podemos vê-lo. Se nós podemos vê-lo,nós
não acreditamos mais nele; jã não é mais mito. 0 mito
está sempre um pouco acima do real. Ele segue o curso
do cardinal, fixo e mutável. Ele é cardinal quando se
implanta, quando se crê nele e se vai atrás dele. Ele
ê fix o na hora em que se m aterializa e em seguida pas­
sa a mutável, ou seja, quando se decompõe nas suas par^
tes.

0 MITO DE PEIXES

A Era c ristã ou de Peixes começou com o mito da fu ­


são do indivíduo dentro da humanidade, dentro de toda
coletividade. 0 indivíduo abdica do seu eu em benefí­
c io da humanidade. E 'o mito do s a c r if íc io de um por t£
dos. E'também o mito da abundância do universo. 0 Pei­
xes tem relação com a totalidade das coisas. 0 Peixes
ê a fusão do indivíduo no todo.

0 mito do Peixes surge no Cristianism o. Ele in su fla


vida a toda uma c iv iliz a ç ã o . No universo há de tudo p£
ra todos; não temos que nos matar uns aos outros para
ter; não ê preciso temer nem guerrear contra o concor­
rente; porque o que é bom não poderá ser nunca destru_í
do, enquanto que o que é errado cairá por si mesmo.
271
te mito é inicialmente colocado no céu. Jesus d ísse :-
irMeu Reino não é deste mundo".

No fim da Era de Peixes surge um fenômeno que ten­


ta re a liza r isto neste mundo, aqui. Esse fenômeno é o
comunismo, o socialism o. Tenta-se então realizar a /
abundância aqui e agora. No entanto, agora que isto
começa a acontecer, o mito muda de caráter. No instan
te em que o mito está próximo de sua m aterialização ,
ele perde o seu caráter de mito. Ele deixa de funcio­
nar como mito; ele já nao é mais mito; é algo que es­
tá perto da real idade. ETe perde seu poder de u n ific a r
uma grande camada da humanidade. Ele.se fragmenta. 0
primeiro traço da decomposição de um mito é a fragmen^
ta ç io das suas unidades con stituin tes. Af nós percebe
mos a decadência do mito c ristã o com a fragmentação 7
das igrejas e se itas.

Começa por a í: o mito s o c ia lis t a foi transposto pa


ra o reino deste mundo. Nós percebemos a decomposição
deste mito pela fragmentação de escolas e sub-corren-
tes, m ini-partidos e assim por diante. Perguntaram a
um sagitarian o se ele queria entrar no partido deles,
ele respondeu: "partid o não, só entro no inteiro.'

Temos o surgimento de um mito, o período de mate­


ria liz a ç ã o de um mito e o de decomposição do mito.

Quando se acredita num mito, este mito funciona co


mo uma fonte geradora de energia. A vida psíquica fun
crona em função do mito que você quer alcançar.

OS STMBOLOS

Vimos na Revista "A stro lo g ia ", n? 1 o capítulo in­


titu lad o : A linguagem dos símbolos. Dissemos que a as^
tro lo g ia é principalmente uma linguagem unificada fej_
ta de símbolos. Acima dos Símbolos temos os Mitos;acj_
mas dos mitos temos os Arquétipos; acima dos arquétì-
272
pos, o s ‘Princípios; acima dos p rin c íp io s, a Unidade, o
Absoluto, o Universo nio-manifestado. Temos, portanto
urna pirámide. No vértice da pirámide pomos o Não-Manj_
festado, a Unidade. Embaixo, na base da pirimide, te­
mos os fenómenos, o universo manifestado, a percepao /
se n so ria l, a m ultiplicidade fenoménica.

A UNIDADE, 0 ABSOLUTO

A REALIDADE, 0 UNI­
VERSO MANIFESTADO

Através de sua linguagem a a stro lo gia mostra que /


ex iste uma sabedoria, uma profunda compreensão para t£
dos esses fenômenos que se acham interligados. Ela nos
permite entender o mundo dos fenômenos materia is,as, di
mensões fís ic a s , as dimensões psíquicas, as dimensões/
das le is e sp iritu a is que regem todas as experiêhcias /
te rrestres e humanas, desde o plano mental, emocional/
e f ís ic o .

Sõ a intuição é que permite abarcar todos os signj_


ficado s das nossas experiências. Sõ a consciência espj_
ritu a l pode compreender que por trãs de toda a i n f i n i ­
ta m ultiplicidade dos fenômenos existe a Unidade, o
p rin c íp io unificador, a harmonia do conjunto todo. Sõ
mente saindo da p e rife ria e nos colocando no v é r t ic e : /
da pirimide e olhando desde cima da'montanha das expe­
riê n cias humanas é que podemos ter a visão t o t a lit á r ia
global e a síntese que tudo harmoniza. Mas é somente a
superconsciènei a é que pode abarcar e superar as dimen
sões de espaço e de tempo, e esta nós não a temos. So
podemos ter vislumbres. 273

No estudo da a stro lo gia temos que primeiro que par


t i r do vértice da pirâmide que é a Unidade que tudo 7
abrange, para poder entender o mundo das experiências
humanas. Temos que entender as le is que regem os trés
nfveis ou fases do universo que sao: o e sp írito , a /
energia e a matéria.

Os símbolos expressam determinados desejos ou espe


ranças da humanidade que s io os mitos. Os mitos sèr
riam os pontos de v ista básicos, as estruturas b ási­
cas através das quais nós vemos o mundo. Os srmbòlos
sào um material v is ív e l, desenhado ou falado. Por de­
trás do símbolo há um mito que é uma estrutura maior.

Um mito se traduz em vários símbolos. Um mito é /


uma matriz de símbolos. Por exemplo, o mito do Sol
se traduz era vários símbolos t a is como : o re i, o co
raçio, a fonte de energia, a arte, os filh o s. 0 mito
pode, portanto, se apresentar sob variados símbolos.
Na Alemanha houve o nazismo; na França, Luís X lV jsio
o mesmo mito sob vários símbolos. Assim conforme fo ­
rem os símbolos oficialm ente adotados numa época /
ele s refletem o mito que está por trás.

A astro logia apresenta doze tipos básicos de mi­


tos que se traduzem por meio de uma infinidade de
símbolos. Por exemplo, é curioso observar que os go­
vernantes que na época da monarquia apareciam v e s t i­
dos de dourado, cheios ,de ouro, roupas e s t ilo rococó
quando veio a República passam a se v e stir de preto.
Aqui reconhecemos a oposição de Sol e Saturno. A der
rubada do rei, que é o S o l, foi automaticamente a co
locaçio do deus Saturno em cima. Por a í vemos o en_
trelaçamento dos símbolos na h istó ria .

A astro logia trata do sig n ific a d o das experién-?


cja no tempo. Os símbolos sio fig u ra s, sons, situ a -
27h
çoes ou gestos que designam algo que nao poder ia ser
designado de outra maneira, algo do qual nao há p ala­
vras que possam exprimir tudo aquilo de uma vez.

Quando nós estudamos um mito, nós vemos tantas co£


respondências e tantos sig n ific a d o s, organizados de
tal maneira em torno de um s imbolo que o mais adequa­
do seria usar o próprio sfmbolo. Quanto mais d i f f c i l
de captar o sig n ific a d o de uma córsa, mas se está pnó
ximo da idéia de símbolo. Os símbolos designam aqui­
lo que as pessoas veem e sentem mas que nem sempre
conseguem explicar.

Os símbolos se estruturam em torno de um núcleo /


que nós denominamos de mito. 0 mito aparece com vá­
rio s símbolos. 0 mito é uma coisa mais d i f í c i 1 de /
apreender do que o símbolo. Por exemplo, o mito da
divindade solar, da divindade central, que tudo coman_
da, tudo organiza e tudo vê, aparece no ocidente com
o simbolo do Leio, o S o l; e no Oriente como o símbolo
do Dragão. São símbolos de um mesmo mito. Portanto.,
temos um mito e várias traduções sim bólicas. ' Depois
de se traduzirem em símbolos, este mito acaba se tr a ­
duzindo em palavras, em idéias, em ideologias. A ide£
logia é estruturada a p a rtir de um mito que con stitu i
o seu núcleo. A ideologia tem uma série de ram ifica­
ções que sio particularizações para uma determinada /
circunstancia so c ia l. Por exemplo, a ideologia do co
munismo se desenvolve a p a rtir do mito de Peixes, que
é o mito da abundância universal, da redenção de to­
dos. 0 mito estruturado para uma determinada circun^
tine ia se torna uma ideologia, mas a ideologia é um
fenômeno secundário em relação ao mito, porque ela po
de durar dez anos e o mito pode durar dez mil anos.

No momento em que nós recusamos um mito é porque


já se instalou um outro. 0 mito do Aquário que e sta ­
va guardado na gaveta dos tempos começa agora a se
tornar vigente, entropico. 0 Aquário é o mito do co­
nhecimento cósmico, do conhecimento derramado sobre o
homem e na hora em que este mito começa a funcionar /
275
ressurge a astro lo gia. Este é o momento na comunidade
onde nós vivemos onde se tenta uma grande integração
da consciência e um grande domínio sobre s i. tste é
um grande momento na h istó ria da a stro lo gia . E l a é um
elemento a u x ilia r da intuição que propicia o máximo
de integração da consciência.

Outras várias expressões sim bólicas do mesmo mito,


da divindade central, da divindade so la r, podem ser
mencionadas ta is como o C risto , o H itle r que quis es­
tar acima da hierarquia, o rei Luís XIV, que se in t i­
tulava o R e i-S o l( L 'E ta t c “est Moij São várias expres^
sões sim bólicas ou símbolos do mesmo mito.

Nós podemos organizar todos os símbolos que e x is­


tem em torno dos doze mitos representados pelo Zodía­
co. 0 mito de Saturno sempre aparece como oposto ao
mito do Sol. Sempre que se derruba um Sol ele ê subs
titu íd o por Saturno, p o is, a negação do mito solar H
sempre a in stitu iç ã o do mito saturnino.

OS VARIOS MITOS

0 mito do microcosmos e macrocosmos, o Yin e o


Yang, para nos é atual, porque nos acreditamos na uni
dade dos dois mundos. Mas as pessoas de um modo geraT
na sociedade não crêem nisto. Elas nao mobilizam as
suas vidas em função d isto . Ele não tem vigencia so­
c ia l.

0 mito quando se crê nele, quando ele funciona.ele


está dando energia; ele funciona como um estimulante/
psíquico. Se ele funciona, se ele está dando energia,
ele está se decompondo, ele está perdendo energia. E
isto que denominamos um mito ENTROPICO, um mito que
está num processo energético, isto ê, perdendo ener­
g ia .d ia a d ia, portanto, um mito vigente.
Outro mito, por exemplo, no B r a s il, é o mito da /
grandeza nacional, a grandeza do p aís; é um mito entró^
pico. Ele ainda funciona, m obiliza efetivamente as pe^
soas.
0 mito da Virgem Maria já não funciona; as pessoas
nio se mobilizam; nao e algo que tenha vigência, que
faça as pessoas agirem neste ou naquele sentido. Estes
mitos que nio funcionam, que estão guardados, sio cha­
mados mitos METAFORICOS, porque apenas funcionam como
uma metáfora e nao como mito. 0 mito entropico ê. o
que está funcionando, e o metafórico é o que está na
gaveta.
0 mito do Sol, do pai, do governante, do rei,dolche
fe único, aqui no B ra s il, é um mito metafórico, pois
ninguém acredita efetivamente n isto , ninguém age em
função d isto , e ninguém cogita em restabelecer a monar^
quia no Brasi 1.

Além disso um mito tem que funcionar em todas as ca


madas. 0 mito s o la r ( Luís X IM), portanto, é um mito m£
ta fó rico ; está na gaveta.

0 mito de Gêmeos. Quem acredita que o conhecimento


reflete o mundo objetivo, a realidade, acredita na pos
s ib i l idade do duplo mental, de uma cópia não igu al, ou
dos iguais, mas nio tio igu ais que é o mito de Gêmeos.
Os gêmeos são Castor e Poi lux, um filh o de um deus e
outro, filh o de um mortal, que eram iguais, iguais na
forma, mas diferentes na substância, diferentes na es­
sência. Este é o mito que está vigente; este é o mito
que as pessoas cultuam. Os jovens vio ã universidade /
para quê 7 Vão para ter um reflexo da realidade.

0 mito da Libra. Quem acredita na magia ? Quem acr£


d ita que eu posso in fluen ciar alguém mesmo estando lon­
ge? Quem acredita nisso, acredita numa divindade numa
divindade que é Libra. Libra ê o sopro que perpassa /
tudo e equa liza tudo. Independente de qualquer ligação
material v isív e l entre uma coisa e outra há um mesmo so
pro que perpassa tudo. Quando Deus insufla vida em'
277
Adão, isto é Libra. Deus Jeovah é Aries. Aries é o
Deus que está mais ou menos vigente. Como se trata de
criação, que ê o in íc io das co isa s, tem que ser um
signo cardinal. Se se tratasse de um processo perma­
nente, seria fix o ( obser.: todo este texto sobre os
mitos ê baseado nas aulas de Olavo de Carvalho dadas
na Escola Júpiter e no liv r o H isto ire des Mythes, de
Jean-Charles Pichón).

0 M ITO DO SUPERHOMEM

0 mito do superhomem. Que tipo de herói que é ele?


E'o herói netuniano? venus ino? marciano? Nãol Onde
é que você vê este in fan tilism o dele? Nio tem ele um
caráter eternamente ingênuo? Não ê ele bom, generoso?
E ao mesmo tempo não ê o mais forte de todos? Ele re­
presenta a a le gria para as pessoas; ele está sempre /
rindo; ele não é combativo; ele podendo não combater,
não combate. Ele está sempre na dele. Ele ê tão supe
r io r que não precisa mexer com ninguém. Assim é o su­
perhomem.

Ele não consegue ver através de que? 0 seu olhar


de Raio X não consegue enxergar através do chumbo. 0
chumbo è um metal de que planeta? de Saturno.

No film e - "Superman I" ele se apresenta com toda


a sua beleza arquetípica. Foi um problema nas mãos /
dos c r ít ic o s e mesmo dos intelectuais. 0 superhomem /
no seu uniforme tem as três cores básicas: o azul, o
vermelho e o amarelo, mostrando este caráter fundamer^
tal dele. Ele tem um triân gu lo com o vértice voltado
para baixo, que s ig n if ic a a descida da força cósmica.
278

0 superhomem vence só pela beleza? Não'. Ele recor­


re ã força para resolver em função do amor? Não se po
de ide n tificar o amor só com Venus. Vênus ê só a parte
de beleza e de harmonia inerente ao amor. Então o que
ê que ele ê? Júpiter!ano? Não! pois jupiteriano im­
plica o aspecto re lig io so , moral. Seria ele um conjun­
to de tudo isto? 0 superhomem
é um herói que sabe tudo. Quan
tos há? Só um. Então o que e^
ele? Ele representa o mito so
la r; ele ê o Sol; ele é o Leaq,
Ele traz a força do amor e ao
mesmo tempo tem todo um conhe­
cimento; ele ê consciente de
tudo. Ele desde pequenino já
tem tudo na cabeça e é o único
Não há outro; ele está sempre
sozinho. Apesar dele gostar /
muito da Mi rían, ele não pode
efetivar essa transa com com
ela por causa de uma despropojr
ção evidente. Só se ela v ir a s ­
se supermulher, a í sim!

0 film e mostra que o superhomem tem uma fraqueza que


ê não poderem os seus olhos de Raio X atravessarem o
chumbo. 0 chumbo é o metal de Saturno. Ele tenta ven­
cer pelo amor e pela força, ao passo que o inimigo dele
busca vencer pelo intelecto, pelo domínio tecnológico.
0 seu oposto é Aquário, também regido por Saturno. Qual
ê a nossa atitude perante o film e do superhomem? 0 mito
do Sol, o mito do chefe solar, cujo poderio emana d ir e ­
tamente de Deus, não está agora vigente. As pessoas r i ­
em, não o levam a sério, mas. ele tem um outro aspecto :
o film e nos emociona. Não é tima coisa real, mas ê uma
coisa possível num plano de sonho, de idealismo. E'a vi
tõria do bem sobre o mal, da luz sobre as trevas (tal 7
como no film e de televisão "0 Homem que veio do Céu"!).
Mas hoje a maioria dos homens não acreditam que a força
279
do amor possa vencer a estrutura s o c ia l, o poderío da
tecnologia. Hoje acreditamos mais no mito de Saturno
e de Urano. Por isso o mito do Sol tem que conti­
nuar na sombra, no pano de fundo, senão não se pode­
ría viver mais.

Na Era de Aquário qual é o signo que está na casa


V II ? E'o Leão, pois o Ascendente é Aquário. No in í­
cio da Era de Aquário a primeira pancada que recebe ê
o mito dò Leão, o coração, o sentimento, esta força
do amor pessoal que há dentro de cada um; é a coisa
mais exprimida, mais condenada hoje. 0 homem tem que
esconder os seus sentimentos. Que chance tem você de
ser você mesmo? Normalmente, você ê reduzido a uma
peça de um aparelhamento que transcende a você. Não
há emoção, não há força; fa lta a vida, fa lt a o Leão,
fa lta o amor. 0 Sol é o que está mais escondido,que ê
o mais rejeitado, mas ele vai sozinho!

0 PATO DONALD

0 Pato Donâld representa que signo do Zodíaco? Co­


mo vive ele? Está ele sempre viajando? Vive sozinho?
Elè esta sempre dentro de sua casa, com sua fam ília ,
com os seus parentes, ao contrário do Michey que está
sempre viajando. Ninguém conhece a casa do Michey e
ele não tem parentes.

A casa e a fa m ília do Pato Donald são conhecidas.


Ele vive sempre hesitando, não sabe se vai ou não vai,
se faz ou desfaz. Ele vive todos os sonhos, um tanto
indeciso e por causa d isto ele tem uma série de pro­
blemas. Ele tem um sentido de fa m ília; cuida e defeji
de os seus sobrinhos até a morte. Quando algum perigo
ameaça os seus sobrinhos, ele fic a uma fera! Ele está
sempre dentro de casa, com a fa m ília, os sobrinhos, o
tio , a prima. Ele vive muito de fan tasia. Ele imagi­
na que ele é grande, importante, mas chega a hora de
280
fazer algo ele foge. Ele não é Peixes, porque nao tem
o heroísmo de Peixes. 0
peixe no mar nada muito
longe; mas o Pato Donald /
não se afa sta muito; ele
vive dos sonhos, de fa n ta­
s ia , no mundo interno; não
se aventura muito no mundo
externo, não se d ista n c ia
muito do lar. Ele tem todo
o apego ao lar; ele procu­
ra sempre defender as c o i­
sas suas, que estão sempre
querendo tomar dele. Ele
cuida dos sobrinhos. El sonha em ter o p re stíg io do
Capricórnio. Qual e o s igno que corresponde ao Pato
Donald? 0 Pato Donald, vocês já perceberam: ele é
Cincer.

0 TIO PATINHAS

0 Tio Patinhas é o homem mais rico que há.Eie não


é vaidoso; anda sempre
com a mesma roupa; co­
me mal para não gastar
dinheiro e está sempre
trabalhando para ga­
nhar dinheiro; sempre
correndo atrás das moe
das. Ao mesmo tempo
ele ê ranzinza; ele é
fr io , cauteloso, obst^
nado nas idéias. Nin­
guém tira uma idéia da
cabeça dele.

0 Tio Patinhas é aquele velho tacanho, que segura


o dinheiro dele. Ele vive com pouco, ao contrário /
do Touro ou do Escorpião. Este é o signo da perda e
do s a c r ifíc io . 0 Tio Patinhas come pouco; ele se
281
esforça, ele trabalha, ele está sempre mais alto,m ais
a lto . Eie é um peso em cima de todos os outros. E 'e le
quem manda sobre todos os outros; é ele que oprime to
do mundo. Ele é obstinado, tenaz e quando enfia uma
c o isa na cabeça vai até o fim. 0 Tio Patinhas é Ca­
pricó rn io . 0 Tio Patinhas com o Pato Donald c o n sti­
tuem o eixo Câncer-Capricórnio.

0 TARZÃ

E o Tarzi donde velo? Qual é a origem dele? 0 Su­


perhomem quando era pequenino já sabia tudo; o Tarzi,
não. Ele fo i educado por uma maca
ca. E'uma diferença brutal. Ele
está em comunhão com a natureza ,
ele é prim itivo. Qual o signo /
que é assim, que é um só, o p r H
meiro e único, meio p rim itivo e
impulsivo ? Ele tem uma série de
prim itivism o e de agressividade /
que vai ser aparado aos poucos, /
educado aos poucos. Qual é o mi­
to que está a í ? T arzi nio tem
nada que ver com o amor; ele tem
que aprender com o macaco. Isto
prova que ele nio nasce sabendo /:
tudo como o mito so lar que é o Su
perhomem. Ele tem que co n q u istar/
isso lentamente, entio ele tem
que encontrar um líd e r na frente
dele que sio aqueles velhos macacos que vio ensinar
a ele.

Ele jã nasceu sabendo tudo ? E'e le generoso ? 0


T arzi tem toda aquela ingenuidade in ic ia l. Ele nio /
tem aquele caráter já fe ito , eterno e imutável que
tem o Superhomem, que sabe mais, que é o mais forte
o melhor, o que sabe tudo. Tarzi representa o mito
282
de A ries. Jane seria a Libra. Jane donde vem? Verri da
sélva? Nlo; eia vem da cidade. 0 primeiro signo hu­
mano do c ic lo , o signo que anuncia a civilização, é
Libra. A Jane é o complemento de Tarzã. E~a que vai
acabar de apará-lo, educá-lo. Quando ele endurece,/
Jane, o seu conselheiro, pondera.

Tarzã é Aries e Jane é Libra; portanto,temos aquí


o eixo Aries-Libra.

0 FANTASMA

0 Fantasma. Quantos existem? Um de cada vez. 0


Fantasma morre ? Morre, mas renasce. Ele é aquele
que vem implantar a ju stiç a no caso extremo. Quando
tudo falhou vão chamar o Fantasma. E'preciso ir pro-
cu rá-lo num lugar mais escondido. Ele está numa ca­
verna; ele tem o dom de desaparecer; ele some. Você
nunca vê o Fantasma rindo. Ele é bravo também,enquan_
to que o superhomem ê d ive rtid o . 0 Fantasma age pela
força, pela violência. Ele da t ir o s , ele mata, - ele
faz o que tem de fazer e se manda. E ele não tem ne­
nhuma pretensão de ser bonzinho. 0 Fantasma tem um
aspecto meio sin istro , que ê aquela marca da caveira.

0 Fantasma é ruim quando precisa a g ir e depois so


me. Você tem que ir até o fundo da flo resta para de¿
cobrir onde ele está. Ele desaparece de vez em quan^
do. Ele morte e renasce. Há varios
Fantaseas e você nãa sabe onde exa­
tamente em qual ele está.

0 Fantasma vive completamente e¿


condido na caverna, na selva. Qual
ê a ação dele? Terrori Ele vai
impor a ju stiça e depois desapare­
cer. Quando ele morre o que acont£
ce? Ele morre e renasce. 0 Fantasma
é a morte. Ele ê também Marte, Ari es,
0 Fantasma é o ju stic e iro que vai
283
estabelecer a ju s tiç a , mas não é a ju stiç a de todo
d ia. Quando tudo falhou e ninguém sabe o que fazer,
cabe então ao Fantasma fazer. E'como o Hades na mito
lo g ia grega, o Plutão, o deus do inferno,que era ¥
ju stiç a última. Quando Júpiter não sabia mais o
que fazer, ele chamava Plutão. Quando a barra estava
pesada e Júpiter não queria sujar as mãos, ele encar
regava o caso a Plutão.

Então o Fantasma é chamado para resolver as c o i­


sas últimas. Daí o símbolo da caveira. 0 Fantasma é
Escorpião.( resumo de a u la s da Escola Júpiter).

ARIES E LIBRA

Os heróis das novelas são sempre Aries e Libra.


Existe o sujeito ingênuo que não faz nada. Ele tem
os defeitos humanos de ser estourado; não tem medo,
mas pode ser precipitado, pode cometer erros. Por i s
so acaba se envolvendo nas tramas e ser acusado d is ­
to ou daquilo. E'o A rie s; ele não v i os outros e os
outros são incompreensíveis para ele.

Libra ê sempre a heroína prin cip al. A primeira ca_


ra c te rístic a da heroína é a beleza; se não for bela,
acabou a h istó ria . Ela tem o sentido do errado e do
certo, mas não tem ãs vezes a coragem de fazer o que
quer.

Você pode inventar uma peça a p a r tir de uma mapa,


você pode montar um drama. Suponhamos o Sol em Leio.
Este i o herói da h is tó r ia ; ele tenta se afirmar em
alguma coisa. Ele deve ter uma quadratura com Urano
no Escorpião. Ele é um tipo de v ilã o terrivelmente /
esperto. -Ele tem um s e x til com Marte e uma quadrat£
ra Lua-Plutio. Daí a inimizade com a mae. No
liv r o "S io Bernardo" de Grácil¡ano Ramos, podemos /
ver uma quadratura Capricórnio e Libra. 0 herói e um
su je ito ambicioso. Ele quer subir na vida a todo pne
ço, não interessa comoI Ele é seco; é de a gir de ca-
28*»
so pensado, e casa com uma pessoa delicada, f r á g il,
que quer ajudar, mas que no fim acaba se destruin­
do.

0 PATETA tem muito do Touro; ele é bobio; ele i


le a l; só têm tamanho, mas está sempre se fazendo de
bobo; está sempre servindo; ele gosta de se rv ir e
tem uma mentalidade de obediência. Ele sempre per­
gunta para o Michey o que ele deve fazer.

0 CHARLES BROWN ê Touro. Ele ê bom; é manso; ob£


dece e está sempre querendo estar numa boaí Ele tem
uma ga le ria imensa.

A LUCINHA vive vendo defeitos em tudo, vive cr_i_


ticando, reclamando. E'o Virgo.

0 ZORRO, nio o mexicano? Primeiro ele d isfa rça /


com habilidade, mas às vezes alêm de ju stic e iro ele
ê meio malandro e representa duas pessoas: o Zorro
e D. Diego, portanto, ele tem um certo je ito do Gê­
meos.

0 PAU-DE-ARARA i Leio; ele é rico, ê poderoso. E


o centro de toda a h istó ria . Ele é ligado aos fi­
lhos; ele adora os filh o s , mas ao mesmo tempo é va^_
doso, é estourado, briguento. 0 irmão deíe ê Aquá­
rio , um bom sujeito que o está sempre ajudando.

C1B0RQUE é plutoniano. Quando entra a deforma­


ção ê Plutio.

0 CESAR é Escorpião.

A ANA PRETA é Câncer. Primeiro porque ela i ma­


ternal; segundo porque ela c u ltiv a aquela ilusão /
até o fim; ela vive no mundo dela e nio quer ver a
realidade.

0 GASTAO ê Aries e um pouco de Sa gitário . Todo o


285
seu fraco é onde entra o outro. Ele não tem finura
psico ló gica; onde ele entra é cego, não vê e a coisa
sai errada. Com toda a a le g ria que ele tem, com toda
a sua auto-confiança âs vezes as coisas acabam dando
errado, quando entra o sentimento. Podíamos idizer
que ele deve ter o Sol em S a g itá rio e o Ascendente /
em Aries.

0 HICHEY o que é que ê ? Ele surgiu de in íc io co


mo um sujeito que sempre fa z ia o que era d ir e ito . 0
Michey não é aquele que age corretamente? Ele chega
até a ser chato, m oralista, beato e, ao mesmo tempo,
está sempre viajando pelo mundo. 0 Michey antigo tem
consciência do dever, do d ir e it o e está sempre do Ia
do das autoridades, do d ir e it o constituído. Ele ¥
dogmático.

0 Michey ê S a g itá rio como o próprio Walt Disney ,


que tinha o Sol e Mercúrio em Sa g itá rio , no seu tema.
Por isso ele idealizou esse herói que tem muito de
Sa gitá rio e que sempre faz o que está certo.

Mas as personagens de Walt Disney mudaram mu it o . 0


Michey mudou muito nos últim os 30 anos. Ele fo i pe£
dendo, foi degradando e já não c ria mais; virou polj_
c ia i. Ele era S a g itá rio e virou Escorpião, veio para
t r á s (casa X II de S a g itá rio ). Antes era um homem de
le i e agora ê um homem da p o líc ia .

0 Michey emociona, mas perderam o fim da meada.Tu^


do o que sai só da cabeça do indivíduo é quase nada.
0 Tio Patinhas, o pão duro, tem coerência. 0 Pateta/
também já está estragado, já mudou; ê outro persona­
gem.

Cebolinha e Monica não chegam a expressar um a r ­


quétipo.

Estes são os mitos menores de agora. Justamente /


por serem metafóricos é que nós podemos brincar com
286
eles.

0 Tio Patinhas e o Michey sio obras de arte verda_


deiras, porque têm uma dimensão arquetípica. Roberto
C .rios cantando é harmonia para uns, enquanto que a
matemática pitagórica era harmonia para outros. As
vezes o arquétipo f i l t r a inconscientemente, mas qua£
do o indivíduo não tem a força de captar esse arqué­
tipo, misturam tudo e fazem uma miscelãnia e o que
resulta d isso não são arquétipos.

0 MANDRAKE. Qual seria um exemplo de Aquário /


que você encontra nas revistas de figu rin h as? Seria
o Mandrake sem dúvida. Ele está sempre mostrando a l ­
guma coisa que você não tinha pensado, por exemplo ,
quando ele tira um coelho da cartola, isto é Aquário.
0 Mandrake tem o sentido de amizade também; ele é
fie l aos amigos e tem amigos f ié is . Ele é o herói /
de Aquário. Nunca vai poder ser um herói individual,
sozinho; tem de ser um herói coletivo. Como é que ê
o seu uniforme e qual ê a sua cor? E'a cor preta.ETe
não é um homem muito forte fisicamente e é um su je i­
to magro. Como é que ele se comporta ? Você vê o seu
d iscípulo, que está sempre aprendendo com ele.

FLASH GORDON parece mais Aquário, pois ê coletivo


também.

0 SLOOPER é Aquário; está separado de todo mun


do e fic a minhocando idéias. Ele é bom amigo e tem
aquele passarinho junto dele.

0 CHEFETA está sempre na dele; não segue a cabe­


ça de ninguém; ele está sempre inventando as coisas.
E'meio filó so fo ; ê bom amigo. Ele é bom mas ê liv re ,
independente. E'Aquário.

0 BATMA ê exatamente a mesma coisa. Também usa


o preto no seu uniforme. Ele mora numa caverna(Satu£
no). Ele tem um d is c íp u lo que é o Robin ; é coletivo
e age pela tecnologia, que é também uma forma de ma-
287
già. 0 Batmã é Aquário. E sempre um mestre e um d i s c í ­
pulo, Júpiter e Mercúrio. E Júpiter ê o regente esoté­
rico de Aquário. Mas não vamos entrar nesse assunto.
Aqui devemos ser mais V irgo e menos Peixes, senio a
gente vai s a ir voando da Terra. 0 Aquário tem o cará­
ter pedagógico; é o aguadeiro, o que vai ensinar, que
vai cuidar. Um ê sempre mais brilh an te que o outro, /
um mais forte e um mais fraco.

Batmã está sempre ensinando e ajudando o Robin Se


fossem igu ais seriam Gêmeos, que só conseguem funcio­
nar quando estão juntos.

0 PARDAL só pode ser Aquário, pois está sempre /


acompanhado pelo Lampad inha ,

0 Mandrake já vimos. Ele está sempre rindo? está /


sempre com a mesma cara? Não; ele é quieto, mas com a
mais e s tr ita segurança em tudo. Como é que ele age? P£
magia, pela mudança das condições da realidade; ele mu_
da as estruturas. Mandrake é individual ou coletivo?
Ele age sozinho oü com os outros? Ele tem sempre o Lo
thar e Ganarda, a sua noiva; ele nunca está sozinho.
Ele é portanto, coletivo. Como é que ele trata o Lo-
thar? Ele é muito amigo do Lothar, mas ao mesmo tempo
ele é o mestre de Lothar. Não é ele que ensina ao ou­
tro? 0 Lothar não é meio atrasado em relação a ele ?
0 Lothar é seu d isc íp u lo e Mandrake é um homem de men­
te e ê um professor. Tudo isso ê a descrição toda do
Aquário saturnino; ele é sóbrio, é amigável, ê um pro­
fessor, pois gosta de ensinar, de transm itir, de melho
rar os outros e age por mágica (Toda esta parte dos mji_
tos fo i e sc rita baseando-nos em rascunhos de aulas da­
das na Escola Júpiter, por Olavo de Carvalho).
288
GALERIA DE PERSONAGENS DA REVISTA EM QQADRINHOS
GALERIA DE PESSOAS FAMOSAS 289
-Giordano Bruno Hegel 0 Beethoven
Husserl Jung Be r 1i oz
Gargarin Simon Bolívar Ki piin g
Savonarola Rochefeller T. Lautrec
Lenin Ford Churchi11
Goya Garibaldi Disney
Land rii Napoleao M. C allas
Marion Brando Mussolini
Krushov Fidel Castro

-Marx Descartes Kepler


Ortega Y Gasset Maeterlinck Newton
Wagner Goethe Comte
H itle r Greta Garbo Pasteur
Chaplin Chevaiier S ta lin
Mastroianno Peter S e lle r s Mao Tse Tung
M .Dietrich
-Conan Doyle
Strawinsky
¿ Bergson * Gal i leo
Erasmo V o lta ire
Le Corbusier Nietzsche J ú lio Verne
Schumann Watheau Darwin
Che Guevara Gandhi Lincoln
Monroe Brig.Bardot Ed i son
Kim Novak
■ Sartre Paganini X Copérinico
Rembrandt Dostoievsky Miguel Angelo
La Fontaine Rodin Ravel
Lord Biron Picasso V íc to r Hugo
A lexis Carrel Rommel Caruso
Helen K eller Monica V it t i Einstein
Cocteau E l iz. T ailor
L o llo b rigid a
Rousseau
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GALERIA DOS ANIM AÍS ( B . C r r s t o f f )

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