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A11 UM DESAFIO MAIOR

A mítica marca francesa está cada vez mais ativa com a apresentação
do A110 S, uma versão com mais 40 cv, um valor capaz de desafiar
concorrentes mais potentes
Texto Marco António no Autódromo do Estoril

circuito do Estoril e 1 O QUE te com as modificações introduzidas

a envolvente serra de PRECISA
Sintra foram o palco SABER
escolhido pela Alpine 76 300 4
o para apresentar a mais PREÇO
recente versão do A no agora com 292 29 CV
cv na versão S. O mesmo motor agora POTÊNCIA
mais musculado é acompanhado por 3,7 KG/CV
um conjunto de outras modificações RELAÇÃO PESO/
POTENCIA
que potenciam as suas capacidades QUANDO?
desportivas frente a um batalhão de FEVEREIRO 2020
concorrentes que vai muito além do
tT Porsche 718 Cayman. A colocação
entrai do motor permite, juntamen-
no chassis um equilíbrio do peso ideal
para uma condução mais eficaz e des-
portiva conforme ficou demonstrado
nas muitas voltas que demos no Autó-
dromo do Estoril.
O QUE MUDA
Para adaptar o chassis à maior potên-
cia do motor o A 110 S tem molas 50
por cento mais firmes que rebaixam a
altura da carroçaria em 4 milímetros
enquanto as barras estabilizadoras são
agora cem por cento mais rígidas, ao

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S.

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mesmo tempo que o controlo de esta-
bilidade tem uma afinação algo mais
permissiva, mas atenta a qualquer des-
vario. A reação em pista mostra que
com todas estas modificações o Alpine
tem um comportamento ainda mais
desportivo, ainda que a versão menos
potente (daquilo que nos lembramos)
seja mais emotiva no sentido em que as
suas reações não são tão controladas.
Um controlo que no A lio S se estende
à maior largura dos pneus da Michelin
Pilot Sport 4 (215 milímetros contra os
205 milímetros à frente e 245 milíme-
tros contra 235 milímetros atrás) e ao
tamanho dos discos à frente e atrás.
No total estas modificações apenas
aumentaram o peso em i.i kg, pelo
que a relação peso/potência diminui e
as prestações aumentaram bastante,
01-12-2019
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com destaque para as recuperações
que continuam a contar com a contri-
buição preciosa da caixa automática
de sete velocidades. Esta assume uma
reação mais rápida no modo de condu-
ção Track, altura em que a instrumen-
tação muda completamente de aspeto
pondo em destaque o regime do mo-
tor. Para além deste modo mais aguer-
rido existem os modos Normal e Sport.
Em qualquer deles a informação que
aparece no painel de instrumentos é
abundante, ainda que algumas indica-
ções sejam pouco ou nada relevantes,
como a abertura da válvula de admis-
são ou a pressão que exercemos sobre
o pedal do travão. O painel do sistema
multimédia tem os menus habituais e
alguns específicos que fornecem infor-
mação complementar, tal como a tem-
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peratura da água e do óleo, além de um
cronómetro e dados de telemetria.
COLADO À ESTRADA
À semelhança do que já acontecia com
a versão menos potente, o que mais
nos impressionou nesta versão mais
musculada foi a forma equilibrada e
certa como desafia os trajetos mais
exigentes. A direção é muito rápida e
a assistência que na versão de 252 cv
era excessiva, assume agora uma regu-
lação mais firme, o que contribui para
definir com maior rigor as trajetórias,
ao mesmo tempo que garantem ao
trem da frente um apoio mais efetivo
nas curvas rápidas, permitindo que
em plena aceleração não abra tanto
as trajetórias. É nessa altura que da-
mos conta da excelente motricidade,
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FEVEREIRO
As primeiras
unidades do
3 novo A 110S
N estão previstas
para fevereiro
do próximo
ano. As suas
prestações
desafiam
concorrentes
mais potentes

ao ponto da aderência das rodas de
trás não se diferenciar das da frente.
Isto não significa que não consigamos
atravessar o Alpine A no S nas curvas
mais lentas, mas é mais difícil fazê-lo
que num carro igualmente potente,
mas com menos capacidade de tração
e um eixo traseiro com menos peso.
Com um centro de gravidade mais bai-
xo, esta versão S do A no pouco adorna
nas curvas, porém pode acontecer que,
ao perder a trajetória, tenha reações
bruscas com as quais muitas vezes não
contamos, tal é a confiança que a sua
condução nos inspira na maioria das
situações e conforme o modo de con-
dução escolhido. No caso do Autódro-
mo escolhemos sempre o modo Track
de forma a alterar o funcionamento
do acelerador, da caixa automática
MAIS de velocidades, do controlo de esta-
DESPORTIVO bilidade, da direção e do escape, que
A redução da
relação peso/
fica com uma voz muito mais grossa.
potência e os A caixa de sete velocidades, fabricada
novos acertos pela Getrag, é tão reativa neste modo
no chassis e na
que deita por terra o argumento de
suspensão dão
ao novo Alpine quem pensa que uma caixa manual po-
A110 S uma dia fazer melhor. A dupla embraiagem
atitude mais
assume neste caso um funcionamento
desportiva
muito rápido sem ser brusca, seja no
modo automático ou manual, ao usar
as patilhas atrás do volante.
BOAS PRESTAÇÕES
A baixa relação peso/potência (3,77 kg/
cv) graças a uma construção mais leve
que conta com o tejadilho em fibra de
carbono garante prestações elevadas
ao nível de modelos bem mais poten-
tes como é o caso do BMW M2 com 370
0'
cv, o Audi TT RS de 40o cv ou até que o
Porsche 718 Cayman S com caixa PDK
de 350 cv, caso mantenhamos o pontei-
ro das rotações acima das z000 rpm,
altura em que o motor i.8 litros turbo
sobe mais rapidamente de potência.
Outra agradável surpresa quando da
volta pela serra de Sintra é que o Al-
pine A no S é o exemplo claro de que
um carro desportivo não tem necessa-
riamente de gastar muito. Em estrada
o consumo médio anda à volta dos 8
1/10o km numa condução normal, su-
bindo para os io 1/100 quando aumen-
tamos o ritmo. O preço de 76 30o euros
(mais 8400 euros que o A no Légende)
coloca a nova versão do Alpine ao nível
do Porsche 718 Cayman de 30o cv. As
primeiras unidades chegam em feve-
reiro do próximo ano. O
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