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TEMAS DE PEDIATRIA
O atendimento do prematuro
na sala de parto: o que o
pediatra precisa saber
TEMAS
DE PEDIATRIA NÚMERO 96
O atendimento do prematuro
na sala de parto: o que o
pediatra precisa saber
1. Introdução .................................................................................. 5
5. CPAP ........................................................................................ 14
9. Transporte do prematuro da
sala de parto à unidade neonatal ............................................ 35
Figura 1
VERIFICAÇÃO DA VITALIDADE
100% prevenir hipotermia e 100%
manter permeabilidade das vias aéreas
REANIMAÇÃO
BÁSICA
VPP com máscara
63%
3 a 6%
REANIMAÇÃO 4%
AVANÇADA
< 1% intubação traqueal
massagem cardíaca
e medicações
Todo material necessário para a reanimação deve ser preparado, testado e estar
disponível em local de fácil acesso, antes do nascimento(12). Esse material é
destinado à manutenção da temperatura, aspiração de vias aéreas, ventilação e
administração de medicações, estando detalhado no Quadro 2.
Fluxograma 1
- • Prover calor
) • Monitorar SpO2
. • Posicionar cabeça
5 • Aspirar vias aéreas s/n
4
/
$
% FC < 100 bpm? NÃO Desconforto respiratório ou
/ 30 segundos Respiração irregular?
5 SpO2 pré-ductal < SpO2 alvo?
ou Apneia?
2
/
SIM
60 segundos VPP com FiO2 inicial de 0,40
Considerar CPAP
FC < 100 bpm?
SIM
FC < 60 bpm?
SIM
Adrenalina endovenosa
Fluxograma 2
• T sala de parto
p 26 oC
• Prover calor
(touca de lã e saco de polietileno)
• Locar sensor do oxímetro de pulso
• Posicionar a cabeça
• Aspirar
p boca e nariz,, se necessário
• Reposicionar a cabeça
FC?
Ritmo respiratório?
SpO2?
5. CPAP
O uso precoce do CPAP (pressão de prematuros com idade gestacional infe-
distensão contínua de vias aéreas) pode rior a 32 semanas mostrou que o CPAP
ser eficaz para manter os alvéolos dos na sala de parto reduz a necessidade de
pulmões imaturos e deficientes em ventilação mecânica e de surfactante no
surfactante não colapsados, evitando o período neonatal, sem elevar a incidên-
atelectrauma. Nesse sentido, metanálise cia de pneumotórax. O CPAP iniciado
de quatros grande ensaios clínicos ran- em sala de parto diminui de maneira
domizados e prospectivos que compa- significante o desfecho dependência
ram o uso de CPAP versus intubação e de oxigênio com 36 semanas ou óbito
ventilação na sala de parto com 2.782 hospitalar (OR 0,90; IC95% 0,83-0,98)(25).
Fluxograma 3
NASCIMENTO
• T sala de parto 26 oC
• Prover calor
(touca de lã e saco de polietileno)
- • Locar sensor do oxímetro de pulso
) • Posicionar a cabeça
.
5 • Aspirar boca e nariz, se necessário
4 • Reposicionar a cabeça
/
$
%
/
5 FC < 100 bpm?
2
/ Respiração irregular?
ou Apneia?
SIM
60 segundos VPP
Esquema 1
HIPÓXIA HIPERÓXIA
Radicais livres
Oxidação enzim
ática
Disfunção dos
sistemas biológico Inibição da síntes
s e de
DNA
Falência de múltip
los
órgãos Peroxidação lipídi
ca
Com base no conhecimento existente riores a 100%, mas, por outro lado, que
até o momento, parece ser mais pru- os pacientes mais imaturos requerem
dente iniciar a reanimação com concen- alguma concentração suplementar de
trações intermediárias de oxigênio no oxigênio na sua reanimação(26-28).
recém-nascido prematuro, titulando-se Nesse contexto, de maneira empírica,
a fração inspirada do gás de acordo o Programa de Reanimação Neonatal
com a monitoração da saturação de da Sociedade Brasileira de Pediatria re-
oxigênio pré-ductal. Estes achados são comenda utilizar a concentração inicial
corroborados por estudos que sugerem, de 40%, aumentando-a ou reduzindo-a
de um lado, que os neonatos pré-termo por meio de um blender, de modo a
podem ser adequadamente cuidados na manter a FC >100 bpm nos minutos
sala de parto com concentrações infe- iniciais de vida e a SpO2 nos limites
SIM
VPP + O2 40%
60 segundos
(ajustar a FiO2 de acordo com a SpO2)
Uma das técnicas cuja discussão vem que a respiração com volume corrente
crescendo na literatura é a aplicação, fisiológico tenha início, resultando em
na reanimação do paciente pré-termo, recrutamento alveolar uniforme, com
de insuflação sustentada em uma ou capacidade residual funcional plena
mais ventilações iniciais. A capacidade desde a primeira respiração. Entretanto,
de a insuflação sustentada facilitar a a duração da insuflação sustentada e
aeração pulmonar e melhorar a ven- as pressões necessárias para a aeração
tilação após o nascimento tem sido pulmonar plena não são claras e pare-
investigada em modelos experimentais cem ser determinadas por uma série de
e em ensaios clínicos. Teoricamente, se fatores biológicos que interagem entre
a insuflação sustentada for suficiente- si(31). Dessa forma, até o momento não
mente longa, o seu uso pode promover recomendação para o seu uso fora de
a aeração uniforme do pulmão antes protocolos experimentais.
Quadro 4
O ventilador mecânico manual em T funciona?
técnica da VPP
Pressão adequada?
Distensão gástrica?
•Reposicionar a cabeça
Vias aéreas não •Aspirar as secreções
pérvias •Ventilar com a boca levemente aberta
PASSOS INICIAIS
SIM
VPP + O2 40%
30 s
Considerar
intubação traqueal
Quadro 6
Indicar intubação
traqueal nas seguintes Ventilação com máscara facial prolongada
situações
Hipoxemia
Apneia
Bradicardia
As complicações
decorrentes do
procedimento da Pneumotórax
intubação são maiores no
prematuro! Laceração de tecidos moles
Infecção
Fluxograma 6
30 s
SIM
VERIFICAR:
• Funcionamento do ventilador mecânico
NÃO manual em T
Ventilação efetiva?
• Posicionamento da cânula traqueal
• Permeabilidade das vias aéreas
SIM • Necessidade de aumentar a pressão
Apneia ou
respiração irregular?
SIM
FC < 60 bpm?
SIM
Massagem cardíaca
Fluxograma 7
Após 30 segundos
VPP com cânula traqueal efetiva
+ O2 100%
HIPOXEMIA
DEPRESSÃO
&
MIOCÁRDICA
ACIDOSE
FC < 60 bpm
FLUXO SANGUÍNEO
PULMONAR
30 s
FC < 60 bpm?
SIM
MASSAGEM CARDÍACA
+ VPP com cânula traqueal
+ O2 100%
45 - 60 s
FC > 100 bpm E
NÃO Suspender SpO2 70 – 80% E SIM Suspender VPP
FC < 60 bpm?
massagem cardíaca Movimentos respiratórios Extubação traqueal
espontâneos e
SIM regulares
Checar técnica
de ventilação e NÃO
de massagem cardíaca
Manter VPP com cânula traqueal + CPAP +
45 - 60 s O2 de acordo com a SpO2 O2 de acordo com a SpO2
FC < 60 bpm?
SIM
Adrenalina
As doses e via de administração da adre- -la a cada 3-5 minutos (sempre por via
nalina estão especificadas no Quadro 9. endovenosa) e considerar uso de expan-
Lembrar que doses elevadas de adrenalina sores de volume caso o paciente esteja
(>0,1 mg/kg) não devem ser empregadas pálido ou existam evidências de choque.
em prematuros, pois levam à hipertensão Lembrar que as doses repetidas de adre-
arterial grave, diminuição da função mio- nalina na reanimação em sala de parto
cárdica e piora do quadro neurológico. se associam ao aumento da demanda
Quando não há reversão da bradicardia de oxigênio no miocárdio, hipertensão
com o uso da adrenalina, pode-se repeti- arterial e hemorragia intracraniana(34).
45 - 60 s
FC < 60 bpm?
SIM
Adrenalina
FC < 60 bpm?
SIM
Checar
técnica de ventilação e
de massagem cardíaca
Fluxograma 10
Estabilização ao nascimento
FC?
Ritmo respiratório?
SpO2?
Transportar sem suporte respiratório + Transportar em CPAP* por máscara + Transportar em VPP* com cânula traqueal +
Manter vias aéreas pérvias O2 para manter SpO2 85-95% O2 para manter SpO2 85-95%
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O aleitamento materno é a melhor opção para a alimentação do lactente proporcionando não somente benefícios nutricionais e de proteção, como também
afetivos. É fundamental que a gestante e a nutriz tenham uma alimentação equilibrada durante a gestação e amamentação. O aleitamento materno deve
ser exclusivo até o sexto mês e a partir desse momento deve-se iniciar a alimentação complementar mantendo o aleitamento materno até os 2 anos
de idade ou mais. O uso de mamadeiras, bicos e chupetas deve ser desencorajado, pois pode prejudicar o aleitamento materno e dificultar o retorno à
amamentação. No caso de utilização de outros alimentos ou substitutos de leite materno, devem-se seguir rigorosamente as instruções de preparo para
garantir a adequada higienização de utensílios e objetos utilizados pelo lactente, para evitar prejuízos à saúde. A mãe deve estar ciente das implicações
econômicas e sociais do não aleitamento ao seio. Para uma alimentação exclusiva com mamadeira será necessária mais de uma lata de produto por
semana, aumentando os custos no orçamento familiar. Deve-se lembrar à mãe que o leite materno não é somente o melhor, mas também o mais
econômico alimento para o bebê. A saúde do lactente pode ser prejudicada quando alimentos artificiais são utilizados desnecessária ou inadequadamente.
É importante que a família tenha uma alimentação equilibrada e que, no momento da introdução de alimentos complementares na dieta da criança ou
lactente, respeitem-se os hábitos culturais e que a criança seja orientada a ter escolhas alimentares saudáveis.
Em conformidade com a Lei 11.265/06; Resolução ANVISA n° 222/02; OMS - Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno
(Resolução WHA 34:22, maio de 1981); e Portaria M.S. n° 2.051 de 08 de novembro de 2001.