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Aula 02

Conhecimentos  Bancários  e  Atualidades  do  Mercado  Financeiro  p/  Banco  do  Brasil  ­
Escriturário 

Professor: Vicente Camillo
Conhecimentos Bancários e
Atualidades do Mercado
Financeiro – Banco do Brasil
Teoria e exercícios comentados
Prof. Vicente Camillo – Aula 02

AULA 02: MERCADO DE CÂMBIO E MERCADO DE CAPITAIS

SUMÁRIO PÁGINA

1. Introdução 02

2. Mercado Cambial 03

3. Mercado de Capitais 30

4. Lista de Questões Apresentadas 95

1. INTRODUÇÃO

Olá pessoal, tudo bem?

Estamos em nossa Aula 02, destacando as noções quanto


aos mercados de câmbio e de capitais. Espero que estejam
gostando e aproveitando para aprofundar os conhecimentos
bancários necessários para a aprovação no certame.

Nesta aula serão apresentados, com detalhes, os mercados


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de câmbio e de valores mobiliários (capitais). Seguindo nossa


metodologia, temos de compreender os participantes, a dinâmica,
os ambientes de negociação e os títulos negociados.

Aproveito para citar que esta aula está repleta de exercícios.


São quase 40 com a preocupação de complementar a matéria de
maneira aprofundada.

Boa aula!

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2. MERCADO CAMBIAL

O mercado de câmbio é o ambiente onde se realizam as


operações:

a. de compra e de venda de moeda estrangeira e as operações


com ouro-instrumento cambial, realizadas com instituições
autorizadas pelo Banco Central do Brasil a operar no mercado de
câmbio, bem como as operações em moeda nacional entre
residentes, domiciliados ou com sede no País e residentes,
domiciliados ou com sede no exterior;

b. relativas aos recebimentos, pagamentos e transferências do e


para o exterior mediante a utilização de cartões de uso
internacional, bem como as operações referentes às
transferências financeiras postais internacionais, inclusive vales
postais e reembolsos postais internacionais.

Mesmo que a definição pareça um pouco extensa, lembre-se


do seguinte: no mercado cambial se realizam as operações de
compra e venda de moedas de moedas conversíveis e ouro-
instrumento cambial, entre residentes e não residentes.

Moedas conversíveis, como o próprio nome sugere, são


aquelas trocadas entre si. Por exemplo, o Real é conversível frente
ao Dólar, pois os indivíduos que possuem reais podem comprar
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dólares, além de o inverso ser também possível.

Ouro-instrumento conversível é o próprio ouro (moeda


preciosa), mas utilizados com a finalidade de pagamento de
transações internacionais. O ouro comercializado no mercado para
confecção de joias não é considerado no mercado de câmbio.

E, adicionalmente, há sempre, de um lado, uma instituição


autorizada a operar com câmbio (veremos logo mais quais são) e,
de outro, residentes e não residentes que trocam (convertem)

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moeda nacional em moeda internacional (ou mesmo uma moeda


internacional com outra também internacional).

No mercado cambial se estabelece o valor da taxa de


câmbio.

A taxa de câmbio é a medida de troca entre as moedas.

Atualmente, no Brasil, a taxa de câmbio circula entre R$/US$


2,30 e R$/US$ 2,40. Ou seja, com R$ 2,40 é possível adquirir
US$1,00.

Matematicamente, a expressão da Taxa de Câmbio é a


seguinte:

$
=
$

O parâmetro E (em inglês, exchange) representa a


quantidade necessária de Reais para comprar 1 Dólar, como já
explicado.

Como não podia ser diferente, o CESPE já cobrou estes


conceitos apresentados:

01. CESPE - Escriturário (BB)/2007

Acerca do mercado de câmbio e do mercado de capitais,


julgue o item seguinte. 40890976813

As pessoas físicas podem comprar e vender moeda estrangeira ou


realizar transferências internacionais em reais, de qualquer
natureza, sem limitação de valor, desde que observada a legalidade
da transação.

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02. CESPE - Escriturário (BB)/2007

O preço do dólar influencia a economia brasileira em geral e


o mercado de capitais em particular. Acerca do mercado de
câmbio e do mercado de capitais, julgue o item que se segue.

A taxa de câmbio mede o valor externo da moeda, fornecendo uma


relação direta entre os preços domésticos das mercadorias e fatores
produtivos e desses preços nos demais países.

01. Vimos que sim. Qualquer um pode comprar ou vender moedas,


desde que do outro lado da operação esteja uma instituição
autorizada pelo Bacen. Evidente que a legalidade da operação deve
ser observada.

GABARITO: CERTO

02. Correto. A taxa de câmbio mede o valor de uma moeda em


termos de outra moeda. Assim, os bens avaliados a preços
domésticos podem ter ser valor representado em outra moeda,
dede que aplicada a taxa de câmbio.

GABARITO: CERTO

E como este valor é estabelecido?

Podemos imaginar uma economia composta de compradores


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de moeda internacional (dólar, por exemplo) e vendedores da


mesma moeda. No caso de escassez de dólares, a referida moeda
aumenta de valor comparativamente ao real. No caso de excesso,
há desvalorização do dólar.

É a simples Lei da Oferta e Procura aplicada ao mercado de


moedas. Assim, se muitos procuram o Real, o preço do Real irá se
elevar. Se poucos o procuram, irá se desvalorizar.

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A única diferença é que uma moeda é cotada em outra.


Assim, se estabelece o valor do Real em termos de Dólar. Quando
há valorização do dólar, a taxa de câmbio desvaloriza. Ou seja, o
real perde valor frente ao dólar.

Atenção! apesar de parecer algo contraditório, é assim


mesmo que se estabelece a taxa de câmbio: valorização do dólar
resulta em desvalorização da taxa de câmbio, pois a moeda interna
perdeu valor frente à moeda internacional padrão.

Mas, porque faltam, ou sobram, dólares na economia


interna?

Simples!

As transações econômicas realizadas entre o Brasil e o resto


do mundo são realizadas, em sua grande maioria, em dólares.
Desta forma, o Brasil precisa de dólares para honrar com os
pagamentos devidos ao resto do mundo. A importação de
mercadorias realizada pelo País necessita ser paga em dólares, por
exemplo.

No entanto, o Brasil emite Reais, e não dólares. Desta forma,


necessita auferir rendimentos em dólares em suas transações
econômicas, como, por exemplo, nas exportações que realiza.

Quando o valor de recebimentos em dólares é inferior ao


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valor de pagamentos, há escassez de dólares, o mesmo se valoriza,


e a taxa de câmbio desvaloriza, no caso de regime de câmbio
flutuante.

As instituições financeiras realizam este intermédio entre


compradores e ofertantes de divisas. O importador, interessado em
realizar o pagamento dos bens que importou, se desloca à
instituição financeira e compra dólares, pagando na operação o
valor da taxa de câmbio.

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O mesmo acontece com o exportador. Como possui dólares,


mas precisa de reais (afinal, as operações internas são realizadas
em reais), se dirige à instituição financeira ofertando as divisas,
pelo que recebe a taxa de câmbio.

Desta forma, se determina o mercado de câmbio. Os


ofertantes (exportadores) oferecem divisas e os demandantes
(importadores) as compram. As instituições financeiras autorizadas
a operar no mercado intermediam as operações, e o Banco Central
regula este mercado.

Abaixo, o fluxograma resume as operações no mercado


cambial:

Importador Instituição de Câmbio Exportador


moeda interna

Internacionais
Oferta Divisas
e oferta moeda
Internacionais

e demanda
Demanda
interna

Divisas

Antes de continuar, que tal algumas questões?

03. (FCC - Escriturário (BB)/2011) No mercado de câmbio,


40890976813

estão autorizados a operar como agente

a) as associações de poupança e empréstimo.

b) as cooperativas de crédito.

c) as empresas de arrendamento mercantil.

d) as agências de fomento.

e) os bancos múltiplos.

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04. (FCC - Escriturário (BB)/2010) No mercado de câmbio no


Brasil são realizadas operações

a) no mercado à vista apenas por pessoa jurídica.

b) pelos agentes autorizados pelo Banco Central do Brasil.

c) dispensadas da regulamentação e fiscalização pelo Banco Central


do Brasil.

d) no segmento flutuante, relativas a importação e exportação de


mercadorias e serviços.

e) de troca de moeda nacional exclusivamente pelo dólar norte-


americano ou vice-versa.

03 - Adiante veremos as particularidades de cada instituição citada


acima.

No entanto, os bancos múltiplos são os únicos autorizados a operar


no mercado de câmbio, dentre as instituições citadas. Já citamos na
aula passada suas funções, e veremos a frente ainda mais. Mas,
sabemos que os bancos múltiplos podem operar com diversas
carteiras, como a de banco comercial, sociedade de crédito e banco
de investimento. Desta forma, podem também operar em
operações de câmbio. 40890976813

GABARITO: LETRA E

04 - Vamos ver as alternativas:

a) As operações no mercado à vista são feitas por pessoas jurídicas


e físicas. É só pensar no exemplo dos turistas que, quando viajam
ao exterior, necessitam de moeda externa para pagar suas
transações fora do país.

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b) Item correto! Como o Bacen supervisiona o mercado de câmbio,


as instituições que nele operam devem estar autorizadas pelo Bacen

c) Como já citado, o Bacen fiscaliza e supervisiona este mercado.

d) Como veremos adiante, as operações sao realizadas no regime


de câmbio flutuante, fixo e sujo, dependendo da escolha de política
cambial realizada pelo país.

e) As operações de câmbio são feitas entre moedas conversíveis.


Ou seja, troca-se reais por diversas outras moedas internacionais,
entre elas o dólar.

GABARITO: LETRA B

Antes de terminar o tópico, há ainda mais uma importante


observação.

Como já ressaltado no exemplo acima, o excesso/escassez


de divisa internacional frente à moeda doméstica determina o valor
do câmbio. Mas, isto ocorre apenas quando o câmbio é puramente
flexível, isto é, quando apenas as forças do mercado determinam o
valor da moeda.

Mas, existem outras maneiras de se estabelecer a taxa de


câmbio, como o regime fixo e o intermediário.

É o que veremos adiante. 40890976813

2.1. Taxa de Câmbio

 CÂMBIO F IXO

No regime de câmbio fixo, a Autoridade Monetária


(Bacen) se compromete a comprar e vender a moeda
internacional de referência (dólar) a um preço fixo
anunciado, considerado como o valor do câmbio.

Neste tipo de mercado, a oferta e a demanda de divisas é


realizada no mercado e intermediada pela Autoridade Monetária. O

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Banco Central compra as divisas internacionais ofertadas pelos


exportadores e poupadores e as oferta aos importadores e
devedores (investidores). Até aqui tudo tranquilo!

No regime de câmbio fixo, a Autoridade Monetária realiza


esta operação ao mesmo preço, trocando sempre moeda
nacional por internacional na mesma relação.

Vamos entender com um exemplo.

Em determinado período as exportações foram inferiores às


importações em R$ 1 mil.

Para manter a taxa de câmbio fixa, a Autoridade Monetária


deve ofertar no mercado de divisas esta quantidade que faltou para
“fechar a conta” . Imaginando que o câmbio apr esente cotação de 1
(1 dólar adquire 1 real), a Autoridade Monetária deve disponibilizar
US$ 1 mil para manter a cotação ao nível anunciado.

O que remete a algo importante. A manutenção de taxas


fixas de câmbio exige a atuação do Banco Central.

Ou seja, a taxa de câmbio não é determinada pelo mercado,


pois o Bacen intervém para manter a taxa ao nível determinado.

A taxa de câmbio fixo contém um problema muito sério. Se o


país começar a apresentar persistentemente demanda por moeda
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internacional maior que suas receitas em moeda internacional, o


Banco Central acaba ficando sem recursos para “fechar a conta”.

Ou seja, ela precisa liberar a taxa de câmbio para que as


livres forças de mercado a determinem.

 CÂMBIO F LEXÍVEL

O regime de câmbio flexível (ou flutuante) nada mais é


do que resultado da pura e simples oscilação da oferta e demanda
de divisas no mercado de câmbio. A Autoridade Monetária não

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desempenha qualquer papel, a não ser regular, registrar e


contabilizar as operações.

Como já citado várias vezes, exportadores e poupadores


ofertam as divisas internacionais, e importadores e devedores
(investidores) as demandam.

A determinação da taxa de câmbio está a cargo do mercado.

Com menos dólares em relação à moeda doméstica, o dólar


valoriza-se frente à moeda interna, ou seja, ocorre desvalorização
cambial. Do mesmo modo, o excesso de dólares frente à moeda
doméstica resulta em valorização da taxa do câmbio.

É a Lei da Oferta e Procura aplicada na prática. Que tal uma


questão?

05. (FCC - Escriturário (BB)/2011) No regime de câmbio


flutuante, o Banco Central do Brasil atua no mercado de
câmbio,

a) nele intervindo com o objetivo de evitar oscilações bruscas nas


cotações.

b) desvalorizando a taxa de câmbio com o objetivo de reduzir o


cupom cambial.

c) determinando a taxa de câmbio com o objetivo de incentivar as


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exportações.

d) fixando a taxa de câmbio com o objetivo de estimular captações


externas.

e) livremente, dentro da banda cambial por ele estabelecida e


divulgada.

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Esta questão foi colocada na Aula para demonstrar como as bancas


erram.

Como já citamos, no regime de câmbio flutuante o Bacen não atua,


pois a taxa de câmbio é determinada livremente pelo mercado. O
próprio nome sugere este tipo de comportamento.

Mas, surpreendentemente, nenhuma das alternativas contém este


conceito. Todas consideram a atuação do Banco Central no
mercado, inclusive a alternativa A, que foi considerada a correta.

A alternativa A estaria correta se a questão fizesse referência ao


câmbio sujo, que veremos adiante.

Portanto, relembrem do seguinte:

No regime de câmbio flutuante NÃO há intervenção da Autoridade


Monetária no mercado para determinar a taxa de câmbio, pois ela é
função da interação entre os agentes de mercados.

GABARITO: LETRA A (mas, nenhuma das alternativas está


correta).

É importante mencionar que as Bancas (principalmente o


CESPE) consideram que atualmente este é o regime de câmbio
adotado no Brasil.

Vejamos mais esta questão: 40890976813

06. CESPE - Escriturário (BB)/2007/3

O preço do dólar influencia a economia brasileira em geral e


o mercado de capitais em particular. Acerca do mercado de
câmbio e do mercado de capitais, julgue o item que se segue.

As taxas de câmbio praticadas no Brasil são definidas pelo BACEN

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Não! As taxas são definidas pelo mercado, o que configura a taxa


como flutuante. Se definida pelo Bacen, seria considerada fixa.

GABARITO: ERRADO

 CÂMBIO S UJO

Já analisamos os dois extremos: puramente flexível e


puramente fixo.

O regime de câmbio sujo é uma variação do regime de


câmbio flexível, ou seja, o regime é primordialmente flexível desde
que movimentos especulativos não comprometam a variação
“justa” do câmbio. Caso o câmbio se desvie deste valor justo, ou,
ao menos, justificável, a Autoridade Monetária intervém no mercado
para conter a volatilidade ou apreciação/depreciação.

Assim, quando o câmbio começar a variar muito, o Bacen


pode intervir no mercado para manter a estabilidade cambial.

2.2. Autorizados

Bom, é evidente que as instituições autorizadas a operar no


mercado de câmbio apresentam singular relevância.

Afinal, as operações no Brasil não podem ser praticadas


livremente pelos indivíduos e empresas sem a participação de
instituição autorizada pelo Bacen. 40890976813

Oficialmente, você não pode se dirigir ao seu colega (que


possui dólares) e comprar dele estas divisas. Obviamente que isto
pode ser feito mediante a vontade de ambos, no entanto estas
transações são chamadas de paralelas, ou seja, fora do mercado
oficial de câmbio.

A Resolução 3.568 de 2008 do Banco Central regulamenta o


mercado de câmbio no Brasil, afirmando que as pessoas físicas e
as pessoas jurídicas podem comprar e vender moeda

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estrangeira ou realizar transferências internacionais em


reais, de qualquer natureza, sem limitação de valor, sendo
contraparte na operação agente autorizado a operar no
mercado de câmbio.

A ideia do normativo é clara. Qualquer pessoa (jurídica e


física) pode comprar e vender moeda estrangeria ou realizar
transferências internacionais em reais, sem limite de valor, desde
que o faça com a intermediação de agente autorizado a operar no
mercado de câmbio.

Mas, quem são estes agentes autorizados? Adicionalmente,


que tipo de operações estão autorizados a realizar?

Vejamos:

 Bancos e a Caixa Econômica Federal  Todas as operações


do mercado de câmbio.

 Bancos de desenvolvimento e sociedades de crédito,


financiamento e investimento  Operações específicas
autorizadas pelo Banco Central do Brasil

 Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários,


sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários e
sociedades corretoras de câmbio  Operações de câmbio
com clientes para liquidação pronta de até
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US$100.000,00, ou valor equivalente em outras moedas;

 Agências de turismo: compra e venda de moeda estrangeira


em espécie, cheques e cheques de viagem relativos a
viagens internacionais

As instituições estão em preto e as transações marcadas em


azul.

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Os bancos e a CEF estão autorizados a realizar todas as


operações no mercado de câmbio.

Já os bancos de desenvolvimento, assim como as sociedades


de crédito, financiamento e investimento (financeiras) estão
autorizados a operar no mercado de câmbio em operações
específicas a serem autorizadas pelo BACEN.

As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários,


sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários e
sociedades corretoras de câmbio estão autorizadas a efetivar
operações por conta de seus clientes em até 100 mil dólares.

Por exemplo, digamos que uma sociedade corretora receba


uma ordem de compra de determinada ação no exterior. Desta
forma, ela mesma pode realizar a operação de câmbio, em até US$
100 mil, e liquidar a compra de seu cliente fora do país. Caso a
transação exceda este valor, a operação de câmbio deve ser
realizada em algum banco comercial ou múltiplo (os quais não
possuem limitação de valor).

Por fim, as agências de turismo estão também autorizadas a


realizar operações de câmbio. Podem comprar e vender moeda
estrangeira em espécie, cheques e cheques de viagem relativos a
viagens internacionais. Ou seja, as transações cambiais estão
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limitadas sua natureza social, que são as viagens internacionais.

Para ser autorizada a operar no mercado de câmbio, a


instituição financeira deve (i) indicar diretor responsável pelas
operações relacionadas ao mercado de câmbio e (ii) apresentar
projeto, indicando, no mínimo, os objetivos operacionais básicos.

Este ponto é autoexplicativo. Não obstante, o Banco Central


pode cassar, cancelar ou revogar as autorizações concedidas a

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estas instituições, o que nos permite concluir que as autorizações,


uma vez obtidas, não duram para sempre.

Por exemplo, caso a instituição autorizada não realize


operação de câmbio por período de 180 dias, a autorização pode ser
cassada.

Já sabendo da dinâmica do mercado e das instituições


autorizadas, resta saber das operações praticadas no mercado de
câmbio.

Vejamos as questões abaixo:

CESPE/BB/2009

As sociedades corretoras de câmbio podem ser constituídas


sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de
responsabilidade limitada. Na denominação social das
sociedades corretoras de câmbio, deve, obrigatoriamente,
constar a expressão Corretora de câmbio. Acerca das
corretoras de câmbio, julgue os itens a seguir.

07. As sociedades corretoras de câmbio têm por objeto social


exclusivamente a intermediação em operações de câmbio,
não contemplando, portanto, a prática de operações no
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mercado de câmbio de taxas flutuantes.

08. As sociedades corretoras de câmbio são supervisionadas


pela CVM.

09. FCC - Escriturário (BB)/2006

NÃO se refere a uma competência do Banco Central do


Brasil:

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a) exercer a fiscalização das instituições financeiras.

b) executar os serviços do meio circulante.

c) emitir moeda-papel e moeda metálica.

d) receber os recolhimentos compulsórios.

e) fixar as diretrizes e normas da política cambial.

07. Esta questão está um pouco desatualizada, mas é importante


observamos algumas de suas características.

Até 2005 havia dois mercados de câmbio no País: Mercado de


Câmbio de Taxas Flutuantes e o Mercado de Câmbio de Taxas Livres

As sociedades de câmbio, ou seja, aquelas autorizadas a operar no


mercado de câmbio podiam operar nos dois mercados, o que
caracteriza esta questão como errada.

Mas, é interessante fazer um paralelo com os dias atuais, pois as


sociedades autorizadas a operar no mercado de câmbio realizam,
em sua maioria, operações por contra própria e, não somente,
intermediam operações de câmbio. As exceções estão elencadas
acima.

GABARITO: ERRADO
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08. Questão muito simples.

O BACEN é o órgão supervisor do mercado de câmbio, pelo que


supervisiona as sociedades autorizadas a operar no mercado de
câmbio

GABARITO: ERRADO

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09. Esta questão está no tópico sobre mercado de câmbio de


propósito.

Apesar do BACEN operar no mercado de câmbio, seja no modelo de


câmbio fixo, ou no de câmbio sujo, fixar as diretrizes e normas da
política cambial compete ao CMN.

GABARITO: LETRA E

2.3. Principais Operações

Basicamente há três principais maneiras de se operar com


câmbio, de acordo com a natureza da operação, que reflete o
ponto de vista da instituição autorizada a operar no mercado
cambial:

 Compra: Acontece quando a instituição compra moeda


internacional em troca de moeda nacional. Quando você se
dirige a um banco e deseja trocar seus dólares por reais, você
realiza uma operação de compra.

Apesar de parecer um contrassenso (afinal, você está


comprando reais em troca de dólares), a denominação da troca
é originada pelo ponto de vista da instituição cambial, que
compra moeda internacional em troca de reais.

As operações de compra são típicas quando ocorre exportação.


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O exportador recebe em moeda internacional e se dirige a uma


instituição autorizada para troca-las por moeda doméstica. Isto
é, o banco compra moeda externa em troca de moeda interna.

 Venda: Aqui ocorre o contrário. A instituição vende divisa


internacional e recebe em troca moeda doméstica. É o que
acontece quando você, por exemplo, viaja ao exterior.
Precisando de moeda internacional se dirige ao banco,
oferecendo reais em troca de dólares. A instituição autorizada te
vende moeda externa em troca de moeda interna.

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 Arbitragem: A operação de arbitragem não envolve, em


nenhuma das pontas da negociação, moeda doméstica.
Acontece quando uma instituição autorizada troca uma moeda
internacional por outra moeda também internacional. Por
exemplo, quando ocorre a troca de dólares por euros.

Como já oportunamente (e exaustivamente) citado, as


trocas cambiais são derivadas principalmente das exportações,
importações e transações financeiras.

Desta forma, o exportador, ao receber em dólares, precisa


de reais para realizar suas transações no mercado interno. Assim,
dirige-se ao banco e realiza uma operação de compra. O
importador, realiza o procedimento inverso: necessitando de
dólares para pagar suas compras internacionais, dirige-se ao banco
e realiza uma operação de venda, pois o banco vende a ele as
divisas necessárias.

O mesmo acontece com operações financeiras. Digamos, por


exemplo, que determinado investidor internacional deseja comprar
ações de empresas brasileiras negociadas na Bolsa de Valores de
São Paulo (BM&FBOVESPA). Ele necessita trocar seus dólares por
reais, realizando uma operação de compra na instituição nacional
autorizada. Afinal, no Brasil não se pode liquidar transações em
40890976813

dólares, mas tão somente em reais.

É evidente que nem todas as transações cambiais são


liquidadas em espécie. Ou seja, nem sempre a troca entre uma
moeda e outra é feita através da efetiva troca entre as moedas.

Desta forma, é possível classificar as trocas da maneira


como são feitas, conforme segue abaixo:

 Câmbio Manual: É a operação que envolve a compra e venda


de moedas em espécie, ou seja, quando a troca se efetua com

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moedas metálicas e/ou cédulas de dinheiro doméstico e de


outros países.

Quando o turista se dirige à casa de câmbio necessitando de


dólares em espécie, realiza uma operação de câmbio manual.
Mais precisamente, uma operação de venda de câmbio manual
(pois a casa de câmbio está vendendo moeda internacional a
ele).

 Câmbio Sacado: É a operação que envolve documentos e/ou


títulos representativos de moeda. Neste tipo de operação se
envolve a movimentação de conta bancária representativa de
moeda, ou mesmo de um título que represente um direito/dever
valorizado em moeda internacional.

Por exemplo, digamos que um exportador realize uma venda ao


exterior no valor de US$ 10 milhões. Evidentemente que ele não
irá ao banco sacar todo este volume de dinheiro. Por isso, o
exportador pode se dirigir ao banco com o contrato de venda
que possui e aquele valor a receber que possui em dólares será
creditado em sua conta em reais. O banco se encarrega de fazer
a cobrança do valor no comprador no exterior, assim como o
câmbio entre as moedas.

Como visto, não há a troca de cédulas, mas sim crédito em


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conta.

Estes conhecimentos são suficientes para adentramos nas


operações de câmbio em si.

Abaixo, seguem as modalidades das operações de câmbio:

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Operações Manuais

Já citamos a definição das operações manuais de câmbio. No


entanto, ficou faltando (propositalmente) citar quais transações são
feitas com o câmbio manual.

Em geral são realizadas através da troca de moeda


doméstica por dólar turismo ou através da troca de moeda
doméstica por traveller checks.

A troca de moeda doméstica por dólar turismo é


autoexplicativa. O interessado em viajar ao exterior se dirige à
instituição autorizada a operar com câmbio e adquire o dólar
turismo, em troca do valor correspondente em reais.

A cotação dólar turismo é diferente do câmbio comercial


(dólar comercial) para permitir o ganho da sociedade de câmbio. Ou
seja, a instituição pode adquirir dólar na cotação comercial
(pagando mais barato) e vendê-lo na cotação turismo, que é mais
cara. Esta diferença origina o ganho da instituição.

Os traveller checks constituem outra importante forma de


operação manual de câmbio. Chamados, em português, de cheques
de viagem, correspondem a um saldo depositado em moeda
estrangeira.
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Ou seja, caso o adquirente prefira levar os cheques de


viagem (que também assumem a forma de cartão magnético),
podem depositar o valor correspondente em determinada conta e
sacar estes valores no exterior.

O cartão magnético, forma mais recente de traveller checks,


pode ser creditado no Brasil em moeda internacional (por exemplo,
em dólares) e, na medida em que o adquirente efetua suas compras
no exterior, o saldo vai sendo debitado do cartão.

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Mesmo os débitos efetuados em país que não utiliza o dólar


como moeda corrente podem ser feitos com cartões com créditos
em dólar. No momento da compra é feito o câmbio entre o dólar e a
moeda loca.

É muito semelhante a um celular pré-pago, cujo saldo é


creditado para que as ligações possam ser efetuadas
posteriormente.

Operações de remessa

As operações de remessa são realizadas através de ordens


(como as feitas pela internet), em que o banco nacional vende
divisas internacionais a outro banco situado no exterior.

Desta forma, caso você queria transferir, digamos, US$ 1 mil


a um parente no exterior, pode se dirigir ao banco que possui
conta.

O banco debita de sua conta o valor correspondente em reais


mais as taxas incidentes na operação e envia estes valores ao
banco de destino situado no exterior, onde seu familiar pode sacá-
lo.

As remessas adquiriram singular importância a partir da


autorização concedida pelo CMN para remessas de pequeno valor
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(até US$ 3 mil, ou equivalente em outra moeda) que podem ser


realizadas em correspondentes bancários (agências do correio/casas
lotéricas). O mesmo vale para as agências de turismo, hotéis,
pousadas e afins.

Estas remessas podem ser feitas, por exemplo, com a


finalidade de remeter valores ao exterior entre pessoas físicas. É o
caso do filho que trabalha fora do país e envia valores a sua família
mensalmente.

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Ele pode converter seus valores em Reais já no exterior e


remetê-los para o Brasil. Assim, não se faz necessária a conversão
cambial no Brasil, pois ela já foi feita no exterior.

O mesmo acontece com pessoas jurídicas que precisam fazer


remessas do exterior ao Brasil. Imagine o caso do exportador, que
recebe em dólares em outro país. Ele pode fazer a conversão lá fora
e trazer seus recursos já em Reais ao Brasil.

Adicionalmente, há a possibilidade de realização de remessas


do exterior ao Brasil

Apenas um comentário. Aqui há a movimentação de valores


em contas correntes, pelo que a operação é considerada de câmbio
sacado.

Contrato de Câmbio

O objetivo principal do contrato de câmbio é a compra e


venda de moeda estrangeira, cuja entrega da moeda
corresponde à liquidação do contrato.

O contrato de câmbio é um importante instrumento na


realização de importações e exportações. Através do contrato de
câmbio se estabelecem as características e as condições sob as
quais se realiza a operação de câmbio entre o vendedor e o
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comprador de divisas nas operações comerciais internacionais.

Vamos usar o exemplo do exportador.

O exportador realiza uma venda de bens a outra pessoa


situada no exterior e pactua a negociação através de um contrato
mercantil, no qual há as condições da venda, entrega do produto e
recebimento.

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Ele pode converter seus valores em Reais já no exterior e


remetê-los para o Brasil. Assim, não se faz necessária a conversão
cambial no Brasil, pois ela já foi feita no exterior.

O mesmo acontece com pessoas jurídicas que precisam fazer


remessas do exterior ao Brasil. Imagine o caso do exportador, que
recebe em dólares em outro país. Ele pode fazer a conversão lá fora
e trazer seus recursos já em Reais ao Brasil.

Adicionalmente, há a possibilidade de realização de remessas


do exterior ao Brasil

Apenas um comentário. Aqui há a movimentação de valores


em contas correntes, pelo que a operação é considerada de câmbio
sacado.

Contrato de Câmbio

O objetivo principal do contrato de câmbio é a compra e


venda de moeda estrangeira, cuja entrega da moeda
corresponde à liquidação do contrato.

O contrato de câmbio é um importante instrumento na


realização de importações e exportações. Através do contrato de
câmbio se estabelecem as características e as condições sob as
quais se realiza a operação de câmbio entre o vendedor e o
40890976813

comprador de divisas nas operações comerciais internacionais.

Vamos usar o exemplo do exportador.

O exportador realiza uma venda de bens a outra pessoa


situada no exterior e pactua a negociação através de um contrato
mercantil, no qual há as condições da venda, entrega do produto e
recebimento.

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Bom, como a venda foi feita ao exterior, ela foi cotada em


moeda internacional. Geralmente, como em todos os exemplos da
aula, a venda é cotada em dólares norte-americanos (US$).

No entanto, o exportador não pode transitar com dólares no


Brasil. Também não é viável que ele vá pessoalmente ao exterior
receber o valor da venda e o traga ao Brasil para realizar o câmbio.

Desta forma, ele pode se dirigir ao banco e apresentar o


contrato de venda que pactuou. Com base nas condições deste
contrato ele firma um contrato de câmbio com a instituição
financeira, no qual esta compra os dólares que ele recebeu em troca
de reais.

O valor pago pelo comprador, situado no exterior, é


depositado em outro banco, o qual transfere os valores ao banco
brasileiro.

Desta forma, os valores transitam através de instituições


financeiras intermediárias e o exportador recebe através do banco
situado no Brasil, e não do importador.

Nos contratos de câmbio, o exportador pode realizar a


chamada contratação prévia total do câmbio. Isto é, antes
mesmo do embarque da mercadoria que vendeu ao exterior, ele
fecha a cotação cambial e, quase sempre, recebe os valores
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antecipados. Obviamente que, além do serviço de intermediação e


realização do câmbio, a instituição financeira irá cobrar uma taxa de
juros relativa ao desconto do título.

É possível afirmar que, além do contrato de câmbio, há outro


contrato de crédito implícito na operação. A instituição ganhou pelos
dois contratos.

O CESPE já cobrou este conceito:

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10. CESPE - Escriturário (BB)/2008

Bancos de câmbio são instituições financeiras autorizadas a


realizar, sem restrições, operações de câmbio e operações de
crédito vinculadas às de câmbio. Com relação aos bancos de
câmbio, julgue o item que se segue.

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10. Financiamentos à exportação e à importação e adiantamentos


sobre contratos de câmbio são exemplos de operações de câmbio
e/ou operações de crédito vinculadas às operações de câmbio.

Como visto, é possível existir uma operação de crédito ligada à


operação de câmbio. Quando o exportador efetua a contratação
prévia total do câmbio, por exemplo, ele pode adiantar os valores
da venda para financiar a produção do bem a ser exportado.

GABARITO: CERTO

Do mesmo modo, ele pode realizar a contratação parcial


prévia do contrato, ou mesmo a contratação posterior (total
ou parcial) do contrato. Na primeira, recebe apenas parte da
venda antecipadamente. Na segunda, recebe total ou parcialmente
os valores do contrato de exportação posteriormente ao embarque
da mercadoria. Abaixo, questões sobre o tema:

11. FCC - Escriturário (BB)/2006

O contrato de câmbio

a) é um ato unilateral e não oneroso.

b) tem por objetivo a compra ou a venda de moeda


estrangeira.

c) implica a entrega de moeda estrangeira ao exportador.


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d) não tem prazo limite para sua liquidação.

e) implica a concessão de bonificações ao importador.

12. FCC - Escriturário (BB)/2006/1

A contratação do câmbio de exportação

a) deve ser feita obrigatoriamente após o embarque da


mercadoria para o exterior.

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b) fixa o valor da taxa de câmbio para esse contrato.

c) pode ser feita antes do embarque da mercadoria para o


exterior, mas somente de forma parcial.

d) deve ser feita obrigatoriamente antes do embarque da


mercadoria para o exterior, de forma a possibilitar ao
exportador obter financiamento com base no contrato.

e) equivale a uma compra e venda mercantil efetuada entre


o banco e a empresa exportadora.

11. Questão bem direta.

O contrato de câmbio tem por objeto a compra ou venda de moeda


estrangeiro. O exportador entrega a moeda internacional e o
importador a demanda. Evidente que o contrato de câmbio tem
prazo, pois o valor da cotação cambial é variável.

GABARITO: LETRA B

12. Questão direta.

O principal objetivo do contrato de câmbio é fixar o valor da taxa de


câmbio contratada para a operação.

GABARITO: LETRA B
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2.4. SISCOMEX

Por fim, temos que entender o que é o SISCOMEX.

O Sistema Integrado de Comércio Exterior é a sistemática


administrativa do comércio exterior brasileiro que integra as
atividades afins do Departamento de Comércio Exterior
(DECEX), da Secretaria da Receita Federal (SRF) e do Banco
Central no registro, acompanhamento e controle das

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diferentes etapas das operações de exportação e


importação.

O conceito é muito simples e valioso. Quando realizada uma


operação de comércio exterior (exportação/importação) há
diferentes procedimentos burocráticos a serem realizados.

Por exemplo, há a necessidade de desembaraço aduaneiro


pela SRF, pois sobre os bens transacionados incidem taxas e
impostos. Há a necessidade de realização de uma operação
cambial, convertendo moeda internacional em doméstica, ou o
inverso – tal operação é autorizada pelo BACEN.

Bom, seria ótimo se tão somente 1 documento validasse


todas estas operações, não é? Pois bem, é exatamente isto que
ocorre no SISCOMEX.

Através dos registros eletrônicos que realiza, permite


desburocratizar, reduzir custos e elevar a eficiência com a emissão
de tão somente 1 documento que certifica todos os processos
necessários para se exportar/importar. O documento de exportação
é chamado de Registro de Exportação - RE; o de importação, de
Declaração de Importação – DI.

O grande atrativo do SISCOMEX é “ligar” todos os


envolvidos, como bancos que realizam câmbio, a Receita Federal,
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que certifica o pagamento de tributos incidentes, entre outros.

Estão autorizados a operar no SISCOMEX:

 Agências do BB que operam comércio exterior

 Agências de bancos que operam em câmbio

 Sociedades de Câmbio

 Despachantes Aduaneiros

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 Estabelecimento do Exportador/Importador, observadas as


limitações colocadas

 Salas de contribuintes da SRF.

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3. MERCADO DE CAPITAIS

O mercado de capitais é o ambiente em que ocorrem as


operações de financiamento de médio/longo prazos da
economia.

As relevantes características que o distingue dos demais


mercados, além da vital importância que exerce na economia (e na
prova), exige detalhes mais aprofundados sobre as instituições que
dele participam, as principais operações e valores mobiliários
negociados e os ambientes de execução.

Portanto, iremos comentar os seguintes temas: Instituições


do Mercado de Capitais (CVM, Bolsas de Valores, Mercados de
Balcão, Sociedades Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores
Mobiliários, Companhias Abertas, Fundos de Investimentos e CETIP
S.A.), Principais Valores Mobiliários (Ações, Opções sobre
Ações, Debêntures, Depositary Receipts) e os Mercados de
Negociação (Mercado Primário e Secundário, Mercado à Vista e
Futuro).

Como o assunto é de extrema relevância, cabe citar


novamente algumas instituições, como a CVM, Bolsas de Valores
etc.

É bastante assunto. 40890976813

Portanto, mãos à obra.

3.1. Instituições do Mercado de Capitais

3.1.1. CVM

É a CVM a entidade supervisora do mercado de capitais.


Dada sua relevância no sistema financeiro nacional já foi
apresentada em momento anterior.

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Mas, nunca é demais relembrar 1.

A Comissão de Valores Mobiliários é administrada por um


Diretor Presidente e quatro Diretores, os quais formam o Colegiado
da instituição. Possuem mandato de 5 anos e são indicados pelo
Presidente da República e aprovados (ou não) em sabatina pelo
Senado Federal.

A CMV é uma Autarquia Especial, ligada ao Ministério da


Fazenda.

Para os fins do nosso concurso, este fato significa que a CVM


possui autonomia administrativa e financeira, exerce
atividade de governo de forma descentralizada, é fiscalizada
pelo Ministério da Fazenda, mas não trabalha de forma
subordinada.

Explicando:

 Autonomia Financeira e Administrativa: - A CVM também


obtém recursos a partir de suas funções, ou seja, a partir de
taxas cobradas das instituições supervisionadas, dentro outros
recursos derivados, como multas. Há que se ressaltar que a
CVM também beneficiada pelo orçamento federal, ou seja, pelos
recursos orçamentários.

 Atividade Descentralizada – Pertence à administração


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indireta, ou seja, exerce as funções pelas quais foi criada com


personalidade jurídica própria, podendo contrair direitos e
obrigações independentemente de autorização do Governo
Central (União Federal).

 Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda – O


Ministério da Fazenda (MF), órgão da administração direta,
exerce a tutela sobre a CVM. Ou seja, o MF pode fiscalizar os

1
O aluno que compreendeu por completo este tema pode passar à próxima sessão
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atos da CVM e sobre eles exercer certa coordenação, a fim de


compatibilizá-los com os programas do Governo Federal.

Um bom exemplo desta forma de atuação é o exercício dos


Diretores da CVM. São indicados pelo Presidente da República,
mas não podem ser por ele exonerados ou afastados do cargo.
Os dirigentes da Comissão somente perderão o mandato em
virtude de renúncia, de condenação judicial transitada em
julgado ou de processo administrativo disciplinar.

Desta forma, mesmo que a administração direta exerça


fiscalização sobre a CVM, não significa que a CVM está
subordinada ao Ministério da Fazenda.

Bom, já sabemos como a CVM está organizada.

Agora, é necessário entender quais suas atuações e funções.


Como já citado, a CVM é entidade supervisora do SFN e, desta
maneira, exerce supervisão sobre certas entidades, que são
basicamente instituições participantes do mercado de capitais:
bolsa de valores, corretoras de valores mobiliários, agentes
autônomos de investimentos etc.

Assim como o BACEN possui diversas funções, a CVM atua


de muitas maneiras. Mas aqui é um pouco mais simples, pois a
atuação da CVM está intrinsecamente relacionada ao mercado de
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capitais e seus participantes.

Memorizem esta regra: se a questão abordar tema


relacionado ao mercado de capitais, ou a seus participantes,
provavelmente estará fazendo referência à CVM.

A seguir seguem as principais funções da CVM com as


devidas explicações:

i. Regulamentar, com observância da política definida pelo


Conselho Monetário Nacional, as matérias expressamente

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previstas na Lei 6.404/76 – Mais uma vez, o CMN fornece as


diretrizes gerais e a entidade supervisora (CVM) atende a estas
normas. Neste caso, a CVM deve regulamentar as matérias
expressas na Lei de Sociedade por Ações (Lei 6.404/76). Não
precisamos entrar em detalhes sobre a Lei, mas é preciso saber
que a CVM também regula as empresas organizadas por ações
(empresas S.A.).

ii. Administrar os registros instituídos por esta Lei – Para se


tornar uma empresa S.A., a companhia precisa se registrar na
CVM. Ademais, caso ela pretenda emitir algum valor mobiliário
(como ações em bolsa de valores, debêntures, entre outros
títulos), deve também registrar a emissão na CVM.

iii. Fiscalizar permanentemente as atividades e os serviços


do mercado de valores mobiliários, bem como a
veiculação de informações relativas ao mercado, às
pessoas que dele participem, e aos valores nele
negociados – É a função de fiscalização da CVM propriamente
dita. Ou seja, a Comissão deve fiscalizar as atividades, serviços
e informações dos participantes do mercado de capitais.

iv. Propor ao Conselho Monetário Nacional a eventual fixação


de limites máximos de preço, comissões, emolumentos e
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quaisquer outras vantagens cobradas pelos


intermediários do mercado – Assim como o Banco Central
pode propor limites à cobrança de taxas nos mercado de crédito,
cambial e monetário, a CVM faz o mesmo no mercado de
capitais.

v. Fiscalizar e inspecionar as companhias abertas dada


prioridade às que não apresentem lucro em balanço ou às
que deixem de pagar o dividendo mínimo obrigatório – As
empresas por ações possuem acionistas pulverizados. Ou seja,

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as pessoas interessadas podem comprar ações das empresas,


mesmo não conhecendo o dono ou os administradores. Isto é
feito através de plataforma específica, como a Bolsa de Valores.
Naturalmente, os acionistas estão interessados na remuneração
que podem usufruir sendo parte da empresa. Esta remuneração
é geralmente traduzida como dividendo, que é a distribuição do
lucro da empresa por acionista. A CVM deve dar prioridade à
fiscalização das empresas que deixem de pagar o dividendo
mínimo obrigatório. Não obstante, as demais companhias
abertas também são fiscalizadas.

Há muitas questões sobre o assunto. Vejamos algumas:

CESPE/BB/2009

A CVM, autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda,


instituída pela Lei n.º 6.385/1976, é um órgão normativo do
SFN voltado para o desenvolvimento, a disciplina e a
fiscalização do mercado mobiliário. É correto afirmar que a
CVM

13. Exerce a função de assegurar a observância de práticas


comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários e a
de estimular a formação de poupança e sua aplicação em
valores mobiliários. 40890976813

14. É o órgão do SFN que se responsabiliza pela fiscalização


das operações de câmbio e dos consórcios.

15. Tem como um de seus objetivos assegurar o acesso do


público às informações acerca dos valores mobiliários
negociados, assim como às companhias que os tenham
emitido.

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16. FCC - Escriturário (BB)/2006

O mercado de capitais pode atuar positivamente para o


crescimento econômico. Para que esse mercado cumpra seu
papel, dentre as condições necessárias, é correto mencionar:

a) assegurar a observância de práticas comerciais


equitativas no mercado de valores mobiliários, o que
constitui uma função da Comissão de Valores Mobiliários.

b) fiscalizar e inspecionar as companhias abertas, o que


constitui uma função do Banco Central do Brasil.

c) fiscalizar permanentemente as atividades e os serviços do


mercado de valores mobiliários, o que constitui uma função
da Superintendência de Seguros Privados.

d) apurar e punir condutas fraudulentas no mercado de


valores mobiliários, o que constitui uma função do Tesouro
Nacional.

e) prevenir ou corrigir situações anormais do mercado,


inclusive com a suspensão da negociação de determinado
valor mobiliário, o que constitui função do Conselho
Monetário Nacional.

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17. FCC - Escriturário (BB)/2006/3

A Comissão de Valores Mobiliários procura atuar de várias


formas para atingir seus objetivos, enquanto reguladora do
mercado de capitais. Uma dessas formas de atuação se dá
com

a) o julgamento de valor quanto às informações divulgadas


pelas companhias no mercado de seguros.

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b) a fiscalização de todas as operações realizadas pelos


bancos comerciais.

c) a autorização para funcionamento dos bancos de


investimento.

d) a indução de comportamento, autorregulação e


autodisciplina.

e) a transferência, para o Banco Central, da fiscalização


sobre as empresas e os investidores que participam do
mercado de capitais.

13. Questão perfeita.

Uma das principais características da CVM é contribuir à eficiência


do mercado de capitais. As práticas equitativas, que possibilitem a
todos participantes negociarem com as mesmas condições (sem,
por exemplo, deter informações privilegiadas) é uma das maneiras
de garantir a eficiência de mercado.

O estímulo à formação de poupança e aplicação em valores


mobiliários é também função da autarquia. Para isto, a CVM
desempenha atividades educativas, entre outras.

GABARITO: CERTO 40890976813

14. Certamente, questão incorreta.

Câmbio é responsabilidade do BACEN.

GABARITO: ERRADO

15. Acabamos de ver que cumpre à CVM fiscalizar


permanentemente as atividades e os serviços do mercado de

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valores mobiliários, bem como a veiculação de informações


relativas ao mercado, às pessoas que dele participem, e aos
valores nele negociados.

GABARITO: CERTO

16. Questão complementar ao tema muito interessante.

Quanto mais eficiente o mercado de capitais, maior a possibilidade


de financiar investimentos de longo prazo e, assim, possibilitar mais
desenvolvimento.

Para tanto, é imprescindível a adoção de práticas comerciais


equitativas, ou seja, que todos possam transacionar ativos com as
mesmas condições. Garantir esta característica é função da CVM,
pois ela fiscaliza o mercado de capitais e seus participantes.

GABARITO: LETRA A

17. Questão complementar sobre a CVM.

Como bem sabemos, ela é a entidade supervisora do mercado de


capitais. Mas, isso não significa que ela não pode induzir que outras
entidades, sobretudo as que administram mercados organizados
(como as bolsas de valores) a adotarem medidas que
regulamentem seus próprios ambientes de negociação.
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Esta prática, chamada de autorregulação, está explicita na Letra D

GABARITO: LETRA D

3.1.2. Bolsas de Valores

As bolsas de valores são entidades que pretendem


fornecer um local adequado para a realização de negócios
com títulos e valores mobiliários.

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Mais adiante trataremos da definição de valores mobiliários.


Em suma, são títulos financeiros que conferem direitos de
propriedade e/ou de crédito a seus investidores. Assim, o
adquirente de um valor mobiliário tem o direito de receber
determinado valor em certa data (direito de crédito) e/ou o direito
de ganhar a posse de determinado ativo, como a participação
acionária em empresas (direito de propriedade).

Mas, imagine o quanto difícil e custoso seria encontrar os


interessados em adquirir estes títulos e valores mobiliários?

É para isto que servem as bolsas de valores. Elas conferem


organização, controle e sistemas propícios para o encontro entre
compradores e vendedores. Ademais, propiciam formação eficiente
de preços, transparência e divulgação das informações pertinentes
aos negócios, além de segurança na liquidez e compensação das
operações.

Ufa! Quanta coisa!

É isto mesmo. As bolsas de valores possuem muitas funções,


quase todas pertinentes à realização mais ordeira de negócios com
títulos e valores mobiliários e, por isto, é muito importante para o
mercado de capitais e para a economia do País.

Nos tópicos seguintes 40890976813


veremos também que existem
mercados de balcão, cujas funções são muito parecidas com as das
bolsas de valores. As diferenças entre eles são bem sutis.

Se concentrando nos mercados de bolsa, devemos


compreender que, para ser considerada bolsa de valores, a
instituição deve:

 funcionar regularmente como sistema centralizado e


multilateral de negociação que possibilite o encontro e a

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interação de ofertas de compra e de venda de valores


mobiliários;

 ou permitir a execução de negócios tendo como contraparte


formador de mercado que assuma a obrigação de colocar
ofertas firmes de compra e de venda, respeitadas as
condições estabelecidas na norma.

Entendem-se como sistemas centralizados e multilaterais de


negociação aqueles em que todas as ofertas relativas a um mesmo
valor mobiliário são direcionadas a um mesmo canal de negociação,
ficando expostas a aceitação e concorrência por todas as partes
autorizadas a negociar no sistema.

Nos ambientes de bolsa, todas as informações sobre os


negócios, como os preços, as quantidades e horários, entre outras,
devem ser publicadas continuamente, com no máximo 15 minutos
de atraso. As entidades administradoras de mercados de bolsa
devem manter sistemas de controle de riscos e, especialmente,
manter mecanismo de ressarcimento de prejuízos, para assegurar
aos investidores o ressarcimento de prejuízos decorrentes de erros
ou omissões das instituições intermediadoras ou seus
administradores e empregados.

E as bolsas de valores devem ser administradas por entidade


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específica para isto, autorizada pela CVM.

Atualmente no Brasil existe apenas a Bolsa de Valores de


São Paulo (BM&FBOVESPA). Cumpre citar que a legislação nacional
permite a existência demais bolsas de valores, mesmo que, no
momento, exista tão somente uma em funcionamento.

3.1.3. Mercados de Balcão

Como já salientado, as diferenças entre mercados de balcão


e bolsas de valores são mínimas. Em geral, o mercado de balcão é

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Financeiro – Banco do Brasil
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definido de maneira residual, ou seja, retiram-se algumas das


características das bolsas de valores e se chega à definição de
mercado de balcão.

Desta feita, o mercado de balcão é compreendido como


aquele em que as entidades ou instituições autorizadas a nele
operar estabelecem relações negociais diretamente entre si,
executando as operações de interesse, ou mesmo fazendo
meramente o seu registro após a transação ter sido fechada entre
as partes.

Também nessa visão tradicional, tal ambiente é


normalmente percebido como uma organização menos formal de
redes de relações de negociação em torno de alguns participantes e
sem um local específico (como os antigos pregões de viva voz dos
mercados de bolsa) para a realização das negociações, muitas
vezes fechadas por telefone ou mensagem eletrônica entre as
partes, sendo apenas registradas junto à entidade administradora.

A Instrução CVM 461/07, atualmente em vigor, procura


esclarecer as definições dos mercados regulamentados de valores
mobiliários, assim compreendidos os mercados de bolsa, de balcão
organizado e de balcão não organizado.

Neste sentido, a regulamentação da CVM estabelece que o


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mercado de balcão organizado poderá operar por uma ou mais das


seguintes formas:

I. como sistema centralizado e multilateral de negociação, que


possibilite o encontro e a interação de ofertas de compra e de
venda de valores mobiliários; ou
II. por meio da execução de negócios, sujeitos ou não à
interferência de outras pessoas autorizadas a operar no
mercado, tendo como contraparte formador de mercado que

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assuma a obrigação de colocar ofertas firmes de compra e de


venda; ou
III. por meio do registro de operações previamente realizadas.

Objetivamente, o mercado de balcão organizado, para assim


se caracterizar, deve apresentar alguma das características acima
apresentadas.

Deve possuir sistema centralizado e multilateral de


negociação. Entendem-se como sistemas centralizados e
multilaterais de negociação aqueles em que todas as ofertas
relativas a um mesmo valor mobiliário são direcionadas a um
mesmo canal de negociação, ficando expostas à aceitação e
concorrência por todas as partes autorizadas a negociar no sistema.
É evidente que a intenção da norma é fomentar a concorrência
entre as ordens, de modo a prevalecer a formação eficiente de
preços.

No entanto, é muito comum nos mercados de balcão


organizado o sistema de registro de operações previamente
realizadas. Ou seja, é possível que o negócio com o ativo tenha sido
realizado previamente, de acordo com o entendimento estabelecido
pelas partes, e apenas registrado no mercado de balcão organizado.

Fazendo uma comparação, é como se este mercado tivesse


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uma função “cartorária”.

Nesse mercado, a negociação ou o registro das operações


pode ocorrer sem a participação direta de integrante do sistema de
distribuição, desde que a liquidação da operação seja assegurada
contratualmente pela entidade administradora do mercado de
balcão organizado ou que seja realizada diretamente entre as
partes.

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definido de maneira residual, ou seja, retiram-se algumas das


características das bolsas de valores e se chega à definição de
mercado de balcão.

Desta feita, o mercado de balcão é compreendido como


aquele em que as entidades ou instituições autorizadas a nele
operar estabelecem relações negociais diretamente entre si,
executando as operações de interesse, ou mesmo fazendo
meramente o seu registro após a transação ter sido fechada entre
as partes.

Também nessa visão tradicional, tal ambiente é


normalmente percebido como uma organização menos formal de
redes de relações de negociação em torno de alguns participantes e
sem um local específico (como os antigos pregões de viva voz dos
mercados de bolsa) para a realização das negociações, muitas
vezes fechadas por telefone ou mensagem eletrônica entre as
partes, sendo apenas registradas junto à entidade administradora.

A Instrução CVM 461/07, atualmente em vigor, procura


esclarecer as definições dos mercados regulamentados de valores
mobiliários, assim compreendidos os mercados de bolsa, de balcão
organizado e de balcão não organizado.

Neste sentido, a regulamentação da CVM estabelece que o


40890976813

mercado de balcão organizado poderá operar por uma ou mais das


seguintes formas:

I. como sistema centralizado e multilateral de negociação, que


possibilite o encontro e a interação de ofertas de compra e de
venda de valores mobiliários; ou
II. por meio da execução de negócios, sujeitos ou não à
interferência de outras pessoas autorizadas a operar no
mercado, tendo como contraparte formador de mercado que

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Além disso, nos mercados de balcão organizado, as


informações sobre os negócios, como os preços, as quantidades e
os horários podem ser diferidas, não sendo obrigatória a divulgação
contínua, dependendo das características do mercado

3.1.4. CETIP S.A.

A Cetip S.A. – Mercados Organizados é uma empresa


de serviços financeiros na qual a função de entidade
administradora de mercado de balcão organizado é a
principal atividade. Está dividida em duas unidades de negócios:
Títulos e Valores Mobiliários e Financiamentos.

Utilizam os serviços da Cetip: fundos de investimento;


bancos comerciais, múltiplos e de investimento; corretoras e
distribuidoras; financeiras; consórcios; empresas de leasing e
crédito imobiliário; cooperativas de crédito e investidores
estrangeiros; além de empresas não financeiras, tais como
fundações e seguradoras.

No segmento de financiamentos, a empresa oferece serviço


de entrega eletrônica das informações necessárias para o registro
de contratos e anotação dos gravames pelos órgãos de trânsito.
Opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), que centraliza as
informações de restrições financeiras incidentes sobre veículos,
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fornecendo dados para bancos usuários do sistema.

Em resumo, a CETIP, além de administradora de


mercados de balcão, é uma entidade que realiza serviços
financeiros de liquidação financeira e compensação de ativos. Ou
seja, confere mais garantia, transparência e liquidez nas transações
com ativos privados ao garantir o pagamento da transação e a
custódia dos ativos em lugar adequado.

E está é novidade deste tópico.

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A CETIP pode administrar mercados de balcão e, desta


forma, conferir mais solidez às negociações de títulos privados.

Em resumo são negociados os seguintes ativos em sua


plataforma:

 Títulos privados de renda fixa (p. ex. debêntures)

 Cotas de fundos de investimento abertos ou fechados

 Derivativos de balcão (swaps, contratos a termos de moeda em


que não há entrega física da mesma, e derivativos de crédito)

 Títulos Públicos emitidos por Estados e Municípios

3.1.5. Sociedades Corretoras de Títulos e Valores


Mobiliários (SCTVMs)

As SCTVMs atuam principalmente na intermediação de


operações realizadas em bolsas de valores – no chamado
mercado secundário, visto com detalhes a frente. Não obstante,
elas também operam no mercado primário.

Desta forma, são estas entidades a intermediar a compra e


venda de títulos e valores mobiliários no mercado de capitais.
Assim, quando você realiza uma compra/venda de ações na bolsa
de valores deve fazer isto através de uma corretora.

Em resumo, possuem as seguintes funções:


40890976813

 operar em recinto ou em sistema mantido por bolsa de


valores;

 subscrever, isoladamente ou em consórcio com outras


sociedades autorizadas, emissões de títulos e valores
mobiliários para revenda;

 intermediar oferta pública e distribuição de títulos e valores


mobiliários no mercado;

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 comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta


própria e de terceiros;

 instituir, organizar e administrar fundos e clubes de


investimento;

 constituir sociedade de investimento - capital estrangeiro e


administrar a respectiva carteira de títulos e valores
mobiliários;

 exercer as funções de agente emissor de certificados e


manter serviços de ações escriturais;

 intermediar operações de câmbio;

 praticar operações de compra e venda de metais preciosos,


no mercado físico, por conta própria e de terceiros;

 operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta


própria e de terceiros,

A constituição e o funcionamento de sociedade


corretora dependem de autorização do Banco Central do
Brasil. A sociedade corretora deverá ser constituída sob a forma de
sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.

Que tal questões do CESPE sobre o tema?

CESPE/BB/2009 40890976813

Com relação às Sociedades Corretoras de Títulos e Valores


Mobiliários (SCTVMs), que são constituídas sob a forma de
sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade
limitada, julgue os itens a seguir.

18. As SCTVMs são supervisionadas pela CVM.

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19. As SCTVMs podem emitir certificados de depósito de


ações e cédulas pignoratícias de debêntures; intermediar
operações de câmbio; praticar operações no mercado de
câmbio de taxas flutuantes; praticar operações de conta
margem; e realizar operações compromissadas.

20. São objetivos das SCTVMs: praticar operações de compra


e venda de metais preciosos no mercado físico, por conta
própria e de terceiros; operar em bolsas de mercadorias e de
futuros por conta própria e de terceiros.

18. Questão bem direta, mas didática, pois Banco Central e CVM
exercem atividades ligadas em relação às SCTVMs e SDTVMs.

No entanto, que supervisiona as atividades destas sociedades é a


CVM, pois ela é a supervisora do mercado de capitais.

GABARITO: CERTO

19. Estas são algumas das funções praticadas pelas SCTVMs.


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Destaque às operações de câmbio, que possuem limite de valor e


devem ser praticadas como serviço aos seus clientes.

GABARITO: CERTO

20. Aqui temos mais funções das SCTVMs. Todas corretas!

GABARITO: CERTO

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3.1.6. Sociedades e Distribuidoras de Títulos e Valores


Mobiliários (DTVM)

As SDTVMs também exercem atividades de intermediação de


títulos e valores mobiliários além de participarem do mercado
primário, no qual há captação de recursos pelos emissores. Em
resumo, suas principais atividades são:

 subscrever, isoladamente ou em consórcio com outras


sociedades autorizadas, emissões de títulos e valores
mobiliários para revenda;

 intermediar oferta pública e distribuição de títulos e valores


mobiliários no mercado;

 comprar e vender títulos e valores mobiliários, por conta


própria e de terceiros;

 encarregar-se da administração de carteiras e da custódia de


títulos e valores mobiliários;

 incumbir-se da subscrição, da transferência e da autenticação


de endossos, desdobramento de cautelas, de recebimento e
pagamento de resgates, juros e outros proventos de títulos e
valores mobiliários;

 instituir, organizar e administrar fundos e clubes de


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investimento;

 praticar operações no mercado de câmbio de taxas


flutuantes;

 praticar operações de compra e venda de metais preciosos no


mercado físico, por conta própria e de terceiros;

 operar em bolsas de mercadorias e de futuros, por conta


própria e de terceiros;

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A constituição e o funcionamento de sociedade


distribuidora dependem de autorização do Banco Central do
Brasil. O exercício de atividades de sociedade distribuidora no
mercado de valores mobiliários depende de prévia e expressa
autorização da Comissão de Valores Mobiliários.

Atenção! A constituição e funcionamento das SDTVMs


dependem de autorização do BACEN, enquanto que o
exercício de suas atividades, de autorização da CVM. Desta
forma, enquanto para existir elas dependem do BACEN, para
se exercitar dependem da CVM.

Esta diferença, por ser muito sutil, pode muito bem ser
cobrada na prova.

A sociedade distribuidora deve constituir-se sob a forma de


sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada,
devendo constar obrigatoriamente de sua denominação social a
expressão "DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES
MOBILIÁRIOS".

Adiante, veremos que uma das principais (senão a principal)


funções das SDTVMs é atuar nas emissões primárias de ações das
companhias (underwriting), a fim de encontrar interessados em
subscrever estas ações antes que elas estejam listadas em Bolsa.
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3.1.7. Companhias Abertas

Um importante participante do mercado de capitais é a


companhia aberta. Caracterizada como sociedade anônima, possui o
capital dividido em ações, sendo a responsabilidade dos sócios, ou
acionistas, limitada às ações que possui.

Ou seja, as companhias abertas, interessadas na captação


de recursos para financiar seus investimentos e projetos, podem
negociar parcelas do seu capital (chamadas de ações), vendendo-as

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A constituição e o funcionamento de sociedade


distribuidora dependem de autorização do Banco Central do
Brasil. O exercício de atividades de sociedade distribuidora no
mercado de valores mobiliários depende de prévia e expressa
autorização da Comissão de Valores Mobiliários.

Atenção! A constituição e funcionamento das SDTVMs


dependem de autorização do BACEN, enquanto que o
exercício de suas atividades, de autorização da CVM. Desta
forma, enquanto para existir elas dependem do BACEN, para
se exercitar dependem da CVM.

Esta diferença, por ser muito sutil, pode muito bem ser
cobrada na prova.

A sociedade distribuidora deve constituir-se sob a forma de


sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada,
devendo constar obrigatoriamente de sua denominação social a
expressão "DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES
MOBILIÁRIOS".

Adiante, veremos que uma das principais (senão a principal)


funções das SDTVMs é atuar nas emissões primárias de ações das
companhias (underwriting), a fim de encontrar interessados em
subscrever estas ações antes que elas estejam listadas em Bolsa.
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3.1.7. Companhias Abertas

Um importante participante do mercado de capitais é a


companhia aberta. Caracterizada como sociedade anônima, possui o
capital dividido em ações, sendo a responsabilidade dos sócios, ou
acionistas, limitada às ações que possui.

Ou seja, as companhias abertas, interessadas na captação


de recursos para financiar seus investimentos e projetos, podem
negociar parcelas do seu capital (chamadas de ações), vendendo-as

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aos interessados, os quais passam a fazer parte da sociedade e


adquirir direitos e deveres limitados à quantidade de ações que
possuem.

Por direitos podemos entender a divisão de lucros da


companhia, chamada de dividendos. Se em determinado período a
empresa apresente lucro de, digamos, R$ 1 milhão e distribuir 50%
deste valor aos seus 10 acionistas (cada um deles possui 10% da
companhia), cada um receberá R$ 50 mil.

E os deveres são as obrigações que os acionistas possuem


em relação à companhia. Digamos que ela se encontre em estado
falimentar, acumulando grande quantidade de dívidas. Os ativos da
companhia, tais como créditos, imóveis, máquina etc., serão
utilizados para o pagamento destas dívidas e o acionista só “verá a
cor do dinheiro” caso todas as dívidas tenham sido pagas e sobrado
ativos.

Para sabermos se uma companhia é aberta, ou fechada,


temos que verificar se os valores mobiliários por ela emitidos
possuem registro na CVM. Tecnicamente, a lei entende que a
companhia é aberta ou fechada conforme os valores
mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à
negociação no mercado de valores mobiliários.
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Ou seja, caso os valores mobiliários emitidos estejam


registrados na CVM, a companhia é aberta; caso contrário, não.

Somente os valores mobiliários de emissão de companhia


registrada na Comissão de Valores Mobiliários podem ser negociados
no mercado de valores mobiliários. Ademais, nenhuma distribuição
pública de valores mobiliários será efetivada no mercado sem prévio
registro na Comissão de Valores Mobiliários.

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Assim, a companhia só pode vender suas ações em bolsa de


valores após o registro destas na CVM. Do mesmo modo, qualquer
lançamento de valor mobiliário destinado a captar a poupança
pública (distribuição pública) é realizado somente após registro do
mesmo na CVM.

Por fim, precisamos saber que as companhias abertas são


classificadas na categoria A ou na B, a depender do registro que
realizam na CVM.

O registro na categoria A autoriza a negociação de quaisquer


valores mobiliários do emissor em mercados regulamentados de
valores mobiliários. O registro na categoria B autoriza a negociação
de valores mobiliários do emissor em mercados regulamentados de
valores mobiliários, exceto ações e certificados de depósito de ações.

Explicando: companhias da categoria B podem negociar


qualquer valor mobiliário menos ações; companhias da categoria A
podem negociar ações, que são os títulos emitidos e negociados em
mercados regulamentados de valores mobiliários, que são as bolsas
e os mercados de balcão..

A explicação acima é importante para este nosso tópico,


porque muitas pessoas acreditam que companhias abertas são
aquelas que têm ações negociadas em bolsa e que as demais são
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fechadas.

Isso está errado!

Companhias abertas são aquelas registradas na CVM para


emitir valores mobiliários e ponto final.

Elas podem emitir ou não ações a depender do seu critério e


nível de registro concedido pela CVM. Há muitos casos de
companhias abertas que emitem apenas notas promissórias e
debêntures (explicados adiante), mas não ações.

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21. FCC - Escriturário (BB)/2006

A companhia aberta desempenha um papel estratégico no


mercado de capitais. No Brasil, ela se caracteriza como
aquela companhia

a) com capital social representado por ações negociáveis apenas


fora das bolsas e do mercado de balcão.

b) cuja emissão de valores mobiliários é sujeita à prévia autorização


do Banco Central do Brasil.

c) cujos valores mobiliários são admitidos à negociação na bolsa ou


no mercado de balcão.

d) cujos lucros não são distribuídos aos proprietários.

e) cujos ativos são representados por valores mobiliários.

Como acabamos de citar. A característica “aberta” das companhias


é devido ao registro de valores mobiliários na CVM para posterior
negociação em mercados organizados (bolsa e mercado de balcão).

GABARITO: LETRA C

3.1.8. Fundos de Investimento

Fundo de Investimento é uma comunhão de recursos,


captados de pessoas físicas ou jurídicas, com o objetivo de
obter ganhos financeiros a partir da aplicação em títulos e
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valores mobiliários.

Os recursos de todos os investidores de um fundo de


investimento são usados para comprar ativos (desde imóveis até
títulos financeiros) que são de todos os investidores, na proporção
de seus investimentos. Seu objetivo, portanto, é promover a
aplicação coletiva dos recursos de seus participantes.

Podemos fazer uma comparação com as companhias


abertas. Enquanto nelas, o acionista adquire as ações emitidas e

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contrai direitos e deveres na proporção das ações adquiridas, o


investidor do fundo detém os ativos do mesmo na proporção que
participa.

Os fundos são regidos por um regulamento e têm na


Assembleia Geral de Cotistas seu principal fórum de decisões.

Um fundo é organizado sob a forma de condomínio e seu


patrimônio é dividido em cotas, cujo valor é calculado diariamente
por meio da divisão do patrimônio líquido pelo número de cotas do
fundo.

O patrimônio líquido é calculado pela soma do valor de todos


os títulos e do valor em caixa, menos as obrigações do fundo,
inclusive aquelas relativas à sua administração.

As cotas são frações do valor do patrimônio do fundo. Desta


forma, o investidor do fundo é chamado de cotista.

Exemplo: Um investidor aplica R$ 1.000 em cotas de um


fundo que, na data do investimento, possui um patrimônio líquido
de $100.000 e 100.000 cotas. Cada cota vale R$ 1 e o investidor
detém 1 mil cotas.

A principal vantagem dos fundos é possibilitar que


investidores de perfil similar - com objetivos comuns,
estratégias de investimento semelhantes e mesmo grau de
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tolerância a risco - concentrem recursos para aumentar seu


poder de negociação e diluir os custos de administração,
além de contarem com profissionais especializados,
dedicados exclusivamente à gestão dos recursos.

Em resumo, o fundo de investimento apresenta as seguintes


vantagens:

 Gestão Profissional - Quando você coloca dinheiro no fundo,


está entregando suas economias para um gestor profissional

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cuidar. Esses especialistas são treinados para escolher


aplicações e monitorar o mercado diariamente, avaliando quais
as melhores opções de investimento. Para pessoas que não
possuem grande conhecimento do mercado e que não tenham
interesse ou tempo para se especializar no assunto, pode ser
uma boa opção contar com ajuda profissional.

 Diversificação - A maior parte dos fundos possui muitos títulos


diferentes em sua carteira. Essa variação depende naturalmente
da classe do fundo. De qualquer forma, ainda que possuam
títulos da mesma natureza, muitas vezes os gestores procuram
utilizar diferentes prazos de vencimento e diferentes emissores,
reduzindo o risco a que o fundo está exposto.

 Acesso a Outros Mercados - A aplicação em conjunto pode


permitir que o investidor acesse mercados que não poderiam ser
alcançados de forma individual. Alguns investimentos podem
exigir uma aplicação mínima muito alta. Isso se deve,
principalmente, ao alto investimento mínimo exigido por alguns
tipos de investimentos.

 Custos Menores - O fundo ajuda a reduzir custos de transação.


Manter um conjunto grande de aplicações e ajustar suas
escolhas sempre têm custos: você precisa aplicar e resgatar
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recursos em vários momentos, comprar e vender ações, títulos


e outros tipos de investimentos. No caso do fundo, assim como
acontece no condomínio, os custos são diluídos porque são
divididos por todos os investidores.

 Facilidade de Resgate - O fundo oferece a vantagem de você


conseguir resgatar seus recursos rapidamente. O prazo para
recebimento pode variar conforme o tipo de fundo, mas na
maioria deles o resgate é pago no mesmo dia ou em poucos dias
após o pedido de resgate.

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Os fundos de investimento podem ser organizados sob


a forma de condomínios abertos, normalmente são
constituídos para existir por tempo indeterminado, ou
condomínios fechados, que podem ter tempo de duração
predeterminado.

Nos fundos abertos é permitida a entrada de novos cotistas


ou o aumento da participação dos antigos por meio de novos
investimentos, assim como é permitida a saída de cotistas, por
meio de resgates de cotas, isto é, mediante a venda de ativos do
fundo para a entrega do valor correspondente ao cotista que
efetuou o resgate, total ou parcial, de suas cotas.

Já nos fundos fechados, a entrada e a saída de cotistas não é


permitida. Após o período de captação de recursos pelo fundo, não
são admitidos novos cotistas nem novos investimentos pelos
antigos cotistas (embora possam ser abertas novas fases de
investimento, conhecidas no mercado como “rodadas de
investimento”).

Como não é admitido o resgate de cotas por decisão do


cotista, ele tem que vender suas cotas a terceiros se quiser receber
o seu valor antes do encerramento do fundo.

Por este motivo, diversos fundos, sobretudo fechados,


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passaram a ser negociados em mercados organizados de bolsa ou


balcão, facilitando a “revenda” das cotas a outros investidores
interessados.

Por exemplo, imagine que você adquira 100 cotas de um


fundo fechado ao valor de R$ 100 mil. Mas, surge algum imprevisto,
e você precisa vender estas cotas para utilizar os recursos. Mas, o
fundo é fechado e não permite a saída. O que fazer? Vender as
cotas em bolsa de valores! Algum interessado em ingressar no
fundo compra suas cotas, pagando o preço dela.
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Há também os Fundos Exclusivos são fundos de


investimento constituídos para receber aplicações de um
único cotista. Oferecem uma gestão bastante personalizada dos
recursos e normalmente são disponibilizados pelos administradores
apenas a clientes que possuem alto volume de recursos disponíveis
para aplicação.

Além disso, o investidor pode conseguir algumas vantagens


tributárias, pois a incidência do imposto de renda normalmente
ocorre apenas no resgate das cotas pelo investidor, ainda que
sejam realizadas diversas operações de compra e venda de ativos
pelo fundo.

3.1.8.1 Tipos de Fundos

Os fundos de investimento são classificados principalmente


quanto aos ativos nos quais eles estão autorizados a investir seu
patrimônio.

 Fundo de Renda Fixa

Deve ter como principal fator de risco de sua carteira a variação da


taxa de juros, de índice de preços, ou ambos.

Seu patrimônio líquido deve ser composto por, no mínimo, 80% em


ativos relacionados diretamente, ou sintetizados via derivativos, ao
fator de risco que dá nome à classe.
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 Fundo de Renda Fixa – Curto Prazo

O patrimônio líquido desta submodalidade deve ser composto


exclusivamente de:

• Títulos públicos federais ou privados pré-fixados ou indexados


à taxa Selic ou a outra taxa de juros, ou títulos indexados a índices
de preços, com prazo máximo a decorrer de 375 dias, e prazo
médio da carteira do fundo inferior a 60 dias;

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• Títulos privados com o prazo indicado no item anterior que


sejam considerados de baixo risco de crédito pelo gestor; e

• Cotas de fundos de índice que apliquem nos títulos de que


tratam os dois itens anteriores e a adotem a restrição a seguir.

• Derivativos devem ser utilizados apenas para proteção da


carteira (hedge) e para a realização de operações compromissadas
lastreadas em títulos públicos federais.

 Fundo de Renda Fixa - Referenciado

Para pertencer a esta categoria, o fundo deverá assegurar que ao


menos 95% do seu patrimônio líquido estejam investidos em ativos
que acompanham, direta ou indiretamente, determinado índice de
referência. Na sua denominação, o sufixo “Referenciado” estar
seguido nome deste índice.

No mínimo 80% de sua carteira deverão estar investidos, isolada ou


cumulativamente, em:

• Títulos da dívida pública federal;

• Ativos financeiros de renda fixa considerados de baixo risco


de crédito pelo gestor; ou

• Cotas de fundos de índice que invistam preponderantemente


nos ativos dos itens anteriores e adotem a restrição a seguir.
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Derivativos devem ser utilizados apenas para proteção da carteira


(hedge) e para a realização de operações compromissadas
lastreadas em títulos públicos federais.

 Fundo de Renda Fixa - Simples

Esta categoria foi criada pela Instrução CVM nº 555/2014 para


atender ao público mais leigo. Sua estrutura foi desenhada para
oferecer segurança e liquidez, porém com baixos custos
operacionais, de maneira a poder competir em rentabilidade com as

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Cadernetas de Poupança, isentas de imposto de renda até


determinado patamar.

Para tanto, no mínimo 95% do seu patrimônio líquido deve ser


representado, isolada ou cumulativamente, por:

• Títulos da dívida pública federal;

• Títulos de renda fixa de emissão ou coobrigação de


instituições financeiras que possuam classificação de risco atribuída
pelo gestor, no mínimo, equivalente àqueles atribuídos aos títulos
da dívida pública federal;

• Operações compromissadas lastreadas em títulos da dívida


pública federal ou em títulos de responsabilidade, emissão ou
coobrigação de instituições financeiras de classificação de risco, no
mínimo, equivalente àquela atribuída aos títulos da dívida pública
federal.

Além disso, um fundo Simples deve observar os seguintes


requisitos:

• Realizar operações com derivativos exclusivamente para fins


de proteção da carteira (hedge);

• Ser constituído sob a forma de condomínio aberto, oferecendo


resgate imediato à vontade do cotista;
40890976813

• Prever, em seu regulamento, que todos os documentos e


informações a eles relacionados sejam disponibilizados aos cotistas
preferencialmente por meios eletrônicos;

• A lâmina de informações essenciais deve comparar a


performance do fundo com a performance da taxa SELIC; e

• O gestor deve adotar estratégia de investimento que proteja o


fundo de riscos de perdas e volatilidade.

Aos fundos Simples é vedado:

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• Cobrar taxa de performance em qualquer hipótese;

• Realizar investimentos no exterior;

• A concentração em créditos privados;

• A transformação em fundo fechado; e

• Qualquer transformação ou mudança de classificação do


fundo.

O ingresso no fundo não exige:

• Assinatura do termo de adesão; nem

• Verificação da adequação do investimento no fundo ao perfil


do cliente, na hipótese de o investidor não possuir outros
investimentos no mercado de capitais.

 Fundo de Renda Fixa – Dívida Externa

Este fundo deve ter, no mínimo, 80% de seu patrimônio líquido


representado por títulos representativos da dívida externa de
responsabilidade da União. Ao seu o nome, deve seguir-se o termo
“Dívida Externa”. O fundo não está sujeito à incidência dos limites
de concentração por emissor citados na seção 7.5.4.

Os recursos porventura remanescentes podem ser utilizados:

• Na realização de operações em mercados organizados de


40890976813

derivativos no exterior, exclusivamente para fins de proteção


(hedge) dos títulos integrantes da carteira respectiva, ou mantê-los
em conta de depósito em nome do fundo, no exterior, observado,
relativamente a essa última modalidade, o limite de 10% do
patrimônio líquido;

• Na realização de operações em mercados organizados de


derivativos no país, exclusivamente para fins de proteção (hedge)
dos títulos integrantes da carteira e desde que referenciadas em
títulos representativos de dívida externa de responsabilidade da

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União, ou mantê-los em conta de depósito à vista em nome do


fundo, no país, observado, no conjunto, o limite de 10% do
patrimônio líquido.

É permitida a aquisição de títulos públicos federais para utilização


como margem de garantia nas operações em mercados organizados
de derivativos no país.

 Fundo de Ações

O patrimônio líquido dos Fundos de Ações deve ser composto, no


mínimo, em 67% por:

• Ações admitidas em negociação em bolsa de valores ou


mercado de balcão organizado;

• Bônus ou recibos de subscrição e certificados de depósito de


ações admitidas à negociação nas entidades citadas no item
anterior;

• Cotas de fundos de ações e cotas dos fundos de índice de


ações negociadas nas entidades citadas nos itens anteriores;

• BDRs dos níveis II e III;

• BDRs nível I, desde que na denominação do fundo haja a


designação “Ações – BDR Nível I”.

O patrimônio que exceder tal percentual deve ser aplicado em


40890976813

outros ativos financeiros.

A carteira não tem limite por emissor, contanto que os clientes


sejam alertados no regulamento e material de venda sobre a
significativa concentração e riscos decorrentes.

Os Fundos de Ações normalmente seguem um destes estilos:

• Ativo: o gestor define proporção de ações na carteira.

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• Passivo: o gestor forma carteira igual ou semelhante a algum


índice de ações.

 Fundo de Ações – Mercado de Acesso

Esta submodalidade dos Fundos de Ações é voltada para empresas


ainda de menor porte que estejam se encaminhando, num
horizonte de médio e longo prazo, para a inserção no mercado de
ações principal. Devem usar, em sua denominação, a designação
“Ações – Mercado de Acesso”.

No mínimo, 2/3 do seu patrimônio líquido dever ser investido em


ações de companhias listadas em segmento de negociação de
valores mobiliários, voltado ao mercado de acesso, instituído por
bolsa de valores ou por entidade do mercado de balcão organizado,
que assegure, por meio de vínculo contratual, práticas diferenciadas
de governança corporativa:

Quando constituído sob a forma de condomínio fechado, o fundo


pode investir até 1/3 do seu patrimônio líquido em valores
mobiliários de companhias fechadas que adotem uma série de
práticas de governança corporativa . Neste caso, o fundo deverá
participar do processo decisório da companhia investida, com
efetiva influência na definição de sua política estratégica e na sua
gestão, por meio dos seguintes instrumentos, entre outros:
40890976813

• Indicação de membros do Conselho de Administração;

• Detenção de ações que integrem o respectivo bloco de


controle;

• Celebração de acordo de acionistas; ou

• Celebração de ajuste de natureza diversa ou adoção de


procedimento que assegure ao fundo efetiva influência na definição
de sua política estratégica e na sua gestão.

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Os fundos fechados poderão, caso previsto no regulamento,


recomprar suas próprias cotas no mercado, sob determinadas
condições.

 Fundo Cambial

Carteira composta por, no mínimo, 80% em ativos relacionados, ou


sintetizados por derivativos, à

• Variação de preços em moeda estrangeira;

• Variação do cupom cambial (diferença entre a taxa básica de


juros interna e a variação cambial).

 Fundos Multimercado

Devem apresentar política de investimento que envolva vários


fatores de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum
fator em especial, podendo investir em ativos de diferentes
mercados – como renda fixa, câmbio e ações – e utilizar derivativos
tanto para alavancagem quanto para proteção da carteira.
Considerados os fundos com maior liberdade de gestão, buscam
rendimento mais elevado em relação aos demais, mas também
apresentam maior risco, sendo, portanto, compatíveis com
objetivos de investimento que, além de procurar diversificação,
tolerem uma grande exposição a riscos na expectativa de obter
uma rentabilidade mais elevada.
40890976813

Abaixo, algumas questões sobre fundos:

22. CESPE/BB/2009

Com relação às Sociedades Corretoras de Títulos e Valores


Mobiliários (SCTVMs), que são constituídas sob a forma de
sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade
limitada, julgue os itens a seguir:

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A normatização, a concessão de autorização, o registro e a


supervisão dos fundos de investimento são de competência do
BACEN.

23. FCC - Escriturário (BB)/2006

É correto afirmar:

a) Os fundos de investimento devem contabilizar mensalmente


todos os ativos integrantes de suas carteiras pelos seus preços
médios ao longo do mês.

b) Fundos abertos são aqueles com prazo determinado de duração,


cujos valores investidos não podem ser resgatados.

c) O recolhimento do Imposto de Renda, nos fundos de


investimento, ocorre sempre no momento do resgate.

d) O valor diário da cota de um fundo é obtido dividindo o seu


patrimônio líquido pelo número de cotas emitidas, ambos calculados
no mesmo momento de tempo.

e) Sobre os rendimentos obtidos nos fundos de investimento há


incidência de IR à alíquota de 25%.

24. FCC - Escriturário (BB)/2011


40890976813

As normas para funcionamento dos fundos de investimento


dispõem que

a) os cotistas, no caso de condomínio fechado, podem solicitar o


resgate de suas cotas a qualquer tempo.

b) o prospecto deve conter a política de investimento do fundo e os


riscos envolvidos.

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c) são dispensados de proceder à marcação a mercado dos


respectivos ativos.

d) o valor das cotas deve ser divulgado ao final de cada mês.

e) podem ser administrados por pessoas físicas autorizadas pela


CVM.

25. FCC - Escriturário (BB)/2011

O administrador de um fundo de investimento aberto tem


como responsabilidade legal a

a) negociação dos ativos, respeitada a política de investimento do


respectivo regulamento.

b) guarda dos títulos que compõem a carteira de investimento.

c) auditoria das demonstrações financeiras periódicas.

d) apuração e divulgação do valor da cota.

e) exclusividade da distribuição das cotas.

22. Esta questão suplementa o que vimos sobre fundos.

A normatização, a concessão de autorização, o registro e a


supervisão dos fundos de investimento são de competência da CVM,
40890976813

tendo em vista o relevante papel que estas entidades


desempenham no mercado de capitais.

GABARITO: ERRADO

23. Como acabamos de ver no exemplo, o valor diário da cota de


um fundo é obtido dividindo o seu patrimônio líquido pelo número

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de cotas emitidas, ambos calculados no mesmo momento de


tempo.

GABARITO: LETRA D

24. Questão complementar sobre o assunto.

Todo fundo de investimento de divulgar a natureza de seus


investimentos, bem como informações adicionais, como o risco,
valores de captação, nome e qualificação dos administradores,
entre outros, através de um documento chamado prospecto.

GABARITO: LETRA B

25. A divulgação do valor das cotas é exigida diariamente do


administrador do fundo.

GABARITO: LETRA D

3.2. Principais Valores Mobiliários

Os valores mobiliários são os títulos negociados no mercado


de capitais. Daí o outro nome dado a este mercado: mercado de
valores mobiliários.
40890976813

A Lei 6.385/76 define o conceito de valores mobiliários:

São valores mobiliários, quando ofertados


publicamente, quaisquer títulos ou contratos de
investimento coletivo que gerem direito de
participação, de parceria ou remuneração, inclusive
resultante da prestação de serviços, cujos
rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou
de terceiros.

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A definição é muito interessante, pois diferencia um valor


mobiliário de outro título financeiro qualquer. Para ser valor
mobiliário, por exemplo, é necessário que o título gere direito de
participação (como é o caso das ações), ou de remuneração (como
o caso das debêntures), sendo que as vantagens obtidas advêm de
esforços produtivos.

A própria Lei define algumas formas que os valores


mobiliários podem possuir. No entanto, este rol é exemplificativo,
pois a CVM pode definir outras formas de investimento não
compreendidas na Lei como sendo valores mobiliários.

Sendo assim, são valores mobiliários:

I - as ações, debêntures e bônus de subscrição;

II - os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados


de desdobramento relativos aos valores mobiliários referidos
no inciso II;

III - os certificados de depósito de valores mobiliários;

IV - as cédulas de debêntures;

V - as cotas de fundos de investimento em valores


mobiliários ou de clubes de investimento em quaisquer
ativos;
40890976813

VI - as notas comerciais;

VII - os contratos futuros, de opções e outros derivativos,


cujos ativos subjacentes sejam valores mobiliários;

VIII - outros contratos derivativos, independentemente dos


ativos subjacentes; e

IX - quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos


ou contratos de investimento coletivo, que gerem direito de
participação, de parceria ou de remuneração, inclusive

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resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos


advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros.

Muito importante observar que não são valores


mobiliários (i) os títulos da dívida pública federal, estadual
ou municipal e (ii) os títulos cambiais de responsabilidade de
instituição financeira, exceto as debêntures.

Estas duas espécies de títulos possuem regimes jurídicos


diferenciados, pois têm funções distintas no sistema financeiro e na
economia em geral. Os títulos públicos federais, por exemplo,
possuem a capacidade de financiar o déficit público, além de ser
possível, através das negociações destes, o exercício da política
monetária, a cargo do Banco Central.

Adiante, seguem definições sobre os valores mobiliários mais


importantes, principalmente aqueles emitidos por companhias
abertas.

3.2.1. Ações

A ação é o ponto de partida óbvio, pois é o valor mobiliário


mais tradicional e negociado.

Ação é a menor parcela do capital social das


companhias ou sociedades por ações. É, portanto, um título
patrimonial e concede aos seus titulares, os acionistas, todos os
40890976813

direitos e deveres de um sócio, no limite das ações possuídas.

Ou seja, caso você adquira ações de determinada companhia


se torna um sócio dela, assim como seus fundadores, por exemplo.
Evidente que os direitos e deveres (tratados adiante) estão
limitados ao total de ações possuídas.

Uma ação é um valor mobiliário. Até aqui tudo bem.

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resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos


advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros.

Muito importante observar que não são valores


mobiliários (i) os títulos da dívida pública federal, estadual
ou municipal e (ii) os títulos cambiais de responsabilidade de
instituição financeira, exceto as debêntures.

Estas duas espécies de títulos possuem regimes jurídicos


diferenciados, pois têm funções distintas no sistema financeiro e na
economia em geral. Os títulos públicos federais, por exemplo,
possuem a capacidade de financiar o déficit público, além de ser
possível, através das negociações destes, o exercício da política
monetária, a cargo do Banco Central.

Adiante, seguem definições sobre os valores mobiliários mais


importantes, principalmente aqueles emitidos por companhias
abertas.

3.2.1. Ações

A ação é o ponto de partida óbvio, pois é o valor mobiliário


mais tradicional e negociado.

Ação é a menor parcela do capital social das


companhias ou sociedades por ações. É, portanto, um título
patrimonial e concede aos seus titulares, os acionistas, todos os
40890976813

direitos e deveres de um sócio, no limite das ações possuídas.

Ou seja, caso você adquira ações de determinada companhia


se torna um sócio dela, assim como seus fundadores, por exemplo.
Evidente que os direitos e deveres (tratados adiante) estão
limitados ao total de ações possuídas.

Uma ação é um valor mobiliário. Até aqui tudo bem.

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No entanto, apesar de todas as companhias ou sociedades


por ações terem o seu capital dividido em ações, somente as
ações emitidas por companhias registradas na CVM,
chamadas companhias abertas, podem ser negociadas
publicamente no mercado de valores mobiliários.

Até porque é a CVM a entidade supervisora do mercado de


capitais. Sendo assim, a emissão de ações para negociação no
mercado necessita de registro na CVM.

Atualmente, as ações são predominantemente escriturais,


sem emissão de certificado físico, mantidas em contas de depósito,
em nome dos titulares e em instituição contratada pela companhia
para a prestação desse serviço, em que a propriedade é
comprovada através de extrato de posição acionária.

Em geral, os acionistas participam do lucro da companhia


por meio do recebimento de dividendos e de bonificações. Quando
for o caso de emissão de novas ações por parte da companhia,
haverá ainda o direito de subscrição dessas ações.

Os acionistas podem ganhar também com a possível


valorização do preço das ações no mercado. Entretanto, não há
garantia de valorização. Ao contrário, o preço pode cair, ou até
mesmo, em casos extremos, perder totalmente seu valor. É por isso
40890976813

que o mercado de valores mobiliários é, no geral, considerado um


mercado de renda variável.

A legislação brasileira admite a existência de diferentes


espécies e classes de ações e, por isso, alguns direitos,
especialmente os relacionados aos dividendos e direitos de voto,
podem não ser iguais para todos os acionistas.

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Desta forma, as ações podem ser de diferentes espécies,


conforme os direitos que concedem a seus acionistas, como
demonstrado abaixo:

 Ação Ordinária (ON): Sua principal característica é conferir ao


seu titular direito a voto nas Assembleias de acionistas. Ou seja,
o detentor de ações ON pode comparecer à assembleia geral de
acionistas e deliberar sobre as decisões relevantes da empresa.
Por exemplo, pode decidir o quanto do lucro líquido será
distribuído aos acionistas, quem serão os administradores da
empresa e assim por diante.

 Ação Preferencial (PN): Normalmente, essa espécie de ação


não possui o direito de voto em assembleia. Em contrapartida,
concede outras vantagens, tais como prioridade na distribuição
de dividendos ou no reembolso de capital, podendo, ainda,
possuir prioridades específicas, se admitidas à negociação no
mercado. Assim, é possível afirmar que o detentor de ações
preferenciais troca direitos políticos por econômicos, de modo
que está mais interessado em seu investimento do que nas
decisões da companhia.

Logo adiante iremos tratar das diferenças entre os distintos


ambientes de negociação, tais como os mercados primário e
40890976813

secundário.

Em resumo, quando uma companhia decide emitir ações no


mercado pela primeira vez, ela o faz no mercado primário. É o
momento em que a empresas recebe os recursos, mediante a
venda de suas ações a terceiros. Dito de outro modo, é quando a
empresa acessa a poupança pública, através do mercado de
capitais, para financiar seus projetos de investimentos, entre
outros.

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Estas operações são chamadas de underwriting. Não se


assuste com a terminologia em inglês, afinal o mercado de capitais
é uma instituição tipicamente inglesa e holandesa, onde foi melhor
desenvolvido.

Continuando, a operação de underwriting (em português,


subscrição) consiste na colocação das ações no mercado a
serem subscritas por terceiros.

Por exemplo, digamos que as ações da Petrobrás estejam


inicialmente na posse do Governo Federal. Considerando que a
empresa necessita de recursos para bancar seus investimentos, ela
recorre ao mercado de capitais, vendendo 30% do capital social. Os
interessados compram estas ações no ambiente específico (Bolsa de
Valores, por exemplo) e ficam titulares destas ações; a Petrobrás
fica com os recursos e o Governo vende suas ações.

No entanto, a companhia aberta não pode acessar


diretamente o mercado de capitais e vender valores mobiliários.
Desta forma, as companhias abertas contratam instituições
especializadas para emitir valores mobiliários, como os bancos de
investimento, as distribuidoras de títulos e valores mobiliários e as
corretoras de valores mobiliários.

Estas instituições (que formam o sistema de distribuição de


40890976813

valores mobiliários) são justamente as subscritoras da emissão de


valores mobiliários.

De maneira mais precisa, o subscritor (underwriter) é o


responsável por analisar as necessidades de capital da companhia e
a situação do mercado de capitais e, quando for interessante,
promover a distribuição de valores mobiliários em nome da
companhia.

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Ao promover a distribuição, ele executa as seguintes


atividades: registra a oferta de valores mobiliários junto à CVM;
divulga a oferta - a divulgação da oferta se dá por meio da
publicação de um prospecto, que deve conter todas as informações
sobre a oferta, incluindo os seus riscos; coleta intenções de
investidores em comprar os valores mobiliários ofertados; e liquida
a operação com entrega do título e recebimento do dinheiro.

Em resumo, o subscritor, ao entender que o momento é


interessante para captar os recursos que a companhia necessita,
promove esforços legais, de divulgação, de venda e de liquidação
destas operações.

A operação de underwriting pode ser realizada com garantia


firme, com garantia stand-by ou com promessa de melhores
esforços.

Vejamos o significado de cada uma delas:

 Subscrição com garantia firme: a instituição intermediária


adquire os valores mobiliários da companhia ofertante e, depois,
tenta revender esses valores mobiliários por um preço mais
elevado para os investidores interessados. A diferença entre o
que a instituição pagou à companhia e o que conseguiu na
revenda é chamada spread e representa o lucro da instituição
40890976813

com a operação. Por isso que a garantia é firme, ou seja, a


companhia já oferta suas ações com a garantia que todas as
ações foram subscritas.

 Subscrição com garantia stand-by: o banco de investimento


(ou corretora ou distribuidora) garante para a empresa que
todos os valores mobiliários ofertados serão vendidos por
determinado valor acordado. Exemplo: ainda considerando a
Petrobrás; caso ela contrate determinada instituição com a
intenção de ofertar 100 mil ações no valor de R$10 cada com
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garantia stand-by, mas somente 50 mil ações são subscritas a


este preço, a instituição adquire as 50 mil ações restantes pelo
preço pactuado.

 Subscrição com melhores esforços: o banco de investimento


(ou corretora ou distribuidora) promete para a companhia que
tentará vender todos os valores mobiliários ofertados, mas, caso
não consiga, a companhia que ficará prejudicada, porque não
terá conseguido angariar todos os recursos de que precisava.

26. FCC - Escriturário (BB)/2006

Analise:

I. O underwriting firme prescinde de registro na Comissão de


Valores Mobiliários.

II. No underwriting stand-by a empresa emitente recebe


imediatamente os recursos dos valores mobiliários colocados
à negociação.

III. Em um underwriting, há instituições financeiras que


atuam como agentes da companhia emissora.

É correto o que consta em

a) III, apenas. 40890976813

b) II e III, apenas.

c) II, apenas.

d) I, apenas.

e) I, II e III.

27. FCC - Escriturário (BB)/2006

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Um dos principais pontos a serem analisados na colocação


pública de títulos é o risco que a empresa emitente pode
incorrer na emissão. Quanto a isso, é correto afirmar que, no
underwriting, a empresa emitente

a) nunca tem risco quanto à entrada de recursos.

b) não tem risco quanto à entrada de recursos, quando a operação


for firme.

c) não tem risco quanto à entrada de recursos, quando a operação


for de melhor esforço.

d) não tem risco quanto à entrada de recursos, tanto na operação


firme quanto na de melhor esforço.

e) sempre sofre risco quanto à entrada de recursos.

28. FCC - Escriturário (BB)/2006

São vários os cuidados estabelecidos para a preservação do


bom funcionamento do mercado de capitais. No Brasil, uma
das condições estabelecidas para os valores mobiliários é
que

a) sua emissão pública se dá exclusivamente por companhias


fechadas. 40890976813

b) o Banco Central do Brasil determina a suspensão da emissão


pública que esteja se processando em desacordo com a lei.

c) nenhuma emissão pública ocorre sem prévio registro na


Comissão de Valores Mobiliários.

d) não podem ser negociados no mercado secundário.

e) não abrangem as cotas de fundos de investimento em valores


mobiliários.

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26. As alternativas acima complementam muito bem o tema que


acabamos de estudar. Vejamos:

I – O underwriting firme exige registro na CVM, ou seja se faz


necessário registrar a emissão na CVM para depois proceder à
subscrição.

II – Não. No underwriting stand-by os recursos são captados pela


companhia após a realização da operação. Anteriormente à
operação apenas no underwriting firme

III - Exatamente. Como exposto, no underwriting a empresa não


acessa diretamente o mercado, pois o faz mediante intermediários.

GABARITO: LETRA A

27. No caso de underwriting firme, toda a emissão de ações é


subscrita pela instituição financeira intermediária, reduzindo a zero
o risco da companhia emissora de não angariar os fundos que
deseja.

GABARITO: LETRA B

28. Toda emissão pública deve ter registro na CVM. Isto ocorre pois
40890976813

as emissões públicas acessam a poupança pública e, desta forma,


há interesses de diversos indivíduos a serem protegidos.

As emissões privadas, ou seja, realizadas entre dois indivíduos já


não necessitam em todos os momentos de registro na CVM, pois
seus termos podem ser pactuados entre os participantes do
negócio.

GABARITO: LETRA C

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3.2.2. Debêntures

As debêntures são títulos de dívida emitidos por


sociedades por ações e que conferem aos seus titulares
direitos de crédito contra a companhia emissora.

Esta é a precisa definição legal. Vamos traduzir.

As debêntures, ao contrário das ações, são títulos de dívida


emitidos pela companhia. Ou seja, no geral elas não conferem
participação no capital social da empresa, mas sim o direito ao
pagamento de uma remuneração.

Desta forma, é também um instrumento de captação de


recursos no mercado de capitais que as empresas utilizam para
financiar seus projetos. É também uma forma de melhor gerenciar
suas dívidas, pois geralmente possuem um prazo de vencimento
mais alongado do que os financiamentos bancários tradicionais.

O investidor que adquire debêntures (chamado de


debenturista), ao disponibilizar seus recursos para serem utilizados
pela companhia, tem o direito de receber uma remuneração,
conforme condições pré-estabelecidas entre ele e a empresa
emissora.

Desta forma, a debênture é um título de crédito privado de


renda fixa em que os debenturistas são credores da empresa e
40890976813

esperam receber juros periódicos e o pagamento do principal –


valor pago pela debênture - no vencimento do título, conforme
estipulado em um contrato específico chamado “Escritura de
Emissão”.

As condições da emissão das debêntures são


deliberadas pela assembleia geral de acionistas.

Lembra quando diferenciamos acionistas ordinaristas dos


preferencialistas? Pois bem, os acionistas que possuem ações

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ordinárias são, em regra, os responsáveis por deliberar a emissão


de debêntures da companhia na assembleia geral.

A emissão da debênture poderá ser efetuada com ou sem


garantias. A garantia, como o próprio nome sugere, é uma maneira
de garantir o pagamento ao titular da debênture, no caso da
empresa ir a falência, ser liquidada, ou ocorrer qualquer evento que
impossibilite o valor pactuado.

De acordo com a espécie de garantia, ou até a ausência


dela, as debêntures podem ser classificadas como:

 Garantia Real: Envolve o comprometimento de bens ou direitos


que não poderão ser negociados sem a aprovação dos
debenturistas, para que a garantia não fique comprometida.
Assim, algum ativo específico e indicado na Escritura de Emissão
garante eventual risco de crédito.

 Garantia Flutuante: A companhia garante o pagamento aos


debenturistas com qualquer ativo que possui, mas não impede a
negociação dos bens que compõe esse ativo.

 Sem garantia: As Quirografárias (debênture sem privilégio) e


as Subordinadas. Em ambos os casos, o debenturista não terá
nenhuma garantia ou preferência no caso de liquidação da
companhia. Ressalte-se ainda que, em caso de liquidação da
40890976813

companhia, no pagamento de suas obrigações com os credores,


as Quirografárias precedem às Subordinadas.

Por fim, a possibilidade das debêntures serem convertidas


em ações origina a seguinte classificação:

 Simples: não podem ser convertidas em ações da companhia


emissora;

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 Conversíveis: possuem cláusula permitindo que sejam


convertidas em ações ao término de prazo determinado ou a
qualquer tempo, conforme estabelecido na escritura de emissão.

Desta forma, mesmo que as debêntures sejam comumente


classificadas como títulos de crédito, elas podem, eventualmente,
conceder direito de propriedade, que consiste na conversão da
debênture em ação da companhia que a emitiu.

3.2.3. Brazilian Depositary Receipts (BDRs)

Brazilian Depositary Receipts (BDRs), ou certificado de


depósito de valores mobiliários, é um valor mobiliário
emitido no Brasil que representa outro valor mobiliário
emitido por companhias abertas (ou assemelhadas) com
sede no exterior.

Digamos que a Apple possui ações emitidas na Bolsa de


Nova York e pretende também emitir valores mobiliários no Brasil.
Como não tem negócios no Brasil, a companhia pode emitir recibos
que representam as ações em circulação nos EUA e assim angariar
recursos para suas atividades. Estes recibos, como são emitidos no
Brasil, são chamados de Brazilian Depositary Receipts.

A instituição que emite o BDR no Brasil é chamada de


instituição depositária. 40890976813

A regulamentação dos BDRs classifica os programas de BDRs


em diferentes níveis e determina a necessidade de registro na CVM.

Os níveis são determinados pelas características de


divulgação de informações, distribuição e negociação, e a
existência, ou não, de patrocínio das empresas emissoras
dos valores mobiliários objeto do certificado de depósito.

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Considera-se patrocinado o programa de BDR instituído por


uma única instituição depositária, contratada pela própria
companhia emissora dos valores mobiliários objeto do certificado.

Empresa patrocinadora é a companhia aberta, ou


assemelhada, com sede no exterior, emissora dos valores
mobiliários objeto do certificado de depósito, e que esteja sujeita à
supervisão e fiscalização de entidade ou órgão similar à CVM.

Os BDRs patrocinados são classificados nos níveis I, II e III.

BDR Nível I

Os BDRs Patrocinados nível I são dispensados do registro de


companhia na CVM.

São negociados apenas em mercados de balcão não


organizado ou em segmentos específicos de BDRs nível I, como os
mercados de balcão organizado e bolsa de valores.

Devem divulgar, no Brasil, todas as informações que a


companhia emissora está obrigada a divulgar em seu país de
origem, além de:

 fatos relevantes e comunicações ao mercado;

 aviso de disponibilização das demonstrações financeiras no país


de origem; 40890976813

 editais de convocação de assembleias;

 avisos aos acionistas;

 deliberações das assembleias de acionistas e das reuniões do


conselho de administração, ou de órgãos societários com
funções equivalentes, de acordo com a legislação vigente no
país de origem; e

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 demonstrações financeiras da companhia, sem necessidade de


conversão em reais ou de conciliação com as normas contábeis
em vigor no Brasil.

Os BDRs patrocinados nível I só podem ser adquiridos


no Brasil por instituições financeiras, fundos de
investimento, administradores de carteira e consultores de
valores mobiliários autorizados pela CVM (em relação aos
seus próprios recursos), entidades fechadas de previdência
complementar, empregados da empresa patrocinadora ou de
outra empresa integrante do mesmo grupo econômico e
pessoas físicas ou jurídicas com investimentos financeiros
superiores a R$ 1.000.000,

Estes investidores são conhecidos no mercado como


investidores superqualificados.

BDR Níveis II e III

Os BDRs patrocinados nível II e III caracterizam-se por


exigir registro da companhia emissora na CVM e serem
admitidos à negociação em mercados de balcão organizado
ou bolsa de valores.

O emissor estrangeiro que patrocine programa de


certificados de depósito de ações, BDR Níveis II ou III, deve obter o
40890976813

registro na categoria A, conforme as regras da Instrução CVM


480/2009, que dispõe sobre o registro de valores mobiliários
admitidos à negociação nos mercados regulamentados. Além disso,
a mesma norma estabelece algumas regras especiais para os
emissores de ações que lastreiem BDRs, conforme disposto em
anexo da Instrução.

O referido anexo determina que somente ações emitidas por


companhia estrangeira podem ser lastro de BDRs. Estabelece ainda

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que não são considerados estrangeiros os emissores que tenham


sede no Brasil ou cujos ativos localizados no Brasil correspondam a
50% ou mais daqueles constantes das demonstrações financeiras
individuais, separadas ou consolidadas, prevalecendo a que melhor
representar a essência econômica dos negócios para fins dessa
classificação.

3.2.4. Notas Promissórias

Nota promissória, ou commercial paper, é um título de


crédito que representa uma promessa de pagamento, do
emissor (devedor) a determinado favorecido ou beneficiário
(credor), de certo valor em certa data.

É um documento negociável, representativo de uma dívida


ou direito a receber. Podem ser emitidas como simples promessa de
pagamento de uma dívida, ou como garantia de contratos de
empréstimos, mas são também utilizadas para captação de recursos
financeiros pelas empresas.

Nesse sentido, o Conselho Monetário Nacional definiu como


valores mobiliários as notas promissórias emitidas por sociedades
por ações, destinadas à oferta pública.

Vamos explicar um pouco mais detalhadamente.

Digamos que você possui uma empresa e que deseja vendê-


40890976813

la a um terceiro. O pagamento da transação será feito em 3 vezes.


Para garantir este pagamento você pode exigir a emissão de uma
nota promissória do comprador, ou seja, que ela emita um título
que contenha a promessa de pagamento de certo valor em
determinada data.

Este documento, também chamado de nota promissória, não


é um valor mobiliário e não nos interessa.

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A nota promissória, caracterizada como valor


mobiliário, é também um título de dívida, que representa
uma promessa de pagamento da empresa emissora, desde
que esta seja uma sociedade anônima, com registro na CVM,
e esteja destinada a uma oferta pública, ou seja, ofertada
para a aquisição de interessados no mercado.

Portanto, como valore mobiliário, a nota promissória é um


título emitido por sociedades por ações que confere a seu titular
direito de crédito contra a companhia.

Por ser um título de crédito destinado à captação de recursos


pode muito bem ser comparado às debêntures. No entanto,
diferencia-se destas especialmente no que se refere ao prazo da
emissão. As notas promissórias emitidas por companhias
abertas devem ter um prazo entre 30 e 360 dias, enquanto as
debêntures usualmente têm prazos mais longos.

Abaixo, uma questão sobre o assunto:

29. FCC - Escriturário (BB)/2006/2

Ao invés de recorrer a empréstimos bancários para suprir


suas necessidades de recursos de curto prazo, as empresas
não financeiras têm a opção de emitir

a) cédulas hipotecárias.
40890976813

b) CDBs.

c) letras imobiliárias.

d) commercial papers.

e) CDIs.

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Recursos de curto prazo são levantados, no mercado de capitais,


através das notas promissórias (commercial papers).

GABARITO: LETRA D

3.3. Mercados de Negociação

Bom, já sabemos que as negociações com valores


mobiliários são realizadas nos ambientes próprios, como as bolsas
de valores e os mercados de balcão.

Mas, mesmo dentro do ambiente de bolsa de valores, há


diferentes maneiras de se negociar. Posso escolher, por exemplo,
realizar uma operação com pagamento à vista, ou a prazo; posso
até mesmo realizar certa operação sem a intenção de concluí-la,
mas apenas obter certas vantagens financeiras ou se proteger de
outros investimentos que possam vir a realizar prejuízos.

Bom, são muitas as possibilidades.

Nas duas próximas (e últimas!) sessões serão destacadas


algumas diferenças entre os mercados possíveis dentro de um
ambiente de negociação.

3.3.1. Mercado Primário x Mercado Secundário

Quando a empresa vende novos títulos (conhecido como


40890976813

“emissão de ações”), os recursos dessa venda são destinados ao


caixa da empresa e as ofertas são chamadas de primárias,
constituindo um aumento de capital social.

Neste caso, os recursos serão utilizados pela própria


companhia para, por exemplo, ampliar seus negócios, criar novas
unidades de negócio ou mudar seu perfil de endividamento.

Ou seja, a oferta primária possui este nome pois é a primeira


vez que estes títulos estão sendo negociados no mercado.

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Evidentemente que os recursos obtidos são destinados ao caixa da


empresa, que pode utilizá-los no financiamento de investimentos,
pagamento de dívidas, entre outras finalidades.

O nome dado para esta oferta inicial de títulos é IPO – Inicial


Public Offering (em português: Oferta Pública Inicial).

Por outro lado, quando não envolvem a emissão de novos


títulos, caracterizando apenas a venda de ações já existentes – em
geral dos sócios que querem reduzir a sua participação no negócio,
ou até mesmo sair dele – elas são chamadas de ofertas
secundárias.

Neste caso, os recursos são destinados aos proprietários que


estão vendendo as ações, e não ao caixa da empresa.

Resta comentar a existência de dependência entre os


mercados primário e secundário.

Este confere liquidez àquele.

Ou seja, o mercado secundário possibilita aos investidores


do mercado primário a negociação dos títulos adquiridos. Imagine
que você comprou as já citadas ações da Petrobrás no mercado
primário. Mas, a companhia não está indo muito bem e você quer
estancar suas perdas.
40890976813

Para tanto, é necessário você vender suas ações. E faz isso


no mercado secundário. Haverá sempre outro indivíduo entendendo
que as ações já caíram demais e está na hora de comprar.

Assim, a diferença de expectativas e a existência dos dois


mercados permite que os títulos emitidos no mercado primário
sejam negociados por diversos investidores/especuladores no
mercado secundário.

Abaixo, questões sobre o assunto:

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30. FCC - Escriturário (BB)/2006/2

A Comissão de Valores Mobiliários tem um papel relevante


no campo do mercado de capitais no Brasil. Sua atuação se
concentra

a) nos mercados primário e secundário de valores mobiliários.

b) em todas as atividades do sistema bancário.

c) em todas as operações realizadas pelos fundos de pensão.

d) nas operações com títulos públicos federais.

e) nas operações de seguro.

31. FCC - Escriturário (BB)/2006

No mercado de capitais as ações se destacam como um dos


valores mobiliários mais atraentes, podendo ser negociadas

a) somente no mercado secundário, pois o mercado primário


alcança apenas os títulos públicos federais.

b) no mercado secundário, sendo as bolsas de valores um exemplo


adequado.

c) no mercado secundário, através do qual a companhia emissora


40890976813

obtém recursos originais para investimentos.

d) no mercado primário, cujo desempenho não se vincula às


condições do mercado secundário.

e) sob prévia autorização do Banco Central do Brasil.

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30. A atuação da CVM está concentrada no mercado de valores


mobiliários. As negociações no mercado de capitais estão divididas
entre mercado primário e secundário, como acabamos de avaliar.

GABARITO: LETRA A

31. As ações são negociadas no mercado primário, quando são


lançadas à negociação pela primeira vez e os fundos destinados à
companhia emissora, e no mercado secundário, o qual permite a
negociação das ações entre terceiros e conferem liquidez às ações.
Estas negociações são realizadas em mercados organizados, sendo
as bolsas de valores um exemplo.

GABARITO: LETRA B

Que fique a seguinte a lembrança:

 Mercado Primário  Lançamento de novos títulos no


mercado, que, originalmente emitidos, confere recursos às
empresas para o financiamento de investimentos, fluxo de
caixa etc.

 Mercado Secundário  Destinado à negociação de títulos já


anteriormente emitidos. 40890976813
Os valores negociados são
transferidos entre indivíduos e não envolvem o emissor
original

3.3.2. Mercado à Vista x Mercado Derivativo

O mercado à vista, como o nome e a intuição sugerem, é


aquele em que as operações são realizadas à vista. Ou seja, a
negociação e a liquidação são feitas imediatamente – mais
precisamente em até 3 dias úteis.

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Para facilitar, vamos citar um exemplo de um investidor que


queira vender suas ações na BM&FBOVESPA.

O interessado em vender seus valores mobiliários insere uma


ordem de venda com valores e quantidades, através de uma
sociedade corretora, no sistema da bolsa de valores. Na outra ponta
da negociação está o comprador, que aceita pagar pelos títulos o
valor pedido – que geralmente é a cotação no momento.

A bolsa oferece esta plataforma de encontro entre as duas


partes da negociação, garantindo que a ação vendida seja entregue
ao comprador, e que este pague o valor pactuado.

Todas estas etapas são finalizadas em até 3 dias úteis,


quando a operação é liquidada, ou seja, os títulos entregues ao
comprador e o valor pago ao vendedor.

E o mercado à vista pode ser entendido como o mercado


“original”, ou seja, o mercado por natureza, onde são realizadas as
operações de compra e venda como qualquer outra (como em uma
feira de alimentos, por exemplo).

32. FCC - Escriturário (BB)/2011/2

No mercado à vista de ações, a bolsa de valores determina


que o comprador realize o pagamento
40890976813

a) no dia seguinte à realização do negócio.

b) em até 5 dias úteis após a realização do negócio.

c) na data de vencimento da respectiva opção.

d) em até 3 dias úteis após a realização do negócio.

e) antecipadamente.

Acabamos de ver que a liquidação no mercado á vista é feita em até


3 dias da realização do negócio.

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GABARITO: LETRA D

No entanto, há outros mercados derivados do mercado à


vista. E a palavra “derivado” dá o nome ao mercado: mercado de
derivativos.

Derivativos é o nome dado à família de mercados em que


operações com liquidação futura são realizadas, tornando
possível a gestão do risco de preço de diversos ativos.

A origem do termo “derivativos” está associada à ideia de


que os preços desses contratos possuem estreita ligação, ou seja,
derivam dos preços do ativo subjacente ao contrato.

Quatro modalidades de contratos são negociadas nesses


mercados: termo, futuro, opções e swaps.

 Mercado a termo: Como comprador ou vendedor do contrato a


termo, você se compromete a comprar ou vender certa
quantidade de um bem (mercadoria ou ativo financeiro)
por um preço fixado, ainda na data de realização do
negócio, para liquidação em data futura. Os contratos a
termo somente são liquidados integralmente no vencimento.
Podem ser negociados em bolsa e no mercado de balcão.

Por exemplo: você produz café e quer estabelecer um contrato


de venda de café, para entrega daqui 1 ano com o preço fixado
40890976813

hoje; ao fazer isto, você se compromete a entregar o café daqui


1 ano pelo preço já fixado hoje, mas pago no futuro, muito
provavelmente para se prevenir de uma queda de preço no
futuro.

33. FCC - Escriturário (BB)/2006

São elementos que caracterizam um contrato a termo:

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a) liquidação na data da contratação, preço oscilando segundo


forças de mercado e dificuldade de reversão da posição assumida.

b) liquidação em data futura, preço oscilando segundo forças de


mercado e fácil intercambialidade de posições.

c) liquidação na data da contratação, preço predeterminado e


negociação obrigatória em mercados de bolsa.

d) liquidação em data futura, preço predeterminado e dificuldade de


reversão da posição assumida.

e) liquidação em data futura, obrigatoriedade de negociação em


mercados de bolsa e fácil intercambialidade de posições.

34. FCC - Escriturário (BB)/2006/3

Um produtor agrícola que vende sua produção no mercado


interno e deseja se proteger de eventuais ..I.. de preço no
período de safra poderá celebrar um contrato a termo em
que se compromete a ..II.. certa quantidade do produto a
preço predeterminado.

Preenchem correta e respectivamente as lacunas I e II


acima:

a) quedas; comprar

b) elevações; comprar 40890976813

c) elevações; vender

d) oscilações; comprar

e) quedas; vender

33. O contrato a termo é caracterizado pela liquidação futura e


preço determinado no momento do estabelecimento do contrato.
Ademais, no contrato a termo a posição assumida na operação é,
quase sempre, levada até o vencimento. Este termo é inclusive o

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que diferencia uma operação a termo de outra operação no


mercado futuro.

GABARITO: LETRA D

34. O produtor agrícola deseja vender sua produção pelo maior


preço possível. Desta forma ele pode estabelecer um contrato a
termo com algum comprador, no qual ele fixa o preço de venda e se
previne de quedas na cotação do seu produto.

Como de praxe, no contrato a termo ele vende seu produto.

GABARITO: LETRA E

 Mercado futuro: Deve-se entender o mercado futuro como


uma evolução do mercado a termo. Você se compromete a
comprar ou vender certa quantidade de um bem
(mercadoria ou ativo financeiro) por um preço estipulado
para a liquidação em data futura.

A definição é semelhante, tendo como principal diferença a


liquidação de seus compromissos somente na data de
vencimento, no caso do mercado a termo. Já no mercado futuro,
os compromissos são ajustados financeiramente às
expectativas do mercado referentes ao preço futuro
40890976813

daquele bem, por meio do ajuste diário (mecanismo que


apura perdas e ganhos). Além disso, os contratos futuros são
negociados somente em bolsas (mercado organizado, com a
necessidade de intermediação de corretora).

Desta forma, apesar do mercado futuro ser pactuado mediante


liquidação a prazo, a operação pode ser liquidada antes do
vencimento, fato não possível no mercado a termo.

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35. FCC - Escriturário (BB)/2006/2/ADAPTADA

Analise:

I. A padronização de contratos futuros não é uma condição


necessária à sua negociação em mercados de bolsa.

II. Se um investidor compra 50 contratos futuros referentes


a um determinado produto e vencimento, e vende 80
contratos referentes ao mesmo produto e vencimento, então,
esse investidor se encontra em uma posição denominada
short.

III. Um dos mecanismos utilizados nos mercados futuros


para reduzir o risco de inadimplência é a realização de
depósitos de margem de garantia.

IV. A negociação de contratos futuros é regulamentada


exclusivamente pelo Banco Central do Brasil e pela
Secretaria da Receita Federal.

É correto o que consta APENAS em

a) III, IV

b) III, V.

c) II, IV.

d) I, III
40890976813

e) II, III

Questão muito boa para complementar o que estudamos até o


momento sobre mercado de derivativos

I – A padronização de contratos é condição necessária à sua


negociação em mercados de bolsa. Como a negociação em bolsa é
caracterizada como organizada, ou realizada em mercado
organizado, não se pode negociar o que quiser, por quanto quiser,

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que diferencia uma operação a termo de outra operação no


mercado futuro.

GABARITO: LETRA D

34. O produtor agrícola deseja vender sua produção pelo maior


preço possível. Desta forma ele pode estabelecer um contrato a
termo com algum comprador, no qual ele fixa o preço de venda e se
previne de quedas na cotação do seu produto.

Como de praxe, no contrato a termo ele vende seu produto.

GABARITO: LETRA E

 Mercado futuro: Deve-se entender o mercado futuro como


uma evolução do mercado a termo. Você se compromete a
comprar ou vender certa quantidade de um bem
(mercadoria ou ativo financeiro) por um preço estipulado
para a liquidação em data futura.

A definição é semelhante, tendo como principal diferença a


liquidação de seus compromissos somente na data de
vencimento, no caso do mercado a termo. Já no mercado futuro,
os compromissos são ajustados financeiramente às
expectativas do mercado referentes ao preço futuro
40890976813

daquele bem, por meio do ajuste diário (mecanismo que


apura perdas e ganhos). Além disso, os contratos futuros são
negociados somente em bolsas (mercado organizado, com a
necessidade de intermediação de corretora).

Desta forma, apesar do mercado futuro ser pactuado mediante


liquidação a prazo, a operação pode ser liquidada antes do
vencimento, fato não possível no mercado a termo.

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no prazo que quiser, e assim por diante. Há necessidade de


padronização. Incorreto

II – O investidor compra 50 contratos com vencimento futuro e


vende 80 contratos idênticos. Desta forma ele possui uma posição
vendida de 30 contratos. No jargão financeiro isto é chamado de
short. Ou seja, um short é uma posição líquida vendida, enquanto
que uma long representa uma posição comprada. Correto

III – Exatamente. Como as operações no mercado futuro não


necessitam de liquidação imediata, adotam-se algumas medidas
para garantir o pagamento da operação. Uma delas é a conta
margem de garantia, na qual permanece depositado uma parte do
valor do negócio com a finalidade de evitar calote.

IV – Incorreto. A receita federal não possui relação com a regulação


de operações com contratos futuros.

GABARITO: LETRA E

 Mercado de opções: No mercado de opções, negocia-se o


direito de comprar ou de vender um bem por um preço fixo
numa data futura. Muita atenção que o ativo negociado é um
direito de comprar ou vender alguma coisa. A compra ou venda
em si pode ou não ser executada.
40890976813

Quem adquirir o direito deve pagar um prêmio ao vendedor.


Este prêmio não é o preço do bem, mas apenas um valor pago
para ter a opção (possibilidade) de comprar ou vender o referido
bem em uma data futura por um preço previamente acordado.

O objeto de negociação pode ser um ativo financeiro ou uma


mercadoria, negociados em pregão, com ampla transparência. O
comprador da opção, também chamado titular, sempre terá o
direito do exercício, mas não obrigação de exercê-lo. O

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vendedor da opção, também chamado lançador, terá a


obrigação do exercício caso o titular opte por exercer seu
direito.

Assim, se você quer adquirir um título que confere o direito de


comprar uma ação no futuro, terá de comprar uma opção de
compra. Evidentemente que tem de pagar por isto, e este
pagamento é chamado de prêmio. O lançador da opção (o
indivíduo que vende a opção) o recebe.

36. FCC - Escriturário (BB)/2006/2

O administrador financeiro de uma empresa que se dedica à


importação de computadores espera uma forte
desvalorização do real no próximo ano. Para reduzir sua
exposição ao risco cambial, a empresa poderá

a) comprar opções de venda de dólar.

b) adquirir opções de compra de dólar.

c) lançar opções de compra de dólar.

d) celebrar um contrato de swap, ficando ativo na taxa do CDI e


passivo em dólar. 40890976813

e) simultaneamente comprar opções de venda e vender opções de


compra de dólar.

37. FCC - Escriturário (BB)/2011/1

Para o lançador, quando uma opção de compra é exercida,


representa

a) o direito de compra.

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b) o compromisso de compra.

c) a obrigação de venda.

d) o direito de venda.

e) a possibilidade de repactuação com o titular.

36. A importação de computadores significa o pagamento dos


produtos em dólares. Caso o real se desvalorize, evidente que o
importador pagará mais caro, em reais, pelo mesmo produto.

Desta forma ele pode “travar” o preço da operação, adquirindo uma


opção de compra de dólares. Pela compra da opção, ele pactua os
termos da negociação, tais como valor pago, vencimento e
quantidade, ficando menos exposto às variações cambiais.

GABARITO: LETRA B

37. O lançamento da opção de compra envolve dois indivíduos.


Primeiro, o lançador, que é a pessoa que oferece a possibilidade de
outro comprar o título no futuro. Segundo, o comprador, que
compra este direito e paga ao lançador determinado valor (prêmio)
pela exclusividade no direito.

Como informado, o comprador tem o direito de comprar o título no


futuro. No entanto, este direito não é um dever, pois ele pode
40890976813

desistir de finalizar o negócio e inverter a posição anteriormente ao


vencimento.

No entanto, o lançador tem a obrigação de vender o ativo, caso o


comprador deseje exercer a opção de compra.

GABARITO: LETRA C

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 Mercado de swap: No mercado de swap, Pode-se definir o


contrato de swap como um acordo, entre duas partes, que
estabelecem a troca de fluxo de caixa tendo como base a
comparação da rentabilidade entre dois bens.

Exemplo: swap de ouro x taxa prefixada

Se, no vencimento do contrato, a valorização do ouro for inferior


à taxa prefixada negociada entre as partes, receberá a diferença
a parte que comprou taxa prefixada e vendeu ouro. Se a
rentabilidade do ouro for superior à taxa prefixada, receberá a
diferença a parte que comprou ouro e vendeu taxa prefixada.

Você deve observar que a operação de swap é muito


semelhante à operação a termo, uma vez que sua liquidação
ocorre integralmente no vencimento.

Os derivativos, em geral, são negociados sob a forma de


contratos padronizados, previamente especificados (quantidade,
qualidade, prazo de liquidação e forma de cotação do ativo-objeto
sobre os quais se efetuam as negociações), em mercados
organizados, com o fim de proporcionar, aos agentes econômicos,
oportunidades para a realização de operações que viabilizem a
transferência de risco das flutuações de preços de ativos e de
variáveis macroeconômicas. 40890976813

É importante mencionar que as negociações com derivativos


podem ocorrer no mercado de balcão ou em bolsas organizadas.

Abaixo, seguem as finalidades do mercado de derivativos:

 Hedge - Tem como objetivo proteger o valor de um ativo


contra possíveis variações futuras. Uma empresa com dívida
em dólar, por exemplo, pode comprar contratos futuros desta
moeda, se protegendo contra perdas que poderiam ser causadas
por aumento na cotação da moeda. Da mesma forma, um

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pecuarista pode assumir uma posição vendedora no mercado


futuro, garantindo o preço de venda e se protegendo contra
queda no preço da arroba do boi gordo.

Hedge é a operação realizada no mercado derivativo que visa


fixar antecipadamente o preço de uma mercadoria ou ativo
financeiro de forma a neutralizar o impacto de mudanças no
nível de preços.

O hedger busca proteção contra a oscilação de preços. A


principal preocupação não é obter lucro em derivativos, mas
garantir o preço de compra ou de venda de determinada
mercadoria em data futura. Por exemplo: o importador que tem
passivo em dólares e compra contratos cambiais no mercado
futuro, porque teme alta acentuada da cotação dessa moeda na
época em que precisará comprar dólares no mercado a vista.

 Arbitragem - Significa tirar proveito da diferença de preços de


um mesmo produto negociado em mercados diferentes. O
objetivo é aproveitar as discrepâncias momentâneas que
eventualmente acontecem no processo de formação de preços
dos diversos ativos e mercadorias e entre vencimentos.

O arbitrador é o participante que tem como meta o lucro, mas


praticamente não assume riscos. A estratégia do arbitrador é
40890976813

comprar no mercado em que o preço está mais barato e vender


no mercado em que está mais caro, lucrando um diferencial de
compra e venda praticamente imune a riscos, porque sabe
exatamente por quanto irá comprar e vender. Normalmente o
diferencial de preços utilizado pelo arbitrador para realizar suas
operações é muito pequeno, e os lucros vem da quantidade e do
volume das operações.

As estratégias partem do pressuposto de que mercados e


contratos são afetados pelas mesmas circunstâncias
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econômicas. Em consequência, a expectativa é de que os preços


das duas (ou mais) posições oscilem em sincronia. Se, por
algum motivo, os preços estiverem desalinhados ou não se
moverem em conjunto, poderá surgir uma oportunidade de
lucro.

À medida que os arbitradores compram no mercado A e vendem


no B, aumentam a procura no mercado A (e,
consequentemente, os preços) e a oferta no mercado B
(causando queda de preços).

Em determinado momento, os dois preços tendem a se


equilibrar no valor intermediário entre os dois preços iniciais. O
arbitrador acaba agindo exatamente como um árbitro, pois
elimina as distorções de preços entre mercados diferentes.

 Especulação - O especulador é um participante cujo propósito


básico é obter lucro. Diferentemente dos hedgers, os
especuladores não têm nenhuma negociação no mercado físico
que necessite de proteção. Sua atuação consiste na compra e na
venda de contratos futuros apenas para ganhar o diferencial
entre o preço de compra e o de venda, não tendo nenhum
interesse pelo ativo-objeto.

O especulador pode manter posições em aberto de um dia para


40890976813

o outro, por períodos mais ou menos longos, como pode,


também, fazer uma aposta direcional de preços ao longo de um
mesmo dia, realizando uma compra e uma venda não
simultâneas para o mesmo vencimento, na mesma sessão de
negociação, executando o chamado day trade. Ao final daquele
dia, seu resultado será a diferença apurada entre preço de
venda e preço de compra.

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4. LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS

01. CESPE - Escriturário (BB)/2007

Acerca do mercado de câmbio e do mercado de capitais,


julgue o item seguinte.

As pessoas físicas podem comprar e vender moeda estrangeira ou


realizar transferências internacionais em reais, de qualquer
natureza, sem limitação de valor, desde que observada a legalidade
da transação.

Vimos que sim. Qualquer um pode comprar ou vender moedas,


desde que do outro lado da operação esteja uma instituição
autorizada pelo Bacen. Evidente que a legalidade da operação deve
ser observada.

GABARITO: CERTO

02. CESPE - Escriturário (BB)/2007/

O preço do dólar influencia a economia brasileira em geral e


o mercado de capitais em particular. Acerca do mercado de
câmbio e do mercado de capitais, julgue o item que se segue.

A taxa de câmbio mede o valor externo da moeda, fornecendo uma


relação direta entre os preços domésticos das mercadorias e fatores
40890976813

produtivos e desses preços nos demais países.

Correto. A taxa de câmbio mede o valor de uma moeda em termos


de outra moeda. Assim, os bens avaliados a preços domésticos
podem ter ser valor representado em outra moeda, dede que
aplicada a taxa de câmbio.

GABARITO: CERTO

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03. (FCC - Escriturário (BB)/2011) No mercado de câmbio,


estão autorizados a operar como agente

a) as associações de poupança e empréstimo.

b) as cooperativas de crédito.

c) as empresas de arrendamento mercantil.

d) as agências de fomento.

e) os bancos múltiplos.

03 - Adiante veremos as particularidades de cada instituição citada


acima.

No entanto, os bancos múltiplos são os únicos autorizados a operar


no mercado de câmbio, dentre as instituições citadas. Já citamos na
aula passada suas funções, e veremos a frente ainda mais. Mas,
sabemos que os bancos múltiplos podem operar com diversas
carteiras, como a de banco comercial, sociedade de crédito e banco
de investimento. Desta forma, podem também operar em
operações de câmbio.

GABARITO: LETRA E

04. (FCC - Escriturário (BB)/2010) No mercado de câmbio no


Brasil são realizadas operações
40890976813

a) no mercado à vista apenas por pessoa jurídica.

b) pelos agentes autorizados pelo Banco Central do Brasil.

c) dispensadas da regulamentação e fiscalização pelo Banco Central


do Brasil.

d) no segmento flutuante, relativas a importação e exportação de


mercadorias e serviços.

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e) de troca de moeda nacional exclusivamente pelo dólar norte-


americano ou vice-versa.

04 - Vamos ver as alternativas:

a) As operações no mercado à vista são feitas por pessoas jurídicas


e físicas. É só pensar no exemplo dos turistas que, quando viajam
ao exterior, necessitam de moeda externa para pagar suas
transações fora do país.

b) Item correto! Como o Bacen supervisiona o mercado de câmbio,


as instituições que nele operam devem estar autorizadas pelo Bacen

c) Como já citado, o Bacen fiscaliza e supervisiona este mercado.

d) Como veremos adiante, as operações sao realizadas no regime


de câmbio flutuante, fixo e sujo, dependendo da escolha de política
cambial realizada pelo país.

e) As operações de câmbio são feitas entre moedas conversíveis.


Ou seja, troca-se reais por diversas outras moedas internacionais,
entre elas o dólar.

GABARITO: LETRA B

05. (FCC - Escriturário (BB)/2011) No regime de câmbio


flutuante, o Banco Central do Brasil atua no mercado de
40890976813

câmbio,

a) nele intervindo com o objetivo de evitar oscilações bruscas nas


cotações.

b) desvalorizando a taxa de câmbio com o objetivo de reduzir o


cupom cambial.

c) determinando a taxa de câmbio com o objetivo de incentivar as


exportações.

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d) fixando a taxa de câmbio com o objetivo de estimular captações


externas.

e) livremente, dentro da banda cambial por ele estabelecida e


divulgada.

Esta questão foi colocada na Aula para demonstrar como as bancas


erram.

Como já citamos, no regime de câmbio flutuante o Bacen não atua,


pois a taxa de câmbio é determinada livremente pelo mercado. O
próprio nome sugere este tipo de comportamento.

Mas, surpreendentemente, nenhuma das alternativas contém este


conceito. Todas consideram a atuação do Banco Central no
mercado, inclusive a alternativa A, que foi considerada a correta.

A alternativa A estaria correta se a questão fizesse referência ao


câmbio sujo, que veremos adiante.

Portanto, relembrem do seguinte:

No regime de câmbio flutuante NÃO há intervenção da Autoridade


Monetária no mercado para determinar a taxa de câmbio, pois ela é
função da interação entre os agentes de mercados.

GABARITO: LETRA A (mas, nenhuma das alternativas está


correta). 40890976813

06. CESPE - Escriturário (BB)/2007/3

O preço do dólar influencia a economia brasileira em geral e


o mercado de capitais em particular. Acerca do mercado de
câmbio e do mercado de capitais, julgue o item que se segue.

As taxas de câmbio praticadas no Brasil são definidas pelo BACEN

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Não! As taxas são definidas pelo mercado, o que configura a taxa


como flutuante. Se definida pelo Bacen, seria considerada fixa.

GABARITO: ERRADO

CESPE/BB/2009

As sociedades corretoras de câmbio podem ser constituídas


sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de
responsabilidade limitada. Na denominação social das
sociedades corretoras de câmbio, deve, obrigatoriamente,
constar a expressão Corretora de câmbio. Acerca das
corretoras de câmbio, julgue os itens a seguir.

07. As sociedades corretoras de câmbio têm por objeto social


exclusivamente a intermediação em operações de câmbio, não
contemplando, portanto, a prática de operações no mercado de
câmbio de taxas flutuantes. E

Esta questão está um pouco desatualizada, mas é importante


observamos algumas de suas características.

Até 2005 havia dois mercados de câmbio no País: Mercado de


Câmbio de Taxas Flutuantes e o Mercado de Câmbio de Taxas Livres

As sociedades de câmbio, ou seja, aquelas autorizadas a operar no


40890976813

mercado de câmbio podiam operar nos dois mercados, o que


caracteriza esta questão como errada.

Mas, é interessante fazer um paralelo com os dias atuais, pois as


sociedades autorizadas a operar no mercado de câmbio realizam,
em sua maioria, operações por contra própria e, não somente,
intermediam operações de câmbio. As exceções estão elencadas
acima.

GABARITO: ERRADO

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08. As sociedades corretoras de câmbio são supervisionadas pela


CVM.

Questão muito simples.

O Bacen é o órgão supervisor do mercado de câmbio, pelo que


supervisiona as sociedades autorizadas a operar no mercado de
câmbio

GABARITO: ERRADO

09. FCC - Escriturário (BB)/2006

NÃO se refere a uma competência do Banco Central do


Brasil:

a) exercer a fiscalização das instituições financeiras.

b) executar os serviços do meio circulante.

c) emitir moeda-papel e moeda metálica.

d) receber os recolhimentos compulsórios.

e) fixar as diretrizes e normas da política cambial.

Esta questão está no tópico sobre mercado de câmbio de propósito.


40890976813

Apesar do BACEN operar no mercado de câmbio, seja no modelo de


câmbio fixo, ou no de câmbio sujo, fixar as diretrizes e normas da
política cambial compete ao CMN.

GABARITO: LETRA E

10. CESPE - Escriturário (BB)/2008

Bancos de câmbio são instituições financeiras autorizadas a


realizar, sem restrições, operações de câmbio e operações de

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crédito vinculadas às de câmbio. Com relação aos bancos de


câmbio, julgue o item que se segue.

10. Financiamentos à exportação e à importação e adiantamentos


sobre contratos de câmbio são exemplos de operações de câmbio
e(ou) operações de crédito vinculadas às operações de câmbio.

Como visto, é possível existir uma operação de crédito ligada à


operação de câmbio. Quando o exportador contratação prévia total
do câmbio, por exemplo, ele pode adiantar os valores da venda
para financiar a produção do bem a ser exportado.

GABARITO: CERTO

11. FCC - Escriturário (BB)/2006

O contrato de câmbio

a) é um ato unilateral e não oneroso.

b) tem por objetivo a compra ou a venda de moeda estrangeira.

c) implica a entrega de moeda estrangeira ao exportador.

d) não tem prazo limite para sua liquidação.

e) implica a concessão de bonificações ao importador.

11. Questão bem direta. 40890976813

O contrato de câmbio tem por objeto a compra ou venda de moeda


estrangeiro. O exportador entrega a moeda internacional e o
importador a demanda. Evidente que o contrato de câmbio tem
prazo, pois o valor da cotação cambial é variável.

GABARITO: LETRA B

12. FCC - Escriturário (BB)/2006/1

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A contratação do câmbio de exportação

a) deve ser feita obrigatoriamente após o embarque da mercadoria


para o exterior.

b) fixa o valor da taxa de câmbio para esse contrato.

c) pode ser feita antes do embarque da mercadoria para o exterior,


mas somente de forma parcial.

d) deve ser feita obrigatoriamente antes do embarque da


mercadoria para o exterior, de forma a possibilitar ao exportador
obter financiamento com base no contrato.

e) equivale a uma compra e venda mercantil efetuada entre o


banco e a empresa exportadora.

12. Questão direta.

O principal objetivo do contrato de câmbio é fixar o valor da taxa de


câmbio contratada para a operação.

GABARITO: LETRA B

CESPE/BB/2009

A CVM, autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda,


instituída pela Lei n.º 6.385/1976, é um órgão normativo do
40890976813

SFN voltado para o desenvolvimento, a disciplina e a


fiscalização do mercado mobiliário. É correto afirmar que a
CVM

13. Exerce a função de assegurar a observância de práticas


comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários e a de
estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores
mobiliários.

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13. Questão perfeita.

Uma das principais características da CVM é contribuir à eficiência


do mercado de capitais. As práticas equitativas, que possibilitem a
todos participantes negociarem com as mesmas condições (sem,
por exemplo, deter informações privilegiadas) é uma das maneiras
de garantir a eficiência de mercado.

O estímulo à formação de poupança e aplicação em valores


mobiliários é também função da autarquia. Para isto, a CVM
desempenha atividades educativas, entre outras.

GABARITO: CERTO

14. É o órgão do SFN que se responsabiliza pela fiscalização das


operações de câmbio e dos consórcios.

14. Certamente, questão incorreta.

Câmbio é responsabilidade do Bacen.

GABARITO: ERRADO

15. Tem como um de seus objetivos assegurar o acesso do público


às informações acerca dos valores mobiliários negociados, assim
como às companhias que os tenham emitido.

15. Acabamos de ver que cumpre à CVM fiscalizar


40890976813

permanentemente as atividades e os serviços do mercado de


valores mobiliários, bem como a veiculação de informações
relativas ao mercado, às pessoas que dele participem, e aos
valores nele negociados.

GABARITO: CERTO

16. FCC - Escriturário (BB)/2006

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O mercado de capitais pode atuar positivamente para o


crescimento econômico. Para que esse mercado cumpra seu
papel, dentre as condições necessárias, é correto mencionar:

a) assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no


mercado de valores mobiliários, o que constitui uma função da
Comissão de Valores Mobiliários.

b) fiscalizar e inspecionar as companhias abertas, o que constitui


uma função do Banco Central do Brasil.

c) fiscalizar permanentemente as atividades e os serviços do


mercado de valores mobiliários, o que constitui uma função da
Superintendência de Seguros Privados.

d) apurar e punir condutas fraudulentas no mercado de valores


mobiliários, o que constitui uma função do Tesouro Nacional.

e) prevenir ou corrigir situações anormais do mercado, inclusive


com a suspensão da negociação de determinado valor mobiliário, o
que constitui função do Conselho Monetário Nacional.

16. Questão complementar ao tema muito interessante.

Quanto mais eficiente o mercado de capitais, maior a possibilidade


de financiar investimentos de longo prazo e, assim, possibilitar mais
desenvolvimento.
40890976813

Para tanto, é imprescindível a adoção de práticas comerciais


equitativas, ou seja, que todos possam transacionar ativos com as
mesmas condições. Garantir esta característica é função da CVM,
pois ela fiscaliza o mercado de capitais e seus participantes.

GABARITO: LETRA A

17. FCC - Escriturário (BB)/2006/3

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A Comissão de Valores Mobiliários procura atuar de várias


formas para atingir seus objetivos, enquanto reguladora do
mercado de capitais. Uma dessas formas de atuação se dá
com

a) o julgamento de valor quanto às informações divulgadas pelas


companhias no mercado de seguros.

b) a fiscalização de todas as operações realizadas pelos bancos


comerciais.

c) a autorização para funcionamento dos bancos de investimento.

d) a indução de comportamento, auto-regulação e autodisciplina.

e) a transferência, para o Banco Central, da fiscalização sobre as


empresas e os investidores que participam do mercado de capitais.

17. Questão complementar sobre a CVM.

Como bem sabemos, ela é a entidade supervisora do mercado de


capitais. Mas, isso não significa que ela não pode induzir que outras
entidades, sobretudo as que administram mercados organizados
(como as bolsas de valores) a adotarem medidas que
regulamentem seus próprios ambientes de negociação.

Esta prática, chamada de autorregulação, está explicita na Letra D

GABARITO: LETRA D 40890976813

CESPE/BB/2009

Com relação às Sociedades Corretoras de Títulos e Valores


Mobiliários (SCTVMs), que são constituídas sob a forma de
sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade
limitada, julgue os itens a seguir.

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18. As SCTVMs são supervisionadas pela CVM.

Questão bem direta, mas didática, pois Banco Central e CVM


exercem atividades ligadas em relação às SCTVMs e DTVMs.

No entanto, que supervisiona as atividades destas sociedades é a


CVM, pois ela é a supervisora do mercado de capitais.

GABARITO: CERTO

19. As SCTVMs podem emitir certificados de depósito de ações e


cédulas pignoratícias de debêntures; intermediar operações de
câmbio; praticar operações no mercado de câmbio de taxas
flutuantes; praticar operações de conta margem; e realizar
operações compromissadas.

Estas são algumas das funções praticadas pelas SCTVMs.

Destaque às operações de câmbio, que possuem limite de valor e


devem ser praticadas como serviço aos seus clientes.

GABARITO: CERTO

20. São objetivos das SCTVMs: praticar operações de compra e


venda de metais preciosos no mercado físico, por conta própria e de
terceiros; operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta
40890976813

própria e de terceiros.

Aqui temos mais funções das SCTVMs. Todas corretas!

GABARITO: CERTO

21. FCC - Escriturário (BB)/2006

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A companhia aberta desempenha um papel estratégico no


mercado de capitais. No Brasil, ela se caracteriza como
aquela companhia

a) com capital social representado por ações negociáveis apenas


fora das bolsas e do mercado de balcão.

b) cuja emissão de valores mobiliários é sujeita à prévia autorização


do Banco Central do Brasil.

c) cujos valores mobiliários são admitidos à negociação na bolsa ou


no mercado de balcão.

d) cujos lucros não são distribuídos aos proprietários.

e) cujos ativos são representados por valores mobiliários.

Como acabamos de citar. A característica “aberta” das companhias


é devido ao registro de valores mobiliários na CVM para posterior
negociação em mercados organizados (bolsa e mercado de balcão).

GABARITO: LETRA C

22. CESPE/BB/2009

Com relação às Sociedades Corretoras de Títulos e Valores


Mobiliários (SCTVMs), que são constituídas sob a forma de
sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade
40890976813

limitada, julgue os itens a seguir:

A normatização, a concessão de autorização, o registro e a


supervisão dos fundos de investimento são de competência do
BACEN.

Esta questão suplementa o que vimos sobre fundos.

A normatização, a concessão de autorização, o registro e a


supervisão dos fundos de investimento são de competência da CVM,

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tendo em vista o relevante papel que estas entidades


desempenham no mercado de capitais.

GABARITO: ERRADO

23. FCC - Escriturário (BB)/2006

É correto afirmar:

a) Os fundos de investimento devem contabilizar mensalmente


todos os ativos integrantes de suas carteiras pelos seus preços
médios ao longo do mês.

b) Fundos abertos são aqueles com prazo determinado de duração,


cujos valores investidos não podem ser resgatados.

c) O recolhimento do Imposto de Renda, nos fundos de


investimento, ocorre sempre no momento do resgate.

d) O valor diário da cota de um fundo é obtido dividindo o seu


patrimônio líquido pelo número de cotas emitidas, ambos calculados
no mesmo momento de tempo.

e) Sobre os rendimentos obtidos nos fundos de investimento há


incidência de IR à alíquota de 25%.

Como acabamos de ver no exemplo, o valor diário da cota de um


fundo é obtido dividindo o seu patrimônio líquido pelo número de
40890976813

cotas emitidas, ambos calculados no mesmo momento de tempo.

GABARITO: LETRA D

24. FCC - Escriturário (BB)/2011

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As normas para funcionamento dos fundos de investimento


dispõem que

a) os cotistas, no caso de condomínio fechado, podem solicitar o


resgate de suas cotas a qualquer tempo.

b) o prospecto deve conter a política de investimento do fundo e os


riscos envolvidos.

c) são dispensados de proceder à marcação a mercado dos


respectivos ativos.

d) o valor das cotas deve ser divulgado ao final de cada mês.

e) podem ser administrados por pessoas físicas autorizadas pela


CVM.

Questão complementar sobre o assunto.

Todo fundo de investimento de divulgar a natureza de seus


investimentos, bem como informações adicionais, como o risco,
valores de captação, nome e qualificação dos administradores,
entre outros, através de um documento chamado prospecto.

GABARITO: LETRA B

25. FCC - Escriturário (BB)/2011


40890976813

O administrador de um fundo de investimento aberto tem


como responsabilidade legal a

a) negociação dos ativos, respeitada a política de investimento do


respectivo regulamento.

b) guarda dos títulos que compõem a carteira de investimento.

c) auditoria das demonstrações financeiras periódicas.

d) apuração e divulgação do valor da cota.

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e) exclusividade da distribuição das cotas.

A divulgação do valor das cotas é exigida diariamente do


administrador do fundo.

GABARITO: LETRA D

26. FCC - Escriturário (BB)/2006

Analise:

I. O underwriting firme prescinde de registro na Comissão de


Valores Mobiliários.

II. No underwriting stand-by a empresa emitente recebe


imediatamente os recursos dos valores mobiliários colocados
à negociação.

III. Em um underwriting, há instituições financeiras que


atuam como agentes da companhia emissora.

É correto o que consta em

a) III, apenas.

b) II e III, apenas. 40890976813

c) II, apenas.

d) I, apenas.

e) I, II e III.

26. As alternativas acima complementam muito bem o tema que


acabamos de estudar. Vejamos:

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I – O underwriting firme exige registro na CVM, ou seja se faz


necessário registrar a emissão na CVM para depois proceder à
subscriçao.

II – Não. No underwriting stand-by os recursos são captados pela


companhia após a realização da operação. Anteriormente à
operação apenas no underwriting firme

III - Exatamente. Como exposto, no underwriting a empresa não


acessa diretamente o mercado, pois o faz mediante intermediários.

GABARITO: LETRA A

27. FCC - Escriturário (BB)/2006

Um dos principais pontos a serem analisados na colocação


pública de títulos é o risco que a empresa emitente pode
incorrer na emissão. Quanto a isso, é correto afirmar que, no
underwriting, a empresa emitente

a) nunca tem risco quanto à entrada de recursos.

b) não tem risco quanto à entrada de recursos, quando a operação


for firme.

c) não tem risco quanto à entrada de recursos, quando a operação


for de melhor esforço. 40890976813

d) não tem risco quanto à entrada de recursos, tanto na operação


firme quanto na de melhor esforço.

e) sempre sofre risco quanto à entrada de recursos.

27. No caso de underwriting firme, toda a emissão de ações é


subscrita pela instituição financeira intermediária, reduzindo a zero
o risco da companhia emissora de não angariar os fundos que
deseja.

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GABARITO: LETRA B

28. FCC - Escriturário (BB)/2006

São vários os cuidados estabelecidos para a preservação do


bom funcionamento do mercado de capitais. No Brasil, uma
das condições estabelecidas para os valores mobiliários é
que

a) sua emissão pública se dá exclusivamente por companhias


fechadas.

b) o Banco Central do Brasil determina a suspensão da emissão


pública que esteja se processando em desacordo com a lei.

c) nenhuma emissão pública ocorre sem prévio registro na


Comissão de Valores Mobiliários.

d) não podem ser negociados no mercado secundário.

e) não abrangem as cotas de fundos de investimento em valores


mobiliários.

28. Toda emissão pública deve ter registro na CVM. Isto ocorre pois
as emissões públicas acessam à poupança pública e, desta forma,
há interesses de diversos indivíduos a serem protegidos.

As emissões privadas, ou seja, realizadas entre dois indivíduos já


40890976813

não necessitam em todos os momentos de registro na CVM, pois


seus termos podem ser pactuados entre os participantes do
negócio.

GABARITO: LETRA C

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I – O underwriting firme exige registro na CVM, ou seja se faz


necessário registrar a emissão na CVM para depois proceder à
subscriçao.

II – Não. No underwriting stand-by os recursos são captados pela


companhia após a realização da operação. Anteriormente à
operação apenas no underwriting firme

III - Exatamente. Como exposto, no underwriting a empresa não


acessa diretamente o mercado, pois o faz mediante intermediários.

GABARITO: LETRA A

27. FCC - Escriturário (BB)/2006

Um dos principais pontos a serem analisados na colocação


pública de títulos é o risco que a empresa emitente pode
incorrer na emissão. Quanto a isso, é correto afirmar que, no
underwriting, a empresa emitente

a) nunca tem risco quanto à entrada de recursos.

b) não tem risco quanto à entrada de recursos, quando a operação


for firme.

c) não tem risco quanto à entrada de recursos, quando a operação


for de melhor esforço. 40890976813

d) não tem risco quanto à entrada de recursos, tanto na operação


firme quanto na de melhor esforço.

e) sempre sofre risco quanto à entrada de recursos.

27. No caso de underwriting firme, toda a emissão de ações é


subscrita pela instituição financeira intermediária, reduzindo a zero
o risco da companhia emissora de não angariar os fundos que
deseja.

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29. FCC - Escriturário (BB)/2006/2

Ao invés de recorrer a empréstimos bancários para suprir


suas necessidades de recursos de curto prazo, as empresas
não-financeiras têm a opção de emitir

a) cédulas hipotecárias.

b) CDBs.

c) letras imobiliárias.

d) commercial papers.

e) CDIs.

Recursos de curto prazo são levantados, no mercado de capitais,


através das notas promissórias (commercial papers).

GABARITO: LETRA D

30. FCC - Escriturário (BB)/2006/2

A Comissão de Valores Mobiliários tem um papel relevante


no campo do mercado de capitais no Brasil. Sua atuação se
concentra

a) nos mercados primário e secundário de valores mobiliários.

b) em todas as atividades do sistema bancário.


40890976813

c) em todas as operações realizadas pelos fundos de pensão.

d) nas operações com títulos públicos federais.

e) nas operações de seguro.

30. A atuação da CVM está concentrada no mercado de valores


mobiliários. As negociações no mercado de capitais estão divididas
entre mercado primário e secundário, como acabamos de avaliar.

GABARITO: LETRA A

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31. FCC - Escriturário (BB)/2006

No mercado de capitais as ações se destacam como um dos


valores mobiliários mais atraentes, podendo ser negociadas

a) somente no mercado secundário, pois o mercado primário


alcança apenas os títulos públicos federais.

b) no mercado secundário, sendo as bolsas de valores um exemplo


adequado.

c) no mercado secundário, através do qual a companhia emissora


obtém recursos originais para investimentos.

d) no mercado primário, cujo desempenho não se vincula às


condições do mercado secundário.

e) sob prévia autorização do Banco Central do Brasil.

31. As ações são negociadas no mercado primário, quando são


lançadas à negociação pela primeira vez e os fundos destinados à
companhia emissora, e no mercado secundário, o qual permite a
negociação das ações entre terceiros e conferem liquidez às ações.
Estas negociações são realizadas em mercados organizados, sendo
as bolsas de valores um exemplo.

GABARITO: LETRA B 40890976813

32. FCC - Escriturário (BB)/2011/2

No mercado à vista de ações, a bolsa de valores determina


que o comprador realize o pagamento

a) no dia seguinte à realização do negócio.

b) em até 5 dias úteis após a realização do negócio.

c) na data de vencimento da respectiva opção.

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d) em até 3 dias úteis após a realização do negócio.

e) antecipadamente.

Acabamos de ver que a liquidação no mercado á vista é feita em até


3 dias da realização do negócio.

GABARITO: LETRA D

33. FCC - Escriturário (BB)/2006

São elementos que caracterizam um contrato a termo:

a) liquidação na data da contratação, preço oscilando segundo


forças de mercado e dificuldade de reversão da posição assumida.

b) liquidação em data futura, preço oscilando segundo forças de


mercado e fácil intercambialidade de posições.

c) liquidação na data da contratação, preço predeterminado e


negociação obrigatória em mercados de bolsa.

xd) liquidação em data futura, preço predeterminado e dificuldade


de reversão da posição assumida.

e) liquidação em data futura, obrigatoriedade de negociação em


mercados de bolsa e fácil intercambialidade de posições.

33. O contrato a termo é caracterizado pela liquidação futura e


40890976813

preço determinado no momento do estabelecimento do contrato.


Ademais, no contrato a termo a posição assumida na operação é,
quase sempre, levada até o vencimento. Este termo é inclusive o
que diferencia uma operação a termo de outra operação no
mercado futuro.

GABARITO: LETRA D

34. FCC - Escriturário (BB)/2006/3

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Um produtor agrícola que vende sua produção no mercado


interno e deseja se proteger de eventuais ..I.. de preço no
período de safra poderá celebrar um contrato a termo em
que se compromete a ..II.. certa quantidade do produto a
preço predeterminado.

Preenchem correta e respectivamente as lacunas I e II


acima:

a) quedas; comprar

b) elevações; comprar

c) elevações; vender

d) oscilações; comprar

e) quedas; vender

34. O produtor agrícola deseja vender sua produção pelo maior


preço possível. Desta forma ele pode estabelecer um contrato a
termo com algum comprador, no qual ele fixa o preço de venda e se
previne de quedas na cotação do seu produto.

Como de praxe, no contrato a termo ele vende seu produto.

GABARITO: LETRA E

35. FCC - Escriturário (BB)/2006/2/ADAPTADA


40890976813

Analise:

I. A padronização de contratos futuros não é uma condição


necessária à sua negociação em mercados de bolsa.

II. Se um investidor compra 50 contratos futuros referentes


a um determinado produto e vencimento, e vende 80
contratos referentes ao mesmo produto e vencimento, então,
esse investidor se encontra em uma posição denominada
short.

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III. Um dos mecanismos utilizados nos mercados futuros


para reduzir o risco de inadimplência é a realização de
depósitos de margem de garantia.

IV. A negociação de contratos futuros é regulamentada


exclusivamente pelo Banco Central do Brasil e pela
Secretaria da Receita Federal.

É correto o que consta APENAS em

a) III, IV

b) III, V.

c) II, IV.

d) I, III

e) II, III

Questão muito boa para complementar o que estudamos até o


momento sobre mercado de derivativos

I – A padronização de contratos é condição necessária à sua


negociação em mercados de bolsa. Como a negociação em bolsa é
caracterizada como organizada, ou realizada em mercado
organizado, não se pode negociar o que quiser, por quanto quiser,
no prazo que quiser, e assim por diante. Há necessidade de
padronização. Incorreto 40890976813

II – O investidor compra 50 contratos com vencimento futuro e


vende 80 contratos idênticos. Desta forma ele possui uma posição
vendida de 30 contratos. No jargão financeiro isto é chamado de
short. Ou seja, um short é uma posição líquida vendida, enquanto
que uma long representa uma posição comprada. Correto

III – Exatamente. Como as operações no mercado futuro não


necessitam de liquidação imediata, adotam-se algumas medidas
para garantir o pagamento da operação. Uma delas é a conta

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margem de garantia, na qual permanecem depositado uma parte do


valor do negócio com a finalidade de evitar calote.

IV – Incorreto. A receita federal nada tem relacionada a regulação


de operações com contratos futuros.

GABARITO: LETRA E

36. FCC - Escriturário (BB)/2006/2

O administrador financeiro de uma empresa que se dedica à


importação de computadores espera uma forte
desvalorização do real no próximo ano. Para reduzir sua
exposição ao risco cambial, a empresa poderá

a) comprar opções de venda de dólar.

b) adquirir opções de compra de dólar.

c) lançar opções de compra de dólar.

d) celebrar um contrato de swap, ficando ativo na taxa do CDI e


passivo em dólar.

e) simultaneamente comprar opções de venda e vender opções de


compra de dólar.

36. A importação de computadores significa o pagamento dos


40890976813

produtos em dólares. Caso o real se desvalorize, evidente que o


importador pagará mais caro, em reais, pelo mesmo produto.

Desta forma ele pode “travar” o preço da operação, adquirindo uma


opção de compra de dólares. Pela compra da opção, ele pactua os
termos da negociação, tais como valor pago, vencimento e
quantidade, ficando menos exposto às variações cambiais.

GABARITO: LETRA B

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37. FCC - Escriturário (BB)/2011/1

Para o lançador, quando uma opção de compra é exercida,


representa

a) o direito de compra.

b) o compromisso de compra.

c) a obrigação de venda.

d) o direito de venda.

e) a possibilidade de repactuação com o titular.

37. O lançamento da opção de compra envolve dois indivíduos.


Primeiro, o lançador, que é a pessoa que oferece a possibilidade de
outro comprar o título no futuro. Segundo, o comprador, que
compra este direito e paga ao lançador determinado valor (prêmio)
pela exclusividade no direito.

Como informado, o comprador tem o direito de comprar o título no


futuro. no entanto, este direito não é um dever, pois ele pode
desistir de finalizar o negócio e inverter a posição anteriormente ao
vencimento.

No entanto, o lançador tem a obrigação de vender o ativo, caso o


comprador deseje exercer a opção de compra.

GABARITO: LETRA C
40890976813

QUESTÃO RESPOSTA

01 CERTO

02 CERTO

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03 E

04 B

05 A

06 ERRADO

07 ERRADO

08 ERRADO

09 E

10 CERTO

11 B

12 B

13 CERTO

14 ERRADO

15 CERTO

16 A
40890976813

17 D

18 CERTO

19 CERTO

20 CERTO

21 C

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03 E

04 B

05 A

06 ERRADO

07 ERRADO

08 ERRADO

09 E

10 CERTO

11 B

12 B

13 CERTO

14 ERRADO

15 CERTO

16 A
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17 D

18 CERTO

19 CERTO

20 CERTO

21 C

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22 ERRADO

23 D

24 B

25 D

26 A

27 B

28 C

29 D

30 A

31 B

32 D

33 D

34 E

35 E
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36 B

37 C

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