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REI SALOM‹O
Artigos Maçônicos

Trabalhos Digitais
Parte III
Projeto Aprendiz

Ir.’. Jellis F. de Carvalho


REI SALOMÃO -Artigos Maconicos
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CIRCULAÇÃO EM LOJA
A circulação em loja deve ser feita sempre com passos naturais sem o sinal de
ordem.

O obreiro que não estiver portando instrumento de trabalho, quando cruzar o eixo
da loja (linha imaginaria que vai da porta do templo até atrás do dossel do V.’. M.’.),
deve parar, postar-se à ordem altivamente e fazer a saudação sempre com os pés
em esquadria, seguindo após, naturalmente, para o fim desejado.

A circulação no ocidente é feita obedecendo-se ao sentido horário do relógio, com o


lado direito do corpo sempre voltado para o centro do templo. Partindo do norte
passa-se pela grade do oriente e lado sul contornando o altar dos juramentos.

A subida do oriente é sempre pelo lado norte. A descida pelo lado sul. Os degraus
do oriente são alcançados normalmente um a um, com os pés alternando-se em
passos simples, não havendo paradas nem junção dos pés em degraus. A subida e a
descida e sempre iniciada com o pé que chegar.

A circulação no oriente se faz com passos naturais sem necessidade de se observar


o sentido horário, devendo-se, entretanto, toda vez em que se cruzar o eixo da loja
parar e fazer a saudação. A passagem do norte para o sul deve ser feita entre o
altar do V.’. M.’. e o altar dos perfumes. A do sul para o norte entre o altar dos
perfumes e a grade do oriente.

O Obr.’. que se retirar definitivamente deverá ficar entre colunas fazer a saudação
às luzes, depositar seu óbolo na bolsa de beneficência, prestar o juramento de
silêncio e aguardar a permissão para deixar o Templo.

COMO DEVE SER REALIZADA A FRATERNIDADE


Fala-se muito de fraternidade entre os maçons, como entre os membros de outras
sociedades que a sustentam entre seus objetivos; mas, se do campo da palavra e da
pura teoria, dirigimos nosso olhar à prática da vida diária, vemos como a efetiva
realização da fraternidade deixa muito a desejar, e esta é a causa da desilusão e
perda total da confiança de muitos na veracidade deste ideal.

E, entretanto, nunca podemos esperar uma realização de fraternidade diferente do


entendimento particular de cada um. Em outras palavras, não é suficiente ser
chamado maçom ou ser membro de outra fraternidade para que os demais sintam-

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se no direito de exigir uma manifestação de fraternidade em todos os campos da
vida, conforme os seus ideais particulares.

O amor é dado, mas nunca pode ser exigido: o mesmo deve ser dito da
fraternidade, que não pode ser senão uma manifestação do amor. Nenhuma
verdadeira e sincera manifestação de fraternidade pode obter-se a não ser quando
verdadeiramente a sentimos e realizamos interiormente: um maçom tornar-se-á
verdadeiro maçom e irmão conforme sinta em si mesmo o Ideal Maçônico e possa
se reconhecer como irmão dos demais.

Quando se progride no Caminho da Vida (do qual a Maçonaria nos oferece em suas
cerimônias uma maravilhosa interpretação) e se aproxima do reconhecimento (que
não é unicamente o frio conceito ou percepção intelectual, mas a direita consciência
e sentimento) da realidade do Princípio Único de tudo, sente-se então,
interiormente e de uma forma sempre mais clara, sua íntima união e solidariedade
com toda a manifestação da Vida, e desta íntima consciência e sentimento, uma
verdadeira compreensão e realização da fraternidade será a conseqüência
espontânea e natural.

Que cada um, pois se eleve, à sua maneira , e conforme lhe for possível, sobre seu
egoísmo e sua ignorância, e que reconheça sua verdadeira natureza, manifestação
do Princípio da Vida que vive em todos os seres (e que tem recebido na Maçonaria o
nome de Grande Arquiteto), reconhecendo assim seus deveres, ou seja sua relação
com o próprio Princípio da Vida, consigo mesmo e com seus semelhantes. Este é o
caminho por meio do qual a Maçonaria ensina a fraternidade e busca sua mais
prática e efetiva realização.

Esta fraternidade será primeiramente entre irmãos, pois só os que a entendem e se


reconhecem como irmãos podem realizá-la; mas, como o Amor não pode Ter
nenhum limite verdadeiro, e não existe condição ou estado em que não possa
manifestar-se, não há ser ou manifestação de Vida Universal quem não possa ou
deva estender-se. Esta é a Fraternidade dos Iniciados e dos verdadeiros Mestres.

Busquemos, pois, o Princípio Supremo e básico de tudo, reconheçamos a Verdade


da Unidade da Vida e da íntima indivisibilidade de todos os seres: na proporção em
que efetivamente cheguemos a este conhecimento, chegaremos, também, a
reconhecer e realizar a verdadeira Fraternidade Maçônica, e esta cessará de ser
uma vã utopia e um ideal abstrato fora das possibilidades humanas. Assim se
realiza o Grande Mandamento do qual nos falava Jesus, cuja segunda parte, "ama a
teu próximo como a ti mesmo", é o corolário natural da primeira: "ama a Deus (o

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Princípio ou Realidade da Vida) com todas as tuas forças, com toda tua alma e com
todos teus pensamentos.

COMO LAPIDAR A PEDRA BRUTA

Compete ao Aprendiz Maçom o trabalho de desbastar a PEDRA BRUTA, isto é ,


libertar-se dos defeitos e paixões, para poder concorrer à construção moral da humanidade, que é a
verdadeira obra Maçônica. Uma obra universal, que começa no grupo, na polis, na Pátria, mas que busca
universalizar-se, porque os preceitos Maçônicos, são atemporais e independem da região ou País. São
preceitos simbolicamente apresentados, que foram os das associações secretas na antiguidade egípcia,
são preceitos de verdade que os antigos também possuíam e que , ao longo da historia , coube a pouco
saber.

Não é sem razão que um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos —
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE — no seu poema “O HOMEM e as suas viagens” , afirma que o ser
humano pela sua inteligência e poder, querendo saber a verdade, conquistou a lua , há que conquistar
Marte, Vênus , todos os sistemas solares, galáxias e depois de conquistar todo o Universo, sentirá que
tudo não valeu de nada visto que não era isso que ele queria de fato saber. Mas somente ai estará mais
fácil de todas: a Grande viagem. A tarefa de conhecer seu próprio intimo, sua própria essência e
ironicamente, no fim, ele estará de volta ao começo de tudo.

Pois bem, a primeira instrução diz exatamente isso. Fala desta viagem. E talvez seja a
Maçonaria a única instituição que habilitará queimar etapas especiais, as quais aludiu o poeta e
que os homens profanos julgam ser imprescindíveis realizar e vencer.

A simbologia da Régua, do Maço, do Cinzel, nos prova que a Maçonaria estava naquele
princípio dos tempos, junto da verdade e que a verdade de então, esta aqui agora, como sempre
haverá de estar. Portanto, lapidar a PEDRA BRUTA e adentrar no intimo de cada um de nós
mesmo. É buscar dentro de nossa alma a centelha viva do GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO
que habita nosso ser. Uma centelha divina e perfeita que o mundo profano esconde com vício,
egoísmo, apegos a materialidade e que somente com muito esforço, com a iniciação e vida
maçônica poderemos fazer aflorar definitivamente. Desbastar a Pedra Bruta e caminhar para o
amor fraternal, e ter a força interna para praticar a solidariedade humana , e ir ao encontro da
pureza, da Luz , da verdade, dos três últimos degraus do trono do templo, e que representam a
evolução espiritual de todo Maçom. Mas antes devemos entender que temos de mostrar a força, o

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trabalho, a ciência , a virtude, posturas não tanto espirituais e só apegadas a prática da vida, a
práxis do dia a dia, a verdadeira prática maçônica de vida, a nossa ação para com o próximo e que
justifica toda a moral da própria MAÇONARIA. O Maçom é um ser que age na busca do bem para o
próximo.
Entretanto, antes de tudo, é necessário o aparar das arestas, é necessários
autolapidação e como tudo aquilo que fere, há de doer, posto que, de PEDRA BRUTA a Cubo perfeito ,
haverá muito gemido para cada malho, mas a tarefa não foi feita para os fracos, os apáticos e temerosos.
O Maçom não e um covarde, e o Maçom posto que como tal , meus Irmãos me reconheceram. Por isso
aceito a Régua que mede às 24 horas do dia em que devo ser Maçom, esta mesma Régua que me mostra
a justa medida daquilo que deverei lapidar. Aceito o Maçom que mostra que e a razão quem coordena as
ações de minhas mãos, instrumento de auxílio e de concretização do pensar e do sentir maçônico.

O CINZEL, que ensina a ser o esforço , lento, mas compensador, e que somente com ele
poderemos furar a PEDRA BRUTA que somos nós, em busca da virtude, da iluminação, pela
inteligência , em busca da purificação da alma. E esta tarefa é do aprendiz e intransferível, pois é
da própria antiguidade oriental que nos vêm a máxima que somente melhorando a nós mesmos,
poderemos melhorar o mundo, os que não se salvam não podem salvar ninguém.

E finalizando , hoje sabemos porque todos os Irmãos são Aprendizes e que na reunião de Aprendiz é que

se desbasta a PEDRA BRUTA tarefa esta que exede a um salário, é tarefa para toda a vida maçônica, é

tarefa que vai ao encontro da luz do GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO.

A primeira instrução é o início da viagem para dentro de nós mesmos porque


talvez, dentre os homens que andam pela ruas deste mundo. O Maçom seja aquela que consegue o
milagre de caminhar para dentro de si mesmo. E mais que isso, dentre muitas coisas que ele possa ser
por definição, o MAÇOM É O HOMEM QUE OLHA PARA DENTRO DE SI MESMO E GOSTA DO QUE
VÊ.

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COMO MATAR A SUA LOJA

• Não freqüente as reuniões, Mas quando for lá procure algo para reclamar.

• Se comparecer a qualquer atividade procure falhas nos trabalhos de quem está lutando pela Instituição.

• Nunca aceite uma incumbência.

• Lembre-se que é mais fácil criticar do que realizar.

• Se a diretoria pedir a sua opinião sobre um importante assunto, responda que não tem nada a dizer e depois
espalhe como deveriam ser feita as coisas.

• Não faça mais do que o absolutamente necessário, porém quando os IIr∴ estiverem trabalhando com boa
vontade e com interesse para que tudo corra bem, afirme que sua Loja está dominada por um grupinho.

• Não leia o boletim oficial e muitos menos os Informativos; Jornais e comunicados da sua Loja.

• Afirme que eles não publicam nada de interessante .

• Se for convidado para qualquer cargo, recuse alegando falta de tempo e depois critique com afirmações do
tipo: Essa turma quer é ficar para sempre nos cargos.

• Quando tiver divergências com um Ir∴, procure com toda intensidade vingar-se da Instituição. Faça ameaças
de abrir processo ético e envie cartas aos membros do quadro com acusações pesadas à diretoria.

• Sugira, insista e cobre a realização de congressos, cursos e palestras, e quando a Loja realiza-los, não se
inscreva, nem compareça.

• Se receber um questionário da Loja solicitando sugestões, não preencha e se os IIr∴ da diretoria não adivinhar
as suas idéias e pontos de vista, critique e espalhe a todos que é ignorado.

• Após toda essa “colaboração espontânea” quando cessarem as publicações, o lazer e todas as demais
atividades, enfim, quando sua Loja morrer, estufe o peito e afirme com orgulho “EU NÃO DISSE ?
Autor Desconhecido

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COMO RECONHECER UM MAÇOM ATRAVES DOS SINAIS

A maçonaria foi e continua sendo encarada por muitos como sendo uma sociedade secreta. Dentro da
realidade atual entretanto, a instituição não poderá ser considerada senão como sendo uma sociedade
discreta.

Os sinais, símbolos e toques, a íntima essência das alegorias e o significado das palavras que
correspondem aos diferentes graus, (por seu caráter e sua transmissão ininterrupta) até a mais remota
Antigüidade. Nos Templos sagrados de todos os tempos e de todas as religiões, entre as estátuas,
gravuras, baixos-relevos e pinturas; nos escritos que nos foram transmitidos, em representações
simbólicas de origens diversas, nas próprias letras do alfabeto, podemos encontrar vários traços de uma
intenção indubitavelmente iniciática ou maçônica (sendo os dois termos, até certo ponto, equivalentes); e
eventualmente não aparecerem nestas representações os mesmos sinais de reconhecimento.

À iniciação como condição necessária para nelas serem admitidos, e aos meios de reconhecimento
(sinais, palavras e toques) que usavam entre si e por intermédio dos quais abriam suas portas ao irmão à
iniciação como condição necessária para nelas serem admitidos, e aos meios de reconhecimento (sinais,
palavras e toques) que usavam entre si e por intermédio dos quais abriam suas portas ao viajante iniciado
que se fazia reconhecer como um deles, tratando-o como irmão, qualquer que fosse sua procedência.

Tendo sido consagrado maçom, o neófito está agora em condições de receber os sinais, marcha e a
bateria do grau, bem como, a palavra sagrada e de modo de dá-la, juntamente com os meios de
reconhecimento, que constituem o fundamento de suas instruções.

Por outro lado, os sinais e meios de reconhecimento, e tudo quanto se refere aos trabalhos maçônicos,
devem conservar-se no mais absoluto segredo, posto que deste segredo depende a perfeita aplicação,
utilidade e eficácia dos mesmos. São estes os meios exteriores ou materiais com os quais está formada e
é soldada fazendo-se efetiva, a mística cadeia de solidariedade, que através da Maçonaria abraça toda a
superfície da Terra.

Na transição da Maçonaria medieval para a Maçonaria Moderna foi incorporada essa tradição de sigilo
com todo o seu rigor medieval, e isso transparece claramente no Livro das Constituições, da Grande Loja
de londres, ao dedicar um capítulo especial à instrução dos irmãos quanto ao seu procedimento na
presença de estranhos, no ambiente familiar, na companhia dos vizinhos, etc, recomendando especiais
cuidados para não revelar nada que acontecesse em suas reuniões e atividades como maçons.

Atualmente o "segredo maçônico" se limita aos rituais internos das lojas, à interpretação de seus símbolos
e, principalmente, aos sinais de reconhecimento, pois sinal de reconhecimento não secreto não seria sinal
de reconhecimento.

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CONHEÇA A MAÇONARIA
O que é a Maçonaria ?
A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica , educativa
e progressista.

Porque é Filosófica ?
É filosófica porque em seus atos e cerimônias ela trata da essência ,
propriedades e efeitos das causas naturais. Investiga as leis da natureza e
relaciona as primeiras bases da moral e da ética pura.

Porque é Filantrópica ?
É filantrópica porque não está constituída para obter lucro pessoal de nenhuma
classe , sendo , pelo contrário , suas arrecadações e seus recursos se destinam
ao bem estar do gênero humano, sem distinção de nacionalidade, sexo,
religião ou raça . Procura conseguir a felicidade dos homens por meio da elevação
espiritual e pela tranqüilidade da consciência.

Porque é Progressista?
É progressista porque partindo do principio da imortalidade e da crença em um
principio criador regular e infinito , não se aferra a dogmas , prevenções ou
superstições . E não põe nenhum obstáculo ao esforço dos seres humanos na
busca da verdade , nem reconhece outro limite nessa busca sendo a da razão
com base na ciência.

Quais são os seus princípios ?


A liberdade dos indivíduos e dos grupos humanos , sejam eles instituições , raças ,
nações ; a igualdade de direitos e obrigações dos seres e grupos sem distinguir a
religião , raça ou nacionalidade ; a fraternidade de todos os homens , ji que somos
todos filhos do mesmo CRIADOR e , portanto , humanos e como conseqüência ,
a fraternidade entre todas as nações .

Qual é o seu lema?


Ciência - Justiça - Trabalho. Ciência , para esclarecer os espíritos e eleva-los ;
Justiça , para equilibrar e enaltecer as relações humanas ; Trabalho por meio
do qual os homens se dignificam e se tornam independentes economicamente.
Em uma palavra, a Maçonaria trabalha para o melhoramento intelectual ,
moral e social da humanidade.

Qual é seu objetivo?


Seu objetivo é a investigação da verdade , o exame da moral e a prática das virtudes.

0 que entende a Maçonaria por moral ?


Moral é para a Maçonaria uma ciência com base no entendimento humano. E a lei
natural e universal que rege todos os seres racionais e livres . A demonstração
cientifica da consciência . E essa maravilhosa ciência nos ensina nossos deveres
e a razão do uso dos nossos direitos. Ao penetrar a moral no mais profundo da
nossa alma sentimos o triunfo da verdade e da justiça.

0 que entende a Maçonaria por virtude?


A Maçonaria entende que virtude é a força de fazer o bem em seu mais amplo

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sentido ; é o cumprimento de nossos deveres para com a sociedade e para
com a nossa família sem interesse pessoal. Em resumo : a virtude não retrocede
nem ante ao sacrifício e nem mesmo ante a morte , quando se trata do
cumprimento do dever.

0 que entende a Maçonaria por dever?


A Maçonaria entende por dever o respeito e os direitos dos indivíduos e da sociedade .
Porém não basta respeitar a propriedade apenas , mas , também devemos proteger e
servir os nossos semelhantes . A Maçonaria resume o dever do homem assim :
" Respeito a Deus , amor ao próximo e dedicação à família . Em verdade , essa é a
maior síntese da fraternidade universal.

A Maçonaria é religiosa ?
Sim , é religiosa , porque reconhece a existência de um Único principio criador ,
Regulador , absoluto , supremo e infinito ao qual se dá o nome de GRANDE
ARQUITETO DO UNIVERSO , porque é uma entidade espiritualista em
contraposição ao predomínio do materialismo . Estes fatores que são essenciais
e indispensáveis para a interpretação verdadeiramente religiosa e lógica do UNIVERSO,
formam a base de sustentação e as grandes diretrizes de toda ideologia e atividade maçônica .

A Maçonaria é uma religião ?


Não . A Maçonaria não é uma religião . É uma sociedade que tem por
objetivo unir os homens entre si. União reciproca, no sentido mais amplo e
elevado do termo. E nesse seu esforço de união dos homens, admite em seu
seio as pessoas de todos os credos religiosos sem nenhuma distinção .

Para ser Maçom é necessário renunciar a religião a qual


se pertence ?
Não , porque a Maçonaria abriga em seu seio homens de qualquer religião , desde
que acreditem em um só Criador , o Grande Arquiteto do Universo , que é Deus .
Geralmente existe essa crenças entre os cat6ficos , mas , ilustres prelados tem
pertencido A Ordem Maçônica; entre outros, o Cura Hidalgo , Paladino da
Liberdade Mexicana ; o Padre Calvo, fundador da Maçonaria na América
Central ; o Arcebispo da Venezuela , Don Ramon Ignácio Mendez ; Padre Diogo
Antônio Feijó; Cônegos Luiz Vieira, José da Silva de Oliveira Rolin da
Inconfidência Mineira , Frei Miguelino , Frei Caneca e muitos outros.

Quais outros homens ilustres foram Maçons ?


Filósofos como Voltaire , Goethe e Lessing ; músicos como Beethoven , Haydn e
Mozart ; Militares como Frederico o Grande , Napoleão e Garibaldi ; Poetas como
Byron , Lamartine e Hugo ; Escritores como Castellar , Mazzini e Espling .

Somente na Europa houveram Maçons ilustres ?


Não . Também na América houve. Os libertadores da América foram todos maçons.
Washington nos Estados Unidos ; Miranda o Padre da Liberdade sul-americana ;
San Martin e O'Higgins , na Argentina ; Bolívar no Norte da América do Sul ;
Marti em Cuba ; Benito Juares no México e o Imperador D. Pedro I no Brasil.

Quais os nomes de destaque no Brasil que foram Maçons ?


D. Pedro , José Bonifácio , Gonçalves Ledo , Luís Alves de Lima e Silva ( Duque
de Caxias ) , Deodoro da Fonseca , Floriano Peixoto , Prudente de Morais ,
Campos Salles , Rodrigues Alves , Nilo Peçanha , Hermes da Fonseca ,
Wenceslau Braz , Washington Luiz , Rui Barbosa e muitos outros .

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Então a Maçonaria é tolerante ?
A Maçonaria é eminentemente tolerante e exige dos seus membros a mais ampla
tolerância . Respeita as opiniões políticas e crenças religiosas de todos os homens ,
reconhecendo que todas as religiões e ideais políticos são igualmente respeitáveis
e rechaça toda pretensão de outorgar situações de privilégio a qualquer uma
delas em particular .

0 que a Maçonaria combate?


A ignorância , a superstição , o fanatismo. 0 orgulho , a intemperança , o vicio,
a discórdia , a dominação e os privilégios .

A Maçonaria é uma sociedade secreta ?


Não , pela simples razão de que sua existência amplamente conhecida.
As autoridades de vários países lhe concedem personalidade jurídica.
Seus fins são amplamente difundidos em dicionários , enciclopédias ,
livros de histórias, etc. 0 único segredo que existe e não se conhece
senão por meio do ingresso na instituição , são os meios para se reconhecer
os maçons entre si , em qualquer parte do mundo e o modo de
interpretar seus símbolos e os ensinamentos neles contidos.

Quais as principais obras da Maçonaria no Brasil?


A Independência , a Abolição e a República . Isto para citar somente os três
maiores feitos da nossa história, em que os maçons tomaram parte ativa.

Quais as condições individuais indispensáveis para poder


pertencer a Maçonaria ?
Crer na existência de um principio Criador ; ser homem livre e de bons costumes ;
ser consciente de seus deveres para com a Pátria , seus semelhantes e
consigo mesmo ; ter uma profissão ou oficio licito e honrado que lhe permita
prover as suas necessidades pessoais e de sua família é a sustentação
das obras da Instituição .

0 que se exige dos Maçons ?


Em principio, tudo aquilo que se exige ao ingresso em qualquer outra instituição :
respeito aos seus estatutos regulamentos e acatamento as resoluções da
maioria , tomadas de acordo com os princípios que as regem ; amor a Pátria ;
respeito aos governos legalmente constituídos ; acatamento as leis do país em
que viva, etc. E em particular : a guarda do sigilo dos rituais maçônicos ; conduta
correta e digna dentro e fora da Maçonaria ; a dedicação de parte do seu tempo
para assistir as reuniões maçônicas A prática da moral , da igualdade e da
solidariedade humana e da justiça em toda sua plenitude .Ademais, se proíbe
terminantemente dentro da instituição , as discussões políticas e religiosas ,
porque prefere uma ampla base de entendimento entre os homens afim de evitar
que sejam divididos por pequenas questões da vida civil.

0 que é um Templo Maçônico?


A um lugar onde se reúnem os maçons periodicamente para praticar as cerimônias
ritualísticas que lhe são permitidas , em um ambiente fraternal e propicio para
concentrar sua atenção e esforços para melhorar seu caráter , sua vida espiritual
e desenvolver seu sentimento de responsabilidade , fazendo-Ihes meditar
tranqüilamente sobre a missão do homem na vida , recordando-Ihes
constantemente os valores eternos cujo cultivo lhes possibilidade acercar-se
da verdade.

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0 que obtém sendo Maçom ?
A possibilidade de aperfeiçoar-se , de instruir-se , de disciplinar-se , de conviver
com pessoas que , por suas palavras , por suas obras , podem constituir-se em
exemplos ; encontrar afetos fraternais em qualquer lugar em que se esteja dentro
ou fora do país. Finalmente , a enorme satisfação de haver contribuído mesmo em
pequena parcela , para a obra moral e grandiosa levada a efeito através os homens .
A Maçonaria não considera possível o progresso senão na base de respeito e
personalidade , A justiça social e a mais estreita solidariedade entre os homens .
Ostenta o seu lema " Liberdade , Igualdade e Fraternidade , com a abstenção das
bandeiras políticas e religiosas. 0 segredo maçônico que de má fé e caluniosamente
tem se servido os seus inimigos para faze-la suspeita entre os espíritos,
cândidos ou em decadência , não é um dogma senão um procedimento, uma garantia,
uma defesa necessária e legitima , porém como inevitavelmente tem sucedido, com
todo direito e seu dever correlativo ,o preceito das reservas maçônicas , já tem
experimentado sua evolução nos tempos e segundo os países. A maçonaria não tem
preconceito , de poderes , e nem admite em seu seio , pessoas que não tenham um
mínimo de cultura que lhes permitam praticar os seus sentimentos e tenham uma
profissão , ou renda com que possam atender as necessidades dos seus familiares ,
fazer face as despesas da sociedade e socorros aos necessitados.

CRUZES NO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

CRUZ, é a disposição de dois objetos, um atravessado sobre o outro ; é a insígnia de várias ordens
honoríficas; é o antigo instrumento de suplício, formado por duas peças atravessadas uma sobre a
outra, em que se prendiam criminosos. Símbolo antiqüíssimo e universal, a cruz é encontrada com
grandes variações morfológicas, mas o modelo básico é sempre a intersecção de dois segmentos, um
vertical e outro horizontal. O significado é sempre o da conjunção dos opostos: o eixo vertical
(masculino), com o eixo horizontal (feminino) ; o positivo com o negativo ; o superior com o inferior ;
o tempo com o espaço ; o ativo com o passivo ; o Sol com a Lua ; o dia com a noite ; a vida com a
morte ; e assim por diante. Os principais tipos de cruz, com interesse para o Rito Escocês Antigo e
Aceito, são os seguintes:

Cruz Simples

Formada por quatro segmentos iguais (como um sinal de +), é a forma básica, símbolo perfeito da
união dos opostos. É também chamada de cruz grega.

Cruz de Santo André

Em aspa --- com o formato de um "xis" (x) --- simboliza a união do mundo superior com o mundo
inferior e tem esse nome porque consta que Santo André teria sido supliciado numa cruz com esse
formato. Ela simboliza, também, o infinito incognoscível, pois suas hastes divergem até ao infinito. É
uma das "chaves" para alfabetos maçônicos.

Tau, ou Cruz de Santo Antônio

Reproduz o desenho da letra grega tau (T). Símbolo muito antigo, já era usada pelos antigos
egípcios, como a representação de um martelo de duas cabeças. sinal "daquele que faz cumprir" ; para
os gauleses, representava o martelo do deus escandinavo Thor.

Cruz Quádrupla

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Formada por duas paralelas horizontais e duas verticais (#), que se cruzam, formando um
quadrado fechado no centro, ela reforça, por ser dupla, a união dos opostos. Simboliza também, pelo
espaço delimitado que forma, a limitação da capacidade do homem. Junto com a cruz de Santo André,
é "chave" para alfabetos maçônicos.

Cruz Ansata

Importante símbolo solar egípcio, é uma cruz em tau, com um círculo na parte superior, a qual, na
realidade, era um hieróglifo, com o significado de vida. Esotericamente, expressa a idéia do círculo da
vida, colocado na superfície da matéria inerte, para vivificá-la. Também, como a estrela hominal de
cinco pontas, essa cruz pode ser chamada de hominal, ou seja, assimilada à figura humana, com o
círculo representado a cabeça, a haste horizontal representando os membros superiores, e a haste
vertical representando o tronco e os membros inferiores.

Cruz de Malta, ou Cruz de São João

Com oito pontas --- ou quatro, bipartidas na extremidade --- é, no sentido místico, a representação
das forças centrípetas do espírito. Emblema da Ordem dos Cavaleiros de São João, da ilha de Malta, é
também usada em condecorações militares.

Cruz de Lorena, ou Cruz Patriarcal

Formada por um ramo vertical e por dois horizontais desiguais --- o inferior mais longo do que o
superior --- representava os bispos e príncipes da Igreja cristã primitiva. O seu nome é alusivo à
região da Lorraine (Lorena), situada na parte oriental da França. É emblema privativo dos membros
efetivos do Supremo Conselho.

Cruz Forcada, ou Teutônica

Composta de um ramo vertical e outro horizontal, cada um deles tem, nas pontas, um pequeno
ramo tangencial, formando uma bifurcação. É chamada de forcada porque forcado é um utensílio de
lavoura, formado por uma haste de pau, terminada em duas ou três pontas ; e forcada é o ponto de
bifurcação.

Cruz Rosa-Cruz

Com a rosa na intersecção dos braços da cruz , é interpretada como o corpo físico do homem, com
os braços estendidos, em saudação ao Sol --- que simboliza a Luz Maior --- no Oriente. A rosa, no
centro da cruz, simboliza a alma humana, o "eu" interior, que vai se desenvolvendo no homem, à
medida que ele recebe mais luz. Colocada no centro exato da cruz, a rosa representa o ponto de
unidade.

José Castellani

Do livro
"Manual Heráldico do REAA" Volume II (graus 19 a 33),
que trata, com ilustrações, de painéis, paramentos,
bandeiras e símbolos do REAA

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O MAÇOM

Cuidado! O senhor não deve ser Maçom!


Ser Maçom é ser amante da Sabedoria, da Virtude, da Justiça, da
Humanidade.

Ser Maçom é ser amigo dos pobres, dos desgraçados que sofrem, que
choram, que têm fome, dos que clamam pelo Direito, pela Justiça e os
utilizam como única norma de conduta o bem de todos e seu
engrandecimento e o progresso.

Ser Maçom é querer a harmonia das famílias, a concórdia dos povos, a paz
do gênero humano.

Ser Maçom é derramar por toda a parte os divinos esplendores da instrução;


educar para o bem, a inteligência; conceber os mais belos ideais do Direito,
da Moralidade, da Honra e praticá-los.

Ser Maçom é levar para o terreno prático, aquele formosíssimo preceito de


todos os lugares e todos os séculos, que diz com infinita ternura aos homens
de todas as raças, desde o alto de uma cruz e com os braços abertos ao
mundo: "amai-vos uns aos outros, formais uma só família, sêde irmãos".

Ser Maçom é pregar a tolerância; praticar a caridade sem distinção de raças,


crenças ou opiniões; é lutar contra a hipocrisia e o fanatismo.

Ser Maçom é viver para a realização da Paz Universal, tendo pelos vivos o
mesmo respeito que dedicamos aos nossos mortos.

Se o senhor não reúne estas condições, afaste-se da Maçonaria

Autor desconhecido

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CURIOSIDADE

Negativa apenas ou, Negativa podendo assumir uma conotação extremamente positiva na Mac∴ ?

Em nossa iniciação somos introduzidos na câmara de reflexão e lá nos deparamos com varias figuras
simbólicas e frases para que o candidato realmente reflita sobre tudo que viveu ate ali e verdadeiramente
saber se está preparado e se quer seguir em frente, dentre as frases que lá estão destacamos agora, “Se a
curiosidade aqui te conduz, retira-te”.
Com relação à frase a cima, perguntado, se a curiosidade e somente nociva a nossa Ordem ou, ela
tem também seu lado positivo.
Encontramos no dicionário da língua portuguesa, Aurélio século Xxl encontramos os seguintes
conceitos da palavra “Curiosidade”:

1. Qualidade ou caráter daquele ou daquilo que é curioso.


2. Desejo de ver, saber, informar-se, desvendar, alcançar etc; interesse:
3. Desejo de aprender, conhecer, investigar determinados assuntos; interesse:
4. Desejo irreprimível de conhecer os segredos, os negócios alheios; bisbilhotice, indiscrição:
5. Informação que revela algo desconhecido e interessante:
6. Tendência de amador a procurar coisas raras e originais:
7. Objeto raro e/ou interessante; raridade:

Diante destes sete conceitos vamos nos ater apenas a dois que interessam para nosso trabalho.

Desejo irreprimível de conhecer os segredos, os negócios alheios; bisbilhotice, indiscrição:


Quem se aproximar com os intuitos do conceito acima, devera imediatamente retirar-se, como determina a
frase em pauta, pois este, jamais conseguiria aprender, jamais conseguiria receber a Ordem em si, em seu
microcosmo, em seu templo interior e sim, apenas estaria na ordem e não seria da Ordem. Desta forma,
acharia-se USURPANDO conhecimentos não merecidos e que, de qualquer forma, não surtiriam efeito em
pessoas com esse perfil, que possuem esse tipo de curiosidade.

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Desejo de aprender, conhecer, investigar determinados assuntos; interesse: Quem se
aproximar da Maçonaria com o intento, deste conceito, este sim, deve ser bem vindo entre nos, pois tem
dentro de si o objetivo, já traçado, de aprender a buscar, investigar, conhecer a verdade, para assim, se tornar
uma peça importante na obra do GADU em busca da perfeição e felicidade da humanidade através do
fraterno amor , não se aplicando a determinação da fase em pauta .

Ir∴ LUIZ CLAUDIO DOS SANTOS A∴M∴

APRENDIZ-MAÇOM:
Aprendiz é aquele que aprende um oficio, ou uma arte. Em Maçonaria, é o primeiro grau
do simbolismo e refere-se ao neófito, ao principiante, que, simbolicamente, está aprendendo a arte de
construir, ou Arte Real. O trabalho do Aprendiz é na Pedra Bruta, que deve ser desbastada e
esquadrejada por ele, para se tornar cúbica, servindo, assim, para as construções. Evidentemente, isso
é apenas simbólico, em alusão aos antigos maçons de oficio, verdadeiros construtores.

A VENTAL
Avental é a peça de couro, de pano, ou de outro material, usada no decorrer de certos trabalhos,
para proteção do corpo, ou da roupa. Em Maçonaria, o avental é o símbolo do trabalho e lembra o
avental de couro usado pelos esquadrejadores (canteiros) e entalhadores de pedra das corporações
medievais de oficio, para proteção do corpo contra eventuais estilhaços. O avental do Aprendiz é de
couro, ou pelica (que 6 uma pele fina de animal, geralmente carneiro), branco e usado com a abeta
levantada, em lembrança do avental dos canteiros, o qual cobria o peito, o abdome e parte dos
membros inferiores.

CADASTRO
O termo designa, entre outras coisas, o recenseamento, ou qualquer registro de pessoas ou
coisas. O número de registro de cada maçom, na Obediência a que pertence, é colocado num cartão de

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identificação, que serve de documento para visitas a outras Lojas e Obediências.

CAPITAÇÃO
É o imposto que se paga por cabeça. Entre as contribuições pecuniárias devidas pelos membros
de uma Loja, está taxa de Capitação, que é a taxa paga por cabeça, ou seja, por cada maçom (o termo
não deve ser confundido com “captação”, do verbo captar).

CINZEL
É o instrumento, cortante numa das extremidades. Usado por gravadores e escultores. A arte de
cinzelar é um dos mais antigos artesanatos, pois foram encontradas peças de cobre cinzeladas nas
cavernas do Neolítico (o final da Pré - História e início da Idade dos Metais). Simbolicamente, o cinzel
é um dos instrumentos de trabalho do Aprendiz Maçom, com o qual ele desbasta a Pedra Bruta,
esquadrejando-a. Simboliza a Razão e a Inteligência.

GEOMETRIA
Designa a parte da Matemática que tem por objeto o espaço e as figuras que nele podem ser
concebidas, ou a medida das linhas, das superfícies e dos volumes. E uma das Sete Ciências ou Artes
Liberais da Antiguidade. De origem egípcia, a Geometria foi levada à Grécia antiga e, como base da
ARTE DE CONSTRUIR, das relações triangulares e do circulo, da Astronomia e da medida das
terras férteis às margens do rio Nilo, serviu de fundamento filosófico para os sábios gregos. levando
aos conceitos de ORDEM, EQUILÍBRIO e HARMONIA UNIVERSAL, que seriam tomados, já desde
os primórdios da Maçonaria moderna (Ver o capitulo “Síntese da História da Maçonaria”), como
obra divina. Como base da arte de construir, a Geometria é a principal ciência desse grande conjunto
de ciências que é a Maçonaria.

GRÃO-MESTRE
É o chefe do Poder executivo maçônico, o supremo mandatário de uma Obediência,
regularmente eleito pela maioria do povo maçônico, para um mandato variável, conforme a
Obediência. No Grande Oriente do Brasil, o mandato é de cinco anos.

GUTURAL
Designa tudo o que 6 relativo à garganta (em latim: guttur) e, por isso, designa, também, a
saudação do grau de Aprendiz Maçom — sinal gutural — feita com a mão sobre a garganta.

INTERSTÍCIO
Designa o intervalo de espaço ou de tempo. Em Maçonaria, designa o tempo mínimo durante o
qual o obreiro deve permanecer em seu grau - em plena atividade para poder ser promovido a um
grau superior. Esse tempo é variável de Obediência para Obediência, mas e, geralmente, de um ano.

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Além do insterstício legal, há necessidade, para promoção, da apresentação de trabalhos sobre o grau.

IRMÃO
Designa o homem que, em relação a outro, tem os mesmos pais, ou somente o mesmo pai, ou a
mesma mãe. Designa, também, o membro de uma confraria, o correligionário, o amigo inseparável, o
frade sem ordens sacras. Sendo, a Maçonaria, uma confraria, uma fraternidade, os maçons usam o
tratamento de Irmão — Poderoso Irmão, Eminente Irmão, Sereníssimo Irmão, para autoridades
maçônicas — independentemente de implicações místicas a respeito do termo.

LITURGIA
Designa a forma e a ordem aprovadas pela autoridade eclesiástica, para celebrar os ofícios divinos,
especialmente o da missa, e, também, o estudo dos ritos sagrados. O termo, é, como se vê, mais
aplicado à religião (e a Maçonaria NÃO É UMA RELIGIÃO), mas, levando-se em conta a etimologia
da palavra (do grego: leitourgia =função pública), qualquer sociedade que realize um cerimonial,
público ou reservado determinada foma de desenvolvimento da cerimônia, estará exercendo uma
função litúrgica, toque acontece na Maçonaria, daí a aplicação da palavra para designar o
procedimento durante o desenvolvimento ritual de uma sessão.

LOJA
O termo provem do germânico: leubja e do frâncico: laubja, através do francês: logee designa o
pavimento térreo de um prédio, a casa comercial estabelecida em loja e, também, uma corporação
maçônica e o local onde ela realiza reuniões, embora seja preferível falar em templo, preservando o
vocábulo Loja para distinguir a corporação e o conjunto dos obreiros reunidos. Originada nas
Guildas medievais, a palavra “leubja” (cuja pronúncia é “lóibja”), significava, no antigo idioma
germânico, lar, casa, abrigo; e acabou dando origem a termos de sentidos eventualmente diferentes,
em outros idiomas: “lodge”, em inglês, “loge”, em francês, “loggia”, em italiano, “logia”, em
castelhano. Em português, a palavra loja provem do frâncico (idioma dos antigos francos) “laubja”,
através do francês “loge’, e significa pavimento térreo de um prédio, ou loja comercial. Em italiano, o
termo “loggia” passou a designar a entrada de edifício, ou galeria usada para exposições artísticas,
para venda de produtos artesanais, ou como pátio, varanda, alpendre. Portanto, nem todas designam
casas comerciais, mas todas designam a reunião e a corporação de maçons.
O termo surgiu, pela primeira vez, cm 1292, num documento de uma GUILDA, organização de
oficio medieval(Ver ”Síntese da História da Maçonaria”). As guildas de mercadores adotaram a
palavra para designar os seus locais de depósito e de venda dos produtos manufaturados, enquanto
que as guildas artesanais a usaram para designar os seus locais de trabalho, ou seja, as oficinas dos
artesãos. Destas últimas, originou-se o nome das corporações maçônicas e a reunião de seus membros.

MAÇO
É um instrumento de madeira rija, do formato de um paralelepípedo, com um cabo no centro,
utilizado por escultores e entalhadores de pedra. É o outro instrumento de trabalho do Aprendiz
Maçom: o que atua sobre o cinzel, na tarefa de desbastamento e esquadrejamento da pedra bruta.

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Simboliza a força de caráter a serviço da razão e da inteligência. Do ponto de vista místico, simboliza
o espírito, atuando sobre a matéria (cinzel).

MAÇOM
É o iniciado na Maçonaria. O termo é originário do francês: maçon = pedreiro e o mais correto,
para o membro da Maçonaria seria a expressão FRANCO MAÇOM ou PEDREIRO LIVRE. E
evidente que o maçom só simbolicamente é um pedreiro, um construtor, já que o seu trabalho é na
construção social e não na de edificações.

MAÇONARIA DE OFÍCIO OU OPERATIVA


Maçonaria é a arte de construir. A expressão Maçonaria Operativa, ou de Oficio, é o rótulo hoje
aplicado às organizações de construtores, as quais floresceram na Idade Média e foram as
precursoras da Maçonaria dos Aceitos, ou Especulativa, que é a atual forma de organização
maçônica.

MAÇONARIA DOS ACEITOS, ou ESPECULATIVA


É a forma moderna de Maçonaria, na qual os iniciados não são necessariamente, ligados à arte
de construir. Quando a Maçonaria de Oficio começou, no século XVI, a admitir homens não ligados,
profissionalmente, à construção, estes foram denominados MAÇONS ACEITOS, ou seja: recebidos,
admitidos. Esses aceitos tomaram-se maioria e, já no começo do século XVIII, implantavam, com a
criação da primeira Obediência maçônica do mundo, a Grande Loja de Londres, a moderna
Maçonaria, a dos Aceitos (o termo mais correto seria Franco-maçonaria, mas está em desuso), que é a
forma hoje conhecida de construtora social.

OBEDIÊNCIA
O termo, no caso da Maçonaria, significa dependência, subordinação e se aplica à associação de
um grupo de Lojas, colocadas sob a direção de um Grão-Mestrado. Até 1717, as Lojas eram livres e
os laços que as ligavam eram profissionais — na fase operativa — e fraternais, sem qualquer
dependência comum. A 24 de junho daquele ano, era criada a primeira Obediência do mundo, a
Grande Loja de Londres, a qual foi o ponto de partida para a adoção generalizada do sistema
obediencial. A primeira Obediência criada soba denominação de Grande Oriente foi a da França, em
dezembro de 1771. Hoje, todas as Lojas são subordinadas, ou seja, são da obediência de um Grande
Oriente ou de uma Grande Loja. É usado, também, em lugar de Obediência, o termo Potência,
embora o primeiro seja mais adequado.

PASSE
É uma palavra que permite a passagem, ou seja, que faz com que um obreiro possa ser admitido
no templo. Alguns ritos não possuem Palavra de Passe no grau de Aprendiz, sob a alegação de que,
em primitivos tempos, o Aprendiz não podia deixar, durante o seu aprendizado, o local de trabalho,
motivo pelo qual não necessitava de uma palavra de passe quando de seu retomo. A Palavra de Passe

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é um dos meios de reconhecimento, sendo solicitada, se necessário, pelo Guarda do Templo, ou
Telhados.

PALAVRA SAGRADA
Também é um dos meios de reconhecimento de cada grau, podendo ser pedida pelo Guarda do
Templo. No Rito Escocês Antigo e Aceito, existe, no inicio e no final dos trabalhos, a cerimônia de
transmissão da Palavra Sagrada. o mesmo acontecendo no Rito Brasileiro.

PALAVRA SEMESTRAL
É penhor de regularidade e de frequência. Enviada pelo Grão-Mestre, a cada seis meses, às
Lojas, dela somente o Venerável Mestre toma conhecimento, transmitindo-a aos obreiros de seu
quadro, alinhados na Cadeia de União.
É prova de regularidade, pois se pode supor que quem não conhece a palavra do semestre em curso e
nem a do anterior, não frequenta Loja há mais de seis meses, sendo, portanto. irregular, A Palavra
Semestral foi criada pelo Grande Oriente da França. em 1777.

PEDRA BRUTA
É a pedra tosca, informe, não trabalhada. Nela trabalham, simbolicamente os Aprendizes
Maçons, revivendo o trabalho dos canteiros medievais, com finalidade de esquadrejá-la e transformá-
la numa pedra cúbica, para que possa ser usada nas construções. Para esse esquadrejamento, o
Aprendiz usa, como instrumentos de trabalho, o cinzel, para desbastar a pedra, o maço, para atuar
sobre o cinzel, além de uma régua, para marcar os locais a esquadrejar.

PEDREIRO-LIVRE
É como é chamado o maçom. A expressão, assim como a francesa “franc-maçon”, a italiana
“libero muratore”, a alemã “freimaurer”, tem origem na inglesa FREEMASON, considerada com
dupla origem, nas instruções da Grande Loja Unida da Inglaterra: refere-se aos maçons operativos
que trabalhavam em FREESTONE (pedra de cantaria, ou pedra que pode ser cortada
LIVREMENTE, sem quebras ou rachaduras), ou ao fato de que houve época em que muitos homens
eram servos e somente HOMENS LIVRES é que podiam pleitear seu ingresso na Maçonaria. As
palavras já foram usadas juntas desde o inicio do século XVIII, surgindo nas Constituições de
Anderson, de 1723.

PODERES MAÇÔNICOS
Tendo uma estrutura semelhante à do Estado, as Obediências maçônicas possuem os poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário. O Executivo, dirigido pelo Grão-Mestre, conta com um Grão-
Mestre Adjunto, Grandes Oficiais e Grandes Secretários, auxiliados por um Conselho do Grão -
Mestrado, sendo que só os cargos de Grão-Mestre e Adjunto é que são eletivos, já que os outros são
livremente preenchidos pelo Grão-Mestre. O Legislativo tanto pode ser exercido por Deputados

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eleitos pelas Lojas (um para cada uma), formando uma Assembléia Legislativa, com administração
autônoma, quanto por um corpo composto por Veneráveis Mestres, O Judiciário é exercido pelo
Tribunal de Justiça, pelo Tribunal Eleitoral e pelos corpos judiciários da Loja (Conselho de Família e
Tribunal do Juri).

RÉGUA
É um instrumento usado para traçar linhas retas. Simbolicamente, quando o Aprendiz trabalha
na pedra bruta, ele, para desbastá-la, usa o cinzel e o maço, mas necessita da régua para marcar os
locais a esquadrejar. E por isso que, ao lado do cinzel e do maço, a régua também deve ser
considerada um instrumento do Aprendiz Maçom, embora alguns ritos não a considerem como tal. É
o símbolo da lei, da ordem e da inteligência, que devem comandar as atividades do maçom.

RITO
De maneira geral, é o cerimonial próprio de um culto, ou de uma sociedade, determinado pela
autoridade competente. Designa, também, a ordenação de qualquer cerimônia e, por extensão, culto,
seita, religião. Embora não haja, entre os diversos agrupamentos maçônicos, notáveis diferenças
doutrinárias, filosóficas, ou ideológicas, elas existem, palpavelmente, quanto à interpretação de fatos
históricos, à analise do esoterismo básico de muitas práticas maçônicas, às influências sociais,
religiosas e políticas e até à situação geográfica. Em decorrência disso, sempre existiram dezenas de
ritos maçônicos, o que, longe de mostrar divido ou enfraquecimento, sugere , muito mais, propicia
diversas correntes de pensamento que convergem para um ponto comum. A Igreja, que é uma sólida
instituição, também possui muitos ritos (25)-dezenove deles na Igreja Oriental - sem que isso abale
sua estrutura doutrinária.

RITUAL
É tudo o que é relativo a rito, ou que contem fitos. É, também, o livro que contem a ordem e a
forma das cerimônias, religiosas, ou não. Por extensão, refere-se a qualquer cerimonial, ou ao
conjunto de regras a serem seguidas. Em Maçonaria, o cerimonial de cada rito é o seu ritual, assim
como o livro que contem a cronologia e as regras do cerimonial. O Aprendiz—assim como qualquer
maçom— deve estudar profundamente o ritual de seu grau, qualquer que seja o rito, pois as práticas
rituais, assim como os símbolos, são as formas veladas, alegóricas, metafóricas com que a Maçonaria
transmite, aos iniciados, a sua doutrina.

SIMBOLISMO
É a expressão ou interpretação por meio de símbolos. Símbolos são figuras, marcas, ou
quaisquer objetos que tenham significado convencional, consagrado pela tradição e pelo uso. Em
Maçonaria, quase todos os símbolos são ligados à arte de construir e encerram uma lição moral e ética
para o iniciado.

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SINAL
É o meio de transmitir, à distância e à vista, uma idéia, ordem, noticia, etc. Os sinais maçônicos
do grau de Aprendiz são: de ordem e saudação, feitos guturalmente. Uma regra básica, nesse caso, é a
seguinte: os sinais só são feitos QUANDO O OBREIRO ESTÁ EM PÉ E PARADO. Ao andar, deve
desfazer o sinal e não deve fazê-lo quando sentado.

TEMPLO
Entre os romanos era o lugar descoberto, elevado e sagrado. É o edifício consagrado ao culto
religioso e, por extensão, o lugar respeitável, ou sagrado. Em Maçonaria, é o local onde as Lojas
fazem as suas sessões ritualísticas. O primeiro templo maçônico foi concluído em 1776, em Londres,
tomando por base, como os templos posteriores, as igrejas — que tomaram, como arquétipo, ou
modelo, o templo de Jerusalem — e o Parlamento britânico.

TOQUE
É um sinal de reconhecimento maçônico, feito ao se tocarem as mãos, num cumprimento. Há
um toque diferente para cada grau maçônico. Junto com os sinais e as palavras, o toque faz parte do
telhamento, ou reconhecimento de um maçom.

Em todas as escolas herméticas há sempre uma cerimônia com a qual se recebe o


candidato, chamada cerimônia de iniciação, assim sendo, esta cerimônia é um ato muito
significativo, cuja verdadeira importância está oculta sob a verdadeira aparência do véu
exterior.

Esta cerimônia de iniciação não é, e nem pode considerar-se unicamente como


material, nem é a aceitação de uma determinada associação, mas o ingresso a um novo
estado de consciência.

Quando desta cerimônia, o iniciado deve estar livre e despojado dos metais, isto é,
qualidades inferiores, vícios, paixões do seu intelecto, de suas crenças e preconceitos,
deve aprender a pensar por si mesmo e não seguir, como cego, o conhecimento e crenças
dos outros.

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O despojamento dos metais simboliza também a pobreza com que Cristo viveu, sem
nenhuma riqueza, somente com a simplicidade fraternal e o amor ao próximo.

Este vínculo entre pobreza e fraternidade está no início da vida maçônica do


candidato e é o primeiro ponto da sabedoria que deve ser interpretada pelo iniciado.

A experiência comprova que a propriedade, a riqueza e o poder são fontes


inesgotáveis de conflitos entre os homens. O mundo é um campo de luta pela riqueza, pelo
poder e pela hegemonia. Os maçons devem evitar aparecer como uma nova espécie de
competidores na corrida à riqueza, ao poder e às honras, procurando constituir sempre
uma irmandade desinteressada, sem inveja e sem desprezo, feita de estima e de confiança.

Só um coração de pobre, isento de qualquer vontade de posse, é capaz de uma


relação com a fraternidade e a igualdade.

A simplicidade de um iniciado, não é a espontaneidade tão natural da criança. Ela é


fruto de uma maturidade espiritual.

O despojamento dos metais é fruto da disponibilidade interior, do despojamento que


deixa inteiramente o iniciado a iniciativa de conduzir suas futuras atitudes pelos caminhos
maçônicos que vir a trilhar.

O iniciado deixa despojar-se de toda a sua vontade própria. Coloca acima de tudo a
comunhão fraterna. Abri-se assim uma qualidade excepcional de relação após a
compreensão desta atitude, transformando a relação fraterna em uma relação
transparente, isenta de todo amor-próprio e de todo ensimesmar-se.

Este deixar dos metais é o ponto essencial da sabedoria, onde o iniciado deixa-se
conduzir pelo caminho da pura simplicidade.

Esta atitude de profunda humildade, pela qual o iniciado se coloca, faz o mesmo atar
laços de amizade com todas as criaturas, e é de uma extrema importância, pois vem
reforçar a fraternidade humana propriamente dita. E esta, com efeito, encontra sua melhor
garantia nesta fraternidade maçônica com atitudes de respeito e de amor para com todo o
conjunto da criação e para com todas as formas de vida, por mais simples que sejam.

O maçom que fraterniza com todas as criaturas, comungando com o amor do


Grande Arquiteto por sua obra inteira, coloca-se ao abrigo da tentação de dominar seus
semelhantes e de violentá-los de alguma forma.

O respeito pela pessoa humana começa pelo respeito pela vida, sob suas humildes
formas. Assim quando nos despojamos dos metais, estamos nos despojando de todas as

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inconveniências de uma vida anterior, passando a um renascimento maçônico, postulado
de ensinamentos e atitudes que deverão formar o futuro irmão.

Nesta Ordem de importância, resume toda a Filosofia Maçônica, nelas não residindo nenhum segredo.

A Maçonaria prega, como único ponto doutrinário, a existência de um ente criador, a quem designa como

Grande Arquiteto, que tudo fez, que tudo criou, não restando as suas criaturas, outro objetivo que não o de

revenciar a sua obra.

Nada mais a Maçonaria prega, pois não é uma religião, sendo apenas religiosa. Ainda mais,
determinada que cada um de seus membros pratique a Religião que a sua consciência lhe determinar.
Podemos observar que em toda a parte da terra, nos mais distantes locais, em nas mais
diferentes datas, esse sentimento pelo divino brotou no intimo do ser humano, e em cada local os
homens o interpretaram a sua maneira.
Surgiram mesmos deuses sanguinários, que exigiam sacrifícios terríveis, mas, temos de entender
que mesmo esses deuses foram emanações da mesma chama sagrada. Esses deuses não eram
sanguinários. Sanguinários foram os homens que os interpretaram.
A emanação sempre foi a mesma, a interpretação é que foi diferente. Cada um de nós deve, de
acordo com a Filosofia Maçônica, viver a deidade de acordo com sua consciência.
Se vivemos de acordo com nossas consciências criamos regras que chamamos de ordenação
moral.
A ordenação moral é variável de acordo com o tempo e espaço.
De acordo com o tempo porque a moral evolui na mesma medida que o ser humano.
Também no espaço, aqui considerado como o local geográfico, faz com que a moral tenha outras
interpretações, pois civilizações que emergiram ao mesmo tempo, em vários locais tiveram costumes
completamente diferentes.
Tempo e espaço tem portanto, influência significativa na formação da moral. Não pode uma
raça ou uma civilização, ou uma religião, submeter uma outra as suas regras.
Essa é uma simplória explicação da primeira parte da Grande Trilogia: Deus sob o ponto de

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vista da vida moral.
A segunda parte diz respeito á pátria. Embora a Maçonaria seja Universal e postule
pela Fraternidade, ela ensina, desde os tempos mais antigos, que a preservação do grupo é a
segunda grande regra, intimamente ligada a primeira, pois se temos uma regra e a vivemos, se
sabemos que tem outros povos que têm suas próprias regras e as vivem, temos de nos organizar
para vivermos com justiça e equidade.
É o viver e deixar de viver.
Este é o conceito de pátria, a mãe de todos, que a todos deve igualmente tratar. E conceito da
Justiça Social.
Se temos uma regra de vida moral, se temos regras para vida em grupo, temos obviamente de
nos completar com regras para a célula mater de todo e qualquer povo: a Família.
Deus pelo universo, pátria pelo grupo e família pelo indivíduo.
Como poderíamos viver Deus, viver Pátria se não vivermos Família?
Em verdade a Família para a Maçonaria é a redução de Deus e Pátria ao cotidiano de cada um.
Temos de evoluir moralmente para conhecermos a Deus Temos de evoluir politicamente, não
confundir com politicagem, para servirmos a Pátria, mas só conseguiremos esses objetivos se antes
vivermos intensamente a Família.
Temos de fazer com que nossos filhos recebam essa carga de vida moral e de justiça social para
serem melhores cidadãos e almejarem atingir a proximidade de Deus, seja em que religião estiverem.
Também como chefes de família, temos de viver os ensinamentos de Deus e da Pátria, da moral
e da justiça. Embora os instintos, ainda latentes, muitas vezes nos levem a incoveniências, ao Maçom
não é permitido qualquer ato que traia essa afinidade ideológica.
Como iniciado, não pode permitir que as suas paixões, os seus instintos o vençam, pois é sua
obrigação fazer sempre novos progressos intelectuais, de modo a bem conviver com a família.
A Milênios a Maçonaria pensa assim, embora a Milênios a Maçonaria fosse conhecida com ou-
tros nomes.
Deus, Pátria e Família eis a síntese da Filosofia Maçônica. Caminhando por essa trilha chegare-
mos lá.

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DIÁCONOS

Em termos meramente etimológicos, Diácono é o que se coloca a serviço de alguém, "aquele que
serve". Genericamente todo cristão é um Diácono de Deus (servidor, ministro). Assim, Paulo, o
Apóstolo, se autodenomina e a todos que servem a Deus ou a Cristo. Mencionam-se nas Sagradas
Escrituras: "Timóteo, Ministro de Deus" (I Tessalonicenses 3:2); "Apolo e Paulo, Servos do Senhor" (I
Coríntios 3:5); "Epafras, Ministro de Cristo" (Colossenses 1:5). Servo ou Ministro, em grego bíblico,
apenas Diáconos.

Raramente no feminino, em linguagem arcaica o vocábulo diakonos ligava-se ao verdo diakoneõ -


"trabalhar como criado, servir". Embora possa parecer palavra composta do prefixo dia = através -
não há essa composição. Na realidade, origina-se do micênico kasikonos = "trabalhador,
companheiro". Mais tarde, no grego clássico, teria o sentido de "servidor, mensageiro" e no grego
helenístico, especializando-se, seria relacionado a "servidor de um Templo"(1)

Na comunidade de Jerusalém, ainda no primeiro século cristão, o nome Diácono identificava um


determinado cargo comunitário voltado ao atendimento das necessidades materiais dos membros da
jovem igreja, como hoje, por analogia, mais ou menos se espera, em Lojas Maçônicas, que seja feito
pelos hospitaleiros. Bem se sabe que, logo nos primeiros dias da Cristandade, devido a problemas
específicos, eis que a distribuição de bens e cuidados não se fazia de modo eficiente, foi necessária
uma separação, distinguindo-se o Ministério da Palavra. Coube aos Diáconos, então instruídos, uma
segunda função, de caráter caritativo ou assistencial, de atendimento às viúvas, órfãos e enfermos.
Diziam os Apóstolos: "Não é razoável que abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas"
(Atos, 6:2). O primeiro mártir, Estevão, foi um Diácono - alguém que servia os próprios irmãos.

Na Igreja posterior, primeiro no Oriente e, a partir do século V, também no Ocidente, tem-se notícia
das diaconisas: mulheres incumbidas de instruir e batizar outras mulheres(2). Em Roma, o Diácono
veio e instituiu-se em uma espécie de Segundo Grau, abaixo dos Padres ou Presbíteros. Nas
denominações evangélicas há Diáconos e Diaconisas, genericamente incumbidos da assistência aos
Irmãos.

FONTES MAÇÔNICAS

Os britânicos constituem-se em excelente fonte de estudos. Possuem documentos antigos e deram


forma e consistência à Maçonaria que praticamos. A Grande Loja, The Premier Grand Lodge,
organizada em Londres (1717), é o ponto obrigatório de passagem na história da Maçonaria em todas
as partes do mundo. As velhas Lojas de Operários medievais não deixariam sucessores, caso não fosse
criada a Grande Loja londrina, historicamente a primeira Obediência. Depois a idéia difundiu-se pelo
Continente Europeu: França, Itália, Alemanha, Espanha, Portugal. Foi à América. Criou-se, inclusive,
uma área latina, sob predominância cultural francesa, que viria a se constituir em origem da Maçonaria
no Brasil, mas as raízes deste movimento moderno estão em seio inglês. Por isso é útil o exame dos
Rituais ingleses.

A Grande Loja de Londres, ao ser fundada em 1717, não adotava Diáconos. Por certo, segundo
evidências de que nos fala Harry Mendoza(3) e nos fornece detalhes Harry Carr(4), o cargo existiria na
Most Ancient & Honorable Fraternity of Free and Accepted Masons (Mais Antiga e Respeitável
Fraternidade de Maçons Livres e Aceitos), cerca de 1751, conhecida por Grande Loja dos Antigos, rival
da Grande Loja londrina, a quem os Antigos, com sentido depreciativo, denominavam de "Modernos".
Laurence Dermott, o notável Grande Secretário dessa Obediência histórica, registraria, em 1753, atas
dos Antigos, bem como, em 1754, atas da Loja nº 37, que ele mesmo serviria como Junior e como
Senior Deacon (Segundo e Primeiro Diácono, respectivamente), assim como Vigilante, antes de ser

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instalado Mestre na Irlanda em 1746. Outrossim algumas Lojas que se associaram após 1717 à
Grande Loja de Londres, possuíam o cargo de Diácono, embora, reiteremos, a Grande Loja,
oficialmente, não o adotasse. Os ingleses sempre mantiveram certa liberdade de procedimentos
internos das Lojas.

Conforme apontamentos de Carr (op. cit. p. 88) e Mendoza (op. cit. p. 17), a mais antiga referência
a diáconos, em uma Loja na Inglaterra, é datada de 1733/34, em Swalwell, Gateshead, Durham,
descrevendo-se seus deveres como "mensageiros do Venerável e dos Vigilantes". As Lojas que não
possuíam Diáconos utilizavam os serviços do Mestre de Banquetes (Steward) ou do Segundo Vigilante
(Junior Warden). Os Stewards, tudo indica, não reduziam suas funções apenas a atividades de
banquetes, mas sim levavam mensagens (missão dos Diáconos) bem como desempenhavam parte das
funções Ritualísticas hoje, no R.: E.: A.: A.:, por exemplo, reservada aos Expertos.

Afinal, quando das tratativas para a união das duas Grandes Lojas inglesas rivais (a dos Antigos e a
dos Modernos), foi criada, em 1809, a Special Lodge of Promulgation, nesta a resolução de se
adotarem Diáconos. Com ressalvas. A nota resumida, então publicada, recomendava que os Diáconos
fossem utilizados, mesmo que, pelo devido exame, ficasse provado que não se constituíam em uma
função antiga, apenas sendo Oficiais úteis e necessários: "Resolved that Deacons (being proved on due
investigation, to be not only Ancient but useful and necessary Officers) be reconmended ...". E, na ata
da Old Dundee Lodge, nº 18, datada de 8 de fevereiro de 1810 (Apud Carr, idem, ibidem) encontra-se
interessante registro de efeitos dessa adoção de 1809: "O Venerável Mestre relatou sobre a
necessidade de mais dois novos Oficiais para atender às alterações efetuadas(5), informando que eles
se denominam Diáconos (...) um Senior Diácono e um Júnior Diácono, a eles cabendo Jóias como no
velho significado, isto é, Mercúrio, o mensageiro dos deuses, e não no moderno, "a pomba com um
ramo de oliveira" (Carr, op. cit., p. 88/89). No Livro das Constituições, Grande Loja Unida da
Inglaterra, 1815, se oficializaria o cargo.

É fácil, desse modo, compreender o motivo de os Ritos Adonhiramita e Moderno não adotarem
Diáconos, distinguindo-se dos outros Ritos. Constituídos ainda no Século XVIII, anteriores pois à união
das duas Grandes Lojas inglesas rivais, da qual resultaria a Grande Loja Unida da Inglaterra (1813), os
dois Ritos em tela seguiam, na França, ao modo Ritualístico dos Modernos (Grande Loja de Londres),
que não utilizava Diáconos oficialmente. E assim continuaram, mesmo após a mudança de 1809, nas
tratativas para a união inglesa. Como continuariam com a inversão de Colunas, palavras, etc.,
providência que os Modernos haviam adotado em 1730, após a infidelidade de Samuel Prichard(6).

FUNÇÃO

A tradição tem dado aos Diáconos a função de mensageiros. Há exemplares antigos de Jóias desses
Cargos (Primeiro e Segundo Diáconos) constituídas por um Mercúrio alado, o mensageiro dos seres do
Olimpo, como há exemplares em que aparece a clássica forma da Pomba que traz no bico o ramo de
oliveira, mensagem a Noé de que a água baixara e já havia terra firme após o dilúvio (Gênesis 8: 11).
Em todos os Ritos, que possuem estes Oficiais, com variações próprias de cada Rito, sempre cabe aos
Diáconos esta ou aquela missão de transmitir ordens ou mensagens, como levar o livro de atas para
assinaturas, transmitir a Palavra Sagrada, etc.

De modo significativo, contudo, principalmente no sistema inglês, aos Diáconos cabe funções
semelhantes a dos Expertos no R.: E.: A.: A.:, já dissemos. À época em que a Grande Loja de Londres
não adotava Diáconos, as funções hoje exercidas por eles em uma Loja inglesa, principalmente a de
conduzir os Candidatos durante as Cerimônias, eram efetuadas pelos Vigilantes. Isso bem se vê na
célebre Exposure de Prichard (Masonry Dissected, 1730) de que falamos acima. Ali está bem claro que
o Segundo Vigilante recebia o candidato na porta da Loja, mais ou menos como hoje compete ao
Guarda Interno fazer (Rito de York/Emulação), e o Primeiro Vigilante realizava uma perambulação
apresentando o Candidato ao Venerável Mestre, além de ensinar-lhe a aproximar-se do Venerável,
trabalho hoje, no Rito de Emulação, da alçada do Segundo Diácono(7).

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OS BASTÕES E O PÁLIO
É por tradição, o uso de bastões pelo Mestre de Cerimônias e Diáconos.

Os Diáconos usam Bastões? Formam Pálio? São questões suplementares. É sempre interessante
conhecer as Exposures que nos revelam Rituais e práticas do Século XVIII, quando foram estruturados
os primeiros Rituais. Por exemplo, embora não expliquem a razão exata de os Maçons terem adotado
o uso de Bastões, provam que os Bastões são de antiga utilização entre nós. Por certo introduzidos na
Maçonaria como cópia de Cerimoniais de outra natureza ou de outras Instituições.

A célebre Exposure, "Three Distinct Knocks" (1760)(8), revela-nos que o Mestre e os seus dois
Diáconos, cada um deles, portava durante as Cerimônias um Bastão negro, com cerca de sete pés de
comprimento (cerca de 2,10 m), tanto ao abrir como ao fechar a Loja, não explicando, contudo, qual o
procedimento desses Oficiais com essas Varas/Bastões. O Diretor de Cerimônias portava um Bastão
branco. Outrossim havia a prática de os Diáconos cruzarem as Varas sobre a cabeça do Candidato
durante preces e juramentos. A Exposure de Prichard (1730) registrava que o Candidato, na Iniciação,
ajoelhava-se "dentro do Esquadro" (within the square). Expressão dúbia. Tanto podia indicar o
cruzamento dos Bastões sobre a cabeça do Candidato, eis que o Nível medieval, utilizado pelos
Operativos, era um Triângulo de madeira com um Prumo no centro - os Bastões cruzados
inequivocamente, assim, suscitando-nos a idéia de um Nível - como podia, de outro modo, por
dubiedade, representar um Esquadro no chão. Assim a expressão "within the square" originou o
costume existente em algumas Lojas inglesas, de o Candidato ajoelhar-se dentro de um grande
Esquadro de madeira colocado no chão ou sobre o banco de ajoelhar-se (Apud Carr idem, ibidem)(9).

Este procedimento, de cruzar Bastões sobre a cabeça do Candidato no ato de seu juramento, ainda
permanece na atualidade do Rito de Emulação (ou de York, na expressão brasileira), os Diáconos
sustentando as Varas com a mão esquerda, cruzando-as sobre a cabeça do Candidato, ajoelhado. Com
a mão direita permanecem à ordem. Como se vê, costume antigo e não se pode dizer que há erro
nisso. São variações.

Havia outras. Carr fala-nos de Ritual de 1847(10), onde a prece pelo Candidato era efetuada tendo
os Diáconos as mãos reunidas sobre as mãos do Candidato, segurando os respectivos Bastões com a
mão livre. Recordar, na atualidade, o ato de cruzar as mãos sobre a cabeça do Mestre que está sendo
Instalado.

Na realidade hoje discutimos muito quanto ao Pálio, formado na abertura e no fechamento do Livro
das Sagradas Escrituras, havendo explicações de toda ordem, ditas "esotéricas", esse procedimento
constituindo-se apenas em mera variação de costume antigo, desde o paganismo, realizado sempre
que vai ser procedido um ato solene ou vai se conceder uma honraria. Sempre se formam Arcos ou
Pálios com as mãos, Bastões ou Espadas. Aliás (com profundo caráter espiritual), no Cristianismo
nascente do primeiro século, os que iriam formar o clero cristão, encarregando-se das celebrações
Ritualísticas, recebiam poderes por meio de um Ritual de imposição das mãos de outros que já haviam
recebido tais poderes e a autorização de lhos transmitir(11). No Século XVIII, na Maçonaria, como
ainda na atualidade, cruzavam-se os Bastões dos Diáconos, bem como cruzavam-se Espadas, para
formar um Arco para passagem de honra. No Rito de York (Emulação), em cada Sessão, Venerável e
Vigilantes são recebidos sob os Bastões cruzados dos Diáconos.

CONCLUINDO

A primeira Grande Loja, fundada em 1717, Londres, e a Grande Loja dos Antigos, 1751, nunca
publicaram um Ritual ou deram autorização ou aprovação a qualquer publicação. Contudo da Exposure
de Prichard (1730), bem como de outros documentos, assim as atas irlandesas mencionadas
permitem-nos concluir pela adoção gradativa, sem unanimidade, do cargo de Diáconos, inclusive
portando Bastões. E esses estudos, procedidos no limiar do Século XIX, mais próximo das origens da

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Maçonaria moderna, concluíram que os Diáconos eram úteis ou necessários, não se constituindo,
contudo, em uma função antiga, sempre existente. Daí justificadas as diferenças. Os Ritos
diferenciaram-se, havendo adoções diversas, desde a ausência dos Diáconos até sua presença
marcante com funções Ritualísticas significativas. Inclua-se a diferença entre Espadas e Bastões, fazer
ou não o Pálio. Enfim não há certo ou errado, há diferenças. Cabe que cada corrente Ritualística saiba
de sua própria genuinidade e das necessidades de sua próprias manifestações de ordem cultural. E
que o Ritual adotado seja obedecido. A Maçonaria, sendo universal, admite estas diferenças que não
ferem a ortodoxia. A obediência, contudo, é uma bela virtude maçônica.

NOTAS

(1) P. Chantraine - Diccionnaire Étymologique de la Langue Grecque - Histoire des mots, Éditions
Klincksieck, Paris, 1984, 2 vols., publicada com a colaboração do Centre National de la Recherche
Scientifique.

(2) Dicionário Enciclopédico da Bíblia. Redator: A. van den Born; Colaboradores: D. S. Attema et.
al.; Trad.: Frederico Stein; Coordenação em Língua Portuguesa: Frei Frederico Vier, O. F. M. - Ed.
Vozes, Petrópolis, 1971, 3ª Ed. holandesa, 1589, pág. 394.

(3) MENDOZA, Harry. Fifty Questions Answered. Apostila, "Quatuor Coronati" Lodge nº 2076,
Londres, 1993, 67 pp., p. 17.

(4) CARR, Harry. The Freemason at Work, 7ª Ed., rev., Lewis Masonic, Londres, 1992, 405 pp.,
p. 88.

(5) Lá também se modificavam os Rituais, quando necessário.

(6) Para melhor informação, ver Nicola Aslan - Estudos Maçônicos sobre Simbolismo, Ed. do
Grande Oriente do Brasil, Rio, 1969, Razões históricas da Inversão das Colunas p.129 e segs. (A
Editora "A TROLHA" republicou esta obra, disponível aos leitores interessados).

(7) Ver in Assis Carvalho - A Maçonaria - Usos & Costumes, Coleção Caderno de Estudos
Maçônicos, nº 25, Ed. "A TROLHA", Londrina - PR, 1ª ed., 1995, 198 pp., p. 32/35.

(8) Apud Carr, op. cit. p. 191.

(9) Xico (Assis Carvalho, op. cit. p.34/35) fez tradução da qual respeitosamente discordo. Do
texto de Prichard: "With my bare-bended Knee and Body within the Square (vírgula), the Compass
extended to my naked Left Breast, my naked Right Hand on the Holy Bible". Xico traduziu: "Com o
meu joelho despido e o corpo com um Esquadro e o Compasso apontado para o meu peito esquerdo
nu (...)" - mas há uma vírgula deixada de lado. Com ela ficaria assim: "Com o meu joelho despido e o
corpo dentro do Esquadro (vírgula), o Compasso apontado para o meu peito esquerdo nu e minha mão
direita despida sobre a Bíblia".

(10) Ritual de Claret, 4ª. ed., cerca de 1847 - Apud Carr, op. cit. p. 192.

(11) Philip Hughes - História da Igreja Católica, trad. de Leônidas Gontijo de Carvalho, Cia.
Editora Nacional, S. Paulo 1954, 336 pp., p. 17.

Este trabalho do nosso Irmão Fernando de Faria, foi encontrado na página da Loja Triumpho do
Direito, do Grande Oriente do Estado do Rio Grande do Sul.

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EM PÉ E A ORDEM

Em todos os momentos de nossa vida, a qual pode ser ela maçônica, pessoal, ou
mesmo em nossa vida profissional, é muito importante que tenhamos a capacidade
de poder enfrentar as mais diversas situações com determinação, de modo, a
estarmos sempre EM PÉ E A ORDEM, não só aos nossos familiares, e a quem
necessitar, mas também a nossa Fraternal Ordem Maçônica.
Um velho ensinamento judaico já dizia que “O Homem pode ter tanto a terra
quanto o céu sob os seus pés, o que equivale a dizer que ele tem a força e
sabedoria suficiente para construir tanto o Bem quanto o Mal”, assim sendo,
nós maçons pertencentes a esta tão nobre fraternidade, também temos a capacidade
e o dever de estarmos sempre prontos para confraternizarmos com o nosso próximo
e estarmos sempre à disposição para ajudar.

Devemos sempre estar Em Pé e a Ordem Nenhuma verdadeira e sincera manifestação de


fraternidade para com todos os irmãos, sentindo sempre a ação interior de uma forma
sempre mais clara, procurando a sua íntima união e solidariedade com toda a manifestação
da Vida, e desta íntima consciência e deste sentimento humanitário, buscar uma verdadeira
compreensão e realização fraternal, que será a conseqüência espontânea e natural de cada
irmão maçom.

Esta fraternal ação será primeiramente entre irmãos, pois só os que a entendem e se
reconhecem como irmãos podem realizá-la, busquemos assim, colocar em pratica atitudes
básicas de tudo isso e reconheçamos a Verdade da Unidade Fraternal que esta em nos
colocarmos Em Pé e a Ordem a todos os seres.

“Estar Em Pé e a Ordem é a Fraternidade dos Iniciados e dos verdadeiros Mestres


Maçons”.

Ir.’. Jellis Fernando de Carvalho

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E MPUNHANDO A
EMPUNHANDO AE SPADA
ESPADA

De um modo geral, a direita é considerada benéfica e a esquerda maléfica nas


figurações estáticas.

Dexter significa direita em latim, e Sinister esquerda, entre os áugures romanos, o que
ficava à esquerda era desfavorável e de mau agouro, dai veio a palavra sinistro.

O mesmo significado tem os movimentos que vão seja para a direita, seja para a
esquerda.

Com efeito as circum-ambulações sinistro-cêntricas, na maioria das vezes referem-se a


operações nefastas.

Nos ritos de Magia Negra, diz Victor Henry, a direita cede este lugar para a esquerda, e
se coloca um pé a frente, é o pé esquerdo, apresenta-se o flanco esquerdo ao fogo ou a
qualquer outro acessório em torno do qual se ande.

É preciso notar, escreve Goblet d’Alviella que em todos os ritos giratórios, o


movimento sempre deve ser feito para a direita, isto é, no sentido do movimento dos ponteiros
do relógio.

Os rituais bramânicos diz ele, prescrevem formalmente que as circum ambulações


sejam feitas pela direita formalmente e queria que a galeria disposta para uso das procissões,
sejam feitas pela direita ,em torno dos mais antigos templos bramânicos que recebe até o
nome significativo de (pradakshina) literalmente: para a direita, dextroversum.

Os hindus também conheciam a circum-ambulação para a esquerda (prasavya), a


rotação às avessas, mas trata-se de um procedimento de mau-agouro, de um ato de magia
negra.

Na Escócia os Celtas, conservaram até os nossos dias, o costume de fazer três vezes a
volta aos objetos que eles querem santificar, dos indivíduos que querem honrar ou proteger.

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Esoterismo do Templo Maçônico


Esotericamente, o Templo Maçônico pode ser considerado como o corpo de um Ser Vivo,
sendo a cabeça representada pelo Oriente, de onde emanam a sabedoria, a coordenação, a super-
visão, o gerenciamento do organismo. Já os Vigilantes são equiparados aos seus dois lados, sendo o
direito, o 1º Vigilante, e o esquerdo, o 2º Vigilante.
O Altar dos Juramentos simboliza o coração, enquanto que as colunas B e J os membros.
Como um Ser completo e indivisível, o Templo também possui outros órgãos. Assim, os demais
símbolos representam as partes essenciais desse corpo. Portanto, nenhum deles está ali colocado
aleatória ou ocasionalmente. Nesta ocasião, fazemos apenas alguns destaques, urna vez que o
devido estudo, mais detalhado de símbolos e simbolismos se constitui num processo contínuo de
riqueza indescritível.
Quando adentramos ao Templo, somos orientados a faze-lo rompendo a marcha com o pé
esquerdo. Essa exigência tem sua razão de ser. O lado esquerdo do como humano é administrado
pelo hemisfério direito do cérebro, o qual controla as atividades espirituais, esotéricas, sentimentais,
atemporais, artísticas, subjetivas. Ao agirmos assim, estamos, simbolicamente, mergulhando no
misterioso além de dentro, na subjetividade, no reino de nosso Mestre Interno, o qual denominamos
Grande Arquiteto do Universo”. A relevância do estudo desses símbolos e práticas simbólicas pode
ser melhor entendida na célebre sentença de Hermes Trimegistro: Assim como é em cima é
embaixo”. Noutras palavras, quando compreendermos que os símbolos do Templo nos contam a
história da Vida do Homem, e que o Homem é uma réplica do Universo, do Cósmico, poderemos
começar a avaliar melhor tal importância para o nosso desenvolvimento da Senda Maçônica.
Nesse esforço continuado de aprendizagem instala-se em nós um processo educativo, o qual,
como é repetido seguidamente nos trabalhos maçônicos, iniciamos o “desbastar da Pedra Bruta”,
que somos nós mesmos. Com isso, tendemos para o seu polimento, buscando o necessário equilí-
brio estético, capaz de mediar e dirigir o novo Ser que, paulatinamente, começamos a nos tornar.
Assim, o nosso desenvolvimento na Senda Maçônica será feito à medida de nosso envolvi-
mento e comprometimento com os estudos de sua Filosofia e às práticas correlatas.
Para finalizar esta reflexão, transcrevo uma frase extraída de um texto sagrado de
uma tradicional e respeitável escola de esoterismo:

“Assim como a corrente de água pura da montanha brilha mais, à medida em que é exposta aos ratos glorio-
sos do sol, assim também nossa consciência será mais iluminada à medida em que a dirigirmos para a luz”.

Que os estudos do esoterismo contido nos símbolos do Templo Maçônico possam ser valiosos instrumentos
na nossa busca da ‘Arte Real”.

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O ESOTERISMO E SUA FINALIDADE

O Conhecimento Esotérico pode satisfazer ao anseio que tem a humanidade por uma doutrina que satisfaça
tanto a mente quanto ao coração, que seja o remédio para as feridas da incompreensão do homem e que atire
abaixo as barreiras das razões e religiões temporais. No fundo, somos todos filhos do mesmo pai e
participamos da mesma origem - as crenças, como os rios, vão sempre para o mar, que é a verdade única.
Para isso, em sua ampla heterogeneidade, o conhecimento esotérico oferece um conjunto de ensinamentos
de profunda verdade e sensatez para quem se disponha a desenvolver suas possibilidades latentes que, por
sua incalculável transcendência, se perdem no infinito.
Não há dúvida, então, que o homem moderno pode falar nesses conhecimentos de uma visão maravilhosa do
esquema divino, cuja magnificência produzirá nele uma devoção em direção a Deus não sentida antes.
Assim também. desenvolvem-se uma compreensão intelectual e uma resposta aos variados problemas da
vida, tornando, desta forma, sua mente satisfeita ao saber qual é o objetivo e a finalidade do universo e da
sua existência. Estas perguntas todas não são contestadas satisfatoriamente nem nos cultos ortodoxos, nem
na ciência ou na filosofia acadêmica. Tudo isso lhe permitirá ordenar sua existência e ajustá-la ao plano
divino, o qual deve ser sua primordial tarefa, fazendo-a de uma forma compreensiva, de tolerância e mútuo
respeito com todos os seres que o rodeiam.
A sabedoria antiga não dispõe de fórmulas patenteadas para este trabalho, nem de atalhos iniciáticos. Aos
estudantes que estão decididos a dar seus primeiros passos na realização da grande obra, o único caminho é
o conhecimento esotérico. E a oportunidade de melhorar por si próprios, através de um consistente
programa de esforços inteligentemente dirigidos, para que possam receber depois, do acordo com seus
conhecimentos, a ajuda de que necessitam para maior superação.
Por conseguinte, não nos equivoquemos ao estudar estes sagrados ensinamentos, pensando que seremos
superiores aos demais, ou que isto vá nos auxiliar a aumentar nosso prestígio ou riqueza pessoal. Devemos
ter bem presente que a Sabedoria Divina não está interessada em melhorar a condição material do indivíduo,
nem rodeá-lo de opulência. Sua finalidade não é tornar os homens ricos cm posses externas, mas em
consciência ou realizações internas.
Por isso, desde o princípio, devemos entender perfeitamente que se o egoísmo fonte de todos os males não
for eliminado de nossas almas, não poderemos esperar ganhar nenhum conhecimento de positivo valor, que
seja em benefício para nossa perfeição e’ para nossos semelhantes. A Sabedoria Esotérica demanda muitos
anos de purificação e preparação antes que seus adeptos estejam capacitados para instruir-se nas coisas mais
primárias.
Todos nós que tentamos empreender o estudo das verdades sagradas contidas no conhecimento esotérico,
conscientes do nosso sincero interesse, devemos nos submeter a um plano de vida e disciplina, compatível
com nossas possibilidades, que possa nos capacitar. Por meio da constância e do amadurecimento
poderemos transmitir uma mensagem de luz e verdade aos nossos semelhantes. Se nosso propósito está bem
encaminhado, devemos então, desde o princípio, oferecer nossos serviços à humanidade, pois em toda alma
existe este anseio expresso. A medida que avançamos no caminho do logro, compreendemos que o doar é a
única maneira de se obter, e que recebemos mais quando nos esforçamos para transmitir ao mundo o que
ganhamos.

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Nossas almas, adormecidas durante séculos, aspiram com veemência a possibilidade de servir a

Deus. Nossa meta não deve ser a glória do momento, pois o poder que buscamos é o de acumulação lenta e

progressiva, O conhecimento é uma das mais nobres emoções humanas e, na maioria das vezes, este desejo

pode nos levar ao erro. O ainda pouco discernimento nos leva aos equívocos por causa do entusiasmo, da

precipitação ou da falsa orientação. O primeiro passo, então, está no conhecimento o importante é separar o

útil do inútil, o. imprescindível do supérfluo.

Quem busca o conhecimento esotérico deve estar consciente de que a consecução deste intento é o máximo
que podemos aspirar em nossas vidas. Há que se reconhecer que, apesar de ser um caminho árduo, a sua
realização é grandiosa e sublime e seu ganho é incomensurável.

ESPIRITUALISMO E ESOTERISMO
Por “Espiritualismo” compreende-se toda a imensa série de ensinos de idéias e argumentos
que tendem explicar a vida sob um conceito superior a matéria, em oposição ao
materialismo.

Nele se enquadram os ensinos de todas as religiões e filosofias não materialistas, o ocultismo


em geral, a psicologia e o espiritismo. O que caracteriza o “Espiritualismo”, entretanto,
mesmo quando se trata do mais avançado, é que se baseia num raciocínio demasiado
concreto, em argumentações intelectuais, em opiniões e experiências pessoais, que nunca se
elevam acima do nível mundano das formas e das aparências. Nesse sentido pode afirmar
que cada “espiritualista” concebe e forma um espiritualismo próprio, de acordo com seu
conhecimento, suas concepções, sua experiência e seus interesses pessoais. Daí a imensa
divergência que se nota entre as diferentes correntes “espiritualistas” em todo o mundo e o
constante antagonismo que as separa, que as torna rivais e impossibilita qualquer
entendimento entre elas.

No campo intelectual de argumentações, de conceitos mentais, de especulações e opiniões


pessoais em que se assentam as várias correntes “espiritualistas” não é possível
estabelecer-se nenhuma base de entendimento, de aproximação e de harmonização. Em
todos os tempos foi assim, mas nos nossos tempos, especialmente, cada vez mais se acentua
e cresce a tendência ao separatismo, ao exclusivismo, ao desentendimento. Cada dia
surgem novas correntes de opiniões, novas concepções, novas organizações, novos cismas e
separações de correntes antigas e tradicionais. Cada indivíduo que se julga “mestre”

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pretende logo organizar uma nova corrente e conquistar novos adeptos, defendendo e
impondo suas idéias e opiniões, que considera sempre “melhores do que a dos outros”, e
assim o “espiritualismo” vai-se dividindo e fragmentando de forma impressionante nos
nossos tempos. Muito há que em sua boa fé imaginam um Espiritualismo unificado,
concordante e harmonioso, capaz de congregar a todos os espiritualistas, mas por mais que
se esforcem e procurem movimentos de unificação, todos os esforços têm sido baldados. O
que se observa, entretanto, é que a tendência à separação, à desunião, ao desentendimento,
é cada vez maior.

A verdade é que não poderia mesmo ser de outra forma, desde que o atual “Espiritualismo”
não é mais do que um produto da mentalidade humana, presa ainda a um conceito
demasiado concreto e formalista, sem uma base de “realidade” substancial. Poder-se-ia dizer
que o atual “espiritualismo” é ainda demasiado mundano, sujeito a toda sorte de emoções
negativas, superficiais e ilusórias. É produto da “personalidade” não se eleva acima do
raciocínio exclusivista e egoísta. Funciona no mesmo nível do desejo e da fantasia, que
caracteriza todas as criações do homem mundano, Quanto mais se alarga o conhecimento,
quanto mais o homem acumula idéias e opiniões, quanto mais forja concepções e elabora
novos planos intelectuais, mais exclusivista e separatista se torna, porque a base do
intelectualismo e do raciocínio concreto é o separatismo, que cada vez se torna mais
acentuado. Os sábios e pensadores do assunto, declaram que no campo intelectual e mental,
a unificação é impossível, e têm toda a razão. Os fatos provam insofismavelmente essa
realidade. Nos nossos tempos os vários conceitos “espiritualistas” são um terrível exemplo da
tendência exclusivista e separatista da mentalidade concreta. O “espiritualismo” como tudo
na vida, tornou-se mais um motivo de separações, de competências de lutas e desarmonias
entre os homens.

A unificação dos homens, boa compreensão e entendimento, não virão absolutamente de um


“espiritualismo” forjado pelo personalismo e pelos vãos conceitos de um intelectualismo
interesseiro e mundano, que tem muito de fantasia e muito pouco de realidade. È lógico e
muito natural que não sendo capaz de produzir um conceito de unificação e de entendimento,
não podendo desapegar-se dos interesses pessoais e mundanos, o atual “espiritualismo”
acaba por tornar-se fatalmente mais um meio de desunião, de separações, de
desentendimentos, de desgostos e desilusões. É o que vemos por toda a parte. Não obstante
as palavras bonitas e cheias de sentimentalismo, os ideais teóricos, os sonhos e fantasias de
uma unificação fraternal, os entusiasmos de movimentos de massa que brotam aqui e ali,
ocasionais e passageiros, o “espiritualismo” dos nossos tempos vai cada vez mais dividindo
os homens, e tornando mais difícil a sonhada “unificação”.

É que infelizmente, os chefes e organizadores desses movimentos sonham com uma


“unificação” em que todos os outros concordem com as suas opiniões “salvadoras”, e como,

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naturalmente, todos os outros se consideram com o mesmo direito, e não concordam, então
tudo continua domo dantes, e cada um se afasta... mui cordialmente... dos outros, quando
não se ofendem e brigam francamente.

Sempre custa muito compreender-se que nesse nível de consciência mundano nada se pode
alcançar. Enquanto o homem não compreender que no campo personalista do intelecto e do
raciocínio concreto não lhe é possível sair desse nível, todo o esforço será inútil, e o seu
“espiritualismo” continuará a ser uma das suas muitas fantasias, sem nenhum resultado
prático. Dentro desse nível de consciência só pode haver confusão, e, por fim, a mais amarga
desilusão.

Além do campo de “espiritualismo comum” estendesse um campo novo, onde começam


verdadeiramente as realizações, onde a espiritualidade se torna um fato, onde o “verdadeiro
iniciado” encontra uma realidade, livre de todos os sonhos e fantasias: é o campo do
Esoterismo, que se abre a todo homem disposto a um trabalho de superação e de sacrifícios,
para a conquista de um mais alto nível de consciência. O Espiritualismo pode ser um caminho
de preparação para o Esoterismo, e isso acontece, em geral, com quase todos os
investigadores, mas se “o buscador de luz” tem qualidades e chega a compreender as
limitações e deficiências do nível de consciência em que se encontra, então só lhe resta um
caminho, o do Esoterismo. O caminho do Esoterismo é algo excepcional e estranho. Para
cada investigador ele parece sempre novo, embora seja o mais antigo, o mais primitivo. Seus
ensinos são exatamente simples, e se encontram por toda parte, mas nunca são
“percebidos” pelo homem comum, e mesmo que lhe sejam explicados, não os compreenderá.
Só quando alcança um nível superior de consciência, pode o homem entendê-los e
reconhecer o seu valor. Enquanto não atinge esse nível superior de entendimento não é
possível ao homem comum sentir a grandeza desses ensinos, e mesmo que os tenha em
mãos, não saberá aproveitá-los. Não entrarão em sua consciência, e não representarão nada
para ele, assim como as pérolas nada representam para os porcos, empregando-se um
termo Bíblico tão expressivo (Mateus C. 6, v.6-8).

Nesse sentido o Esoterismo é verdadeiramente um ensino “oculto”, não porque ele esconda
ou se reserve, mas porque, no nível de consciência em que o homem comum se encontra
não lhe é possível percebê-lo e entendê-lo. Esse é o grande “segredo” do Esoterismo, que por
uma fatalidade, em conseqüência de sua própria condição, o homem comum não admite, não
acredita e não leva a sério. No seu nível inferior de mentalidade concreta, em seu nível
superficial de consciência, o homem comum não pode ver as realidades do Esoterismo, e
quando examina algo dos seus ensinos prende-se unicamente à letra, materializando
sistematicamente todos os seus conceitos. Ao passar para o nível inferior de consciência do
homem comum, as realidades superiores do Esoterismo tornam-se “letra morta” e perdem

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completamente todo o seu valor; tornam-se “espiritualismo comum”, motivos de especulação
intelectual, de controvérsias, de desentendimentos.

Expondo magistralmente, em forma de símbolos e alegorias, as Escolas de Sabedoria das


Idades, entre Elas, a maçonaria, chamam sutilmente a atenção dos “buscadores de luz” para
esse “segredo” de uma concepção mais alta, de um nível superior de consciência, quando diz
que “o mais importante dos ensinamentos, é algo que está entre as linhas, que não foi
escrito”. A maçonaria, afirma categoricamente em seus rituais, através da linguagem muda
dos seus símbolos e alegorias, uma mensagem imperceptível às massas, e somente àquele
que atingir “certo nível” superior de consciência concreta,poderá compreender a linguagem
muda dos símbolos e alegorias, lendo nas entrelinhas dos nossos rituais, aquilo que não
poderia neles ser escrito. Considerá-lo apenas ao nível intelectual, como simples
conhecimento mental, é manter-se no nível da “letra”, é perder a sua essência, o seu
“espírito”.

Elevar o seu nível de consciência, para atingir o sentido superior dos ensinos é o primeiro
trabalho efetivo de realização que o maçom “buscador de luz” há de fazer, e então poderá
perceber os “segredos” que se encobrem na sua apresentação intelectual, nas suas letras.
Quando for capaz de sentir o seu sentido superior, quando puder perceber o espírito dos

ensinos maçônicos, então verificará , com surpresa sua, que pode perceber o sentido real de
todos os ensinos de todas as correntes tradicionais e o valor de quaisquer ensinos que se
apresentem. Com a capacidade superior de um nível mais alto de consciência poderá ver a
realidade das coisas, e já não se enganará nem se iludirá com aparências. Verá o valor e a
importância de cada ensino e poderá “separar as pérolas dos cascalhos”. Nos nossos tempos
os ensinos “esotéricos” estão sendo apresentados gradualmente, sob vários aspectos, mas
obedecendo todos a um plano inteligentemente traçado, de acordo com as necessidades
espirituais de cada raça no caminho da evolução. È preciso urgentemente, nos livrarmos do
fanatismo, do exclusivismo, porque isso só prova incapacidade de entendimento. Fanatismo e
exclusivismo são produtos do nível mundano e inferior de consciência. O entendimento não
gera nunca o fanatismo, pelo contrário, convence “ao buscador de luz” de que deve ser
“tolerante”, mesmo porque não há forma mais desastrosa de sustentar e defender uma idéia
ou um ensino do que deixar-se fanatizar por ele. O fanático não “defende” nenhuma idéia,
nenhum ensino; o que ele faz, sem o perceber, é perverter e arruinar essas idéias aos olhos
de todo mundo. O que o fanatismo pode fazer é atrair e arrastar outras mentalidades fracas,
para constituir com elas perigosas correntes, de conseqüências fatais. Deixar-se influir por
qualquer corrente de fanatismos, qualquer que seja o seu rótulo, é prejudicar-se seriamente,
porque enquanto se está preso a uma corrente mental dessa espécie paralisasse o avanço
da consciência, e começa-se a retrogradar perigosamente.

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Se há uma coisa que evitamos a todo transe e de todas as formas e´que os buscadores de
luz, da nossa maçonaria se tornem fanáticos. Combatemos o fanatismo com todas as armas
da lógica e do bom senso, procurando libertar as consciências dos IIr:. e amigos, que nos
rodeiam. A maçonaria, jamais admitiu qualquer método ou quaisquer práticas que pudessem
despertar o menor princípio de fanatismo e de escravidão mental entre os seus membros.
Respeitamos, acima de tudo, a liberdade mental dos nossos IIr:., e a defenderemos em
todas as circunstancias e eventualidades. È o nosso dever e a nossa obrigação. Amando os
nossos Irmãos, queremos vê-los livres, conscientes e valorosos, capazes de conquistar um
mais alto nível de entendimento, capazes de avançar em plena liberdade pelo caminho da
legítima espiritualidade. Esse é o segredo da nossa força e do nosso sucesso. A nossa
Irmandade é uma congregação de irmãos livres e conscientes, livres de pensar, de agir e de
se conduzir. Como São Paulo, podemos dizer também: - Nós adotamos a Lei da Liberdade. A
maçonaria e sua filosofia, são meios de libertação, não de escravidão.

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O ESQUADRO E

O COMPASSO

O Esquadro é um instrumento que permite a construção de corpos quadrados. Em certo


sentido, o Esquadro representa a ação do homem sobre a matéria; em outro a ação do homem sobre si
mesmo, é a jóia do Ven.’. M.’. tem ramos desiguais e sobre seu peito o ramo mais longo significa o
domínio do ativo sobre o passivo, indica que ele deve ser o mais correto e mais justo da Loja, é o símbolo
da retidão. Formado pela reunião da horizontal e da perpendicular, simboliza, ainda o equilíbrio da união
do ativo e do passivo, que são as duas paridades universais, uma de movimento e outra de inércia e
repouso.

O Esquadro dá a marcha do 1º grau a posição dos pés em ângulo reto e os respectivos


movimentos indicando como os maçons andam em Loja e sua direção para o Or.’., exprime o
respeito aquele de quem recebemos a força espiritual da instrução maçônica. O Esquadro figura
em todos os graus da maçonaria filosófica, como um dos emblemas mais eloquentes, é o emblema
integral da retidão, da igualdade e do direito, pois conjuga, por sua forma, o nível símbolo da
igualdade e a perpendicular que figura a justiça.

Uma vez adquirida a noção de círculo, o homem inventou o Compasso que não somente serve para traçar

círculos mas também para tomar e marcar medidas. O Compasso representa a imagem do pensamento

nos diversos círculos percorridos por ele; o afastamento dos dois ramos, assim como suas aproximações,

figuram os diversos modos de raciocínio que, em certos casos deve ser largo e abundante e, em outros,

apertado e preciso, porém sempre claro e persuasivo.

Sendo o Compasso móvel e o Esquadro fixo, o Compasso é ativo em relação ao Esquadro.

Graças às suas pontas, o Compasso pode ser cravado na matéria, desde que a abertura seja inferior a

180 Graus, pois, uma vez atingida essa abertura, as duas varas confundem-se em uma linha reta e o

instrumento deixa de servir como Compasso.

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No simbolismo dos três primeiros Graus, o Compasso tem a abertura de 45º. Uma vez for-
mada a Loja de Aprendiz, o Esquadro deverá ser colocado sobre o Compasso, simbolizando essa
disposição, que, nesse Grau, a matéria ainda predomina sobre o espírito.

O NÍVEL E A

PERPENDICULAR (PRUMO)

O Nível maçônico é diferente do nível comum. O Nível maçônico não fornece apenas a linha horizontal, mas a

horizontal precisamente comprovada pela posição correta da linha vertical. Para que a horizontal seja realmente a

horizontal, precisa formar, com a vertical, um ângulo de 90 graus.

O Nível maçônico é o símbolo da igualdade. É a jóia distintiva do 1º Vig.’., é o emblema da igualdade, simboliza a

igualdade social, base do direito natural.

O Nível é o emblema da igualdade fraternal com que todos as maçons se reconhecem, fazendo lembrar que, em

Loja, não são reconhecidas as distinções profanas.

A Perpendicular ou Prumo, é o símbolo da independência, da dignidade, altivez e imparcialidade dos justos, pois a

perpendicular não pende, como acontece com as oblíquas, é a jóia do 2º Vig.’., símbolo da profundidade do

conhecimento e da retidão, prevenindo qualquer desvio oblíquo. Lembra a todos os maçons que todos os seus atos

devem ser justos e medidos para o levantamento de um Templo moral justo e perfeito.

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Dizemos que os nossos trabalhos começam ao meio-dia e quando é meio-dia, o Sol está no zenite, de modo que o

Prumo não projeta sombra. O Maçom trabalha sem “fazer sombras” em ninguém, sem vaidade, o meio-dia, hora do

máximo esplendor do sol, é também a hora em que a construção pode ser verificada com maior precisão, por meio

do Nível e do Prumo.

Diz-se que os antigos construtores assim procediam e, uma vez que tudo corria bem, proclamavam ao chefe que

tudo está justo e perfeito.

EXPLICAÇÃO DO SALMO 133

“Oh ! Quão bom e agradável vivermos unidos os irmãos ! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o
qual desce para a barba, a barba de Aarão, e desce para a gola de suas vestes. É como o orvalho do
Hermon, que desce sobre os montes de Sião. Ali ordena o senhor a sua benção e a vida para sempre”.
Israel assim como seu povo é abençoado por Deus, dizem em historias populares, que é o povo
escolhido, situado entre a cadeia de montes de Sião, de onde se destaca majestosamente o monte Hermon,
um verdadeiro oásis, contrastando com os países vizinhos; Cortado por diversos e importantes rios, dentre
eles o mais famoso, o rio Jordão, às suas margens estende-se verdejantes videiras e oliveiras assim com
produz tudo o que se planta.
Como Jerusalém está situada na meseta central da Palestina, para chegar à cidade santa de qualquer
parte da terra, é preciso “subir”, o que explica bem a razão de ser da expressão “das subidas”, circundada
pelos montes de Sião, onde o senhor escolheu para morar, de onde se destaca majestosamente o monte
Hermon.
O monte Hermon por sua vez, destaca-se por sua magnitude, de tão alto, há neve em seu cume o tempo
todo, e é de lá, que após que vem o orvalho santo junto com as bênçãos; A neve derretida, forma os rios e os
lençóis de água, e por sua importância é que no salmo 133, destaca de forma tão bela.
Quando Davi falava “O quão bom e agradável vivermos unidos os irmãos! ” importância que dava
aos povos de diversas aldeias que iam aos templos de Jerusalém para rezar, e Jerusalém por sua vez, tratava
à todos dessa forma, acolhia quem quer que fosse, viesse de qualquer lugar.
E o óleo citado “...é como o óleo precioso...” era um perfume raríssimo à base de mirra e oliva, usado
para urgir os reis e sacerdotes, e ou aqueles neófitos que asparivam a alguma iniciação; Importante à ponto
de comparar com os irmãos unidos e sua grandiosidade.
Agora quando fala “...é como o orvalho do Hermon, que desce sobre os montes de Sião...” refere-se
ao monte em sua pujança, sua importância para a existência de Israel, dos montes vem o orvalho e o orvalho
é a água, a vida, a natureza, o bem mais precioso.
Para situarmos melhor na história, falo agora do significado de cada citação, de onde podemos refletir
e só assim, entendermos o que Davi Dizia:

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OS IRMÃOS:
Quando o Salmo 133, sugere “...que os irmãos vivam em união...” estamos traçando um programa de
convivência amena e construtiva, e se voltarmos no tempo, veremos que a palavra “irmão” se revela uma
necessidade entre os homens e era mesmo. Com toques divinos, não menor necessidade que temos dela
hoje, basta que encaremos o panorama humano dos nossos dias atormentados pelas divergências e
alimentados pelo ódio mais profundo.
O ÓLEO
“ Os óleos vegetais são produtos de secreção das plantas, que se obtém das sementes ou frutos dos
vegetais, são substâncias gordurosas das quais muitas comíveis líquida e de temperatura ordinária” Bem,
podemos ver que não trata-se de nova tecnologia, o óleo citado acima, usado para unção sagrada, era uma
das espécies porém muito especial.

AARÃO
O membro destacado da tribo de Levi, irmão mais velho de Moisés e seu principal colaborador, possui
um peso próprio na tradição bíblica, devido ao seu caráter de patriarca e fundador da classe sacerdotal dos
judeus.

A BARBA
Pelos espalhados pelo rosto, adorna a face do homem desde os mais remotos tempos, a barba mereceu
dos mais variados, novos semitas e não semitas da antiguidade, um trato especial, destinaram-lhe grandes
cuidados. Não apenas um símbolo de masculinidade e podemos exemplificá-la com os varões que
engrandeceram o império Brasileiro, figuras imponentes pela conduta e em particular, símbolo de
austeridade moral.
Os Israelitas a que pertencia Aarão, evidenciaram especial estima pela barba, a ela conferiam forte
merecimento, apreciável atributo do varão, que externava pela sua aparência, sua própria dignidade. Os
Israelitas por si mesmo, pelo que ela representava, raspá-la e eliminá-la do rosto, demonstrava sinal de dor
profunda.

AS VESTES
De especial significa litúrgico e ritualístico, eram as vestes daqueles que tinham por missão exercitar
atos religiosos, como a unção, o sacrifício, o culto e variava de conformidade com os diversos ofícios
religiosos para invocação da divindade.
Havia especial referência pela cor branca nas vestes sacerdotais, nas representações egípcias
contemporâneas ou posteriores ao médio império, os sacerdotes usavam um avental grosseiro e curto, já o
sacerdote leitor, usava uma faixa que lhe cobria o peito como distintivo de sua categoria, enquanto que o
sacerdote vinculado ao ritual de coroação, exibia uma pele de pantera.
No velho testamento presume-se o uso de um avental quadrado, quando se fala na proibição de
aproximar-se do altar através das grades, talvez um precursor do avental maçônico.
Então o óleo sagrado era jorrado sob a cabeça da pessoa a ser ungida, desça pela barba e escorria à orla
de suas vestes.

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O ORVALHO
O esplendor da natureza oferece a magia do orvalho, que desce das alturas para florir de viço as
plantas, nada mais belo e nada mais sedutor do que o frescor das manhãs, ver como as folhas cobrem-se de
uma colcha unida, onde vão refletir os raios avermelhados do sol que traz luz.
No capim deposita-se o orvalho cama verde e amiga, em gotículas que, juntando-se umas às outras,
vão nutrir a terra ávida de alimento, parecem espadas de aço ao calor do dia, nas pétalas florias, formando-
se perolas do líquido cristalino, espelho da vida que exulta ao redor.

O MONTE HERMON
Trata-se de um maciço rochoso situado ao sul-sudeste do antilíbano do qual se separa um vale
profundo e extenso, apresenta-se de forma de um circulo, que vai de nordeste à sudeste. Explicando um
pouco mais, para entender a geografia dessa região que viram nascer a história do mundo bíblico: O
Antilíbano é a cordilheira que se estende paralelamente ao Líbano, separando das planícies de Bekaa. De
todas as cadeias montanhosas, é a que se posta mais ao oriente, pois desenvolve-se no nordeste ao sul-
sudeste, por quase 163 quilômetros, suas extensões e alturas são visíveis à partir do mediterrâneo; Seu ponto
culminante é o monte Hermon, com mais de 2.800 metros de altitude, possui neve em seu cume e de lá o
vento traz o orvalho.

O MONTE SIÃO
Também chamado de monte de Deus, o monte Sião não que seja santo por si mesmo, más porque o
Senhor o escolhera para ser sua morada, para todos, o monte será um refúgio seguro e inabalável.
O orvalho que escorre de Hermon para os montes de Sião, como o senhor ali mora, é dele que escorre
o orvalho abençoado, todas as suas complacências.
Em Salmos 2:6 vemos que Deus mesmo instalou seu rei sobre o monte santo, “ Eu, porém constituí
meu rei sobre o monte Sião ” O mesmo lugar em que Abraão ia sacrificar o filho conforme ( 2 Cr 3:1 e
Gen. 22:2).

A BENÇÃO
Tudo que é bom e lhe é agraciado; Em Hebraico, seu significado é “berakak” palavra que deriva de
“Berek” que por sua vez significa joelho. Nota-se a relação entre uma e outra palavra, porque, sendo a
benção a invocação das graças de Deus sobre a pessoa que a recebe, deve ser colhida com humildade e
unção, portanto, de joelhos em terra, reverenciado e respeitosamente.
Para os Semitas, benção possui força própria, e por isso, é capaz despertada a sua potencialidade
energética de produzir a saúde, palavra que se acha envolvida por vibração, carregada de energia dinâmica e
magia.
“O onipotente te abençoará com a benção do céu, com as bênçãos do abismo, que jaz embaixo, com
as bênçãos dos seios maternos e dos úteros”.
(Gênesis 49:25)
Assim “ ...Porque ali o senhor ordena a benção e a vida para sempre... ”.
BIBLIOGRAFIA: Trabalho recebido via internet

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FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE


Tendo em vista a necessidade de buscar argumentos que possam contribuir para o aprimoramento
moral e espiritual dos Maçons, no sentido desenvolver e assegurar a fidelidade às obrigações
assumidas, bem como aperfeiçoar seu caráter, a Ordem analisa os ensinamentos propiciados pelas
Grandes Religiões.

Tais estudos, como é óbvio, não se prendem a questões religioso-sectárias, o que sairia totalmente do
espírito maçônico, mas sim ao conteúdo filosófico, ao núcleo ético, dos ensinamentos das religiões, os
quais, na verdade, são todos superponíveis uns aos outros.

De fato, por mais inconciliáveis que pareçam, à primeira vista, os diversos sistemas religiosos, quem
os examina com imparcialidade, não pode deixar de concluir que só existe, na verdade, uma religião,
sempre adaptada à situação social em que surge. Seus elementos essenciais constituem, independente
de seus dogmas, a mais completa metodologia educacional, pois, acompanhando o homem do berço
até o túmulo, tem como finalidade adaptá-lo, cada vez mais, ao convívio social. E, do ponto de vista
da transcendência, não existe uma religião melhor do que a outra, já que a melhor, para cada um de
nós, é aquela que nos facilitará melhor compreender os mistérios e desígnios de Deus, permitindo-nos
entrar em comunhão com um TODO MAIOR, não importa o nome que se lhe dê. O que importa é que
esse estado de consciência nos leve a descobrir uma razão de viver, um sentido de vida, que
ultrapasse nossa simples presença na Terra.

Dentro dessa concepção, façamos uma sucinta análise da Trilogia Cristã, constituída pela Fé,
Esperança e Caridade, ou seja, pelas Virtudes Teologais.

As Virtudes Teologais

Definamos, em primeiro lugar, o que é virtude.Tal pergunta já é feita ao postulante, quando da


cerimônia de sua Iniciação ao Primeiro Grau.

A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Permite-nos não só a praticar
bons atos, mas a dar o melhor de que dispomos. Com todas as suas forças físicas e espirituais, a
pessoa virtuosa tende ao bem, persegue-o e escolhe-o na prática.Se alguém busca sempre dizer a
verdade, possui a virtude da veracidade ou sinceridade. Se prima por ser rigorosamente honesto com
o direito dos outros, tem a virtude da justiça.Para os teólogos do Cristianismo, se adquirimos uma
virtude por esforço próprio, como as mencionadas acima, ela é uma virtude natural. Mas, há virtudes
que exigem muito mais para se consolidar; dependem de um "dom divino" para serem adquiridas e a
elas o homem não pode chegar só com seus dotes naturais. São as virtudes sobrenaturais ou
teologais, assim chamadas porque dizem diretamente à intervenção divina.Na verdade, nada ocorre
sem a presença de Deus. "Invocado ou não, Deus está sempre presente".

A Fé

Das três Virtudes Teologais a Fé é fundamental.Não confundamos a Fé com a simples crença, como
magistralmente frisa Huberto Rohden.

Tal confusão surgiu nos primeiros anos do Cristianismo, quando o texto grego do Evangelho foi
traduzido para o latim.

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Fé, fides, quer dizer "fidelidade", harmonia entre a alma humana e o espírito de Deus. É, basicamente,
uma "adesão pessoal" do homem a esse TODO MAIOR, uma atitude de "alta fidelidade", de sintonia de
freqüência do receptor (homem) com o emissor (Deus).

Como esse substantivo latino não tem verbo derivado do mesmo radical, como no grego, os tradutores
viram-se obrigados a recorrer a um verbo de outro radical, valendo-se de credere, que em português
deu crer.Crença, crer, com efeito, têm conotação diferente de Fé, de ter Fé. Refere-se a algo incerto,
vago, como quando dizemos: "creio que vai chover", "creio que Fulano mudou-se de casa".

Crer em Deus não é o mesmo que ter Fé ou fidelidade a Deus. Quem tem Fé, fides, fidelidade
estabelece com Deus perfeita sintonia ou sinfonia de pensamentos, palavras e obras.Se o espírito
humano não está sintonizado com o espírito de Deus, ele não tem Fé, embora talvez creia. Tal pessoa
pode, em tese, aceitar que Deus existe e, apesar disso, não ter Fé.

Crer é um ato apenas intelectual, de quem se persuadiu de algo que lhe parece verdadeiro; ter Fé vai
mais longe. É uma atitude de consciência e de vivência, que brota da experiência íntima. É o resultado
de uma intuição espiritual, que transcende a mera intelectualização.A Fé implica certeza. Ter Fé é
guardar no coração a luminosa certeza em Deus, certeza que vai muito além do âmbito da crença.

Conseguir a Fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer "eu creio", mas afirmar "eu sei", ou seja,
eu saboreio, que é o significado etimológico de saber, com todas as dimensões da razão, iluminadas
pela luz do sentimento.Essa Fé não é de boca para fora, recitada. É profunda, inabalável, não se
estagnando em nenhuma circunstância de vida, habilitando-nos a superar os maiores obstáculos. É
nesse sentido que "a Fé remove montanhas", que são os entraves encontrados em nosso caminho
evolutivo, ou seja, os vícios, as paixões, os preconceitos, a ignorância, os interesses puramente
materiais, as dores, os reveses, o infortúnio etc.

Em outras palavras, com a certeza na assistência de Deus, a Fé exprime a confiança, que sabe
enfrentar todas as lutas e problemas, com a luz divina no coração.

A Fé inteligente

A Maçonaria insiste em que a Fé não pode ser reduzida à simples crença em certos dogmas religiosos,
aceitos sem exame, anulando-se a razão. Essa é uma "fé cega", comparável a um farol, cuja
luminosidade não atravessa o nevoeiro, deixando o navegante sem saber seu rumo nos momentos de
tormenta.

A verdadeira Fé é esclarecida, como um foco elétrico, que ilumina com brilhante luz o caminho de
nossa evolução e ser percorrido.Chamemo-la "Fé racional" e, por isso mesmo, robusta. Necessita ser
conquistada, porquanto passa pelas tribulações da dúvida, pelas aflições que embaraçam o caminho
dos que buscam o livre exame e a liberdade de pensamento.Em vez de dogmas e mistérios, cumpre-
nos reconhecer os princípios que regem o mundo e o homem.

Assim, a verdadeira Fé é inteligente, porque se apóia na lógica. Não basta somente dizer "tenho fé". É
indispensável conhecer, compreender, saber a dinâmica dessa certeza.

A Fé não dispensa o suporte da razão. "Quem tem olhos de ver, que veja!". Basta lançar nossos olhos
sobre as obras da criação, para se ter certeza da existência de Deus. Não há efeito sem causa. O
Universo existe; ele tem, pois, uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar esse axioma das

ciências e admitir que o nada pode fazer tudo. Deus é a Grande Lei que estabeleceu e mantém a
Harmonia Universal. É o Grande Arquiteto do Universo. Duvidar da existência de Deus é duvidar de si
mesmo!

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A Esperança

A Esperança é a filha predileta da Fé.

A Fé vivida em plenitude, como acima definida, já contém a Esperança, virtude teologal pela qual
confiamos na promessa da vida eterna.
Em Maçonaria, usamos a expressão "Oriente Eterno", no sentido de que a alma é imortal e o
fenômeno a que se chama morte não é, senão, a transição de uma etapa de nossa evolução infinita.
Por isso, a pessoa consciente, que possui a virtude da Esperança, é capaz de vencer o medo, as
tribulações, as intempéries da vida diária, com compreensão e resignação, agradecendo a dádiva das
provas e provações que Deus nos oferece, para que nos aperfeiçoemos em nossa caminhada
espiritual, na busca da LUZ que vem do Oriente.

A Caridade

Enquanto a Fé e a Esperança são virtudes que vivenciamos em um plano subjetivo, a Caridade é uma
ação explícita, em nível objetivo. É uma atuação, embora deva ser silenciosa. Sua prática desenvolve
a Fé e a Esperança.

Um dos fundamentos da Ordem Maçônica é a prática da Caridade, sob a forma de filantropia, visando
ao bem estar do gênero humano. De fato, nossa Instituição não está constituída para se obter lucro
pessoal de nenhuma espécie, senão, pelo contrário, suas arrecadações e seus recursos destinam-se a
contribuir materialmente para aqueles que estão privados dos meios de prover uma digna
subsistência. E "que nossa mão esquerda não saiba o que dá nossa mão direita".

No entanto, independente de qualquer aspecto pecuniário, o Grande Arquiteto do Universo nos dá a


oportunidade de, em qualquer parte, praticar a "caridade maior", a caridade moral, pois "nem só de
pão vive o homem".Ninguém precisa dispor de recursos materiais para praticar essa Caridade.
Entretanto, ela é a mais difícil e, por isso, a mais valiosa. Se não, vejamos alguns exemplos:

Fazer aos demais o que desejaríamos fosse feito conosco.Perdoar as ofensas tantas vezes quanto
forem necessárias.Respeitar nos semelhantes a LIBERDADE de opiniões e pensamentos divergentes
dos nossos.Ter pelo próximo solidariedade fraternal, FRATERNIDADE.Lutar pela IGUALDADE de direitos
entre as pessoas.Abster-se de julgamentos precipitados e de juízos temerários.

A lista é imensa. O que importa é sabermos que essa "caridade moral" não implica subserviência de
nossa parte. Pelo contrário, quanto mais nos respeitemos e qualifiquemos, mais capacidade teremos
de nos dar, de amar, de sermos caridosos.

Ferramentas do Gr.’. de Apr.’.

Em todos os sistemas e Ritos da Maç∴ Simbólica Universal, denomina-se "Apr∴" o Iniciado nos seculares
segredos dessa Ord∴. O termo foi tirado da Maç∴ Operativa, na qual o Apr∴ ocupava o lugar mais inferior
da escala entre os operários. A Maç∴ Especulativa, que sucedeu à Maç∴ Operativa, ocupa não mais com a
arte de construção, mas com a moral, com o Simbolismo e Rituais, adotou os Usos, Costumes e
Regulamentos bem como os instrumentos da antiga modalidade. Através da adoção de todos os elementos
da Maç∴ Operativa, a Maç∴ Especulativa estabeleceu o seu próprio sistema de organização e de
moralidade.

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O que representa o homem quando é apresentado aos primeiros elementos da Maç∴, o Apr∴, portanto?
Representa o ser humano nos primeiros passos da civilização, na sua infância cultural, tentando sair da
escuridão, da ignorância. Assim são deveres do Apr∴ a luta contra os inimigos naturais do homem (as
paixões), o estudo das leis, usos e costumes da Maç∴ através do seu trabalho simbólico em desbastar a P∴
B∴ desde o meio-dia até a meia-noite, o combate contra a mentira, o fanatismo, a ambição e a ignorância. O
Apr∴ deve lutar arduamente pela vitória da luz sobre as trevas, da honra sobre a perfídia, da verdade sobre
a hipocrisia.
O Apr∴, em Loj∴, deve permanecer em absoluto silêncio, em atitude de respeito e meditação, sempre
procurando tirar o máximo de proveito de cada ensinamento vindo do Oriente. O Apre∴ deve saber esperar
a concessão da palavra e saber usá-la com sabedoria. O Sin∴ de Ord∴, ao falar, deve lembrar ao M∴ que
precisa dominar a exteriorização de seus pensamentos.
O trabalho em Loj∴ sempre é iniciado ao "meio-dia" porque esta hora faz alusão ao período da vida em que
o homem estaria capacitado a trabalhar pelo semelhante. Antes do meio-dia o homem vive a fase de
Aprendizado sobre os mistérios da existência. Ao meio-dia começa o seu trabalho. A morte, o fim, o
encerramento dos trabalhos chega com as doze badaladas da noite.
Enquanto o Apr∴, o M∴ recebe a revelação do que representa o trabalho da Maç∴, e aprende que para ser
digno e capaz de desempenhar suas funções como legítimo M∴ precisará libertar e purificar o seu coração.
Apagar antigos rancores, superstições, ódios e equívocos históricos e filosóficos. Nessa fase diz-se que a
P∴ B∴ começa a ser desbastada, ou seja, todos os maus costumes são abandonados juntamente com os
preconceitos e paixões que enchem o nosso mundo profano. Para o trabalho de desbastar a P∴ B∴, o Apr∴
recebe as suas ferramentas especiais: o Malho e o Cinzel.

O Apr∴ M∴ trabalha na P∴ B∴ (símbolo do Apr∴ M∴), diz-se que quando um homem é rústico,
ignorante e mal-educado, que não passa de uma pedra bruta. Na Maç∴, a P∴B∴ é um símbolo que
representa a necessidade do esquadrejamento, ou seja, do desbastamento das arestas dessa pedra que ocorre
com paciência e com o tempo estabelecido, até ver essa pedra transformada em P∴C∴.
A P∴ B∴ simboliza portanto as imperfeições do espírito e do coração que o M∴ deve se esforçar por
corrigir. O Apr∴ M∴ trabalha nas LLoj∴ Azuis, ou também chamadas Oficinas Simbólicas. No REAA
(Grande Loja da França), os três primeiros graus (Apr∴, Comp∴ e M∴M∴), são regidos pela Grande
Loj∴. Sendo o 1° grau o alicerce da filosofia simbólica, resumindo ele toda a moral Maç∴ de

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aperfeiçoamento humano, compete ao Apr∴ o trabalho de desbastar a P∴B∴, isto é, desvencilhar-se dos
defeitos e paixões, para poder concorrer à construção moral da humanidade, que é a verdadeira Obra da
Maç∴.
A P∴B∴serve para nela trabalharem os AApr∴, marcando-a e desbastando-a, até que seja julgada polida
pelo Ven∴ M∴ da Loj∴. A P∴ B∴ é o material retirado da jazida, no estado da natureza, até que, pela
constância e trabalho do Obr∴, fique na devida forma, para poder entrar na construção do edifício. Ela
representa a inteligência, o sentimento do homem no estado primitivo, áspero e despolido, e que nesse
estado se conserva até que, pelo cuidado de seus pais e instrução dos MM∴, adquire educação liberal e
virtuosa, tornando-se fonte de cultura, capaz de fazer parte de uma sociedade civilizada.
P∴B∴é o símbolo da imperfeição do próprio espírito que o M∴ deve corrigir. Significa dedicar-se aos
princípios fundamentais da Maç∴ universal, procurando, através de sua filosofia, doutrina, símbolos,
alegorias e seus ensinamentos, o aprimoramento interior. O desbastamento equivale ao aprendizado;
lentamente o Apr∴ adquirirá formas definidas; paulatinamente ele desbastará essa pedra, para finalmente
dar-lhe polimento; refletirá nela então, a sua nova personalidade.
O malho e o cinzel. simbolizam as ferramentas com as quais o Apr∴ deverá trabalhar a P∴B∴ para toná-la
perfeita (P∴ C∴ ou P∴P∴), ou seja, devemos trabalhar nosso ser interiormente para nos aperfeiçoarmos. O
malho é o emblema do trabalho e da força material, ajuda a derrubar obstáculos e superar as dificuldades. O
cinzel é o emblema da escultura, da arquitetura e das belas-artes, seu uso seria quase nulo sem o concurso
do malho. O malho simboliza a vontade ativa do Apr∴ e o cinzel significa o discernimento na investigação.
A grande riqueza do Simbolismo Maç∴ atual é devida, principalmente, aos franceses. Os Rituais antigos,
das Grandes LLoj∴ Inglesas, eram muito mais simples e os Símbolos operativos eram apenas citados.

Posteriormente com a entrada dos especulativos e as novas correntes de pensamento, a interpretação dos
Símbolos passou a ter novas conotações.
A interpretação dos Símbolos é, talvez, o mais difícil ramo do estudo maçônico e em seu nome muitos
absurdos foram cometidos.
Vamos estudar o Malho e o Cinzel, apresentando em primeiro lugar dois aspectos que são aceitos,
praticamente, por todos os autores.
São chamados de instrumentos ativos: o Compasso, o Malho, o Prumo e a Régua. Estes instrumentos são,
em geral, relacionados como Espírito e com o lado masculino.

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São chamados instrumentos passivos: o Esquadro, o Cinzel, o Nível e a Alavanca. Estes instrumentos são,
em geral, relacionados com a Matéria e com o lado feminino.

Assim temos :
• MALHO – Vontade na ação.
• CINZEL – Discernimento na investigação.
• RÉGUA – Precisão na execução.

O MALHO – O Malho é um instrumento de trabalho dos mais utilizados pelo Apr∴. Em seu primeiro
trabalho, o Apr∴ começa a desbastar a P∴ B∴ e, a partir daí, tem início seu eterno aprimoramento.
Considerado como um instrumento ativo, é o Símbolo da vontade, da força, do trabalho, da determinação.
Não devemos nos esquecer que o Malhete, nas mãos dos VVen∴ e VVig∴, nada mais é do que um
pequeno Malho. Aqui ele representará o poder e a autoridade de quem dirige.
Um aspecto fundamental na utilização deste instrumento é o do discernimento e lógica que devem conduzir
a vontade. Utilizando ao acaso, com força apenas, ele passará a ser um instrumento de destruição,
incompatível com a Maç∴.
O CINZEL – Instrumento considerado passivo, companheiro inseparável do Malho. Destina-se a receber a
aplicação da Força do Malho, dando-lhe direção. Indispensável no polimento da Pedra Bruta. Enquanto o
Malho simboliza a Força do 1º Vig∴, o Cinzel representa beleza, atributo do 2º Vig∴.
Sendo seguro sempre pela mão esquerda e movido pelo Malho, vai produzindo o desbaste da P∴ B∴,
produzindo a Beleza final. Simboliza, desta forma, a Educação, a Inteligência, o Aperfeiçoamento. Para
alguns, é o Símbolo do trabalho do homem sobre si mesmo, em busca do eterno aprimoramento.

Enquanto o Apr∴, o M∴ recebe a revelação do que representa o trabalho da Maç∴, e aprende que para ser
digno e capaz de desempenhar suas funções como legítimo M∴ precisará libertar e purificar o seu coração.
Apagar antigos rancores, superstições, ódios e equívocos históricos e filosóficos. Nessa fase diz-se que a
P∴ B∴ começa a ser desbastada, ou seja, todos os maus costumes são abandonados juntamente com os
preconceitos e paixões que enchem o nosso mundo profano. Para o trabalho de desbastar a P∴ B∴, o Apr∴
recebe as suas ferramentas especiais: o Cinzel para tirar as asperezas da pedra, que equivale à faculdade de
pensar com retidão. O Cinzel é impulsionado pelo Maço ao ser aplicado sobre a P∴ B∴. É sempre seguro

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com a mão esquerda – o lado passivo – que corresponde à receptividade intelectual e o discernimento
especulativo. O Cinzel produz a beleza final da obra e realiza os ornamentos e adornos ao mesmo tempo em
que dá vida às figuras. Representa ainda o senso crítico para afastar o supérfluo e corrigir o erro sob os
golpes do Maço. A outra ferramenta que o Aprendiz recebe é o Maço – ou Malho – instrumento de madeira
com cabo, usado pelos carpinteiros e escultores. Simboliza a força dirigida e controlada. Representa a
aplicação da força em determinado ponto; representa a vontade ativa e a perseverança do Apr∴. O Maço
direciona a energia necessária para dar forma ao trabalho.
A RÉGUA – O primeiro dos instrumentos apresentados ao Aprendiz, no Rito Escocês Antigo e Aceito é a
chamada Régua de 24 Polegadas. Trata-se de um instrumento ativo, cuja primeira idéia que nos impõe, é a
da medida. Com ela podemos traçar as retas e os ângulos e, portanto, delinear nossos trabalhos. Dá-nos, a
um só tempo, a noção da retidão e do infinito, pois toda a reta é infinita.
Com suas 24 Polegadas, pode nos dar a noção do tempo, das 24 horas do dia. Isto pode significar que
podemos, não só delinear o trabalho, mas também calcular, exatamente, o tempo e o esforço que será
despendido neste mesmo trabalho.
Além do Cinzel e do Maço, o Apr∴ recebe ainda o Av∴, sempre presente no traje Maç∴. Esta peça tem a
forma quadrada com uma abeta triangular voltada para cima, simbolizando a sua falta de conhecimento do
ofício. A cor é branca para traduzir a inocência do Apr∴. Uma vez trajando o seu Av∴, o Apr∴ não é mais
aquela pessoa de antes. Tem agora gestos solenes, postura serena porém disciplinada, e suas palavras,
estando à ordem devem ser calmas e cuidadosamente pronunciadas ao defender suas idéias e
posicionamentos.
Bibliografia
ASLAN, Nicola. Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia, 4 Volumes, Editora Arte
Nova. Rio de Janeiro, RJ.
CASTELLANI, José. Caderno de Estudos Maçônicos. Volume 2. Editora Maçônica "A TROLHA".
Londrina, PR.
FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio. Dicionário de Maçonaria. Editora Pensamento. São Paulo, SP.
MELLOR, Alec. Dicionário da Franco-Maçonaria e dos Franco-Maçons. Editora Martins Fontes. São Paulo,
SP.
Pesquisas em diversos sites da Internet.
OBS: ESTE TRABALHO NOS FOI ENVIADO POR E-MAIL PELO IR.’. JOVENTINO DOS SANTOS.

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FERRAMENTAS DO GRAU DE APRENDIZ - II

Existem diversas ferramentas no painel da loja de aprendiz (esquadro, compasso, nível, prumo), contudo das
ferramentas que ali encontramos, nos trabalhos do grau de aprendiz usamos o Maço, o Cinzel e a Régua de
24 polegadas. Sendo as duas primeiras destinadas a desbastar a pedra bruta e representam as duas
faculdades gêmeas do homem, à vontade e o livre arbítrio, com a finalidade de transformá-la em pedra
polida ou cúbica. No tocante a régua, simboliza o bom comportamento dos homens na sociedade.
O maço
O maço tem a forma de um cone truncado, com base onde se encaixa o cabo, na parte mais larga, é
geralmente confeccionado de madeira, tratando-se de um martelo, sem orelhas, sendo usado para bater no
cinzel ajudando a desbastar a pedra bruta. Lembrando que a pedra bruta representa o homem sem instrução,
com as suas asperezas de caráter, devidas à ignorância em que se encontra e as paixões que o dominam.
O malho de ferro é a ferramenta mais importante para a consumação do trabalho e representa a perseverança
e a energia do aprendiz, impulsionando à meditação e dirigindo o pensamento na procura da verdade,
trazendo ao aprendiz a força necessária para transpor os obstáculos que possam surgir.
O aprendiz no painel do 1º grau é visto ajoelhado em frente à pedra bruta, segurando o malho na mão
direita, ocasião em que o malho representa, simbolicamente, a vontade firme e perseverante do aprendiz,
sendo a energia que age e proporciona a realização prática da obra, representando a força física, por isso é
usado na mão direita, pólo ativo. Usá-lo requer o domínio da força e a ciência na dosagem certa dessa força.
O cinzel
Ferramenta cortante e penetrante. Com o cinzel se pode dilacerar e marcar impressões em materiais duros.
Ele nos ensina que a educação, o preparo moral e a perseverança são os caminhos para a perfeição, pois com
insistentes trabalhos se adquire o hábito da virtude, aclarando a inteligência, chegando a purificação do
espírito e evoluindo para um plano melhor e mais elevado.
No trabalho para desbastar a pedra bruta o cinzel é seguro com a mão esquerda e junto com o malho são
imprescindíveis, nada podendo ser feito sem eles. Simbolicamente quando unidos representam o espírito
para superar as coisas materiais. A união desses dois instrumentos representa a inteligência e a razão que
tornam o maçom capaz de discernir o bem do mal, o justo do injusto.
O obreiro para evoluir precisa trabalhar com o uso da razão e sem ela, de nada valerá seu esforço. O cinzel
representa a força intelectual, produzindo a beleza do acabamento, da verdade e da luz que deve ser buscada
por todos nós.

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A integração do malho com o cinzel evita que a pedra seja apenas quebrada, pulverizada ou esmaga ao invés
de lapidada. Movido pelo malho, ele tem por missão fazer desaparecer as asperidades, os preconceitos e os
erros.
Régua de 24 polegadas
A régua representa as lojas profanas e os princípios que regulam o comportamento dos homens na
sociedade, enquanto que para os maçons, simboliza todo bom comportamento como o dever bem cumprido
no sentido moral de cidadania ou afabilidade para com os cidadãos, dando os melhores exemplos, sempre
cortês e polido. É a ferramenta usada para medir e delinear os trabalhos, assim como, para traçar linhas
retas, deve servir como utensílio de meditação, de consciência, de inteligência e de cautela do maçom na
execução de seus afazeres ou nas tomadas de decisões que permitam traçar na pedra bruta, retas que a
tornem cúbica.
A régua é imprescindível nas lojas maçônicas por ser um instrumento de medida de tempo concitando ao
trabalho útil e aproveitamento das horas, evitando a ociosidade. É um instrumento muito antigo e que
representa a retidão dos princípios maçônicos e a retidão da conduta que deve ser observada por todos os
maçons; é considerada o emblema do aperfeiçoamento, e como a reta, não tem começo nem fim, ela
também é vista como símbolo do infinito.
Os maçons operativos a utilizam para delinear os trabalhos, traçando retas e os especulativos a dividiram em
24 partes (24 horas do dia) que deverão ser aproveitadas metodicamente e divididas com método para a
meditação, trabalho e descanso do corpo e da mente.
Em suma, todo aprendiz é recebido como pedra bruta e deve se valer das ferramentas do grau aparando as
arestas que existam para se tornar útil na construção de uma maçonaria forte e atuante. Simbolicamente essa
construção se fará com o aproveitamento da suas ações e dos seus trabalhos exercidos nos corações
humanos, onde existam imperfeições dos erros e as asperezas do orgulho e da vaidade, para que em pleno
desenvolvimento da liberdade de consciência saiba que ele somente pode ser útil quando a razão o domina e
guia, sem sacrificar os nobres instintos da consciência à avidez das paixões materiais, cavando masmorras
aos vícios e levantando templos à virtude.

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Filmes e a Maçonaria
Magnolia
Este filme, de Paul Thomas Anderson, também contém referências maçônicas. Em uma das
cenas, aparece um símbolo maçônico em uma enciclopédia, no instante em que um garoto
estuda pela TV através de um game show. Em uma outra cena, um produtor de TV apóia sua
mão no ombro do apresentador, mostrando um anel com símbolo maçônico, e dizendo "Nos
encontramos entre o nível e o esquadro.". No elenco, Tom Cruise, Jeremy Blackman e Melinda
Dillon.

Assassinato por Decreto - (Murder by Decree)


Sherlock Holmes investiga os mais infames casos londrinos de Jack, o Estripador. À medida em
que ele investiga, ele descobre que o Estripador tem amigos nas altas classes, envolvendo os
Maçons. No elenco, Christopher Plummer e James Mason.

Peggy Sue - O Passado a Espera - (Peggy Sue Married)


O avô de Peggy pertence à loja dos viajantes do tempo, mostrando um altar e um ritual usando a
batida de martelo. No elenco Kathleen Turner e Nicolas Cage. Dirigido por Fancis Ford Coppola.

Fim dos Dias - (The End of Days)


Filme de 1999, onde o super astro do cinema Arnold Schwarzenegger ,enfrenta o maior e mais
poderoso inimigo de todos os tempos - o próprio satã. Arnold faz o papel de um oficial de polícia.
Em determinado momento ele diz: "Agora este amuleto é da ordem maçônica do antigo sub-
heredom dos Cavaleiros do Vaticano, Cavaleiros do Olho Sagrado. Eles aguardam a volta do
anjo negro à Terra." Também, logo na abertura do filme, pode-se ver rapidamente, a figura
famosa do Baphomet, de Eliphas Levy. No elenco, Gabriel Byrne, Kevin Pollak, Rod Steiger.
Direção de Peter Hyams.

Teoria da Conspiração - (Conspiracy Theory)


Neste filme de 1997, Mel Gibson faz o papel de um motorista de táxi (Jerry Fletcher), na cidade
de Nova Iorque. Ele acredita que o mundo em que vivemos está repleto de conspirações
perigosas. Sua vida é uma loucura completa, sempre está em estado de alerta... sempre pronto
para o pior. O emprego como motorista é apenas uma fachada para seu verdadeiro trabalho:
reunir informações sobre novas ameaças ao redor do mundo e reuni-las em um informativo
chamado "Teoria da Conspiração". Ninguém nunca se importou com as idéias absurdas de Jerry
- até hoje. Perseguido por inimigos desconhecidos, Jerry sabe que finalmente desmascarou uma
conspiração de verdade. Só não sabe qual delas ! Agora sua única chance de sobreviver é contar
com a ajuda da advogada Alice Sutton (Julia Roberts), para descobrir qual a verdade que deve

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ser revelada ao mundo... antes que seja tarde demais! Em uma das cenas, Mel Gibson diz: "Os
Maçons estão tentando melhorar o mundo." "George Bush é maçom, grau 33". No elenco, Mel
Gibson, Julia Roberts, Patrick Stewart. Direção de Richard Donner.

Do Inferno - (From Hell)


Johnny Depp, Heather Graham (de Boogie Nights - Prazer Sem Limites e Austin Powers, o
Agente Bond Cama) e Ian Holm (O Senhor dos Anéis) estão juntos neste filme, baseado na
história de Jack, o Estripador.
From Hell gira em torno de um investigador da Scotland Yard (Depp) que tenta desvendar os
assassinatos do final do século 19 e acaba descobrindo uma série de falcatruas políticas
relacionadas à família real. Graham faz o papel de uma prostituta perseguida pelo assassino. Um
filme que envolve a Maçonaria como responsável pelos assassinatos. No elenco, Johnny
Depp,Heather Graham, Ian Holm. Direção de Albert Hughes.

Horizonte Perdido - (Lost Horizon)


Este filme de 1937 é uma fantasia clássica romântica, dirigido pelo aclamado diretor Frank Capra.
A história mostra um corajoso diplomata britânico e um grupo de pessoas que sofrem um
acidente no Himalaia. Eles são resgatados pelos misteriosos habitantes do paradisíaco vale de
Shangri-la. Edward Everett Horton diz "Eu encontrei um manuscrito que explica o significado
oculto por trás de todos os símbolos maçônicos".

Mad Max - Além da Cúpula do Trovão - (Mad Max beyond Thunderdome)


Depois de perder todos os seus pertences para uma gangue, o herói Mad Max (Gibson) vai parar
em Bartertown, uma cidade sem-lei governada pela astuciosa Aunty (Tina). Para recuperar o que
é seu, Max tem que obedecer às duras leis locais: participar de um a luta que só acaba com a
morte de um dos lutadores contra um gigante (Larsson). Destaques: Terceiro e último capítulo
das aventuras do herói futurista Mad Max, que traz a participação de Tina Turner, cantando o
sucesso We Don't Need Another Hero. Neste filme de 1985, quando o apresentador da luta, entre
Mad Max e Blaster, anuncia a entrada dos lutadores, uma imagem de um Esquadro e um
Compasso, aparece, um pouco desbotada, na parte da frente de sua camisa. No elenco, Mel
Gibson, Tina Turner. Direção de George Millar.

Cine Majestic - (The Majestic)


Sem relação com a história, o símbolo do esquadro e do compasso pode ser visto uma vez no
mausoléu na cena do cemitério e uma vez no edifício da avenida principal na segunda metade do
filme. Drama. No elenco, Jim Carrey.

O Homem que queria ser rei - (The Man Who Would Be King)
Baseado na história de Rudyard Kipling. Soldados mercenários convencem a população da tribo

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do Kafiristão que eles são deuses, depois de descobrirem símbolos maçônicos e artefatos
religiosos. No elenco Sean Connery, Michael Caine. Dirigido por John Huston. Drama/Ação.

Filhos do deserto - (Sons of the desert)


Ollie finge estar doente e pede para um médico, que na verdade é um veterinário, prescrever
uma viagem para o Havaí. Stan e Ollie enganam suas esposas dizendo que vão para um cruzeiro
medicinal para irem a uma convenção, mas elas descobrem a verdade. Eles aprendem que a
honestidade é o melhor negócio.

A Liga Extraordinária (The League of Extraordinary Gentlemen) - Sugestão do amigo


Wenderson
Grandes nomes da literatura mundial são reunidos pela Rainha Vitória para combater um homem
que deseja dominar o planeta. Dirigido por Stephen Norrington (Blade) e com Sean Connery no
elenco.

Mauá - O Imperador e o Rei


O diretor Sérgio Rezende (Guerra de Canudos) leva às telas a biografia de Irineu Evangelista de
Souza, o Visconde de Mauá, um dos principais homens de negócios do 2º Reinado. Com Paulo
Betti, Malu Mader, Othon Bastos, Antônio Pitanga e Roberto Bomtempo

GADU - Grande Arquiteto do Universo


Por que os maçons chamam o Senhor de "Grande Arquiteto do Universo" e não de "Deus"? A pergunta é
muito fácil de responder. Mas é de se começar a respondê-la com um outro questionamento:

Por que você chama o Senhor de Deus?

É bom notar que o Senhor nunca se nomeou como sendo "Deus". Ele, quando se referiu a Si próprio, o fez
como sendo: "YHWH" - (EU SOU) - Êxodo 3.13 e 14. Talvez você nem saiba explicar por que foi dado a
"YHWH" o nome de Deus, mas gostaria que os maçons explicassem o porquê de eles darem o nome de
"Grande Arquiteto do Universo" a Jeová. Então leia: A "Lei Mosaica", através do seu terceiro mandamento,
proibia terminante e literalmente que se tomasse aquele precioso nome de "YHWH" (Jeová) em vão, e, é
assim que ela determinou: "Não tomarás o nome do Senhor (teu Deus) em vão, porque o Senhor não terá por
inocente o que tomar o seu nome em vão" (Êxodo 20.7.) Os israelitas que tinham, indiscutivelmente, um
grande temor por esse nome muito sagrado, não ousavam nem pronunciá-lo. E, quando alguém precisava
usar, ou até mesmo escrever esse nome, tinha primeiro de passar por um rigoroso ritual de purificação,
inclusive tomava-se banho, mudava-se a roupa, e colocava, se estivesse escrevendo, uma pena de ouro só
para grafar aquele "Tetragrama" e depois retirava-a, guardando-a para um nova oportunidade, e, só assim,
podia usá-lo com muita reverência, reserva e respeito. Mesmo com toda essa exigência, tal nome só podia
ser usado espaçadamente, isto é, poucas vezes por dia. Por isso mesmo, eles preferiam usar nomes
substitutivos e alternativas tais como: "El", "Eloim", "Eloá," "Elyon", "El Shadday" e "Adonay" que,
traduzidos para o português, nos deram as palavra "Deus" e "Senhor". Mas, mesmo assim, esses nomes,
essas alternativas, esses substitutivos dos israelitas, não podiam ser pronunciados de qualquer forma e a
toda e qualquer hora. Isto deveria ser também observado e rigorosamente cumprido, inclusive pelos
estrangeiros que estivessem dentro do território de Israel e a grande maioria dos "pedreiros de Salomão" era
de estrangeiros. Dessa forma, para respeitar o terceiro mandamento da Lei Mosaica e observar esse costume
rigoroso dos israelitas; para evitar que eles, especialmente como estrangeiros, fossem acusados do
cometimento do pecado de usar o nome de "YHWH" em vão, ou de usar com abuso o nome "El" e suas

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variações, que eram os nomes alternativos dos israelitas, os trabalhadores da construção passaram a
chamar "YHWH" de o "Grande Arquiteto do Universo", nome esse que foi simplificado e usando só as
iniciais de cada palavra, tiveram "GADU", formas alternativas só deles, tal como "Adonay " e outras eram do
povo de Israel.

DEUS - O GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO


Ser supremo em que se alicerçam todas as religiões e cuja denominação varia em cada povo, seita e
instituição. A Maçonária o designa sob o sugestivo título de "O Grande Arquiteto do Universo". " O Grande
Geômetra" e "O Altíssimo".

O Imortal Pitágoras assim o definiu em linguagem bem maçônica, " Deus é a ordem e a harmonia, graças à
qual existe e conserva o Universo . Deus é Uno, não será nunca, como pensam alguns, fora do mundo, serão
no próprio mundo e todo no mundo inteiro ( Justino ) . Nele se formam todos os seres, imortais
como Ele; suas obras são suas. Deus é a alma de tudo . Deus está no Universo e o Universo está em Deus. O
mundo e Deus são apenas um. Se te perguntarem : "Qual é a natureza de Deus ? "Responde : " O circulo
cujo centro está em todas as partes e a circunferência em nenhuma parte . Se te perguntarem ainda : " Que é
Ele ? " Repete : " Deus é a alma de tudos os corpos e o espirito do Universo ( segundo Cicero ). Para
representar Deus, o sábio escreve a Unidade ".

HINO NACIONAL
Letra de Joaquim Osório Duque Estrada

Música de Francisco Manuel da Silva

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas


De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos comquistar com o braço forte
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pratria amada,
Idolatrada,
Salve!Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,

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Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
a imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
e o teu futuro espelha esta grandeza!
Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Prátria Amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil
Pátria amada,
Brasil!
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, Florão da América,
iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos tem mais flores;
“Nossos bosques tem mais vida”.
Nossa vida no teu seio, “mais amores”.
O´ Pátria amada,
Idolatrada,
Salve !Salve!

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HINO À BANDEIRA NACIONAL


Poesia de Olavo Bilac

Música de Francisco Braga

Salve, lindo pendão da esperança


Salve, símbolo augusto da paz!
Tua grandeza da Pátria nos traz.

Coro

Recebe o afeto que se encerra


Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil.

Em teu seio formoso retratas


Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.

Coro

Recebe o afeto que sse encerra


Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil.

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Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser.

Coro

Recebe o afeto que se ancerra


Em nosso peito Juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil.

Sobre a imensa nação brasileira,


Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre, sagrada bandeira,
Pavilhão da justiça e do amor!

Coro

Recebe o afeto que se encerra


Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo de terra,
Da amada terra do Brasil.

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HINO DA INDEPENDÊNCIA
Letra: Evaristo Ferreira da Veiga

Música: D. PedroI

Já podeis, da Pátria filhos,


Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Já raiou a liberdade;
No horizonte do Brasil.

Brava gente brasileira!


Longe vá temor servil,
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Os grilhões que nos forjava


da perfídia astuto ardil...
Houve mão mais poderosa...
Zombou deles o Brasil.

Houve mão mais poderosa;


Zombou deles o brasil.

Brava gente brasileira!...

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Não temais ímpias falanges


Que apresentam fase hostil:
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Vossos peitos, vossos braços;;
São muralhas do Brasil.

Brava gente brasileira!...

Parabéns, oh! brasileiros,


já com garbo juvenil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Do universo entre as nações;
Resplandece a do Brasil.

Brava gente brasileira...

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MAÇONS, AVANTE
(Dedicado à Maçonaria Brasileira)

Música de Vicente de Lima

Letra do Autor

Ó, irmãos dessa honrada família


de maçons, valorosos obreiros,
muito grande há de ser nossa luta
contra vis inimigos traiçoeiros!
Quem tem brio e razão não vacila
nessa luta de vida ou de morte,
que o dever a nós todos impele,
seja lá qual destino ou qual sorte!

Estribilho:

Eia, avante, irmãos maçons,


Com coragem varonil
e lutemos por nossa Ordem,
em defesa do Brasil!

Meus irmãos cumpre a nós defender


a tal Ordem que o nome nos dá,
cuja glória é mister merecer,
pois o bem de noss”alma será!
Nossa história é de lutas e dores
de martírios cruéis, incessantes,

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que sofremos dos nossos traidores,
dos tiranos e vís infamantes.

Eia, avante, irmãos maçons etc.


Não importa o sofrer, se a virtude
fica salva no templo sagrado
de nossa alma - e que Deus nos ajude,
pelo bem que nós temos pregado!...
Desmintamos os vis inimigos,
na campanha insensata movida,
e sejamos sinceros amigos,
que a vitória teremos na lida!

Eia, avante, irmãos maçons etc.

Ó irmãos - nossa luta constante


contra as hordas do vil fanatismo
cumpre a nós a levarmos avante,
com bravura e fulgores de heroísmo!
Por nossa Ordem Sublime é mister todo o esforço, em perene labor,
pois a causa sagrada requer
luta intensa, com zelo e fervor!...

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HINO MAÇÔNICO
(Letra e música atribuídas a D. Pedro I - Imperador do Brasil)

Da luz que si difunde


Sagrada filosofia
Surgiu no mundo assombrado
A pura Maçonaria.

Maçons, alerta
Tende firmeza
Vingai direitos estribilho
Da natureza

Da razão, parte sublime


Sacros cultos marecia
Altos Heróis adoraram
A Pura Maçonaria.

estribilho

Da razão suntuoso templo


Um grande rei erigia
Foi então instituída
A pura maçonaria

estribilho

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Nobres inventos não morrem
Vencem do tempo a porfia
Há de os séculos afrontar
A pura maçonaria.

estribilho

Humanos sacros direitos


Que calcará a tirania
Vai ufana restaurando
A pura Maçonaria

estribilho

Da luz depósito augusto


Recatando à hipocrisia
Guarda em si com zelo santo
A pura Maçonaria.

estribilho

Do mundo o Grande Arquiteto


Que o mesmo mundo alumia
Propício protege, ampara
A pura Maçonaria.

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SAUDAÇÃO À BANDEIRA NACIONAL

Bandeira da minha terra


Símbolo augusto da paz
Tu que és a identidade perpétua
das nossas conquistas
Da nossa cultura
Dos nossos antepassados

Bandeira querida...
Encerras um rico sentido místico,
pois a numerologia do quatro
está presente em você
Quatro pessoas te idealizaram
Levaram quatro dias para te crias
Foi o quarto decreto que te oficializou
E quatro são tuas cores

O verde retratando a ecologia, suas florestas e matas


O amarelo representando nossas riquezas
O azul que compõe a grande circunferência representa
o céu do RJ em 15.11.1889, às 8:30 horas da manhã
A constelação de Escorpião adornava a abóbada celeste
E esse céu passou a ser o mapa astral do povo brasileiro
O branco de fundo com os dizeres:
ORDEM E PROGRESSO
Retrata o momento filosófico de Augusto Conte

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Eminente Sociólogo e Filósofo do século XIX
Pai do pensamento positivista daquela época

Oh! Bandeira querida...


tu que ocupas os mastros das nossas instituições
És o símbolo da identidade da nossa Nação
Bandeira querida...
Receba de todos nós,
Homens livres e de bons costumes
Pedreiros da grande obra social
O reconhecimento e a gratidão
Na fraternidade e amor perpétuo ao G.A.D.U.

Salve oh! Querido símbolo da paz


Salve oh! Bandeira Brasileira.

História do Brasil e a Maçonaria


A independência do Brasil foi decretada e solicitada a Dom Pedro I em uma Sessão Maçônica realizada em
20 de agosto de 1822, portanto, este dia é dedicado ao Maçom brasileiro.
A abolição dos escravos, a Proclamação da República, a revolução francesa, e muitos outros atos históricos
foram obras da Maçonaria, por exemplo: Marechal Deodoro da Fonseca, iniciado na Loja Rocha Negra de
São Gabriel, Rio Grande do Sul, proclama a república em 15 de novembro de 1889.
Naquela época a Loja Fraternidade contou em suas colunas com o General Manoel Luiz Osório, Marquês do
Herval e outros vultos do Brasil como; Duque de Caxias e Ruy Barbosa, que eram membros atuantes na
Ordem Maçônica do Grande Oriente do Brasil.

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Em Novembro de 1831, após a abdicação de D. Pedro I - ocorrida a 7 de abril daquele ano - é que os
trabalhos maçônicos retomaram força e vigor, com a reinstalação da Obediência, sob o título de Grande
Oriente do Brasil, que nunca mais suspendeu as suas atividades.
Instalado no Palácio Maçônico do Lavradio, no Rio de Janeiro, a partir de 1842, e com Lojas em
praticamente todas as províncias, o Grande Oriente do Brasil logo se tornou um participante ativo em todas
as grandes conquistas sociais do povo brasileiro, fazendo com que sua História se confunda com a própria
História do Brasil Independente.

Na campanha pela extinção da escravatura negra no país, obtendo leis que foram abatendo o escravagismo,
paulatinamente; entre elas, a "Lei Euzébio de Queiroz", que extinguia o tráfico de escravos, em 1850, e a
"Lei Visconde do Rio Branco", de 1871, que declarava livre as crianças nascidas de escravas daí em diante.
Euzébio de Queiroz foi maçom graduado e membro do Supremo Conselho da Grau 33; o Visconde do Rio
Branco, como chefe de Gabinete Ministerial, foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil. O trabalho
maçônico só parou com a abolição da escravatura, a 13 de maio de 1888.

A campanha republicana, que pretendia evitar um terceiro reinado no Brasil e colocar o país na mesma
situação das demais nações centro e sul americanas, também contou com intenso trabalho maçônico de
divulgação dos ideais da República, nas Lojas e nos Clubes Republicanos, espalhados por todo o país. Na
hora final da campanha, quando a república foi implantada, ali estava um maçom a liderar as tropas do
Exército com seu prestígio: Marechal Deodoro da Fonseca que viria a ser Grão-Mestre do Grande Oriente
do Brasil.
Durante os primeiros quarenta anos da República - período denominado "República Velha" - foi notória a
participação do Grande Oriente do Brasil na evolução política nacional, através de vários presidentes

maçons, além de Deodoro: Marechal Floriano Peixoto Moraes, Manoel Ferraz de Campos Salles, Marechal
Hermes da Fonseca, Nilo Peçanha, Wenceslau Brás e Washington Luís Pereira de Souza.
Durante a 1ª Grande Guerra (1911 - 1918), o Grande Oriente do Brasil, a partir de 1916, através de seu
Grão-Mestre, Almirante Veríssimo José da Costa, apoiava a entrada do Brasil no conflito, ao lado das
nações amigas. E, mesmo antes dessa entrada, que se deu em 1917, o Grande Oriente já enviava
contribuições financeiras à Maçonaria Francesa, destinadas ao socorro das vítimas da guerra.

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Em 1927, originou as Grandes Lojas Estaduais brasileiras, enfraquecendo, momentaneamente, o Grande
Oriente do Brasil, este continuou como ponta-de-lança da Maçonaria, em diversas questões nacionais,
como: anistia para presos políticos, durante períodos de exceção, com estado de sítio, em alguns governos
da República; a luta pela redemocratização do país, que fora submetido, desde 1937, a uma ditadura, que só
terminaria em 1945; participação, através das Obediências Maçônicas européias, na divulgação da doutrina
democrática dos países aliados, na 2ª Grande Guerra (1939 - 1945); participação no movimento que
interrompeu a escalada da extrema-esquerda no país, em 1964; combate ao posterior desvirtuamento desse
movimento, que gerou o regime autoritário longo demais; luta pela anistia geral dos atingidos por esse
movimento; trabalho pela volta das eleições diretas, depois de um longo período de governantes impostos ao
país.

E, em 1983, investia na juventude, ao criar a sua máxima obra social; a Ação Paramaçônica Juvenil, de
âmbito nacional, destinada ao aperfeiçoamento físico e intelectual dos jovens - de ambos os sexos, filhos ou
não filhos de maçons.
Presente em Brasília - capital do país, desde 1960 - onde se instalou em 1978, o Grande Oriente do Brasil
tem, hoje, um patrimônio considerável, e em diversos Estados, além do Rio de Janeiro, e na Capital Federal,
onde sua sede ocupa um edifício com 7.800 metros quadrados de área construída.
Com aproximadamente 2.000 Lojas, com cerca de 61.500 obreiros ativos (31.12.1999), reconhecido por
mais de 100 Obediências regulares do mundo, o Grande Oriente do Brasil é, hoje, a maior Obediência
Maçônica do mundo latino e reconhecida como regular e legítima pela Grande Loja Unida da Inglaterra, de
acordo com os termos do Tratado de 1935.
Portanto, a Maçonaria teve um papel muito importante na História do Brasil, visto que vários Maçons
participaram e contribuíram nos momentos históricos mais importantes do país.

Bibliografia:
Constituição do Grande Oriente do Brasil, 2001
Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda, Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa, Nova Fronteira,
1995.
Ritual – R...E...A...A... de Apr..., 2001

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História do GOB

Período Monárquico:

O Grande Oriente do Brasil foi fechado pelo seu Grão-Mestre, o imperador Pedro I, quatro meses após
a sua instalação. Mas em 1827 alguns irmãos iniciaram outro movimento para reacender a Maçonaria
no país, e em 1828 criaram um corpo diretor denominado Grade Oriente Brasileiro, porém apenas
simbólico e com uma Loja funcionando no Rito Escocês Antigo e Aceito.

Em 1831, depois da abdicação de D. Pedro I, abriu-se nova pugna entre maçons brasileiros; pois com
a reinstalação, em 23 de novembro desse ano, do anterior Grande Oriente Brasileiro, passaram os dois
Grandes Orientes a tratar-se como inimigos, não obstante trabalharem ambos no Rito Moderno ou
Francês. O Grande Oriente do Brasil esteve quase sempre em luta com outras potências maçônicas, e
em funcionamento irregular, a não ser nos breves períodos em que viveu à sombra do Supremo
Conselho para os Estados Unidos do Brasil. Em 12 de novembro de 1832 o antigo embaixador
brasileiro Montezuma, munido de plenos poderes do Supremo Conselho da Bélgica, fundou um
Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito, no Rio de Janeiro, onde instalou uma Loja a que
denominou Educação e Moral. Este ilustre irmão era filiado a uma Loja do Grande Oriente do Brasil e a
uma outra do anterior Grande Oriente Brasileiro, e com o advento desta nova situação, passaram os
dois Grandes Orientes a criar Capítulos e consistórios , cada qual com um supremo Conselho. Em 23
de fevereiro de 1834 foi celebrado em Paris o “Traité d’Union d’Aliance et Confédération Maçonnique”
entre os Supremos Conselhos dos Estados Unidos da América do Norte, França e Brasil, este último
representado pelo Grande Lugar-tenente Comendador Machado E. Silva.

Em 23 de outubro de 1835, alguns membros do Supremo conselho do Brasil, reunidos irregularmente


em Supremo conselho, sem processo e em sua ausência, demitiram de suas funções o Soberano
Grande Comendador Montezuma. Este reagiu contra o ato irregular, acionando os rebeldes, e
continuou a exercer suas funções até 18 de fevereiro de 1844, quando cessou de o ser por força do
tratado de Paris, em razão do afastamento de grande número de Irmãos, segundo o manifesto do
Supremo Conselho da França.

Por esse tratado, o supremo conselho do Brasil, então mais conhecido como Supremo conselho
Montezuma, deixou de fazer parte da federação de Paris. Do verdadeiro Supremo Conselho do Brasil,
assim feito adormecer, surgiram três novos Supremos Conselhos, dois dos quais, de vida efêmera, se
fundiram no Grande Oriente do Brasil. O outro grupo, emanado do Supremo conselho de Montezuma
desde 1842, reuniu-se ao anterior Grande Oriente Brasileiro, tomando o nome de Supremo Conselho
do Rito Escocês Antigo e Aceito do Grande Oriente Brasileiro, o qual aboliu inteiramente o Rito
Moderno ou Francês.

Por esse tratado, o supremo conselho do Brasil, então mais conhecido como Supremo conselho
Montezuma, deixou de fazer parte da federação de Paris. Do verdadeiro Supremo Conselho do Brasil,
assim feito adormecer, surgiram três novos Supremos Conselhos, dois dos quais, de vida efêmera, se
fundiram no Grande Oriente do Brasil. O outro grupo, emanado do Supremo conselho de Montezuma
desde 1842, reuniu-se ao anterior Grande Oriente Brasileiro, tomando o nome de Supremo Conselho
do Rito Escocês Antigo e Aceito do Grande Oriente Brasileiro, o qual aboliu inteiramente o Rito
Moderno ou Francês.

Reinando a anarquia em todas estas Ordens, cada multiplicação sua redundava em novo fracasso. Em
1843 foi fundada a Companhia Glória de Lavradio, com novo Grande Oriente, que também acabou se
cindindo em dois grupos. Um dos grupos aclamou seu Grão-Mestre do Lavradio o barão de Cairu, ao
passo que um dos dignitários do outro grupo, tendo monopolizado todos os poderes, provocou o

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afastamento de mais de 1.500 maçons, os quais, sob a direção do grande irmão Dr. Joaquim Saldanha
Marinho, fundaram em 1863 o Grande Oriente e Supremo Conselho dos Beneditinos.

Reinando a anarquia em todas estas Ordens, cada multiplicação sua redundava em novo fracasso. Em
1843 foi fundada a Companhia Glória de Lavradio, com novo Grande Oriente, que também acabou se
cindindo em dois grupos. Um dos grupos aclamou seu Grão-Mestre do Lavradio o barão de Cairu, ao
passo que um dos dignitários do outro grupo, tendo monopolizado todos os poderes, provocou o
afastamento de mais de 1.500 maçons, os quais, sob a direção do grande irmão Dr. Joaquim Saldanha
Marinho, fundaram em 1863 o Grande Oriente e Supremo Conselho dos Beneditinos.

Em 1870 o visconde do Rio Branco foi eleito Grão-Mestre do Grande Oriente do Lavradio, ao passo que
Saldanha Marinho sempre deteve esse cargo na Ordem dos Beneditinos. Em 1872, mercê dos esforços
do Grande Oriente de Lisboa, estes dois Grandes Orientes foram reunidos sob a denominação de
Grande Oriente Unido e Supremo conselho do Brasil, e a sua Constituição provisória foi promulgada
em 23 de setembro de 1872, no vale do Lavradio. Na ocasião da fusão havia 122 Lojas, das quais 68
Capitulares: 99 eram do Rito Escocês Antigo e Aceito, 11 do Rito Moderno ou Francês, 9 do Rito
Adoniramita, e 1 Grande Loja de Hamburgo; 1 de York e 1 de Adoção (mulheres). Delas, 51
provinham do Grande Oriente dos Beneditinos, 31 dos de Lavradio e 40 cujas colunas foram erguidas
depois da constituição do Grande Oriente Unido e Superior Conselho do Brasil.

A família maçônica brasileira estava de novo pacificada e a Ordem prosperou até a reeleição o Grão-
Mestre, a qual decorreu acidentada, pois o candidato dos Beneditinos obteve grande maioria dos votos
sobre o do Grande Oriente do Brasil. Então o Grande Oriente do Lavradio declarou nula a unificação
dos dois Grandes Orientes, feita em setembro de 1872. Este caso foi submetido às potências
estrangeiras, as quais, por grande maioria, decidiram que o visconde do Rio Branco não se achava
qualificado para anular uma fusão e deram ganho de causa a Saldanha Marinho. Como nenhum acordo
fora obtido entre os dois ex-Grandes Orientes, Saldanha retornou aos Beneditinos, mas continuando a
dirigir o Grande Oriente Unido e Supremo conselho do Brasil, e desta vez com o reconhecimento de
quase todas as potências mundiais.

Saldanha Marinho deteve esse primeiro malhete até 1880, e o Visconde do Rio Branco permaneceu
Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil até 1878, quando o sucedeu o Grão-Mestre Adjunto Dr. F. J.
C. Júnior.

Período Republicano:
Daí em diante a Maçonaria no Brasil prosseguiu mais ou menos normalmente suas atividades, sem
lances historicamente notáveis a não ser algumas alterações em sua constituição, tendentes a definir,
restringir ou ampliar poderes, até que em junho de 1927, o Supremo Conselho, convocado pelo
Grande Comendador Dr. Otávio Kelly, resolveu romper o Tratado de união entre o Grande Oriente do
Brasil, que havia sido firmado em 1864, para constituir-se uma potência maçônica mista. Este ato
provocou a fundação das Grandes Lojas soberanas em vários Estados do Brasil, com jurisdição nas
Lojas de seu território; Lojas de Perfeição, Capítulos, conselhos de Kadosch e Consistórios de Príncipes
do Real Segredo, obedientes ao Supremo Conselho. Todas as Grandes Lojas fundadas trocaram
representantes com as Grandes Lojas do Mundo, muitas das quais deixaram de reconhecer o Grande
Oriente do Brasil como potência maçônica regular. Ao passo que o Supremo Conselho, funcionando no
Grande Oriente do Brasil, fundado ao arrepio das Grandes Constituições e resoluções da Confederação
dos Supremos conselhos, é julgado espúrio e irregular pelos demais Supremos Conselhos, não tendo
por isso sido recebido no Congresso dos Supremos Conselhos, realizado em Paris em 1928 e em
Bruxelas em 1935. Por esses motivos, o Grande Oriente do Brasil tem sofrido contínuas
fragmentações, pois muitas Lojas têm se retirado de sua jurisdição para fundar novas potências, umas
irregulares, outras não.

Este trabalho nos foi enviado por e-mail.


Colaboração Amigos da Nova Era Maçônica

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Há anos, o incenso vem sendo utilizado pelas diversas crenças, religiões e mesmo
pessoas descompromissadas com qualquer tipo de credo.
Os antigos, extremamente cautelosos e minuciosos em relação ao preparo de seus rituais,
e, é claro, do ambiente em que realizavam estes rituais, escolhiam os incensos mais
apropriados para aquilo que desejavam e esperavam alcançar.
O uso dos incensos se propagou pelo tempo, tornando-se um importante instrumento
universal de meditação, purificação, proteção, não sendo errado acreditar em algumas
afirmações encontradas em livros, sites e crendices, tais como:
I. Os incensos, uma vez utilizados de maneira correta, criam uma atmosfera no ambiente,
de energia, equilíbrio e harmonia, que ajudam o ser humano a sintonizar mais facilmente
com os planos superiores;
II. Associam o homem à divindade, o finito ao infinito. Alguns, ainda, afirmam que os
incensos possuem a incumbência de levar a prece para o céu.
III. Os incensos estão relacionado ao elemento ar e representam a percepção da
consciência que, no ar, está presente em toda parte.
De fato, estas são apenas algumas das inúmeras afirmações devotadas a este “santo
remédio”, se assim podemos chamá-lo.
Os Incensos são misturas de ervas, aromas, ou seja, misturas de componentes alquímicos
que possuem a função básica de elevar espiritualmente, tanto o ambiente como o próprio
ser, servindo como agente mediúnico das intenções humanas ao Astral.
Para manipular corretamente o incenso, devemos tomar certos cuidados tais como:
a) Acender o incenso sempre com uma intenção clara, podendo ser um puro
agradecimento, prece, meditação ou o que mais tiver em mente;
b) Nunca devemos apagar o incenso com sopros;
c) Tentar sempre escolher a fragrância ou mistura conciliando com o que buscamos.
Alguns escritores descrevem a fumaça como sendo o, abstratamente, a transmutação da
matéria em espírito , ou seja carvão com o aroma, respectivamente. Talvez isto explique o
porque da necessidade de se ter uma intenção.

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TIPOS, FORMAS E FRAGRÂNCIAS.

Hoje em dia, são muitas as marcas, tipos, formas e fragrâncias encontradas.


No mercado hoje, encontramos incensos de marcas nacionais ou importadas, que duram
de 15 minutos, ½ hora e até uma hora.
Na Índia, por exemplo, existe um tipo de incenso que sua duração chega até 6 horas, com
uma fragrância muito suave que serve para serem utilizadas nos rituais nos templos. Esta
longa duração é para a fragrância elevar as orações o tempo todo enquanto o ritual durar.
em
Podemos ainda encontrar incensos nas formas de varetas, cones, espirais, pó, ervas,
resinas e as fragrâncias são as mais variadas possível.
Quanto às fragrâncias, precisamos entender que apesar de existem milhares delas,
precisamos encontrar aquela que corresponde com nossa intenção.
Por exemplo, se sua intenção é conectar-se com as energias cósmicas, a fragrância
indicada será a âmbar. Já ,se a intenção é de se sentir feliz, com alegria de viver, a
indicada será a canela, e por aí vai.

FRAGRÂNCIAS

Absinto - Amor e Magia


Acácia - Harmonia psíquica e tranqüilidade
Alecrim - Proteção e boa sorte
Alfazema - Acalma,Limpa e clarividência
Almíscar - Romance e amor
Âmbar - Atrai riquezas,energizante, coragem e autoconfiança
Arruda - limpeza psíquica e física
Bálsamo - Inspiração e relaxamento
Benzoin - Atrai energia positiva e proteção física e psíquica
Camomila - Calmante, boa sorte, bons sonhos
Canela - Negócios, prosperidade e sucesso

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Cânfora - Limpeza da aura, purificação e harmonização
Cedro - Relaxamento e purificação
Cravo - Concentração, limpeza astral e amor
Dama da Noite - Romance e amor
Erva Doce - Atração, prosperidade
Eucalipto - Paz
Flor de Laranjeira - Boa sorte e amor
Gerânio - criatividade e vitalidade
Hortelã - Prosperidade e bons sonhos
Jasmim - Tranquiliza/Relaxa/Amor , união e inspiração
Laranja - Paz
Maçã - vitalidade e boa sorte
Madeiras - Harmonia e Paz , força e sucesso
Mel - boa sorte e prosperidade
Menta - Estudos
Mirra - Elevação mental/ Limpeza , proteção e purificação

Morango - boa sorte


Nós Moscada - Negócios/ Prosperidade
Ópium - Inspiração e criatividade
Orquídea - Afrodisíaco, harmonia, amor, beleza
Patchouli - Afrodisíaco; anti-depressivo, amor, clarividência, atração
Pêssego - Boa sorte
Raízes - Harmonia
Rosas Brancas - Harmonia, purificação
Rosas Vermelhas - Paixão, comunhão espiritual
Sândalo - Meditação

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Verbena - criatividade, inspiração e bons sonhos
Vetiver - estimulante, sucesso
Violeta - paz, humildade

A iniciação significa o ingresso a um estado de consciência. E o renascimento ou transmutação do


estado íntimo do homem, a negação dos vícios, erros e ilusões, para a afirmação da virtude e a perfeição do
espírito expressa pela elevação dos ideais.

A Câmara Escura da Reflexão é o Símbolo do estado de consciência ainda nas trevas, significa o isola-

mento do mundo exterior para a concentração no mundo interior ou estado íntimo.

Despojado dos metais, depara-se o candidato com o grão de trigo, que sepultado na terra germina com

seu próprio esforço em busca da luz; o pão e a água para que imite o exemplo em seu próprio corpo,

limpando-o e educando-o para apresentá-lo como pão do sacrifício; o sal e o enxofre, que são as duas

polaridades do indivíduo, espírito e matéria.

O testamento, que na vida profana é a preparação para a morte, aqui e o princípio da vida, e o executor

é o próprio iniciado, renascendo para cumprir seus deveres para com Deus, para consigo mesmo e para com

seus semelhantes.

Antes de ser admitido no Templo o candidato tem os olhos vendados, simbolizando o


estado de ignorância ou cegueira do mundo profano; significa, ainda, que devemos
acentuar a acuidade dos outros sentidos, ficando atento aos ruídos e palavras.
A porta do Templo é o passo, a primeira estância na aceitação interna, pois aprender

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os mistérios do espírito, importa penetrar onde os segredos estão ocultos.
O interrogatório do candidato ao ingressar no Templo é o exame de suas reflexões na
Câmara Escura, quais são seus deveres para com Deus, para consigo mesmo e para com a
humanidade? Quais são suas idéias sobre vício e a Virtude?

Estas perguntas são a explicação do que respondeu o guia pelo candidato: o vicio é a
escravidão, a cadeia que estorva o Homem que sendo escravo do vício não pode ser livre
e de bons costumes; a virtude é a força, sentido moral que domina os vícios e debilidades.
Estabelece-se o domínio do superior sobre o inferior; é o programa do Iniciado na verdade
e na virtude.

O despojamento dos metais significa que tudo neste mundo se paga, que não se pode
receber sem dar; é o abandono às paixões e às vontades. Significa ainda a necessidade do
candidato abandonar os pensamentos que lhe pareciam agradáveis até então.
Com o coração descoberto em sinal de sinceridade e franqueza, o joelho direito
desnudo para marcar os sentimentos de humildade, e o pé esquerdo descalçam em sinal
de respeito, inicia o candidato a primeira viagem em busca do segundo elemento, a Água.
O contato com o primeiro elemento, a Terra, foi feito na Câmara das Reflexões, quando
nos foi lembrado que dela viemos e a ela retornaremos.

A primeira viagem é marcada pelas dificuldades com muitos perigos e rumores; é a


prova da Água ou domínio dos desejos. O Homem se encaminha pela escura noite do
Noite em busca da luz no Oriente; não deve assustar-se com a escundão ou com as
dificuldades e não deve deter-se, voltando imediatamente ao Ocidente com a consciência
apta a superar os preconceitos do mundo que já não podem mais desviá-lo do caminho,
com o corpo purificado dos desejos e com as paixões dominadas. Tais conhecimentos,
porém, não devem ficar somente consigo; deve ajudar àqueles que ainda estão na
penumbra.
A Câmara das Reflexões é a prova da Terra ou domínio do mundo físico; a primeira
viagem, o domínio dos desejos, emblema da vida humana. A segunda viagem é o triunfo
sobre o mundo mental; é mais fácil e sem obstáculos. O esforço da primeira viagem nos
ensinou a superar as dificuldades, uma vez dominados os nossos desejos.
O choque de Espadas é o emblema das lutas que o Iniciado trava consigo mesmo
tentando dominar os pensamentos negativos; é o batismo do ar purificando a mente de seus erros
e defeitos.
A terceira viagem é o Batismo do Fogo e realiza-se no mais absoluto silêncio.
Dominada e purificada a parte negativa de sua natureza, familiariza-se o Iniciado com a
energia do Fogo que depurará os erros que dominavam a alma. Esse Fogo é a essência do
amor infinito, livre dos desejos e das ilusões.

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Dominados os quatro elementos ou quatro mundos, sorve o candidato o cálice da
amargura, que doce, a principio, torna-se amargo e depois volta a ficar doce, simbolizando
a vida do profano, onde o espírito ainda não foi despertado, o Iniciado atormentado pelo
desejo de conhecer e a serenidade que a Iniciação proporciona.
Firmar o Juramento com sangue significa a causa sagrada eternamente, até a morte. A
fé impressa a fogo no peito do Iniciado, acende o ardor para atuar em Harmonia com o
plano do Grande Arquiteto do Universo.

O primeiro Juramento significa a pureza; o segundo, com a ponta do Compasso sobre


o coração, a mão direita sobre o Esquadro e a Espada, a retidão e aceitação do castigo por
perjúrio. O Juramento escrito, pronunciado e queimado, realiza uma ação total pelos
quatro elementos: o Papel é matéria sólida, a Terra; a tinta liquida é a Água; a pronúncia
em voz alta é o Ar, e a combustão é o Fogo. Presta-se o Juramento em presença do
Grande Arquiteto do Universo e dos Irmãos em Loja. A presença do Grande Arquiteto no
Homem é uma condição que deve o candidato compreender.
As Espadas formam uma abóbada sobre sua cabeça para que não possa ver com os
olhos físicos. É o Símbolo dos protetores invisíveis que nos vigiam e protegem
constantemente.
Sendo o Maçom livre na maior plenitude da palavra, o juramento é prestado
livremente. Não confundir Juramento com Pacto, pois o primeiro é eterno enquanto o
segundo pode ser desfeito a qualquer momento. As obrigações do Juramento são três:
jamais revelar os segredos da Ordem, não escrever, gravar ou formar Sinal que revele a
Palavra Sagrada e união eterna com a Fraternidade espiritual.

Uma vez cumpridos os deveres do Juramento, torna-se o iniciado digno de ver a Luz.
Cai a venda ou ilusão que lhe impede de ver a realidade. Vê os Irmãos com Espadas, que
não significam ameaça, mas as dificuldades a serem superadas no cumprimento dos
ideais. Quando o Iniciado cumpre todos os deveres ou obrigações e ajoelha-se ante ao Al-
tar, que é o seu coração, o Venerável Mestre, que ali é o Cristo, toma a Espada Flamígera e
pronuncia a consagração acompanhada pelos golpes do Grau. Feito isto, levanta-o e
abraça-o, chamando-o pela primeira vez de “Irmão”; cinge-lhe então com o Avental, maior
de todas as condecorações humanas, que simboliza o trabalho, dever do homem e fonte
de todos os bens. Dá-se ao iniciado dois pares de luvas, sendo um para sua amada. As
luvas, assim como o Avental, são brancas, como Símbolo das boas obras.

Após consagrado Aprendiz Maçom, está o Neófito em condições de se lhe comunicar a


Palavra e o modo de o fazer. Aprender o uso correto da Palavra é tarefa fundamental do
Maçom. A Palavra Sagrada dada pelo Venerável Mestre, que se senta no Oriente, simboliza
a Palavra Sagrada dada a cada um de nós pelo espírito da verdade. Como o Aprendiz ainda

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não sabe ler nem escrever, ela é apenas soletrada. E ensinando ainda o Sinal de Ordem, os
Passos e os Toques.

Conduzindo ao Altar do Primeiro Vigilante, simbolicamente lhe ensinam a desbastar a


Pedra Bruta, que é a imperfeição do espírito e do coração, que o Maçom deve se esforçar
por corrigir.

No topo da Coluna do Norte ficará a embelezá-la por três anos. Os três anos e as três
viagens simbolizam o tríplice período que marcará as etapas de estudos e progresso. Os
três anos referem-se às três artes:
Gramática, Lógica e Retórica. A Gramática é o conhecimento das letras, princípios,
signos, Símbolos da verdade. Os três anos têm ainda estreita relação com os três
primeiros números: um sentido da unidade universal; dois, dualidades da manifestação; e
três, Trindade ou Perfeição.

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A lei iniciática do Silêncio

Quando fui iniciado numa loja simbólica, recebi várias orientações, entre as quais
uma me tocou profundamente: “o aprendiz deve permanecer em silêncio e ouvir, meditar, pen-
sar, perguntar, e que não deve falar, o que atrapalha o seu aprendizado”. Esclareceram-me,
porém, que não era proibido de falar e, se quisesse, não me seria negada a palavra. Fui alertado
de que calado teria mais aproveitamento, pois receberia uma somatória de informações e, se
começasse a participar das discussões em loja, correria o risco de retardar o meu aprendizado.
Diante de tal circunstância, procurei fazer uma pesquisa em livros e revistas do porquê os
aprendizes não devem falar em loja.
A Maçonaria é uma instituição eminentemente iniciática, que tem por doutrina transmitir seus sagrados

ensinamentos através do estudo dos símbolos e deles deverão ser extraídas as verdades eternas. Somente os

iniciados têm a facilidade de interpretá-los, através do estudo constante, seguidos do enriquecimento

bibliográfico ao seu alcance.

A palavra iniciar deriva do latim initiare ou initiurn e o sufixo in indica para dentro.
Na acepção esotérica, voltado para dentro, ou seja, o ingresso ao mundo interno e desco-
nhecido. Ora, todo aquele que inicia não domina, principalmente aquele que inicia uma vida
nova. Simbolicamente, o aprendiz morreu para os vícios profanos e está iniciando uma nova
caminhada em busca do aperfeiçoamento moral e intelectual pregado pela Sublime Ordem,
para que possa ser útil para si mesmo e à humanidade.
Ao ser iniciado, o aprendiz nasceu, é uma criança que se defronta com o mundo
desconhecido. Portanto, não tem condições de integrá-lo em toda a sua plenitude. sendo
necessário um guia que o prepare e lhe ensine as primeiras palavras para que possa
comunicar-se e fazer-se entender.
Já num outro estágio, essa criança já aprendeu a soletrar as primeiras letras, pois já assimilou os primeiros

ensinamentos básicos, razão pela qual o aprendiz só sabe soletrar. O companheiro, mais adiantado, aprendeu

a silabar. E a fase da curiosidade e a todo o momento o companheiro pergunta: Por que é assim?

Compete então aos mestres traçar na prancheta as metas que os aprendizes e os


companheiros terão de realizar de acordo com suas capacidades. Compete também aos

companheiros em suas imperfeições acompanhar de perto os aprendizes, ao desbastar a pedra


bruta. Cabe finalmente aos mestres o exemplo através de ações e conduta, servindo de espelho

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aos aprendizes e companheiros.

A expressão não podem representa uma proibição tácita, ou seja, estão proibidos, já
está determinado. Já a expressão não devem representa um conselho, uma lembrança, uma
sugestão seguida de uma explicação: não devem porque... e se justifica.

Se o aprendiz e o companheiro estão imbuídos da vontade de aprimorar-se, gota a


gota, é evidente que não devem falar e sim assimilar, repensar, questionar e aprender. A pedra
bruta é talhada através do maço e do cinzel, usando para isso toda a energia disponível; o
maço é o elemento ativo e o
cinzel o passivo. E quem trabalha não tem tempo para falar.

Da pedra cúbica já foram retiradas as suas asperesas, e os companheiros necessitam de outros instrumentos

para o seu trabalho. Necessitam de cálculos e precisão - do intelecto - para a execução da obra traçada pelos

mestres. Quem tem que pensar e calcular não fala.

Ao mestre, que domina os conhecimentos e já adquiriu sua plenitude, fala, resolve, participa e ensina.

José Castelanni, um dos mais conceituados autores, também discute com muita propriedade. E claro que isto

é simbólico, pois ninguém impede de um aprendiz falar durante as sessões,’ “embora a ortodoxia maçônica

exija esse silêncio”. Existe razão para isso?

1. Simbolicamente, o aprendiz é uma criança de tenra idade, que não sabe fazer uso do vocabulário.

2. Esta é a razão mais importante: em todas as ordens iniciáticas da antiguidade, “o neófito limitava-se a
ouvir para aprender”.

Nas escolas pitagóricas, o primeiro grau era dos ouvintes, que participavam das reuniões, mas guardavam

absoluto silêncio numa fase que durava dois anos, durante os quais se limitavam a “ouvir e a aprender”. No

mitrismo persa, o primeiro grau era o corax (o corvo); no mitrismo, o neófito era o servo do sol, que podia

imitar a fala, mas não podia criar idéias próprias. Assim, era mais um ouvinte que um participante.

Portanto, quando o recém - iniciado é advertido fraternalmente de que não poderá

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falar em loja até que lhe seja permitido, os mestres estão dando prosseguimento a um dos
mais antigos hábitos das mais remotas sociedades iniciáticas que a história registra. Esse é o
hábito do silêncio e o silêncio é um dos ensinamentos fundamentais da Maçonaria. Quando se
faia muito, pensa-se pouco, ligeira e superflcialmente. E a Maçonaria quer que seus adeptos se
façam melhores pensadores do que faladores.

Iniciação-Simbolismo

Quando da nossa Iniciação causou-nos espanto e admiração o simbolismo de cada um


dos utensílios e dos ornamentos que se encontram no Templo.
Evidentemente que temos consciência de que tudo aqui é simbólico, que tudo tem a sua
razão de ser, que há uma explicação lógica, com cada um deles contendo uma mensagem
que são verdadeiras fontes de ensinamento, uma vez que “ Simbolismo é a expressão ou a
interpretação por meio de símbolos e foi o estado primitivo da língua filosófica, no qual os
dogmas religiosos e verdades científicas eram expressos por meio de símbolos, calcados
sobre uma correspondência entre dois objetos dos quais um geralmente pertence ao mundo
físico e o outro ao mundo moral” cuja decifração, com certeza nos levará a entender melhor
o que é MAÇONARIA, já que, por definição Maçonaria é a ciência da Moral velada por
alegorias e ilustrada por Símbolos”.

Símbolo é a representação gráfica ou pictórica de uma idéia ou princípio. Este método


tem a vantagem de não se encerrar nos limites de uma definição, sempre mais ou menos
arbitrária e contestável, apresenta idéias particulares sob uma forma abstrata, de uma
ordem superior às representações mentais comuns, e permite-nos aproximações. Os Sím-
bolos Maçônicos, derivados dos símbolos primitivos, foram em parte aplicados à arte de
construir ou a Maçonaria Operativa, tais como: o Compasso, o Esquadro, a Régua, o
Nível, o Prumo, a Tralha, aos quais hoje se empresta um sentido todo moral, espiritual e
filosófico. Ao iniciarmos as leituras, pudemos verificar que esse conjunto de utensílios e
ornamentos, remontam há longínquas épocas e que são imprescindíveis ao desenvolvimento
do cerimonial.

Na verdade, nossa inquietação já começa quando somos despojados dos metais e


levados à Câmara de Reflexões. Aos poucos vamos sendo envolvidos pelo silêncio e pela
escuridão, levando-nos à meditação. O silêncio absoluto faz nos aproximarmos de nós

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mesmos, nos dando a oportunidade de realizarmos uma interação profunda conosco, através
da qual conseguimos perceber o ser transitório que somos e que, como tal, estamos aqui
apenas de passagem, que nada nos pertence e que o SER é muito mais relevante e importante
do que o TER.
Somente este conhecimento no entanto não basta. Para sermos um bom Maçom,
necessitamos de sua completa assimilação, que virá, com certeza através de uma férrea e
inabalável perseverança.

LIVRE E DE BONS COSTUMES


Peça de Arquitetura Referente a 3 a Instrução de A∴M∴

A partir do momento que alguém se torna Maçom, há de se conscientizar que haverá um caminho longo a
percorrer. Pode-se dizer que é um caminho sem fim. Ao longo dessa caminhada há bons e maus momentos. Os
bons deverão ser aproveitados como incentivo, e os maus não poderão ser motivo de esmorecimento e desistência
da viagem iniciada. A linguagem, sempre empregada nas Lojas Maçônicas, diz que o Aprendiz Maçom é uma pedra
bruta que deve talhar-se a si mesmo para se tornar uma pedra cúbica. É o início da sua jornada Maçônica.

O nutrimento elementar para a viagem é conhecido do Maçom desde de nossa primeira instrução recebida:
A régua de 24 polegadas, o maço e o cinzel. Com o progresso, o Maçom vai recebendo outros objetos, tais como o
nível, o prumo, o esquadro, o compasso, a corda, o malhete e outros. Os utensílios de trabalho, obviamente, são
simbólicos. Todos os símbolos nos abrem as portas sob condição de não nos atermos apenas às definições morais.
E é com o manuseio dessas ferramentas que se começa a tomar consciência do valor iniciático da Maçonaria em
nossa 3a instrução. O espírito Maçônico ensina, aos seus adeptos, um comportamento original que não se encontra
em nenhum outro grupo de homens. Se isso não for absorvido, não será um bom Maçom, livre e de Bons costumes.

O que é “ser livre e de bons costumes” na concepção maçônica?

Livre e de Bons Costumes implica que, apesar de todo homem ser livre na real acepção da palavra, pode
estar preso a entraves sociais que o privem de parte de sua liberdade e o tornem escravo de suas próprias paixões e
preconceitos. Assim é desse jugo que se deve libertar, mas, só o fará se for de Bons Costumes, ou seja, se já
possuir preceitos éticos (virtudes) bem fundamentados em sua personalidade.
O ideal dos homens livres e de bons costumes, que nossa sublime Ordem nos ensina, mostra que a finalidade da

Maçonaria é, desde épocas mais remotas, dedicar-se ao aprimoramento espiritual e moral da Humanidade,

pugnando pelos direitos dos homens e, pela Justiça, pregando o amor fraterno, procurando congregar esforços para

uma maior e mais perfeita compreensão entre os homens, a fim de que se estabeleçam os laços indissolúveis de

uma verdadeira fraternidade, sem distinção de raças nem de crenças, condição indispensável para que haja

realmente paz e compreensão entre os povos.

Livre, palavra derivada do latim, em sentido amplo quer significar tudo o que se mostra isento de qualquer condição,

constrangimento, subordinação, dependência, encargo ou restrição.

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A qualidade ou condição de livre, assim atribuído a qualquer coisa, importa na liberdade de ação a respeito
da mesma, sem qualquer oposição, que não se funde em restrição de ordem legal e, principalmente moral. Em
decorrência de ser livre, vem a liberdade, que é faculdade de se fazer ou não fazer o que se quer, de pensar como
se entende, de ir e vir a qualquer parte, quando e como se queira, exercer qualquer atividade, tudo conforme a livre
determinação da pessoa, quando não haja regra proibitiva para a prática do ato ou não se institua princípio restritivo
ao exercício da atividade.

Bem verdade é que a maçonaria é uma escola de aperfeiçoamento moral, onde o nós homens nos
aprimoramos em benefício de nossos semelhantes, desenvolvendo qualidades que os possibilitam ser, cada vez
mais, úteis à coletividade. Não nos esqueçamos, porém, que, de uma pedra impura jamais conseguiremos fazer um
brilhante, por maior que sejam nossos esforços.

O conceito maçônico de homem livre é diferente, é bem mais elevado do que o conceito jurídico. Para ser
homem livre, não basta Ter liberdade de locomoção, para ir aqui ou ali. Goza de liberdade o homem que não é
escravo de suas paixões , que não se deixa dominar pela torpeza dos seus instintos de fera humana.Não é homem
livre, não desfruta da verdadeira liberdade, quem esta escravizado a vícios. Não é homem livre aquele que é
dominado pelo jogo, que não consegue libertar-se de suas tentações. Não é homem livre, quem se enchafurda no
vício, degrada-se, condena-se por si mesmo, sacrifica voluntariamente a sua liberdade, porque os seus baixos
instintos se sobrepuseram às suas qualidade, anulando-as.

Maçom livre, é o que dispõe da necessária força moral para evitar todos os vícios que infamam, que
desonram, que degradam. O supremo ideal de liberdade é livrar-se de todas as propensões para o mal, despojar-se
de todas as tendências condenáveis, sair do caminho das sombras e seguir pela estrada que conduz à prática do
bem, que aproxima o homem da perfeição intangível.

Sendo livre e por conseqüência, desfrutando de liberdade, o homem deve, sempre pautar sua vida pelos
preceitos dos bons costumes, que é expressão, também derivada do latim e usada para designar o complexo de
regras e princípios impostos pela moral, os quais traçam a norma de conduta dos indivíduos em suas relações
domésticas e sociais, para que estas se articulem seguindo as elevadas finalidades da própria vida humana.

Os bons costumes, referem-se mais propriamente à honestidade das famílias, ao recato das pessoas
e a dignidade ou decoro social.

A idéia e o sentido dos bons costumes não se afastam da idéia ou sentido de moral, pois, os princípios que
os regulam são, inequivocamente, fundados nela.

O bom maçom, livre e de bons costumes, não confunde liberdade, que é direito sagrado, com abuso que é
defeito, crê em Deus, ser supremo que nos orienta para o bem e nos desvia do mal. O bom maçom, livre e de bons
costumes, é leal. Quem não é leal com os demais, é desleal consigo mesmo e trai os seus mais sagrados
compromissos, cultiva a fraternidade, porque ela é a base fundamental da maçonaria, porque só pelo culto da
fraternidade poderemos conseguir uma humanidade menos sofredora, recusa agradecimentos porque se satisfaz
com o prazer de haver contribuído para amparar um semelhante.

O bom maçom, livre e de bons costumes, não se abate, jamais se desmanda, não se revolta com as
derrotas, porque vencer ou perder são contingências da vida do homem, é nobre na vitória e sereno se vencido,
porque sabe triunfar sobre os seus impulsos, dominando-os, pratica o bem porque sabe que é amparando o próximo,
sentindo suas dores, que nos aperfeiçoamos.

O bom maçom, livre e de bons costumes, abomina o vício, porque este é o contrário da virtude, que ele deve
cultivar, é amigo da família, porque ela é a base fundamental da humanidade. O mau chefe de família não tem
qualidades morais para ser maçom, não humilha os fracos, os inferiores, porque é covardia, e a maçonaria não é
abrigo de covardes, trata fraternalmente os demais para não trair os seus juramentos de fraternidade, não se desvia
do caminho da moral, quem dele se afasta, incompatibiliza-se com os objetivos da maçonaria.

O bom maçom, o verdadeiro maçom, não se envaidece, não alardeia suas qualidades, não vê no auxílio ao
semelhante um gesto excepcional, porque este é um dever de solidariedade humana, cuja prática constitui um
prazer. Não promete senão o que pode cumprir. Uma promessa não cumprida pode provocar inimizade. Não odeia, o
ódio destrói, só a amizade constrói.

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Finalmente, o verdadeiro maçom, não investe contra a reputação de outro, porque tal fazer é trair os
sentimentos de fraternidade. O maçom, o verdadeiro maçom, não tem apego aos cargos, porque isto é cultivar a
vaidade, sentimento mesquinho, incompatível com a elevação dos sentimentos que o bom maçom deve cultivar.

Os vaidosos buscam posições em que se destaquem; os verdadeiros maçons buscam o trabalho em que
façam destacar a maçonaria.

O valor da existência de um maçom é julgado pelos seus atos, pelo exercício do bem.

Bibliografia :

- Dicionário Aurélio – 1999

- Ritual de Ap.·.M.·. do REAA

- Adaptação do Texto Original do Ir.·. Nery Saturnino - A.·.R.·.L.·.S.·. Amor e Fraternidade

-Trabalho enviado por e-mail pelo Ir.’. Jacson de Almeida Junior

James Anderson
James Anderson, habitualmente denominado de "pai da Maçonaria Especulativa", nasceu na
cidade de Aberdeen, (Escócia), por volta do ano de 1680. Estudou teologia em sua cidade
natal, no "Marischal College", onde acabou recebendo o seu título de "Doutor em Teologia",
naturalmente presbiteriano, religião então predominante na Escócia.

Ainda antes de 1710, Anderson veio fixar residência em Londres, onde ele, mais tarde,
comprou os direitos de vicariato de uma Capela Presbiteriana, situada em "Swallow Street"
(Rua das Andorinhas), onde ainda em 1735 o encontramos fazendo as suas pregações.

Em sua qualidade de vigário presbiteriano ele se tornou muito conhecido do povo londrino,
em face de suas inúmeras pregações, muitas das quais chegou a publicar em folhetos
avulsos. As que mais admiração causaram foram as cinco seguintes:

1. "Nós esperamos a paz, que não veio; Dia da Saúde" (Jeremias 8-15), pronunciada em
16/01/1712 na Igreja de Swallow Street.

2. A pregação de 30/01/1714, teve como título: "Assassinos de Rei, não", um nome assaz
curioso. Tratava-se de uma pregação a favor do Rei George I, recentemente coroado, contra
as falcatruas e confabulações do partido católico do pretendente Jacobus III.

3. "Crença nos Santos", pronunciada em 01/08/1720 teve intenções de caráter puramente


religiosos, e representava a interpretação que os presbiterianos davam a este tema.

4. Esta foi uma pregação fúnebre no dia do 1º aniversário do falecimento do padre William
Lorinzer, um ministro presbiteriano que tinha feito a sagração de Anderson.

5. E finalmente, merece destaque ainda a pregação de 03/07/1737, pronunciada sobre o


tema "A Prisão dos Devedores", onde analisou a legislação concernente à "insolvência
financeira".

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E não há duvidas que Anderson, ao abordar este assunto, falava de experiência própria, pois
consta que por volta de 1720 tinha perdido todo o seu patrimônio, e a sua situação
financeira estivera tão precária, que os seus credores o lançaram na "torre dos devedores",
de onde o tiraram os seus Irmãos Maçons, depois de terem pago as suas dívidas.

Exemplares destas cinco pregações existem ainda hoje na biblioteca dos advogados, de
Edinburgh.

No ano de 1732, Anderson traduziu para o inglês as "Taboas Genealógicas" do historiador e


geógrafo alemão "Hans Hubner", que chegou a reeditar em 1736 de forma ampliada.

Logo no ano seguinte, de 1733, publicou o livro: "A Unidade na Trindade, e a Trindade na
Unidade". Em 1739 editou o livro "Notícias de Elysium" e "Conversas com os Mortos" e,
finalmente, em 1742, ainda surgiu, em edição póstuma a "História genealógica da Casa
Nobre de Ivery" uma antiga estirpe irlandesa, cujo membro vivo na ocasião era o Conde de
Egmont.

Mas incontestavelmente a obra mais importante de Anderson foi a conhecida "Constituição


Maçônica, de Anderson", que publicou às suas expensas no ano de 1723, época em que era
Venerável da Loja nº 17.

Nunca se soube em que Loja Anderson fora iniciado, mas é provável que ainda tenha sido na
Escócia, de modo que já era Maçom feito a filiar-se a uma Loja em Londres.

Na reunião da Grande Loja de 29/09/1721, onde 16 Lojas estiveram representadas, o Irmão


James Anderson A. M. (Magister Artium) foi encarregado de estudar as cópias das antigas
constituições góticas, consideradas falhas e fundi-las numa Carta Magna mais concisa e
clara.

Deve ter trabalhado com incrível rapidez, a não ser que já tenha feito os estudos
preliminares, pois já em 21/12/1721, apresentou o Manuscrito Projeto, que foi entregue a
14 Irmãos competentes, e esta mesma comissão depois de feitas as resolvidas emendas
consideradas necessárias, aprovou a nova Constituição em 25/03/1722.

Em 17/01/1723 a Grande Loja aprovou a Constituição já impressa, e nomeando Anderson


para seu Grande Vigilante. Em 1723 o nome Anderson também consta dos registros da Loja:
"Horne Tavern", de Westiminster e em 1725 no da "Lodge of Salomon's Temple" de
Hemmings Row.

A autorização da impressão da Constituição e sua venda criou grande celeuma, e por isto, o
Irmão Anderson parece ter ficado afastado dos trabalhos durante quase 10 anos das Lojas.
Mas em 24/02/1735 Anderson apresentou-se novamente à Grande Loja, pedindo licença
para imprimir uma Edição da Constituição aumentada, cujo novo texto foi finalmente
aprovado em sessão de 25/01/1738, pelos representantes das 56 Lojas presentes, sendo
impressa logo em seguinda.

Mas já no ano seguinte, em 01/06/1739, Anderson transportou-se para o Oriente Eterno,


sendo enterrado com Honras Maçônicas no Cemitério de Bunhills Fields. O esquife foi
carregado por 5 prelados presbiterianos e o Reverendo Desaguliers, considerado
colaborador de Anderson na feitura da Constituição, sendo o caixão seguido por apenas uns
10 ou 12 maçons paramentados.

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Desapareceu assim o Maçom quem mais serviços prestou à Ordem, que em vida nunca
mereceu o menor apoio, prestígio e agradecimento, e que pelo contrário foi atrozmente
combatido, mas que acabou sendo o único, cujo nome nunca foi e nem será esquecido.

Kurt Prober

LEVANTAR TEMPLOS A VIRTUDE E CAVAR MASMORRAS


AOS VÍCIOS

Quando levantamos templos a virtude e cavamos masmorras aos vícios, estamos levando em
consideração o que todos os livros sagrados de todas as religiões vem falando a milhares de
anos com sua escrita clara, suscinta e velada: por exemplo: na Bíblia, o grande Kabir Jesus diz:
que devemos negar a si mesmos, negando dentro de nós mesmos os nossos vícios, tais como: a
nossa ira, a nossa vaidade, o nosso orgulho e a nossa ambição: no Alcorão, Maomé com toda a
sua sabedoria, nos disse: morte aos infiéis, em que os infiéis são os nossos próprios vícios e
defeitos, e que seus seguidores, hoje, pensam equivocadamente que somos nós os ocidentais;
no Baghavad Ghita, livro sagrado dos Hindostânico, aconteceu uma batalha de Arjuna,
personagem épico deste livro, contra seus parentes, em que muitos seguidores desta filosofia
hindu levam ao pé da letra, mas que na realidade, meus queridos IIr∴, lutar contra os parentes
significa, aqui, cavar e enterrar os próprios vícios; no budismo, Sidharta, nos fala em aniquilação
budista, que também significa a morte dos nossos vícios.

E aqui na Loja? Será que estamos nos propondo a mudar, cavando masmorras aos vícios e
levantando templo a virtude ou estamos dando vazão e espaço a antigos rancores, alimentando a
ira e nossas ambições desenfreadas, sem amparo, nem sustentáculo das colunas deste Templo,
onde se prega o amor e união dos IIr∴.

Antes de falar negativamente de um Ir∴, não seria melhor compreendê-lo.


Antes de condenar um Ir∴, não seria mais proveitoso perdoá-lo;
Antes de arremessar uma pedra contra um Ir∴, não seria melhor guardá-la e desbastá-la, com o
conhecimento de usá-la para levantar o próprio Templo à virtude.

Faça de seu corpo uma pedra dentro desta Loja e de seu espírito um laboratório de experiências,
pois empenhando-se em uma pesquisa profunda a respeito do funcionamento espiritual da Loja,
teremos possibilidades de fazer mudanças positivas em nosso interior. Como diz o sábio: o
exterior é reflexo do mundo interior, e, quando soa a bateria no Ritual Maçônico e o som chega
aos nossos ouvidos de forma harmônica, significa que estamos em harmonia com todo o
universo, e, provavelmente teremos uma Sessão Justa e Perfeita. Mas quando a bateria soa em
desarmonia, o ritmo da Loja desanda, e, os IIr∴ que provocaram inconscientemente tal
desarmonia, trazem na sua ambição, o falso sentimento, que pela força e pelo grito podem
conseguir tudo que querem, inseridos na visão mundana e superficial do que realmente é a
maçonaria. Claro está, que a única forma de desenvolvimento no mundo maçônico é o
desprovimento completo e absoluto do egoísmo, onde o sentimento de irmandade, fruto do

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desbaste da Pedra Bruta e da formação da Pedra Cúbica torna-se imprescindível, se realmente
temos profundo interesse de crescer como IIr∴. Obviamente, no início, isso não é fácil,
encontram-se dificuldades inesperadas, às vezes, o entusiasmo inicial é excessivo e diminui
progressivamente com o passar das semanas, dos meses e dos anos, portanto é preciso
elaborar uma abordagem persistente e constante, baseada em um compromisso a longo prazo,
colocando pedra por pedra, uma a uma, dia após dia, até concluir o nosso Templo interior, que
deve se refletir como um espelho da construção desta Loja.

LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE

Liberdade, Igualdade e Fraternidade não são as três maiores palavras do nosso vocabulário,
mas são sem dúvida as três palavras que em todos os vocabulários do mundo abrangem a maior
grandeza, o maior conteúdo significativo. Se as questionarmos profundamente, desvencilhados
de todos dogmas, tabus e superstições que moldam a nossa sabedoria vamos encontrar
exatamente dentro da tríade as grandes respostas que nos desafiam ao largo de séculos e
milênios, para solucionar as questões sociais que agitam o mundo e atormentam a humanidade.
Nenhuma dessas três maravilhas se realizou ainda, na sociedade humana que conhecemos;
tanto a liberdade quanto a igualdade ou a fraternidade somente viveram em nossa imaginação
porque a concretização em fato social de uma delas apenas significaria criar aqui na terra o
verdadeiro Jardim do Edem; o mesmo paraíso com que todos nós sonhamos, e que, por
desconhecermos o caminho para encontrá-lo, acabamos por colocá-lo na imaginação utópica de
uma eternidade. Dizemos que apenas uma dessas três palavras será o bastante para levar-nos
ao aperfeiçoamento da sociedade humana porque elas não são entre si isoladas; nenhuma delas
sobrevive isoladamente; elas formam uma trilogia perfeita, no mais grandioso e indestrutível elo
triangular do universo. Elas se complementam, somando-se as duas primeiras para formar a
terceira, como se tivéssemos um triângulo retângulo, onde os quadrados de dois lados se somam
para fazer um lado maior. Este lado maior, que na geometria chamamos hipotenusa, significa a
fraternidade que, indiscutivelmente, constitui o mais flamejante e supremo desiderato da
humanidade; o oásis da sociedade humana que jamais se realizará na ausência de uma
liberdade total e ilimitada para cada indivíduo, a par de uma igualdade perfeita para os direitos de
todos. A liberdade e a igualdade da mesma forma, nenhuma se realizará sem a presença da
outra, onde ambas se vão somar para criar a fraternidade, como o destino específico que a
natureza, ou G∴ A∴ D∴ U∴ , traçou para o homem inteligente.
O dia que se implantar a fraternidade no nosso mundo não haverá mais guerras e nada dos
acontecimentos funestos que nos consternam neste momento. Será o paraíso do homem
inteligente. Mas a fraternidade não poderá ser instituída por um decreto; o homem, esse impostor
que vem estupidamente destruindo o ecossistema e tudo de belo que a natureza criou, há um
tempo que, paradoxalmente, intitula-se uma imagem e semelhança de Deus, não tem capacidade
nem faculdades lógicas para criar a fraternidade através de uma ordem ou qualquer forma

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declaratória. Nem a liberdade poderá implantar no meio social, a não ser que se disponha a
renunciar todos artifícios e valores falsos que ergueu para, por meio deles, locupletar-se.

Somente a igualdade, é o elemento único de nossa tríade que poderá ser constituído pelo
homem, ou seja, instituído através de uma constituição. Não pela maneira vulgar e até graciosa
que está consignada em nossas constituições e inclusive no documento magno que intitulamos:
"Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão", onde o poder bazofia com os
dizeres: "são todos iguais perante a lei", sem a instituição dos mínimos preceitos que tornem as
pessoas iguais. Até poderia ser válida esta afirmação se a lei representasse a justiça, como
sendo o consenso da humanidade; porém, é de notar-se que todos os absurdos que pratica o
homem estão capitulados nas leis, ou, pelo menos, as leis lhes cederam espaço para existirem.
O simples fato de estarmos constituindo uma condição de igualdade através de uma declaração
já caracteriza perfeitamente um domínio e desigualdade entre quem declara e os declarados.
A implantação da igualdade social por meio de uma constituição não significa ainda a solução
ideal, de vez que o sistema constitucional vigente no mundo ainda não nos parece haver
alcançado os resultados ideais e definitivos; eis que as mais de 200 constituições existentes, vem
sofrendo constantes emendas e alterações. Nem a constituição norte americana, que apontamos
como modelo, nos configura uma constituição ideal. Ela sobrevive há mais de 200 anos com
resultados estáveis porque são sustentados, mas que se nos afiguram bem longe do ideal e
definitivo. Uma constituição é o documento intelectual mais profundo e sábio que poderá um povo
realizar, porque somente através de uma carta magna se instituirão os valores e disciplina para
uma sociedade ideal. A constituição deverá ser o poder impessoal e único para governar um
povo; uma lei para governar os homens, sem o menor espaço à intromissão de homens para
governar as leis. É o paradoxo de nossas Cartas, como autênticas fábricas de homens para
governar e até abusar livremente das leis. As assembléias constituintes atuais, representam mas
não defendem a vontade popular; são institutos próprios da conjuntura em que o homem domina
o homem e organizam-se para negociar os interesses apenas dos que detém o poder, onde até
comportamentos verdadeiramente selvagens são regulamentados. Os preceitos de uma
constituição deverão nascer de uma idealização e nunca de alguma negociação.
A igualdade é um fato social que se determina desde a adoção de institutos que propiciem e
assegurem sua realização. Associa-se com os demais elementos da tríade e constitui a única
porta de entrada para formarmos um novo triângulo; possivelmente o mais lindo e maravilhoso,
que se vai incluir nos demais da nossa Magnífica Ordem. É o lema grandioso que inspirou a
Revolução Francesa como "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", e que pedimos vênia para
inová-lo como: "Igualdade, Liberdade e Fraternidade", de vez que só a começar da igualdade a
sociedade humana alcançará sua realização. Desde a igualdade social o homem poderá criar
nosso triângulo maravilhoso, ao transferir do "homo-fera" para o "homo-sapiens" o poder que
dirige o mundo, assim constituindo o verdadeiro "Triângulo da Salvação".
Os homens estão em guerra, dentro de um círculo vicioso, desde as mais remotas notícias que
nos traz a historia sobre sua presença na superfície da terra. São trágicos e apavorantes os
desajustes que conflitam e enlutam nosso momento social, com indícios bem claros de
aumentarem cada vez mais. Tudo se passa e tudo se tenta sem nada de positivo concretizar,
como se estivéssemos num recinto em chamas, sem portas visíveis para sairmos. Resta-nos
apenas a alternativa de perguntar: "Por que tudo isso ocorre? Onde estará a solução?... E
não será por demais surpreendente a resposta quando encontrarmos bem nítido e visível a

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desigualdade social como vilão e ponto de origem para todos os milhões de males que
atormentam a humanidade. Não são em verdade milhões de males que atormentam a
humanidade e tão somente as conseqüências de um único mal, de onde se originam todos
demais. E a solução deste grande mal está contida num silogismo bem simples e elucidativo: "se

todos os males que atormentam a humanidade são derivados da desigualdade social,


então é obvio que o estabelecimento da igualdade extinguirá todos eles".
Será portanto a igualdade a grande e única tábua de salvação para o nosso mundo; a palavra
chave e fanal para todos nossos objetivos. Ela nunca foi vista por nenhum de nós mas existe e
está colocada a nosso dispor, como um troféu que só virá até nos se o conquistarmos. É pois,
para a conquista desta insígnia tão preciosa que conclamamos todos nossos irmãos, numa
marcha decidida e firme a ser iniciada exatamente neste momento.
A nossa conquista não se fará, naturalmente, com o mesmos canhões com que o homem está
destruindo o mundo e já destrui até sua dignidade; não será também pelos caminhos que nos
ensinaram na universidade porque o mesmo senhor que manuseia os canhões foi quem traçou
todos eles; nem também pelos caminhos dogmatizados das religiões que simbolizam ainda a
mesma mensagem hipócrita do rei divino para seus escravos.
Nem será a nossa tarefa a solução isolada e impossível dos mil problemas da sociedade; será
apenas a remoção de um móvel para o seu devido lugar, de onde se originaram os problemas
todos. Não será, também, a destruição de um inimigo, conforme a prática dos homens; inimigo
este que seria a desigualdade social. Nossa tarefa será simplesmente a conquista de uma pérola
que nos pertence; uma pérola que ainda não conhecemos, mas que, por analogia, sabemos o
seu formato e sua beleza, que é a igualdade social; esta igualdade que deixou de existir desde o
momento que o homem, por seus instintos ferozes, passou a explorar e escravizar a natureza e o
próprio homem; quando o instinto do homem assumiu o domínio da inteligência, ao invés da
inteligência dominando os instintos.
Tudo isso ocorre desde um parêntese que precisamos fazer aqui:
"O homem é um animal racional, com duas naturezas distintas; a natureza animal que o identifica em instintos e
características com todos demais mamíferos; e a racional que lhe dá o poder de discernimento e encerra a tarefa
específica que o G∴ A∴ D∴ U∴ lhe confiou; a tarefa de complementar com a inteligência a perfeição que se esgota
na natureza selvagem. Os instintos do "homo-fera" manifestam-se desde o nascimento, enquanto o intelecto tem o seu
desenvolvimento muito mais tarde. Talvez daqui venha o fato de o homem não se haver organizado racionalmente
antes de ter sua inteligência escravizada pelo instinto, donde nasceu um círculo vicioso que sobrevive e somente por
um impacto da inteligência poderá desfazer-se".
A carência de igualdade social e domínio do homem sobre o homem não se resume ao nosso
meio ou a nosso país; é o mal que, vestindo roupagens de cultura, justiça e de todos os sofismas
da sociedade, atormenta a totalidade do universo profano, em que estamos insertos. O homem
com seu egoísmo conseguiu desvirtuar a realidade da filosofia humana; inverteu os valores e
viciou a cultura que professamos. Estamos nós e o mundo inteiro perdidos na escuridão de
artifícios e valores falsos. São as mentiras que a escuridão nos põe ao dispor para, por meio
delas, salvar a verdade. Somente o facho de uma luz de verdade nos poderá resgatar e conduzir
passo a passo até o destino certo. E somente a magnitude de Nossa Ordem contém a seara fértil

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para germinar uma pequena semente de verdade e fazer com que ela se reproduza até cobrir o
universo inteiro.
A sociedade igualitária que imaginamos somente poderá ser constituída, ou seja,
constitucionalizada num documento em que a universalidade social se identifique e assuma suas
prerrogativas de autodeterminação. Uma organização em que os direitos sejam criados pelo
consenso de todos e formados pelo consuêtudo também natural de todos. As pessoas é que

escolherão seu comportamento ideal, dentro de uma liberdade ampla, onde os direitos de cada
pessoa sejam limitados apenas pelos direitos idênticos de seu semelhante. Jamais atingiremos
este objetivo nas instituições vigentes de pseudodemocracia, onde a coletividade não escolhe os
seus direitos e sim escolhe os agentes do poder, mediante alienação de todos os seus direitos e
toda soberania.
Numa sociedade em que o direito seja criado livremente pelo consenso de todos, é obvio que
todos os conhecerão para saber respeitá-lo, ao tempo que se farão os melhores fiscais de seu
cumprimento, sem deixar lugar para sua transgressão. Diante disto, desaparecerão os motivos
para conflitos, assim como também desaparecerá a necessidade de tribunais e a existência de
presídios humanos ou qualquer forma de repressão.
Isto é o que entendemos por igualdade social, onde está implícita a liberdade e desabrochará
sem dúvida o maior desiderato do homem inteligente, que é a fraternidade e equivale ao paraíso
encantado com que todos nós sonhamos e nunca imaginamos estar tão perto de nós.
BIBLIOGRAFIA: Ir.’. Sebastião Costa – A Maçonaria e os Grandes Mistérios

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PORQUE SOMOS
LIVRE E DE BONS COSTUMES

O candidato à pertencer a Maçonaria precisa de pré-requisitos: ser livre e de bons


costumes.

SER LIVRE – No sentido literal esse conceito significa não possuir pendências com a
sociedade, não ser prisioneiro ou escravo de algo ou alguém.

DE BONS COSTUMES – Também no sentido literal, significa obedecer às regras


estabelecidas pela sociedade, ser fiel obedecedor das leis e ser possuidor de
conduta imaculada.

Assim sendo, SER LIVRE significa, não estar apegado à matéria e aos elementos
materiais. Ser livre é estar liberto do EGO, o elemento que nos aprisiona ao corpo
de barro e nos impede de transcender rumo à verdadeira luz. Essa Verdadeira Luz
habita todos os seres vivos e os conecta diretamente a um corpo mais elevado, mas
está oculta pelo dogma, preconceito e demais arestas da pedra bruta. Somos uma
célula que pertence a um corpo chamado Deus, Grande Arquiteto do Universo, Alah,
Jeová ou tantos outros nomes usados para representar o criador; nossa missão é
nos purificar para que possamos voltar a fazer parte desse corpo de pura luz.

Também concluímos que ser de BONS COSTUMES representa: Elevar o pensamento


a coisas positivas e construtivas para que nossa aura se alimente de bons fluídos e
irradie com maior intensidade para levar luz às trevas. O homem de bons costumes
é o homem que respeita os valores consagrados pela tradição, transmitidos de
geração em geração. Esses valores são aleatórios pois variam de geração para
geração, e divergem entre os grupos sociais.

Ao acolhermos a apresentação de novos candidatos, deveremos fazer prevalecer


sempre o bom senso e a responsabilidade, tanto dos apresentantes como dos
sindicantes, do corpo da Loja, da Administração Central. A análise dos dados
apresentados deve ser profunda e cuidadosa. O passado do apresentado deve ser a
base de uma pesquisa muito ampla e conscienciosa.

O que interessa ao Maçom é especialmente o treinamento para o exercício da


fraternidade universal, que leva a fraternidade não só entre os irmãos mas a todos
os homens; que leva ao altruísmo positivista, ao sentimento cristão do amor ao
próximo, que nos faz sentir não como um membro de uma Loja somente, ou
membro de uma nação, mas nos faz sentir como membro da humanidade. Essa é a
característica que interessa a Maçonaria, sermos Livres e de bons Costumes.

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O que valoriza o homem e deveria valorizai especialmente o Maçom, não pode ser
avalizado por certidões negativas, nem por vagas informações de terceiros e nem
por entrevistas feitas por pessoas que não possuem esse sentimento da
fraternidade universal.

Devemos entender livre aquele que não tem sua mente servilmente amarradas aos
condicionamentos doutrinários e que é religioso porque assim o decidiu livremente
diante de sua própria consciência, um homem que tem livre seu pensamento. De
bons costumes aquele que procede de acordo com princípios morais rígidos não por
temor de ser castigado por algum poder superior com um hipotético inferno, e que
não norteia o seu comportamento por seu egoísmo e sim por sua consciência de ser
membro da raça humana, cujos componentes são todos seus irmãos e semelhantes.
Todos os elementos do Universo, quer seres vivos quer matéria inerte, obedecem
sem decisão própria às leis naturais, somente ao homem cabe a regalia de poder
decidir muitos dos seus atos.

Isto por si só confere ao homem a nobreza particular de poder obedecer a sua


própria consciência intuída da auto-legislação do Universo, não podendo
impunemente fugir as determinações dessas mesmas leis de cooperação universal.
O homem que não cumpre seu papel nesse contexto está traindo a própria
confiança que nele foi depositada como elemento máximo desse mesmo Cosmo.
Esse é o verdadeiro homem de bons costumes de que fala a Maçonaria.

A Maçonaria será tão grande e boa quanto nós, os Irmãos, se formos grandes e
bons individualmente.

Se uma única pessoa representa uma vela na escuridão, um grupo de pessoas irradiando
luz seria o equivalente a um farol que guia e dá rumo aos desorientados pela ausência de
luz.

PORQUE SOMOS
LIVRE E DE BONS COSTUMES

O candidato à pertencer a Maçonaria precisa de pré-requisitos: ser livre e de bons


costumes.

SER LIVRE – No sentido literal esse conceito significa não possuir pendências com a
sociedade, não ser prisioneiro ou escravo de algo ou alguém.

DE BONS COSTUMES – Também no sentido literal, significa obedecer às regras


estabelecidas pela sociedade, ser fiel obedecedor das leis e ser possuidor de
conduta imaculada.

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Assim sendo, SER LIVRE significa, não estar apegado à matéria e aos elementos
materiais. Ser livre é estar liberto do EGO, o elemento que nos aprisiona ao corpo
de barro e nos impede de transcender rumo à verdadeira luz. Essa Verdadeira Luz
habita todos os seres vivos e os conecta diretamente a um corpo mais elevado, mas
está oculta pelo dogma, preconceito e demais arestas da pedra bruta. Somos uma
célula que pertence a um corpo chamado Deus, Grande Arquiteto do Universo, Alah,
Jeová ou tantos outros nomes usados para representar o criador; nossa missão é
nos purificar para que possamos voltar a fazer parte desse corpo de pura luz.

Também concluímos que ser de BONS COSTUMES representa: Elevar o pensamento


a coisas positivas e construtivas para que nossa aura se alimente de bons fluídos e
irradie com maior intensidade para levar luz às trevas. O homem de bons costumes
é o homem que respeita os valores consagrados pela tradição, transmitidos de
geração em geração. Esses valores são aleatórios pois variam de geração para
geração, e divergem entre os grupos sociais.

Ao acolhermos a apresentação de novos candidatos, deveremos fazer prevalecer


sempre o bom senso e a responsabilidade, tanto dos apresentantes como dos
sindicantes, do corpo da Loja, da Administração Central. A análise dos dados
apresentados deve ser profunda e cuidadosa. O passado do apresentado deve ser a
base de uma pesquisa muito ampla e conscienciosa.

O que interessa ao Maçom é especialmente o treinamento para o exercício da


fraternidade universal, que leva a fraternidade não só entre os irmãos mas a todos
os homens; que leva ao altruísmo positivista, ao sentimento cristão do amor ao
próximo, que nos faz sentir não como um membro de uma Loja somente, ou
membro de uma nação, mas nos faz sentir como membro da humanidade. Essa é a
característica que interessa a Maçonaria, sermos Livres e de bons Costumes.

O que valoriza o homem e deveria valorizai especialmente o Maçom, não pode ser
avalizado por certidões negativas, nem por vagas informações de terceiros e nem
por entrevistas feitas por pessoas que não possuem esse sentimento da
fraternidade universal.

Devemos entender livre aquele que não tem sua mente servilmente amarradas aos
condicionamentos doutrinários e que é religioso porque assim o decidiu livremente
diante de sua própria consciência, um homem que tem livre seu pensamento. De
bons costumes aquele que procede de acordo com princípios morais rígidos não por
temor de ser castigado por algum poder superior com um hipotético inferno, e que
não norteia o seu comportamento por seu egoísmo e sim por sua consciência de ser
membro da raça humana, cujos componentes são todos seus irmãos e semelhantes.
Todos os elementos do Universo, quer seres vivos quer matéria inerte, obedecem
sem decisão própria às leis naturais, somente ao homem cabe a regalia de poder
decidir muitos dos seus atos.

Isto por si só confere ao homem a nobreza particular de poder obedecer a sua


própria consciência intuída da auto-legislação do Universo, não podendo
impunemente fugir as determinações dessas mesmas leis de cooperação universal.
O homem que não cumpre seu papel nesse contexto está traindo a própria
confiança que nele foi depositada como elemento máximo desse mesmo Cosmo.
Esse é o verdadeiro homem de bons costumes de que fala a Maçonaria.

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A Maçonaria será tão grande e boa quanto nós, os Irmãos, se formos grandes e
bons individualmente.
Se uma única pessoa representa uma vela na escuridão, um grupo de pessoas irradiando luz seria o equivalente a
um farol que guia e dá rumo aos desorientados pela ausência de luz.

Vedar os olhos

A cerimônia da vedação dos olhos tem enorme relevância, pois é o ponto de partida,
ou melhor, o disparo da iniciação.

Tem início com o chumaço de algodão branco a ser colocado sobre os


olhos. A entrega do algodão tem o significado de uma grande doação, o Padrinho entrega ao
Postulante, simbolicamente, a maciez, o conforto e a delicada acolhida como o próprio líquido
amniótico. O branco simboliza a unidade de e com Deus, sabedoria, pureza, alegria,
reconciliação, regeneração, verdade, etc. Contatar o branco como a suprema luz, ou como a
marca lívida do cadáver, é ter a oportunidade de experimentar a sensação de renunciar a nós
mesmos.

Ao postulante é determinado que coloque o dedo indicador sustentando o


chumaço de algodão sobre os olhos. O dedo indicador simboliza aqui o dirigir-se a si
mesmo, aquele que dá início ou partida a um acontecimento que visa o auto conhecimento
por vontade própria; o dedo indicador relaciona-se com o estômago, órgão responsável pela
digestão dos alimentos, esotericamente responsável pela digestão das sensações e
informações captadas.

É colocada a venda preta sobre o algodão. O preto simboliza a noite,


que é o prelúdio de uma nova aurora, como o período de vida intra-uterina torna possível o
nascimento. O preto e a noite lembram imagens da morte, que nos passa a idéia de mudança
de estado, de reencarnação e de ressurreição. René-Lucien Rousseau afirma "A exemplo da
Natureza que tira a Aurora da Noite, o Mundo do Caos e a Primavera do Inverno, as religiões
da Antigüidade impunham aos candidatos à iniciação provas que transcorriam durante a noite
ou nos subterrâneos. Para se tornarem homens novos, para nascerem para a existência
espiritual (o nome Renê, em francês, ou Renato, em português, não tem outra origem), era
preciso passar por uma morte simbólica, morrer para a vida de ilusão e das paixões e tornar-
se digno, assim, de contemplar o sol resplandecente da verdade". O negro, esotericamente,
significa mudança de estado.

Os olhos correlacionam-se ao discernimento. Ao ser privado da luz


exterior o Postulante é estimulado a voltar-se para a sua própria luz interior, ver e rever seus
valores, sobretudo enxergar com o coração, mais que uma postura, passar a ter uma atitude
esotérica, na busca da chama interior para iluminar sua mente. Platão, com sua lógica
magnífica, descreve essa experiência por analogia na famosa cena da Caverna, na sua
República.

O beijo nas faces simboliza a bênção (ação do bem), ou seja, o desejo

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de sucesso na missão tanto no seu aspecto exotérico (exterior - provas - força - resistência)
como no sentido esotérico (interior - conhecimento - aprendizado).

Bibliografia: A Linguagem das Cores - René-Lucien Rousseau; Dactilodiagnose e


Parapsicologia - Artemio Longhi; Anatomia Esotérica - Douglas Baker.

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