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Teoria Política Contemporânea

A teoria política se ocupa do estudo das instituições e normas que organizam essa vida
coletiva, da maneira como são, como devem ser ou como podem vir a ser. P 55

Mas não há um consenso acerca desta definição. As diferentes tradições escolares tem
definições distintas para o estudo da política. O termo teoria política vem da tradição inglesa,
enquanto nas tradições francesa e italiana se usava até pouco tem filosofia política. A opção
entre uma ou outra revela o enfoque a ser adotado. O livro segue a tradição anglofona, que
incorporou parte de outras tradições e culturas intelectuais.

As definições de política que a consideram somente o que diz respeito ao governo e sua
estrutura são fracas por não levar em conta que essas instituições se constituem por relações e
práticas sociais e econômicas e dependem de valores culturais e éticos para sua legitimação.
(norte americanos, teoria da escolha racional e teoria dos jogos, opera com hipóteses testadas
e critérios estatísticos).

A teoria política (defendida no livro) não parte do pressuposto da neutralidade axiológica, “


seus autores tomam posições explícitas acerca de como a sociedade deve se organizar, que
critérios de justiça as instituições deve adotar, como a representação e a participação política
deve se dar etc.” p 107

“Em outro eixo encontramos a teoria política fazendo contato com a sociologia, com a
economia e com o direito. Enquanto, no eixo anterior, o da filosofia, teoria política e história,
temos um compartilhamento do objeto e maneiras diferentes de abordá-lo, umas mais
abstratas outras mais particulares, nesse segundo eixo temos disciplinas que formalmente se
dedicam ao estudo de outros objetos, mas que nem por isso deixam de ter áreas de
intersecção com a teoria política.” P 135

Onde começa um e acaba o outro? Muito da teoria política hoje também é teoria social.

“Há também grande número de subdisciplinas que estão ao mesmo tempo dentro e fora da
teoria política, ou seja, que podem ser encontradas na teoria política e em outras disciplinas.
Esse é o caso da análise do discurso, teoria da linguagem, estudos da cultura, estudos pós-
coloniais, teoria de gênero, teoria das relações raciais, teoria feminista etc.” p 149

“Pertencem à teoria política antiga os fundadores do pensamento político ocidental, como


Platão e Aristóteles, os pré-socráticos e outros filósofos gregos, como céticos, epicuristas e
estoicos, além da filosofia política romana. A teoria política medieval assume como ponto de
partida o mesmo evento que marca o começo da Idade Média: a queda do Império Romano do
Ocidente, que se consumou no século V da era cristã. Aqui destacam-se os nomes de Santo
Agostinho (354-430), considerado por muitos o fundador do pensamento político medieval, e
de São Tomás de Aquino (1225-1274).

O Renascimento italiano marca, para muitos comentadores, o começo do pensamento


moderno, com a tradição do republicanismo cívico, na qual se destaca Maquiavel (1468 –
1527). Há quem prefira atribuir a fundação do pensamento moderno a Thomas Hobbes (1588-
1679) e à tradição do contratualismo político que tem neste autor um importante
representante. Uma miríade de autores é normalmente classificada na categoria “pensamento
político moderno”, entre eles John Locke, Montesquieu, Rousseau, Hume, Kant, Hegel, os
federalistas norte-americanos e Benjamin Constant. Autores do século XIX como John Stuart
Mill, Karl Marx, Proudhon e Tocqueville, também partilham do mesmo rótulo, o que mostra
quão elástica são tais periodizações. (...) Fato é que, seguindo essa classificação seria melhor
considerar a época que vai de Nietzsche ao final da Segunda Guerra Mundial como período de
transição entre pensamento moderno e o que se denomina contemporâneo.” P 163, 167, 172

O livro é organizado a partir de conceitos chaves que conectam as questões teóricas e os


principais autores.

“Questões políticas sempre se apresentam por meio de interpretações divergentes e não raro
abertamente conflitantes. Cada posição no debate é defendida por meio de argumentos que
misturam dados factuais com opiniões, valores e ideias, diagnósticos do presente com
expectativas de futuro. No contato diário com essas questões em debate somos levados
constantemente a reavaliar nossas próprias posições, preconceitos, valores e crenças. É nessa
seara que a teoria política tem o potencial de dar sua máxima contribuição, pois ela fornece
argumentos, interpelações, instrumentos de questionamento e exemplos históricos que nos
ajudam a sofisticar nossa compreensão das coisas da política e, assim, contribuir de maneira
mais efetiva e informada para o próprio debate.” P 232

Cap II – Justiça

2.1. A Justiça entre o Liberalismo e a Política: John Rawls

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