Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Lição iluminista – quanto mais racionais mais capazes de moldar nossa própria história. “Para
controlarmos o futuro, é necessário que nos libertemos dos hábitos e dos preconceitos do
passado.” 15
Marx já dizia que para fazermos história temos que compreender a história
O que é globalização?
Esta reestruturando as formas de viver. Dirigida pelo Ocidente, marcada pelos eua,
consequências desiguais.
A família tradicional esta ameaçada, esta a mudar, e vai mudar ainda mais. Outras tradições,
como as que tem a ver com as religião, também estão a passar por transformações de
importância enorme. Um mundo de tradições em desmoronamento alimenta o
fundamentalismo. 17
Céticos – o mundo não está tão diferente. Que é uma ideia criada pelos liberais do comércio.
Velha esquerda
Radicais – ela é um fato concreto que se faz sentir por toda a parte. O mercado global esta
mais desenvolvido, as nações perderam parte de sua soberania e os políticos sua influência.
Acabou a era do Estado-nação. Kenichi Ohmae.
Giddens concorda com os radicais. Para ele a nova economia global é eletrônica e acontece
com o mover apertar de um botão.
A comunicação por satélite representa uma ruptura da mesma dimensão com o passado. “pela
primeira vez na História podemos estabelecer comunicação instantânea com o outro lado do
mundo. Surgem novos tipos de comunicação eletrônica integrada.
A comunicação eletrônica instantânea altera o quadro das nossas vidas, ricos ou pobres.
Quando a imagem de Nelson Mandela é mais familiar que a do nosso vizinho é porque algo
mudou na vida corrente.
É ao mesmo tempo uma troca de poder e influência local pelo global e também cria novas
pressões para a concessão de autonomias locais.
Cria novas zonas econômicas e culturais dentro e por cima das nações 24
Essas mudanças são fomentadas por diversos fatores estruturais, históricos e específicos. Em
especial pela tecnologia, difusão cultural e das economias nacionais.
Para os pessimistas ela “cria um mundo de vencedores e vencidos, minorias que enriquecem
rapidamente e maiorias condenadas a uma vida de miséria e desespero.
Uma colonização ao contrário. Ex. Latinização de Los Angeles, alta tecnologia oriental.
Instituições incrustradas – São instituições que se tornaram inadequadas para as tarefas que
são chamadas a desempenhar. 29
Ainda não se trata, pelo menos até o momento de uma ordem global conduzida por uma
vontade humana coletiva. Em vez disso está a emergir de forma anárquica, ao acaso movida
por uma mistura de influências. 29
O conceito de risco surge entre os séculos xvi xvii, com exploradores, permeada pela noção de
espaço e posteriormente com o sistema bancário passou a incorporar a noção de tempo e está
vinculada a às ideias de probabilidade e incerteza.
As culturas tradicionais não dispõem porque não precisam do conceito de risco. Pois ele não é
o mesmo que acaso ou perigo.
Todas as culturas antigas viviam com base no passado, usavam as ideias de destino ou vontade
dos deuses em situações que agora consideramos riscos. A modernização não acabou com
isso, mas transformou a maioria das tradições em superstição.
Por outro lado o risco dá prazer e é uma fonte de energia criadora de riqueza na econômica
moderna. Tem duas faces.
O risco dá origem a criação dos seguros como um preparo para assumir os riscos. Alimenta-se
dos riscos e de como as pessoas lidam com ele. Era um meio de regular o futuro, de normalizar
e dominar o futuro. Mas não funcionou.
A nossa sociedade vive para lá do fim da natureza. (...) refere-se ao fato de agora existirem
poucos aspectos do ambiente material que nos rodeia que não tenha sido afetados pela
intervenção humana.36
Ele afeta tanto a natureza quanto a cultura, pois os homens agora “tem que se confrontar com
futuros cada vez mais abertos do que no passado, com todas as oportunidades e incertezas q
eles comportam. 37
Os riscos fizeram aparece um novo tipo de moral na política de acusações de alsrmimos por
um lado e de ocultação dos fatos de outro.
Durante dois séculos a ciencia funcionou como uma especie de tradição. “Esta perspectiva
torna-se cada vez menos válida a medida que a ciência e a tecnologia se intromentem nas
nossas vidas.” 39. Ainda mais devido aos desacordos entre eles e o caráter mutavel das
ciências.
O fato de o publico dispor de mais meios para entrar no debate sobre a ciência e tecnologia
não poria fim aos dilemas do alarmismo vs. Ocultaçao de provas, mas poderia evitar algumas
das suas consequências mais gravosas. 42
Os riscos não podem ser encarados apenas como negativo. Precisam ser controlados, mas a
sua aceitação é um dos “elementos fundamentais de uma economia dinâmica e de uma
sociedade inovadora.”43
Cap 3 – tradição
Foi na epoca das luzes, no século xviii europeu, que deu á tradição a sua má fama. 46 os
iluministas identificavam a tradição como dogma e ignorância que de opunham a busca
racional do conhecimento.
Tal conceito como conhecemos hoje é produto dos dois últimos séculos. Antes “não havia
necessidade dessa palavra, precisamebte porque. Tradição e costume estavam por toda a
parte” 47
Giddens afirma que todas as tradições foram inventadas. “Nunca houve uma sociedade
inteiramente tradicional, e as tradições e os costumes foram inventados por uma infinidade de
razões. (...) além disso, produto de elaboração consciente ou não, as tradições sempre
incorporaram poder.” 48
As tradições não são impenetráveis à mudança, elas evoluem com o tempo e podem ser
transformadas de maneira bastante rápida.”são inventadas e reinventadas”. 48
Tradição inteiramente pura é coisa que não existe. 48 Ela não precisa ter séculos para ser
tradição.nãoé o tempo que define a tradição,é o ritual e a repetição.
A tradição não é um comportamento individual como os hábitos., ela define uma espécie de
verdade e produzem meios de ação que são pouco questionáveis. Geralmente a tradição
possui guardiões, sabios que detem o poder de serem os unicos capazes de interpretar a
verdade ritual das tradições.
O iluminismo tentou acabar com as tradições, mas não conseguiu inteiramente. Muitas
permaneceram e outras forareinventadas.
Podemos dizer que se verificou uma certa simbiose entre tradição e modernidade. 50
instituiçoes como família continuam saturadas de tradição.
Nesse cenário a globalizaçao está provocando duas mudanças. “Nos países ocidentais, não só
as instituições públicas como também a vida corrente estão a começar a libertar-se do peso da
tradição. E, noutras partes do mundo,vemos sociedades que se tinham mantido tradicionais a
abandonarem algumas das tradições. Acredito que isto está no cerne da sociedade
cosmopolita global de que já falamos.” 50
É uma sociedade a viver para além do fim da tradição. Ela não vai desaparecer e continua a
florescer em toda parte. Mas de maneira diferente da tradicional em que são defendidas
através do ritual e simbolismos próprios e verdades.
A tradição é necessária, “pois são elas que dão continuidade e forma à vida.” 51
A tradição pode perfeitamente ser defendida por meios não tradicionais; esse deveria ser o
seu futuro. Ritual, cerimonial e repetição tem funções sociais inportantes, o quq de certa
forma é compreendido e utilizado pela maioria das organizações, goverbos incluídos. Enquanto
isso pufer ser feito de forma efetiva, as tradições continuarão a ser sustentadas, não em termo
de seus próprios rituais internos mas como termo de comparação com outras tradições ou
métodos de fazer coisas. 52
Quando uma tradição muda de função são introduzidas novas dinâmicas de vida. Um jogo de
forças entre autonomia de ação e obrigatoriedade e entre cosmopolitismo e fundamentalismo.
Quanto menos tradição mais autonomia e liberdade substituibo poder da tradição. Mas traz
consigo outros problemas. Viver para além da natureza e da tradição exigebtomada de
decisões, que causa o aumento da dependência e da repressão.
Pode-se ser viciado em trabalho, exercícios, comida, sexo, etc. Isso porque essas atividades e
outros domínios da vida são menos estruturados pela tradição e pelo costume.
Assim como a tradição a dependênciaé uma influência do passado. “Na tradição, o passado
determina o presente através da partilha de sentinentis e crenças coletivas. A dependência
também é serva do passado, mas só na medida em que não consegue romper com hábitos de
vida que começaram por ser escolhidos livremente.” 53
Com o declínio da tradição e do costume muda-se também a nossa essência: nossa identidade.
Pois a tradição sustenta a nosa identidade a psrtir do estatuto social que ocupamos na
comunidade. Sem a tradição a identidade tem que “ser criada e recriada numa base mais viva
que antes.”53
Freud achou q tinha crisdo a cura para as neoroses ao inventar a psicanálise moderna, quando
na verdade construiu “um método de renovação da própria identidade, nas primeiras fases de
uma cultura entregue a um processo de negação das tradições. 54 pois com ela o indivíduo
volta ao passado para poder ter mais autonomia no futuro.
Num dos polos da globalização está a luta entre dependência e autonomia, do outro entre
cosmopolitismo e fundamentalismo.
O fundamentalismo levanta questões. “Sera que é possível viver num mundo el que nada é
dagrado?” 55 giddens crê que não.
Todos nós precisamos de estar comprometidos com princípios morais que estejam acima das
pequenas preocupações e disputas da vida cotidiana de todos os dias. Devemos estar
preparados para sair em defesa destes valores sempre que eles estejam mal defendidos, ou
ameaçados. A própria moralidade cosmopolita precisa ser puxada pela paixão. Nenhum de nós
terá uma razão digna para viver se não tiver uma causa por que valha a pena morrer.56
Cap 4 – família
Estamos no meio de uma revolução acerca da forma como pensamos de nós próprios e sobre
como estabelecemos laços e ligações com os outros. 57
A desigualdade de direitos também fetavam as crianças,que não eram vistos como indivíduos
e eram visto em termos da contribuição no trabalho da família.
Só uma minoria vive agora de acordo com aquilo que poderíamos chamar de família padrão
dos anos 50, isto é, pai e mãe a viverem juntos com os filhos do matrimônio, em que a mulher
é dona de casa o tempo inteiro e o marido ganha sustento de toda a família. 62
Em todos os países continuam a coexistir familias de diversos tipos. Contudo, els tem sofrido
transformações derivadas da maior importancia dada ao casal e ao acasalamento. Tornou-se
aquilo q giddens define como instituições incrustadas, pois continuam a ser chama de família
mas seus fundamentos alteraram. Na familia tradicional os laços com demais parentes eram
tão importantes ou mais wur o do casal, que mudou quando a familia deixa de ser guiada pela
economia para ser guiada pelo amor romântico e a atração sexual. Passa a ser uma unidade
baseada na ligação emocional e e na intimidade.
As atitudes em relação aos filhso também mudaram. Na família tradicional eram um recurso
de natureza economica, hoje é o contrário um peso econômico para a família. “Ter um filho é
uma decisão mais pensada e amadurecida do que costumava ser, além de ser uma decisão
induzida por necessidades psicológicas e emocionais.” 64
Nas relações de sexo e amor, filhos e amizade a ligação emocional e a intimidade estão a
substituir antigos laços.
Conceito de relação pura – “uma relação baseada na ligação emocional, em que recompensas
derivadas da ligação constituem os alicerces que permitem qie a relação continue.”64 noção
abstrata.
A boa relaçãoé uma relação entre iguais, em que cada parte tem os mesmos direitos e
obrigações. Numa destas relações, cada pessoa respeita a outra e espera o melhor da parte
dela. A relação pura é uma forma de comunicação, pelo que a compreensão do ponto de vista
da outra pessoaé essencial. O diálogo é o motor que faz funcionar a relação. As relaçõeso
ffuncionm melhor se as pessoas não escondem nada uma da outra; tem de existir confiança
mútua. E a confiança é algo que tem de se praticar, não nasce de geração espontânea.
Finalmente, a boa relaçao é aquela onde não existe poder arbitrário, coerção ou violência.65
Essas mudanças atingem somente o Ocidente? Vai acontecer em todo o mundo? “Penso que
sim. Na realidade, já se globalizaram. Não se trata de saber se as formas existentes de família
tradicional se vão modificar, mas quando e como. (...) a democracia das emoções está na
primeira linha do combate entre o cosmopolitismo e o fundamentalismo que discutimos
antes.” 67
Igualdade entre os sexos, liberdade das mulheres estão na base dessa disputa.
Cap 5 – democracia.
No final do século xx a História é feita pela televisão, que não só chega primeiro como encena
um espetáculo. “E vou tentar demonstrar que a expansão da democracia neste período
recente foi extremamente influenciada pelo progresso das comunicações a nível global.” 69
O que é democracia?
A democracia é um sistema que envolve competição efetiva entre partidos políticos que
querem ocupar posições de poder. Em democracia há eleições regulares e honestas em que
todos os membros da população podem tomar parte. Estes direitos de participação derivam
das liberdades civis liberdade de expressão e discussão, a que se junta a liberdade de
pertencer a grupos ou associações de natureza política. 70
Hoje a um femocrata em cada um, mas nem sempre foi assim. A principio ela foi a pela elite
dominante e só se desenvolveu plenamente no ocidente durante o século xx. Desde meados
dos anos 70 o numero de democracias mais fo que duplicou e vem acontecendo em todo o
mundo de maneira desigual.
O paradoxo da democracia é que, enquanto a democracia está a se expandir por toda a parte,
como acabamos de verificar, nas democracias mais maduras que o resto do mundo está
supostamente a copiar, existe uma enorme desilusão quanto aos processos democráticos. 72
Num mundi baseado na comunicação constante e ativa, o poder rígido – o poder que só flui do
topo para a base – perdeu o pé. (...). O monopólio da informação, em que o sistema político
assentava não tem futuro no quadro de total abertura das comunicações globais. 73
A revolução das comunicações produziu cidadanias mais ativas, mais reflexivas, do que as que
existiam antes. E é está mesma evolução que está a provicar insatisfação nas democracias que
já têm idades avançadas. Num mundo que estar a libertar-se da tradição, os políticos já não se
podem valer das velhas formas de pompa e circunstância para justificar o que fazem. A
ortodoxia da política parlamentar afasta-se do fluxo de mudança que perpassa pela vida das
pessoas. 73
Duvido que a corrupção nos países democráticos seja agora maior do que era antigamente. O
que se passa é que, numa sociedade aberta à informação, a corrupçãoé mais visível.; a
fronteira entre o que é considerado corrupção e o que nãoé também se alterou. 75
A democratização da democracia acontecerá diferente em cada país de acordo com sua carga
histórica.
Os partidos politicos tem que colaborar mais do que nunca com os grupos ativistas que
defendem uma única causa. As pessoas estão mais do que antes envolvidade em grupos e
associações. Esses grupos muitas vezes são os primeiros a levantar problemas que são
ignorados no círculo político.
Com a globalização a soberania política se enfraquece na medida em que forças globais afetam
as vidas de seus cidadãos. “O mundo agora é muito mais interdependente do que era há um
século e a natureza da sociedade mundial também não é a mesma.” 78
Em vez de vermos a democraciaomo uma planta frágil, que é fácil calcar com os pés, talvez
devêssemos considera-la uma planta robusta, capaz de crescer mesmo quando o solo é
maninho. Se o leu argumento está correto, a expansão da democracia está interligada com as
ludanças estruturais da sociedade mundial. Nada se consegue sem luta. Mas a melhoria da
democracia a todos os níveisé um combate que vale a pena travar, pois pode ser bem
sucedido. Este nosso mundo, que parece desatinado, não precisa de menos governo, mas de
mais governo – isto é algo que só as instituições democráticas podem proporcionar. 80