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1. (pp. xxxxxx)
1.1. Objetivo do capítulo: ressaltar o que é típico de uma escola em que todas as crianças são bem-vindas.
1.2. Obviamente, tudo começa pelo princípio democrático da educação para todos, com a inclusão efetiva das crianças com
deficiência.
1.2.1. Infelizmente, parece que falta vontade de virar a escola do avesso e inovar nesse sentido.
1.2.1.1. Foge-se de encarar a escola real, que nos coloca questões reais.
“[...] muda a escola ou mudam os alunos, para se ajustarem às suas velhas exigências? Ensino especializado para
todas as crianças ou ensino especial para algumas? Professores que se aperfeiçoam para exercer suas funções,
atendendo às peculiaridades de todos os alunos, ou professores especializados para ensinar aos que não aprendem e
aos que não sabem ensinar?”. (p. xxxxxx)
“A inclusão não prevê a utilização de práticas de ensino escolar específicas para esta ou aquela deficiência e/ ou
dificuldade de aprender. Os alunos aprendem nos seus limites e se o ensino for, de fato, de boa qualidade, o professor
levará em conta esses limites e explorará convenientemente as possibilidades de cada um. Não se trata de uma
aceitação passiva do desempenho escolar, e sim de agirmos com realismo e coerência e admitirmos que as escolas
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existem para formar as novas gerações, e não apenas alguns de seus futuros membros, os mais capacitados e
privilegiados”. (p. xxxx)
3.2.3.1. Somos realmente incapazes de prever as dificuldades e facilidades de cada aluno, e sempre será assim.
3.2.4. Os espaços educativos deverão ser mudados também: menos individualização das tarefas, mais cooperação.
3.3. Também deverá haver uma reorganização administrativa.
3.3.1. A descentralização administrativa é condição para a autonomia pedagógica que descrevemos acima.
3.3.2. E isso é efetivado pela atuação consistente dos conselhos, colegiados e assembleias da comunidade escolar.
3.3.2.1. Que devem, portanto, serem fortalecidos.
3.3.3. Como consequência disso, os papeis de diretor, coordenador, supervisor etc. perdem o status de fiscalização e
readquirem o teor pedagógico que deveriam ter.
4. Ensinar a turma toda: sem exceções e exclusões. (pp. xxxxxx)
4.1. Pressuposto básico: todos podem aprender e já trazem consigo algum saber.
4.1.1. Se o professor tiver altas expectativas, não desistirá de buscar meios de ajudar os alunos a vencer os obstáculos
escolares.
4.2. Isso naturalmente implica abandonar um ensino transmissivo, em favor de uma pedagogia ativa, dialógica, interativa.
4.2.1. Silvio Gallo: “educação não-disciplinar” que:
4.2.1.1. Rompe com as fronteiras entre as disciplinas escolares.
4.2.1.2. Forma redes de conhecimento, ao invés de currículos.
4.2.1.3. Integra saberes transversalmente, com significado.
4.2.1.4. Compreende a realidade de forma plural.
4.2.1.5. Concebe o sujeito como autônomo, inventivo e investigador.
4.2.1.6. Estuda a realidade a partir da realidade do aluno, ao invés do conhecer por conhecer.
4.2.2. Não cabe “adaptação” ou diferenciação porque ela posta pelo ato de aprender do aluno e não pelo ensino do professor.
4.2.2.1. Buscar a igualdade como produto final, depois dos “ajustes” feitos pelo professor, é conceber a educação como
compensação, em que uns são superiores, outros inferiores.
4.2.2.1.1. Os conteúdos são meios, não fins em si.
4.2.2.1.2. Logo, os professores não têm a chave para o conhecimento.
4.3. E afeta as avaliações: é para diagnóstico, e não classificação; e para depuração do ensino.
4.3.1. Deve-se valorizar o desenvolvimento das competências dos alunos, ao invés da memorização de informações.
4.3.2. Lembrando sempre que o tempo de construção dessas competências é variado...
4.4. Em resumo, somos contra o “ensino para alguns alunos”, que consiste, entre outras coisas em:
4.4.1. Trabalhos individuais feitos no coletivo da sala de aula.
4.4.2. Ensinar com ênfase nos conteúdos programados da série.
4.4.3. Adotar o livro didático como ferramenta exclusiva.
4.4.4. Atividades padronizadas simultâneas (mimeografadas ou xerocadas).
4.4.5. Projetos de trabalho desvinculados da realidade, experiência e interesse dos alunos.
4.4.6. Organizar de modo fragmentado o tempo do dia letivo.
4.4.7. Considerar a prova final como decisiva na avaliação do rendimento escolar.
4.4.7.1. Essas são práticas que excluem e perpetuam a desigualdade, mesmo em nome de uma suposta igualdade.
5. E a atuação do professor? (pp. xxxxxx)
5.1. Problema: professores tem uma visão funcional do seu ofício e tudo que abale isso e sua identidade profissional é rechaçado.
5.1.1. Problema da pedagogia bancária, como denunciada por Freire: distribuição, e não co-autoria do conhecimento.
5.2. O professor que ensina a turma toda não tem o falar, o copiar, o ditar como recurso didático básico.
5.2.1. O ensino expositivo foi banido da sua sala de aula: a interação ativa é ferramenta para construir saberes.
5.2.2. Ao fazer isso, o professor conhece melhor as dificuldades e possibilidades de cada aluno.
5.2.2.1. Atenção à singularidade das vozes que compõem a turma, através do diálogo.
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5.2.3. Para tanto, é preciso promover situações de aprendizagem multifacetadas, que partem das representações dos
estudantes e vão se expandindo pouco a pouco.