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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
(*)
Bacharel em Direito (PUC/MG), Especialista em Direito Público (APROBATUM), Especialista em
Docência do Ensino Superior (UCAM/RJ), ivanazaine@gmail.com
demonstrassem a dependência ou não da concretização da norma para que ocorresse a
efetividade de tais direitos, sendo relevante ressaltar que dentre os diversos direitos
sociais previstos constitucionalmente deu-se enfoque neste trabalho ao direito social à
saúde pelo reconhecimento de sua importância como direito humano fundamental.
A busca pela efetividade deste direito, bem como dos demais direitos
sociais, nunca antes havida em nossa Lei Maior passa a conduzir os poderes do Estado a
praticarem condutas positivas ou negativas a fim de que tais direitos se efetivem,
mesmo diante das lacunas quando nem todas as normas apontam o responsável por sua
efetivação, bem como não definem de forma concreta a prestação devida.
2 ROMPENDO PARADIGMAS
1
Segundo Relatório elaborado pela equipe da Coordenação de Legislação e Normas da Consultoria
Jurídica do Ministério da Saúde para pesquisa sobre a Implementação do Direito à Saúde denominada
“Monitoramento o Direito à Saúde: um estudo multicêntrico”.
2
DALLARI, Sueli Gandolfi. O Direito Sanitário na Constituição Brasileira de 1988:Normatividade,
Garantias e Seguridade Social. Série Direito e Saúde nº 4. Ed. Representação do Brasil, 1994, p. 9.
3
Júlio César de Sá da Rocha faz menção ao inciso IV, do art. 3º da Constituição da República de 1988 em
seu livro Direito da Saúde. Direito Sanitário na perspectiva dos interesses difusos e coletivos (São Paulo,
ed. LTR, 1999).
Assim, é crescente a cada dia a busca pela efetividade do direito social à
saúde, tendo em vista estarmos diante de uma Constituição que passa a vivenciar de
forma tão concreta as necessidades e transformações sociais com observância da
valorização do bem estar de toda uma sociedade, destacando-se neste rol o direito à
saúde.
Foi com este intuito que o legislador acabou por se referir aos direitos
sociais no Capítulo II do Título II da Constituição, assim os incluindo no rol dos direitos
fundamentais da Constituição Federal de 1988 para que ocorresse uma aplicação eficaz,
haja vista que tais direitos visam a uma melhoria das condições de existência, a fim de
se garantir condições dignas de vida aos cidadãos.
José Afonso da Silva (2003) entende que os direitos sociais passam neste
momento por um processo de afirmação positiva e subjetiva. Positiva no momento em
que está se dizendo quais são os direitos e subjetiva no momento em que indica quais
são os destinatários destes direitos.
Assim, cabe ao Estado brasileiro cumprir o dever que lhe foi atribuído pela
Lei Maior de efetivamente assegurar saúde a todos. O texto constitucional é claro ao
dizer o direito e ao indicar os destinatários do mesmo.
4
AITH, Fernando. Curso de Direito Sanitário a proteção do direito à saúde no Brasil. São Paulo: Ed.
Quartier Latin, 2007, p. 71.
“A efetividade do direito à saúde tem de passar inquestionavelmente pela
materialização e pelo exercício da cidadania com fundamento na vida com dignidade da
pessoa humana.” 5, pois permite a um cidadão ou a uma coletividade exigir do Estado
tanto a adoção de medidas específicas em benefício da saúde, como a abstenção de
ações que possam causar prejuízos à saúde individual ou coletiva.
4 CONCLUSÃO
5
ROCHA, Júlio César de Sá da. Direito da Saúde: Direito Sanitário na perspectiva dos interesses difusos
e coletivos. São Paulo: ed. (LTR, 1999, p.93).
em que é constitucionalmente reconhecido e protegido, sendo declarado pelo Estado
como fundamental a promoção do bem estar de todos.
Contudo, dentro dos limites daquilo que foi proposto, o presente trabalho
alcança a sua finalidade, ressaltando a importância do direito à saúde como um direito
fundamental e fundado na dignidade da pessoa humana, sendo, portanto, possível de se
tornar efetivo, dentro de um contexto que abre novas perspectivas para aqueles que
manifestarem o desejo de prosseguir no conhecimento do tema.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GRAU, Eros Roberto. A constituinte e a constituição que teremos. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 1985.p. 46.
MACHADO, Ivja Neves Rabêlo. A eficácia dos direitos sociais. Disponível em:
http://www.iuspedia.com.br.09 abril. 2008. Acessado em 01de julho de 2009.
MORAES, Alexandre de. Direitos humanos fundamentais. São Paulo: Atlas, 2005,
p.25-26.
OLSEN, Ana Carolina Lopes. A Eficácia dos Direitos Fundamentais Sociais frente à
reserva do possível. 2006. 390 fls. Dissertação (Mestrado em Direito) Universidade
Federal do Paraná. Curitiba.2006
ROCHA. Júlio Cesar de Sá da. Direito da saúde: direito sanitário na perspectiva dos
interesses difusos e coletivos. São Paulo:LTR, 1999, p.30.
SOIBELMAN, Leib. Enciclopédia do advogado. 4ª. ed. Rio de Janeiro: Rio. 1993.