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Capí tulo 1
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^
por
Praxe a associação do termo Canto Orteônico ao trabalho
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UtlJ <d ldS ,
° Pub ic‘* durante a Era Vargas nos anos 1930 Porém, o termo
* D
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Cãn
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-
Villa Lobos fato absumido nt ^sU* trabalho. *
Ah ,- }( j A [
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-: A
(2008) acrescenta que essa memória é reforçada n .1
se desinteressam por outro. ° m
S
Jardim per í odo e
que privilegiam este
históricos. Embora seja dada ê nfase especial à proposta de °3 < ntí>s vTi
entre os educadores musicais
existem mais cr íticas do que el ,OS 3
a
ò ,
modelo, principalmente por sua concentra çã o no aspecto d H
, é compreensí vel que o
'
e do civismo2. De certa maneira
seja relembrado no momento
atual devido ao seu objetivo a
vel a todos . Suas preocupa ções refletem
Educaçã o Musical acessí Uvida$
dias de hoje :
que persistem nos
Como dirigir e sistematizar essa disciplina ? Qual a
orientação a seguir ou a metodologia a adotar para
\ o caso nacional? Quais as melodias a ensinar sem a
existência de um repertório musical selecionado? ( ...)
Onde encontrar o corpo de educadores especializados
(...) ? (VILLA-LOBOS, 1971, p. 111) .
?at es
*
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ajud
reSSaltando aPer as
a repensar o
seus >
dt> MUS1 « atualidade
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Música 8ua acantar Pardas crianças". Tamhemcc
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2 o r -ânt« < 20 11
Id oca*t; Ortwrvico tinlia o trí plice objetivo de de 1
*o Artística ( FILKS. 1991 , p 19)
zf ]
ÍÀ
•
nlitilu1iuU' do uma P1 á tica que apenas torna as crianças
" . Creio que a Educação meras ouvintes
íe "caix òo /-inhas
'
Musical pode se valer de
I
Poss
l ibili. dade s e que utilizar o canto como processo
Entretanto, ainda advogo
pedagógico
outras
é mais do
p to
|<; que o canto continua
-
^muSic alização que não pode ser desprezado.
sendo um meio
A afirmação de Hentschke é COmPreensíveI,
uma >
sica vocal tem sido uma
mú
Hntos períodos. Essa gjj * em
f P íato seu uso
?° *
-.
dispor apenas de recursos humanos e ser rin à s Iimitacòes da
humanidade. O corpo e sua voz" (TUPINAMR á W93 p. 63). Po é . ,
mditào do canto c col n
que o
”
, ad
^
,
“ ^ íTsst sr
, *
gera uma situação paradoxal: por um lado, as escolas e a sociedade têm
o modelo do canto escolar como padrã o de ensino de M úsica, sendo
comum a demanda de criaçã o de coros escolares; por outro lado, alguns
educadores não parecem considerar o canto como primeira opção. Além
disso, são comuns críticas negativas ao canto coral por sua associaçã o ao
projeto do Canto Orfeônico. Uma das críticas feitas é que ao cantar em
grupo o cantor perderia sua individualidade em prol de um resultado
coletivo e tal característica teria também um papel disciplinador, outro
ponto criticado.
A utiliza çã o do canto como estímulo a uma postura patrió tica
ufanista pode ser detectada antes do período de Villa-Lobos. Nos anos
iniciais da Rep ú blica tal pr ática já era corrente, conforme demonstra o
exemplo abaixo:
K os
aponta histori adora
contormo U o c o r n o omdosdiscur* ,
orfodnu
Ao scan disarm . can °
[SjOVO, 1 <
»
> ulor
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ia asscniar a dernxad*
,iro. Entretanto, nao *
tin l st ulo . o s ilent’ i*
5 < In prim *
, já que
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çã o do i:ausa
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..
tr it i dr unui foi prociu /.ido pelo
Estado Novo, ias
"
orúxSnico nau » naeíon*dista que dominara o pa ís
mais ou
italidadi
P°la IWM nienos ' a nu lade da
proíUi / i ra o Estado
-
Novo
década de 40 e que
/
moderno de cientificidade de um
naturais" ( HORA, 2000, p. 26).
eg
- f
^
^ Repú blica visava a introduza
progresso, coadunado ao ideal
origem nas ciências f ísicas e
14
Dessa forma, os projetos pol í ticos incomor
i . ri
para í
iustif
da higiene c eugenia ^
í
íSwsvs:
ír
SSKKS*ÍESSSSttS
unia ênfase na
~ Assim, a nacionalizar
d
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analfabetismo e o í_ °
Hpro
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ão w P Pu aÇ®es, a erradica çã o
&ramas higienistas
^
centra ]izam os objetivos
conteúdos de ouJ I "
d i "^ 0 'em que os
- . Tdeveriam
Para atendê los No ca < "da M úsica, por suas
convergir
" a*
rfc
^ vJXESSx*
É curioso notar diferença de significados atribu ídos à funçã o do
dessas
canto. Por esta citação observa-se que a qualidade não silenciosa
de
aulas era um requisito benéfico, oposto ao silêncio e à disciplina r gida
í
,
outras matérias. Atualmente, uma das cr í ticas que se faz ao canto coletivo
,
conforme já exposto diz respeito justamente ao seu cará ter disciplinador
.
presumindo-se que enquanto as crianças cantam elas estejam sob controle
Um outro motivo que justifica o ensino do canto no per íodo do
final do século XIX ao in ício do século seguinte encontra -se em seu v ínculo
com os exercícios respiratórios. Segundo Jardim (2008), Rui Barbosa
advogava em prol das excelentes possibilidades que o canto oferecia para
promover a perfeita respira çã o. Para o escritor, os benef ícios advindos
dessa técnica seriam " a aera çã o dos pulm ões infantis, o fortalecimento
dos órgã os respiratórios e a melhora na capacidade f ísica" (JARDIM,
2008, p. 138).
A atenção dada aos cuidados -de respiratória justificava -
^mP^a fLr^ar ^ ^
se por estar atrelada "a uma preocupações san à
época: a
tubercu -
lose" (HORA, 2008 63\ Compreende se, e ' que
"“
os exercícios respiratórios em tod S mas de
passar
ensino de Música para o curso pnma °
n0rmal do peno o republicano,
perdurando ainda em meados io xx (JARDIM 138).
Embora se saiba que o ensino do ca ^ ^ ^ estritame
controle respiratório, certamente o o vQ jesses exercia
assOCÍado ao
escola
i
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13
ESCOU
„ „ , tend 001 car á ter profil á tico,
ou seiR çj
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na eram o de aprimo r canto
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° ,«0 de possível d aS. do canto, tamb
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assoÇ >aÇ cCtn
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Q8 p. 142),
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l pressuposto P*ra eo uS
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0 m a palavra tamb44
pâtavra” . M ada
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utna cU ‘
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de ser
instrumento
tT^r Z S
um elemento de sob *valoti
cultua
também, a °*!°
propagado
eário nacionalista
^
der do do 0*
ao
istência to coral pode estai
opasSado. Creio
onra espécje de «
canto escotar se)a om0 uma P
tílúsic
^ A crítica feita pelos educadores também se apoia na falta de
*
ausência de um compromisso
de recursos humanos com
politico com a q ^^
(PENNA, 2001, p. 119).
formação a ^
De maneira mais
baseado em sua tese de contundente, Tourinho (1993, p 95) em c eS -
da Música nas
nas escolas, sendo
doutoramento
escolas de Io grau,
que o problema
, na qual abordou os uS e fuíiç >
afirma ser o canto a prática P^dominantc
não estaria relacionado 1
. a esta ^ .
16
af I
'
-ANDC A trsC‘> '
- 1
1 a rnas ao fa to es^e ser ProPosto meramente como " uma atividade
^
,
e S . ',
m conceb ê-lo como um meio para a compreensã o mais ampla de
•
11
f
eí ' c musicais e sem analisá -lo como uma ação poderosa que
S
c0ncei ° QS e contrastantes" (TOURINHO, 1993, p. 95). Valendo
serve a
-se de
Í
do
U
^,\
f ns
' «POs tirados
exe
can
S 6
°caracteris
° a
de v á rias pesquisas, a autora lembra que a popularidade
atjvidade musical é um fen ô meno histórico e intercultural,
preferência por esta modalidade de prá tica não £ uma
tica do sistema de ensino brasileiro. Este fen ômeno, segundo a
nã o se á apenas peiG baixo investimento necessá rio
autora' ^
o do canto, mas por ser um meio de expressã o natural e
para a< a lica çã
= rias culturas. Entretanto, a pesquisadora relata que em
intuitivo de várefer ê ncias encontradas há ind ícios de q ue a atividade do
nen das
cant0 . tivesse associada a um meio para "clarificar aspectos da m ú sica,
formas diversas de produ çã o vocal" (TOURINHO,
ou para exp orar
|
nas
Por -
outroSi
musicalme t COm
^ ,^° ,
Stan < c er te do rico potencial que o canto coletivo oferece
para n slCal Zar *
e lbora
?
ser humano, não pretendo descartar sua utiliza çã o
° rec nheça a
° pertinência das crí ticas aqui apontadas.
nà busco fazeT a apologia deste meio de se educar
°
esT . ^ Ú nÍCO viá veI Procuro apenas compreender
-
com0 a °° *
zsrjsssr 0
«
.^
uso do c n
restri
A çã o ao estrangeiros. Em urn arhgo pubhcad ()
.
em
"
ressonância quando daABE
.. 2006 na Revista
ca C ^^ de
musical Joan Russel sug ,
educadora musical
orecurso zaçao insistindo na
abertamente, essa Prat' uma subcultura musical na escola isto é, Uma
nec:essidade de se criar estrutura
,
institucional ainda maior"
^
COTnunidade musical
pelos autores br s óá
t ro
^
vocal nas escolas, procuro
intermediá rio. Passo então, a ^
corn
nilsTImb"
°
10 d® partida as questões apontadas
advo ando em favor da prá tica
na )r ^ Seçã8o
fXimadeteriTanadas
' encontrar um caminho
comprometer a qualidade
de musicalização
mais
comportamentos que podem
processo mais geral
do ca
de musicali ao-
^
\
levar U1
^^
comnlJ ° ? °
C lar OU
GU
atitudes que podem
mesmo de um processo
é exemplificar alguns
descuido com o canto e com o
?
recorrentes no canto escolar. ^ ^
em Todos ° °' aP°nto os problemas mais
^
_ £ ,
sala de aula e mostram
como exemplos comentados ocorreram
P essor (a x) podem prejudicar (a )
^ ^ Por Parte d° \
8 escolhas
a afinaçã
i
18
ndo .i tona I idade adequada
1.22 iiscidli *
’
r — J
e quem qui ser a - pren - der é
nzr
-
fa vor pres
bn
"
^^
nas vozes f cons* erando que seja ideal buscar leveza de sonoridade
^
10
em re8* es mais agudas, creio ser importante lembrar
9 Uenern siT6 Se Cm
*
° necessá rio para que seja feito tal tipo de
° MemP ^
treina mento 38 3 °
íisica em escolas regulares. Por isso, acredito
U aS
^
^ '^ produp ° ,* ns s r em tonalidades que forcem a criança a cantar
ern alturas quV ^^
Canto d istorci ° ^ a * n < a nao alcança, pois o resultado será apenas um
^
tortaIidade dedS RLmesah nado. Esta mesma
^ ^ cançã o, ao ser executada na
° Por exemplo, aumenta as possibilidades de um
'
Proh) e
Acorrente, ^ ndo que o leitor o abordam.
observará que outros autores deste livro
^ci t’ lr ° A ESCOU
J 1< >
1
, uma vez que
ças cantarem
afinadamente
maior n ú mero de crian á a um dó4:
mais aguda correspoi
ader
Baião Luiz Q
" “ •U
- der ^ -
fa vor pres tar a - ten -ç 40
- pren
.
c quem qui ser fl
f
durante muitos
mpre tive em mente . Stumada a aC° exTcutlr ^
20
* . Hoje la 9uando tenho estagiá rios
'
embHStar i
I
(no caso, apenas os homens) dando aulas para rri, Ças aproveito para
'
pnnapalmente aos meninos a dif
mostrar,infantil a voz aduita
e a voz
. Damos exemplos do uso doTT^? 6 exPlica os que o
homem adulto consegue ter essa voz QUP * ^ eSpécie de lembrança
de sua inf â ncia . Tais atitudes ajudam os meni n°S â encorajados a
cantar mais agudo, resultando em uma ~
^^ ^ T^ 0 ma ÍS ente.
Mas não são apenas os profe
enfrentam o problema de não achar a altura ideal
, °
^
Canta Muitas vezes,
?
“
mascu!ino que
,
as gravações que servirão de base para o aorenH me odias utiíi^rn
tonalidades totalmente inadequadas , dificultand contrem
um caminho para a afinaçã o, dentro de suas vocais.
^
Um problema similar ocorre sem ?“
a gum a) professor(a)
decide ensinar a escala musical 4
esmlhf ^
A ^
a
^
Para ÍSS° inidar
tonalidade de D ó Maior . Tenho ob vado
bastante comum que crianças á comecem
as j
^ Cantar ta escala ' é
TZ
esaflnar a Partir do quinto '
grau, ou seja, da nota sol. Minha sugestã o na é
que se cante a escala em outra tonalidade que
La Maior, por exemplo A esrM* i
H inehaeT
afínacçãao, como
cenericie a ahna
C h a m a n d o as
notas pelo nome da
utilizando o método do dó movei
Altura TehcantaLtZCaS
° S d
'i 3 ' ' °'
' re etc) ou
canian t em altura relativa (ou seja,
móvel, cantando ‘
canta -se d ó, ré, mi ••• mas o tom executado é o de Lá Maior ).
Outro recurso que pode trazer uma maior compreensã o para a
questão da altura das notas é cantar utilizando os graus das escalas e nã o
o nome das notas, pois estes facilitam a compreensão da sucessã o das
alturas. Tanto para a crian ça quanto para o adulto, fica mais claro que
o "cinco" deve ser uma nota mais aguda do que o " trés", por exemplo,
ao passo que quando isso é feito com o nome de notas essa rela çã o só é
estabelecida se o aprendiz estiver bastante consciente da sequ ê ncia das
notas em um contexto escalar .
Existe, també m, a alternativa de n ã o se cantar a escala completa,
mas apenas até o quinto grau superior . Essa opçã o também é favorá vel
P°r possibilitar que as crianças cantem usando v á rias tô nicas, na altura
*,eal. ao(à ) professor(a ), caso queira dar continuidade ao treinamento
escala, inserir o sétimo, sexto e quinto graus, nã o na sequ ência para o
§u o da escala,
mas pelos graus abaixo da tônica iniciada:
XI O o
4 \3LO
Aiperuspretendo
aponto
,^
po mica conhecida na á rea, a respeito da validade de se ensinar a escala.
/
nnmstTado ° c*ma$ que ocorrem com a afinação decorrentes dessa opçáo de conte ú do a ser
r .
' Af| 2\
A ESCOLA
ir*?»
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Mi
— *
nha
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jan ga - da vai sa pro mar
ú*t J 7 $ 3
vou ira ba - lhar meu bem que rer
Na hora
de atingir a
a ahnação oitava aguda, no décimo primeiro cornp -
íicava 1
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jan da mar
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^AESCOIA 23
Q Sol Nascerá ClrK
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a VI da Pois cho ran doeu
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VI a mo ci da dc per - di da
ereuer os hr 8° °
^
conclui a escala, o gesto pedido
das mã os para cima, um era o de ra < S palavra “ perdida", que
conclusã o da frase.
recurso cênico no *° Para baixo, com palmas
' <lual as mãos
As crianças apreciaram traduziam a
prazer em cantar a m úsica, algoos propostos e recursos
em um ambiente onde a considerad o, tiveram grande
escolha
seguinte, elas insistiram com o
praticament
preferencial é o e, um milagre
essa m ú sica . novo professor funk. No
semestre
que
cantassem, novamente ,
1.3 Você tem medo de quê?
!
J!
i
,• ,,n‘K \\o Com
U o passar do tempo, a insistência cm tal prá tica acaba por distorce•r
- jt indiv íduo, cristalizando padrões musicais
lo )
equivix ados.
'' ^ Sabendo da exist
ir- se de todos
ê ncia
os exercícios
de
e
tais inibições, o(a ) professorfa ) deve
brincadeiras que resultem em maior
-
jbilidade no aparelho fonador da crian ça, estimulando a a alcan çar
ma is agudas de sua voz: imitar sirenes, "falar com voz de
TU in ha ", imitar
o som de cachorrinho recé m - nascido, entre outros,
Tshmib é m é muito importante que o (a ) professor (a ) encontre maneiras
ou humilhar, que o canto pode ser ma ís afinado.
'
iostrar, sem magoar
11 " como conseguir isto ? ter Como a maior parte das pessoas, e ainda ma í s
noçã o real do que seja afinar ou desafinar,
Vcrian
35 ças, nã o consegue
que a simples atitude de se pedir um som mais bonito, pode
P°sso afirmar o resultado. Isso talvez se explique devido ao fato de que
3] idar a melhorar
Ureprodu çã o vocal de uma melodia, qualquer elemento perturbador,
, uma nota errada ou desafinada, pode
seja ele um timbre inadequado "
"feio ou " bonito" . Isso, ao contrá rio de ser
m? r classificado apenas como
da afina çã o, uma vez
um problema, é uma chave para o aprimoramento
que, na maior parte das vezes, o fato de o(a ) professor (a ) sugerir " vamos
afinada . E claro que
cantar mais bonito" faz com que a can çã o soe mais
o ideal é fazer com que o aluno perceba qual é o tipo de erro que está
cometendo, mas, muitas vezes, o pró prio professor nã o encaminha o
problema no sentido de criar maior autonomia no aluno, ou seja, fazê-
lo compreender seus erros. Isso ocorre em funçã o do medo, criado por
preconceito, em apontar para as crian ças que elas estã o desafinando.
Certa vez, eu mesma, ao tentar corrigir a afina çã o de uma turma, fui
interrompida por um de meus estagiá rios, que, gentilmente, mudou o
foco da aula, me explicando depois que achou que as crianças ficariam
constrangidas com minha interven çã o. Como tinha outros estagiá rios
assistindo a aula, o assunto foi discutido e pude constatar que as crian ças
estavam achando a situa çã o normal, sem se sentirem embara çadas. Pelo
contrá rio, elas estavam rindo de
meus exemplos, que eu fazia exagerando
os erros, cantando,
propositalmente, bem desafinado. Nesses momentos
} ^ Sh
bem hp °i ° ° a u
S recursos
P°ssíveis. Costumo pedir " gente, vamos cantar
vergonlia ^ ^ ^ m 10 ou “ acho que tem gente que está com um pouco
'
de ^ "
d Ca tar, ;;/ í7s n
também, esth U? „ ° ^
faz mal, daqui a pouco vocês se acostumam" e
a
criança e diec ^ %ora ficou Undo, notaram?" . Eu nunca abordo uma
>
Também tento n ã ° 3 errando. Sempre falo para a turma toda.
crian ças qUe o Insis t , r em demasia, pois sempre encontraremos
.
í^oladainente
,
llr na . com
a ina çã o e, por isso, n ã o adianta insistir
eferminada criança ou mesmo com toda a
turma, Creio qUe 0
ortan
^ ^ ^^
e alertar se est á bonito (dependendo da
poderei
deixar S erian usar o 11 a nar ^ ^
'
inti rVe Ç
*
a
^ ças cantanj ) ou nao O que n ã o acho razoá vel é
-
° ssim, iruiurn ^ LSa nadamente, sem fazer nenhum tipo de
f'
'
^ aquelas que poderiam
afinar, sã o levadas
23
r
—
distorcido, ou tornarem- displiCentes Corn
se
a ap'v U'V P‘uirAo
.' ' ?
Mu AUd J d x
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- °\ ,
w , a dl
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„ (,
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onMvav' '' "d strav 0
ão deixar qualq
lnad 0
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j •
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coostranç,'de \ isso
, jo tonaad 0
, as <*«* ‘
‘ eS ^
deVevao dirigidas
de
ao coieh
r
"° un0a
vo. ‘
coros de ^ adultos
- ^ ^
caso de
, ° 1
ienbutr>
,
tor embaraçado, embora
nranteodos
maneiras de
- -
outras .
ar qoe a V
<eito
,
em ^ can
a prática, c
,
do d fereiexistem
Bucesso, é ir, aos
\te
poucos,
das
.
mostrandc a0 cantor algr>ns' mentos de e« ° acertos e
estimulaodom
Peço que este
notar que e .à diferente dos
i vetotnando cantor
8 a seguir. E bastante
os
tfSS«VS»«*
, . .
posso pedir que
Para não
deixar o cantor muito tempo sem cantar, o que poderia desestimulá-lo E
geral, um adulto desafinado que procura um coro para cantar já percebeu
ou ouviu algu ém dizer que ele tem problemas de afinação. Essa aceita
acei ção
de sua condição cria um canal que facilita a ação do(a) regente. Sugiro
um
trabalho independente, fora dos ensaios do coro, para se trabalhar
com
mais calma com essa pessoa. Ou seja, não dá para "fingir" que está
tudo
bem, tudo afinado, quando não está. O que nos resta, como professores
ou
regentes, é encontrar maneiras de abordar o assunto com delicadeza, oque
não é dif ícil, desde que percamos o medo de falar do assunto.
.
es que j>oderiam ser evitadas
*
de > íí inaçõ
«
(as),
bem no meu contexto, mas não se adequar ao de outros(as) professores a
apresento meus pontos de vista sobre alguns temas de maneira
compartilhar minha experiência, desejando que esta possa ajudar a
outros(as) profissionais.
a ) A questão médica
^" ** *ta* . ^
'
a\unosad
"‘ ! **
co r0
essa é m
a ^^ í£
a opto » com pou«,
relato
i crianças, penso
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sVntotnas
"^
, a , a petcepc sobre o probie
^ J^
ou “!
desafm
rootWos, inclusive
ser encaminhada
coroportamentos
ao
,
se iore 05
^
a
ibemcorns saú de. TsUa que
b) Tem cura?
Essa é uma das perguntas mais frequentes, feita não apenas pelos
próprios alunos (no caso, adultos) que se consideram desafinados, mas
também por muitos professores(as) que tentam resolver o problema.
Para responder esta pergunta, tenho
primeiramente, o que a pessoa está denominando W '
CnTT
pessoas
^ u^cantar sendo acom
se perca vez ou outra Te ,
°° a
mpan _^ cantar
Por um instrumento, ainda que
°
d ® qU6 é semPre e
totalmente afinado, não penso u
patamar idealizado -
reconquista do prazer de cantar G
do professor: levar o aln 3
de usar sua voz como m°
MaiJ
Ue 3 CUra
6d
° ^!^^^ Possa ser colocada nesse
3 perfeiçâ o da afina?a0 é a
^ -
SG exPressar E este deve ser o foco
razer em fazer música e a ter liberdade
enar condições para nup
T^
610 e exPressao Como professores, devemos
-
Posslvel mesmo que tenhamos que.
fazer pequenos erunn <;
c ) Até que ponto
1SS S a
°
^ara a (q eles que
^ ^
apresentarem mais dificuldade
a personalidade da pessoa atrapalha sua evolução -
T
®
mostrando TO trauma ÍSSUnto em meu estudo (SOBREIRA, 2
sido rotulada de a ldos da inf â ncia, e
desafí na ?a salientando o fato de queedtf
°
Por mãe, pai ou professor (a ) poderia io^P
Hr AP 'VANDO A
ESC<*> k
m o liberdade do so expressar atrav és do
can
,
» -M ti vosso cora go
dos professores entrevistados em minha
^
| disso hasoada
, nas falas
o
. 116 ) que "a timidez pode conduzir
\ t ni
>
P ^ uis
1 .alertava naquela obra ( p
insistentemente em uma pequena regi ão,
i ; \ iduo a a ções corno cantar
, usar um volume baixo,
1
\ ntar sem abrir a boca ( com pouca articula çã o )
v «
c\ itando se ouvir e
ser ouvido".
e
\ oito a insistir, entretanto, nas situações em que as atitudes
comportamentos psicol ógicos podem ser um impeditivo para a dita
cura ". Como exemplo, cito o caso relatado por um regente. Ele declarou
pela
que seu coro foi procurado por uma pessoa que acabava de passar vida .
perda de um ente querido, e precisava dar um novo sentido à sua
Sendo uma pessoa classificada como desafinada, a moça decidiu entrar
para o coral para aprender a cantar . Os progressos foram poucos, apesar
dessa cantora nunca faltar aos ensaios. Sua necessidade de participar
do grupo era muito grande, mas nã o era suficiente para estimulá -la a
procurar uma ajuda individual, necessá ria em seu caso. Por outro lado,
"
ela n ão demonstrava um comportamento favorá vel para " ouvir o outro .
O regente me relatou que suspeitava que o principal motivo para sua
desafina çã o poderia ser um tipo de conduta psicológica que impedia sua
adequa çã o ao grupo. A despeito de sua grande necessidade e vontade de
participar do mesmo, isso nã o ocorria no nível do inconsciente. Existem
casos parecidos com este. Sã o casos que eu classificaria como "o cantor
que não quer afinar". Ou seja, "existem pessoas incapazes de perceber
o que está à sua volta; esse tipo de egocentrismo faz com que elas não
tenham o há bito de verificar o resultado de seu canto [...]" (SOBREIRA,
2003, p. 116). Ainda tentando responder à pergunta feita no item anterior,
a "cura " para indivíduos com este tipo de comportamento só seria
possí vel caso o padrã o psicológico sofresse algum tipo mudança.
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"levada" t í pica de algum estilo
coando suavemente, ou em alguma
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de um fazer
com que o exerc ício fique mais proximo
musical, o que faz
musical verdadeiro e prazeroso.
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