Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
TEORIA E CULTURA
ESTRATIFICAÇÃO EDUCACIONAL
Arnaldo Mont’Alvão¹
Resumo
O texto discute as dimensões vertical e horizontal da estratificação educacional. Enquanto a estratificação
vertical indica as desigualdades de acesso aos diversos níveis do sistema, a dimensão horizontal abrange as
diferenças qualitativas que permeiam as desigualdades de transição. A análise das duas dimensões propicia
um conhecimento mais amplo dos processos de estratificação que afetam os sistemas educacionais. Os prin-
cipais estudos internacionais que tratam dessas dimensões são incluídos e o caso brasileiro é contextualizado.
Palavras-chave: estratificação; educação; horizontal; vertical
Abstratc
This article discusses the vertical and horizontal dimensions of educational stratification. While vertical strati-
fication indicates unequal access to the system´s levels, horizontal dimension focus on qualitative differences
that produces inequality. Using those analytical dimensions provides a better understanding of social stratifi-
cation processes. International studies and Brazilian case are discussed.
Key-words: stratification; education; horizontal; vertical
Nos últimos 15 anos, todavia, vem crescendo Uma variação analítica importante veio com
fortemente, na literatura internacional, o interes- os trabalhos de Spady (1967) e Mare (1980,
se pela dimensão “horizontal” da estratificação, 1981). Ambos propõem analisarmos o sistema
a qual diz respeito às diferenças qualitativas que educacional como um processo de seleção que
envolvem as transições educacionais (Charles separa e elimina estudantes desprovidos de moti-
& Bradley, 2002;Gerber&Cheung, 2008). Inclu- vações, oportunidades e habilidades adequadas,
sive no Brasil alguns estudos já vêm mostrando em vários pontos do ciclo escolar, nos quais atri-
como as origens sociais afetam diferenças quali- tos em larga escala afetam as crianças das classes
tativas nas transições, principalmente no ensino mais baixas nas primeiras transições do sistema.
superior. Neste texto estas duas dimensões são Ao invés de modelos lineares, o primeiro propôs
exploradas, levando-se em conta também a pro- a utilização de probabilidades – usando a distri-
dução brasileira. buição gama– de estudantes completarem pon-
tos decisivos do sistema educacional, enquanto o
¹ Professor adjunto do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-
UERJ). Email: almontalvao@gmail.com
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF v. 11 n. 1 jan/junh. 2016 ISSN 2318-101x (on-line) ISSN 1809-5968 (print) 13
segundo propôs um modelo estatístico baseado privilegiadas e, assim, a pressão desloca-se para
TEORIA E CULTURA
14 Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF v. 11 n. 1 jan/junh. 2016 ISSN 2318-101x (on-line) ISSN 1809-5968 (print)
gualdade persistente tem então sido observado Estudos sobre o processo de estratificação
TEORIA E CULTURA
em estudos para vários países, tanto aqueles educacional no Brasil têm sido realizados desde
desenvolvidos indicados por Shavit&Blossfeld os anos 80, com foco principalmente na edu-
(1993) quanto em desenvolvimento, incluindo- cação básica. Silva et al. (1985), Silva & Souza
-se o Brasil (Gerber, 2000; Torche, 2005; Ribeiro, (1986), Hasenbalg& Silva (1990), Souza & Silva
2009, 2011). (1994), Silva &Hasenbalg (2000, 2002) e Silva
(2003) mostraram que há fortes desigualdades
Estudos mais recentes, todavia, têm indicado
nas transições iniciais e que o efeito das origens
padrões distintos. A coletânea Stratification in
tende a declinar gradativamente ao longo das
HigherEducation(Shavit et al., 2007), analisou da-
dos dos anos 90 para 15 países e postula que seus transições da educação básica, havendo deslo-
resultados permitem relativizar a tese da persis- camento da seletividade socioeconômica e racial
tência da desigualdade educacional em tempos para os níveis mais elevados do ciclo escolar. En-
de expansão educacional. Os achados gerais in- contraram também uma forte estabilidade tem-
dicam um quadro de estabilidade similar ao da poral do efeito das origens e pequeno declínio
coletânea de Shavit&Blossfeld (1993). Somente a do efeito da raça. Este declínio é confirmado por
Rússia apresentou aumento de desigualdades, e estudo recente de Marteleto (2012). Essa tendên-
quatro países apresentaram declínio (Israel, Itá- cia confronta resultados do estudo de Fernandes
lia, Japão e Taiwan). No entanto, mesmo que a (2005) para dados dos anos 80, que indicam que
desigualdade seja estável entre as coortes, o fato o efeito da raça era estável ao longo das coortes,
de que a expansão proporciona que indivíduos mostrando-se uma barreira importante dentro
oriundos de classes sociais baixas acessem níveis do sistema educacional contra o processo de
educacionais que antes eram barreiras a indiví-
equalização em tempos de expansão.
duos de suas classes representa para os autores
um elemento importante de inclusão. Concluem
O estudo de Torche (2010), por sua vez, mos-
que o processo de expansão educacional é sim
tra que houve um aumento das desigualdades de
uma força equalizadora.
acesso às transições para se completar o ensino
médio e entrar para a universidade ao longo das
Breen et al. (2009, 2010) vão além no que diz
coortes no Brasil, Chile, Colômbia e México.
respeito à relativização da tese da desigualdade
Aponta que o processo de expansão educacio-
persistente e afirmam que tem havido sim queda
nal no Brasil pode ser comparado ao de outros
na relação entre origens sociais e alcance educa-
países como a Rússia, onde o agigantamento da
cional. Os pesquisadores analisaram dados para
educação básica, e até mesmo do ensino médio,
oito países europeus, a partir de grandes amos-
que propiciou mais alcance educacional a todas
tras, e os resultados apontam um declínio ge-
as classes, não é acompanhado pelo ensino su-
ral das desigualdades de alcance das transições
perior, criando-se um verdadeiro gargalo nessa
educacionais, mais acentuado entre estudantes
transição, aumentando, assim, a competição por
com origem nas classes rurais e de trabalhadores
um número escasso de posições privilegiadas.
manuais. Os autores acreditam que seus achados
Nessa linha, o estudo de Collares (2010) analisou
também desafiam abordagens como a hipótese
as desigualdades de acesso ao ensino superior
MMI - que pressupõe que as desigualdades em
brasileiro utilizando dados da PNAD entre 1982
cada transição só diminuirão na medida em que
e 2006, e indicou a persistência, ou mesmo o au-
haja saturação do acesso de estudantes de classes
mento, do efeito das origens sociais (renda fami-
privilegiadas a este nível - e qualquer outra que
liar e educação dos pais). Encontrou também di-
argumente que o declínio das desigualdades só
minuição do efeito da raça ao longo do período.
se dá em condições excepcionais.
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF v. 11 n. 1 jan/junh. 2016 ISSN 2318-101x (on-line) ISSN 1809-5968 (print) 15
Programme (ISSP) em 1999, Hout (2006) apon- são ser necessariamente deslocada para o nível
TEORIA E CULTURA
ta que o Brasil, além de apresentar a mais baixa superior, como pressupõe a MMI, desigualdades
média escolar entre todos os países investigados, nas chances de alcance educacional neste nível
é aquele no qual se encontram os mais fortes efei- podem ser substituídas por desigualdades nas
tos das origens sobre as chances de se realizar a chances de acesso aos caminhos mais seletivos e
transição para a educação superior. prestigiados. Filhos de pais em vantagem socio-
econômica serão alocados para posições vanta-
DIMENSÃO HORIZONTAL: josas quantitativa e qualitativamente no sistema
QUALIFICAÇÃO DAS TRANSIÇÕES escolar. Lucas (2009; Lucas & Byrne, 2011), não
EDUCACIONAIS se espera que a EMI seja universal, pois ela se
adéqua melhor aos contextos com alta demarca-
O estudo desta dimensão procura desvelar em ção entre caminhos dentro de cada nível educa-
que medida as origens socioeconômicas determi- cional.
nam o tipo ou a qualidade da educação recebida
por estudantes ao longo dos pontos de transição Embora haja o argumento de que as diferen-
do sistema. Estas diferenças podem residir nos ciações no interior de cada nível educacional
tipos de educação – vocacional ou acadêmica –, sejam menos importantes do que o nível educa-
nos tipos de instituição – universidades de pes- cional em si na determinação das oportunida-
quisa, faculdades, colleges, etc. –, assim como des socioeconômicas posteriores dos estudantes
nos cursos e campos do saber – ciências médicas, (Breen et al., 2009), o estudo desta dimensão,
econômicas, humanas, etc. em conjunto com o da estratificação horizontal,
permite oferecer um quadro mais completo do
Uma premissa básica de estudos desta dimen- processo de estratificação educacional. Na seção
são é que indivíduos não progridem ao longo do a seguir são discutidas as principais propostas de
sistema educacional numa sequência unilinear análise dentro dessa dimensão.
(Breen&Jonsson, 2000; Lucas, 2001). Isto por-
que, em muitos países, o sistema educacional
divide-se em caminhos alternativos nos quais os ESTRATIFICAÇÃO POR TIPOS
indivíduos, diferenciados tanto por suas origens INSTITUCIONAIS E ÁREAS
sociais quanto pelo desempenho escolar, podem EDUCACIONAIS
realizar diferentes probabilidades de continua- O sistema educacional se estratifica de acor-
ção escolar. do com os tipos institucionais e com os campos
de estudo (Ayalon&Yogev, 2005). Ou seja, estu-
A hipótese EMI (effectively maintained ine- dantes que completam o ensino médio e buscam
quality) (Lucas, 2001) pressupõe que uma carac- avançar para o ensino superior fazem escolhas
terística importante dos sistemas educacionais em termos do tipo de instituição – educação aca-
em tempos de expansão é que famílias dos es- dêmica ou vocacional, faculdade, centro univer-
tratos mais altos procuram resguardar para seus sitário, ou universidade, rede privada ou pública,
filhos os caminhos do sistema educacional que etc. – quanto em termos da área educacional –
trarão maior retorno social e econômico. Atores ciências naturais, ciências exatas, ciências huma-
com vantagens socioeconômicas asseguram para nas e sociais, etc. – e tipo de curso que pretendem
si mesmos e sua família algum grau de vanta- frequentar. O estudo da estratificação horizontal
gem onde quer que seja possível, seja quantita- mostra que estas escolhas são condicionadas so-
tiva ou qualitativa. Enquanto a MMI sugere que cialmente, de modo que estudantes dos estratos
a competição por um nível de educação que já socioeconômicos mais altos têm vantagens de
é universal será zero, a EMI propõe que mesmo acesso às instituições mais prestigiadas e campos
em níveis universalizados existirá competição, a educacionais com maior retorno socioeconômi-
qual ocorrerá pelo tipo, ou qualidade, da educa- co posterior.
ção alcançada. Uma vez que determinado nível
educacional atinja saturação, em vez de a pres- Em termos de hierarquia entre instituições,
16 Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF v. 11 n. 1 jan/junh. 2016 ISSN 2318-101x (on-line) ISSN 1809-5968 (print)
estudos indicam que estudantes de classes sociais ESTRATIFICAÇÃO HORIZONTAL NO
TEORIA E CULTURA
baixas têm maiores chances de acesso a institui- BRASIL
ções de menor prestígio e de caráter vocacional
(Hansen, 1997; Lucas, 2001; Goyette&Mullen, O estudo dessa dimensão no Brasil ainda
2006; Duru-Bellat et al., 2008). A posse de pou- é incipiente, e boa parte das análises se detêm
cos recursos culturais ou econômicos impos- principalmente sobre as diferenças de acesso en-
sibilita que compitam pelas vagas nos cursos e tre as redes pública e privada do nível superior.
instituições mais seletivas, tendendo a conseguir Schwartzman (2004) discutiu as diferenças no
acesso a cursos de caráter mais técnico, de caráter perfil dos estudantes das instituições da rede pú-
terciário ou não, a partir da influência da experi- blica e privada e argumenta que, embora exista
ência direta dos próprios pais com ocupações de uma percepção geral de que estudantes de famí-
caráter manual (Van de Werfhorst et al., 2003). lias mais educadas e ricas são aqueles que ocu-
pam a grande maioria das vagas da rede públi-
Hierarquias internas nas instituições demar- ca, na verdade o perfil dos estudantes nas duas
cam diferenciais de prestígio e retorno socio- redes é muito semelhante. Collares (2010; Prates
econômico por campos educacionais (Rum- &Collares, 2015) e Mont’Alvão (2011) investi-
berger& Thomas, 1993; Davies &Guppy, 1997), gam estas diferenças de forma mais sistemática
implicando em maior seletividade para acesso os – com o uso de modelos de regressão multino-
cursos com maiores retornos, como medicina, miais a partir de dados das PNADs – e mostram
engenharias, ciências aplicadas – exatas e natu- que o acesso à rede pública é, em geral, menos
rais – e advocacia. Ciências humanas e sociais desigual do que à rede privada, principalmente
seriam aquelas com menor seletividade. Esta no que toca à raça e renda familiar.
seletividade se dá principalmente em termos de
diferenciais de classe de origem. Parte do efeito Pelo menos dois estudos apontam diferenças
das origens sociais se dá através do desempenho nas transições por tipo de curso. Collares (2010)
acadêmico, o que favorece estudantes das classes mostra, a partir de dados do Exame Nacional de
mais altas, os quais apresentam maior probabili- Desempenho dos Estudantes (ENADE), que a
dade de sucesso na competição pelas vagas nos educação dos pais e o gênero são fatores impor-
cursos mais prestigiados, que requerem alto ní- tantes para se entender as diferenças de acesso a
vel de desempenho nos exames de admissão. cada curso. Por exemplo, mulheres concentram-
-se em cursos como psicologia (88%), letras
A seletividade também pode se dar a partir (86%) e terapia do discurso (95%), enquanto
de outros fatores adscritos, como raça, com con- homens concentram-se nas engenharias (entre
centração do acesso de estudantes de grupos de 75% e 95%, dependendo do tipo). Mont’Alvão
cor a cursos e instituições de menor prestígio, (2013) analisou as chances de acesso a diferentes
e principalmente gênero, com concentração de áreas do conhecimento usando dados da Pesqui-
mulheres num número reduzido de cursos, nas sa por Amostra de Domicílios de Minas Gerais
áreas de humanas, letras, educação e ciências (PAD-MG) de 2009, e mostrou que mulheres
biológicas (Davies &Guppy, 1997; Jacobs, 1995; têm chances maiores de acesso a cursos nas áreas
Gerber&Cheung, 2008). Nesse sentido, alguns naturais do que homens.
estudos defendem que a escolha dos campos
educacionais depende mais do gênero que da Mont’Alvão (2015) analisa a estratificação do
origem socioeconômica (De Graaf&Wolbers, acesso ao ensino superior no Brasil por tipo ins-
2003; Duru-Bellat et al., 2008). A influência da titucional, a partir de dados de um suplemento
classe social é mais forte em sistemas que dife- especial da PNAD 2007, e apontou que o acesso à
renciam segundo o desempenho dos estudantes, educação superior tecnológica é menos desigual
enquanto o efeito do gênero tende a ser muito do que o acesso à educação acadêmica.
forte em sistemas cuja diferenciação se dá mais
em termos de campos do saber e áreas de estudo Assim, a estratificação horizontal é importan-
(Muller &Kogan, 2010). te no Brasil, tanto por setor institucional, quanto
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF v. 11 n. 1 jan/junh. 2016 ISSN 2318-101x (on-line) ISSN 1809-5968 (print) 17
por campos de estudo. São necessários, todavia, tries. American Journal of Sociology, 114, 1475-
TEORIA E CULTURA
18 Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF v. 11 n. 1 jan/junh. 2016 ISSN 2318-101x (on-line) ISSN 1809-5968 (print)
Gerber, T. & Cheung, S. Y. (2008). Horizontal ___ (2009). Stratification theory, economic
TEORIA E CULTURA
stratification in postsecondary education: forms, background, and educational attainment: a for-
explanations, and implications. Annual Review mal analysis. Rationality and Society, vol. 21,
of Sociology, 34, 299-318. 459-511.
Gerber, T. & Schaefer, D. R. (2004). Horizon- Lucas, S. R. & Byrne, D. (2011), Theory and
tal stratification of higher education in Russia: method in the assessment of effectively main-
trends, gender differences, and labor market ou- tained inequality in comparative perspective.
tcomes. Sociology of Education, 77, 32-59. Trabalhoapresentado no RC28 Summer Meeting,
University of Iowa, Iowa City.
Goyette, K. A. & Mullen, A. L. (2006). Who
studies the arts and sciences? social background Mare, R. D. (1980). Social background and
and the choice and consequences of undergra- school continuations decisions. Journal of the
duate field of study. The Journal of Higher Educa- American Statistical Association, 75, 295-305.
tion, 77, 497-538.
___ (1981). Change and stability in educatio-
Hansen, M. N. (1997). Social and economic nal stratification. American Sociological Review,
inequality in the educational career: do effects of 46, 72-87.
social background characteristics decline? Euro-
peanSociologicalReview, 13, 305-321. Marteleto, L. J. (2012). Educational inequality
by race in Brazil, 1982-2007: structural changes
Hasenbalg, C. & Silva, N. V. (1990). Raça e and shifts in racial classification. Demography,
oportunidades educacionais no Brasil. Cadernos 49, 337-358.
de Pesquisa, 73, 5-12.
Mont’Alvão, A. (2011). Estratificação educa-
Hauser, R. M. &Featherman, D. L. (1976). cional no Brasil do século XXI. Dados - Revista
Equality of schooling: trends and prospects. So- de Ciências Sociais, 54, 389-430.
ciology of Education, 49, 99-120.
___ (2013). Estratificação do acesso ao ensino
Hout, M. (2006), Maximally Maintained Ine- superior brasileiro. Belo Horizonte: Tese de Dou-
quality and Essentially Maintained Inequality: torado em Sociologia, Universidade Federal de
Crossnational Comparisons. Sociological Theory Minas Gerais.
and Methods, 21, 237-252.
___ (2015). Diferenciação institucional e de-
Jackson, M., Luijkx, R., Pollak, R., Valet, L.- sigualdades no ensino superior. Revista Brasilei-
A. & Van De Werforst, H. G. (2008). Educational ra de Ciências Sociais, n. 30, vol. 88: 129-143.
fields of study and the intergenerational mobility
process in comparative perspective. International Muller, W. & Karle, W. (1993). Social Selec-
Journal of Comparative Sociology, 49, 369-388. tion in educational systems in Europe. European
Sociological Review, 9, 1-23.
Jacobs, J. A. (1995). Gender and academic
specialties: trends among recipients of college Muller, W. &Kogan, I. (2010). Education. In
degrees in the 1980s. Sociology of Education, 68, S. Immerfall& G. Therborn (eds.), Handbook of
81-98. European societies. New York, Kluwer Academic/
Plenum Publishers, 217-289.
Lucas, S. R. (2001). Effectively maintained
inequality: education transitions, track mobili- Prates, A. A. P. &Collares, A. C. M. (2015).
ty and social background effects. The American Desigualdade e expansão do ensino superior na
Journal of Sociology, 106, 1642-1690. sociedade contemporânea: O caso brasileiro do fi-
nal do século XX ao princípio do século XXI.Belo
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF v. 11 n. 1 jan/junh. 2016 ISSN 2318-101x (on-line) ISSN 1809-5968 (print) 19
Horizonte: FinoTraçoEditora. books, 105-138.
TEORIA E CULTURA
20 Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - UFJF v. 11 n. 1 jan/junh. 2016 ISSN 2318-101x (on-line) ISSN 1809-5968 (print)