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JOHN LOCKE E
O INDIVIDUALISMO LIBERAL
John Locke
• John Locke (1632-1704),
filósofo inglês, era médico e
descendia de uma família de
burgueses comerciantes.
• Esteve refugiado na Holanda,
por ter-se envolvido com
pessoas acusadas de conspirar
contra o rei Carlos II. Retomou
à Inglaterra no mesmo navio
em que viajava Guilherme de
Orange, símbolo da
consolidação da monarquia
parlamentar inglesa.
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John Locke
• Locke teve papel importante na discussão sobre a
teoria do conhecimento, tema privilegiado do
pensamento moderno a partir de Descartes. A
respeito desse assunto escreveu “Ensaio sobre o
entendimento humano”, no qual defende a
teoria empirista.
• Com a obra “Dois tratados sobre o governo civil”,
tornou-se o teórico da revolução liberal inglesa,
cujas ideias iriam fecundar todo o século XVIII,
dando fundamento filosófico às revoluções
ocorridas na Europa e nas Américas.
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Sociedade Civil
• O ponto crucial do pensamento Locke é que
os direitos naturais dos homens não
desaparecem em consequência de
consentimento, mas subsistem para limitar
poder do soberano, justificando, em última
instância, o direito à insurreição: o poder é
trust, um depósito confiado aos governantes
trata-se de uma relação de confiança -, e estes
não visarem o bem público, é permitido aos
governados retirá-lo e confiá-lo a outrem.
Hobbes e Locke
• T. Hobbes defende em sua teoria que o
homem é mau por natureza, isto é, o
egoísmo, o interesse e desejo são suas
características mais fundamentais.
• Locke, por outro lado, defende um ser
humano racional, capaz de viver
harmoniosamente com seus semelhantes.
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O conceito de propriedade
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O conceito de propriedade
• Em Locke encontramos uma característica que
Macpherson chama de "individualismo
possessivo", pelo qual “a essência humana é
ser livre da dependência das vontades alheias,
e a liberdade existe como exercício de posse".
O conceito de propriedade
• "apenas esses [os de fortuna] têm pleno interesse na
preservação da propriedade, e apenas esses são
integralmente capazes de vida racional - aquele
compromisso voluntário para com alei da razão -que é
a base necessária para a plena participação na
sociedade civil. A classe operária, não tendo fortunas,
está submetida à sociedade civil, mas dela não faz
parte. (...) A ambiguidade com relação a quem é
membro da sociedade civil em virtude do suposto
contrato original permite que Locke considere todos os
homens como sendo membros, com a finalidade de -
serem governados, e apenas os homens de fortuna
para a finalidade de governar".
Crítica
• O liberalismo significou, em suas origens, o
estabelecimento de uma ordem política que defendia os
direitos dos indivíduos e suas liberdades de forma abstrata,
permitindo e garantindo, ao mesmo tempo, que as
desigualdades e as injustiças continuassem a existir de
forma concreta.
• O liberalismo clássico é basicamente negativo, preocupado
em proibir as limitações à liberdade dos indivíduos, mas
sem nenhuma preocupação em garantir as condições reais
para o exercício destas liberdades e direitos.
• Ele acaba, assim, transformando-se na defesa pura e
simples do capitalismo selvagem e desencarnado.
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Para Reflexão
Referências
• LOCKE, John. Segundo Tratado Sobre o Governo
Civil. Petrópolis: Vozes, 2010.
• MELLO, Leonel Itaussu Almeida. John Locke e o
individualismo liberal. (In). WEFFORT, Francisco C. Os
Clássicos da Política vol. 1. São Paulo: Ed. Ática,
2000.