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GALINHA "Em certo dia de data incerta um galo velho e uma galinha nova encontraram-se no fundo
REIVINDICATIVA de um quintal, entre uma bicada e outra, trocaram impressões sobre como o mundo
estava mudado. O galo, porém, fez questão de frisar que sempre vivera bem, tivera
muitas galinhas em sua vida sentimental e agora, velho e cansado, esperava calmamente
o fim de seus dias.
Ainda bem que você está satisfeito - disse a galinha. - E tem razão de estar, pois é galo.
Mas eu, galinha, fêmea da espécie, posso estar satisfeita? Não posso. Todo o dia pôr
ovos, todo semestre chocar ovos, criar pintos, isso é vida? Mas agora a coisa vai mudar.
Pode estar certo de que vou levar uma vida de galo, livre e feliz. Há já seis meses que
não choco e há uma semana que não ponho um ovo. A patroa,se quiser, que arranje
outra para esses ofícios. Comigo, não, violão!
O velho galo ia ponderar filosoficamente que galo é galo e galinha é galinha e que cada
ser tem sua função específica na vida, quando a cozinheira, sorrateiramente, passou a
mão no pescoço da doidivanas e saiu com ela esperneando, dizendo bem alto: 'A patroa
tem razão: galinha que não choca nem põe ovo só serve mesmo é pra panela'.
Moral: Um trabalho por jornada mantém a faca afastada.
Millôr Fernandes, "Pif-Paf". Edição de O Independente
Responda : 02- O que a galinha quis dizer 03- O narrador diz que o galo é velho e a galinha é nova. Que
a- Narrador: com a pergunta” isso é vida?” importância tem isso para o desenrolar da história?
b- Foco Narrativo: A – ( ) É que o galo tem idade para ser pai da galinha.
c- Espaço: ( ) que a vida é maravilhosa B – ( ) É que o fato do galo ser mais velho lhe dá maior
d- Tempo ( ) que suas atividades são experiência de vida, e a galinha ser nova faz com que seja mais
e- Personagens : protagonista sacrificantes imatura.
antagonista e secundários ( ) que é muito fácil a sua vida C – ( ) É que o galo não serve mais para ser comido e a
f- Clímax: galinha sim.
g- Desfecho D – ( ) É que a galinha era reivindicativa e conseguia tudo o
que queria através de seus manifestos
04- A galinha dessa história, que na verdade 05- Qual mensagem podemos 06- Qual é a diferença entre: galo velho e velho galo.
representa uma mulher, pode ser extrair desse texto?
considerada uma feminista? A – ( ) Que todas as vezes que 07- Como você define a personalidade da galinha?
A – ( ) Não, pois não reclama de nada e reivindicamos somos atendidos.
gosta da vida que leva. B – ( ) Que devemos aceitar tudo
B – ( ) Não, pois aceita sua condição social. calados e nunca reclamarmos de 08- O que a galinha quis dizer com a expressão “vida
C – ( ) Sim, pois acha que os homens nada. de galo”?
poderiam também chocar e servir para a C – ( ) Que devemos ouvir os
panela, como elas. mais velhos. 09- Explique a expressão: “Comigo não, violão!”
D – ( ) Sim, pois considera os homens uns D – ( ) Que cada um deve cumprir
privilegiados. com suas funções específicas, 10- O significa “reivindicar? O que você reivindica?
senão poderá ser punido. Por quê?
TEXTO II - CAUSO E dizem por aí que ali havia um tesouro, escondido na casa de um velhinho todo
mequetrefe.
Uma vez por mês, o velhinho que estava nas últimas, se levantava da cama e ia receber a pensão.
Aproveitando a ausência, alguns ladrões, vindo de Montevidéu, invadiram a casa.
Os ladrões buscaram e buscaram em cada canto. A única coisa que encontraram foi um
baú de madeira, coberto de trapos, num canto do porão. O tremendo cadeado que o
defendia resistiu, invicto, ao ataque das gazuas.
E assim, levaram o baú. Quando finalmente conseguiram abri-lo, já longe dali,
descobriram que o baú estava cheio de cartas. Eram cartas de amor que o velhinho tinha
recebido ao longo de sua longa vida.
Os ladrões iam queimar as cartas. Finalmente decidiram devolvê-las. Uma por semana.
Desde então ao meio-dia de cada segunda-feira, o velhinho se sentava no alto da colina.
E lá esperava que aparecesse o carteiro no caminho. Mal via o cavalo, entre as árvores, o
velhinho desandava a correr. O carteiro, que já sabia , trazia sua carta nas mãos. E até
São Paulo escutava as batidas daquele coração enlouquecido de alegria por receber
cartas de amor. (O livro dos abraços - Eduardo Galeano)
Interpretação
1) Qual era o tesouro do velhinho? 5) Como os ladrões devolveram as cartas do velhinho?
2) As cartas, para o velhinho, eram um tesouro por 6) Receber as cartas fez bem ou mal ao velhinho? Por quê?
que:
( ) continham pedra preciosas escondidas no baú. 7) Se o velhinho estava tão mal assim, como ele desandava a correr
( ) os ladrões poderiam roubar. para receber as cartas que o carteiro entregava toda semana?
( ) tinham valor sentimental.
( ) estavam guardadas num baú, lugar onde se 8) Em sua opinião, o velhinho percebeu que as cartas que ele recebia
guarda tesouro. toda semana já eram deles? Por quê?
4) O que os ladrões esperavam encontrar no baú? 10) Baseado no texto "Causo" escreva um bilhete para o carteiro
falando o velhinho fica .
O DONO DA PORQUINHA PRETA
O pai de Zezinho queria vender a Maninha - porquinha de estimação do filho. Zezinho se revoltou e acabou tomando uma surra
do pai. Decidido, levou a porquinha para um chiqueiro distante de sua casa. Só que naquela noite choveu muito e, no dia
seguinte, o menino saiu em busca da porquinha com medo de que a enchente a tivesse levado.
Descalço foi pelo trilheiro ainda meio molhado, cheio de rastros de bois. Desatou uma corrida. Precisava agir apressadamente.
Saiu na grota. Havia ainda água suja correndo. Foi subindo ali beirando. Notava que a enchente tinha sido arrasadora. Por ali a
Maninha devia ter passado, arrastada pela enchente, morta decerto. O coraçãozinho dele se afligia mais e mais à medida que
ele se aproximava de onde tinha feito o chiqueirinho. Chegou. Parou de estalo. A respiração carregadinha de emoção. Os olhos
arregalados._“Cadê o chiqueirinho?”
Não havia mais nada. A enchente tinha levado tudo. Não havia um pau sequer da cerquinha que ele tinha feito. Certamente a
Maninha tinha sido levada e aquela hora já estava rodando longe no rio Paranaíba. Lá no fundo só havia um poço com água
suja. Os olhos dele começaram a marejar água de choro. - Fiz coisa errada. Falou alto. A voz saiu com lágrimas. Ele
espalhou o pranto do rosto. Agachou. Sentou no capim. Estava suado. O sol tinha se tornado quente. Era uma tristeza muito
grande invadindo a natureza dele. Agora podia apanhar que não tinha importância. Levantou-se. Os olhos ainda borbulhando
lágrimas. “Também não conto pra ninguém. Ela morreu na enchente. Não é minha mais, mas também não vai ser de ninguém.
Nunca mais.” Estava desolado. O azul do céu não valia nada. As flores enfeitiçando a natureza ainda verde também não
valiam coisa alguma. A ilusãozinha dele naquela época da vida era sua porquinha de estimação. Agora não sabia o que fazer. Ir
para casa não podia. Era até perigoso encontrar o pai em casa. Estava tão sem sorte! O jeito era voltar para a escola. Mas não
devia entrar. “Foi o Valtério! Ele é que me fez esconder a Maninha nessa grota pra ela morrer na enchente. Vou voltar lá na
escola e dar outro murro no nariz dele. O Orlando não vai deixar ele me bater.” Levantou a cabeça. Os olhos ainda lagrimando.
Não. Decidiu que ia descer beirando a grota. Talvez a porquinha estivesse presa nalguma forquilha, nalguma galhada ou até
mesmo nalgum buraco no barranco. Decidiu que não ia mesmo entrar na escola e, portanto tinha tempo para ficar bestando por
ali, curtindo aquela tristeza enorme. Decidiu apanhar algumas pedras na pedreira não longe da grota. Caminhou beirando
moitas bastas de capim-jaraguá. - Arruf-ruf-ruf.
Uma porca roncou valentemente numa espessa moita ali perto. Nem parecia o ronco da Maninha, mas era ela sim. Zezinho
quase tinha pisado na cria. - Maninha!? Maninha!? A porquinha parecia estar brava. Bateu queixo. Estava enciumada,
protegendo os leitõezinhos.
- Deu cria, Maninha!? A enchente não te levou, danadinha? Zezinho estremeceu sob o domínio da emoção. Esqueceu de tudo.
Não tinha que brigar com ninguém e tomar mais uma surra do pai não tinha importância. - Maninha, minha nega!
A princípio a porquinha parecia estar enraivecida, tocada de ciúme por causa da cria, mas de repente, ficou calma. Roncou com
ternura. (Jair Vitória. Zezinho, o dono da porquinha preta.)
Vocabulário: 6- Zezinho culpa Valtério da morte de Maninha. Qual sua
Arrasador- destruidor, demolidor, devastador. opinião sobre isso?
basto- cerrado, compacto, fechado.
capim-Jaraguá – erva de origem africana, muito cultivada por 7- Zezinho precisava de alguém que o protegesse e o
ser uma excelente pastagem. amparasse. Que frase do texto expressa isso?
rastro – sinal, vestígio
8- Em dois momentos diferentes, Zezinho sentiu que não tinha
INTERPRETAÇÂO importância apanhar do pai. Explique esses momentos.
1-. Construa uma frase com a expressão “sair de fininho.” a) 1º momento b) 2º momento
2-. Responda:
a) Quem é a protagonista ou personagem principal?
9- Como a porquinha demonstrou amor pelo menino?
b) Qual é o assunto do texto?
3- No 1º parágrafo do texto, Zezinho sai emocionado à
procura de Maninha. Transcreva trechos do texto que 10- O que você faria se estivesse no lugar de Zezinho?
expressam sentimentos de:
a) urgência b) sofrimento c) emoção d) raiva e) susto, medo f) 11- responda
carinho a- Espaço:
4- Por que, depois que a porquinha sumiu, Zezinho não se
importava mais com o “azul do céu” e com as flores 12- foco narrativo ( ) 1ª pessoa ( ) 2º pessoa
enfeitiçando a natureza”?
Por que Zezinho não podia voltar para casa? 13- tempo ( ) cronológico ( ) psicológico
HAVERÁ ÁGUA QUANDO A GENTE FICAR VELHO?
O meu amigo Marcelo está super preocupado. È que ele leu que , do
jeito como a gente trata a água do planeta, pode ser que , no futuro,
quando a gente ficar velho , não exista mais nenhuma gota de água .
De água limpa, pelo menos....
Eu não entendo muito sobre esse assunto, mas acho que ele tem razão
de ficar preocupado.
Você já andou por aí e viu como as pessoas desperdiçam água ? È um
tal de ficar lavando carro com a mangueira ligada o tempo todo ou então
lavando quintal,como se o chão fosse um lugar que devesse ficar limpo
como o prato em que a gente fosse comer.
O pior é quando você passa pelas avenidas marginais e vê o monte de
porcaria que as fábricas jogam na água , como se os rios fossem assim
uma enorme privada.
O mar ? Puxa, há dias que você vai lá , e o mar mais parece um lixão !!!
O que é que as pessoas estão pensando ? Será que elas acham que as
coisas como água nunca acabam ? Pois acabam, sim!!!
Essas pessoas , especialmente as pessoas já grandinhas , parece que
não estão nem um pouco preocupadas com o mundo quem vai ficar para
a gente....
Fernando Bonassi , Em : Vida da gente- Crônicas publicadas no
suplemento folhinha de S.Paulo. Belo Horizonte, MG , 14/02/98
02- Observe o título do texto e a 04- Qual a mensagem que essa crônica apresenta?
data , são atuais ? Isso representa
o que? 05- “O problema de que trata a crônica acontece só no Brasil ou no mundo todo?
Maninho,
Ontem, livre-me pela manhã , à tarde cinemei e à noite, com o papai e a mamãe ,
teatramos . Hoje coleguei , ao meio-dia me leitei e às três papelei-me e canetei-me para
escriturar-te . E paragrafei finalmente aqui porque é hora de adeusar-te pois já estão
cincando.
De teu irmão,
Fratelo.
(Millôr fernandes )
RESPONDA:
TRABALHO EM GRUPO
01. A finalidade do texto é: 02. As abelhas e vespas são: 03. De acordo com o texto:
a) falar da extinção das formigas. a) “primas” das formigas. a) A diferença entre a formiga rainha e a operária é que a
b) informar sobre as formigas. b) “irmãs” das formigas. operária não nasce sem asas.
c) incentivar a criação de formigas. c) “amigas” das formigas. b) A diferença entre a formiga rainha e a operária é que a
operária não nasce com asas.
c) A diferença entre a formiga rainha e a operária é que a
operária não nasce com antenas.
04. Retire do texto sinônimos das 05.No trecho “Algumas delas 06.As formigas são importantes na natureza porque:
seguintes palavras: cuidam das formigas...”. A a) são a maior população de insetos vivos da Terra.
a) parentes=____________ palavra sublinhada refere-se b) comem outros insetos, como moscas, besouros ou
b) operárias= _________________ a: outras formigas.
a) formiga rainha. c) sabem trabalhar em grupo.
b) formiga saca-saia.
c) formiga operária. 07. Retire do texto antônimos das seguintes palavras:
a) vivem________________
b) limpo________________
c) pequenas __________
Leia
CONTINHO
Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho. Na soalheira danada do meio-dia,
ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um
vigário a cavalo.
— Você, aí, menino, para onde vai essa estrada?
— Ela não vai não: nós é que vamos nela.
— Engraçadinho duma figa! Como você se chama?
— Eu não me chamo, não, os outros é que me chamam de Zé.
MENDES CAMPOS, Paulo, Para gostar de ler - Crônicas. São Paulo: Ática, 1996,
A ALUNA
Ano de 2025, EMEF Ambrosio de Matos , completava exatamente 124 anos de existência . O corpo docente era o mesmo há mais ou menos
uns 15 anos, a fama de uma das professoras, a de Geografia, Dona Esmeralda, era horrível, diziam que ela era muito rude, estúpida e
dissimulada. Quando entrei na escola, no ano vigente pude vivenciar o que diziam era realmente verdade, ela gritava e humilhava todos que
não fizessem as lições, ou não entregassem seus trabalhos solicitados, ai de quem respondesse para ela. Então no meio do ano entrou ela...
Uma aluna que eu adorei... Sandra Valente, linda, morena, alta, magra e muito mais muito brava. Logo no primeiro dia ela bateu boca com D.
Esmeralda...
__ Quem é essa fulaninha? Indagou a professora.
___ Sou Sandra Valente. E você quem é? Respondeu Sandra.
Tentamos avisar para não chamar de você D. Esmeralda, mais não deu... Na hora que a professora ouviu se virou furiosa, fez o maior
escândalo e deu a maior bronca em Sandra, daí em diante sempre que ela falava alguma coisa era uma sessão de insultos e humilhação,
tentamos de tudo, fomos falar com o Diretor, falamos com os nossos pais, sempre que D. Esmeralda era chamada na diretoria se fazia de
vitima e até chorava, não agüentávamos mais. Sandra já estava em ponto de enlouquecer era punida em casa e perseguida na escola. O fim
de ano já se aproximava e por mais que Sandra se esforçasse não iria passar de ano até que um dia...
Ela correu até a sala, numa das mãos um papel com a soma das notas, na outra uma lapiseira típica de menina. Ela queria que a ouvissem ,
que a entendessem , queria que acreditassem nela. Mas nada aconteceu,Sandra tinha ido falar com D. Esmeralda:
__ Por favor, me esforcei muito, fui muito elogiada pelo trabalho, até o diretor gostou.
__ Está um lixo, como tudo que você faz! Notas fechadas. Mais sorte no próximo ano. Disse D. Esmeralda e sorriu...
Tomada pela indignação e ódio Sandra não pensou duas vezes ergueu e abaixou a mão enterrando a lapiseira no olho esquerdo da
professora, a mesma quis gritar, mas a mão delicada de Sandra empurrou sua cabeça contra a mesa dando assim fim a sua vida, a poça de
sangue se espalhou pela mesa... a mesma mão escreveu no quadro com “tinta vermelha”
___”MAS SORTE NO PROXIMO ANO!”
Todos nós quando chegamos na sala e nos deparamos com a cena , imediatamente como se tivéssemos combinado , ajudamos Sandra a se
limpar e disfarçar e gritamos de alivio e alegria ...
___ Socorrroooooooo!!! (só para disfarçar ) . Até hoje ninguém sabem que fez essa crueldade com D. Esmeralda....(Andrea Martins Rosa )
Interpretação 02-Qual era a fama da D. Esmeralda?
01-Quais são as personagens:
Protagonista________________________ 03- Responda:
Antagonista_______________________ a- Foco narrativo:_______________
Secundários __________ b-Tempo_____________
c-espaço _________
MENDIGO
Eu estava diante de uma banca de jornal na avenida, quando a mão do mendigo se estendeu. Dei-lhe uma nota tão suja e amassada quanto a
ele. Guardou-a no bolso, agradeceu com um seco obrigado e começou a ler as manchetes dos vespertinos. Depois me disse:
__ Não acredito um pingo em jornalistas. São muito mentirosos. Mas está certo: mentem para ganhar a vida. O importante é o homem ganhar
a vida, o resto é besteira. Calou-se e continuou a ler as noticias eleitorais:
__ O Brasil ainda não teve um governo que prestasse. Nem rei, nem presidente. Tudo uma cambada só.
Reconheceu algumas qualidades nessa ou naquela figura (aliás, com invulgar pertinência para um mendigo) , mas isso , a seu ver, não queria
dizer nada:
__ O problema é o fundo da coisa, o caso é que o homem não presta. Ora, se o homem não presta, todos os futuros presidentes serão ruins.
A natureza humana é que é de barro ordinário. Meu pai, por exemplo, foi bastante bom. Mas não deu certo ser bom durante muito tempo,
então ele virou ruim. Suspeitando de que eu não estivesse convencido de sua teoria, passou a demonstrar para mim que também ele era um
sujeito ordinário como os outros.
__ O senhor não vê? Estou aqui pedindo esmola, quando poderia estar trabalhando. Eu não tenho defeito físico nenhum e até que não posso
me queixar da saúde. __ Tirei do bolso uma nota de cinco reais e lhe ofereci pela franqueza.
__ Muito obrigado, moço, mas não vá pensar que eu vou tirar o senhor da minha teoria. Vai me desculpar, mas o senhor também no fundo é
igualzinho aos outros. Aliás, quer saber de uma coisa? Houve um homem de fato bom, cem por cento bom. Chamava Jesus Cristo. Mas o
senhor viu o que fizeram com ele. ( Paulo Mendes Campos, O cronista do morro, RJ)
03- Responda sobre os 08- Que característica físicas de um mendigo tradicional
personagens: encontramos na crônica?
protagonista ___________ 09- Segundo o mendigo, qual é a causa principal dos males do
antagonista ________ mundo?
10- Para provar sua teoria o mendigo dá um exemplo . qual é ?
04- Procure no dicionário: 11- segundo o que podemos deduzir das palavras do mendigo ,
a- cambada quem teria direito a exercer a mendicância ?
b- vespertino 12- Qual é a finalidade do uso da palavra aliás presente na fala
c- ordinário do mendigo
“__ Aliás , quer saber de uma coisa ?”
04- O que significa a ( ) indica acréscimo de informações
expressão “estender a mão” ( ) indica retirada de informações
06- Qual é o espaço e ( ) indica pedir desculpas
INTERPRETAÇÃO 13- Segundo o mendigo, Jesus Cristo é uma exceção à sua
01- Qual é o clímax do texto? tempo?
07- O personagem principal teoria? Por quê ?
02- Esse texto tem narrador? 14- “ Mas o senhor viu o que fizeram com ele ?” o que o
( ) sim ( ) não é o mendigo. Qual
característica diferente ele mendigo quer dizes com essa pergunta?
classifique- o ___________
apresenta que geralmente se
espera dos mendigos?
VÓ CAIU NA PISCINA
Noite na casa da serra, a luz apagou . Entra o garoto:
__ Pai, vó caiu na piscina.
__ Tudo bem, filho.
O garoto insiste: __ Escutou o que eu falei pai?
__ Escutei, e daí? Tudo bem.
__ Cê não vai lá?
__ Não estou com vontade de cair na piscina.
__ Mas ela ta lá...
__ Eu sei, você me contou. Agora deixe seu pai fumar
descansado.
__ Ta escuro, pai.
__ Assim é melhor. Eu gosto de fumar no escuro.
Daqui a pouco a luz volta. Se não voltar, dá no
mesmo. Pede à sua mãe para ascender a ela na sala.
Eu fico aqui mesmo, sossegado.
__ Pai...
__ Meu filho, vá dormir. É melhor você se deitar logo.
Amanhã cedinho a gente volta para o Rio, e você
custa muito a acordar. Não quero atrasar a descida
por sua causa.
__ Vó ta com uma vela.
__ Pois então? Tudo bem? Depois ela ascende. COMPREENSÃO
__ já ta acesa.
__ Se está acesa, não tem problema. Quando ela sair 01- O que realmente aconteceu com avó?
da piscina, pega a vela e volta direitinho para casa. 02- Qual alternativa mostra onde é o espaço dessa narrativa?
Não vai errar o caminho, a distância é pequena, e ( )casa na serra
você sabe bem que sua avó não precisa de guia. ( ) num apartamento no Rio de janeir ( ) num clube
__ Por que cê não acredita no que eu digo? [...]
__ Ah, você está me enchendo. Vamos acabar com 03- Escreva o nome das personagens:
isso. Eu acreditei, viu? Estou te dizendo que acreditei. a- O pai
Quantas vezes, você quer que eu diga isso? Ou você · O menino
acha que estou dizendo que acredite mais estou · A avó
mentindo? Fique sabendo que seu pai não gosta de · A mãe
mentir. B- Quem é o antagonista ?
__ Não te chamei de mentiroso.
__ Não me chamou, mas está duvidando de mim. 04- O filho diz : “ta escuro , pai” qual é a reação do pai diante da
Bem, não vamos discutir por causa de uma bobagem. insistência do filho?
Sua avó caiu na piscina, e daí? É um direito dela. Não 05- Qual é alternativa que explica o que provoca humor no texto.
tem nada de extraordinário cair na piscina. Eu só não ( ) o fato de alguém cair na piscina
caio porque estou meio resfriado.. ( ) o erro de interpretação de uma frase.
__ Ô , pai, cê é de morte!!!
O garoto sai, desolado. Aquele velho não compreende 06- Qual é o maior conflito existente na narrativa.?
mesmo nada. Daí a pouco chega a mãe:
__ Eduardo, você sabe que dona Marieta caiu na 07- Como Fátima conseguiu convencer o marido a tirar dona Marieta
piscina? da piscina?08- Que argumentos o pai usou para se desculpar com
__ Até você, Fátima? Não chega o Nelsinho vir com dona Marieta?
essa ladainha? _ Eduardo, está escuro que nem um 08- Que modo de dar a notícia garantiria a compreensão do pai e
breu, sua mãe tropeçou, escorregou e foi parar dentro evitaria o mal-entendido?09- Escreva qual foi a reação da avó ao ser
da piscina, ouviu? Está com a vela acesa na mão, retirada da piscina?
pedindo que tirem ela de lá, Eduardo!!! Não pode sair
sozinha, está com a roupa encharcada, pesando 10- Que fator contribui para dona Marita caísse na piscina?
muito, e se você não for depressa ela vai ter uma 11- Você acha que é mais comum acontecer acidentes quando há
coisa!!!! Ela morre Eduardo!! queda de energia? Por quê ?
__ Como? Por que aquele diabo não me disse isto?
Ele falou apenas que ela tinha caído na piscina, não 12- Além de acidentes, que tipo de transtornos podem acontecer em
explicou que ela tinha tropeçado escorregado e caído. conseqüência da falta de energia?
Saiu correndo, nem esperou a vela, tropeçou e quase
que ia parar também dentro d’água: __ Mamãe, me 13- O mal-entendido aconteceu porque o verbo cair pode ser
desculpe !!! O menino não disse nada direito. Falou só interpretado de varias formas, Que sentido o pai atribui?
que a senhora caiu na piscina. Eu pensei que a ( ) mergulhar
senhora estava se banhando. ( ) arriar
__ Está bem, Eduardo __ disse dona Marieta, ( ) perder a força.
safando-se da água pela mão do filho, e sempre 14- Escreva uma frase , empregando o verbo cair com o mesmo
empunhando a vela que conseguira manter acesa. – sentido atribuído pelo pai do menino.
Mas de outra vez você vai prestar mais atenção no
sentido dos verbos, ouviu? Nelsinho falou direito, você
15- Explique o sentido das palavras destacadas:
é que teve um acesso de burrice, meu filho!!!
a- “até você Fátima? não chega o Nelsinho vir com essa LADAINHA?”
( Carlos Drummond de Andrade)
b- “Eduardo, está escuro que nem BREU ...”
IN TERPRETAÇÃO
3) O que o menino quis dizer com : “ E nem isso eu posso, “Eu podia perceber que minha avó ouvia o Armandinho chorando
que ele é menor que eu e é faixa marrom de caratê “ ? feito um bezerro desmamado”.
4) O primo de Armandinho é organizado com o seu material 6) Na sua opinião, qual é o sentimento que o menino tem pelo
escolar? Que parte do texto justifica a sua resposta? seu primo Armandinho? Por quê?