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O documento descreve o período Romântico no século XIX, quando os românticos se opuseram ao Classicismo dando mais importância às emoções. A música romântica incorporava temas da fantasia e lendas populares. O documento também discute como a Revolução Industrial e avanços técnicos influenciaram a música durante este período.
O documento descreve o período Romântico no século XIX, quando os românticos se opuseram ao Classicismo dando mais importância às emoções. A música romântica incorporava temas da fantasia e lendas populares. O documento também discute como a Revolução Industrial e avanços técnicos influenciaram a música durante este período.
O documento descreve o período Romântico no século XIX, quando os românticos se opuseram ao Classicismo dando mais importância às emoções. A música romântica incorporava temas da fantasia e lendas populares. O documento também discute como a Revolução Industrial e avanços técnicos influenciaram a música durante este período.
O período “Romântico” começou em 1815, após a derrota final de Napoleão em
Waterloo. Nesta altura, as potências estrangeiras esforçaram-se para restaurar a antiga ordem europeia, destruída durante vinte anos de guerra e revolução. Apenas a partir dos finais do séc. XVIII é que a palavra “romântico” começou a ter realmente um grande significado, graças a um grupo de escritores alemães: Schiller, Goethe e Novalis. Este grupo distinguia de forma bem clara a literatura “romântica” e “clássica”. Os românticos opunham-se ao Classicismo dando mais importância às emoções do que à razão, exigiam a liberdade de expressão e elevaram a imaginação a um estatuto quase divino. Durante a primeira parte do séc. XIX ainda não havia uma grande separação entre o Classicismo e o Romantismo. Deste modo, muitos compositores como Beethoven, Schiller e Goya estavam em ambos os lados. A atuação de Napoleão em Espanha demonstrou que ele queria fazer guerra em todas as partes da Europa. No entanto, fora do continente, a situação era completamente diferente. Os maiores compositores americanos eram imigrantes, mas os naturais dos EUA desejavam viajar até à Europa para se dedicarem às artes. Porém, a Europa não os acolhia bem por serem estrangeiros. Os românticos inspiraram-se na Idade Média. O gosto pelo medievalismo permanecia em todas as artes: literatura, arquitetura e pintura. Neste período, a ópera da Alemanha, França e Itália apresentava características muito diferentes: incorporavam temas da fantasia e das lendas populares. Começaram a interessar-se pelas coisas irracionais como o gosto pelo macabro, por isso, a loucura, o terror e o sobrenatural os temas comuns. No caso da música, esta influência pode ser bastante observada na “Sinfonia Fantástica” de Berlioz. Por incrível que pareça, outra preocupação dos românticos era a natureza, com o alastramento da Revolução Industrial e a crescente urbanização da sociedade fez com que o campo parecesse amoroso. Porém, os artistas clássicos tentavam arranjar elementos naturais para criar um efeito harmonioso, enquanto os românticos não tentavam modificar a natureza, mas sim registar as suas impressões pessoais sobre ela. A primeira metade do séc. XIX, durante a Revolução Francesa, foi marcada por um tipo de luta diferente. Em 1831, o exército polaco juntou-se aos governantes russos. Contudo, a falta de planeamento de trabalho em grupo levou ao fracasso e muitos polacos foram expulsos, procurando refúgio em França, como é o caso de Frédéric Chopin. Apesar de tudo, a Revolução Industrial trouxe muitos benefícios para os músicos devido ao alargamento da educação e das classes profissionais, permitindo alguns intérpretes ganhar fama como é o caso de Niccoló Paganini com o seu violino. Paganini inspirou Liszt, que transcreveu algumas das suas composições para piano. Esta época permitiu avanços técnicos na construção de instrumentos, principalmente o piano: aumento do número de cordas e consegue suportar tensões maiores, assim os músicos puderam tornar-se mais ousados nas suas composições. Também houve um alargamento do fosso entre música “ligeira” e música “séria”, o tamanho da orquestra foi aumentando gradualmente. A partir de 1850, a batuta passou a ser usada e a influência do maestro começou a ser cada vez mais importante. Lizst começou a usar o termo “poema sinfónico” para as suas obras com um andamento que descreviam temas da mitologia e da literatura. Chopin também começou a usar outras formas de composição: “estudos”, “prelúdios” e “impromptus”. Embora o Romantismo continuasse a predominar o mundo da música, a literatura e as artes visuais foram superadas pelo movimento realista, com escritores como Flaubert e Zola. Mais tarde, em 1866, a “Olympia” de Manet prenunciava o movimento impressionista. Ao mesmo tempo, a ciência foi evoluindo com a descoberta da eletricidade, o isolamento de novas substâncias químicas que vieram a ter importantes aplicações industriais e a descoberta dos anestésicos. Os geólogos começaram a estudar a natureza fundamental da própria Terra. A potência do motor a vapor alterou todas as antigas noções de distância, em 1840, o telégrafo elétrico passou a ser usado na Inglaterra e França. Em 1861, começaram a realizar-se experiências nos EUA com uma nova fonte de energia: o petróleo. Na Rússia, Karl Marx declarou que o Nacionalismo era um movimento sem futuro, mas não poderia estar mais errado. A música da Rússia era ainda um domínio exclusivo da nobreza e seguia os modelos italianos, francês ou alemão, e a maior parte dos músicos talentosos recebiam a sua formação no estrangeiro. Entre 1852 a 1870, Paris sofreu uma mudança drástica, substituindo os bairros degradados e sujos por avenidas largas, parques arborizados e edifícios magníficos, e a Ópera de Charles Garnier, Haussmann criou uma cidade moderna. Giuseppe Verdi teve o seu auge na música e acabou por ser eleito para o primeiro parlamento nacional, o seu nome simbolizava a liberdade. Por fim, o Romantismo desempenhou um papel nacionalista e revolucionário do séc. XIX começando por Beethoven, porém este movimento foi-se tornando cada vez menos significativo, apesar de na música permanecer durante muitos anos.