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STAY SANE
THROUGH
INSANITY
Stay Sane Through Insanity
Vivemos tempos verdadeiramente históricos.
Passamos por um dos períodos mais exigentes da nossa vida. Somos convidados a
alguma normalidade enquanto ao nosso redor tudo é estranho, antinatural e perturbador:
Queremos permanecer saudáveis mental, emocional e fisicamente enquanto vivemos num meio
que vai contra a nossa mais básica e primitiva natureza humana - vivemos num ambiente
fechado, privados da interação social e a liberdade habituais, lutando contra um inimigo
invisível;
Continuamos a trabalhar da forma mais produtiva e eficiente possível para manter o nosso
emprego, a nossa empresa e a economia como um todo, encontrando novas formas de fazê-lo, em
diferentes contextos, com diferentes pessoas e rotinas diárias distintas;
Precisamos encontrar paz e sanidade num estado de guerra e insanidade.
A saúde mental está sob mais stress e pressão. É o elo mais fraco da cadeia a que
estamos ligados. Pode quebrar com muita facilidade e, com ela, todos os nossos sistemas.
Manter a mente saudável é fundamental para sobreviver. Especialmente agora. Deverá, por
conseguinte, ser a nossa primeira e principal prioridade. Somente através da nossa capacidade
de pensarmos em conjunto, poderemos aspirar terminar este período com alguma sanidade e
até, talvez, melhores, mais fortes e mais felizes do que quando começámos.
Com este e-book, pretendo partilhar dicas e ferramentas simples, validadas e úteis para
a maioria das pessoas, podendo usá-las diariamente com vista a um estado mental e físico o
mais saudável possível. Quero que estes recursos estejam disponíveis para quem deles
precisar. Espero que possam ajudá-lo a si também.
Não pode ser visto, no entanto, como orientação médica. Mesmo que as ferramentas aqui
apresentadas, na sua maior parte, sejam recomendadas aos meus pacientes, de modo algum
se destinam a substituir o médico. Contudo, apesar da singularidade, especificidade e
individualidade de cada um de nós, os passos enunciados neste e-book poderão ajudá-lo a
navegar melhor no nevoeiro atual.
I. É normal não estar normal
AS PESSOAS NÃO ESTÃO BEM, O MUNDO NÃO ESTÁ BEM. É NORMAL QUE NÃO ESTEJA NORMAL!!
Não só é normal, como é de esperar. E, francamente, é saudável que não esteja bem durante
um tempo! Para a maioria de nós, as nossas rotinas, os nossos hábitos e a nossa
estrutura de vida mudaram significativamente num simples piscar de olhos.
Quanto mais cedo aceitarmos esta realidade, mais cedo começaremos a sentir-nos melhor e a
viver melhor na situação da vida atual. Há luz ao fundo do túnel! E chegaremos lá adaptando-
nos, encontrando um novo equilíbrio e voltando ao controlo possível e desejável da nossa vida.
Devemos, pois, encará-la como um processo em desenvolvimento contínuo e diário. Devemos
controlar os nossos pensamentos, acalmar nossa mente e recuperar alguma perspetiva e
estrutura da nossa vida. Aqui estão algumas dicas para consegui-lo:
1. Escrever um diário: Anotar os nossos pensamentos pode ajudar a reduzir o stress, assim
como os sintomas de ansiedade e depressão, de acordo com este artigo da Universidade de
Rochester. Não se preocupe com o que escreve, não é o mais importante. Comprometa-se sim a
escrever diariamente. Guarde um momento para si, todos os dias, e registe o que achar
por bem.
2. “Sente-se, descarregue, destrua”. Esta é uma técnica que aconselho aos meus doentes
que se sentem dominados e controlados por um estado emocional de turbulência constante. O
objetivo é simples: libertar o fardo, descarregar essa carga mental e emocional para
um pedaço de papel. Ao fazê-lo, não só reduzirá o peso que carregar nos seus ombros, mas
também aumentará a sua capacidade de racionalizar esses pensamentos tumultuosos, ganhar
perspetiva sobre eles e recuperar o controlo sobre a mente. Não é, contudo, um diário - é
substancialmente diferente. Como o objetivo é desabafar connosco próprios, apenas nos
sentiremos seguros e protegidos ao fazê-lo se tivermos a certeza absoluta que o que
escrevemos não nos prejudicará. A razão pela qual sugiro um pedaço de papel é a
facilidade com que pode ser destruído. Sim, destruir. Destrua o que escreveu. É a única
maneira de se abrir sem amarras.
3. Meditação. Ao longo dos anos, a meditação deixou de ser algo reservado a hippies e
tornou-se mainstream. Centenas de estudos têm sido publicados sobre o efeito da sua prática
no controlo da ansiedade e do stress. Todos os diferentes tipos de meditação - meditação
transcendental, mindfulness, meditação da consciência da respiração, ... - têm o mesmo
objetivo: oferecer a possibilidade de parar, de fazer uma pausa, ter um momento para
si. Os melhores benefícios vêm com a prática e treino. A parte mais difícil é, porém, começar.
Para tal, podem usar-se aplicações desenvolvidas para ajudar os primeiros passos, com
meditação guiada: Headspace, Calm, Waking Up, Ten Percent Happier.
4. Power posing. Este poderá ser o melhor exemplo de como podemos ativa e
conscientemente mudar a nossa fisiologia. Defendido por Tony Robbins há décadas e
publicado em 2012 pela Dra. Amy Cuddy, adoptar posições corporais chamadas “poses de
poder” (power posing, em Inglês) conseguem alterar o equilíbrio do nosso sistema
neuroendócrino. Tendo em consideração que estas posturas aumentam os níveis de
testosterona enquanto diminuem os de cortisol (e, portanto, aumentam a motivação enquanto
reduz a resposta ao stress), podem ser muito úteis neste período. Após muito debate, as novas
evidências publicadas pela Dra. Cuddy suportam os dados iniciais. Para começar a sentir a
diferença, experimente adoptar uma dessas posturas durante 1 a 3 minutos, todos os dias,
durante semana inteira.
II. Estabeleça a sua rotina
Para a maioria das pessoas, ficar em casa significa "fim-de-semana" ou "férias". Foi a
isso que nos habituámos, desde que entrámos na escola. Ao longo dos anos, criámos,
adaptámos e seguimos algumas rotinas, desencadeadas por eventos habituais: o toque do
despertador, tomar o pequeno-almoço, sair de casa, socializar durante pausas que ocorrem ao
longo do dia, voltar a casa, jantar, ir para a cama.
O problema reside no facto de a maioria dos estímulos terem desaparecido com a
situação actual ou terem sido alterados, especialmente de manhã.
Não podemos sair de casa, ficando com a família em casa;
Já não fazemos o percurso de casa para o trabalho, algo que usamos para separar tempo de
trabalho e tempo de família;
As empresas passaram as suas operações tanto quanto possível para online, permitindo que
os trabalhadores trabalhem remotamente;
A linha que separa o espaço do escritório do da casa é agora ténue - e a maioria de nós não
tem sequer um escritório onde se concentrar ou refugiar.
A LINHA MESTRA DO NOSSO DIA A DIA DESAPARECEU. SEM ELA, É MUITO FÁCIL PERDER O FOCO,
SENTIR-SE PERDIDO E INCAPAZ DE SEGUIR UM PLANO, QUE, RAPIDAMENTE, LEVAM A
ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO MENTAL, EMOCIONAL E FÍSICO.
Por isso é tão fundamental encontrar a sua própria rotina neste período. Quanto mais
cedo o fizer, quanto mais facilmente e suavemente fizer a transição para as novas
circunstâncias, melhor. Essa rotina deve mimetizar, na medida do possível, a rotina diária
“normal”:
1. Acorde à sua hora habitual. Evite a armadilha de dormir durante a manhã e ficar na
cama até pouco antes de ligar o computador. Pode afetar negativamente a sua energia, o seu
humor e a sua produtividade ao longo do dia
2. Prepare-se para um dia de trabalho "normal". Mantenha a sua rotina matinal e
prepare-se para trabalhar, como fazia habitualmente. Isso aplica-se inclusivamente à roupa
que vai vestir: a forma como se veste influencia o modo como se sente, o que, por sua vez, tem
o poder de alterar o seu estado mental.
3. Tenha um espaço dedicado para o trabalho. Mesmo que seja temporário e que precise
de montá-lo e desmontá-lo diariamente, ter um local específico que possa ser o ser
“escritório” é muito importante para ativar o mindset certo e criar uma diferenciação
clara entre espaço e tempo de trabalho e de família ou de relaxamento.
4. Defina um plano. Os objetivos ajudam a manter o foco, o proactividade e a
motivação. Estabelecer um plano para o dia e para a semana pode guiá-lo e facilitar a
superação da procrastinação quando a sensação de estar perdido se instala.
5. Faça mini pausas. Trabalhar em pequenos segmentos de tempo tem-se mostrado uma das
formas mais eficazes e produtivas de trabalhar. Durante o dia, definir períodos consecutivos 25
minutos de trabalho, intercalados por pequenos intervalos, aumentará a eficácia e reduzirá o
cansaço. Esta técnica é conhecida como Técnica Pomodoro.
Existem milhares de artigos e vídeos sobre como estabelecer rotinas quando fechados em casa.
Veja este do Huffington Post ou este da Harvard Business Review. São vídeos com dicas úteis
de como aproveitar ao máximo o trabalho a partir de casa.
III. Desafie-se
Como estamos fechados em casa, por que não aproveitar este período da melhor forma?
Poderá ser o momento perfeito para fazer o que já queria fazer há algum tempo, mas
tem adiado consecutivamente até ao momento em que "teremos aquele tempo extra". Porque
não ser agora?
Estar fechado em casa não significa colocar a vida em pausa, deixar passar os dias apenas a
fazer o mínimo indispensável, à espera que isto tudo passe para que possamos retomar as
nossas vidas como estavam! Muito pelo contrário, na verdade pode ser o momento perfeito
para repensar a nossa vida, tentar coisas novas, para reformular o trajeto em que
estamos. Podemos usar este período para crescer, para progredirmos, para nos prepararmos
para o sucesso (qualquer que seja a sua definição).
ESTABELECER DESAFIOS DAR-NOS-ÃO MAIS ÁREAS PARA FOCARMOS A NOSSA MENTE,
AUMENTARÃO A NOSSA EFICIÊNCIA E PRODUTIVIDADE E MULTIPLICARÃO OS MOMENTOS DE
CONFORTO, DE PRAZER E DE RECOMPENSA. A LISTA DE POSSIBILIDADES É INFINITA: OS
ÚNICOS LIMITES SÃO OS QUE A NOSSA IMAGINAÇÃO IMPOSER! PODEM IR DESDE DESAFIOS
RELACIONADOS COM A SAÚDE, COM HÁBITOS OU ESTILOS DE VIDA OU MESMO DE FORMAÇÃO
OU EDUCACIONAIS.
Dormir é crucial para a nossa saúde. De facto, é durante o sono que recuperamos e
restabelecemos funções essenciais: novas conexões neuronais são criadas,
memórias são reforçadas, células e membranas danificadas são destruídas e
substituídas por novas e as glândulas endócrinas podem finalmente descansar.
Contudo, quando estamos expostos à luz azul ao fim da tarde ou à noite (seja por estarmos a
trabalhar ao computador, a ver televisão depois do jantar, a navegar nas redes sociais ou por
passarmos muito tempo sob luzes brancas), damos ordem às glândulas supra-renais para
libertarem o cortisol - como estão programadas a fazer de manhã.
O aumento dos níveis de cortisol constitui uma ameaça séria para a qualidade do
sono. Tal como acontece ao início do dia, a libertação de cortisol ao final do dia irá ativar as
mesmas respostas fisiológicas da manhã. Isso poderá atrasar, ou mesmo impedir, a queda dos
níveis de cortisol necessários para uma noite de sono tranquila e reparadora. Como se não
bastasse, ter níveis de cortisol elevados durante a tarde/noite afeta o pico de cortisol matinal –
a resposta necessária para acordar –, o que leva a que o iniciou do dia seja sem energia,
custoso e mau humorado.
Existem aplicações que ajudam a rastrear o sono, como a SleepScore ou SleepCycle, permitindo
monitorizar os padrões de sono. Existem também outros meios mais sofisticados, como a
FitBit, SmartWatch, WhoopBracelet e o Oura Ring – a minha escolha pessoal.
Eis alguns conselhos para melhorar o seu sono:
1. Exponha-se à luz matinal quando acordar (por exemplo, comendo o pequeno almoço
enquanto observa o nascer do sol). Isto ajudará a equilibrar o ritmo circadiano e a melhorar o
sono.
2. Diminua a exposição à luz azul após as 18h. Ative o modo de redução de luz azul no
telemóvel (como por exemplo, o Night Shift) ou através de aplicações como f.lux, ou ainda
utilize uns óculos bloqueadores de luz azul de boa qualidade, como os Swanwicks ou Felix
Grays;
3. Não pratique exercício físico intenso após as 17h. Faça exercícios de relaxamento, com
movimentos lentos e pausados, como yoga e pilates. Ajudará a reduzir os níveis de cortisol;
4. Escolha bem a sua última refeição do dia. Refeições pesadas e com alimentos
processados são pró-inflamatórias, podendo prejudicar o seu sono pela alteração dos níveis de
inflamação, que, por sua vez, irá afetar os níveis de cortisol (além de outros efeitos);
5. Evite beber bebidas alcoólicas durante ou após o jantar. Algumas pessoas são sensíveis
a bebidas fermentadas ou destiladas. Desta forma, o melhor é evitar ambas. Apesar do álcool
ajudar a adormecer, a qualidade do sono (medida pela quantidade de sono REM/NREM,
frequência cardíaca em repouso ou variabilidade da frequência cardíaca) será prejudicada;
6. Leia um livro, de preferência um bom romance. Livros de ação e thriller ou livros técnicos
podem ser demasiado entusiasmantes e despertá-lo;
7. Tome suplementos específicos que ajudem a adormecer, trinta minutos antes de se
deitar. Magnésio é uma boa opção.
VI. Suplemente
É provável que já tenha pesquisado sobre o que o pode ajudar a fortalecer o seu sistema
imunitário, a revigorar a sua função cognitiva e a melhorar a capacidade de gestão do stress.
Esta tríade é vital para o nosso bem-estar.
Apesar de devermos estar em casa o máximo de tempo possível, isso não significa que
tenhamos de ficar sentados horas a fio, a ver TV, navegar nas redes sociais ou a ler!
Ser fisicamente ativo de forma regular é uma ótima forma de ter ou manter a rotina,
normalidade e sanidade nas nossas vidas. Não são apenas os atletas que beneficiam do
exercício físico: todos nós obtemos melhorias notáveis e impactos positivos no nosso
organismo. Não interessa o nível físico atual - o nosso corpo suplica por o usarmos e o
pormos a mexer!
O exercício físico:
Suporta o funcionamento do sistema imunitário, em particular na redução de
inflamação de baixo grau (o tipo de inflamação relacionado com doenças crónicas, saúde
mental e envelhecimento);
Melhora os marcadores celulares de envelhecimento, com impacto nos processos
físicos e mentais;
Beneficia imensamente a saúde mental, humor, ansiedade e sintomas de depressão;
Ajuda a controlar os efeitos do stress (tão importante neste período!);
Melhora o sono e reduz níveis de fadiga.
Contudo, não se trata de uma situação de “quanto mais, melhor”! Para obtenção dos
benefícios e efeitos positivos do exercício devemos ter em consideração diferentes fatores: a
altura do dia, a intensidade, a duração e o tipo de exercício.
Como regra geral, devemos priorizar exercícios mais intensos no período da manhã e
exercícios mais lentos e relaxantes no período da tarde. Deste modo, irão aumentar a
nossa energia durante o dia e, posteriormente, vão induzir o relaxamento e a descontração.
Lembre-se: praticar exercício físico é benéfico, porém tudo o que é demais faz mal, e o
exagero pode acarretar prejuízos.
A melhor forma de percebermos se estamos a fazer bem ou mal é estarmos atentos ao nosso
corpo, especialmente ao sono. Exercício físico intenso ou feito demasiado tarde irá
prejudicar uma boa noite de sono (devido à combinação da produção aguda de marcadores
de inflamação, alterações hormonal e possível desequilíbrio do sistema nervoso
simpático/parassimpático). Os aparelhos de rastreio do sono como o Oura Ring, Whoop Bracelet
ou FitBit podem ser úteis.
Deixo aqui algumas sugestões:
1. Faça um treino de alta intensidade intervalado (HIIT) pela manhã. Sugiro o 7-minute
workout. Se um circuito for muito fácil, repita até três vezes.
2. Caminhe e corra no exterior. Se caminhar e correr na vizinhança ainda for permitido, pode
ser uma opção como exercício matinal (com o benefício extra de respirar ar fresco).
3. Faça do exercício em casa um evento familiar - é garantia de diversão!
4. Yoga e pilates são perfeitos para o fim do dia. As suas caraterísticas – o controlo da
respiração, a consciência da postura corporal – ajudam a relaxar enquanto melhora a força e
flexibilidade, para além de alguns períodos de meditação que permitem. Existem inúmeros
vídeos online que o podem guiar: experimente diferentes estilos de yoga, professores, níveis de
dificuldade e permaneça com aquele de quem mais gostou.
5. Evite a todo o custo exercício físico intenso após as 17h, pois vai ter impacto no seu
sono (monitorize no seu aparelho do sono a sua frequência cardíaca em repouso e a
variabilidade da frequência cardíaca durante a noite, para perceber se influenciou o seu
descanso);
VIII. Distância social não significa isolamento social
Durante este período histórico, foi-nos pedido que ficássemos afastados uns dos outros,
evitando o contacto social, permanecendo o maior tempo possível em casa. Isto é o mais
responsável que podemos fazer, sem qualquer sombra de dúvida.
Como resultado, a vasta maioria de nós teve de se adaptar a um novo modo de viver, no qual
quase não existe contacto físico, uma vez que estamos confinados às quatro paredes da nossa
casa, trancados connosco e com quem habitamos, incapazes de sair e reaver os nossos amigos
e família.
Manter o contacto com os nossos amigos fará com que nos sintamos perto uns dos outros,
reforçando conexões e renovando amizades. Trará alegria, risos e bons momentos, assim
como benefícios extra para a saúde:
Rir ajuda na manutenção da saúde mental e na estabilidade humoral
Interações sociais positivas podem reduzir a inflamação e reforçar respostas antivirais
Piores redes sociais podem ter um impacto negativo na qualidade do sono
Mantenha fortes as suas ligações de amizade, pois são cruciais em momentos como estes:
podem ajudar a dissipar os nossos medos, as nossas limitações e a nossa solidão, melhorando
o nosso bem-estar e, ainda, a sanidade física e mental.
A minha sugestão é utilizar o tempo em casa da melhor forma possível e fortalecer as nossas
redes sociais:
1. Todos os dias contacte três pessoas diferentes, de entre os seus amigos, familiares e
até contactos mais distantes;
2. Reforce contactos antigos. Aproveite para re-estabelecer contacto com quem já não fala
há algum tempo;
3. Agende um encontro virtual semanal com um grupo de amigos através do Skype, Zoom,
WhatsApp ou outra aplicação;
4. Agende um encontro virtual semanal lcomo Pictionary, Catan ou Risk com os seus
amigos;
5. Dê atenção aos seus amigos mais extrovertidos e faladores: podem estar a sofrer mais
com esta situação por se sentirem mais deslocados do que é o seu normal.
Dr Miguel Damas é médico de família e especialista em Medicina Funcional. É o director clínico da Clínica
Cristina Sales - Medicina Funcional, no Porto, Portugal, seguindo o percurso da sua mãe, Dra Cristina Sales, a
madrinha da Medicina Funcional em Portugal.
Sendo apaixonado pela performance física e mental, acredita vivamente que o nosso corpo nunca deve limitar
o que podemos atingir na vida. Acompanha doentes oriundos de mais de 40 países, com particular foco em
autoimunidade, enxaquecas, stress management e otimização de performance.
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