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! organizaciona
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Depois de ler este capítulo, você será capaz de:
1 D e f i n i r c u l t u r a o r g a n i z a c i o n a l e d e s c r e v e r suas p r i n c i p a i s c a r a c t e r í s t i c a s .
2 C o m p a r a r o s e f e i t o s f u n c i o n a i s e d i s f u n c i o n a i s d a c u l t u r a o r g a n i z a c i o n a l s o b r e as p e s s o a s e a
organização.
5 D e m o n s t r a r c o m o se p o d e c r i a r u m a c u l t u r a é t i c a .
7 I d e n t i f i c a r as c a r a c t e r í s t i c a s d e u m a c u l t u r a e s p i r i t u a l i s t a .
Nesse c e n á r i o , a c u l t u r a o r g a n i z a c i o n a l t í p i c a d a s i n s t i t u i -
ções p ú b l i c a s a c a b a p o r se f u n d a m e n t a r e m i d e i a s c o n t r á r i a s à
eficiência e à m e r i t o c r a c i a . A e s t a b i l i d a d e d o s s e r v i d o r e s leva
a um sentimento d e c o m o d i s m o , e o fato d e grande parte das
p r o m o ç õ e s ser d e t e r m i n a d a p e l o s a n o s d e s e r v i ç o m i n a a m o -
500 Comportamento organizacional
t i v a ç ã o d e m u i t o s p r o f i s s i o n a i s p a r a t r a b a l h a r d u r o c o m o o b j e t j v o d e a s c e n d e r A l é m d i s s o , a l e n t i d ã o g e r a d a nos
p r o c e s s o s , m u i t a s v e z e s , p e l a f o r m a l i z a ç ã o e b u r o c r a t i z a ç ã o e x c e s s i v a s ( q u e e x i g e m o c u m p r i m e n t o d e inúmeros
r e g u l a m e n t o s e a d i v u l g a ç ã o d e várias p o r t a r i a s ) cria u m c l i m a d e p a s s i v i d a d e , q u e i n f l u e n c i a d i r e t a m e n t e a cultura
dessas o r g a n i z a ç õ e s . T o d o s o s a s p e c t o s e t r a ç o s a q u i l e v a n t a d o s t a m b é m e r a m c a r a c t e r í s t i c o s d o s ó r g ã o s públicos
e s t a d u a i s d e M i n a s G e r a i s . N o a n o d e 2 0 0 3 , q u a n d o A é c i o N e v e s a s s u m i u o g o v e r n o d o E s t a d o , e n t r e t a n t o , as coisas
c o m e ç a r a m a m u d a r . E m s e u g o v e r n o , A é c i o i n s t i t u i u o ' C h o q u e d e G e s t ã o ' , u m p r o g r a m a d e p o l í t i c a s p ú b l i c a s para
d a r m a i o r e f i c i ê n c i a à g e s t ã o e s t a t a l e m M i n a s G e r a i s . O f u n d a m e n t o b á s i c o d o p r o j e t o e r a r e d u z i r c u s t o s e agilizar
os p r o c e s s o s d a s i n s t i t u i ç õ e s g o v e r n a m e n t a i s . U m a q u e s t ã o f u n d a m e n t a l , n o e n t a n t o , e r a q u e as i d e i a s p o r trás do
' C h o q u e d e G e s t ã o ' s ã o t í p i c a s d e o r g a n i z a ç õ e s p r i v a d a s , i n d o d e e n c o n t r o à t í p i c a c u l t u r a d a g e s t ã o p ú b l i c a mineira.
D i a n t e d i s s o , p a r a o b t e r s u c e s s o , e r a e s s e n c i a l i n c u t i r n o v o s v a l o r e s e c r e n ç a s n a m e n t e d e m u i t o s g e s t o r e s e sen.'i-
d o r e s d a máquina governamental local.
U m a d a s p r i m e i r a s m e d i d a s d o p r o g r a m a d a e q u i p e d e A é c i o f o i a c o n t r a t a ç ã o d e u m a c o n s u l t o r i a p a r a auxiliar o
g o v e r n o a r e f o r m u l a r a a d m i n i s t r a ç ã o n a s o r g a n i z a ç õ e s e s t a t a i s . A m e t a , a l é m d o s o b j e t i v o s p u r a m e n t e orçamentá-
rios, e r a inserir u m a c u l t u r a d e b u s c a e a p r e ç o p o r b o n s r e s u l t a d o s . C o m esse o b j e t i v o , u m a d a s a ç õ e s realizadas pelo
g o v e r n o f o i i n c e n t i v a r a m e r i t o c r a c i a p a r a q u e o s s e r v i d o r e s se e s f o r ç a s s e m m a i s e g a n h a s s e m c o m isso. Dessa forma,
A é c i o i n t r o d u z i u b ó n u s a n u a i s d e a t é u m salário a t r e l a d o s a m e t a s i n d i v i d u a i s e c o l e t i v a s , m o t i v a n d o o s senyldores e
os i n c e n t i v a n d o a c o n t r o l a r s e u s c o l e g a s . A l é m d i s s o , o g o v e r n a d o r c o n t o u c o m o a p o i o d e e m p r e s á r i o s e executivos
d e e m p r e s a s c o m o p e r a ç õ e s e m M i n a s , c o m o a L o c a l i z a , a Fiat e a U s i m i n a s , q u e a p o i a r a m a g e s t ã o d e p r o j e t o s em
áreas d i v e r s a s , c o m o s e g u r a n ç a e e d u c a ç ã o .
E m 2 0 0 7 , o n o v o g o v e r n a d o r d o Rio d e J a n e i r o , S é r g i o C a b r a l F i l h o , t a m b é m r e s o l v e u i m p l a n t a r o ' C h o q u e de
G e s t ã o ' n o E s t a d o . C o m u m g r a n d e e n d i v i d a m e n t o e a l g u m a s o r g a n i z a ç õ e s p ú b l i c a s e x t r e m a m e n t e m a l geridas, o
E s t a d o d o Rio e n c o n t r a v a - s e e m u m a s i t u a ç ã o p e c u l i a r , v i s t o q u e a r r e c a d a v a m u i t o e m f u n ç ã o d o s royalties d o pe-
t r ó l e o , m a s , a i n d a a s s i m , t i n h a g a s t o s s u p e r i o r e s a s u a r e c e i t a . N e s s e c o n t e x t o , S é r g i o C a b r a l d e u i n í c i o a o 'Choque
d e G e s t ã o ' f l u m i n e n s e , c o n t r o l a n d o c u s t o s e b u s c a n d o i n c u t i r a c u l t u r a d e b u s c a p o r r e s u l t a d o s . C o n t a n d o com o
a p o i o d a F u n d a ç ã o G e t ú l i o V a r g a s , u m a r e f e r ê n c i a i n t e r n a c i o n a l e m a d m i n i s t r a ç ã o p ú b l i c a , e d e e m p r e s á r i o s como
J o r g e G e r d a u e O l a v o M o n t e i r o d e Cangalho, a e q u i p e d o g o v e r n a d o r c o n s e g u i u r e v e r t e r o s m a u s resultados dos
anos anteriores.
O p r o b l e m a , n o e n t a n t o , e r a o m e s m o e n f r e n t a d o p o r A é c i o N e v e s e m M i n a s G e r a i s : c o m o m o d i f i c a r a cultura
d a s o r g a n i z a ç õ e s p ú b l i c a s d o Rio d e J a n e i r o ? M a i s u m a v e z , o f o c o f o i i n c e n t i v a r a m e r i t o c r a c i a e a b u s c a d a eficiênda
d o s p r o c e s s o s . N e s s e s e n t i d o , C a b r a l c o n d u z i u u m p r o j e t o d e d e m i s s õ e s n a m á q u i n a p ú b l i c a , c o r t a n d o cerca de três
mil p o s t o s , a l g o i m p e n s á v e l e m u m a c u l t u r a p a t e r n a l i s t a e p a s s i v a , q u e p r o t e g i a o s s e r v i d o r e s a p e s a r d e eles não
d e s e m p e n h a r e m b e m suas t a r e f a s . L o g o a p ó s , o g o v e r n a d o r d e u i n í c i o a o p l a n o d e r e m u n e r a ç ã o v a r i á v e l , fixando,
c o m o no e x e m p l o mineiro, metas d e d e s e m p e n h o a serem alcançadas. I
Organização A
Essa organização é u m a indústria m a n u f a t u r e i r a . Espera-se q u e os gestores d o c u m e n t e m t o d a s as suas decisões. Os 'bons
administradores' são aqueles capazes d e oferecer d a d o s d e t a l h a d o s q u e d ê e m sustentação as suas r e c o m e n d a ç õ e s . As
decisões criativas, q u e incorrem e m m u d a n ç a s significativas o u e m riscos, não são encorajadas. C o m o os responsáveis por
projetos fracassados são criticados a b e r t a m e n t e e p u n i d o s , os gestor es p r o c u r a m n ã o i m p l e m e n t a r ideias q u e se desviem
muito d o status q u o . U m g e r e n t e d e nível hier ár quico mais b a i x o cita u m a expressão f r e q u e n t e m e n t e usada na empresa:
"Se não estiver q u e b r a d o , n ã o t e n t e c o n s e r t a r " .
Existem vários r e g u l a m e n t o s e regras q u e d e v e m ser o b e d e c i d o s pelos funcionár ios. O s chefes supervisionam os
subordinados b e m d e p e r t o , para garantir q u e não haja desvios. O s d i r i g e n t e s estão p r e o c u p a d o s c o m a p r o d u t i v i d a d e ,
i n d e p e n d e n t e m e n t e d o i m p a c t o q u e isso t e n h a sobre o m o r a l d o s f u n c i o n á r i o s o u sobre o índice d e r o t a t i v i d a d e .
As atividades d e t r a b a l h o são planejadas para os i n d i v í d u o s . Existem d e p a r t a m e n t o s distintos e linhas d e a u t o r i d a d e ,
e espera-se q u e os funcionários t e n h a m p o u c o c o n t a t o c o m c o l e g a s q u e ficam fora d e sua área funcional o u linha d e
c o m a n d o . A avaliação d e d e s e m p e n h o e as r e c o m p e n s a s enfatizam o esforço i n d i v i d u a l ; e n t r e t a n t o , a a n t i g u i d a d e na
empresa t e n d e a ser o fator básico na d e t e r m i n a ç ã o d e a u m e n t o s salariais e p r o m o ç õ e s .
Organização B
Essa organização t a m b é m é u m a indústria m a n u f a t u r e i r a . A q u i , c o n t u d o , o s d i r i g e n t e s e s t i m u l a m e r e c o m p e n s a m
a m u d a n ç a e a assunção d e riscos. As decisões baseadas na intuição t ê m o m e s m o valor q u e aquelas consideradas
t o t a l m e n t e racionais. O s d i r i g e n t e s se o r g u l h a m d e sua história d e e x p e r i m e n t a ç ã o d e novas t e c n o l o g i a s e d e seu sucesso
no l a n ç a m e n t o regular d e p r o d u t o s i n o v a d o r e s . Executivos o u funcionários q u e t ê m u m a b o a ideia são encorajados a 'levá-
la a d i a n t e ' . O s fracassos são t r a t a d o s c o m o 'experiências d e a p r e n d i z a g e m ' . A e m p r e s a se o r g u l h a d e ser o r i e n t a d a para o
m e r c a d o e d e r e s p o n d e r r a p i d a m e n t e às m u d a n ç a s nas necessidades d e seus c o n s u m i d o r e s .
Existem poucas regras e r e g u l a m e n t o s a s e r e m s e g u i d o s e a supervisão é livre, pois os executivos a c r e d i t a m q u e seus
funcionários são esforçados e confiáveis. O s d i r i g e n t e s se p r e o c u p a m c o m a alta p r o d u t i v i d a d e , mas a c r e d i t a m q u e ela é
o b t i d a p o r m e i o d o correto t r a t a m e n t o d i s p e n s a d o a seu pessoal. A e m p r e s a se o r g u l h a d e sua r e p u t a ç ã o c o m o u m b o m
lugar para trabalhar.
As atividades d e t r a b a l h o são planejadas e m t o r n o d e g r u p o s e seus m e m b r o s são e s t i m u l a d o s a interagir c o m pessoas
e m outras funções e e m níveis d e a u t o r i d a d e diferentes. O s f u n c i o n á r i o s falam p o s i t i v a m e n t e sobre a c o m p e t i ç ã o saudável
entre as e q u i p e s . As pessoas e as e q u i p e s p o s s u e m suas m e t a s e o s b ó n u s são b a s e a d o s na realização desses resultados.
Os funcionários d e s f r u t a m d e considerável a u t o n o m i a para escolher a maneira d e atingir seus o b j e t i v o s .
A
cultura não é apenas u m a manifestação d e u m a d i r e ç ã o e i n t e n ç ã o e s t r a t é g i c a clara e o b j e t i v a , possuir
organização, mas t a m b é m d e u m a nação o u gru- u m a visão forte e reconhecível. N o entanto, embora
p o d e nações. Dessa f o r m a , u m a q u e s t ã o q u e as houvesse semelhanças a o se c o m p a r a r e m regiões com
multinacionais enfrentam é: d e v e m procurar estabelecer r e l a ç ã o a c u l t u r a o r g a n i z a c i o n a l e e f i c á c i a , e x i s t i a m dife-
u m a única c u l t u r a o r g a n i z a c i o n a ! f o r t e o u a d o t a r d i f e - r e n ç a s q u a n d o o s p e s q u i s a d o r e s c o m p a r a v a m o s países
rentes práticas culturais e m cada pais o n d e a t u a m ? A s i n d i v i d u a l m e n t e . U m a c u l t u r a o r g a n i z a c i o n a l q u e enfa-
evidências sugerem q u e a melhor soiuçao é desenvolver t i z a a a u t o n o m i a , p o r e x e m p l o , p a r e c e ser c o n s i d e r a d a
uma cultura organizacional única, a o m e s m o t e m p o q u e mais i m p o r t a n t e e m países c o m o os Estados Unidos e
p e r m i t e m às e q u i p e s l o c a i s t r a b a l h a r e m d e u m a f o r m a o Brasil e m e n o s i m p o r t a n t e e m p a í s e s c o m o o J a p ã o ,
consistente c o m a cultural local. pois os dois primeiros países f o c a m os indivíduos. Além
Em u m e s t u d o c o m 2 3 0 organizações d e d i f e r e n t e s d o m a i s , o f o c o n a c r i a ç ã o d e m u d a n ç a s i n t e r n a s na
a o a u m e n t o d a e f i c á c i a nelas. O e s t u d o c o n c l u i u q u e N o g e r a l , o e s t u d o c o n f i r m a q u e t e r u m a c u l t u r a orga-
os aspectos fortes e positivos d a cultura organizacional n i z a c i o n a ! f o r t e e p r o d u t i v a está a s s o c i a d o a o crescimen-
considerados mais i m p o r t a n t e s para o sucesso, e m t o - t o d a s v e n d a s , à l u c r a t i v i d a d e , à satisfação d o funcionário
d a s as r e g i õ e s , g e r a l m e n t e i n c l u í a m : d a r a u t o n o m i a a o s e ao d e s e m p e n h o organizacional geral, independente-
funcionários, privilegiar o trabalho e m e q u i p e , t e r u m a m e n t e d e o n d e a o r g a n i z a ç ã o está l o c a l i z a d a .
Fonte: Baseado em D. R. Denison, S. Haaland e P Goelzer, "Corporate Culture and Organizational Effectiveness: Is Asia Different from the Rest
ofthe World?", Organ/^at/onal Dynsm/cs, p. 98-109, fev. 2004.
Funções da cultura
A c u l t u r a d e s e m p e n l i a diversas f u n ç õ e s e m u m a o r g a n i z a ç ã o . E m p r i m e i r o lugar,
a c u l t u r a t e m o p a p e l de d e f i n i d o r a de fronteiras, o u seja: ela c r i a d i s t i n ç õ e s entre uma
o r g a n i z a ç ã o e as outras. Segundo, ela p r o p o r c i o n a u m sentido de i d e n t i d a d e aos mem-
bros d a o r g a n i z a ç ã o . T e r c e i r o , facilita o c o m p r o m e t i m e n t o c o m algo m a i o r do que os
interesses i n d i v i d u a i s dc cada u m . Q u a r t o , ela e s t i m u l a a estabilidade d o sistema social.
A c u l t u r a c a argamassa social que ajuda a m a n t e r a o r g a n i z a ç ã o coesa, fornecendo o.s
p a d r õ e s adec|uados p a r a a q u i l o que os f i m c i o n á r i o s d e \ c m fazer o u d i z e r Finalmente,
ela s c n c c o m o s i n a l i z a d o r de sentido e m e c a n i s m o de c o n t r o l e que o r i e n t a e d á forma
à s atitudes e c o m p o r t a m e n t o dos f u n c i o n á r i o s . E essa ú l t i m a f u n ç ã o cpie nos interessa
p a r t i c u l a r m e n t e . ' ' A c u l t u r a define as regras d o jogo.
A c u l t u r a é, p o r d e f i n i ç ã o , sutil, i n t a n g í v e l , i m p l í c i t a e sempre presente. Mas toda
o r g a n i z a ç ã o desen\-ol\-e u m c o n j u n t o b á s i c o de premissas, c o m i c ç õ e s e regras implícitas
que g o v e r n a m o c o m p o r t a m e n t o no d i a a d i a d o trabalho... A t é que os recém-chegados
a p r e n d a m as regras, eles n ã o .são considerados m e m b r o s plenos da o r g a n i z a ç ã o . As trans-
g r e s s õ e s cometidas p o r altos exccutÍ\-os o u f u n c i o n á r i o s da l i n h a de frente s à o desapro\adas
de m a n e i r a u n â n i m e e se\"eramente punidas. A c o n f o r m i d a d e à s regras torna-se a hase
f u n d a m e n t a l para a recompensa e a m o b i l i d a d e ascendente."'
Capítulo 16 Cultura organizacional 505
i
506 Comportamento organizacional
Q
u a n d o se a n u n c i o u q u e o b a n c o e s p a n h o l S a n - C o m o se p o d e p e r c e b e r , as c u l t u r a s d o s d o i s b a n -
t a n d e r havia c o m p r a d o o B a n c o Real, e m o u - cos eram muito diferentes, fator q u e poderia gerar
tubro d e 2007, qualquer pessoa q u e conhecia g r a n d e s p r o b l e m a s nesse p r o c e s s o d e fusão. O s f u n -
u m p o u c o d a s o p e r a ç õ e s d a s d u a s i n s t i t u i ç õ e s n o Brasil cionários das duas empresas n ã o c o m p a r t i l h a v a m os
ficou bastante surpresa. Afinal d e contas, aquela não m e s m o s valores e significados, algo q u e poderia oca-
era u m a o p e r a ç ã o q u e acontecia t o d o s os dias. C o m sionar m u i t o s c o n f l i t o s e r u í d o s na c o m u n i c a ç ã o inter-
a f u s ã o , nascia o t e r c e i r o m a i o r b a n c o d o p a í s n a é p o - n a . C o m o r e s o l v e r isso?
ca — atrás a p e n a s d o B a n c o d o Brasil e d o B r a d e s c o O Santander, d e m o n s t r a n d o sua s e d e p e l o cresci-
e, a t u a l m e n t e , atrás t a m b é m d o Itaú U n i b a n c o , o n o v o m e n t o , j á h a v i a c o m p r a d o m u i t o s o u t r o s b a n c o s a o re-
líder d o ranking. A l é m disso, a c o m p l e x i d a d e da tarefa d o r d o m u n d o . N e s s e s p r o c e s s o s , sua e s t r a t é g i a s e m p r e
d e u n i r as o p e r a ç õ e s d o S a n t a n d e r e Real n o Brasil t a m - foi a d e 'aculturação total e f o r ç a d a ' , c o m os funcioná-
b é m impressionou os especialistas. A l é m d e sistemas rios d a o r g a n i z a ç ã o c o m p r a d a d e v e n d o se a d a p t a r r a -
e m é t o d o s d e t r a b a l h o d i s t i n t o s , as d u a s o r g a n i z a ç õ e s p i d a m e n t e à c u l t u r a S a n t a n d e r . Isso j á h a v i a a c o n t e c i d o
t i n h a m o u t r o p o n t o d e e x t r e m a d i v e r g ê n c i a (e q u e p o - e m 2 0 0 0 , q u a n d o o g i g a n t e espanhol c o m p r o u o Ba-
deria gerar mais p r o b l e m a s d o q u e q u a l q u e r software n e s p a ( B a n c o d o E s t a d o d e S ã o Paulo}. N e s s e c e n á r i o ,
o u processo operacional}: culturas organizacionais m u i - g e s t o r e s e f u n c i o n á r i o s d o Real t e m i a m p e l o pior.
t o diferentes.
Os executivos d a instituição adquirente, no entanto,
O B a n c o Real havia se d e s t a c a d o n o Brasil p o r s u a s a b i a m q u e essa e s t r a t é g i a n ã o seria f r u t í f e r a n e s s e c a s o
p o l í t i c a d e t e n t a r se d i s t i n g u i r d a s d e m a i s instituições especifico. As diferenças culturais e r a m t ã o grandes q u e
d o mercado. Empunhando a bandeira da sustentabilida- u m p r o c e s s o d e a c u l t u r a ç ã o t o t a l p o d e r i a ser t r á g i c o .
d e e da defesa d o m e i o a m b i e n t e , a o r g a n i z a ç ã o levava A matriz espanhola resolveu adotar u m a tática diferen-
a sério esse valor, q u e t a m b é m e r a p a s s a d o a t o d o s o s te: aproveitar o melhor das duas organizações. Assim, o
funcionários p o r m e i o d e u m a cultura q u e prega o d e - p r e s i d e n t e d o B a n c o Real, F á b i o B a r b o s a , f o i n o m e a d o
senvolvimento sustentável, o c o m b a t e ao d e s p e r d í c i o e o p r i n c i p a l e x e c u t i v o d o S a n t a n d e r n o Brasil e e s c o l h e u
u m b o m relacionamento entre os trabalhadores, conse- Lilian G u i m a r ã e s p a r a s e r a r e s p o n s á v e l p o r c o m a n d a r o
g u i d o p o r m e i o d e u m a a d m i n i s t r a ç ã o f o c a d a nas p e s - processo d e união cultura!.
soas e m a i s i n f o r m a l . D o i s o u t r o s p o n t o s i m p o r t a n t e s d a
C o m essa m i s s ã o , a e x e c u t i v a d e u i n í c i o a u m l o n g o
c u l t u r a d o b a n c o são o f o c o n o s c l i e n t e s e o d i n a m i s m o
processo d e 'fusão cultural'. S e m p r e t e n d o e m m e n t e
nas p r á t i c a s i n t e r n a s .
a i m p o r t â n c i a d e u m a c o m u n i c a ç ã o t r a n s p a r e n t e , Lilian
O S a n t a n d e r , p o r sua v e z , havia se d e s t a c a d o e m d e t e r m i n o u a realização d e seminários e t r e i n a m e n t o s .
t o d o o m u n d o p o r sua cultura agressiva e f o c a d a e m r e s u l - A ideia era criar e transmitir u m a cultura n o v a , f o c a d a n o
t a d o s . N o Brasil, isso n ã o e r a d i f e r e n t e , e u m d o s p r i n - d e s e n v o l v i m e n t o d e e q u i p e s e d e líderes eficazes. A l é m
c i p a i s v a l o r e s d o b a n c o e r a a c r e n ç a d e q u e se d e v e disso, desejoU"Se a p r o v e i t a r os ideais d e sustentabilida-
s e m p r e c r e s c e r e se e x p a n d i r Para c o n s e g u i r o s b o n s d e d o Real e d e i n o v a ç ã o d o S a n t a n d e r .
resultados, a gestão da empresa p r e g a a centralização
Obviamente, houve algumas resistências, mas o
administrativa e o controle a c e n t u a d o das tarefas, o b j e -
p r o c e s s o g e r o u r e s u l t a d o s p o s i t i v o s . A m a r c a Real e s -
t i v a n d o s e m p r e ' d e t e r as r é d e a s ' d o q u e o c o r r e n a o r -
tava prevista para desaparecer no s e g u n d o semestre
g a n i z a ç ã o . O u t r o p o n t o c a r a c t e r í s t i c o d e sua c u l t u r a é
d e 2 0 1 0 , m a s os valores d o b a n c o continuariam existin-
o formalismo das práticas e relacionamentos internos,
d o na nova cultura organizacional surgida d a fusão das
visto c o m o u m e x e m p l o d e s e r i e d a d e p a r a o s g e s t o r e s
duas instituições.
da instituição financeira.
Fontes: Baseado orn Giuliana Napolitano e Cristiane Mano, " O homem forte do Santander", Revista Exame, ed. 936, 5 fev. 2009; "Fabio Barbosa
deve assumir Santander no Brasil", Portsl Exame. Disponível em: <v,".v.v.port3lexamí,abril,com,br/ae/negocio/m0152788.html>. Acesso em; 13
maio 2010; e Murilo Ohl, "Roa! o Santander juntos". Revista Você S/A, ed. 135, 9set- 20-09,
Figura 1 6 . 1 U m m o d e l o d e socialização
Produtividade
Rotatividade
MITO OU CIÊNCIA?
E
ssa a f i r m a ç ã o t e m u m g r a u e l e v a d o d e v e r a c i d a - O s indivíduos c o m personalidade proativa t a m b é m
d e . A p e s a r d e n o r m a l m e n t e p e n s a r m o s na socia- s ã o m e l h o r e s e m a u m e n t a r sua r e d e d e r e l a c i o n a m e n t o s
lização c o m o u m p r o c e s s o n o q u a l u m a p e s s o a e se a d a p t a m m e l h o r à c u l t u r a d a s o r g a n i z a ç õ e s — re-
é moldada pelo ambiente — e, d e f a t o , esse é o f o c o s u m i n d o , eles c o n s t r o e m o p r ó p r i o ' c a p i t a l s o c i a l ' . S e n -
mais i m p o r t a n t e na p e s q u i s a s o b r e s o c i a l i z a ç ã o — , e s - d o mais e f e t i v a m e n t e s o c i a l i z a d o s na o r g a n i z a ç ã o , eles
t ã o a u m e n t a n d o as e v i d ê n c i a s d e q u e m u i t a s p e s s o a s se t e n d e m a g o s t a r m a i s d e suas t a r e f a s , d e s e m p e n h a m - n a s
s o c i a l i z a m ( f a z e m u m e s f o r ç o p a r a se inserir n o s g r u p o s ) m e l h o r e m o s t r a m m e n o r p r o p e n s ã o a sair d a e m p r e s a .
o u , p e l o m e n o s , m o l d a m e s s e n c i a l m e n t e suas e x p e r i ê n - A s p e s s o a s p r o a t i v a s , a o q u e p a r e c e , f a z e m m u i t o p a r a se
cias d e s o c i a l i z a ç ã o . socializarem d e n t r o d a cultura d e u m a organização.
F i g u r a 1 6 . 2 C o m o s e f o r m a m as culturas organizacionais
Dirigentes
Filosofia dos
Critérios Cultura
fundadores da • — ^
\
de seleção organizacional
organização
Socialização
Capítulo 16 Cultura organizaciona! 513
Histórias
Q i i a n d o H e n r y Ford I I estava na p r e s i d ê n c i a da Ford, era praticamente impossí\'el
encontrar u m gerente que n à o liouvesse escutado a iiistória soi)re o que ele dizia para seus
subordinados, q u a n d o estes ficavam m u i t o arrogantes: " É o meu nome que e s t á n o p r é d i o " .
A mensagem era bastante clara: Henr\ Ford I I comanda\-a a enijiresa.
A N i k e tem alguns execuli\'os que passam boa i>arte de seu tempo contando histórias
da empresa. E elas pretendem passar a mensagem sobre o c|Lie é a N i k e . ' ' Q i i a n d o eles
c o n t a m a h i s t ó r i a sobre c o m o u m dos hmdadores da empresa, o treinador de atletismo
Bill B o w e r m a n , foi a t é sua oficina e colocou borracha na m á q u i n a dc fazer waftles de sua
m u l h e r para conseguir u m sapato mais ajiropriado para corridas, eles estão falando do
espírito de i n o \ ' a ç ã o da N i k e . Q u a n d o os no\"atos escutam as histórias de Ste\'e Prefontaine,
adeta c a r i s m á t i c o que lutou j x i r a fazer da c o r r i d a i n n esporte profissional e p o r melhí)res
equipamentos, eles e s t ã o aprendendo sobre o c o m p r o m e t i m e n t o da N i k e e m auxiliar os
atletas. H i s t ó r i a s desse tipo c i r c u l a m e m di\'ersas o r g a n i z a ç õ e s . Elas geralmente se referem
a e\'enios ocorridos c o m fundadores de empresas, quebras de regras, sucessos estrondosos,
r e d u ç õ e s de força de trabalho, r e c o l o c a ç õ e s de f u n c i o n á r i o s , r c a ç õ e s a antigos erros e as
e s t r a t é g i a s organizacionais."' Essas narraii\'as v i n c u l a m o presente ao passado e oferecem
e x p l i c a ç ã o e legitimidade para as p r á t i c a s \*igentes.
Rituais
Rituais Os r i t u a i s s ã o s e q u ê n c i a s repetiti\'as de atividades que expressam e r e f o r ç a m os va-
Sequências repetitivas lores finidamentais da o r g a n i z a ç ã o : quais objetivos .são os mais importantes, que pessoas .são
ds atividades que
expressam e reforçam os
importantes e quais s à o d i s p e n s á v e i s . ' ' U m ritual típico da cornrtora P a t r i m ó v c l , empresa
valores fundamentais da r e s p o n s á v e l p o r grande parte das \s do mercado i m o b i l i á r i o do R i o dc Janeiro, s ã o os
ciganização. discursos e o grito de guerra puxados p o r R u b e m \'asconcelos, presidente da empresa. D u -
rante as c e r i m ó n i a s festivas ]>ara os corretores, Vasconcelos c o m a n d a u m verdadeiro show
de a u d i t ó r i o : chama corretores ao palco, faz pergunta.s, entrega p r é m i o s e puxa o grito de
guerra da empresa. A o entoar " A t a q u e m o investidor, v o c ê s v ã o ver o dinheiro brotar!", o
execuli\"o pretende m o t i v a r seus corretores e lhes passar a c u l t u r a comercial agressiva da
empresa."' Rituais semelhantes .são utilizados pela G o l , p o r outras corretoras i m o b i l i á r i a s
e p o r diversas redes varejistas, c o m o o M a g a z i n e L u i z a , as Casas Bahia, a R i c a r d o Eletro-
-Insinuante e o \ \ ' a l m a r i .
Símbolos materiais
Os f u n c i o n á r i o s das empresas de coleta de lixo de v á r i a s cidades brasileiras utilizam
uniformes que servem c o m o s í m b o l o s para a cultura da empresa. Os lixeiros da L i m p u r b ,
Linguagem
M u i t a s o r g a n i z a ç õ e s e unidades dentro delas utiHzam a linguagem para ajudar o.s
membros a identificar sua c u l t u r a , demonstrar que a aceitam e ajudar a p r e s e i v á - l a .
Nas empresas de telefonia celular, c o m o a V i v o , a T i m , a O i e a C l a r o , os funcionárioi
usam u m j a r g ã o p r ó p r i o que i n c l u i termos específicos desse mercado, c o m o cimrn (clientes
que a b a n d o n a m a empresa), ' p o r t a r ' (ato de transferir o n ú m e r o de u m a operadora para a
outra, derivado de 'portabilidade') e diversos nomes de aparelhos celulares.
O que é espiritualidade?
A e s p i r i t u a l i d a d e no a m b i e n t e de t r a b a l h o n a d a t e m a ver c o m p r á t i c a s r e l i g i o -
Espiritualidade no sas. T a m b é m n ã o é algo m í s t i c o o u no d o m í n i o da teologia. A e s p i r i t u a l i d a d e n o
ambiente de t r a b a l h o a m b i e n t e d e t r a b a l h o apenas reconhece que as pessoas possuem i m i a c o n s c i ê n c i a
Reconhecimento de que
e s p i r i t u a l , c[ue n u t r e e que é n u t r i d a p o r u m t r a b a l l i o significativo, r e a l i z a d o d e n t r o d o
=3 pessoas possuem
•.ima vida interior, que c o n t e x t o dc u m a comunidade.'"" As o r g a n i z a ç õ e s que p r o m o v e m u m a c u l t u r a espiri-
iimenta um trabalho t u a l r e c o n h e c e m que as pessoas possuem m e n t e e e s p í r i t o , que elas buscam sentido e
cem significado e é p r o p ó s i t o n o t r a b a l h o que r e a l i z a m e p r o c u r a m se conectar c o m outros seres h u m a n o s ,
dVientada por ele,
fazendo p a r l e de u m a c o m u n i d a d e . M u i t o s dos t ó p i c o s que d i s c u t i m o s — desde o de-
r.o contexto de uma
comunidade. senho de cargo (projetar tarefas que t r a g a m sentido p a r a os f u n c i o n á r i o s ) à l i d e r a n ç a
t r a n s f o r m a c i o n a l ( p r á t i c a s de l i d e r a n ç a que enfatizem u m p r o p ó s i t o e objetivos que
t r a n c e n d e m a si mesmos) — c a b e m b e m n o c o n c e i t o de e s p i r i t u a l i d a d e o r g a n i z a c i o n a l .
Q u a n d o u m a empresa enfatiza seu c o m p r o m i s s o de p a g a r aos fornecedores de T e r c e i r o
M u n d o u m p r e ç o j u s t o (acima d o m e r c a d o ) pelo c a f é que c o m p r a , c o m o o b j e t i v o dc
a u x i l i a r o d e s e n v o l v i m e n t o da c o m u n i d a d e — c o m o fez a rede Starbucks — , o u incen-
tiva os f u n c i o n á r i o s a c o m p a r t i l h a r o r a ç õ e s e mensagens de i n s p i r a ç ã o p o r e-mail — c o m o
fez a Interstate Batteries — e s t á i n c e n t i v a n d o u m a c u l t u r a mais espiritual.'"'
518 Comportamento organizacional
C o m o uma contrapartida para as pressões e o estresse d e u m ritmo d e vida a g i t a d o . O s estilos d e vida contemporâneos —
c o m pais e mães solteiros, m o b i l i d a d e g e o g r á f i c a , natureza t e m p o r á r i a d o t r a b a l h o , novas t e c n o l o g i a s q u e distanciam
as pessoas — a c e n t u a m a falta q u e muitas pessoas s e n t e m d e laços c o m u n i t á r i o s e a u m e n t a m a necessidade d e
envolvimento e conexão.
As religiões instituídas não d ã o c o n t a das n e c e s s i d a d e s d e muitas pessoas, q u e c o n t i n u a m b u s c a n d o outras referências
para substituir a falta d e u m a crença e para p r e e n c h e r o crescente vazio q u e s e n t e m .
As d e m a n d a s d a profissão t r a n s f o r m a r a m a a t i v i d a d e profissional e m u m a s p e c t o d o m i n a n t e d a vida d a s pessoas, que
ainda q u e s t i o n a m o s e n t i d o d e seu t r a b a l h o .
O desejo d e integrar os valores pessoais c o m os valores profissionais.
Um n ú m e r o crescente d e pessoas está d e s c o b r i n d o q u e a busca d e mais aquisições materiais não lhes traz satisfação.
Capítulo 16 Cultura organizacional 519
ENQUETE COMPORTAMENTAL
Algo no meio-termo,
Religiosa, 1 0 % 58%
Fonte: Baseado cm Roligion and Corporate Cultura (pesquisa de 2CK}3 com 543 profissionais de recursos fiumanos). Alexandria, VA: Socielyfcr
Human Resourcc Managemtínt.
Dmplícações globais
N o C a p í t u l o 5, consideramos os valores culturais globais (coletivismo-individualismo,
d i s t â n c i a do poder, e assim p o r diante). A q u i , nosso foco é u m p o u c o mais estreito: como a
cultura organizacional é afetada pelo contexto global? As culturas organizacionais são tào
poderosas que frequentemente transcendem as fronteiras nacionais. M a s isso n ã o significa
que as o r g a n i z a ç õ e s devem, ou p o d e m , ser ignorantes a respeito da cultura local.
As culturas orcranizacionais muitas vezes refietem a c u l t u r a nacional. A cultura da
/MrAsia, empresa a é r e a da Alalásia, enfatiza a a d o ç ã o de vestimenta informal para que
n ã o se c r i e m d i f e r e n ç a s de slaliis. N a empresa a é r e a h á muitas festas, a d m i n i s t r a ç ã o partici-
pativa e n ã o h á escritórios privados, refletindo a c u l t u r a relativamente coletivista do país,
A G o l seria u m caso parecido c o m ela. N o entanto, a cultura da U S Airways e da antiga
Capítulo 16 Cuitura organizacional 521
Forço
Fatores ofajelivos intensa
• Inovoçõo e asíunçua
da riscos
• Atenção aos dolcilhos Percebidos Desempenho
• Orienlaçõo poro os resultados como Cultura
" Orienlaçõo poro os pessoas organizacional
• Orienlaçõo poro os equipes Satisfação
• Agressividade
• Estabilidade Fraca
Ponto Contraponto
U M
m a cultura organizacionaí é f o r m a d a p o r caracte- odificar a cultura d e u m a organização é extre-
rísticas r e l a t i v a m e n t e e s t á v e i s . Ela se d e s e n v o l v e mamente d i f í c i l , m a s as c u l t u r a s p o d e m ser
a o l o n g o d e m u i t o s a n o s e t e m suas raízes e m modificadas. As evidências sugerem que as
valores p r o f u n d a m e n t e arraigados, c o m os quais os f u n - m u d a n ç a s são mais prováveis q u a n d o existem t o d a s ou
cionários s e n t e m u m forte c o m p r o m e t i m e n t o . A l é m dis- a maior parte das seguintes situações:
so, há d i v e r s a s f o r ç a s q u e o p e r a m c o n t i n u a m e n t e p a r a U m a crise séria. U m c h o q u e q u e desestabilize o
m a n t e r essa c u l t u r a . Elas p o d e m i n c l u i r d e c l a r a ç õ e s es- status quo e exija o q u e s t i o n a m e n t o d a r e l e v â n c i a d a
critas s o b r e a m i s s ã o e a f i l o s o f i a d a e m p r e s a , o p r o j e t o c u l t u r a v i g e n t e . E x e m p l o s d e s s e t i p o d e crise são a
físico d o s e d i f í c i o s e i n s t a l a ç õ e s , o e s t i l o d e liderança ocorrência de u m e n o r m e prejuízo financeiro, a perda
d o m i n a n t e , o s c r i t é r i o s d e c o n t r a t a ç ã o d e p e s s o a l , as d e u m d o s p r i n c i p a i s c l i e n t e s o u u m salto t e c n o l ó g i c o
práticas d e p r o m o ç õ e s a n t e r i o r m e n t e u s a d a s , o s rituais, i m p o r t a n t e realizado p o r u m concorrente.
as histórias p o p u l a r e s s o b r e p e s s o a s e e v e n t o s , o s c r i t é -
Troca d e liderança. Uma nova liderança, q u e p r o p o -
rios t r a d i c i o n a i s d e a v a l i a ç ã o d e d e s e m p e n h o e a e s t r u -
n h a u m n o v o e s q u e m a d e v a l o r e s , p o d e ser p e r c e b i d a
tura formal da organização.
c o m o m a i s c a p a z d e r e s p o n d e r à crise { c o m o quando
As políticas d e seleção e p r o m o ç ã o são i n s t r u m e n t o s C l á u d i o G a l e a z z i s u b s t i t u i u C á s s i o C a s s e b n o Pão d e
p a r t i c u l a r m e n t e i m p o r t a n t e s q u e a t u a m c o n t r a as m u - Açúcar).
danças culturais. O s funcionários e s c o l h e m a organiza- O r g a n i z a ç õ e s j o v e n s e p e q u e n a s . Q u a n t o mais j o -
ç ã o p o r s e n t i r q u e seus v a l o r e s v ã o se a d e q u a r a e l a . v e m a o r g a n i z a ç ã o , m e n o s e n r a i z a d a será sua c u l t u r a .
Eles se s e n t e m c o n f o r t á v e i s c o m esses v a l o r e s e resisti- D a m e s m a f o r m a , é m a i s fácil c o m u n i c a r n o v o s v a l o r e s
rão f o r t e m e n t e a o s e s f o r ç o s p a r a r o m p e r esse e q u i l í b r i o . quando a empresa é pequena.
Os que c o m a n d a m organizações t a m b é m vão escolher
C u l t u r a f r a c a . Q u a n t o mais c o m p a r t i l h a d a u m a cul-
executivos que preservem a cultura vigente. Empresas
tura e q u a n t o m a i o r a c o n c o r d â n c i a entre os m e m b r o s
c o m o a E l e t r o b r á s , a V o l k s w a g e n e o s C o r r e i o s , q u e his-
c o m r e l a ç ã o a seus v a l o r e s , m a i s difícil será m o d i f i c á - l a .
toricamente sempre atraíram indivíduos que buscavam
E m c o n s e q u ê n c i a , as c u l t u r a s m a i s f r a c a s p o d e m ser
situações estáveis e a l t a m e n t e estruturadas, atestam a
m u d a d a s m a i s f a c i l m e n t e q u e as m a i s f o r t e s .
dificuldade de r e m o d e l a r a cultura organizacional. Mes-
Se essas c o n d i ç õ e s e x i s t i r e m , as s e g u i n t e s a ç õ e s g e -
m o as t e n t a t i v a s d e t r a z e r a l t o s e x e c u t i v o s d e f o r a d a
r e n c i a i s p o d e r ã o c o n d u z i r a u m a m u d a n ç a : iniciar h i s t ó -
o r g a n i z a ç ã o t ê m p o u c a s c h a n c e s d e ser e f i c a z e s . É m a i s
rias e rituais n o v o s ; s e l e c i o n a r e p r o m o v e r f u n c i o n á r i o s
p r o v á v e l q u e a c u l t u r a m o d i f i q u e esse e x e c u t i v o , e n ã o
q u e c o m u n g a m c o m os n o v o s valores; m u d a r o sistema
o contrário.
d e r e c o m p e n s a s para refletir os n o v o s valores; d e s m o b i -
N ã o estamos d i z e n d o q u e a cultura organizacional lizar as s u b c u l t u r a s v i g e n t e s p o r m e i o d e t r a n s f e r ê n c i a s ,
j a m a i s p o d e ser m o d i f i c a d a . N o r m a l m e n t e , q u a n d o a rodízio d e funções ou até demissões. '4|^
o r g a n i z a ç ã o e n f r e n t a u m a crise d e s o b r e v i v ê n c i a , seus
M e s m o s o b as m e l h o r e s c o n d i ç õ e s , essas a ç õ e s n ã o
m e m b r o s reagem de maneira positiva a u m a mudança
r e s u l t a r ã o e m m u d a n ç a s i m e d i a t a s na c u l t u r a o r g a n i z a -
cultural. C o n t u d o , dificilmente a l g o m e n o s grave que
cional. Em última análise, a m u d a n ç a cultural é u m pro-
u m a crise será c a p a z d e p r o v o c a r , d e f a t o , u m a m u d a n -
cesso l o n g o — q u e se m e d e e m a n o s , e n ã o e m m e s e s .
ça c u l t u r a l .
M a s as c u l t u r a s p o d e m ser m u d a d a s . O s u c e s s o o b t i d o
p o r novas lideranças e m transformar a cultura e m e m -
p r e s a s c o m o a V a l e , a P e t r o b r a s e a 0 i a t e s t a essa afir-
mação.
V
524 Comportamento organizacional
1. o que c cultura organizacional c quais são suas p r i n c i - 4. C o m o a cultura é transmitida aos funcionários?
pais características? 5. C o m o se pode criar uma cultura étíca?
2. Quais são os efeitos funcionais e disfuncionais da cultura 6. O que é uma cultura organizacional positiva?
or<ranizacional? 7 . Quais s ã o as c a r a c t e r í s t i c a s de u m a cultura espiritual?
3. Quais fatores criam e sustentam a cultura de uma orga- 8. D e que maneira a cultura nacional afcta como a cultura
nização? organizacional é le\'ada para um país diferente?
Exercício em grupo
Classifique a c u l t u r a d e sua classe
Listamos aqui 14 a f i r m a ç õ e s . U t i l i z a n d o uma escala de cinco graus (que vai de 'concordo totalmente' até 'discordo
totalmente'), d ê sua a\'aliação para cada a f i r m a ç ã o circulando o n ú m e r o que melhor representa sua o p i n i ã o :
Concordo Discordo
Concordo Neutro Discordo
totalmente totalmente
1 . Sinto-me à v o n t a d e para q u e s t i o n a r a f i r m a ç õ e s 2 3 4
5
feitas p o r m e u professor.
2. M e u professor p u n e s e v e r a m e n t e q u a n d o os
5
deveres n ã o são e n t r e g u e s n o prazo.
5. Boa p a r t e d a m i n h a avaliação d e p e n d e d e q u a n t o
5
eu t r a b a l h o b e m c o m meus c o l e g a s .
6. F r e q u e n t e m e n t e , s i n t o - m e n e r v o s o e t e n s o
5
q u a n d o c h e g o para a aula.
9. M e u professor t e m p o u c a t o l e r â n c i a ãs ideias 5
superficiais.
12. M e u professor d e s a p r o v a c o l e g a s q u e a j u d a m 5
Calcule sua p o n i u a ç ã o Lotai somando os n ú m e r o s pontos indica uma cultura mais aberta do que u m re-
que \ o c ê circulou. Ela ficará entre 14 e 70 pontos. sultado de 50 pontos. Lcmbre-se de que uma cultura
U m a p o n t u a ç ã o alta (com 49 ou mais pontos) de- n à o é melhor do que a outra. A cultura 'certa' vai de-
screve uma cultura aberta, que estimula os riscos, é pender de você e de quais s à o suas preferências com
apoiadora, humanista, orientada para a equipe, de r e l a ç ã o ao ambiente de aprendizagem.
fácil convivência e voltada para o crescimento. U m a Formem equipes de cinco a sete memliros cada uma.
p o n t u a ç ã o baixa (com 35 ou menos pontos) indica uma Comparem as p o n t u a ç õ e s . Elas são parecidas? Discutam e
cultura fechada, estruturada, orientada para a tarefa, resolvam as discrepâncias. C o m base na análise de sua
individualista, tensa e voltada para a estabilidade. As equipe, que tipo de estudante deverá ter melhor desem-
diferenças na p o n t u a ç ã o contam. U m resultado dc 60 penho na classe?
Dilema ético
Estudo de caso 1
Tão diferentes quanto um chope claro e um Controlada por ex-banqueiros, a AmBev, originada da
escuro fusão entre a Brahma e a A n t á r c t i c a , tem uma cultura bas-
tante forte. A agressividade comercial e a meritocracia fa-
Quando a cen.'ejaria belga Interbrcw comprou a brasi- zem que o clima interno seja de grande competifivídade,
leira AmBev, em m a r ç o de 2004, esperava-se mais u m típico uma vez que a parcela de r e m u n e r a ç ã o variável é bastante
dioquc cultural, em que os valores e crenças da empresa superior à m é d í a do mercado mundial. N a empresa, focam-
adquirente invadem a cultura da adquirida. Nesse caso, en- se a eficiência c o bom desempenho. /Vlém disso, a informali-
tretanto, parece que Davi 'engoliu' Golias. N a verdade, n à o dade é vista como regra, o que pode ser percebido tanto nas
se tratava exatamente de u m confronto entre ' D a \ e Golias' roupas simples quanto na c o m u n i c a ç ã o dos luncionários e
(os acionistas da /VmBev ficaram com 25 por cento do ca- execuli\'os. Para se ter uma ideia, na linguagem coloquial da
pital da nova organização): estava mais para uma disputa AmBev, é comum o uso de palavrões.
entre u m briguento Pit Buli c u m pacífico S ã o Bernardo. A Interbrew, por sua vez, era uma empresa controlada
Xcsse cenário, ocorreu o que se classifica como u m raxrsc por tradicionais famílias aristocráticas belgas. Em função
ínkover no j a r g ã o empresarial: foi a cultura agressiva e foca- disso, valores como a estabilidade e o respeito à hierarcjuia
da em resultados da AmBev que prevaleceu no choque entre estavam fortemente arraigados na cultura da empresa. Ade-
os valores das duas companhias. mais, a formalidade, tanto nas \'esfimentas quanto na comu-
526 Comportamento organizacional
nicação interna, era u m traço earacterístieo da cer\'ejaria panhias, como ficou claro nas uegíjciações entre o sindicato
europeia, que tinha u m forte ideal de igualdade entre os fun- dos trabalhadores belgas c os executivos da InBev, quando
cionários de u m mesmo nível organizacional. foram anunciadas demissões durante a crise económica
Nesse cenário, estava claro que ha\'eria problemas na em 2009. Apesar das disputas, bons resultados financeiros
u n i ã o entre as duas empresas. Qiialqucr das culturas que e operacionais v ê m sendo obtidos, mas a que custo? Será
prevalecesse n ã o seria bem aceita pelos funcionários da que, caso a insatisfação dos trabalhadores t a m b é m fosse le-
outra companhia. E como a o r g a n i z a ç ã o brasileira tinha vada em conta, a fusão n à o estaria gerando prejuízos em
alguns dos melhores indicadores de desempenho do setor vez de lucro.s? C o m certeza, essas são questões que ficaram
em lodo o mundo, foi a cultura A m t i c v que c o m e ç o u a ser em aberto.
disseminada. Cerca dc 30 executivos brasileiros foram trans- E m novembro de 2008, no entanto, elas voltaram à tona
feridos para a sede mundial da nova cer\-ejaria, na Bélgica, quando a InBev comprou a cen^ejaria norte-americana Anheu-
e c o m e ç a r a m a adotar medidas para elevar e eficiência e a ser-Busch, cuja cultura asscmelhava-se bastante ã da Inierhn'\\
meritocracia nas o p e r a ç õ e s da empresa. Quando ficou claro Diante disso, um novo processo conturbado de 'fusão cultunil'
que os valores da AmBev estavam sendo transmitidos para a teve início e, como no caso anterior, ele n ã o poderia ser rcsoKi-
empresa belga, ocorreu uma grande resistência. do tomando uma cerveja em uma mesa de bar
"Querem diminuir nosso salário fixo e aumentar a remu-
neração variável, mas n ã o estamos interessados em ganhar
Questões
bónus", contou u m funcionário belga na época. Essa frase
representa u m fator que dificultaria ainda mais a transfe- 1. C o m o você definiria as culturas da AmBev e da Inter-
rência dos valores da AmBe\': a cultura europeia. Naquele brew utilizando termos aprendidos neste capítulo? Dc
conUnente, são comuns os sindicatos fortes e os estados pa- que maneiras as culturas das duas empresas eram in-
ternalistas, que provêem aos eidadãcjs uma grande 'rede de compatíveis?
proteção social'. Além disso, a relação dos europeus com o
traballio n à o é propicia à cultura ;VmBcv. Para cies, a vida 2. Você preferiria trabalhar em uma empresa com qual tipo
pes.soal vem sempre em primeiro lugar, o que p ô d e ser com- de cultura? C o m relação ao trabalho, como você acha
pro\*ado na época pela c o m p a r a ç ã o entre o absenteísmo nas que a cultura europeia afctou esse processo dc fusão?
fábricas brasileira e belga (2 por cento contra 10 por cento).
3 . Caso você fosse u m alto execuUvo responsável pela ges-
Em função disso, o choque das duas culturas foi bastante
tão do processo dc fusào, o que faria para tentar trans-
crítico, e o fato de lerem sido os \s da empresa adquiri-
mitir os valores da ^VnBcv sem deixar os funcionários
da a pre\alecerem acentuou o problema. Para gerenciar essa
insatisfeitos?
'transfusão cultural', a InBev, nome da nova companliia, fez
um intercâmbio dc cxccud\'os brasileiros e belgas, em uma 4. Você acíia que o processo de 'fusào cultural' com a cer-
tentati\'a de mostrar os pontos positivos da u n í ã o das cer- vejaria norte-americana será mais fácil ou difícil que o
vejarias e facilitar a transmissão de valores para seus subor- do caso narrado? Liste pontos que podem torná-lo mais
dinados. ;\Jém disso, encontros entre funcionários das duas
fácil c pontos que podem torná-lo mais dificil.
companhias foram realizados para atenuar a resistência dos
trabalhadores. 5 . Depois de realizar as atividades, se achar interessante,
Mesmo com todas as tcntadvas por parte da alta g e r ê n - busque informações atuais sobre a fusão que originou a
cia, ainda existem conflitos entre as culturas das duas com- A B Inbev (Anheuser-Busch-Interbrew-AmBev).
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Estudo de caso 2
Em 2008, por exemplo, três dos einco presidentes das c o m u n i c a ç ã o entre seus executivos, institucíonalizou-se uma
eompanhias ligadas à holding Votorantim e 23 dos seus 40 rciniião periódica entre eles para que estivessem sempre ali-
principais executivos haviam sido contratados de outras nhados e compartilhassem os mesmos valores e crenças. Por
empresas do mercado. .Mém disso, a di\'ersihcação em ati- fim, a Votorantim criou, em 2007, sua Universidade Corpo-
vidades de diversos segmentos, como cimento, celulose, pa- rativa. C o m isso, a empresa saneou dois problemas simul-
pel e metais, fez que, dentro do grupo, coexistissem culturas taneamente: a transmissão da cultura e o desenvolvimento
organizacionais diferentes. Dessa forma, n ã o se podia dizer interno de líderes, que suprirão as demandas futuras por exe-
que existiam valores c crenças típicos compartilhados pelos cutivos. "A academia nos ajuda a promover u m alinhamento
membros da o r g a n i z a ç ã o , j á que, entre as unidades da hol- cultural com base na convivência entre pessoas dc diferentes
ding, havia diferenças culturais, e, além disso, os executivos trajctórias", contou Gilberto Lara, diretor de desenvolvimen-
recém-chegados t a m b é m n ã o estavam habituados a esses to humano e organizacional da Votorantim.
traços culturais, tendo desenvolvido sua carreira em otUros
Dessa forma, o grupo conseguiu criar urna cultura que
ambientes empresariais.
reunia valores históricos da Votorantim, como a confiança,
Dessa maneira, a Votorantim ia perdendo sua identida- e novos ideais trazidos pelos executivos contratados, como a
de cultural. O grupo que, historicamente, defendia valores meritocracia. O mais importante, no entanto, n ã o é o fato
como a lealdade e a confiança, via-os desaparecer nesse de ela ser nova ou ter sido aprimorada, mas de ser verdadei-
novo e complexo cenário, .^s relações interpessoais, muitas ramente organizacioníil.
vezes patriarcais, entre funcionários, gestores e acionistas
que exerciam cargos executivos na o r g a n i z a ç ã o c o m e ç a v a m
a perder força, e a cultura da empnrsa ficava cada vez mais Questões
Fonte: lía.srado em Liirissa Santana, "(Is íbrastc-ims in\'acliram a \otorantim", Rnista Exante. ed. 9!O, 24 jan. 2008.
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