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Publicado no DOERJ em 03/09/2019

DECRETO Nº 46.757 DE 02 DE SETEMBRO DE 2019

DISPÕE SOBRE A NOVA SISTEMÁTICA


DO PROGRAMA DE ESTÍMULO
OPERACIONAL (PEOp) PARA AS
OPERAÇÕES REALIZADAS NO
ÂMBITO DA SECRETARIA DE ESTADO
DE GOVERNO E RELAÇÕES
INSTITUCIONAIS, AUTORIZA A
CONVOCAÇÃO PARA O SERVIÇO
ATIVO VOLUNTÁRIO DE POLICIAIS E
BOMBEIROS MILITARES DA RESERVA
REMUNERADA E REVOGA O
DECRETO ESTADUAL N° 45.475 DE
2015.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições constitucionais


e legais, tendo em vista o que consta do Processo nº SEI-15/001/002152/2019,

CONSIDERANDO:

- que a Constituição Federal estatui no art. 144 que a segurança pública é dever do Estado,
direito e responsabilidade de todos, exercida para a preservação da ordem pública;

- que o art. 5º da Constituição do Estado do Rio de Janeiro se compromete a assegurar em seu


território os valores que fundamentam a existência e a organização do Estado Brasileiro e no
art. 8º determina como dever do Estado garantir a efetividade do direito à segurança;

- a conveniência na instituição de programa de estímulo às operações desenvolvidas no âmbito


da Secretaria de Estado de Governo e Relações Institucionais - SEGOV, como forma de
mobilizar maior contingente de policiais, civis e militares;

- a possibilidade, contemplada no art. 8° da Lei n° 443/1981, de convocação de policiais


militares da reserva remunerada para desempenhar funções no serviço ativo e a premente
necessidade de estabelecer novo prazo de permanência dos convocados;

- que o art. 6° da Lei n° 6.162/2012, autoriza o Poder Executivo a instituir por Decreto sistema
de Banco de Horas Adicionais de Trabalho para policiais civis e militares, bombeiros militares e
agentes penitenciários, mediante contraprestação pecuniária adicional pelas horas a mais
trabalhadas; e

- que o art. 3° Decreto nº 46.646, de 02 de maio de 2012, classifica como verba indenizatória
os valores recebidos pelos profissionais de segurança pública no âmbito do Regime Adicional
de Serviço, PROEIS, PROESP ou outro de caráter similar;
DECRETA:

CAPÍTULO I DO PROGRAMA

Art. 1º - Fica estabelecido o Programa de Estímulo Operacional - PEOp para o emprego de


policiais civis, policiais militares e bombeiros militares, do Estado do Rio de Janeiro, nas
operações desenvolvidas no âmbito da Secretaria de Estado de Governo e Relações
Institucionais - SEGOV.

Art. 2º - A gestão administrativa e operacional, bem como o comando hierárquico sobre os


participantes do Programa, será efetuada pela respectiva Superintendência da SEGOV,
vinculada à operação para a qual o agente for designado.

CAPÍTULO II
DA PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA

SEÇÃO I DOS REQUISITOS

Art. 3º - A participação no programa será voluntária e, para ter deferida sua inscrição, o
requerente deverá atender aos seguintes requisitos:

I - não estar respondendo a Processo Administrativo Disciplinar ou a Processo Criminal na


Justiça comum, eleitoral ou militar;

II - não ter sido responsabilizado por prática de infração administrativa grave ou condenado
penalmente pelos últimos 5 (cinco) anos, contados do seu requerimento de inscrição no
Programa;

III - apresentar Certidões Negativas de antecedentes criminais da Justiça Comum, Militar, e


Eleitoral e Certidão de Nada Consta da Corregedoria e Órgão de origem;

IV - se praça, estar classificado, no mínimo, no comportamento “BOM”;

V - não ter sido contraindicado em Investigação Social pelos órgãos de Segurança Pública;

VI - ostentar a condição de apto A, físico e psicossocialmente; e

VII - ter concluído cursos, estágios e treinamentos estipulados como requisitos pela
Coordenação Geral do Programa.

Parágrafo Único - O Ingresso no presente programa dependerá da análise curricular em


processo seletivo simplificado e impessoal.

SEÇÃO II
DOS IMPEDIMENTOS E SUSPENSÕES

Art. 4º - Fica impedido de participar do programa o agente que:

I - estiver respondendo a Processo Administrativo Disciplinar (PAD);


II - se militar, estiver cumprindo punição disciplinar de detenção ou prisão;

III - entrar no gozo de licença:

a) para tratamento de saúde própria, de pessoa da família ou para interesse particular;

b) maternidade ou em período de aleitamento; e

c) para mandato classista.

IV - passe a ostentar comportamento inferior a “BOM”;

V - afaste-se do serviço por mais de 72 (setenta e duas) horas, no período de 30 (trinta) dias,
ou mais de 144 (cento e quarenta e quatro) horas, no período de 180 (cento e oitenta) dias,
exceto os casos de férias regulamentares, atrasadas ou gozo de licença especial; e

VI - faltar ou tiver sido dispensado do serviço, mesmo que para atendimento de necessidades
pessoais, desde que o afastamento seja superior a 24 (vinte e quatro) horas.

Parágrafo Único - Enquadrando-se nas hipóteses previstas nos incisos V e VI, o participante só
poderá ser reincluído no Programa após a avaliação do afastamento pela Superintendência do
Programa.

Art. 5º - Será suspenso do Programa, pelo tempo de duração do afastamento, o agente


afastado do serviço:

I - em decorrência de ferimento por projétil de arma de fogo ou outro tipo de instrumento ou


ação traumática que tenha lhe provocada lesão grave em decorrência de sua participação em
Operação Policial ou Bombeiro Militar.

II - em decorrência de lesão grave provocada pelas mesmas circunstâncias descritas no


parágrafo anterior que, embora ocorridas fora do serviço, tenham implicado na sua atuação
legal e legítima como agente de segurança pública, conforme apurado em procedimento
administrativo próprio.

§ 1º - Ficará suspenso, pelo prazo de 90 (noventa) dias, o agente que cometer conduta
irregular no exercício do programa, após avaliação por comissão específica.

§ 2º - Os afastamentos para gozo de gala, luto ou ações meritórias que resultarem em


dispensa do serviço não superior a 05 (cinco) dias não importarão na exclusão ou suspensão do
agente do programa.

§ 3º - As suspensões previstas no caput e no § 1º deste artigo resultarão na manutenção do


agente no rol de candidatos ao cumprimento de turnos adicionais em escala diferenciada, mas
impedirão seu efetivo exercício em tais atividades enquanto perdurar a causa de suspensão.
SEÇÃO IV
DA CARGA HORÁRIA

Art. 6º - A participação no programa consistirá na realização de turnos adicionais de 06 (seis),


08 (oito) e 12 (doze) horas de serviço em escala diferenciada, sem prejuízo do cumprimento
das escalas de serviço ordinariamente previstas no âmbito do seu órgão de origem.

§ 1º - Para participação no programa, o agente deverá ter cumprido a carga horária obrigatória
de trabalho na SEGOV ou em seu órgão de origem.

§ 2º - O policial civil, policial militar ou bombeiro militar, participante, não poderá realizar, no
total, considerados os demais programas de trabalho adicional remunerado, mais do que 12
(doze) turnos adicionais ou 96h (noventa e seis horas), a cada 30 (trinta) dias de trabalho.

§ 3º - O participante deverá ter um intervalo de 8 (oito) horas de repouso antes de retornar ao


serviço na sua escala ordinariamente prevista no órgão de origem.

§ 4º - Durante o gozo de férias ou licença especial, será dado ao policial civil, policial militar,
bombeiro militar, querendo, participar dos programas de que trata o art. 1º, realizando até
120 (cento e vinte) horas efetivas de turnos adicionais a cada 30 (trinta) dias, observado o
intervalo mínimo de 8 (oito) horas de repouso entre os serviços.

§ 5º - Ficam ressalvadas as convocações excepcionais expedidas pelo Secretário de Estado de


Polícia Civil ou pelo Secretário de Estado de Polícia Militar, segundo a necessidade de
manutenção da segurança pública no Estado e pelo Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros
Militar na execução de atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndios, buscas,
salvamentos e socorros públicos no âmbito fluminense.

§ 6º - A partir do momento em que escalado, o participante se obriga a executar o serviço,


salvo por motivo de força maior, devidamente justificado.

Art. 7º - Para a confecção e controle das escalas de serviço, a Coordenação do Programa


deverá articular-se com os órgãos de origem dos participantes, que deverão fornecer acesso às
escalas que facilitem o cruzamento de dados, bem como informar, com até 24h de
antecedência, qualquer alteração na situação do participante que impossibilite a execução do
serviço.

Art. 8º - A participação de policiais civis no programa será feita mediante designação pelo
Chefe de Polícia Civil, conforme solicitação, para atender, exclusivamente, às ocorrências
resultantes das operações de que trata este Decreto, nos termos da legislação vigente.

Art. 9º - A participação de bombeiros militares no programa será feita mediante designação


pelo Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar, conforme solicitação, para atender,
exclusivamente, às ocorrências resultantes das operações de que trata este Decreto, nos
termos da legislação vigente.
CAPÍTULO III
DA REMUNERAÇÃO

Art. 10 - O policial militar, o bombeiro militar e o policial civil participante do programa que
cumprir turno adicional de serviço, no âmbito do PEOp, perceberá Gratificação de Encargos
Especiais, denominada Gratificação Especial Temporária por Participação no PEOp (GET/PEOp),
segundo os seguintes valores e classificação:

§ 1º - No cálculo da GET/PEOp para os demais turnos, será considerado, para cada hora, 1/8
(um oitavo) do valor do turno de 08 (oito) horas.

§ 2º - No caso de o participante não executar o serviço para o qual se escalou em sua


totalidade, mesmo que justificado, perceberá gratificação proporcional ao serviço
efetivamente realizado, que deverá ser fracionado em hora inteira para fins de cálculo de
pagamento.

§ 3º - Corresponderão ao nível A os Oficiais Superiores da Polícia Militar e do Corpo de


Bombeiro Militar, e os Delegados de Polícia Civil.

§ 4º - Corresponderão ao nível B os Oficiais Intermediários, Oficiais Subalternos e as Praças


Especiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro Militar, e os demais servidores detentores
de cargo de nível superior da Polícia Civil.

§ 5º - Corresponderão ao nível C as Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro Militar, e


os demais servidores detentores de cargo de nível médio da Polícia Civil.

§ 6º - No pagamento da GET/PEOp, não se levará em conta as horas ou frações de horas


excedentes ao turno adicional, decorrentes do atendimento a fatos ou situações que tenham
início durante a jornada de trabalho, mas que exijam do policial civil, policial militar ou
bombeiro militar a sua presença até a conclusão da rotina operacional.

Art. 11 - A GET/PEOp só será recebida enquanto o agente estiver efetivamente participando


do Programa e não se incorporará, para quaisquer efeitos, à remuneração do servidor, ficando
excluída da base de cálculo de adicional de tempo de serviço, bem como de quaisquer outros
percentuais que incidam sobre a sua remuneração.

§ 1º - A gratificação não sofrerá a incidência de contribuição previdenciária.

§ 2º - A gratificação será classificada como verba indenizatória.

§ 3º - A gratificação só será paga por efetivo cumprimento de turno adicional de serviço, não
se admitindo, em hipótese alguma, contagem de jornada ficta.
CAPÍTULO IV
DA CONVOCAÇÃO DE INTEGRANTES DA RESERVA REMUNERADA

Art. 12 - Fica autorizada a convocação excepcional, por ato do Governador do Estado, de até
500 (quinhentos) integrantes da reserva remunerada da Polícia Militar do Estado do Rio de
Janeiro para o serviço ativo, a fim de atuar no programa, mediante aceitação voluntária, por
prazo não superior a 02 (dois) anos, prorrogáveis por iguais períodos.

§ 1° - O militar da reserva remunerada, convocado na forma do caput, fará jus à remuneração


da ativa de seu posto ou graduação a partir da data de sua apresentação, não podendo lhe ser
pago qualquer valor a título de proventos.

§ 2° - O militar da reserva remunerada, convocado na forma do caput, retornará à condição de


inatividade caso atinja o limite de 60 (sessenta) anos de idade ou, a qualquer momento, por
requerimento próprio, bem como por ato do Governador do Estado.

§ 3° - Será computado, para todos os efeitos, como tempo de efetivo serviço, aquele prestado
pelo militar da reserva remunerada convocado na forma do caput, pelo período que durar a
sua convocação.

§ 4° - O militar da reserva remunerada, convocado na forma do caput, não ocupará vaga no


seu Quadro e não concorrerá a promoção, bem como não realizará cursos de formação ou
aperfeiçoamento na PMERJ.

§ 5° - Serão assegurados ao militar da reserva remunerada, convocado na forma do caput, nos


termos da lei, todos os direitos, vantagens e garantias inerentes ao policial militar do mesmo
posto ou graduação em atividade, exceto promoção, sendo-lhes atribuídas, igualmente, as
mesmas obrigações que os demais militares da ativa.

§ 6º - Considera-se, para efeito de exoneração ex-officio por motivo de saúde, a incapacidade


física que impossibilite a frequência do militar ao serviço por período superior a 120 (cento e
vinte) dias, contínuos ou não.

CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 13 - São consideradas de natureza e interesse policial, para fins do art. 6° da Lei Estadual
n° 443, de 01 de julho de 1981 e dos artigos 8º e 9º do Decreto-Lei nº 218, de 18 de julho de
1975, as funções desempenhadas nas operações desenvolvidas no âmbito da SEGOV.

Art. 14 - A Secretaria de Estado de Governo e Relações Institucionais editará as normas


complementares necessárias à execução do programa.

Art. 15 - Revoga-se o Decreto nº 45.475, de 27 de novembro de 2015, e demais disposições em


contrário.

Art. 16 - Este Decreto entra em vigor em 1° de setembro de 2019, ressalvado o disposto no


Parágrafo Único.
Parágrafo Único - O art. 12 entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo a produção
de seus efeitos a 1° de maio de 2019.

Rio de Janeiro, 02 de setembro de 2019

WILSON WITZEL
Governador
Id: 2205398

Este texto não substitui o publicado no D.O.E.R.J de 03.09.2019

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