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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
O Professor recomenda fortemente aos seus alunos que adquiram suas obras, de
modo a conferirem qualidade à sua formação, bem como constituírem suas
bibliotecas de material dotado de qualidade e relevância para a formação em
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS.
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ORÇAMENTO DE CAPITAL –análise de investimentos de longo prazo
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Dispêndio de capital é um desembolso de fundos feito pela empresa, com a
expectativa de gerar benefícios após um ano. Dispêndio corrente é um
desembolso que resulta em benefícios obtidos em prazo inferior a um ano.
Quadro 1: Motivos principais para fazer dispêndios de capital.
Etapas do processo
O processo de orçamento de capital consiste de cinco etapas distintas, descritas
no quadro 2.
Quadro 2: Etapas do processo de orçamento de capital.
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Natureza dos projetos de investimento
a) Investimento inicial
CONCEITO: É a saída de caixa relevante no instante zero, associada a um projeto
proposto;
b) Entradas operacionais de caixa
CONCEITO: Entradas de caixa incrementais, após os impostos, originárias do
projeto ao longo de sua vida;
c) Fluxo de caixa residual
CONCEITO: É o fluxo de caixa não-operacional, após o imposto de renda, que
ocorre no final do projeto, em geral decorrente da liquidação do mesmo.
Exemplo
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6
a) Dentro de um conjunto com várias propostas de investimento, em que todas
tenham a mesma expectativa de retorno, aquela com o menor risco é a mais
desejável;
Exemplo
A empresa Maluco Beleza S.A., uma indústria farmacêutica, está pensando em expandir
suas operações para atender o crescimento da demanda por seus produtos. Além dos
novos equipamentos que a empresa irá adquirir, os analistas financeiros esperam que as
mudanças nas contas circulantes ocorrerão e se manterão durante toda a fase de
expansão. Com as informações fornecidas no quadro 4, calcule a variação do CCL para a
Maluco Beleza S.A.
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O payback ou prazo de retorno
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Simbologia:
n = período necessário até que ELC > I0
I0 = investimento inicial
ELC t ou n = entrada líquida de caixa no período t ou n
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Simbologia:
n = período necessário até que ELC’ > I0
I0 = investimento inicial
ELC’ t ou n = entrada líquida de caixa, descontada, no período t ou n.
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Simbologia:
ELCt = entrada líquida de caixa no tempo “t”;
i = taxa de desconto apropriada;
I0 = investimento inicial;
It = saídas líquidas de caixa nos momentos subsequentes ao investimento inicial;
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O índice de lucratividade (IL)
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O critério de decisão do índice de lucratividade (IL)
Exemplo
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A taxa interna de retorno (TIR ou IRR)
O critério de decisão, quando a TIR é usada para tomar decisões do tipo aceitar-
rejeitar é o seguinte: Se a TIR for maior que o custo de capital, aceita-se o projeto;
se a TIR for menor que o custo de capital, rejeita-se o projeto. Esse critério garante
que a empresa esteja obtendo, pelo menos, sua taxa requerida de retorno. Tal
resultado deveria aumentar o valor de mercado da empresa e, consequentemente,
a riqueza dos seus proprietários.
Exemplo
Observe os dados relativos Projeto Delta e as diversas TMAs3 selecionadas. A
partir das informações, calcule:
a) O VPL correspondente a cada TMA;
b) A TIR do projeto;
c) Esboce o gráfico VPL = f(TMA)
3 TMA = taxa mínima de atratividade; pode ser entendida como o custo de capital ou custo de oportunidade da
empresa que está avaliando alternativas de investimento.
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b) Cálculo da TIR do projeto - algoritmo de interpolação
O custo de capital
O custo de capital pode ser definido como a taxa de retorno que a empresa
precisa obter sobre os seus projetos de investimentos, para manter o valor de
mercado de suas ações. Ele pode ser também considerado como a taxa de
retorno exigida pelos fornecedores de capital do mercado, para atrair seus fundos
para a empresa. Se o risco for mantido constante, a implementação dos projetos
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com uma taxa de retorno acima do custo de capital aumentará o valor da empresa
e a implementação de projetos com a taxa de retorno abaixo do custo de capital
diminuirá o valor dela.
Premissas
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a) Risco operacional: é o risco que a empresa corre de ser incapaz de cobrir os
custos operacionais - supõe-se que não se altere. Essa premissa significa que a
aceitação de um determinado projeto pela empresa mantém sua capacidade de
saldar os custos operacionais inalterada.
b) Risco financeiro: é o risco que a empresa corre de ser incapaz de cumprir com
os compromissos financeiros exigidos (juros, pagamento de empréstimos,
dividendos de ações preferenciais - supõe-se que não se altere. Essa premissa
significa que os projetos são financiados de tal forma que a capacidade da
empresa para saldar os custos financeiros exigidos mantenha-se inalterada.
c) Custos após os impostos são considerados relevantes: o custo do capital é
medido após o imposto de renda, premissa que é coerente com a estrutura usada
para tomada de decisões quanto ao orçamento de capital.
Fórmula: kj = rj + bp + fp
Onde:
kj = custo específico (ou nominal) dos vários tipos de financiamento a longo prazo,
j;
rj = custo livre de risco de um dado tipo de financiamento, j;
bp = prêmio de risco do negócio;
fp = prêmio de risco financeiro.
Solução:
kj = rj + bp + fp = 6% + 2% + 2% = 10%
Logo: o custo do empréstimo a longo prazo seria de 10%.
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Conceito básico de custo de capital
O custo de capital é estimado num dado momento. Ele reflete o custo médio futuro
dos fundos por um longo prazo, com base nas melhores informações disponíveis.
Esse enfoque é coerente com a utilização do custo de capital para decisões de
investimentos financeiros a longo prazo. Embora na verdade as empresas
levantem em geral recursos recebidos de uma só vez, o custo de capital deveria
refletir o inter-relacionamento das atividades financeiras. Por exemplo, se uma
empresa capta fundos por meio de empréstimos hoje, é bem provável que terá de
usar, na próxima vez, alguma forma de capital próprio, tal como ações ordinárias.
Muitas empresas mantêm um mix ótimo de financiamento, através de capital de
terceiros e próprio. Esse mix é chamado de estrutura-meta de capital.
A fim de entender o inter-relacionamento do financiamento, supondo que exista
uma estrutura-meta capital, é necessário examinar o custo de capital combinado,
ao invés do custo de cada fonte específica de fundos empregados para financiar
determinado dispêndio de capital.
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Custo da dívida de LP (Ki)
O custo da dívida de longo prazo, Ki, é o custo de hoje, após o imposto de renda,
para levantar recursos a longo prazo através de títulos de dívida. Por simplificação,
supõe-se que os títulos de dívida paguem juros anuais. Para se calcular Ki serão
necessárias três etapas:
a) Apurar o recebimento líquido na venda dos títulos de dívida;
b) Apurar o custo do empréstimo antes do imposto, Kd;
c) Apurar o custo do empréstimo após o imposto, Ki.
Solução:
n = 20 anos
Taxa de juros = 9%
Valor nominal = valor de face = $1.000
Juros = $90 = $1.000 x 0,09
Deságio = $20 = $1.000 - $980
Custo de colocação = custo de transação = taxa de subscrição =
$20 = $1.000 x 0,02
Recebimento líquido = $1.000 - $20 - $20 = $960
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A entrada inicial de $960 é seguida de saídas anuais de juros de $90 (9% de
$1.000) durante a vida do título, vinte anos. No vigésimo ano, ocorre uma saída de
$1.000, representando o reembolso do principal. O custo do empréstimo antes do
imposto poderá ser determinado, achando-se a TIR.
Solução:
TIR = 9,45%
Fórmula: Ki = [ Kd x (1 - T) ] x 100 ou Ki = Kd x (1 - T)
EXEMPLO: Sabendo-se que a SECURITIES S.A. tem uma alíquota de imposto de
renda de 40%, e considerando-se o custo do empréstimo antes do imposto
calculado no exemplo anterior, calcular o custo do empréstimo após o imposto.
Solução:
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a) Dividendos de ações preferenciais: a maior parte dos dividendos de ações
preferenciais é declarada como um montante em unidades monetárias x
unidades monetárias ao ano. Algumas vezes, os dividendos das ações
preferenciais são declarados como uma taxa percentual. Essa taxa representa um
percentual do valor nominal, ou de face, das ações, valor que se iguala aos
dividendos anuais.
Solução:
Lucros retidos;
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a) Como achar o custo da ação ordinária
O custo da ação ordinária, Ks, é a taxa pela qual os investidores descontam os
dividendos esperados da empresa para determinar o valor de suas ações. Existem
duas técnicas para medir o custo da ação ordinária. Uma utiliza o modelo de
avaliação de crescimento constante; a outra se baseia no modelo de formação de
preços de ativos de capital (CAPM - Capital Asset Pricing Model)
Onde:
P0 = preço corrente (de mercado) da ação ordinária;
D1 = dividendo por ação esperado no final do ano 1;
Di = dividendo pago no início do período histórico;
Df = dividendo pago no fim do período histórico;
n = número de períodos (cuidado: não confundir com o número de observações!)
Ks = taxa de retorno exigida sobre a ação ordinária;
g = taxa anual de crescimento constante dos dividendos.
NOTA: A expressão acima mostra que o custo da ação ordinária pode ser obtido
dividindo-se o dividendo esperado ao fim do período 1 pelo preço corrente da ação
e somando-se a taxa esperada de crescimento. Já que os dividendos das ações
ordinárias são pagos do lucro após o imposto de renda, não é exigido nenhum
ajuste devido aos impostos.
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Pede-se:
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(ii) Capital Asset Pricing Model (CAPM)
Onde:
Rf = taxa de retorno do ativo livre de risco;
Km = retorno de mercado - o retorno sobre a carteira de ativos do mercado 6.
EXEMPLO: A SECURITIES S.A., cujo custo da ação ordinária, Ks, foi calculado no
exemplo precedente, empregando o modelo de Gordon, deseja também calculá-lo
empregando o CAPM. Das informações fornecidas à empresa por seus
assessores de investimentos, além de suas próprias análises, sabe-se que a taxa
livre de risco é de 6%, o beta da empresa é igual a 1,5 e o retorno de mercado é
igual a 10,7%. Pede-se calcular o custo da ação ordinária empregando o CAPM.
Solução:
Ks = { 0,06 + [ 1,5 x (0,107 - 0,06) ] } x 100 = 13,05%
Logo: o custo da ação ordinária, de 13,05%, que é o mesmo que aquele
encontrado usando-se o modelo de avaliação de crescimento constante,
representa o retorno exigido pelos investidores em ações ordinárias da
SECURITIES S.A.
6 No Brasil, a carteira de ativos representativa do mercado pode ser identificada pelo IBOVESPA - índice da
bolsa de valores de São Paulo.
Se os lucros não fossem retidos, seriam pagos aos acionistas comuns como
dividendos. O custo dos lucros retidos, Kr, para a empresa, é o mesmo que o
custo de uma emissão adicional de ações ordinárias inteiramente subscrita. Isso
quer dizer que os lucros retidos aumentam o patrimônio líquido dos acionistas, da
mesma maneira que uma nova emissão de ações ordinárias. Os acionistas acham
aceitável a retenção de lucros somente se eles tiverem a expectativa de que irão
ganhar pelo menos o retorno exigido pelos fundos reinvestidos.
NOTA: não é necessário ajustar o custo de lucros retidos, de acordo com os
custos de subscrição ou deságio, já que, ao reter os lucros, a empresa aumenta
seu capital sem incorrer nesses custos.
c) Custo de novas emissões de ações ordinárias, Kn
Calculamos o custo total de capital da empresa com a finalidade de determinar o
custo após o imposto de renda de novos fundos exigidos para financiar projetos.
Portanto, é preciso dar atenção ao custo de novas emissões de ações ordinárias,
Kn.
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O custo de uma nova emissão de ações ordinárias é determinado calculando-se o
custo da ação ordinária após considerar o montante do deságio e atribuir os custos
de colocação/subscrição.
Normalmente, para se vender uma nova emissão, esta deverá estar
subprecificada, ou seja, ser vendida a um preço abaixo do preço corrente de
mercado, P0. Além disso, os custos de colocação e subscrição para emitir e
vender novas ações reduzirão os recebimentos.
O custo de novas emissões pode ser calculado determinando-se os recebimentos
líquidos depois do deságio e custos de colocação, usando-se a expressão para o
custo da ação ordinária existente, Ks, do modelo de Gordon, como ponto de
partida. Sua expressão é dada por:
Onde:
Kn = custo de novas emissões;
Nn = recebimentos líquidos pela venda da nova ação.
Uma vez que os recebimentos líquidos provenientes da venda da nova ação ordinária,
Nn, serão menores que o preço corrente de mercado, P0, o custo da nova emissão,
Kn, será sempre maior que o custo das ações existentes, Ks, o qual, conforme se
pode notar acima, é igual ao custo de lucros retidos, Kr. O custo da nova ação
ordinária é normalmente maior que o custo de qualquer outro financiamento a longo
prazo. Uma vez que os dividendos da ação ordinária são pagos do fluxo de caixa após
o imposto de renda, nenhum ajuste devido aos impostos é necessário.
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EXEMPLO: Nos exemplos anteriores relacionados à empresa SECURITIES S.A.,
havia-se calculado os custos das fontes como segue: g = 5,05%; Ks = 13,05%. O
preço de mercado da ação da empresa é $50 e o dividendo esperado é $4. A fim
de determinar seu custo da nova ação ordinária, Kn, a SECURITIES S.A., estimou,
com a ajuda de seus assessores, que em média as novas ações ordinárias podem
ser vendidas por $47. O deságio de $3 por ação é necessário, devido à natureza
competitiva do mercado. Um segundo custo associado com uma nova emissão é
uma taxa de subscrição de $2,50 por ação, que seria paga para cobrir custos de
emissão e venda. Com estes dados pede-se:
a) Calcular o custo total de deságio e colocação das novas ações;
b) Calcular o recebimento líquido esperado por ação;
c) Calcular o custo da nova ação ordinária.
Solução:
a) Custo total = $3,00 + $2,50 = $5,50
b) Nn = $50,00 - $5,50 = $44,50
Agora que já foram determinados os métodos para calcular o custo das fontes
específicas de capital, as técnicas para determinar o custo total de capital serão
apresentadas. O custo médio ponderado de capital, Ka, reflete o futuro custo
médio esperado de fundos da empresa, a longo prazo. É encontrado ponderando-
se o custo de cada tipo específico de capital por sua proporção na estrutura de
capital da empresa.
a) Cálculo do CMPC (ou Ka)
O custo médio ponderado de capital, Ka, pode ser especificado numa equação,
conforme segue
Onde:
wi = proporção de empréstimo a longo prazo na estrutura de capital;
wp = proporção de ações preferenciais na estrutura de capital;
ws = proporção de ações ordinárias na estrutura de capital;
wi + wp + ws = 1,0
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EXEMPLO: Complete o quadro abaixo de modo a calcular o CMPC da
SECURITIES S.A., sabendo que:
Custo de empréstimo = Ki = 5,67%;
Custo de ações preferenciais = Kp = 10,61%
Custo de lucros retidos = Ks = Kr = 13,05%;
Custo de novas ações ordinárias = Kn = 14,04%.
A empresa espera ter disponível um montante considerável ($300.000) de lucros
retidos, e planeja usar seu custo de lucros retidos, Kr, como componente de custo das
ações ordinárias.
Alavancagem
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Análise do ponto de equilíbrio
Abordagem algébrica
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EXEMPLO: Suponha que a empresa BEET ROOT S.A., uma pequena varejista de
posters, tenha custos operacionais fixos de $2.500, seu preço de venda por
unidade (poster) seja de $10, e seus custos operacionais variáveis sejam de $5
por unidade. Quantas unidades devem ser vendidas de modo que a empresa atinja
o ponto de equilíbrio operacional?
Solução:
Q = [ $2.500 / ($10 - $5) ] = 500 unidades.
Logo: a empresa terá um LAJIR positivo para vendas superiores a 500 unidades e
LAJIR negativo, ou prejuízo, para vendas inferiores a 500 unidades.
Abordagem gráfica
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Alavancagem operacional
Logo:
Caso 1: Um aumento de 50% nas vendas (de 1.000 para 1.500 unidades) resulta
num aumento de 100% nos lucros antes dos juros e impostos ($2.500 para
$5.000).
Caso 2: Uma queda de 50% nas vendas (de 1.000 para 500 unidades) resulta
numa queda de 100% nos lucros antes dos juros e impostos ($2.500 para $0).
Do exemplo acima, vê-se que a alavancagem operacional funciona em ambas as
direções. Quando a empresa tem custos operacionais fixos, a alavancagem
operacional está presente. Um aumento nas vendas resulta em um aumento mais
que proporcional nos lucros antes dos juros e impostos; uma queda das vendas
resulta em uma queda mais que proporcional nos lucros antes dos juros e
impostos.
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existe a alavancagem operacional. Isso significa que se o GAO for superior a 1,
existe alavancagem operacional.
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EXEMPLO: Suponha que a BEET ROOT S.A. seja capaz de trocar uma parte de
seus custos operacionais variáveis (eliminando a comissão de vendas) por custos
operacionais fixos (aumentando os salários de vendas). Essa troca resultará numa
redução nos custos operacionais variáveis por unidade de $5 para $4,50 e em um
aumento nos custos operacionais fixos de $2.500 para $3.000. Preencha o quadro
a seguir e calcule o grau de alavancagem operacional diante deste novo cenário.
Solução:
Logo: comparando esse valor ao GAO de 2,0 antes da troca para mais custos
fixos, ficou claro que quanto mais altos forem os custos operacionais fixos da
empresa em relação aos custos operacionais variáveis, maior o grau de
alavancagem operacional.
Alavancagem financeira
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1.000 ações ordinárias em circulação. Complete o quadro a seguir, em função das
variações ocorridas sobre o LAJIR em relação à situação base.
Logo:
Caso 1: Um aumento de 40% no LAJIR (de $10.000 para $14.000) resulta num
acréscimo de 100% nos lucros por ação (de $2,40 para $4,80).
Caso 2: Uma queda de 40% no LAJIR (de $10.000 para $6000) resulta num
decréscimo de 100% nos lucros por ação (de $2,40 para $0).
O efeito da alavancagem financeira é tal que um aumento do LAJIR da empresa
acarreta um aumento mais do que proporcional nos lucros por ação, enquanto que
uma queda no LAJIR da empresa resulta num decréscimo mais do que
proporcional no LPA.
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Fórmula:
34
Fórmula:
Logo:
GAO = (60% / 50%) = 1,2
GAF = (300% / 60%) = 5,0
GAT = (300% / 50%) = 6,0
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Teoria da estrutura de capital
Benefícios fiscais
Fórmula: Ki = [ Kd x (1 - T) ] . 100
Probabilidade de falência
Risco operacional
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A estabilidade da receita refere-se à variabilidade relativa da receita de vendas da
empresa. Empresas com níveis razoavelmente estáveis de demanda e com
produtos que têm preços estáveis possuem receitas estáveis que resultam em
níveis baixos de risco operacional. Empresas com alta volatilidade de demanda de
produtos e preços têm receitas instáveis que resultam em níveis altos de risco
operacional.
A estabilidade de custos refere-se à relativa previsibilidade dos custos, como
aqueles para a mão-de-obra e materiais. Quanto mais previsíveis e estáveis forem
os custos desses insumos, menor o risco operacional, e quanto menos previsíveis
e estáveis eles forem, maior o risco operacional. O risco operacional varia entre
empresas, independentemente de seus ramos de negócio, e não é afetado pelas
decisões da estrutura de capital. Quanto maior for o risco operacional, mais
cuidadosa deve ser a empresa ao estabelecer sua estrutura de capital. Empresas
com elevado risco operacional tendem, portanto, a estruturas de capital menos
alavancadas e vice-versa. O risco operacional, neste estudo, será mantido
constante ao longo da discussão que se segue.
EXEMPLO: A empresa CRAB S.A., ao se preparar para tomar uma decisão quanto
a sua estrutura de capital, obteve estimativas de vendas e níveis associados de
LAJIR. O grupo de planejamento da empresa sente que há 25% de possibilidade
de as vendas totalizarem $400.000, 50% de totalizarem $600.000 e 25% de
totalizarem $800.000. Os custos operacionais fixos totalizam $200.000 e os custos
operacionais variáveis equivalem a 50% das vendas. Observe o quadro 32.
Logo, o quadro mostra que há 25% de possibilidade de o LAJIR ser zero, uma
possibilidade de 50% de ser $100.000 e 25% de possibilidade de ser igual a
$200.000. O administrador financeiro deve aceitar esses níveis de LAJIR e as
possibilidades associadas conforme forem estipulados ao desenvolver a estrutura
de capital da empresa. Esses dados de LAJIR refletem efetivamente um
determinado nível de risco operacional, o qual capta a alavancagem operacional, a
variabilidade das vendas e a variabilidade dos custos da empresa.
Risco financeiro
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impacto combinado de ambos, pode ser demonstrado continuando-se com o
exemplo da empresa CRAB S.A.
EXEMPLO: A estrutura de capital atual da CRAB S.A. é a seguinte:
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O quadro 36 usa os níveis de lucro antes dos juros e imposto de renda (LAJIR) e
as probabilidades associadas e desenvolvidas no quadro 32, o número de ações
ordinárias encontrado na coluna 5 do quadro 34 e os valores de juros calculados
na coluna 3 do quadro 35 para calcular os lucros por ação (LPA) para índices de
endividamento de 0, 30 e 60%. Supõe-se uma taxa de imposto de renda de 40%.
São mostrados também os LPAs resultantes esperados, o desvio-padrão do LPA e
o coeficiente de variação do LPA relacionados com cada índice de endividamento.
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Os resultados estatísticos obtidos do cálculo do quadro 36 (painéis A, B e C),
juntamente com os mesmos dados para os outros índices de endividamento (10,
20, 40 e 50% - cálculos não mostrados), estão resumidos no quadro 37 para as
sete alternativas de estruturas de capital. Como o coeficiente de variação mede o
risco relativo ao LPA esperado, ele constitui a medida preferida de risco para o uso
na comparação de estruturas de capital.
À medida que aumenta a alavancagem financeira da empresa, o mesmo ocorre
com o seu coeficiente de variação de LPA. Conforme esperado, um nível
crescente de risco é associado a níveis maiores de alavancagem financeira. O
risco relativo de duas das estruturas de capital avaliadas no quadro 36 (índice de
endividamento = 0% e 60%) pode ser ilustrado mostrando-se a distribuição de
probabilidade de LPA associada a cada uma delas. Certamente a incerteza do
LPA esperado, assim como a possibilidade de se esperar um LPA negativo, é
maior quando graus de alavancagem mais elevados são empregados.
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Uma análise da figura mostra que à medida que o empréstimo substitui o capital
próprio (aumenta o índice de endividamento), o nível de lucros por ação aumenta e
então começa a cair (gráfico a). O gráfico demonstra que o pico dos lucros por
ação ocorre a um índice de endividamento de 50%. A queda no lucro por ação
além desse índice resulta do fato de que os aumentos significativos nos juros não
são totalmente compensados pela redução no número de ações ordinárias em
circulação.
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A estrutura ótima de capital
Para que fique claro o que se quer dizer com estrutura ótima de capital, serão
examinadas algumas relações financeiras básicas. Acredita-se geralmente que o
valor da empresa é maximizado quando o custo de capital é minimizado. O valor
da empresa, V, pode ser definido pela equação abaixo.
A figura 7(a) assinala três funções - o custo do empréstimo depois dos impostos,
Ki, o custo do capital próprio, Ks, e o custo médio ponderado de capital, Ka - como
uma função da alavancagem financeira medida por um índice de endividamento
(empréstimos sobre ativo total).
O custo do empréstimo, Ki, permanece baixo devido ao subsídio do imposto (os
juros são despesas dedutíveis no cálculo do imposto de renda), mas aumenta
lentamente com a alavancagem crescente para compensar os credores do risco
crescente.
O custo do capital próprio, Ks, está acima do custo do empréstimo e aumenta
com a alavancagem financeira crescente mas, geralmente, com maior rapidez do
que o custo do empréstimo. O aumento no custo do capital próprio ocorre porque,
para compensar o alto grau de risco financeiro, os acionistas exigem um retorno
mais elevado quando a alavancagem aumenta.
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O custo médio ponderado de capital, Ka, resulta do custo médio ponderado dos
custos de empréstimos e do capital próprio da empresa. A um índice de
endividamento de zero, a empresa é 100% financiada com capital próprio.
Conforme o capital próprio é substituído por empréstimos, e à medida que o índice
de endividamento aumenta, o custo médio ponderado de capital declina, por ser o
custo do empréstimo menor do que o custo do capital próprio (Ki < Ks). Conforme
o índice de endividamento continua a crescer, os custos de empréstimo e do
capital próprio aumentam, causando eventualmente a elevação do custo médio
ponderado de capital (depois do ponto M na figura 7(a)).
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Uma apresentação gráfica da estrutura ótima de capital
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Geralmente, quanto menor o custo médio ponderado de capital da empresa, maior
a diferença entre o retorno e o custo de um projeto e, assim sendo, maior o retorno
dos proprietários.
Colocando de uma forma simples, minimizar o custo médio ponderado de capital
permite à administração assumir um número maior de projetos rentáveis e, desse
modo, aumentar o valor da empresa.
De modo prático, não existe maneira para calcular a estrutura ótima de capital
contida na figura 7. Devido ao fato de ser impossível determinar o ponto M exato
da estrutura ótima de capital e fixar-se nele, as empresas geralmente tentam
operar num intervalo que as aproxima do que elas acreditam ser a estrutura ótima
de capital. O fato de que os lucros retidos e outros novos financiamentos farão
com que a estrutura atual da empresa mude mais tarde justifica o enfoque em um
intervalo de estrutura de capital, ao invés de um único ponto.
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Os dados resumidos para a CRAB S.A. podem ser traçados num conjunto de eixos
LAJIR-LPA, conforme mostrado na figura 8. A figura mostra o nível de LPA
esperado para cada nível de LAJIR. Para níveis de LAJIR compreendidos abaixo
do eixo-x conhecidos como o ponto de equilíbrio financeiro, onde o LAJIR cobre
exatamente todos os custos financeiros (LPA = $0) pode-se verificar que resultaria
em prejuízo (LPA negativo).
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nível de LAJIR acima de $95.330,74, a estrutura de capital associada a um índice
de endividamento de 60% tenderia a dar os maiores lucros por ação.
2.17.5 Considerando o risco na análise de LAJIR-LPA
Quando se interpreta a análise de LAJIR-LPA, é importante considerar o risco de
cada uma das estruturas de capital alternativas. Graficamente, o risco de cada
estrutura de capital pode ser visto à luz do ponto de equilíbrio financeiro
(interseção do eixo-LAJIR) e do grau de alavancagem financeira, refletido na
inclinação da reta de estrutura de capital.
Finanças Internacionais
Derivativos
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