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Unidade 1
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1 6.1 As causas da Primeira Guerra Mundial
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As contradições imperialistas, dos finais do século XIX até ao final da Primeira Guerra Mundial
A corrida ao armamento
Ao mesmo tempo que a Europa se dividia em dois blocos político-militares, assistiu-
se a uma corrida ao armamento, ao reforço vdo crédito para o financiamento militar, ao
desenvolvimento da indústria de guerra, ao incremento da legislação militar e ao
aumento da duração do serviço militar obrigatório. A situação europeia tornava-se,
assim, cada vez mais perigosa.
A unificação alemã após a guerra franco-prussiana (1870-1871) ea indemnização de
guerra paga pelos Franceses permitiu à Alemanha desfrutar de um período de grande
prosperidade. Uma das indústrias que mais se desenvolveu nessa altura foi a indústria
do armamento - ou seja, a Alemanha preparava-se já para, a qualquer momento,
expandir o seu império, quer nas colónias, quer, até, na própria Europa.
Outros países europeus investiram também no seu rearmamento: em França (que
esperava uma oportunidade para se vingar da Alemanha), na Inglaterra (que tinha um
grande império colonial a defender e, por isso, precisava de uma indústria militar naval
muito forte), na Rússia (que perdera uma guerra contra os Japoneses em 1905 e ansiava
por alcançar vitórias militares e políticas) e no Império Austro-Húngaro (que comprava
muito armamento à sua aliada Alemanha, esperando ter de afirmar as suas pretensões
nos Balcãs pela força). Esta corrida aos armamentos foi mais um dos factores que viria a
contribuir para o eclodir da Primeira Guerra Mundial.
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Este atentado foi aproveitado pelas potências da Tríplice Aliança para «ajustar»
velhas contas e, numa sequência muito rápida, o conflito generalizou-se, envolvendo a
maioria dos países da Europa. É, por isso, considerado como a causa directa do início
da Primeira Guerra Mundial.
Existem, porém, para além deste acontecimento, três explicações que são apontadas
para o eclodir da Primeira Guerra Mundial.
A primeira e segunda explicações apontam a Alemanha como a principal
responsável pelo conflito: a primeira, pelas suas pretensões de expansão e reforço
bélico; a segunda, denominada risco de cálculo, afirma que a Alemanha convenceu-se
de que podia gerir o conflito dos Balcãs, tomando em consideração que o Império
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As contradições imperialistas, dos finais do século XIX até ao final da Primeira Guerra Mundial
Austro-Húngaro atacaria os Sérvios e que estes, por sua vez, não teriam qualquer
hipótese de obter auxílio da França no conflito.
A terceira explicação defende ter existido, na realidade, uma culpa colectiva de todos
os envolvidos, baseada na pressão que foi efectuada junto dos dirigentes políticos dos
diferentes países pelos movimentos nacionalistas e militaristas. Embora o apoio da
Alemanha à Áustria-Hungria tenha contribuído para o início das hostilidades, as outras
potências, visando essencialmente a defesa dos seus interesses, deixaram-se também
envolver no conflito.
A invasão da Bélgica pela Alemanha, a 4 de Agosto de 1914, iniciou verdadeiramente
as hostilidades da Primeira Guerra Mundial. Aos dois blocos iniciais viriam a juntar-se
muitas das outras grandes potências mundiais:
a
2. Fase - Guerra de trincheiras
Nesta segunda fase, que decorreu entre 1915el916, o conflito teve dois momentos
diferentes. Num primeiro momento, que se prolongou por todo o ano de 1915, o
impasse e a estagnação marcaram o conflito. No primeiro ano de guerra nenhum dos
dois blocos conseguiu resultados rápidos. Adoptaram, por isso, uma estratégia
diferente: reforçaram as linhas da frente ocidental com fortificações ligadas entre si,
procurando desgastar o inimigo através de ataques que obrigavam os soldados a
defenderem as posições conquistadas até aí.
Os exércitos de ambas as partes abriram então trincheiras, onde os soldados se
protegiam e a partir das quais lançavam os ataques ao inimigo.
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No caso específico de Portugal, sabe-se que entrou no conflito junto dos Aliados: em
primeiro lugar, para defender as suas colónias (Angola e Moçambique, invadidas logo
em 1914); em segundo lugar, de modo a marcar a sua posição perante a Espanha que
estava do lado dos Alemães) e as potências europeias; e em terceiro e último lugar,
para legitimar o Partido Democrático no esforço de guerra. 43
Fig. 30 Soldados americanos em França.
a
3. Fase - Retorno à guerra de movimento ( 1 9 1 7- 1 9 1 8 )
Nesta última fase, ocorrida entre 1917el918, deve destacar-se a revolução russa de
1917 e a declaração de guerra às potências centrais por parte dos EUA.
As contradições imperialistas, dos finais do século XIX até ao final da Primeira Guerra Mundial
Àctividades
1. Indica os antecedentes da Primeira Guerra Mundial.
2. Caracteriza as causas da Primeira Guerra Mundial.
3. Identifica as três fases da Primeira Guerra Mundial.
3.1 Caracteriza, de forma resumida, essas três fases.
4. Indica as razões que levaram os EUA a entrarem na Guerra.
5. Coloca um X nas afirmações correctas.
a) O Tratado de Brest-Litovsk foi assinado entre a Rússia e a França. D
b) O Tratado de Brest-Litovsk foi assinado entre a Rússia e a Inglaterra. Cl
c) A saída da Rússia da guerra fortaleceu os ideais antibelicistas. D
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