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Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício 2017;16(3):189-193 189

Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício 2017;16(3):189-93

ARTIGO ORIGINAL
Comparação das cargas de treinamento nos testes de repetições máximas e 1RM em
indivíduos praticantes do treinamento de força
Comparing the training load of maximal repetition and 1RM tests in subjects practicing
strength training

Gildiney Penaves de Alencar*, Jackson Lemos Gonçalves*, Leonardo Emmanuel de Medeiros


Lima**, Aluisio Fernandes de Souza***

*Instituto de Educação e Pesquisa Alfredo Torres, Campo Grande/MS,**Universidade Anhembi


Morumbi, São Paulo/SP, ***Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande/MS

Recebido em 13 de maio de 2017; aceito em 6 de junho de 2017.


Endereço para correspondência: Gildiney Penaves de Alencar, Rua Major Giovani Francisco
Nadalin, 470, 79017532 Campo Grande MS, E-mail: gildiney.gpa@gmail.com; Jackson Lemos
Gonçalves: lemos.jackson@hotmail.com; Leonardo Emmanuel de Medeiros Lima:
leonardolimadocente@gmail.com; Aluisio Fernandes de Souza: aluisio@ucdb.br

Resumo
O objetivo desta pesquisa se destinou a identificar se há diferenças significativas entre os
resultados preditivos de 1 repetição máxima (RM) com o teste de 1 repetição máxima em
indivíduos intermediários e avançados praticantes do treinamento de força no exercício supino
reto com barra. A pesquisa foi realizada com 10 homens (27,7 ± 6,65 anos) com no mínimo
quatro meses de treinamento de força ininterruptos, os quais foram submetidos aos dois tipos
de teste no período de 48 a 72 horas. Não houve diferença estatisticamente significativa
quando comparados os testes de predição de 1 RM e o teste de 1 RM (p = 0,307). Com os
resultados, verificamos que a fórmula proposta por Baechle e Groves pode ser considerada
satisfatória para verificar a força muscular dinâmica de indivíduos intermediários e avançados
no treinamento de força, com idade de 17 a 36 anos no exercício supino reto com barra.
Palavras-chave: treinamento de força, teste de 1 RM, teste de repetições máximas.

Abstract
The objective of this study was to identify if there are significant differences between the
predictive results of 1 maximal repetition with the test of 1 maximal repetition in intermediate
and advanced subjects practicing strength training in the bench press exercise. The research
was performed with 10 men (27.7 ± 6.65 years old) with at least four months of uninterrupted
strength training, who underwent both types of test in the period of 48 to 72 hours. There was
no statistically significant difference when comparing the prediction tests of 1 RM and the 1 RM
test (p = 0.307). With the results, we can verify that the formula proposed by Baechle and
Groves can be considered satisfactory to verify the dynamic muscular strength of intermediate
and advanced individuals in strength training, 17 to 36 years old, in the bench press exercise.
Key-words: training of force, 1 RM test, test of maximum repetitions.

Introdução

O exercício físico ou a atividade física, quando realizada de maneira planejada e


controlada quanto à frequência, intensidade e duração, torna-se imprescindível para a
manutenção da saúde ou até mesmo na aquisição de habilidades exigidas dentro das
modalidades esportivas. Dentre estes exercícios, o treinamento de força é bastante procurado
por diversas pessoas para que estes objetivos anteriormente descritos sejam alcançados.
O treinamento de força pode também receber o nome de treinamento com pesos, e diz
respeito à utilização de materiais como halteres, aparelhos, pesos e outros equipamentos com
o intuito de melhorar o condicionamento físico, a aparência e/ou a atuação esportiva [1].
A força é um dos componentes da aptidão física relacionada à saúde e influencia na
composição corporal do indivíduo. Portanto, os exercícios que envolvam o treinamento de força
são importantes não somente pelo desempenho físico, mas também na saúde como um todo
do praticante [2].
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Muito se discute acerca das cargas e pesos mobilizados em salas de musculação e a


importância que se deve ter em seu controle para atingir o objetivo proposto pelo programa.
Em meio a isso, um dos métodos de controle de carga e prescrição de exercícios estão
voltados à avaliação da força máxima dinâmica com a realização do teste de 1 repetição
máxima (1 RM), muito utilizado e citado por diversas pesquisas.
O peso utilizado está diretamente ligado ao número de repetições em cada série e irá
determinar o grau de intensidade dos exercícios prescritos, sendo talvez o principal estímulo
ligado às adaptações fisiológicas do treinamento de força, como o próprio aumento da força e a
resistência muscular localizada [1,3-5].
Como se sabe, o teste de 1 RM pode sofrer influência de vários fatores e exige um
grau de concentração e conhecimento da técnica para que o resultado seja o mais confiável
possível. Além disso, as cargas elevadas podem ocasionar um estresse muscular, ligamentar e
ósseo muito alto, o qual expõe o praticante a riscos um pouco maiores de lesões e
desconfortos articulares, podendo em decorrência destes haver prejuízos ao seu desempenho
e a sua saúde [6].
De encontro a esta questão, buscou-se mostrar aos praticantes do treinamento de
força que existe uma maneira confiável e segura de se predizer o 1 RM, prevenir as possíveis
lesões que podem ocorrer na realização do teste de 1 RM, bem como conseguir adequar os
treinamentos de acordo com o objetivo.
Neste sentido, o objetivo desta pesquisa se destinou a identificar se existem diferenças
significativas entre os resultados preditivos de 1 RM proposto por Baechle e Groves [1] com o
teste específico de 1 RM sugerido por Uchida et al. [3] em indivíduos intermediários e
avançados no treinamento de força no exercício supino reto com barra.

Material e métodos

A presente pesquisa é descritiva, já que tem como objetivo estabelecer relações entre
as variáveis e tem como uma de suas características a utilização de técnicas padronizadas de
coletas de dados [7], e qualitativa com cunho de corte transversal. Na pesquisa qualitativa se
pode descrever a complexidade de determinado problema e analisar a interação das variáveis
envolvidas [8]. E, no estudo de corte transversal, a obtenção dos dados para a pesquisa ocorre
num só momento, e tem como intuito descrever e analisar o estudo de uma ou várias variáveis
[9].
A pesquisa foi realizada contando com a participação voluntária de 10 homens, com
idade média de 27,7 anos, mínima de 17 e máxima de 36 anos, com tempo mínimo de
treinamento de força de quatro meses ininterruptos, aos quais foram submetidos ao método 12-
15 RM [1] para predição de 1 RM e, dentro do prazo de 48 a 72 horas, ao teste de 1 RM [3]. O
exercício selecionado para a realização dos testes foi o supino reto com barra. Os indivíduos
que apresentaram qualquer tipo de lesão nas articulações envolvidas na execução do exercício
previsto, bem como os que responderam positivamente o PAR-Q e cardiopatas foram
excluídos da pesquisa.
Para a predição do 1 RM foi utilizado o método 12-15 RM apresentado por Baechle e
Groves [1]. Obedecendo ao protocolo, os indivíduos selecionaram uma carga, executaram
entre 12 e 15 repetições máximas e realizaram um aquecimento de 10 repetições. Em
sequência, foram adicionados 4,5 kg ao peso e executadas 3 repetições. Depois, foram
adicionados 4,5 kg e realizado o número máximo de repetições, após um intervalo de 2 a 5
minutos. Em seguida, o valor da carga mobilizada de acordo com o resultado de repetições
completadas foi multiplicado pelo fator repetição da tabela I para encontrar o 1 RM predito [1].
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Tabela I – Previsão de 1 RM de acordo com as repetições completadas.


Repetições completadas Fator repetição
1 1,00
2 1,07
3 1,10
4 1,13
5 1,16
6 1,20
7 1,23
8 1,27
9 1,32
10 1,36
Fonte: Baechle e Groves [1].

Para realizar o teste de 1 RM, o protocolo utilizado na pesquisa foi o de Uchida et al. [3],
no qual os indivíduos avaliados executaram um aquecimento de 5 a 10 repetições com um
peso de 40% a 60% da estimativa de 1 RM. Em seguida, após o intervalo de 1 minuto e
execução de um leve alongamento, realizaram um aquecimento de 3 a 5 repetições com peso
de 60% a 80% da estimativa de 1 RM. Após esta etapa, deu-se um intervalo de 2 minutos, os
avaliados estimaram um peso próximo do máximo, de modo que fosse possível completar de 2
a 3 repetições, adicionando o máximo de 5 kg por tentativas. A cada tentativa executada, foi
realizado o intervalo de 3 a 5 minutos, aumentando ou reduzindo a carga, até que se
executasse apenas uma repetição máxima.
Foi entregue a cada sujeito um Termo de Consentimento e Livre Esclarecimento e uma
Ficha de Dados e Avaliação para Indivíduos Praticantes do Treinamento de Força, juntamente
ao Questionário de Prontidão para a Atividade Física (PAR-Q) [10].
A execução do exercício supino reto com barra para a realização dos testes foi dividida
em fases. Na fase de preparação, o indivíduo deitou-se no banco em decúbito dorsal, fez a
empunhadura da barra com as palmas das mãos voltadas para cima, em uma distância igual
ou maior do que a largura dos ombros. O corpo manteve o contato com o banco e com o solo e
os olhos ficaram abaixo do suporte, conservando os punhos alinhados com os cotovelos
durante todo o exercício [1].
Na fase descendente de execução, o indivíduo executou uma inspiração no momento
em que esteve levando a barra próximo ao peito, mantendo sempre os punhos retos. O
movimento executado foi controlado, em média de 2 segundos do início ao término desta fase
[4]. A barra chegou próximo ao peito e realizou o movimento contrário. Já na fase ascendente,
o avaliado empurrou a barra para cima com seus cotovelos se estendendo de maneira
equilibrada, expirando durante esta fase, com os cotovelos retos e estendidos [1].
O tratamento estatístico dos dados seguiu as orientações de Callegari-Jacques [11] e
Vieira [12], utilizando o Software Graphpad Prism 6.0 (Graphpad Software, Califórnia) e
aplicado o Test t paramétrico-pareado de Gosset para a comparação das médias entre as
relações analisadas, tendo como critério de significância p ≤ 0,05.

Resultados

As características dos participantes da pesquisa (n = 10) se basearam nas variáveis


independentes como a idade (27,7 ± 6,65 anos), estatura (1,74 ± 0,07 metros), peso (85,32 ±
16,69 kg), IMC (28,09 ± 3,79 kg/m²) e tempo de treinamento (4,79 ± 6,04 anos). Em relação ao
tempo de treinamento, existe uma diferença considerável entre o valor mínimo e máximo (0,41
e 16 anos, respectivamente), assim como o desvio padrão elevado na variável idade, peso e o
próprio tempo de treinamento.
No gráfico 1, as médias dos resultados do método 12-15 RM e 1 RM são comparadas e,
de acordo com as análises (Test t paramétrico – pareado), pode-se observar que não houve
uma diferença estaticamente significativa (p = 0,307).
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150

1 R M P R E V IS T O (K G )

1 R M E N C O N T R A D O (K G )
C a rg a (k g )

100

50

Gráfico 1 – Comparação entre a média dos resultados do método 12-15 RM e 1 RM.

No teste de 1 RM a carga obtida foi de 88,20 ± 22,10 kg, com os valores mínimos e
máximos de 40 e 110 kg respectivamente. Já no método 12-15 RM a carga média predita foi de
86,70 ± 23,76 kg, com variação de 33,9 a 114,3 kg.

Discussão

Observa-se que os valores de 1 RM preditos e os resultados do teste de 1 RM ficaram


muito próximos. Num estudo realizado com 50 homens adultos sedentários ou moderadamente
ativos, com idade de 18 a 32 anos, buscou-se a validação da equação proposta por Brzycki
para a predição de 1 RM no exercício supino em banco horizontal e os valores encontrados
também se apresentaram muito próximos, não havendo diferença estatisticamente significativa,
considerando a média e desvio padrão – 1RM (70,3 ± 18,5 kg) e Brzycki (70,6 ± 18,9 kg) [6].
Em outro estudo realizado, buscou-se verificar o grau de confiabilidade das fórmulas
sugeridas por diversos autores para a predição de 1RM, considerando a média e desvio padrão:
O’Conner et al. (73,05 ± 13,75 kg), Epley (76,75 ± 14,35 kg), Brzycki (75 ± 13,87 kg), Lander
(75,62 ± 14 kg), Adams (77,38 ± 15,19 kg) e Baechle e Groves (77,32 ± 13,87 kg). Estas
fórmulas preditivas propostas por estes autores anteriormente mencionados foram comparadas
às cargas mobilizadas no teste de 1 RM no exercício supino reto com barra (76,23 ± 12,52 kg)
e foi observado que todas elas foram confiáveis em predizer o 1RM [13].
Numa pesquisa realizada por Santos et al. [14], os autores compararam o teste de
repetições máximas e o teste de 1RM com o intuito de validar uma fórmula estimativa de 1 RM.
Foram selecionados 15 homens com no mínimo seis meses de treinamento e submetidos ao
teste de 1RM e, no segundo dia ao teste de repetições máximas, com a carga de 60 a 80% do
1RM encontrado no exercício puxada frontal. As análises estatísticas mostraram que não se
obtiveram diferenças estaticamente significativas e a fórmula analisada é válida para a
estimativa de 1 RM, assim como na nossa pesquisa.
De acordo com os resultados encontrados na pesquisa e as comparações necessárias
realizadas, podemos verificar que o método de repetições máximas (12-15 RM) juntamente ao
fator repetição proposto por Baechle e Groves pode ser utilizado com segurança para predizer
a carga de 1RM, já que não houve uma diferença estatisticamente significativa quando
comparada a média de valores encontrados e preditivos de 1 repetição máxima (p = 0,307).
Com isso, os riscos apresentados pelo teste de 1RM no exercício supino reto com barra em
relação às cargas elevadas mobilizadas e a própria segurança do indivíduo durante o teste são
reduzidos.
Ao praticante do treinamento de força, se faz importante respeitar os princípios do
treinamento esportivo e aplicá-los adequadamente conforme a sua experiência. Visando o
aumento da força. É necessário aplicar o princípio da sobrecarga progressiva e variabilidade,
aumentando não somente a carga de treinamento, mas também controlando o número de
repetições, velocidade de execução dos exercícios, intervalo de descanso entre as séries e
exercícios e o volume deste treinamento, ou seja, para se alcançar os objetivos propostos, a
alternância das variáveis do treinamento de força apresentadas nesta são fundamentais [3-
5,15,16].
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Conclusão

Observa-se com os resultados de nosso estudo e as comparações realizadas que a


fórmula proposta por Baechle e Groves se mostra como uma maneira segura de determinar a
quantidade de força máxima dinâmica em 1RM, podendo ser utilizada durante a prescrição e
controle desta importante variável da aptidão física.
É importante salientar que outras pesquisas devem ser realizadas com outras
populações, bem como a avaliação de outros exercícios, a fim de melhorar a gama de
conhecimento pertinente a essa área de atuação, promovendo o melhor desenvolvimento dos
seus praticantes e contribuindo para uma prática regular de exercícios.
Por fim, vale ressaltar que o método de predição de 1 RM através da execução do teste
de repetições máximas (método 12-15 RM) pode ser considerado satisfatório para verificar a
força muscular dinâmica de indivíduos intermediários e avançados no treinamento de força,
com idade de 17 a 36 anos no exercício supino reto com barra.

Referências

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Alegre: Artmed; 2000.
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3. Uchida MC, Charro MA, Bacurau RFP, Navarro F, Pontes Júnior FL. Manual de
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5. Kraemer WJ, Fleck SJ. Otimizando o treinamento de força: programas de periodização
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Validação da equação de Brzycki para a estimativa de 1-RM no exercício supino em
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Janeiro: Guanabara Koogan; 2015.

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