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ARTIGO ORIGINAL
Comparação das cargas de treinamento nos testes de repetições máximas e 1RM em
indivíduos praticantes do treinamento de força
Comparing the training load of maximal repetition and 1RM tests in subjects practicing
strength training
Resumo
O objetivo desta pesquisa se destinou a identificar se há diferenças significativas entre os
resultados preditivos de 1 repetição máxima (RM) com o teste de 1 repetição máxima em
indivíduos intermediários e avançados praticantes do treinamento de força no exercício supino
reto com barra. A pesquisa foi realizada com 10 homens (27,7 ± 6,65 anos) com no mínimo
quatro meses de treinamento de força ininterruptos, os quais foram submetidos aos dois tipos
de teste no período de 48 a 72 horas. Não houve diferença estatisticamente significativa
quando comparados os testes de predição de 1 RM e o teste de 1 RM (p = 0,307). Com os
resultados, verificamos que a fórmula proposta por Baechle e Groves pode ser considerada
satisfatória para verificar a força muscular dinâmica de indivíduos intermediários e avançados
no treinamento de força, com idade de 17 a 36 anos no exercício supino reto com barra.
Palavras-chave: treinamento de força, teste de 1 RM, teste de repetições máximas.
Abstract
The objective of this study was to identify if there are significant differences between the
predictive results of 1 maximal repetition with the test of 1 maximal repetition in intermediate
and advanced subjects practicing strength training in the bench press exercise. The research
was performed with 10 men (27.7 ± 6.65 years old) with at least four months of uninterrupted
strength training, who underwent both types of test in the period of 48 to 72 hours. There was
no statistically significant difference when comparing the prediction tests of 1 RM and the 1 RM
test (p = 0.307). With the results, we can verify that the formula proposed by Baechle and
Groves can be considered satisfactory to verify the dynamic muscular strength of intermediate
and advanced individuals in strength training, 17 to 36 years old, in the bench press exercise.
Key-words: training of force, 1 RM test, test of maximum repetitions.
Introdução
Material e métodos
A presente pesquisa é descritiva, já que tem como objetivo estabelecer relações entre
as variáveis e tem como uma de suas características a utilização de técnicas padronizadas de
coletas de dados [7], e qualitativa com cunho de corte transversal. Na pesquisa qualitativa se
pode descrever a complexidade de determinado problema e analisar a interação das variáveis
envolvidas [8]. E, no estudo de corte transversal, a obtenção dos dados para a pesquisa ocorre
num só momento, e tem como intuito descrever e analisar o estudo de uma ou várias variáveis
[9].
A pesquisa foi realizada contando com a participação voluntária de 10 homens, com
idade média de 27,7 anos, mínima de 17 e máxima de 36 anos, com tempo mínimo de
treinamento de força de quatro meses ininterruptos, aos quais foram submetidos ao método 12-
15 RM [1] para predição de 1 RM e, dentro do prazo de 48 a 72 horas, ao teste de 1 RM [3]. O
exercício selecionado para a realização dos testes foi o supino reto com barra. Os indivíduos
que apresentaram qualquer tipo de lesão nas articulações envolvidas na execução do exercício
previsto, bem como os que responderam positivamente o PAR-Q e cardiopatas foram
excluídos da pesquisa.
Para a predição do 1 RM foi utilizado o método 12-15 RM apresentado por Baechle e
Groves [1]. Obedecendo ao protocolo, os indivíduos selecionaram uma carga, executaram
entre 12 e 15 repetições máximas e realizaram um aquecimento de 10 repetições. Em
sequência, foram adicionados 4,5 kg ao peso e executadas 3 repetições. Depois, foram
adicionados 4,5 kg e realizado o número máximo de repetições, após um intervalo de 2 a 5
minutos. Em seguida, o valor da carga mobilizada de acordo com o resultado de repetições
completadas foi multiplicado pelo fator repetição da tabela I para encontrar o 1 RM predito [1].
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício 2017;16(3):189-193 191
Para realizar o teste de 1 RM, o protocolo utilizado na pesquisa foi o de Uchida et al. [3],
no qual os indivíduos avaliados executaram um aquecimento de 5 a 10 repetições com um
peso de 40% a 60% da estimativa de 1 RM. Em seguida, após o intervalo de 1 minuto e
execução de um leve alongamento, realizaram um aquecimento de 3 a 5 repetições com peso
de 60% a 80% da estimativa de 1 RM. Após esta etapa, deu-se um intervalo de 2 minutos, os
avaliados estimaram um peso próximo do máximo, de modo que fosse possível completar de 2
a 3 repetições, adicionando o máximo de 5 kg por tentativas. A cada tentativa executada, foi
realizado o intervalo de 3 a 5 minutos, aumentando ou reduzindo a carga, até que se
executasse apenas uma repetição máxima.
Foi entregue a cada sujeito um Termo de Consentimento e Livre Esclarecimento e uma
Ficha de Dados e Avaliação para Indivíduos Praticantes do Treinamento de Força, juntamente
ao Questionário de Prontidão para a Atividade Física (PAR-Q) [10].
A execução do exercício supino reto com barra para a realização dos testes foi dividida
em fases. Na fase de preparação, o indivíduo deitou-se no banco em decúbito dorsal, fez a
empunhadura da barra com as palmas das mãos voltadas para cima, em uma distância igual
ou maior do que a largura dos ombros. O corpo manteve o contato com o banco e com o solo e
os olhos ficaram abaixo do suporte, conservando os punhos alinhados com os cotovelos
durante todo o exercício [1].
Na fase descendente de execução, o indivíduo executou uma inspiração no momento
em que esteve levando a barra próximo ao peito, mantendo sempre os punhos retos. O
movimento executado foi controlado, em média de 2 segundos do início ao término desta fase
[4]. A barra chegou próximo ao peito e realizou o movimento contrário. Já na fase ascendente,
o avaliado empurrou a barra para cima com seus cotovelos se estendendo de maneira
equilibrada, expirando durante esta fase, com os cotovelos retos e estendidos [1].
O tratamento estatístico dos dados seguiu as orientações de Callegari-Jacques [11] e
Vieira [12], utilizando o Software Graphpad Prism 6.0 (Graphpad Software, Califórnia) e
aplicado o Test t paramétrico-pareado de Gosset para a comparação das médias entre as
relações analisadas, tendo como critério de significância p ≤ 0,05.
Resultados
150
1 R M P R E V IS T O (K G )
1 R M E N C O N T R A D O (K G )
C a rg a (k g )
100
50
No teste de 1 RM a carga obtida foi de 88,20 ± 22,10 kg, com os valores mínimos e
máximos de 40 e 110 kg respectivamente. Já no método 12-15 RM a carga média predita foi de
86,70 ± 23,76 kg, com variação de 33,9 a 114,3 kg.
Discussão
Conclusão
Referências
1. Baechle TR, Groves BR. Treinamento de força: passos para o sucesso. 2ª ed. Porto
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