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17 O
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A e1aboraçom e publicaçom deste Prontuário foi possível mercê o estudo prévio e
coordenaçom do Secretário da Comissom Lingüística.
Agradecemos a ajuda empres(ada por Alberto Garcia Vessada e Henrique Rabunhal Cor-
go, assi como a de outros que, polas circunstáncias anómalas nas que actuamos e nos fam
actuar, nom podemos citar aqui.
II Edlçom
Imprime:
1& ~~.!=lIr~""~"'~
COMISSOM LINGÜÍSTICA
PRONTUÁRIO ORTOGRÁFICO
GALEGO
Secretário:
J oám Carlos Rábade Castinheira
Índice
Pág.
PRÓLOGO 15
INTRODUÇOM ................................................... 19
Bibliografia breve sobre o reintegracionismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
A ORTOGRAFIA GALEGO-PORTUGUESA
Pâg.
Índice
Pág.
B) Aglutinaçons.............................................. 117
Índice
Pág.
B) Os dígrafos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
1. O mh................................................. 129
2. O ss .......................... ........... ............. 130
H) Contracçons.............................................. 132
VOCABULÁRIOS
ABREVIATURAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 315
PRÓLOGO
Prólogo 15
22 Introduçom / Bibliografia
A relaçom é decerto heterogénea e Incompleta; salvo escassas excepçons, s6 cita trabalhos, lavorávels às
propostas relntegraclonlstas, publicados desde 1977. Em cada entrada resume·se ou comenta·se o contido da
relerêncla. Agradeceremos qualquer observaçom sobre trabalhos nom citados ou sobre os comentários que
aqui se Iam.
Bibliografia 23
ALONSO ESTRAVIS, I. (1978), «Sobre ortograffa galega. Carta aberta a Montero San-
talla .. , in Grial (Vigo), núm. 62 (Outubro:Dezembro), pp. 475-481.
Sucinta exposiçom de alguns pontos da história da ortografia galega; se bem circunstan·
cial, é valiosa tamém por formar parte de um inicio de diálogo' (daquela permitido pola
direcçom da revista) sobre a estandardizaçom do galego.
ALONSOESTRAVIS, I. (1982 a), «Anedotário», in A Nosa Terra (em diante ANT), núm.
179 (5 de Maio), p. 14.
O autor narra umha singela história de intercompreensom galaico·portuguesa e comenta·
-a brevemente.
ALONSO ESTRAVIS, I. (1982 b), «A língua como compromiso .. , in Revista Irmandade
Galega-Lôstrego (Madrid), pp. 7-9.
Chamada à prática conseqüente, quer dizer, reintegracionista, do galego quanto compro·
misso nacionalista.
ALONSO ESTRAVIS, I. (1983 a), «Amadorismo político e lingüístico .. , in Bússola (Ma-
'1'drid), revista de Irmandade Galega-Lôstrego (17 de Maio), p. 6.
Reprocham·se os comportamentos puramente amadoristas na acçom clvica galega e re·
clama·se um certo grau de especializaçom cientifica a respeito da estandardizaçom lin·
güfstica.
ALONSO ESTRAVIS, I. (1983-... ), (Director do) Dicionário galego ilustrado, Eds. Nos,
Corunha.
Primer'ro e, polo de agora, único dicionário galego de envergadura. Compreende cinco to·
mos; recolhe as vozes de onte e de hoje: «Aparece, pois, aqui o galego que hoje se fala e sEl
escrebe - cando realmente se fala e se escrebe en galego -, mas tamén o que se falou ase
escrebeu - até onde nos é coi'iecido .. , explica·se no «Prólogo ...
24 Bibliografia
Bibliografia 27
GIL HERNÁNDEZ, A. (1982 b), ecOrtografia, escrita correcta, ou algo mais?» (I e II),
in ANT, núm. 183 (2 de Abril), p. 16, e 188 (7 de Maio), p. 19.
Réplica a quatro artigos de membros do ILG, aparecidos no Suplemento Cultura, de La
Voz de Galicia (Corunha). Este jornal neQou·se a publicá·la quando correspondia.
GIL HERNÁNDEZ, A. (1984), ecOS princípios da última proposta normativizadora para
o galego: consistência teórica», resumo da eccomunicaçom» apresentada ao
XIII Simpósio da Sociedad Espanola de Lingülstica, in R.E.L. (Madrid), Vol. 14.1,
pp. 157-158.
Submetem·se a crítica os princlpios das Normas ILG·RAG e a sua congruência interna:
som enunciados de modo inadequado e contraditório.
GUERRA DA CAL, E. (1959), ecNota explicativa», in Lua de Alén Mar, Ed. Galáxia, Vigo,
pp. 1 3 - 1 4 . ' ,
Justificaçom da ortografia .. em caminho de reintegraçom», utilizada no poemário. De fac-
to é a primeira obr~ literária em que, despois da guerra' civil de 1936, se tenta umha aproxi-
maçom gráfica do galego ao português. Na mesma linha acha-se Rio de sonho e tempo, Ed.
Galáxia, Vigo, 1963.
GUERRA DA CAL, E. (1983), ecA 'tragedia' não é obra de Eça Oueiroz ... », entrevista de
F. A. Almeida ao Professor ferrolano em Jornal de Letras, Artes e Ideias (Lisboa),
núm. 56 (12 de Abril), pp. 15-17.
Nela opina sobre o conflito lingüístico e ortográfico galego.
GUERRA DA CAL, E. (1985), ecAntelóquio indispensável» a Futuro imemorial (poemá-
rio), Livraria Sá da Costa Editora, Lisboa, pp. 5-13.
Num parágrafo do .. prólogo» afirma o professor: .. Eu tenho a convicção de que a única de-
fesa do galego contra a politica lingüicida dos .. espanholizantes» descansa na progressiva
adopção do padrão luso·brasileiro que os .. reintegracionistas» perfilham».
GUISÁN SEIXAS, J. (1983), ecNotinha para uso exclusivo de meninos e meninhos,
rapazes, miúdos, nenos, crianças, rilhotes, garotos, pícaros, cachogos e picª-
rinhos», in Origem certa do farol de Alexandria e outros contos, Ed. Tcd, Madrid,
pp. 9·11.
Singela e deliciosa explicaçom, nom só para nenos, do que é e procura o reintegraclonis-
mo: .. Sabe que é esta a tua língua, a de todos os dias, que nom outra, e que, se vai assim
escrita, é para que seja também a língua de O\]tros muitos, e para que a ilumine a luz de
muitos dias mais». '
GUISÁN SEIXAS, J. (1984), ecA raia que nom cesa», in Faro de Vigo, sexta-feira, 10 de
Fevreiro, p. 43.
O autor resenha a ediçom do Entremez Famoso sobre a Pesca do Rio Minho (Cadernos da
Escola Dramática Galega, núm. 41) e desqualifica o critério seguido polo editor, M. Ferreiro:
.. Se o galego e o português orais do XVIII se confundiam nos ouvidos dos letrados da época,
devemos registar este facto para sermos fiéis à realidade» e ao texto originai do autor que
.. nom tinha tam clara, como parece ter o seu transcritor, a fronteira lingülstica entre um lado
e outro da raia».
GUTIÉRREZ, E. (1978), A língua é o noso escudo, Escola Aberta, Ponte-Vedra.
Obra Singela em que se apresenta o conflito lingülstico na Galiza, tamém a respeito da
normativa gráfica (Vid. pp. 37-47).
HENRíOUEZ SALIDO, M." C. (1981), ecNotas sobre a normativa ortográfica de Vicente
Risco en Nós», in Orense, Revista da Deputación Provincial, número extraordina-
rio dedicado a V. Risco (17 de Maio), pp. 41-46.
Observaçons pontuais e razoadas sobre a escrita (.. ortografia») de. Risco nas suas
colaboraçons en Nós entre 1929 e 1935, assi como sobre a morfologia, .. sufixos» sobretodo.
- .
HENRioUEZ SALIDO, M." C. (1983), ecReintegracionismo versus desintegracionismo»,
in Irmandade. Revista trimestral da Irmandade Galega de Venezuela, núm. 1 (Ja-
neiro-Março), pp. 74-75.
Breve panorama da situaçom conflitlva nos usos e formalizaçom do galego.
Bibliografia 29
HENRlaUEZ SALIDO, M." C. (1984 a), ,,0 ser ou nom ser do idioma galego», in La Re-
gi6n (Ourense), quinta-feira, 17 de Maio, Especial Letras Galegas, p. 5.
Explica-se exequivelmente o que ha de entender-se por normalizaçom e normativizaçom
do galego do'ponto de vista reintegraclonista.
HENRlaUEZ SALIDO, M.· C. (1984 b), "A causa reintegracionista», in ANT, núm. 251
(19 de Julho), 'p. 12.
No artigo, incluldo no especial dedicado ao Dia da Pátria Galega, denuncia-se a discrimi-
naçom antidemocrática que a «Xunta de Galicia» exerce sobretodo com os professores rein-
tegracionistas.
HENRíaUEZ SALIDO, M." C. (1984 c), «O reintegracionismo cultural e lingüistico
galego-português», in Colectânea de Estudos em Homenagem a Rodrigues Lapa,
Anadia, pp. 21-35. ,
Expom-se sucintamente a história do movimento reintegracionista, repa'fando nos fitos
mais importantes.
pedagógico», in °
HENRlaUEZ SALIDO, M." C. (1985 a), "Relaçom entre a fala e a escrita, problema
Ensino, núms. 7-8-9-10, pp. 201-204.
Comunicaçom ao I Congresso de M. R. P. (Barcelona, Dezembro de 1983), em que se revis-
tam alguns textos dos lingülstas L. Bloomfield, H. A. Gleason, CH. F. Hockett, F. de Saussure
e J. Vendryes, sobre o tema do Utulo.
HENRlaUEZ SALIDO, M.· C. (1985 b), "Problemática da IIngua galego-portuguesa na
Galiza», comunicaçom apresentada ao I Congresso Internacional de Lusitanis-
30 Bibliografia
LÓPEZ, A., O.F.M (1916), Estudios critico-históricos de Galicia. Primera serie (Estudios
históricos. Literatura gal/ega. Bibliotecas y códices litúrgicos de GaliciaJ, EI Eco
Franciscano, Salfltiago. "
Interessantes os textos das conferências recolhidas neste li,\/ro; mais interessantes os
apêndices, em especial os intitulados cela graffa portuguesa .. , cela m final en los documentos
gallegos y portugueses .. , cela m nasal .. , etc.
LÓPEZ FOXO, M. (1980), «Unha crítica à Real Academia Galega", in ANT, núm. 93
(8 de Fevreiro), p. 12. -J
Sumária, mas lúcida análise do «culturalismo .. e «evasionismo .. da douta Instituiçom.
LÔPEZ GARRIDO, C. (1982 a), Interpelaçom parlamentar, apresentada o 14 de Maio,
sobre a Comissom Mixta RAG-ILG para elaborar a normativa que, apresentada
como «acordo" das duas entidades, seria oficializada pola «Xunta" de Alianza
Popular mediante o Decreto Filgueira (20 de Abril de 1983), in Boletln Oficial.
Parlamento de Galicia, núm. 26 (12 de Agosto), pp. 107-110.
, Nom recebeu nengumha resposta.
LÔPEZ GARRIDO, C, (1982 b), Interpelaçom parlamentar apresentada o 23 de Setem-
bro sobre ortografia, imposta ilegitimamente, e autorizaçom de livros de texto,
da autoria de membros ou simpatizantes do ILG, in Boletln Oficial. Parlamento
de Galicia, núm. 38 (17 de Novembro), pp. 485-486.
Nom recebeu nengumha resposta.
LÔPEZ GARRIDO, C. (1983), Proposiçom nom de Lei com os objectivos de «tomar as
medidas pertinentes para declarar nulo o Decreto 173/198~" (Decreto Filgueira) e
«constituir umha Comissom Parlamentar que investigue as violaçons de direitos
e liberdades,assi como as irregularidades havidas na imposiçom da citada nor-
mativa e aprovaçom de livros de texto e material didáctico nas que puderem ter
incorrido as Conselharias de Cultura e de Educaçom".
Com data de entrada no Registro Geral do Parlamento de Galicia, 9 de Junho de 1983,
nom se publicou no aO/etln Oficial, sob pretexto (parece) de o deputado proponente estar ex-
pulso do Parlamento por negar-se a cumprir a formalidade de jurar/prometer acatar a Consti-
tuiçom espanhola de 1978. Portanto, tampouco se respondeu ...
LÔPEZ SUEVOS, R. (1983), Dialéctica do desenvolvimento: Naçom, Língua, Classes
sociais, AGAL, Corunha. .
Ajeitada para entender no seu conjunto a proposta reintegracionista,. em particular a
secçom que tem por epígrafe «Língua.. : ceA salvaçom do galego passa pola necessária con-
vergência de duas linhas, a corrente que pom o problema politico em toda a sua dimensom e
a corrente que, no plano filológico, considera ineludlvel a re·integraçom do galego na sua
área cultural .. , podemos resumir com palavras do autor.
MARINHAS DEL VALLE, J. (1977), «Carta à direcçom", in Teima (Santiago), núm. 6
(20 de Janeiro), p. 34.
«Non fagamos a Galiza tan diferente, tan diferente que a deixemos sen amigos nen paren-
tes. Nunca a sometamos á operaci6n de ciruxla (anti) estética que Ile deforme ou borre os
rasgos da nobre familla a que pertence .. , observa aos correctores lingülsticos da revista, per-
tencentes ao IlG, o escritor membro da RAG.
MARINHAS DEL VALLE, J. (1985), «Linguagem e literatura", in Agália, Revista da
AGAL, núm. 1 (Primavera), pp. 31-41.
Texto de umha assisada conferência pronunciada durante as Jornadas do Ensino (ponte-
·Vedra, 1982). \
MIRAGAIA, M. (1978 a), «Galicia e Portugal", in EI Ideal Gal/ego (Corunha), 28 de
Fevreiro e 5, 12 e 19 de Março.
Série de quatro artigos em que se proponhem necessárias relaçons, IIngülstlcas e cultu-
rais, entre a Galiza e Portugal.
MIRAGAIA, M. (1978 b), «Carta aberta a Rodrigues Lapa", in ANT, núm. 17 (19 de
Maio)/ p. 12.
Precisa algumhas das Ideias expostas nos artigos em riba citados a respeito da normati-
vizaçom e da mútua comunicaçom, por meio dos mass-media, entre a Galiza e Portugal.
Bibliografia 31
in AA.VV.
Lugo.
°
PAZ ANDRADE, V. (1968), "A evolución tras-continental da lingua galaico-portuguesa ..
porvir da lingua galega, Círculo de las Artes. Instituto de Estudios,
Lúcido trabalho em que se sustenta a «unificaçom" nom literal do galego com o portu-
guês «facendo os axustes necesarios pra aproveitar as ventaxas mútuas que un intertroque
permanente poderia proporcionar ...
PENA, X. R.-CORA, M. P. (1979), "Caras e cru ces da Ifngua galega», in La Voz de Ga-
licia, quarta-feira, 21 de Fevreiro, p. 3.
Correcçons e precisons a um artigo, do mesmo titulo, de JJ. Moralejo.
PRIETO ALONSO, D. (1977), "Un problema ortoQráfico e un estudio lingüístico»,
in Grial (Vigo), núm. 56 (Abril-Junho), pp. 142-153.
Compreende o trabalho umha «carta aberta a Ramón Plneiro" e umhas «consideraci6s
sobre un libro de C. P. atero,,; tem de ler·se em relaçom com o seguinte artigo deste autor
de 1981.
PRIETO ALONSO, D. (1980), "As ideas filosóficas e lingüísticas do Pe. Sobreira»,
in ANT, núms. 123 (12 de Setembro) e 124 (19 de Setembro), p. 12.
«Como os fil6sofos románticos alemáns da época, de temperamento e sentimentos se-
meliantes, Sobreira consegue unha slntese entre a sensibilidade poética e a análise cienti-
fica", observa o autor sobre o frade bento.
PRIETO ALONSO, D. (1981), "Máis sobre evolucións e revolucións», ln Grial (Vigo),
núm. 74 (Outubro-Dezembro), pp. 490-496. ,__ __
Revisom, em grande medlda;cfas ideias expostas no trabalho anterior numhà resposta a
«Repostas e puntualizacións" de C. P. atero (Grial núm. 60), à sua vez, ao artigo anterior do
Prof. Prieto Alonso.
Bibliografia 33
CAPÍTULO I
peIxe
.
volta (/ó/); poço (ló/)
(I) Sobre o nome das letras veja-se o Estudo critico (AGAL), nas páginas 47-50.
(2) O fenómeno conhecido por sesseio (<<falar polo esse))) é plenamente válido em galego. De lOdas.-as formas, é umha caract~
ristica própria da fala Que nom se deve representar na escrita: /sçra/ más escrito- cera, IResàR/ mas esCrito ·rezar.
(3) Em português e brasileiro g (+ e, i) e j correspondem-se com IV.
(4) O h é umha letra que nom tem valor fónico (nom se pronuncia), mas que se mantém por motivos etimológicos, poJa lradi-
çom escrita ou por convencionalidade, como veremos mais adiante. Ora, despois das letras e, I, m e n forma os digrafos
eh, Ih, mh e nh, que tenhem um valor fónico diferente ao das letras anteriores, como se pode comprovar no parágrafo 4.
(5) Nas variantes do nosso idioma, portuguesa e brasileira, estas letras recebem o nome de v~ e 'l~ ao pronunciar-se diferentes
de bê e cê (lv/-/b/ e /z/-/s/).
38 K, w, y, ç I Dígrafos
2. Além destas vinte e três letras hai as três seguintes: k (capa ou cá), w
(uvê duplo) e y (ípsilo ou i grego)6, que se utilizam só nos seguintes casos:
a) Símbolos e siglas convencionais de uso internacional: K (potássio), k.
(quilo), km. (quilómetro), k.o. (knock-out), kW. (quilovátio), W (Oeste,
volfrámio, vátio), watt (vátio), W.C. (water-closet), y (incógnita algébrica),
Y (ítrio), yd. (jarda), etc.
b) Nomes próprios estrangeiros e os seus derivados: Kafka e kafkiano;
Kant e kantismo; Shakespeare e shakespeariano; Darwin e darwinismo;
Newton e newtoniano; Wagner e wagneriano; Washington e washingto-
niano; Byron e byroniano; Taylor e taylorismo, etc.
c) Palavras usuais nom adaptadas (relativamente poucas): kírie (mas:
quirieleisom), kremlim, nylon, penaUy, poker, rally (e rali), rugby (e rá-
guebi), water-polo, whisky (e uísque). No res;o dos casos, adaptam-se as
grafias foráneas (k, w e y) às usuais do nosso alfabeto (clqu; viu; ilj):
cá/capa (nome da letra k), Cam (príncipe oriental), Cansas, curdo, folclore,
heureca!; coque, críquete, estique, haraquiri, hóquei, Nova Iorque, Pequim,
. Quénia, quépi, quilo, quimono, quiosque, Tonquim, Tóquio; Havai, Otava,
vátio, Venceslau, Vestefália, volfrámio; sanduíche; Aiala, Baiona, Hendaia,
Himalaia, ianque, iate, iene, iodo, ioga, iogurte, ioió, jóquei, Miragaia, pó-
nei; dándi, grogue, jogue; jarda.
3. O ç (cê-cedilhado) nom é propriamente umha letra do alfabeto, se-
nom simplesmente a letra c com um sinal por baixo (a cedilha) para indicar
que ante a, o e u (únicos casos em que se utiliza) se pronuncia o mesmo que
c ante e e i ou que z. Isto é, o ç de raça pronuncia-se igual que o c de cedo ou
o z de prazo 7 •
B) OS DÍGRAFOS
4. Os dígrafos som os grupos de duas letras que representam um único
som B:
Dígrafos Nome Valor fónico Exemplos
ch cê agá lêl chamar
gu gê u Igl guerra
Ih ele agá I!I colher
mh eme agá (1)] umha 9
nh ene agá In/ lenha
qu quê u Ikl queixo
rr duplo erre /fI carro
ss duplo esse /s/ passo
(6) Na ordenaçom alfabética, o k iria despois do j e antes do /,' o w despois do v e antes do x e o y despois do x e antes do z.
Mas estas três letras nom se devem considerar propriamente como do alfabeto galego.
(7) Na ordenaç0!l1 alfabética irá antes ó c que o ç. Assi, primeiro maca e despois maça; primeiro capa e despois rapa.
(8) Sobre a conslderaçom destas formas como dlgrafos e nom propriamente como letras, veja-se o Estudo er(tieo (AGAL) na
pâg. 49. Ao considerá-los comO duas letras e nom como umha, a ordem alfabética das palavras será tendo em conta cada
umha das letras do digrafo separadamente; assi chamar incluirá-se dentro da letra c e irá despois de cera à antes de cin'la.
por exemplo (ao ser o h posterior ao e e anterior ao i),' lenha irá despois de Iene e antes de leninismo; umha irá. despois de
úmero e antes de un6nime; unha despois de ungulado e antes de uniom; passo despois de pasquim e antes de pasta, etc.
(9) Tamém o plural umhas, assi como os indefinidos algumha(s) e nengumha(s). Veja-se a nota 157. É discutivel o valor fone-
mático de [')1 em galego. .
Uso do -m e b 39
1. Uso do -m final 10
2. Uso do h 14
(lO) Para a sua justificaçom veja-se o Estudo critico (AGAL) nas pãgs. 54-55. o Método (Martinho Montero) nas págs. 19-22 e
as Orienlaçons (AS-PG). na pãg. 17.
(II) Nas variantes lusa e brasileira do nosso idioma, as terminaçons tónicas acabam em -do (sazdo, raziJo, tradição, etc.) e as
átonas em -on (veja-se a nola 364). ou em -Qm as sextas pessoas do perfeito (andaram. colheram. partiram; gal.: andárom,
colhêrom.. JHlrllrornl. . .
(i2) As terminaçons átonas acabam em -em nas três variantes do nosso idioma (jovem. ordem. etc.), salvo urnhas poucas mui
cultas que acabam em -en em português e brasileiro (pólen sémen, etc.; veja-se a nota 364).
l
(13) As terminaçons tónicas acabam. em português e brasileiro. em -ão (irmão. pão, farão ... ) e as átonas majoritariamente em
-am (igual que em galego: colheram, cantam ... ), ainda que hai tamém algurnha palavra em -an: dólman e (man (gal. imám
e bras. (mO). .
(14) Para a justificaçom do uso ou nom uso do h- inicial e interior de palavra veja-se o Estudo critico (AGAL) nas págs. 52-53
e tamém o Método (Montero Santalha) nas pãgs. 73 e 74.
40 Uso do h
3. Uso de g (+ e. i). i e x l1
10. Estas três letras representam um mesmo fonema (isto é, pronun-
(18) Como já vimos no parágrafo J a letra g pode ter outro valor fonemático, /g/, diante de a, o, U e a letra x o de /ks/ ou
'J
• E nestas quatro:
ajôujere hoje majestade (majestático) Serajevo
c) Por motivos de tradiçom gráfica em 26 :
manjericom manjerona laje paje(m) traje ultraje
d) O j + i só se utiliza a começo de palavra (excepto em: canjirom) de
origem nem latina nem romance:
jibóia jiga jilaba jingo jiu-jitsu
22. Usa-se xe, xi:
a) Os tempos do tema do perfeito de dizer, fazer, pôr, querer e traer
(dix-, fixo, PUXo, quix- e troux- 2 1): dixem, dixera, dixesse, dixer ... ; fixem, fi-
xera, fixesse, fixer ... ; puxem, puxera, puxesse, puxer... ; quixem, quixera,
quixesse, quixer... ; trouxem, trouxera, trouxesse, trouxer...
b) Algumhas palavras soltas 2B com os seus derivados:
dixe aximez Mexia Truxilho
xeque bexiga México xícara
Xerez coxim mexilhom Ximeno e Ximênez/Ximénez
xeringa 29 faxina perexil xílgaro (ou pintassilgo 29 )
Xerxes lixívia
c) Umha série de palavras incluídas mais adiante nos parágrafos 33.,
34., 35., 36., 38. e 3930.
b) j + a, o, u / x.
23. O uso de j, especialmente diante de a, o e u é bastante mais fre-
qüente que o uso de x diante destas letras. Neste caso tamém podemos re-
correr ao que apontávamos no parágrafo 12. para inferir os casos em que se
utiliza o j.
24. Desta arte, usa-se j em palavras como: ameija/amêijoa, caramujo,
caranguejo, gorja, jardim, Joám, jogo, jóia, jota, jovem, joves, judo, juiz,
juízo, julgar, Julho, Junho, lentejoula, laranja, rajo, Tejo, etc. Confronta-
remos o uso desta letra com o da letra x. Nos próximos parágrafos expomos
os usos desta última da maneira mais exaustiva possível, de modo que nos
demais casos se utilizará a letra j. -
25. Temos} nas palavras acabadas em -eja, -ejo e -ejar. Assi:
a) A 1. a pessoa do presente do indicativo e todo o presente do subjunti-
vo de ver: vejo/veja, vejas ... , e tamém o presente do subjuntivo de estar e
ser: esteja, estejas ... ; seja, sejas ...
(26) Gorjear, sarjeta e tarjeta som derivadas de gorja, sarja e tarja, na realidade.
(27) Em luso-brasileiro os temas som: diss- (dissera ... ), jil.- (fizesse ... ), pus- (pusemos ... ), quis- (quiser... ). Nom se descarta a
possibilidade de usar g nos perfeitos de pôr e querer (pugem, quigem), documentado assi em textos antigos.
(28) . Utilizaremos chefe (forma que no galego falado está espanholizada), do frances chef. Haveria que incluir nesta lista ta-
mém: xerga, xerife; exido.
(29) As formas seringa e pintassUgo som as luso-brasileiras.
(30) Som em concreto as seguintes com os seus derivados: almo/reixe, axejar, baixel, baixela, Bruxelas, Caxemira. cóxegas,
dervixe, enxebre, enxergar, enxergom, enxerir, enxerto, feixe, haxixe, maxicole, mexer, peixe, p~xego, rouxinol, lauxia,
xebrar, xelim, xenreira, xerife, Xeflándia, xis e xisto.
44 Uso de ja, jo, ju e x
30. Som tamém com j umha série de palavras de procedência latina (vo-
zes patrimoniais e cultas) ou foránea, que tinham i + vogal, (j + vogal ou
y + vogaf3 9):
a) Vozes patrimoniais:
ajuda cujo (pron. relat.) jazer
ajuntar e ajuntamento já jejum e jejuar
cajado jantar ju~o (subjugar, Jugoslávia)
b) Vozes cultas:
adjuvar (coadjuvar) ejacular jugular
cônjuge (conjugal) jambo (jámbico) major (majoritário)
conjuntura (desconjuntar) jejuno pejorativo
disluntivo .
c) Vozes foráneas:
jarda (medida) jogue (asceta indiano) jóquei (ginete) juta majólica
31. Por último, som tamém com j40:
ajôujere Janeiro jornal (jornalismo)
anjo janela jungir
arranjar (arranjo) joelho (ajoelhar) rijomlrojom
esturjom (ou esturiom) joldaljoldra tijolo
ginja
32. A partir de aqui vamos ver umha série de casos de uso do x, de ma-
neira predominante ou exclusiva. Recordemos que esta letra pode ter dous
(ou três) valores fonemáticos: o de Isl (caixa, deixar ... ) e o de Iksl ou Isl
(sexo, texto ... ). Os casos anteriormente vistos e os que venhem imediatamen-
te tenhem valor de /SI. A partir do parágrafo 37. veremos alguns casos rele-
vantes com valor de Iksl ou /s/.
33. Som muito mais abundantes as palavras com ditongo + x que as de
ditongo + j41:
a) Ditongo + x:
Aleixo faixa peixe
baixel feixe queixa (queixar)
baixela freixo (Freixeiro) reixa
baixo (abaixo, baixar, frouxo (afrouxar) rouxinol
debaixo, embaixada) gueixa seixo (Seixas)
caixa (caixilho, encaixar) madeixa teixo (Teixeiro)
deixar (desleixar, leixa-prem) paixom (compaixom) teixugo
eixo
Dentro deste apartado podem-se incluir os tempos do tema do prefeito
do verbo traer (troux-), já vistos: trouxem, trouxera, trouxesse, trouxer ...
(39) Em espanhol som com y. Recordemos Que o resultado j é o mais abundante nas vozes com esta origem: hoje, jeiro, enjoo,
nojo, jeito (e outras que já vimos em -jeito/-jeero, -jeiçom/-jecçom, -jeitar/-jectarJ, seja, veja. verbos em -ejar, Jeová, Je-
sus, etc
(40) Tamém: jaclo, janota. joe;ra.
(41) Tamém: almo/reixe, laux;a e as variantes Tereija/Tareija de Teresa. Em luso-brasileiro tamém trouxe-mouxe. talvez con-
fusom de grafias por trouche-mouche Ou Iroche-moche.
46 Uso de ja, jo, ju e x
b) Ditongo + j:
aleijar aprelJar Arteijo beijo (beijar) carqueija 42 cereija 43 feijom
c) Convém nom confundir:
ameixa (fruta) com ameija/amêijoa (molusco)44.
queixo (terminaçom em ángulo da mandíbula) com queijo (produto do
leite).
34. Som tamém muito mais abundantes as palavras começadas por enx-
que as começadas por eng- ou enj-:
a) Começadas por enx-:
enxada enxárcia enxerto enxovalhar
enxadrealenxadreia enxebre 46 enxofre enxugar
enxaguar1enxaugar 45 enxergar enxotar enxúndia
enxame enxergom enxoval enxurrar
enxaqueca
b) Começadas por eng- e enj_47:
engendrar engenho (engenharia, engenheiro) enjoo
35. Levam tamém predominantemente x, ainda que hai casos com j,
umha série de palavras que tenhem em galego o fonema palatal /'51 e que em
espanhol se adaptárom com as grafias ch, z (+ a, o, u), c (+ e, i), sou sh.
Assi:
a) No primeiro caso (gal. x ou j, esp. chj48:
Caxemira paxá xelim jaqué jorro
haxixe xaile/xale 49 xerife jaqueta
b) No segundo caso (gal. x ou j, esp. z ou cJ5o:
axejar/acejar 51 mexer (mexerico, mexeriqueiro, remexer)
E tamém duas palavras que no nosso idioma alternam xe ou ce:
cóxegaslcócegas 52 xenreiral cenreira 53
c) No terceiro caso (gal. x ou j, esp. s ou shJ54:
Bruxelas Xangai xastre 55 xól bijutaria
xá (da Pérsia) xarda/sarda Xetlándia
• -fluxo:
fluxo (afluxo, influxo, refluxo)
• -plexia e -plexo 65 :
apoplexia' complexo perplexo
E ademais 66 :
anexo paradoxo próximo Saxónia (saxom)
esdrúxulo prolixo relaxar
40. Nalgumhas palavras bastante usuais a letra x etimológica substitui-
-se pola letra s:
a) es- (ou is-):
escavar esplanada espremer estrangeiro
escoriar espoliar esquisito estranhar e estranho
escusar espraiar estender insençom e isento
Os derivados de esplanada som com x: explanaçom, explanador, expla-
nar, explanatório. Os de estender som com s os começados por estend- (es-
tendal, estendedoiro, estendível... ), mas com x os começados por extens- (ex-
tensibilidade, extensível, extenso, extensom .. .), de índole mais culta.
O verbo estremar (<<separar») distingue-se de extremar (<<ultimar») grafi-
camente e polo seu significado. Do primeiro som derivados: Estremadura,
estremenho •.. e do segundo: extrema-unçom, extremidade, extremismo,
extremo; .. Tamém polo significado e pola grafia distinguimos espremer
(<<apertan» de exprimir (<<expressar») e esperto (<<astuto, inteligente») de ex-
perto (<<entendido, especialista»).
b) justa-:
justalinear justapor (justaposiçom, justaposto)
c) E nas seguintes vozes 67 :
misto (mistura, misturar) Calisto (calistino) Sisto (sistino)
41. Mas noutras temos x e nom S68:
exalçar (exalçamento) exsudar (exsudaçom)
42. A letra x (tenha o valor Isl, Iksl ou Is/) conserva-se em todas as
palavras derivadas, diante das cinco vogais (salvo nas excepçons já vistas):
debuxar (de debuxo), lixento (de lixo), prolixidade (de prolixo), cartuxo (de
Cartuxa), luxuoso (de luxo), etc.
43. O j conserva-se diante de e e i nos derivados de palavras com ja, jo,
ju. Assi temos: anjinho (de anjo); arranjista (de arranjo); cereijeira (de ce-
reija); gotejes, goteje, gotejam (de gotejar); queijeira (de queijo); sujidade
(de sujo), etc.
4. Uso de b e V 69
46. Como vimos no parágrafo 1., estas duas letras correspondem-se
com um mesmo fonema /b/, isto é, pronunciam-se igual. Por outro lado, a
sua distribuiçom é normalmente coincidente com as línguas ocidentais (afora
o espanhol), ainda que hai alguns empregos peculiares do galego motivados
pola nossa tradiçom gráfica e pola etimologia.
a) b
47. Som com b uinha série de terminaçons como -bil: alíbil, débil, há-
bil, lábil, núbil; -fobia e -fobo: germanofobia, hidrófobo ... , entre outras.
Tamém as palavras começadas por hibern- (hibernaçom, hibernal.. .),
iber-(ibérico, iberizar, ibero ...) e ainda mais.
48. É muito mais abundante o grupo br que vr (este último s6 se utiliza
numhas poucas palavras tratadas no parágrafo 55.): Abril, bebra/breba,
branco, cobra, dobrar, febra, febre, fibra, genebra, híbrido, lebre, lúgubre,
nobre, pobre, etc. .
49. Tamém som com b muitas outras palavras soltas: abano, banco,
baixo, bolsa, cabo, cubo, debuxo, globo, hipérbole, icebergue, imbécil, in-
cumbir, lábio, labor, puberdade, sílaba, também 7o , etc.
50. Som com b algumhas palavras em que hai dúvida e às vezes se en-
contram mal escritas com v:
bafo baleiro 71 bolboreta/borboleta.73
bago (bagaço) balor (balorecer)12
(69) Sobre a justificaçom do uso de b e v na nossa grafia vejam-se o Estudo crItico (AGAL) nas páginas 50 e 51, o Método
(Montero Santalha) nas páginas 61-62 e 69, e as Orientaçons (AS-PG) na página 15.
(70) A forma luso-brasileira ê imbecil. A forma lamém é mais corrente em galego e no luso-brasileiro popular, sendo em prin-
cípio válida no galego escrito.
(71) Esta forma nom existe em luso-brasileiro; é sinónima de vazio.
(72) A variante luso-brasileira é bolor (bolorecer).
(73) A forma luso·brasileira é borboleta.
--------- -- ---- -
50 Uso de b e v
-(74) As palavras derivadas de móvel por prcfixaçQID som .... evidentem~nt~. com v: _Qulomóve/~. ;móvel.,<-
(75) Confrontem-se as terminaçons mais abundafltes em -bil no parágrafo 47. e -bUidade. -biUzár, elc. no parágrafo 51 .• apar-
tado b).
(76) Confronte-se o espanhol carvajo/carvallo. corvajallcarvalfal e o asturiano carvayo.
(77) A forma luso-brasileira ~ divida.
(78) A forma luso-brasileira ~ ervilha.
(79) Confronte-se o espanhol orva/lo.
(80) A forma luso-brasileira ~ uivar.
(81) Forma galega que designa a madrigueira do coelho.
(82) A forma luso-brasileira é Irov60 (com os derivados trovoar, trovoada, trovejar ... ).
(83) Vidoeiro tem v por influencia de vide.
(84) É forma galega. ainda que tamém existe no português dialectal e ~ sinónima de vesgo.
Uso de b e v 51
(85) Como vimos no parágrafo 48., as palavras com -br- som muito mais abundantes. Preferimos bebra (forma tamém luso-
. -brasileira, mas pouco utilizada) ou breba à forma luso-brasileira Mbera. Tamém febra. forma coincidente com a luso-
-brasileira...a I~VfrQ ou fevra. fçnna.s es.ta~J. assi mesmo, luso-brasileiras (a última meno! Ulilil.ada).
(86) A forma luso-brasileira é Fevereiro. já documentada, aliãs. nos nossos textos medievais (confronte-se A vida e Q fala dos
devanceiros).
(87) Mas: labrego.
(88) Mas: liberar, libertar ... , cultos.
(89) Taml:m: alvanhal, alvéitar, alvitre, silvar.
(90) Em luso-brasileiro utiliza-se normalmente alvoroçar por alvoro/ar.
52 Uso de b e v
d) Da consoante r91 :
árvore erva estorvar e estorvo turvo
carvom escarvar torvelinho
As derivadas de árvore, excepto arvorado, arvorar e arvoredo, som com
b por ser latinismos de incorporaçom tardia: arbóreo, arborescente, arbori-
zar, arbúsculo, arbusto ...
As derivadas de carvom som com v as que perdêrom o -n- intervocálico:
carvoaria, carvoeira, carvoeiro ... mas a maior parte delas, por serem cultas,
conservam o -n- intervocálico e o b latinos: carbonáceo, carbonatar, carbo-
nato, carbónico, carbonizar, carbono, carbonoso ...
As derivadas de erva som com b as começadas por herbi- e herbo- (salvo
ervosb) tamém por serem palavras de procedência culta: herbiforme, her-
bívoro, herbolário, herborista, herborizar...
E as derivadas de turvo som normalmente com b: enturbar, perturbar,
turbamulta, turbar, túrbido ...
57. Levam v e nom b as seguintes palavras em que o v vai precedido de
vogal 92 :
alcova Cristóvao/Cristovo 95 névoa
alfavaca embevecer nuve(m)99
algaravia endival endívia pavilhom
arrivismo 93 escaravelho pavio
avelório escova pivete
avô escriváml escrivao povo (Póvoa)
avondo 94 Estêvao/Estevo (Estêvez)95 rodavalho 100
azeviche fava roivo/ruivo 101
azevi n heiro I azevinho fivela savana
caravela garavançol gravanço 96 sevandija
cascavel (serpente) goiva sovaco
cavalo e cavalgar (cavaleiro) governo (governamental) tavám/tavao
cavalheiro gravata trave
cevada Havana 97 trevas
chisgaravis javali trevo
Córdova lavoura 98 Vesúvio
covil
Os derivados de fava tamém som com v: faval, faveca ... excepto fabi-
forme que é de origem culta.
5. Uso de c, ç e Z104
(102) Tamém levam -v inicial: varloos, vasquinho, velenho. Mesmo seguindo umha ortografia congruente para o próprio es-
panhol haveria que grafar neste idioma com v e nom com b as palavras correlativas às seguintes galegas (que já vimos ou
vamos ver nesta última lista), devido à etimologia da qual procedem, que tinham de dar como resultado em espanhol v Ce
nom b): advogado, av{J. arrivismo, azevinheiro/azevinho, coravela, cascavel, cavilha, conchavar, Crislóvao/C,islovo.
embevecer, EstlvaolEstevo, grava', grava/a. Havana, hornaveque, pavilhom, pivete, resvalar, trevo, varanda, varrer,
vasco, verça. vermelho, verniz. Vesúvio, vogar e vulto. Mas nestes casos o espanhol é antietimol6gico (haveria que supor
que as Normas ILG-RA G teriam que usar todas estas formas com v devido ao seu etimologismo acérrimo -latim = gale-
go- no uso destas letras'!). Ora, dentro das premissas etimológico-ortográficas do reintegracionismo, teriam de ser, em
principio, com b e nom com v (se provinhessem de -P- intervocãlico no latim vulgar): entivar, escova, estivar, estrovo,
nêveda, pavio, pevide, polvo e povo. excepçons motivadas pala nossa tradiçom escrita e por harmonia bãsica com o por-
tuguês e brasileiro. E apesar da influência da ortografia espanhola na galega, aparecem és vezeS registadas em textos ga-
legos actuais com b e ainda com v vozes que em espanhol se escrevem com b: cavilha. dúvida, embevecer, fivela,
javari(m), nêveda. povo, torvelinho, travar, trave, trevas, varanda, vermelho (logicamente com ortografia espanholizan-
te: cavilfa, xavar((n), néveda, torve/iflo, verme/lo).
(103) Velhaco tem v por influência de velho.
(104) A justilicaçom do uso das três grafias pode consultar-se no Estudo cr(fico (AGAL), na pãg. 51, no Método (Montero
Santalha) nas pãgs. 99, 105 e 119. e nas Orientaçons (AS·PG) na pãg. 17.
54 Uso de ça, ço, çu; za, zo, zu
a) ç+a, o, u / z+a, o, u.
61. Com o uso do ç diante de a, o, u, a utilizaçom da letra z (+ a, o, u)
é bastante reduzida e fácil de assimilar.
62. Desta maneira, o ç pode ir a começ0 105 (ainda sendo mui pouco
usual neste caso) ou em interior de palavra. Em interior de palavra pode ir
precedido de consoante (s6 I, r ou n) ou de vogal.
63. Tendo em conta que precedido de I s6 temos com z a palavra colza,
os casos de ç precedido daquela consoante som poucos ainda que mais
usuais:
alçar (exalçar, realçar) dulçor 106
calçar (calças, calçom, descalçar) percalço
64. Precedido de r o z apenas se utiliza em zarzuela 107 , de maneira que
temos com ç precedido daquela consoante 108 :
almorço (almorçarpo9 camurça força (esforço) orçar
Arçua çorça/sorça 111 garça terço (terça)
berç0 110 corço (escorço) Março verça
65. Precedido de n som com z S6 112 :
anzol bonzo cinza engranzar Gonzaga (mas: Gonçalo)
O resto som com ç, sendo mui habitual nas terminaçons -ança (aliança,
balança, Constança, França, herdança, lança, lembrança, Iivrança, militan-
ça, perseverança, pujança, verosimilhança, vizinhança ... ) e -ença (avença,
crença, diferença, doença, Florença, licença, nacença, Palença, pertença,
Plasença, presença, querença, sentença, Valença ... ). Som algo menos abun-
dantes as terminaçons -anço (Retanços, garavanço/gravanço, ranço, roman-
ço .. .),-ançar (normalmente derivadas: abalançar, abonançar, afiançar,
avançar, dançar, escançar, esperançar, lançar, trançar .. .), -enço (lenço,
Lourenço), -ençar (diferençar), -inça (pinça), -inço (painço), -inçar (destrin-
çar, inçar, pinçar), -onça (geringonça, onça), -onço (engonço, vasconço) e
-onçar (engonçar). Tamém: Gonçalo (Gonçáfvez), Lançarote e Mançanares.
66. Para o ç precedido de vogal veremos em primeiro lugar certos co-
meços de palavra (aça-, aço-, açu-) e despois, terminaçons (-açal; -aça, -aço,
(lOS) A normativa luso-brasileira trQCou o uso do ç- inicial polo de $- inicial, ao pronunciar-se exactamente igual estas duas
letras em português e brasileiro (/5/): safira, samarra, Samora, sapato, Saragoça, sorpar, soco, sumo... Como em gale-
go, polo menos nas zonas nom sesseantes, se pronuncia o 5 (ls/) diferente do ç (10/), convém manter as duas letras em
inicial de palavra naqueles casos significativos (confronte-se o parágrafo 80.).
(106) É mais utilizada doçura.
(107) Tamém: ano/a. miná. A palavra quarlzo vai precedida propriamente do grupo rI.
(l08) Tamêm:- a/corça, cadarço, escarça, garço, murço.
(109) A forma luso-brasileira é a/moço (a/moçar).
(110) Tamém é válida a variante galega berce.
(III) A forma luso-brasileira é surça.
(112) Tamém: banzo, banzar, banzo, gonzo, granzo, monzonito. Poderia haver a possibilidade de eliminar estas excepçons uti-
lizando ç em todos os casos: onçol, bonço, cinça ...
Uso de ço, ço, çu; zo, zo, zu 55
-açar; -eça, -eço, -eçar,' -iça, -iço, -içar,' -oça, -oço, -oçar,' -uça, -uço, -uçar;
-ouça, -ouço, -ouçar).
67. No princípio de palavra temos:
a) aça- / aza-:
açacalar açaime/açaimo
açafata açambarcar azar 113
açafrám
b) aço- / azo-:
aço açotea/açoteia azóico azoto 114
açor (açorar, Açores) açoute azorrague
c) açu- / azu-:
açúcar açular azul (azular) azurite 115
açucena azulejo
68. É com ç a terminaçom -açal e com z a terminaçom -azám:
aguaçal lamaçal alazám pazám
ervaçal lodaçal folgazám
69. Acabadas em -aça, -aço e -açar existe um grande número de pa-
lavras:
a) -aça: ameaça, cabaça, caça, couraça, graça, praça, raça, taça, terra-
ça, trapaça... e tamém como sufixo aumentativo: bocaça, colheraça, ga-
tinhaça, gentaça, linhaça, mulheraça, senhoraça, vinhaça ...
b) -aço: andaço, baço, braço, cansaço, embaraço, espaço, laço, maço
(maçacote, maçapám, maçaroca), paço, pedaço, regaço, sedaço... e como
sufixo aumentativo: animalaço, balaço, canhonaço, espinhaço, inchaço, lan-
çaço, melaço, peitaço, senhoraço, vermelhaço ...
c) -açar. Além dos verbos derivados de substantivos acabados em -aça e
-aço (abraçar, ameaçar, amordaçar, caçar, despedaçar, embaraçar, engraçar,
espaçar, laçar, maçar... ) tamém: adelgaçar, escagaçar, esgaçar116 •
d) Com -aza, -azo e -azar s6 temos 117 : Gaza, vaza (de cartas); prazo
(aprazar, emprazar.. .); vazar (<<esvaziam) e os substantivos bazar e Salazar.
70. Acabadas em -eça, -eço e -eçar, o número é muito mais reduzido:
a) -eça: cabeça (cabeçalha) e peça.
b) -eço. Ademais das que veremos com os verbos acabados em -eçar te-
mos: apreço (apreçar) e preço. Os seguintes derivados nom som de preço se-
nom de prez e por isso levam z: desprezo (desprezar), menosprezo (me-
nosprezar) e prezar.
c) -eçar: adereçar (adereço), começar (começo), empeçar (empeço), en-
dereçar (endereço), tropeçar (tropeço).
d) Acabadas em -eza (ao lado só de cabeça e peça) temos umha série de
substantivos derivados a partir de adjectivos acabados em -e e -o sobretodo
(tamém -aml-ao, -u e -/): alteza, baixeza, certeza, chaneza, crueza, curteza,
esperteza, estranheza, frouxeza, gentileza, hirteza, justeza, lhaneza, ligeire-
za, nobreza, realeza, singeleza, subtileza ... E tamém com essa terminaçom,
ainda que nom sejam derivados: fortaleza, natureza, proeza e Veneza (Vene-
zuela).
e) Açabadas em -ezo e -ezar temos s6: desprezo (desprezar), menosprezo
(menosprezar), prezar -que já vimos- e rezar (reza).
71. Acabadas em -iça, -iço e -içar, o número de palavras torna a ser no-
vamente numeroso:
a) -iça: carriça, cobiça, cortiça, justiça, liça, preguiça, Suíça, e como su-
fixo: cachiça, caliça, carniça (carniçaria), cavalariça, corrediça, dobradiça,
hortaliça, lingüiça, nabiça, peliça ...
b) _i ço 118: carriço, chouriço, ouriço, riço, viço (viçoso, Vila Viçosa), e
como sufixo: apaixonadiço, atravessadiço, cavalariço, espremediço, fugidi-
ço, ganhadiço, lançadiço, maçadiço, noviço, passadiço, resvaladiço, talhadi-
ço, vingadiço ... (tamém se podem considerar em certa maneira sufixos:
feitiço, mestiço, postiço e serviço).
c) -içar: desperdiçar, esbranquiçar, içar, além dos verbos formados a
partir de palavras acabadas em -iça e -iço: achouriçar, cobiçar, descortiçar,
encarniçar, espreguiçar, justiçar, mestiçar, riçar... Nom se confundam estes
verbos em -içar (de substantivos acabados em -iça e -iço), que som relativa-
mente poucos, com os acabados em -izar, muitíssimo mais numerosos e que
nom provenhem de substantivos acabados em -iça e -iço: amenizar, batizar,
carbonizar, divinizar, enraizar, familiarizar, generalizar, horrorizar, imorta-
lizar, judaizar, legalizar, mobilizar, nacionalizar, organizar, personalizar,
quotizar, realizar, subtilizar, tiranizar, urbanizar, vaporizar, etc.
d) Acabadas em -iza, -izo e -izar temos 119 :
baliza guizo
Galiza juízo
piza -rizo 120
Tamém temos os numerosos verbos acabados em -izar que vimos no
apartado .anterior.
(lI S) Tamém: enguiço, guiç_o (<<pauzinho». diferente de guizo «ojfJujere, esfera oca de melai com bolinhas dentro que soam
quando se agitam»): liço, toutiço.
(119) Tamém: corizo, carnizo e alizar.
(120) Terminaçom que significa raiz em palavras como macrorr;zo, polirrizo ...
Uso de ça, ÇO, ÇU; la, lO, lU 57
(121) É a forma comum ao luso-brasileiro. No entanto, sendo um topónimo espanhol, tamém seria admissivel a forma Zara-
goza.
(122) Tamém temos a variante deste apelido com s. Sousa, aliAs a grafia correcta, devendo desterrar-se a anterior.
(123) Como jA dixemos, poderia haver a possibilidade de grafar estes casos com ç. simplificando assi a sua aprendizage.
58 Uso de ça, ço, çu; za, zo, zu
(124) Note-se que os verbos derivados de substantivos acabados em -isa e -;so terminam em -isar: avisar (de aviso), pesquisar
(de pesquisa). Tamém os derivados de -(I)ise som em -(I)isar: analisar (de análise), catalisar (de catálise), dialisar (de
diálise), electrolisar (de electrólise), paralisar (de parálise).
(125) A forma luso-brasileira é acoroçoar.
(126) Tar:ném: a/caçava, araça, curaçau. piçarra.
(127) Em luso-brasileiro maçã.
(128) A forma luso-brasileira é terçol.
(129) Tamém: a/izabo. alizario, a/izarina, bazulaque. corizonle, escazonle, matamo, mazamorra. mazane, mazombo, ma-
zorral, orilo-, osmazoma. olozamites, ozocerita. par/azana, piezo-, palo/ana, ratazana.
(130) Como vimos na nota I05~ as formas luso-brasileiras som todas coms- inicial: sanja~ soca, safra, samarra, sanfona, sapo,
sopa/o, surra, surrar, surriJo. Nós preferimos tamém para o galego utilizar s6 com s- inicial: safar, sófio, safira~ saguóm,
salsaparrilha~ sambarca, sane/a, sape!, >sarabanda, sarigUe;a, sarpar, sedara, sossobrar, sumagre, sumo, suna.
Uso de ça, ço, çu; za, ZO, zu 59
(134) Como é a única excepçom tamém caberia a possibilidade no futuro de unificar a grafia e escrever ressarzir. Neste caso, o
z conservaria-se em toda a conjugaçom verbal (ressono, ressarza, ressarzes, ressarzia... ); se utilizamos a comum ao luso-
-brasileiro (ressarcir), teríamos ç na 1.. pessoa do presente do indicativo (ressarço) e em todo o presente do subjuntivo
(ressarça, ressarças, ressarça ... ).
(135) Existe em luso-brasileiro tamém trazer (entre nós troer), dialectal em galego.
(136) Em luso-brasileiro nascer e pascer.
(137) Em luso-brasileiro conservam a terminaçom -ão: cãozinho, coraçãozinho, leãozinho, pãozinho... ou -O: manhãzinha. A
forma luso-brasileira é mãezinha (galego ma;z;nha/na;z;nha).
(138) A forma luso-brasileir~ é mezinha. preferlvel em galego.
(139) Tamém neste caso, polo que dixemos na nota /37., a forma luso-brasileira será: leãozete.
Uso de ce ci; ze, zi 61
(140) Tamém: alfozemo. aziar, benzidina, benzi/o, bilhárzia, bombazina. borzegu;m, canzil. encanzinar, gazear, homízio, ja-
zerina, joo1.eiro. magrizela, maula, mozela, mue1.im, mun.e/o. pinázio, piperazina, sinizese, siz{gia, 'le6fago, zibeUna,
zircom. Em luso-brasileiro tamém fuzU (galego fusif), gambozinos (galego gambosinos), uru (galego uz) e vizir (galego
vis;r). As seguintes palavras vinham-se escrevendo normalmente com z + e, i, devido a que assi se escrevem em espanhol
e devem escrever-se com dita letra, segundo corresponde A nossa ortografia: Danúgue, enzima, Ezequias, Ezequiel, hert~
ziano, magazim, maizena, názi, pizicalo, razia, Zebedeu, Zelándia, Zelota, zenda, Zenom, zepelim, zeugma, Zellç, z.i~
guezague. Nos seguintes, as correspondentes espanholas escrevem-se normalmente com c + e. i. ainda que nom d('~
conhecem a grafia com z + e, i: azimute, ázimo, eczema, zebra, zénite, zela, Úgolo, zinco.
(141) A forma luso-brasileira é aguaúl, forma preferível e bem documemada em galego.
(142) A forma luso-brasileira é lazer.
(143) Esta palavra já vem directamente do latim faeces e nom rem propriamente singular.
62 Uso de ce, ci; ze, zi / q.
De luz (ou luzir) temos: luze-cu, luzeiro, luzente, Luzia, luzidio, luzido,
luziluzir, luzimento, mas tamém algunhas começadas por luei- (de origem
culta): lucidez, lúcido, Lucifer, lucifero, lucifilo, lucifugo.
c) Ora, os adjectivos acabados em -císsim~ por serem de origem culta,
tenhem ei: atrocíssimo, capacfssimo, felicíssimo, feracíssimo, ferocíssimo,
velocíssimo, veracíssimo, viwicfssimo, etc.
94. Confrontem-se por último os seguintes pares:
azeitar (untar com azeite) aceitar (admitir)
benzer (consagrar, bendizer) vencer (ganhar)
doze (número) doce (do sabor do açúcar)
enzima (fermento orgánico) em eima (acima, em riba)
mezenas (mastros dos navios) mecenas (protector)
zinco (metal) cinco (número)
6. Uso do q144
95. Quando nom se utiliza como dígraf0 145 , a letra q vai sempre se-
guida da letra u, pronunciando-se as duas, quer dizer: /ku/. Mas esta pro-
núncia /ku/ das letras q e u nom só pode ir seguida das vogais i ou e
(eqüidistar, eqüilátero, eqüino, tranqüflo, qüinqüenal.. .), mas tamém de a
ou o (qualidade, quantificar, qu6rum, quota .. .).
96. Som com q as palavras relacionadas com o verbo latino loqui (<<fa-
lar»): a/tiloqüência (a/tíloquo), eloqüência (eloqüente), grandiloqüência
(grandíloquo),' loquaz (loquacidade), ventrfloquo, etc.
97. Palavras acabadas em -quo (além das acabadas em -loquo, já vistas
no parágrafo anterior):
iníquo (iniqüidade) obliquo (obliqüidade) ubíquo (ubiqüidade)
longínquo (longinqüidade) propinquo (propinqüidade)
Mas: conspícuo, inócuo e vácuo.
98. Palavras acabadas em -qüência/-qüente (além das acabadas em -10-
qüência/-loqüente, vistas no parágrafo 96.):
conseqüência (conseqüente) freqüêneia (freqüentar, freqüente)
delinqüêneia (delinqüente) seqüêneia (seqüente)
(144) Para a justificaçom do uso do q como letra, além de dlgrafo, vejam-se o Esludo crllico (AGAL) na pág. 51 e o Melado
(Montero Santalha) na pág. 125.
(145) Vid. o parAgrafo 130.
(146) Tamém: sequóia.
Uso do q I Fam(fias léxicas: -m 63
105. Como regra geral, umha letra que tenha sempre o mesmo valor fó-
nico, conserva-se em toda a sua família léxica ainda que, como fomos
comprovando em todo o apartado anterior de Uso de algumhas consoantes
simples e aqui recapitulamos e ampliamos, pode haver umha série de excep-
çons motivadas mormente pala procedência culta destas.
a) -m
de maneira que o plural destas palavras acaba em ·ns: leons, desdéns, fins,
alguns, pans ... Por esse mesmo motivo, dentro da família léxica de palavras
acabadas em ·m, teremos n quando esta consoante passa a posiçom interior
de palavra: Sam, santo; leom, leonzinho; irmám (melhor irmao), irmanda-
de, etc.
107. O único caso em que nom se segue o anteriormente exposto é nos
advérbios acabados em -mente, procedentes de adjectivos acabados em ·m
que conservam esta consoante (vid. parágrafo 207.):
comummente ruim mente
b) h-
108. O h- inicial de palavra mantém-se em todas as derivadas 152: har-
monia, harmónica, harmónico, harmónio, harmonioso, harmonizar... ; har-
pa, harpejar, harpejo, harpista; hastaria, haste, hastear, hastiforme,
hastil... ; Helena, helénico, helenismo, helenista ... ; Henrique, Henriquez,
henriquino; hirtar-se, hirteza, hirto; hospedador, hospedage(m), hospedar,
hóspede ... ; humidade, humidificar. húmido ...
109. As palavras que nom começam por h- nom terám tampouco esta
letra inicial nos seus derivados: achadiço, achado, achador, achar... ; enche-
dela, enchedor, enchente, encher, enchido ... ; incha, inchaço, inchaçom,
inchar... ; irmám/irmao, irmanar, irmandade; ombrear, ombreira, ombro;
ossinho, osso, ossudo ... ; ova, ovar, oveira, oveiro, ovo ... ; umeral, úmero ...
110. Ainda assi, os derivados de erva começados por herbi- e herbo- le-
vam h- inicial por serem de índole culta e terem em latim dita letra, como vi-
mos 153: herbícola, herbifero, herbiforme, herbívoro; herbolária, herbolário,
herbóreo, herborista, herborizar... e tamém herbáceo, herbanário, herbário
e herbático. O derivado ervoso, no entanto, ainda que se pode utilizar com
h-, é preferível sem esta consoante.
c) g (+ e, i)/j
112. Ora bem, as palavras derivadas de primitivas com ge, gi, levam
j se vai diante de a, o, u:alforjar (de alforge); cinja, cinjas, cinjo (de cin-
gir); corajoso (de corage(m)); eleja, elejas, elejo (de eleger); viajar (de via-
ge(m)), etc.
(152) Temos derivados como anarmónico, desumanizor. etc. em que nom se utiliza o h. mas nestes casos nam seria
propriamente h- inicial de palavra, senom que des,aparece por passar a posiçom interior.
(153) Confronte-se Espanha, espanhol, espanholada, espanholar, espanholismo, espanholizar. ao lado de hispón;co, hispanis-
ta, hispanizar. hispano ...
Famílias léxicas: g/j, xis, b/v 65
d) x
127. A letra q. (quê) vai sempre seguida de u: qu. Que seja letra o q
implica pronunciar por separado o q e o u, quer dizer: /ku/. Despois de qu,
as si pronunciado, pode ir qualquer vogal, conservando-se evidentemente a
grafia qu em toda a família léxica da palavra (grafia qa diante de e ou i 154):
vaniloqüência, vaníloquo; aquário, aqüeduto, aqüicultura, aquoso; anti-
quar, antiqüíssimo; Iiquar, Iiqüescer, Iiquõmetro, etc.
(154) A norma brasileira costuma fazer o mesmo: vaniloqUlncio, aqUeduto, oqairo/tura. antiqü(SSimo, liqüescer... mas a por-
tuguesa nom utiliza trema ou diérese, apesar de que a pronúncia continua a ser Ikue/! Ikui/: vaniloqu~ncia. aqueduto,
aquiculluro, anliqu(ssimo, liquescer...
68 Uso de eh, rr, KU, qu; Ih, oh; mh
128. O dígrafo eh, com o valor fónico de lê/, pode usar-se a começo
ou interior de palavra: chamar, chover, encher, rancho ... , ainda que se pode
tamém utilizar a final de palavra, com o valor fónico de Ik/, como vimos no
parágrafo 9., em palavras de origem foránea: Baruch, Moloch ...
129. O dígrafo rr só se pode utilizar em posiçom intervocálica, corres-
pondendo-se com Ir/: bezerro, carro, _cigarro, erre, torre ...
130. Som dígrafos gu e qu quando vam seguidos de e ou i e o u nom se
pronuncia, tendo o valor fónico de Igl e Ikl respectivamente: gueixa, mei-
guinho, quixem, requerer... Para indicar que nom som dígrafos senom letras
g e q porque o u se pronuncia (quando vai seguido de e ou i), pom-se um tre-
ma ou diérese n
sobre o U 156: aqUífero, bilíngUe, eqUestre, lingUista ...
2. Uso de lh e nh
3. Uso de mh
(155) o uso de digrafos diferentes:ls grafias espanholas (/h, mh, nh e ss), igual que o das letras que nom se venhem utilizando.
habitualmente em galego (-m. ç. j e g + e. i), nom implicam urnha promíncia diferente. As palavras seguirâm pronun-
ciando-se exactamente igual que escritas com ortografia espanholizante. Por outro lado, para a justificaçom do uso des-
ses dlgrafos vejam-se, no caso de /h e nh o Estudo crTtico (AOAL) nas pãgs. 53-54, o Método (Montero Santalha) nas
pãgs. 15 e 11-12 respectivamente e as Orientaçons (AS-PG) na pãg. 18. Sobre o mh vejam-se o Estudo critico (AGAL) na
pãg. 55, o Método (Montero Santalha) na pãg_ 25 e as Orientaçons (AS-PG) na pãg. 18. Para o ss o Estudo critico
(AGAL) na 45 e o Método (Montero Santalha) na 111. .
(156) Veja-se o dito na nota 154. Recorde-se que o q pode ser letra e nom digrara quando despois do u lhe segue a ou o
(in(quo, quadro). O mesmo acontece com gu (ex(guo, guarnecer).
(157) Este digrafo nom se utiliza nas variantes normativas do nosso idioma, portuguesa e brasileira, já que estas formas som:
uma, umas,' alguma, algumas; nenhuma, nenhumas. Tamém se utilizará mh para transcrever ocasionais pronúncias p0-
pulares do tipo: coraçomhe (coraçom, com -e parag6gko): emheixar (pôr eixos), etc. . .
Uso do ss (palavras primitivas) 69
4. Uso de ss
135. Todas as palavras começam por esse- e nom temos nengumha com
ese-: esse (nome da letra s), essência (essencial), Essénios 158 •
Dentro deste grupo estariam os demonstrativos de segunda pessoa: esse,
esses, essa, essas e" polo mesmo motivo, o neutro isso. Tamém os possessi-
vos de 1a e 2 a pessoas do plural levam ss: nosso, nossos, nossa, nossas; vos-
so, vossos, vossa, vossas.
136. Som mui poucas as palavras começadas por as + vogal 159 :
asa Ásia asilo asir
Mas som muito mais abundantes as começadas por ass + vogal: assar, assas-
sinar, assaz, assear, assediar, assembleia, asserto, assessorar, assestar, asse-
verar, assíduo, assi 160, assinar, Assíria, assistir, assobiar e assobio, assomar,
assombrar, assunçom, assunto, etc. Isto sem ter em conta o grande número
de palavras começadas por ass- + vogal, derivadas .por prefixaçom de pa-
lavras começadas por S-, que veremos mais adiante: assalariar (de salário),
assanhar (de sanha), assimilar (de similar) ...
137. Som .com ss a prática totalidade das palavras começadas por mass-
e pass- (excepto masoquism0 161 ): massa (amassar, argamassa), massacre,
(170) Veja·se antes (parãgrafo 138.) missa e despois abcissa (parãgrafo 152.) e os acabados em -missa (parãgrafo 153.). Som
mais abundantes as acabadas em -isa (A,lem;sa~ brisa, camisa, diaconiso, divisa, Felisa. Heloisa, guisa, Lufso, papisa.
pesquisa, pilonisa/pitonissa, poetisa. profetisa, repisa, sacerdotisa, sisa...) que em -isso (abcissa, Basilisso, clarissa. Leo- .
nisso. mantissa, melissa. missa, premissa e vibrissa). .
(171) Estas duas 6nicas- excepçons tamém se poderiam excluir, grafando-as com s simples (abcisa, discisom). fazendo assi a sua
aprendizage mais singela.
(172) Tamém: amissom. imissom, intermissom, prefermissom e derivadas. Por motlyos óbvios. camisom, ao ser derivado de
camisa, tem s6 um s.
(173) Tamém: decesso, precessor.
72 Uso do ss (palavras primitivas)
(179) Tamém: alassalhar. berjassote. brossa. Circóss;o, cupress- (cupressifoliado, cupressiforme...J, fissi- (fissidáctilo, Jissi-
denlóceos .. .), grossenlo, hussita, lampossado, marcassUe. pergamasso, Pt:riss- (perissodáctilo. perisso!ol!ia), per/asso,
pisseleu, plessfmetro, revesso, sassafrás, saussurile, sesso. sissomo, Irisso,. Jussi/agem.
(180) A forma luso-brasileira é caleça.
(181) A forma luso-brasileira é carcaça.
(182) A forma luso-brasileira é muçulmano.
(183) Mas temos: narciso e Narciso.
(184) A forma luso-brasileira é palhaço.
(185) A forma luso-brasileira é soçobrar.
------ --~--
184. A regra geral é manter. o b nos grupos bc, bd, bJ, bg, bj, bl, bm,
bn, bp, bt e bv: obcecqr, abdicar, subface, subgloboso, objecto, sublingual,
submúltiplo, abnegar, sobpor, abstracto, obter, subverter, etc.
185. Conservam o b as seguintes palavras (e derivados) do grupo bm:
submergir (submersom) submeter (submisso) subministrar (subministro)
186. Tamém conserva o b o seguinte vocábulo (e derivados) do gru-
po bt:
subtil (subtileza, subtilizar)
187. O b tamém se utiliza na seguinte forma (e derivados) com bl:
sublinhar (sublinha)
188. Com os grupos bsc e bst temos, com os seus derivados:
obscuro 191 substáncia substituir
subscreveI: (subscriçom) substantivo substrato
Mas nom tem s porque provém do latim subtrahere:
subtrair (subtracçom)
189. Perdêrom o s, ainda que conservam o b:
abcesso abcissa
a) cc (cç) e ct
190. A regra geral é manter os grupos cc (cç) e ct nas palavras cultas
quando vam precedidos de a, e, o: accionar, acçom, distracçom, reacçom,
redacçom; confecçom, injecçom, protecçom, secçom; cocçom, equinóccio;
ácto, carácter, exacto, pacto; aspecto, directo, néctar, recto; autóctono, noc-
támbulo, nocturno, octossílabo, etc. 192
(190) Nom incluímos aqui os grupos tautossilábicos (que formam parte de urnha mesma silaba) formados por oclusiva + líqui-
da (bl, cI, fi. gl e pi) porque realmente nom apresentam problemas ortográficos, senom léxico-fonéticos, na sua aprendi-
zage, ao existirem urnha série de semicultismos com br, C,, Ir, gr e pr (branco. brando, obriga,. dobro, nobre, sabre;
cravo, escravo, recruta; fraco, frouxo, fretar, frota. fraco; igreja, regra, singradura; praça, prazo, prancha. pranto, pra-
ta, prato, praga, prazer, praia, preia-mar, espraiar, empregar, escopro, cumprir, suprir, soprar, etc.). Sobre a justifica-
çom dos grupos consonánticos cultos veja-se o Esludo crllico (AGAL) nas págs. 64-69.
(191) A forma obscuro é de origem culta e tem usos e significado normalmente abstractos (<<ideias obscuras»); escuro é popu-
lar e tem valores comummente físicos (<<noite escura)). .
(192) O grupo cl tamém pode ser inicial de palavra: clenõcero, clenodonle, ctenóforo, ctónico, clónio. Nos semicultismos o c
vocalizou em i ou u nas seguintes palavras com os seus derivados: afeiçom, aperfeiçoar, defeito, efeito, eleiçom, eleito,
interjeiçom, leitor, leitura, !içom, oitavo, perfeiçom, perfeito, reitor, respeito, ressureiçom, seita, sujeitar, sujeito;
doulor, doutrina, Outubro. É sabido, aliás, que o brasileiro elimina o c despois de a, o, u.
Grupos iniciados por c 77
191. Por essa regra geral, mantenhem-se tamém nas seguintes palavras
com os seus derivados: .
adjectivo conjectura olfacto
apopléctico objecto (objecçom, objectivo) subjectivo
E precedidos de consoante n nas seguintes e os seus derivados 193 :
plancto punctura (acupunctura)
192. Mas nom seguem a regra geral, por ter-se simplificado anterior-
mente:
aceder (acessível, acesso) atitude
acessório contratual (de contrato)
acidente (acidental) prática (praticar, prático)
ocidente (ocidental)
satisfaçom (satisfatório)
193. Quando os grupos cc (cç) e ct vam precedidos de i ou u, a regra ge-
ral é a de eliminar o primeiro c: afliçom, contriçom, dicionário, restriçom;
construçom, deduçom, obstrucionismo, produçom; conflito, ditado, vítima,
vitória; conduta, destrutor, reduto, tradutor, etc.
194. Em contra da regra geral vista no parágrafo anterior, podem levar
o primeiro c ou prescindir del 194 as seguintes terminaçons:
a) -dicto/-dito: adicto/adito, edicto/edito, veredicto/veredito, etc. (mas
sempre sem o primeiro c: interdito).
b) -ducto/-duto: aeroducto/aeroduto e obduct%bduto (mas sempre
sem c: aqüeduto, conduto, oviduto, produto, etc.).
c) -vicçom/-viçom e -victo/-vito: convicçom!conviçom, convicto!convi-
to, evicçom/eviçom, evicto/evito, invicto/invito.
Tamém os seguintes começos de palavra:
a) dicç-/diç- e dict-/dit-: dicçom/diçom e dictafone/ditafone (mas
sempre sem o primeiro c: dicionário, ditame, etc.).
b) f1ucti-/fIuti-: fluctígeno/flutígeno, fluctíssono/flutíssono, etc.
c) ict-/it-: icterícia/iterícia, ictínia/itínia, ictiologia/itiologia, etc.
d) nict-/nit-: nictofobia/nitofobia, nictúria/nitúria, etc.
e) lucti-/luti-: luctifero/lutifero, luctíssono/lutíssono.
f)oricto-/orito-: orictografia/oritografia, orictológic%ritológico, etc.
g) pict-/pit-: pictografia/pitografia, pictórico/pitórico, etc.
h) succ-/suc-: succíneo/sucíneo, sucçom/suçom, etc.
E por último as seguintes palavras 195:
deíctico/deítico ficçom/fiçom micçom/miçom
dúctil/dútil fricçom/friçom ricto
(193) Em luso-brasileiro tamém ore/açom, árctico (antárctico), arc/acéfalo, arctopiteco, coare/ada, cune/alório, esf/neler, per-
functório (em galego sem c: ártico, coarlado, esfínter, elc.).
(194) A prática na normativa portuguesa é a de conservar o c nos casos que se citam a seguir. O brasileiro elimina-o, Igual que
precedido de a. e. o (ato, reto, nalurno).
(195) Tamém: amie/o/amito. anfie/iom/anfiliom, inftieçom/inftiçom, tie/orlli/or.
78 Grupos iniciados por c, d e f
199. A regra geral é a conservaçom do d nos grupos dj, dm, dn, dq, ds,
dv: adjectivo, administrar, adnato, adquirir, adscrever, advertir, etc.
200. Tamém conservam o d:
admoestar (admoestaçom) advogado (advocacia)
adstringir (adstringente)
201. Mas nom tem d 196 :
aquisiçom (aquisitivo; mas: adquirente, adquiriçom, adquirir, etc.)
203. Conserva-se o g nas palavras cultas dos grupos gd, gm, gn (em ini-
cial e interior de palavra): amfgdala; dogma, pigmento; gnaisse, gnomo,
gnose, gnóstico; digno, ignorante, magnifico, significado, signo, etc.
204. Tamém conserva o g:
prognóstico (prognoticador, prognosticar)
205. Nasvozes de tipo semicuIto perdeu-se o g197:
Inácio Madalena
(197) o grupo gn perdeu tamém o g noutros semicultismas como: assinar (<<rubricar»), assinatura (<<rubrica»), ensinonça, ensi-
nar, en.s;';o, ln~s. assinalar e sino (<<campá), diferente de signo), entre outras. No grupo gm o g vocalizou em ; ou unos
seguintes semicultimos: fleimom, fleuma (jIeumático).
(198) O brasileiro, ao contrArio do galego e português, reduz o grupo: comumente. ruimente.
(199) Tamém neste caso o brasileiro (56) reduz o grupo: indenizar.
80 Grupos iniciados-por nasal e p
b) ns + consoante
214. A regra geral é que os grupos pc (pç), pn, ps e pise conservem nas
vozes cultas:' acepçom, egípcio, núpcias, opçom,' hipnotizar,' cápsula, eclipse,
elipse, rapsódia,' adaptar, apto, captar, rapto; etc.
215. Os grupos pn, ps e pt conservam-se sempre a começo de pala-
vra 203 : pneumático, pneumonia, pneumotórax; pseudo- (pseudónimo),
psicanálise, psicodiagnóstico, psicologia, psiquiatria,' pterodáctilo, pterópo- .
do, etc.
,
216. Os grupos pc (pç) e pt perdêro~ o p nos seguintes semicultis-
mos 2 0 4 :
a) Nas palavras acabadas em -scriçom, -scrito e derivados 2 0 5 : adscri-
çom, adscrito, circunscriçom, circunscrito, conscriçom, conscrito,
descriçom, descrito (descritivo), inscriçom, inscrito, prescriçom, prescrito,
proscriçom, proscrito, subscriçom, subscrito (subscritor), transcriçom, trans-
crito.
b) Nestas palavras começadas ou relacionadas com sete:
Setembro setentriom (setentrional) sétimo
c) E tamém em 206 :
ditongo (ditongar) tritongo
217. Estes mesmos grupos, pc (pç) e pt, precedidos de consoante, ten-
dem sempre a perder o p (absorçom, assunçom, assunto, escultura, pron-
tuário, etc.). Ainda assi conserva-se em 207 : .
CODsumpçom peremptório sumptuário e sumptuoso
(206) Tamém: arrecadar, balizar (holismo, batista ... ), cativar, cativo, cetro e menlecalo. Celro e menlecalo conservam o p em
portugu@s e brasileiro (ceptro, mentecapto). Balizar (bolismo, balista ... ) é 3ssi em galego e brasileiro; em português con-
serva o p (baptizar, baptismo, baptista ... ).
(207) Tamém: anacámptico, assimptota.
(208) Nom tratamos acwi o grupo se (inicial ou medial) por I)om oferecer problemas de aprendizage ortográfica, senam léxico-
-fonética.
Tipos de acento! agudo e circunflexo 83
CAPÍTULO II
(209) Para a justificaçom do uso do acento circunnexo veja-se o Estudo critico (AGAL) na pág. 59 e o Método (Martinho
Montero) nas págs. 77-79.
(210) Em luso-brasileiro tamém se utiliza sobre Q (que se pronuncia rechado), em contacto com consoante nasal: âmbito, lIn-
guio, ônimo, cOmara, c8mbio, cllnhamo, dintico. ignorOndo. hispânico. elc. Tamém na terminaçom -lncia. que nós pre-
ferimos a -Incio ainda que ê possível em galego, 3.ssi mesmo, a segunda: ci~nciQ (galo ciência/ciénciaJ, consciência (gal.
consci~nciQ/consciéncia)J conveni~ncia (galo conven;~ncia/conveniéncia). etc. Veja-se a nota 211.
84 Uso do circunflexo
(211) Algurnhas destas formas, especialmente do caso de e travado por nasal, em galegp pronunciam-se com e aberto e deveria
utilizar-se portanto o acento agudo (apéndice. Quténtico. idéntico ... ). Mas, ao serem palavras entradas por via culta,
propriamente som urnha adaptaçodt da pronúncia espanhola ao galego, especialmente na zona centro-ocidental de Gali-
za. onde os substantivos e adjectivos patrimoniais em que hai um e travado por nasal se realizam normalmente com esta
vogal fechada como em luso-brasileiro. Pareceu-nos, desta maneira, mais oportuno unificar todos estes casos com e
fechado, empregando o acento circunflexo. O mesmo poderiamos dizer da terminaçom -Inda que nós preferimos melhor
que -Inda.
(212) Tamêm: pensil, sênsil, lênsil, bDmbax.•
(213) Tamêm: ~uc/ase, icnlu~oneJ monopnlumoneJ nlurulaJ selêuddoJ tlucrio. A pronuncia aberta deste ditongo nas pa-
lavras acabadas em -êulica e -Iutico do apartado anterior talvez se deva aos mesmos motivos que explicávamos na nota
211 (adaptaçom da pronúncia espanhola).
(214) Tamêm: pav2s, lerranl2s.
Uso do circunflexo 85
e ãtona (para saber que palavras podem levar acento e quais nom); que é di-
tongo e hiato (para o cõmputo silábico e aplicaçom das regras 1a, 2 a e 3 a ) e
que é palavra aguda, grave e esdrúxula (tamém para aplicar as regras 1a e
3 8 )233.
(233) Acento tónico ou de intensidade é a maior força de voz que tem urnha vogal dentro de urnha palavra, acentue-se grafica-
mente ou nom (ser6m, algum). As vogais com acento tónico som as únicas que podem levar acento gráfico, segundo as
regras que enunciamos. Conforme isto podemos distinguk palavras tónicas (as Que lenhem um claro acento tónico nal-
gumha vogal) e átonas (as que nom lenhem acento tónico próprio, apoiando-se acentual mente na palavra anterior ou se-
guinte da ,cadeia .lalada, e nom levam nunca acento grãfico). Assi som palavras tónicas: os substantivos (Ieom, Ifrica),
adjectivos qualificativos (bom, ágil), verbos (colher, levei, irá), advérbios (longe, tarde) e algurnhas conjunçons (quando,
ainda que), assi como certos pronomes (el, ela, vós, eu, meu -em funçom substantiva-). Som palavras ãtonas (sempre
sem acento agudo ou circunflexo): os artigos (o, a, os, as), as preposiçons (a, de, por... ), alguns pronomes pessoais (che,
me, te, vos... ), demonstrativos e possessivos quando adjectivos (este, esse, meu, minha... ) e algumhas conjunçons (mas,
pero,. ,). Som ditongos i ou u precedidos (ou às vezes seguidos) de a, e, o, sempre que o i ou o u nom sejam tónicos (ou,
sei, sais... ). Nos outros casos temos hiato (salda, saúdo, coerente ... ). Os ditongos conlam-se como umha silaba: (lei-to,
flau·ta, e-xaus-to...) e os hiatos como duas (ca-l-do, sa·ú-das, al-co-ol.. .). Palavras agudas som as que levam a força da
voz na última silaba da palavra (raiz, cantar, levou, assi, está ...), graves na penúltima (livro, lua. colhia, táxi...) e esdrú-
xulas na antepenúltima (módico, prático, falávamos, sentlamos, próximo.. ,),
(234) Para a justificaçom do uso do acento neste tipo de palavras consultem,se o Estudo critico (AGAL) nas págs, 60-61 e o
Método (Martinho Montero) nas págs, 33-35,
(235) Confrontem-se as notas 210 e 2ll.
88 Acentuaçom: vogal + i, u / agudas e graves
(236) Para a justificaçom desta regra veja-se o Estudo cril/co (AGAL) nas pAgs. 6().61. A causa principal de nom acentuar to-
do hiato formado com i e u tónicos, além da harmonia básica com o luso-brasileiro, é a de aforrar acentros, principio
que derendemos no Estudo crilico (AGAL) nas pãgs. 58-59.
(237) Em luso-brasileiro nom se acentua o i tónico nestas condiçons quando vai seguido de nh (bainha, moinho, rainha .. .),
por nom existir a seqUência ditongo (com segundo elemento i) + nh. Nós acentuamo-lo por seguir a regra geral e tamém
porque som um número reduzido de palavras que nom justifica o estabelecimento de urnha excepçom.
(238) Por congruência e simplificaçom da regra e tamém por ser mui pouco habitual a seqUência, preferimos acentuar o u t6~
nico precedido de ; e seguido de s (sem;úslo) que o luso~brasileiro nom acentua.
(239) Para a justificaçom desta regra de acentuaçom consultem-se o Estudo critico (AGAL) na pãg. 60 e o Método (Martinho
Montero) nas pãgs. 39-40.
Acentuaçom: agudas e graves 89
(240) Como dixemos na nola 11 as variantes lusa e brasileira acabam em -do as palavras deste tipo (furacão, contorilo, etc.) in-
dicando o til à vez pronúncia nasal e vogal tónica.
(241) Note-se que palavras como Moio, maios, saia(s), etc. nom se devem considerar esdrúxulas. jâ que as terminaçons -io(s),
-ie(s), -io(s), -ua(s), -ue(s), -uo(s), nom vam precedidas de consoante (confronte-se o parágrafo 231.). Portanto acen-
tuamos sábia (feminino de sábio, com silabaçom sá-bi-a) e nom saia, por sef a primeira esdrúxula e a segunda grave aca-
bada em -o (com silabaçom. propriamente, sai-a).
(242) As palavras acabadas em consoante + -ia(s), -ie(s), -io(s), -ua(s), -ue(s), -uo(s), quando esta seqUência é átona e a força
da voz recai na sílaba anterior, som palavras esdrúxulas (confronte-se o parAgrafo 231.). Desta maneira acentuamos sá-
bia (feminino de sdbio) e nom sabia (do ~erbo saber). Esta última forma (assi como alie(s), colhia(m), ac/ue(sj, dia(s),
etc.) ao nom poder aplicar-lhe nem a primeira nem a segunda regras (nam é esdrúxula nem o i ou o u tónicos vam pre-
cedidos de vogal) s6 resta aplicar a das graves e nom se acentuaria por acabar em -a. Igual que fai o brasileiro e nom o
português, utilizamos o trema ou diérese em formas como argUi, delinqUis, obliqUe, etc. (port. argúi. delinqúis, obli-
qúe, etc.).
(243) Os advérbios acabados em -mente nom se acentuam por ser propriamente palavras graves acabadas em -e.
(244) As formas luso-brasileiras agudas acabam em -ão (acção, limão, rOlão, etc.) sendo o plural em .(Jes roerDes. limOes, ra-
zOes, etc.). As formas graves acabam em -am, de modo que nom precisam acento andaram, foram, par/iram, trouxe-
ram, viveram .. .). Hai ainda, além destas formas verbais em -om átono, alguns substantivos acabados nesta terminaçom
(luso-brasileiro -on), mas a tendência geral é a eliminar o -n final ou engadir um -e, como se explica na nota 364, polo
que nom pomos aqui nengum exemplo concreto.
(245) Tenha-se em conta a quantidade numerosa de palavras agudas acabadas em ditongo decrecente, como as que aqui enu-
meramos, em que se evita o uso superabundante do acento, mercê a regra estabelecida.
(246) Som poucas as palavras graves acabadas em ditongo decrecente (muitas menos que as agudas e por isso aforramos acen-
tos). O grupo mais compacto é o dos plurais das palavras acabadas em -el e -ii átonos que figuram nessa coluna.
(247) Em luso-brasileiro nom hai propriamente palavras graves acabadas em -z, pois que, em silaba átona, o z foi substituido
por s (lápis, alferes, Peres, Gomes, Biscaia... ). Nos apelidos preferimos o uso de -z (Plrez, a,jmez... ); ainda que nom se
descarta a possibilidade de utilizar -s nos outros casos (alferes, lápis, Biscaia ... ). Confrontem-se: biscoito, cabisbaixo, es-
querda"Ce contodo ourives, simples... para os apelidos).
- - - - - -------
a) As maiúsculas
237. As vogais maiúsculas acentuam-se exactamente igual que as minús-
culas, segundo as regras já vistas e as que a seguir se enumeram nos próxi-
mos parágrafos:
África Ásia Íris MAIÚSCULA É um grande home Às três virá
b) As palavras compostas
238. As palavras compostas que nom vam unidas por traço ou hifem
acentuam-se como se fossem umha única palavra, seguindo as regras ante-
riormente estabelecidas e as que despois veremos:
adeus passatempo madrepérola rodapé
fidalgo ultramar parabéns vaivém
montepio viandante pontapé
(248) Esta palavra corresponde ao nome da letra k e designa tamém o cabelo branco. Nesta última acepçom a forma luso-bra-
sileira é cd, igual que chil, /O (ao lado de cá, chá, lá), rd, sd e vd (femininos de chilo, sdo, vdo, em galego chamlchao,
sam/sao~ vam/voo). Veja-se o parãgrafo 293.
(249) A forma luso-brasileira é fazes, tamém existente em galego dialectal e nom necessariamente espanholismo.
(250) A forma luso-brasileira é vais (vás é o conjuntivo de ir).
(2SI) A forma luso-brasileira é tens, tamém existente em galego.
(252) A forma luso-brasileira é vens, tamém existente em galego.
(253) É forma apocopada de home!
(254) A forma luso-brasileira é p(Jes. A forma pons existe tamém em galego.
(255) Veja-se a nota 223.
(256) Como dixemos na nota 13 a forma luso-brasileira é pdo, sendo o plural pdes.
Acentuaçom: compostas, diacríticos 91
239. As palavras compostas que vam unidas por traço ou hifem, o mes-
mo que as derivadas, acentuam-se como se fossem duas palavras por separa-
do, mesmo no caso da ligaçom de um pronome pessoal átono posposto à
forma verbal:
Áustria-Hungria além-mar cantá-lo cortava-o
côncavo-convexo aquém-Minho colhê-lo fala-nos
finca-pé pós-data colhe-lo juntaríades-vos
galego-português pré-história construí-lo recolhe-o
póstero-inferior pró-británico 257 pô-lo reparavam-no
(257) Ainda que se acentuam os prefixos pós-, pré-, pró-, recém-, etc. nom se acentuam os graves acabados em -; (anli·, ar-
qui-, semi-) nem em -, (hiper-, inler-. supero), assi como circum-, por nom terem força acentual, ao apoiarem-se na in-
tensidade de voz da palavra seguinte.
(258) O uso do acento com os monossilabos evita fazermos urnha lon.ga Jista de diacriticos. Assi, ao acentuarmos obrigato-
riamente ás, chá(s), dá(s), dê(s), é, má(s), nó(s), sé/sê, só, lé/lê e vós evitamos inclui-los na lista e razer referência às
correspondentes álOnas homógrafas.
(259) Quando a oposiçom é tónica aberta ao lado de tónica fechada normalmente nom se costuma marcar na escrita
(confronte-se com o que se expom nos parãgrafos 242_ e 243.). Isto acontece com formas verbais entre si: el colhe (6) -
- colhe lu (ô), el mele (é) - mele lu (ê), etc., ou entre substantivo e substantivo: osso (6), peça do esqueleto - osso (õ), ani-
mai plantígrado (variante de urso); bola (6), objecto esférico - bola (ô), peça de pam, etc. O mais normal é que a
oposiçom se dê em diferentes categorias gramaticas: acerlo (é), verbo - acerlo (ê), substantivo; colher (é), substantivo -
- colher (ê), verbo; esse (ê), substantivo - esse (ê), demonstrativo; fora (6), advérbio - fora (õ), verbo ir ou ser; jogo (6),
verbo - jogo (õ), substantivo; mela (é), substantivo - meta (ê), verbo; rogo (ó), verbo - rogo (õ), substantivo, etc. O con-
texto nestes casos esclarece normalmente os possíveis equívocos ainda que em certos casos poda existir ambigüidade. Só
nesses casos poderia utilizar-se quaisquer dos dous acentos (', ~) para esclarecer o contido, mas sem f~zer uso abusivo de-
les. Por este mesmo motivo nom consideramos que se deva utilizar como obrigatório o acento de dêmos (presente do
subjuntivo de dar) ao lado de demos (perfeito de dar). como fai o luso-brasileiro. Nem tampouco de maneira obrigatória
o acento das quartas pessoas do perfeito regular das três conjugaçons (andámos, colh~mos, partImos) ao lado das mes-
mas pessoas do presente do indicativo (andamos, colhemos, partimos), onde nom existe mesmo oposiçom fonológica (em
Coimbra-Lisboa si entre andámos, perfeito, andamos, presente). De feito teriamos tamém que distinguir entre vim (de
vir) e vim (de ver) ou vimos (de vir) e vimos (de ver). Mas som acentos que, em todo caso, poderiam valer só em contex-
tos ambíguos (esta ambigüidade nom existe em tempos com o perfeito irregular ao lado do presente: dixemos/d;zemos.
fixemos/fazemos. puxemos/pomos, demos/damos. tivemos/temos. pudemos/podemos, etc.).
(260) Som tamém diacríticos de menos uso: cõa(s). de coar - coa(s) (com + a. as); pára. de parar - para, preposiçom; péla(s).
de pelar - pela(s) (eontracçom arcaica em galego e actual em luso-brasileiro de per + la, las); pêro. substantivo - pera,
conjunçom (actual em galego e arcaica em luso-brasileiro). Estes diaeriticos, de uso obrigatório em luso-brasileiro, som
para nós de uso facultativo, dada a escassa fr~~Oência de ambigUidade.
(261) É claro que prescindimos do acento do advérbiÔ'se, como em português e brasileiro, utilizamos a conjunçom mas. por-
que o seu carActer diacrítico jã nom é necessãrio: mais (advérbio) - mas (conjunçom)_ Em luso-brasileiro o substantivo é
mãe, ",ães (gal. mai/nai, mais/nais),
92 Acentuaçom: diacríticos
(262) Tamém: ~ra, substantivo - péro, forma arcaica de pedra - pera, preposiçom arcaica; pé/o, verbo pelar - p~/o(s). substan-
tivo - pela(s) (contracçom arcaica em galego e actual em luso-brasileiro de per + lo, los). Som, assi mesmo, de uso obri-
gatório em luso-brasileiro.
(263) As formas luso-brasileiras som: crêem, dêem, lêem, vêem. A forma luso-brasileira vêm nom é de ver, senom de vir (gale-
go venhem).
(264) Nos casos de ambigüidade contextuai, os.inlerrogativo-exclamativos podem levar acento: Di-me que queres (disso)/Di-
-me fljJê (coys'!laueres;já sabes quanto (o q~e) custou/já sabes quánjo !!Lue trabalbQ) custou.~ .Nunca IOYlIffi acenlo
diacritico (porque nom tenhem pares átonos que se podam confundir com elas) as seguintes palavras: os pronomes pes-
soais el, mim. si. ti e o advérbio de afirmaçom si (a conjunçom condicional em galego-português é se). Que leva tamém
acento ante pausa, interior ou final de frase: Quê? O quê?
(265) As contracçons de tipo popular som: àquel(es) (a + aquel, aqueles) - aquel(es) (demonstrativo), àquela(s) (a + aquela,
aquelas) - aquela(s) (demonstrativo), àquilo (a + aquilo) - aquilo (demonstrativo), que som bastante usuais em luso-bra-
sileiro; cà(s) (ca + a, as) - ca, caIs) (coa, coas), cd(s) (ca + o, os) - co(s) (com + o, os); comà (coma + a) - coma (como);
contrà (contra + a) - contra; d(s) (ao, aos) - o(s) (artigos masculinos); prà(s) (para a, para as) - pIa (para), prd(s) (para o,
para os) - pro (pero). Dado que o acento grave indica atonicidade e abertura, pode utilizar-se tamém como diacrítico nas
seguintes formas nom contractas, indicando que a vogal marcada é aberta (mas átona.): pegada (sinal, vestlgio) - pegada
(de pegar); pelnho (pé pequeno) - pelnho (pê pequeno); cdrdeiro (que rai cordas) - cordeiro (anho); balinha (b6la pe-
quena) • bolinha (bôl~ de pam pequena). Mas s6 se devem utilizar em casos concretos de ambigUidade contextuaI.
(266) Assi temos: ás (substantivo: o ás de ouros) - às (a + as) - ps (artigo).
------------------
Mas som muito mais abundantes as palavras com ditongo eu (sem acentuar
por serem ditongos fechados): meu(s), teu(s), seu(s); colheu, deu, rompeu ...
(excepto véu); europeu, fariseu, filisteu, hebreu, jacobeu, judeu, pigmeu ... ;
adeus, apogeu, arameu, ateu, camafeu, corifeu, deus, eu, himeneu, jubileu,
liceu, museu, peritoneu, plebeu ...
B) O TRAÇO OU HIFEM271
247. Utiliza-se o traço ou hifem (-) para ligar um pronome pessoal áto-
no ou umha contracçom pronominal pospostos a umha forma verbal2 73 :
juntar-se contava-o deixa-vos vim-vos
falar-me perdoo-o darám-chos contará-no-Io
dá-nos sento-me colho-lho emprestou-v o-lo
248. Com as primerias pessoas do plural, acabadas em -mos, o prono-
me átono posposto nos ocasiona a perda do -s final da terminaçom verbal e
une-se a ela com traço 274:
vamo-nos cuidaremo-nos levamo-nos
sentemo-nos aborrecemo-nos deixemo-nos
unamo~nos lavemo-nos sentávamo-nos
249. Quando o pronome de objecto directo de 3" pessoa (o, a, os, as)
vai posposto a formas verbais acabadas em -m ou ditongo decrecente (ai, ei,
oi, eu, iu, ou), utiliza-se a variante do pronome -no, -na, -nos, -nas e junta-
-se à forma verbal com hifem 275 :
colheu-no cantarei-na deixarám-nas escuitam-no
deixou-na foi-no levam-no buscam-nas
fai-nos viu-na sinalárom-na partem-nos
(271) Para a justificaçom do uso do traço de uniam, especialmente no caso de forma verbal + pronome posposto, vejam-se o
Estudo critico (AGAL) nas págs. 62-63 e o Método (Martinho Montero) nas págs. 55-56. Nom vemos nengumha justifi-
caçam válida para utilizar, COLa\} em luso-brasileiro, hifem ligando as formas monossilábicas do verbo haver (hei, hás,
há, ham) à preposiçom de (hei-de, hás-de, há-de, ham-de), polo que preferimos nom utilizá-lo neste caso. Pode-se usar
tamém o hifem entre a forma fossilizada e arcaica do artigo el e o substantivo rei (el-reiJ, 56 de uso literário, em contex-
tos de sabor cavaleiresco, como recurso estilístico oposto ao uso normal (o rei).
(272) Nom existem em galego (Ou. som mui estranhos) e si em luso·brasileiro os pronomes mesoclíticos, isto é, os que se colo·
cam no meio de umha forma verbal (no Futuro do Indicativo e no Futuro Hipotético ou Condicional): di-Io-ei, di-Io·ia~
fá-Io-ei, fá-lo-ia, levá-Io-ei, levá-lo· ia, p~r-me-ão, pôr-me-iam, trá-Io-ei, Irá-lo-ia, etc. (galego: direi-(n)o, diria-o, fa-
rei·(n)o, faria-o, levarei-(n)o, levaria-o, pordm-me, poriam-me, Iraerei-(n)o. traeria-o).
(273) Nom se devem confundir certas terminaçons verbais com formas pronominais pospostas formalmente idênticas. Assi, a
quarta acabada em -mos (emprestamos) com a contracçom pronominal mos (empresta-mos); as terminaçons -che ou -te
da 2 1 pessoa do perfeito (deixache ou deixaste) com os pronomes che e te (deixa-che. deixas-te); a tcrminaçom -se da II e
3 I pessoa do imperfeito do subjuntivo (levasse) com o pronome se (leva-se). Se se ponhem as frases com negaçom, pode-
-se comprovar se é pronome ou forma verbal: Nom emprestamoslNom mos empresta; Nom deixache ou Nom deixas-
telNom che deixa (o livro) ou Nom te deixa; Nom levasselNom se leva.
(274) Esta eliminaçom do -s final do verbo s6 se produz quando vai posposta a forma nos. nom quando o pronome é vos (le-
varemos-vos, deixamos-vos, etc.) e tampouco quando é a 2 1 pessoa do plural (Ievades-nos. deixade-nos, ele.).
(275) Em luso-brasileiro (tamém admissivel em galego), como formas âtonas despois de ditongo crecente, utilizam-se o, a. os:
as (nom -no, -na, -nos, -nas): colheu-o, deixou-a, viu-a, etc. Note-se que a forma masculina do plural (nos) se confunde
na grafia com o pronome de II pessoa do plural: Fai-nos. tanto pode ser a nós como a eles (isto é: «nos fah) ou «os
fai»); parlem-nos, lamém pode ser a nós ou a eles (quer dizer: <mos partem» ou «os partem»).
Traço com os pronomes 95
253. Nom se utiliza o hifem nas palavras compostas em que cada ele-
mento nom mantém o seu acento pr6prio 278 :
(276) Segundo dixemos no parãgrafo 139., o hifem divide e~ duas palavras a efeitos de acentuaçom grãfica. Desta maneira. as
formas verbais que venhem a seguir som graves e pronunciadas lévalo, cántala, cólhelos (formadas a partir da 2 1 pessoa
do singular levas. cantas, colhes). .
(277) Em luso-brasileiro a contracçom de lhes +. o é lho, nom Ihe-Io, de jeito que vem a coincidir com a de lhe + o (que em.ga-
lego tamém é lho). A contracçom lho de lhes + o existe em galego ao lado de lhe-lo. Por isto e por coincidir com o luso-
-brasileiro devia ser preferida, mas a contracçom lhe-lo oferece umha clareza maior, palo qual tanto lhe-lo como lho
(contracçons de lhes + o) podem considerar-se válidas em galego.
(278) Nom nos parece recomendável utilizar o traço nas palavras compostas de mais de dous elementos de composiçom, 'como
por exemplo as formadas por substantivo + de + substantivo (água-de-colónia, anjo-da-guarda, cabeça-de-turco, flor-
-de-tis, pedra-de-afiar, etc.), os nomes geográficos ligados com um artigo (Montemor-o-Novo, Trás-os-Montes ... ; as
maiúsculas chegam) e alguns oulros como: bem-me-quer, corre-vai-di-lo, és-nbo-és, leva-e-trai, mais-que-perfeito, mil-
-em-rama, nom-sei-qu~, pê-á-pá, santo-e-senha, sete-e-meio, vis-o-vis, etc., porque alguns se devem considerar mais bem
locuçons Que nomes compostos, apesar de que em luso-brasileiro se utilizem com hifem (confrontem-se outras locuçons
que no próprio luso-brasileiro nom levam traço: alma de cOntaro, cabeça de motim, caixa de velocidades, cdo de guarda,
cor de aça/rbo, ·cor de vinho - mas: cor-de-rosa -, criado de quarto, moço de recados, pai de !amllia, sala de visUas, etc.).
96 Traço com as palavras compostas
259. Assi mesmo levam traço certos nomes de plantas com elementos
justapostos:
alho-porro erva-belida hortelã-pimenta raínha-cláudia
couve-flor , faia-branca noz-moscada salgueiro-chorom
260. Levam hifem os vocábulos compostos por dous adjectivos que de-
signam nomes de povos ou idiomas:
anglo-saxom galego-português hispano-luso luso-espanhol
austro-húngaro galo-hispano ibero-americano luso-galaico
, brasílio-argentino greco-Iatino indo-europeu reto-romano
euro-asiático greco-romano israelo-libanês russo-japonês
franco-alemám heleno-latino latino-americano servo-croata
galego-luso hispano-americano luso-brasileiro tupi-guarani
273. Hai prefixos, quase todos monossílabos, que nunca se unem com
hifem à palavra seguinte. Cumpre salientar: an, bis, eis, des, dis, in, per, re,
retro e trans. Isto implica que, quando vam soldados à palavra seguinte que CQ-
meça por h-, esta consoante nom se utilize ao passar a interior de palavra 297 :
désidratar inarmónico reabilitar transumano
O que, noutra ordem de cousas, supom que os prefixos em -s ou vogal, levem
ss quando vam soldados a umha palavra começada por S_29B:
dessalgar dissociar . ressecar retrosseguir
274. Todos os prefixos que levam hifem (diante de qualquer palavra ou
s6 de algumhas, expostas nos parágrafos seguintes) mantenhem-nosempre
ante palavras começadas por h-:
ante-histórico contra-harmónico intra-hepático pseudo-herói
anti-hemorrágico entre-hostil mal~humorado semi-home ..
arqui-hierarca extra-humano neo-humanismo sobre-humano
auto-hemo terapia hiper-humllno pan-hispano sub-hepático
bem-humorado infra-hepático pré-história super-home
eircum-hospitalar inter-helénico pro to-história ultra-humano
co-herdar
275. Os prefixos além-, aquém-, ex-, bem-, pós-, pró-, recém-, sem-,
soto-(sota-) e vice- (vizo-) vam sempre unidos por traço à palavra seguinte:
além-fronteiras bem-parecido recém-chegado soto-capitám
além-mar bem-vindo 299 recém-nado 302 soto-ministro
aquém-Minho pós-data recém-saído vice-almirante
ex-director pós-guerra recém-vindo vice-cÔnsul .
ex-voto pós-meridiano sem-fim vice-director
bem-aventurança pós-operatório sem-número vice-presidente
bem-avindo pós-romántico 300 sem-par vice-rei (vizo-rei)
bem-educado pró_británico 301 sem-razom vice-reitor
bem-estar recém-casado sem-vergonha 303 vice-versa
Tamém os prefixos co- (no sentido de «a par de») e pré- (no sentido de «an-
terioridade») levam normalmente hifem em luso-brasileiro, ainda que hai ca-
sos abundantes sem el. Preferimos, para unificar a regra e evitar as possíveis
confusons, utilizar o traço ante palavras começadas por h-, sendo o uso do
hifem facultativo no resto dos casos em que o luso-brasileiro o utiliza de ma-
neira obrigatória 304:
pré-helénico pré-história co-herdar
276. Os prefixos acabados em -e, ante-, entre-, sobre- (excepto os já vis-
tos no parágrafo anterior, pré- e vice-, assi como re, que nunca leva hifem),
só levam traço quando a palavra seguinte começa por h-:
ante-histórico entre-hostil sobre-humano
277. Os acabados em -a e -o, auto-, contra-, extra-, infra-, intra-, neo-,
proto-, pseudo-, supra-, uItra- (excepto os já vistos no parágrafo 275. co-,
pró-, sota-, soto- e o prefixo retro que nunca leva hifem), só levam traço
quando a palavra seguinte começa por (além de h- como vimos no parágrafo
274.) vogal, r- ou s-:
auto-estrada contra-revoluçom infra-som proto-romántico
auto-retrato contra-senha intra-uterino pseudo-arcaísmo
contra-almirante contra-senso neo-escolástico pseudo-revelaçom
contra-atacar extra-escolar neo-impressionismo supra-renal
contra-indicar extra-oficial neo-realismo supra-sensível
contra-ofensiva extra-sensorial neo-republicano ultra-radical
contra-ordem extra-uterino neo-romantismo ultra-realismo
contra-reforma infra-renal neo-socialism o uItra-som
Exceptua-se:
extraordinário
278. Os acabados em -i, anti-, arqui-, semi-, só levam hifem quando a
palavra seguinte começa por (além de h- como vimos no parágrafo 274.) i-,
r- ou s-:
anti-infeccioso anti-ru~as arqui-secular semi-recta
anti-reumático anti-semita semi-inconsciente semi-selvage(m)
anti-revolucionário anti-social semi-interno
(304) Seria de uso facultativo em: co-acusado, co-administrar, cD-aluno, co-arrendar, co-ossociar, CO-OUlor, co-credo" co-de-
linqüêncio, co-demandante, co-de/entor, cD-devedor, cD-dialecto, co-direcçom, co-donatário, cD-eleitor, cD-eternidade,
cD-fiador, co-gerência, co-igual, co-inquilino, co-interessado, co-Iatitude, co-Iegatário, cD-licitante. cD-logaritmo. co-
-opositor, co-participar, co-proprietário, cD-redactor, co-redençom, co-regência, co-responsabilizar, co-réu, co-secante,
co-seno, co-signatário, co-solvência, co-tangente, co-tutela, co-tutor, co-vendedor, co-videnle; pré-agónico, pré-aviso,
pré-cámbrico, pré-citado, pré-clássico, pré-colombiano, pré-consciente, pré-diluviano, pré-electrólise, pré-escolar, pré-
-glaciar, pré-imaginar, pré-lógico, pré-militar, pré-natal, pré-nupcial, pré-objectal, pré-operatório, pré-opérculo, pré-
-oral, pré-orbitário, pré-palatal, pré-puberdade, pré-rafaelismo, pré-romano, pré-romóntico, pré-romantismo, pré-santi-
ficado, pré-verbal. Tenha-se em conta que. em caso de nom usar o traço, haveria que reduplicar o r e os (corredaçtor,
corredençom, cosseno, prerromano, pressantificado ... ). Nom levam nunca traço em luso-brasileiro e em galego (as for-
mas do primeiro vam entre parêntese): coadjuvar, coadquirir, coaptaçom, coeducar, coepiscopado, coequaçom, coessên-
cia, coestender, coexistir, coindicar, coirmámlcoirmao (coirmão), colateral, colegislalivo, coobrar, coobrigar, coocupan-
te, cooperar, cooptar, correlacionar, correlatar, correligionário; preanunciar, precogniçom, preconceber, precordal, pre-
cordial, predefinir, predestinar, predeterminar, prediçom, predispor, predissociaçom, predizer, preestabelecer, preexis-
tência, prefácio, prefixar, prefloraçom, prefoliaçom, preformaçom, preluzir, premaxilar, premolor, prenunciar, preopi-
nar, preordenar, prepor, pressenlir, pressupor, pretónico, prevenir, prever, previver. Note-se, finalmente, que com o
prefixo co sempre se tende a nom reduplicar o s (co-secante, cD-seno, co-solvência), e com pré O r (pré-rafaelismo, pré-ro-
mano, pré-romántico, pré-romantismo).
------ ------- - ---------- - -" ------------- --_.~-----
179. Os acabados em -b ou -d, ab-, ado, ob-, sob-, subo, s6 leyam hifem
quando a palavra seguinte começa por (além de h- como vimos no parágrafo
274.) r- ou b - : · .
. ab-rogar ob-repticio sub-bibliotecárlo
ad-rogar sob-roda sub-reptício
180. Os acabados em -r, hiper-, inter-, super- (menos per que nunca le-
va traço), s6 levam hifem quando a palavra seguinte começa por (além de h-
como vimos no parágrafo 274./ r-:
hiper-rancoroso inter-regional 305 super-realismo
181. O prefixo acabado em -m, circum (excepto além-, aquém-, bem--,
recém- e sem- já vistos no parágrafo 275.), s6 leva traço quando a palavra
seguinte- começa por (além de h- como vimos no parágrafo 274.) vogal ou
por consoante distinta de b ou p:
circum-adjacente circum-Iabial .circum-navegar
circum-anal circum-murado
181. (Os acabados em -I ou -n, mal-, pan- (menos an e ;n que nunca le-
vam traço), s6 levam hifem quando a palavra seguinte começa por (além de
h- como vimos no parágrafo 274.)_ vogal:
mal-ajeitado mal-educado mal-estar pan-amerlcanismo
mal-amanhado mal-encarado mal-intencionado 301 pan-eslavismo
mal-arranjado
183. Usa-se tamém o hifem para separar em duas partes umha palavra
no fim da linha:
es-/tética esté-/tica estéti-/ca
184. Nas palavras que vam unidas por traço (consultem-se os parágra-
fos 247-282), quando este coincide com o final da linha, começa-se a seguin-
te tamém com traço: '
darám-/-chos ei-/-Ias p6s-/-guerra
levárom-no-/-Ia quebra-/ -nozes
C) O APÓSTROFO
D) O TREMA OU DIÉRESE
286. Igual que fai o brasileiro e nom o português 310 , empregamos o tre-
ma n
em galego sobre o u que se pronuncia nas seqüências güe, güi, qüe,
qüi (veja-se o parágrafo 130. e a nota 154):
argüi bilingüe lingüistica anttqüissimo aqüifero obliqüe
argüir Güiana mingüemos aqüeduto cinqüenta tranqüilidade
argüis Iingüista aqüicultura eqüestre vaniloqüência
E) A CEDILHA
(308) Preferimos prescindir do apóstrofo no uso que fai o luso-brasileiro em certas palavras compostas com a preposiçom de
(d'): galinha de água, pau de óleo (luso-brasileiro: galinha-d'água, pau-d'óleo ... ). Talvez C(!!Ivenha mantê-lo na ex-
pressom arcaizante aqui d'el-re; (luso-brasileiro aqui-t;f'el-rei). Tamém preferimos nom utilizá-lo nas contracçons de cer-
tas preposiçons ou pronomes com as formas pronominais referidas a Deus, Jesus, a Virgem ou a Providência: dE'. nEla.
dAquel, dAquela, mA, chO, lhA, etc. (luso-brasileiro tamém: d'Ele, n'Ela, d'Aquele, d'Aquela, m'A, t'O, Ih'A, etc.);
ainda que melhor poderíamos prescindir do uso da maiúscula: dei, nela ... (exemplos: Está nEla a nossa esperança, Con-
fiemos nO que nos salvou ou Está nela a nossa esperança, Confiemos no que nos salvou). Preferimos assi mesmo nom
usã-Io, quando se cita o tílulo de um livro precedido de umha preposiçom: Hoje leremos o capflulo I de A Nossa Cinza
(em luso-brasileiro tamém é possível: Hoje leremos o capflulo 1 d'A Nossa Cinza). E tamém quando se utiliza Santo e
Santa seguido de nome começado por vogal, que nalguns casos o Ius~-brasileiro emprega COIlJ. apóstrofo: Santiago, San-
tana, San/antónio (e Santa Ana, Santo António), em luso-brasileiro às vezes: San/'/ago, Sant'Ana, Sant'António. Final-
mente preferimos Nuno Alvares. Pedro Álvares. Pedro Eanes (em luso-brasileiro tamém é possível: Nun'Ãlvares.
Pedr'Ãlvares, Pedr'Eanes).
(309) Nom se emprega o apóstrofo nas contracçons das preposiçons com, de e em com os artigos, demonstrativos, indefinidos
e pronomes pessoais: co, coa, cos, coas.' do, da, dos, das; no. na, nos, nas; dei. dela, nel, nela, deste, dessa, nesse, na-
quel. noutro, nalgum, etc. Tampouco se utilita nas formas sincopadas pro (pero) e pra (para), nem nas contracçons popu-
lares desta última com os artigos (pro, prd, prds, pràs). Nom levam apóstrofo as reduçons pIo (palo), pIa (pola), pIos
(polos), pIas (polas), nem té (até), indo (ainda) e esprito (esp(rito). Finalmente, nom se utiliza com os artigos definidos
(mui habitual nos nomes galegos de bares), jã que o apóstrofo indica sempre a elisom de algum som, e neste caso nom
existe: O MoInho, A Nossa Casa.
(310) As formas portuguesas san: argúi. arguir, argúis, bilingue/bilfngue, Guiana, linguista, lingu(stica. minguemos, anti-
qulssimo, aqueduto, aquicultura, aquifero, cinquenta, equestre. obliqúe, tranquilidade, vaniloquência, todas com o u
pronunciad?
104 O~t~i1 ____________________~________________________________
F) O TIL
288. O til n
é um sinal gráfico que se utiliza sobre o a e sobre o o nas
variantes portuguesa e brasileira do nosso idioma (mas nom na galega) para
indicar a nasalaçom de umha vogal ou ditongo e, na maior parte dos casos,
tonicidade 31 1, É a caracteristica gráfica (além de morfo-fonética) que na ac-
tualidade mais diferencia a nossa grafia da luso-brasileira, por isso fazemos
aqui um breve resumo do seu uso em luso-brasileir0 312 •
289. Num número reduzido de palavras (todas masculinas excepto mão)
a terminaçom luso-brasileira -ão corresponde-se com a galega -am ou _a0 313 :
aldeão (aldeám/aldeao) hortelão (hortelám/hortelao)
anão (anám/anao) irmão (irmám/irmao)
ancião (anciám/anciao) loução (Iouçám/louçao)
artesão (artesám/artesao) mão (mam/mao)
castelão (castelám/castelao) marrão (marrám/marrao)
chão (cham/chao) meão (meám/meao)
cidadão (cidadám/cidadao) pagão (pagám/pagao)
cirurgião (cirurgiám/cirurgiao) são (sam/sao)
coirmão (coirmámlcoirmao) tavão (tavám/tavao)
cortesão (cortesám/cortesao) tecelão (tecelám/tecelao)
cristão (cristám/cristao) temporão (temporám/temporao)
ermitão (ermitám/ermitao) vão (vam/vao)
escrivão (escrivám/escrivao) verão (verámlverao)
grão (gram/grao) vilão (vilám/vilao)
290. A terminaçom luso-brasileira -ão corresponde-se com a galega
_am 314 :
a) Nas formas apocopadas de grande, quanto, Santo e tanto:
grão-/Grão- (gram-/Gram-) quão (quam) São (Sam) tão (tam)
b) Nas sextas pessoas do presente de dar, estar, haver e ir, assi como nas
mesmas pessoas de todos os futuros do indicativo:
dão (dam) hão (ham) cantarão (cantarám) irão (irám)
estão (estám) vão (vam) comerão (comerám) partirão (partirám)
(311) Indica atonicidade e s6 nasalaçom em fonnas como blnçilo. Crislóvflo. Esttvflo, orégilo, ór/flo, ór/fI, ó"flo, SÓlflo,
zôngtlo. em que a terminaçorn -do ê iltana. Isto é: o til sinala, além de nasalaçom, tonicidade, se na palavra nom existe
outra marca acentual.
(312) Urnhas vezes a forma luso-brasileira é a mais conservadora e da qual parte o galego (irmilo. irmO, irmãos, p(Je. pOes. TO-
ziJes. capitães, caixOes, órfão, etc.); outras, a mais conservadora é a galega, da qual parte o luso-brasileiro (eslarám,
som. razom, sermom. pam. afám, vam, etc.).
(313) As formas galegas vam nos parênteses. Por semelhança gráfica com o luso-brasileiro preferimos decididamente as gale-
gas acabadas em -ao: aldeao, anao, anciao,-or,eiõo;i:iistelao, chao, cidadao, coirmao, cortesao, cristao. errn;tao, escri·
vao, grao, hortelao, ;rmao, louçao, etc.
(314) As formas galegas vam nos parênteses.
o til 105
-------------------------------------------------------
c) Numha série de nomes próprios geográficos e de pessoa 315 :
Abraão (Abraám) Ceilão (Ceilám) Islão (Islám) Milão (Milám)
Beltrão (Beltrám) Fernão (Fernám) João (Joám) Sudão (Sudám)
d) Nos seguintes nomes comuns:
alemão (alemám) catalão (catalám) pão (pam)
barregão (barregám) cbarlatão (charlatám) rufião (rufiám)
cão (cam) deão (deám) sacristão (sacristám)
capelão (capelám) folgazão (folgazám) sultão (sultám)
capitão (capitám) guardião (guardiám)
Tamém a terminaçom luso-brasileira -ã(s) pode coincidir, num número
reduzido de vozes, com a galega -am (-ans):
afã (afám) divã (divám) ramadã (ramadám)
afegã (afegám) galã (galám) rataplã (rataplám)
Aldebarã (Aldebarám) grã-/Grã (gram-/Gram-) Satã/Satão (Satám)
astracã (astracám) imã (imám) tantã (tantám)
Balcãs (Balcáns) orleã (orleám) titã (titám)
cancã (cancám)
291. A terminaçom luso-brasileira -ão corresponde-se as mais das vezes
com a galega _om 316 :
a) Em muitas palavras acabadas em -ção (-çom), -são (-som), -tão
(-tom), -xão (-xom) e -zão (-zom). Vejamos algumhas:
acção (acçom) prisão (prisom) combustão (combustom)
tição (tiçom) pressão (pressom) questão (questom)
conexão (conexom) razão (razom)
reflexão (reflexom) sazão (sazom)
b) Nos aumentativos do tipo:
colberão (colherom) sabicbão (sabichom)
mulberão (mulherom) valentão (valentom)
c) Na sexta pessoa do presente do indicativo de ser:
são (som)
d) Nos advérbios:
não (nom) então (entom)
e) Em nomes de pessoa e geográficos 317 :
Aarão (Aarom) Gedeão (Gedeom) Oregão (Oregom) Rubicão (Rubicom)
Cantão (Cantom) Japão (Japom) Platão (Platom) Sansão (Sansom)
(315) Tamém: Adão (Adám), Adrião (Adriám). Afeganistão (Afeganistám). Amsterdão (Amsterdám). Curdistão (Curdis-
támX Damião (Damiám). Durão (Durám). Fabião (Fabiám). Froilão (Froilám). Indostão (Indostám), Irão (Irám). Jor-
dilo (Jordám). Julião (Juliám). Michigão (Michigám). Monta/vilo (Monta/vám), Ordo (Orám). Perpinhdo (Perpinhám).
Ro/dão (Ro/dám). Romão (Romám). Roterddo (Roterdám). Rudo (Ruám). Sebaslido (Sebasliám). Solimdo (Solimám).
Teerão (Teerám). Teotiguacifo (Teoliguacóm). Tetuão (Tetuám). Tristão (Trislám). Turquestão (Turqueslám),
(316) As formas galegas vam nos parênteses. Algumhas palavras acabadas em -dbo em luso~brasileiro (certidiJo~ escravidão,
escuridllo, exactidão, gratidilo, multidiJo, servidfJo...) terminam habitualmente em galego em -dade, -Iude ou outras ter-
minaçons (certeza, escravitude, escuTidade, exaclitude. gratitude, multitude, servilismo ... ). A manter a própria forma
luso-brasileira, histórica em galego, seria -dom: cerlidom. mu/tidom ...
(317) Tamém: Absa/ão (Absa/om). Agalilo (Agatom). Antão (Antom). Aragllo (Aragom). Ascensllo (Ascensom). Assunção
(Ass ....rvm). Besanção (Besançom). Calão (Calom). Eslrabão (Estrabom). Harpagilo (Harpagom). Hilarido (Hilariom).
Leãl(Leom). Lião (Liom). Oldo (Olom). Panta/eão (Panla/eom). Pigma/ião (Pigmaliom). Plutão (P/ulom). Reimdo
(Reimom)• .Ressurreição (Ressurreiçom). Rosilhão (Rosilhom). Saigão (Saigom). Salomilo (Sa/omom). Sido (Siom). Si-
milo (Simom), Simeão (Simeom). Ta/ião (Taliom). Zabu/ão (Zabu/om). Zenilo (Zenom),
106 O~t~il ___________________________________________________
(318) Nom se descarta a possibilidade de utilizar o plural galego em -ais, mais semelhante foneticamente ao luso-brasileiro
(a/ornais, cais, cape/ais... ).
(319) Tam~m existe em luso-brasileiro o ditongo Di em palavras graves como: cDibra (<<cambra»), %Dibo (<<%ambo, vesgo, vi-
rolhO),).
(320) Nom se descarta a possibilidade de utilizar o plural galego em -ois, mais semelhante foneticamente ao luso-brasileiro
(acçois, Talois, valentois... ).
Pontos de interrogaçom e exc\amaçom 109
CAPÍTULO III
SINAIS DE PONTUAÇOM
A) OS PONTOS DE INTERROGAÇOM E EXCLAMAÇOM
B) O PONTO
300. O ponto (.) indica a pausa máxima da voz despois de um grupo fó-
nico descendente, empregando-se fundamentalmente ao término de umha
(321) o motivo de utilizâ-Ios predominantemente s6 ao final é por harmonia básica com a tradiçom e a ortografia actual das
línguas ocidentais, excepto o espanhol actual que tamém os utiliza ao começo e o eatalAm em certos casos. A variante do
nosso idioma, o luso-brasileiro prescinde sempre dos primeiros e só usa os de final de frase.
(322) Poderíamos indicar alguns casos, como [ai o eatalAm, para a utilizaçom destes pontos a começo de frase. Por exemplo,
quando coincide o ponto na linha seguinte do começo da interrogaçom Ou exclamaçom; quando nom começa a frase por
pronome ou advérbio interrogativo-exclamativo; quando se começa com umha frase enunciativa antes da interrogativa
ou exclamativa, etc. Mas muitas vezes as pausas ou a ordem de palavras podem fazer inecessário, mesmo nestes casos, o
uso do primeiro sinal.
--- ----- ----~-------- -----------------~------
C) A VÍRGULA
301. A vírgula (,) indica umha breve pausa (menor que a do ponto
simples), fazendo ligeira inflexom de voz. Serve para separar elementos de
umha oraçom ou oraçons e o seu uso varia nom só de escritor para escritor,
senom tamém de época para época, e ainda dentro de umha mesma época
hai variaçons no uso ou abuso da vírgula. Isto é devido a que o emprego da
vírgula obedece a causas auditivas ou estilísticas (uso este pouco rigoroso),
mas tamém pode obedecer a lógica gramatical (e nestes casos, que a seguir
expomos, o seu uso é mais rigoroso). .
302. Podemos estabelecer, contado, algumhas regras da utilizaçom da
vírgula com bastante segurança a estabilidade 323 :
a) No vocativo:
Senhor, nom me obriguedes Nom me obriguedes, senhor
b) Despois de si e nom como resposta a umha pergunta:
Si, era certo Nom, isso nom o fago eu
(323) A virgula nunca pode separar o sujeito do verbo e o verbo do complemento directo: Os dous amigos jaldrom um pouco
(nom: Os dous amigos. jaldrom um pouco), Abr(rom com cuidado a poria (nom: Abrfrom com cuidado. a poria).
A vírgula / O ponto e virgula 111
D) O PONTO E VÍRGULA
303. O ponto e vfrgula (;) representa maior pausa do que a marcada po-
la vírgula e menor do que a marcada polo ponto simples. Emprega-seprinci-
palmente nestes dous casos:
a) Para separar as oraçons justapostas, sobretodo se som extensas ou
formadas por elementos separados por vírgulas:
O jornal é um meio de comunicaçom; dá, todos os dias, as notfcias dos di-
versos pontos da Terra; informa a opiniom pública.
b) Em vez da vírgula quando duas ou mais oraçons subordinadas depen-
dem da mesma subordinante:
É preciso ter sempre presente que o galego-português é o nosso idioma; que
é a expressom da nossa alma colectiva; que temos o direito e o dever de
112 As reticências / Os dous pontos / O travessom
conhecê-lo e utilizá-lo; que é a tarjeta de identidade que nos define como po-
vo diferenciado.
F) OS DOUS PONTOS
G) () TRA VESSOM
(324) Ainda que geralmente som três os pontos de reticência. existem casos em que se podem multiplicar na parte omitida de
qualquer citaçom de um trecho que se transcreve: «•••••• 0 rei tiva que pedir és Cortes ...... a ajuda do povQ), Tamém
neste caso se poderia utilizar o parentese ou os colchetes com três pontos de reticência: (... ). [...1. Omitindo-se um verso
inteiro deve empregar-se umha linha de pontos de reticência .
.(32S) Tammn neste caso se pode empregar as aspas (<<amor»). a palavra sublinhada ou, em livros impressos, a letra cursiva
(amor).
o parêntese / As aspas 113
H) O PARÊNTESE
307. O parêntese [()] serve para separar palavras intercaladas que, nom
pertencendo propriamente ao discurso, esclarecem o assunto. Na leitura o
parêntese denota abaixamento da VOZ 326 :
O Pedro estava na praia (era para onde gostava de ir ao domingo) quando
viu chegar o seu amigo Daniel
308. O travessom pode substituir tamém o parêntese:
O Pedro estava na praia -era para onde gostava de ir ao domingo- quan-
do viu chegar o seu amigo Daniel
309. A frase intercalada nom deve alongar-se muito e, se a frase é cur-
ta, pode substituir-se por vírgulas:
Aquela realidade (eu já o supunha) era mui dura
Aquela realidade -eu já o supunha- era mui dura
Aquela realidade, eu já o supunha, era mui dura
(326) Se tiver de empregar-se algum sinal de pontuaçom deve colocar-se de preferência, despois de fechado o parêntese.
(327) Veja-se tamém a nota 325. Para citar significados assi como artículos Ou capitulas de um livro podem utilizar-se tamém
as aspas; mas o título do livro deve ir sublinhado ou em cursiva.
--------~---------------
CAPÍTULO IV
CONTRACÇONS, ASSIMILAÇONS E
AGLUTINAÇONS
A) CONTRACÇONS E ASSIMILAÇONS
311. Os pronomes de objecto indirecto me, che 328, lhe, nos, vos e lhes
contraem com os de objecto directo o, a, os, as da seguinte maneira:-
mo, ma, mos, mas: cho, cha, chos, chas: lho, lha, lhos, lhas: no-lo, no-Ia,
no-los, no-Ias; vo-lo, vo-la, vo-los, vo-las; lhe-lo, lhe-Ia, lhe-los, Ihe-las 329 •
312. As contracçons e assimilaçons das formas verbais e do advérbio eis
com os pronomes átonos de objecto directo o, a, os, as e nos já fôrom expli-
cadas nos parágrafos 248-250 e 252. A eles remetemos para a sua consulta.
(328) Este pronome nom existe em luso-brasileiro e em certas zonas do galego. O pronome te Uliliza-se tanto eo runçons de ob-
jecto directo como de objecto indireclO, de ai que as contracçons luso-brasileiras sejam: to, to. tos. los.
(329) Consulte-se a nota 277. Tamém som válidas em galego, portanto, as contracçons lho. lha, lhos, lhas em vez de lhe-lo,
lhe-Ia, lhe-los, lhe-Ias. _ _
(330) A forma luso-brasileira é aquele. vAlida assi mesmo para o galego, igual que el/ele. As contracçons som as mesmas para
o galego e o luso-brasileiro.
------------------------------
3. Das preposiçons
4. Facultativas 332
(331) AiTlfla que se utiliza normalmente em luso-brasileiro a preposiçom por, a contracçom com os artigos fai-se a partir da
preposiçom galego-portuguesa arcaica per, quer dizer: pelo, pela. pelos. pelas.
(332) Nom se deve representar nunca na escrita a assimilaçom do artigo que se produz despois de formas verbais acabadas em
-r ou -s. após os pronomes nos, vos. lhes e certas palavras acabadas em -s como ambos/ambas. lodos/Iodas. mais e
outras. De maneira que escreveremos sempre: colher o livro, colhes o livro, colhe-nos o livro. ambos os amigos, lodos os
dias, o J06m e mais o Pedro (ainda que se pronuncie ou se poda pronunciar: colhela livro, cólhelo livro. cólhenolo livro,
ámbolos amigos, tMolos dias, o loám e mai/o Pedro). A justificaçom disto veja·se no Estudo critico (AGAL) nas pági-
nas 84-86. Para as contracçons populares veja-se a nota 265 deste Prontuário.
Conlracçons: facultativas / Aglutinaçons 117
B) AGLútINAÇONS
(333) o luso-brasileiro nom fai normalmente na escrita a contracçom de com com os artigos (com o, com a, com os, com as),
com os indefinidos (com um, com uma, com uns, com umas) e prefere nom fazê-Ia com a preposiçom de e os mesmos
indefinidos (de um, de uma, de uns, de umas), assi como em todos os casos assinalados neste parâ-grâfõ 318., tendo em
conta que nom existem aeá, alá (seDem cá, lá), actJ e a/Do A nossa preferência na restriçom da nom contracçom nas fa-
cultativas esté. motivada, em parte, pola abundância das obrigatórias e, sobrelodo, polo expressado no princfpio 3. da
Introduçom deste Prontu4rio, de preferir as formas plenas às contractas nom sistemãticas na fala, em beneficio de umha
maior clareza para identificar as unidades IingUisticas. _
(334) Forma só existente hoje na Galiza e sinónima de ao lado (de), a par (de) ...
(335) Forma tamém -só existente na norma galega e sinónima nalguns casos de a eilo (<<sem reparar», «sem paraf»)).
(336) É sinónima de além de e só se utiliza ênlre nós.
(337) Tamém é válido só em galego o advérbio manhá. Em luso-brasileiro o advérbio é amanhã e o substantivo manhã.
(338) Só existe em galego e significa «(devagar e com cuidadm).
(339) llxiste em portugues dialectal e em galego, sendo sinónimo de de cote.
(340) E palavra galega só e sinónima de à too.
(341) A forma luso-brasileira é contudo. A galega é mais conservadora.
(342) Forma só galega que significa o mesmo que logo (no sentido de «em seguida»).
(343) Veja·se a nota 148.
(344) Veja·se a nota 148. .
(345) A forma lusG-brasileira é sobretudo (confronte-se a nota 341).
(346) Em luso-brasileiro trasantontem ou trds-anteontem.
(347) Da mesma maneira que escrevemos separado ass; como, ass; tamém, ele. Note-se a possibilidade de inversom: mesmo
ass;. Veja-se a nota 160.
Traço na divisam silábica / Formas indivisíveis 119
CAPÍTULO V
A DIVISOM SILÁBICA
B) FORMAS INDIVISÍVEIS349
(348) Indicamos, já 'a partir de aqui, com traços o lugar onde se podem partir as palavras e, portanto, usar o hifem no fi~al da
linha.
(349) Ainda que as regras nom o proibem, deve-se evitar a partiçom de vocábulos de maneira Que a começo ou final da linha
haja s6 urnha vogal: 6-guQ, a-I, a-qui, nI-O, a-brasa" pavi-o, etc. Pola exemplificaçom que oferecemos a partir do pa-
rágrafo 32/. pode-se comprovar que nom seguimos (ainda que na prãlica é habitual s~gui-la) esta indicaçom, ao ser mais
bem de indole estética Que ortogrâfica.
120 Formas indivisiveis I Formas divisíveis
323. Tamém .nom som divisíveis os digrafos formados por letras dife-
rentes (eh, /h, mh, nh; gu, quj3so. No caso da seqüência gu e qu seguidos de
vogal tampouco se podem separar. o g ou o q do u, nem tampouco gu ou qu
da vogal, pronuncie-se o u ou nom:
bi-cho u-mha(s) ra-í-nha qui-xo-te am-bí-guo
bre-cha a/-gu-mha(s) ne-guei i-guais . qua-dro
bu-Iha nen-gu-mha(s) gui-sar a-ve-ri-güe-des se-qües-tro
re-Iha ba-nho pe-que /in-güis-ta a-qüi-fe-ro
324. Tampouco som divisíveis os ditongos decrecentes nem os crecentes
(ainda que estes últimos se tendem a pronunciar como hiatos segundo o visto
no parágrafo 231., incluindo dentro destes casos tamém algumhas palavras
acabadas em consoante + ea, oa: c{)dea, f€mea, mágoa ... j351:
ai-ro-so con-tí-guo feu-do Má-rio pa-péis chao 352
ca-dei-ra cu-bói-de g/6-ria men-tiu re-tri-buir ir-Mao
cá-rie deus ma-dei-ra tou-vou té-nue Mao
cau-te-/a es-tá-tua má-goa oi-to vai-do-so ve-rao
cha-péu f€-mea
325. Finalmente, nom som divisíveis os grupos consonánticos iniciais
nom precedidos de vogl,ll:
cte-no-don-te gnós-ti-co pneu-má-ti-co pte-ro-dác-ti-/o
ftó-ri-co mne-mo-tec-ni-a psi-quia-tri-a tme-se
C) FORMAS DIVISÍVEIS
326. Quando hai duas consoantes que nom sejam as vistas nos parágra-
fos 322., 323. e 325., parte-se a sílaba entre as duas:
ab-cis-sa ad-qui-rir dif-te-ria núp-cias sub-me-ter
ab-di-car ad-sor-ver drac-ma ob-jec-to sob-por
ab-ne-gar ad-vo-ga-do en-xa-me ol-fac-to sub-ti1
ab-so-/u-to a-mig-da-/a ét-ni-co pig-men-to sub-ver-ter
a-cep-çom am-bi-çom hip-no-se prog-nós-ti-co téc-ni-ca
ad-jec-ti-vo ap-to im-por rit-mo tran-sa-t1án-ti-co
ad-mo-es-tar cáp-su-/a in-có-mo-do sub-fa-ce tras-bor-dar
. ad-na-to dis-ci-p/i-na Iin-dem-ne sub-gé-ne-ro
(350) Este critério é o compartido por todas as línguas, de aí que nós o sigamos, mesmo ainda no caso de mh (veja-se a nota
9). No caso dos dígrafos formados por letras idênticas (rr, ss) seguimos tamém o comportamento geral de todas as
linguas (mesmo o espanhol antigo e nom o moderno) de separá-los graficamente, como indicamos no parágrafo 327.
(351) Pola tendência geral a rejeitar os crecentes, a tenninaçom -uir dos verbos (construir, restituir, retribuir... ) assi como al-
gumhas palavras soltas (afiar, fiel, fluidez, etc.) tendem a pronunciar-se de maneira inestãvel, urnhas vezes como diton-
gos e outras como hiatos. A nivel de divisom silãbica preferimos considerã-los ditongos. -
(352) Certas vozes acabadas em -ao do tipo chao, ddadao, irmao, moo, Yerao, etc. (veja-se a lista completa no parágrafo
289.), costumam ser pronunciadas como ditongos, ainda que podem ser tamém hiatos. Prova da sua pronúncia como di-
tongo é que, nalguns casos, o -o final pode pronunciar-se -u (chau, irmau, mau... ). Preferimos, a nivel de divisam silábi-
ca, tamém neste caso, considerá-Ias ditongos (em luso-brasileiro a terminaçom -do é, assi mesmo, ditongo nasal).
Formas divisíveis 121
327. Palo mesmo motivo que o visto no parágrafo anterior, quando hai
duas consoantes idênticas (em concreto cc ou cç, mm, nn, e tamém os dígra-
fos rr e ss), parte-se a sílaba entre as duas (veja-se a nota 350):
ac-çom co-mum-men-te con-nos-co nos-so
oc-ci-pí-cio ru-im-men-te der-ro-gar pas-sar
328. Na sucessom de mais de duas consoantes:
a) Se as duas últimas som as vistas nos parágrafos 322. e algum caso do
323., estas formam sílaba com a vogal seguinte e a anterior, ou anteriores,
com a vogal precedente:
ads-trin-gir in-cluir en-gue-de-Ihar
cam-brai-a ins-cri-çom in-gui-nal
de-mons-trar ins-truir in-quie-to
em-ble-ma subs-cre-ver pro-pín-quo
ex-pU-car trans-gre-dir ran-cho
b) Se nom som as duas últimas nengumha das vistas no apartado a), a
última consoante forma sílaba com a vogal seguinte e as anteriores com a
vogal anterior:
abs-ten-çom in-ters-te-Iar punc-tu-ra sump-tuo-so
cons-ciên~cia . obs-cu-ro sols-ti-cio trans-tor-nar
disp-neia pers-pi-caz subs-tán-cia tungs-té-nio
329. Os hiatos som por princípio divisíveis (vejam-se as notas 351 e
352):
al-co-ol co-or-de-nar mi-ú-do per-do-o sa-ir
a-ta-ú-de do-er mo-er ra-i-nha sa-ú-de
ba-Í-nha je-su-i-ta mo-i-nho re-al vo-o
ca-i-a-mos LU-Ís per-do-as ru-i-do
330. Nos encontros de três vogais (sempre e quando umha delas nom
seja i ou u tónicos em hiato), recorde-se que a tendência geral do galego-por-
tuguês é a de rejeitar os ditongos crecentes (assi como os tritongos) e usar os
decrecentes. Assi dividiremos:
cai-ar jói-a sai-a
en-sai-os Mai-o tei-a
E tamém:
actu-ou cons-tru-iu fi_ei_to 353
a-fi-ai cru-éis pon-tu-ais
cam-bi-ei fi-éis vl-el-ra
Mas temos propriamente tritongos (inseparáveis), nas seqüências de três vo-
gais começadas por gu e qu, com o u pronunciado:
Pa-ra-guai en-xa-guou o-bli-quai
CAPÍTULO VI
MAIÚSCULAS INICIAIS
A) CASOS GERAIS354
(356) É evidente que mu'itas destas formas podem ser empregadas com minúscula quando nom se lhes quer dar esse valor
elevado.
(357) Consulte-se a nota 308.
(358) Vejam-se mais casos no apêndice dedicado a Abreviaturas, no final do livro.
Maiúsculas: nomes próprios (usos a ter em conta) 125
CAPÍTULO VII
DIVERGÊNCIAS ORTOGRÁFICAS
347. Recapitulamos aqui as divergências existentes entre o galego, o
português e o brasileiro que observamos ao longo deste estudo, mas só aque-
las que realmente atingem a fenómenos gráficos, excluindo as dive~gências
gramaticais ou léxicas que nom impliquem um uso ortográfico diferente.
1. O -m final
(364) Acabadas em -Qn 56 temos dólman e fman (brasileiro Imã. galego imám). Acabadas em -en 56: alúmen, cacúmen, ~den,
hifen. hlmen. péclen, pólen. rúmen e sémen. Mas a tendência geral é evitar o -n final, quer formando um singular em -ne
analógico do plural -nes (obor/gene, l/quenlliqueneJ, quer suprimido sobretodo o -n (obdóme(nJ, dólme(nJ, espécime(n),
glúle(n). nóm empregando-se já itormalm~nle em albume. certame, cerume, discrime, germe, laefume, ligame, regime e
velame). Com as acabadas em -on tamém se fai o mesmo, sendo a tendência geral a perda do -n: celéntero, corindo, de/-
loto, esterno, faraó. gónio, hemlono, hipópio. xi/o. Ainda que noutros casos se pode utilizar o -n. o normal é suprimi-
-lo: <ill/ndeto(n), cÓlo(nJ, cório(n), crlpto(nJ, eplploo(n), épsilo(n), hipérboto(n), ílio(n), /psilo(n), Isquio(n), m/cro(nJ,
obélio(nJ, ómicro(n), oplstio(n), pláncto(nJ, pollptoto(n), xéno(n). As formas mórmon, néon, péon e télomon, ao terem
o plural em -nes. cabe deles esperar no futuro um singular analógico, como jA temos em clinone (preferido a cânon).
ciclone. cotil~done. icn'umone. pilone e- s;cone (tamém sicónio). Tanto n~on como t~/amon cpnhecem as variantes
neóniolneão e te/amão. assi como temos tamém Or/onIOrião. Propriamente s6 em -on temos: Á/bion. báton. cláxon,
mácron. n~c(on. s(con (diferente de siconels;c6nio). M/son e xflon (diferente de xi/o). dos que talvez caiba urnha
adaptaçom ou perda do -n no futuro, como demonstra a tendência normal. Em galego empregaremos as formas sem -ln
final ou as adaptadas, deixando esta letra s6 para os casos em que o luso-brasileiro utiliza o -n de modo exclusivo.
128 Divergências: -mF; xis, l, ss, c; ç-/s-
2. O x
3. O ç-
(365) Na Galiza tamém se utiliza fizemos; em Portugal. sobretodo no Norte, tamém dixemos.
(366) Consulte-se a nota 52. Hai tamém urnha série de vozes que som distintas em galego e luso-brasileiro: cuxo (dialectal luso-
brasileiro: cucha «vitelm) e tamém galego). enxebre (<<castiço»). xaslre (luso-bras. e tamém gal. alfaiate), xebrar (<<separar
o gado»). xflgaro (luso-bras. e tamém gal. pin~assilgo). xurelo (luso-bras. carapau).
Divergências: ç-/s-; z/s; qua-/ca-; mh/m 129
Mantemo-lo tamém, ainda que podamos utilizar assi mesmo s- inicial, como
o luso-brasileiro, em:
çafra/safra çapa/sapa çurrar/surrar
çamnarra/samnarra çapato/sapato çurromn/surromn (surrão)
çanfona/sanfona çorça/sorça (surça)
Mas preferimos, coincidindo com o luso-brasileiro, utilizar s- inicial em:
safar salsaparrilha sarabanda sossobrar (soçobrar)
sá fio samnbarca sarigüeia sumagre
safira sanefa sarpar sumo
saguámn (saguão) sape! sedaço suna
4. O z (+ e, i)
5. O q
B) OS DÍGRAFOS
1. O mh
(367) Ainda assi, coincidem em galego e luso-brasileiro popular e culto: caderno e caderno.
--------~-~---. ---------
2. O ss
356. Numha série de vozes que o galego usa ss, o luso-brasileiro utiliza
ç (ou rsp68:
calessa (caleça) mussulmano (muçulmano) palhasso (palhaço)
carcassa (carcaça) osso (urso) sossobrar (soçobrar)
massom (mação)
C) OS GRUPOS CONSONÁNTICOS
D) ACENTOS E ACENTUAÇOM369
(368) Outras vezes acontece ao revés: o galego leva ç (electrocuçom) e o luso-brasileiro ss (electrocussdo). Ou o galego persoa,
luso-brasileiro pessoa. Mas esta última deve ser reintroduzida no galego culto, melhor que persoa, talvez esta resultado
da pressom do espanhol persono, única fonna viva no galego falado espontáneo. A forma urso lamém é válida em galego.
(369) Urnha divergência de menor importã,ncia é que em galego se acentua o ; tónico precedido de vogal e seguido de Ih ou nh;
em luso·brasileiro nom: bainha (bainha), rainha (rainha), moinho (moinho). Veja·se a nota 237.
Divergências: acentuaçom; traço 131
E) O TRAÇO OU HIFEM
F) O APÓSTROFO
371. Ainda que a regra geral é o nom uso destes sinais a começo de fra-
se, podem utilizar-se em casos excepcionais como indicamos no parágrafo
299. Contodo, mesmo nestes casos excepcionais de uso do sinal inicial, o seu
emprego é optativo ~ nom obrigatório. O luso-brasileiro, como vimos na no-
ta 321, nom utiliza nunca o sinal inicial.
H)CONTRACÇONS
(373) Nos casos em que o luso-brasileiro nom o utiliza obrigatoriamente senom de maneira optativa preferimos nom usar o
apÓstrofo (veja-se a nota 308).
Divergências nas contracçons I Coincidências com o brasileiro 133
VOCABULÁRIO GERAL
Este vocabulário recolhe mais de 38.200 entradas para a consulta pon~
tual e precisa de umha ou mais vozes. As palavras que se incluem som as que
tenhem umha ou várias grafias combinadas destas que a seguir citamos:
1- g, seguido de e ou i.
2- j, seguido de qualquer vogal.
3- x, em qualquer posiçom, sinalando o valor de Iksl ou Isl e nom o de
Is/. Entende-se que, nas que nom figura Iksl ou Isl, a letra x corresponde-
-se com Isl (caixa, deixar, peixe .. .).
4- b, em qualquer posiçom.
5- v, em qualquer posiçom.
6- z, excepto em final de sílaba ou de palavra.
7- ç, inicial de palavra ou sílaba.
8- h, inicial de palavra.
9- q, sempre que seguido de u se pronuncie esta vogal (qua, qüe, qüi,
quo).
10- ss, intervocálico.
11- traço (-), unindo dous elementos da palavra composta.
12- circunflexo n, sobre e ou o Quando estas forem fechadas e acen-
tuadas graficamente.
Nom se incluem outras particularidades gráficas, especialmente aqueles
grafemas que se correspondam com um fonema e quen()m tenha este fone-
ma outro grafema que se corresponda com el. É o caso de Ih, nh e -m final de
palavra, que nom oferecem dúvidas e que nom se recolhem excepto nas pa-
lavras em que figure algumha das doze grafias aludidas anteriormente. Tam-
pouco se incluem outras particularidades gráficas como monossílabos acen-
tuados, ditongos abertos com acento agudo ou grupos consonánticos que fa-
riam a lista ainda mais longa.
O elevado número de vozes obedece ao critério de incluir todas as pa-
lavras que levam umha ou várias das doze grafias indicadas, tanto as mais
comuns como as variantes ou as formas dialectais (galegas, portuguesas e
brasileiras) que tenham umha certa importáncia polo seu uso, ainda que
muitas delas nom sejam nunca consultadas porque se supom o seu conheci-
mento e nom oferecem dúvida (cova, lobo, sintetizar, etc.).
A consulta proveitosa deste vocabulário pressupom o adequado domí-
nio léxico e semántico do nosso idioma, assi como o conhecimento substan-
cial da parte anterior deste Prontuário. Isto último talvez seja possível a par-
tir da sua publicaçom; o domínio léxico e semántico prévio quiçá nom deixe
de ser um anseio na situaçom actual, mais que umha realidade. Urge, por-
tanto, a ediçom de métodos de aprendizage de léxico e semántica, as si como
138 Vocabulário Geral
exculpaçom I/(sl ou Isl exlclo I/(sl ou Isl excorclzar Iksl ou Isl experto 1/(51 ou Isl
exculpar I/(sl ou Isl exldo I/(sl ou Isl exordlallksl ou Isl explaçom 1/(51 ou Isl
excursar I/(sl ou Isl exigência I/(sl ou Isl exordlar Iksl ou Isl expiador 1/(51 ou Isl
excursionar I/(sl ou Isl exigente Iksl ou Isl exórdlo Iksl ou Isl expiar Iksl ou Is!
excursionismo llisl ou 151 exigibilidade I/(sl ou 151 exornaçom I/(sl ou Isl expiatório Iksl ou 151
excursionista Iksl ou 151 exigir I/(sl ou Isl exornar I/(sl ou Isl expiável I/(sl ou Isl
excurso Iksl ou 151 exiglvel I/(sl ou Isl exornatlvo I/(sl ou Isl expllaçom 1/(51 ou 151
excursom Iksl ou 151 exlgüidade Iksl ou Isl exorrelco Iksl ou Isl expllar Iksl ou 151
excursor I/(sl ou Isl exlguo I/(sl ou Isl exortaçom I/(sl ou Isl explraçom 1/(51 ou 151
excurvar Iksl ou Isl exil I/(sl ou Isl exortador I/(sl ou Isl expirador 1/(51 ou 151
excussom I/(sl ou Isl exilado Iksl ou Isl exortar Iksl ou Isl expirante 1/(51 ou 151
excutlr I/(sl ou Isl exilar I/(sl ou Isl exortativo I/(sl ou Isl expirar I/(sl ou 151
exdermoptose Iksl ou Isl exile I/(sl ou Isl exortatório I/(sl ou 151 explanaçom 1/(51 ou 151
execrabilidade Iksl ou Isl exillar Iksl ou Isl exosfera Iksl ou Isl explanador 1/(51 ou 151
execraçom Iksl ou Isl exflio I/(sl ou Isl exosmose I/(sl ou Isl explanar 1/(51 ou Isl
execrador I/(sl ou Isl eximenlna I/(sl ou Isl exosmótlco I/(sl ou Isl explanatório 1/(51 ou Isl
execrando Iks! ou Isl eximiamente I/(sl ou Isl exósporo Iksl ou Isl expletlva 1/(51 ou 151
execrar Iksl ou 151 eximiçom llisl ou Isl exosqueleto Iksl ou Isl expletlvamente I/(sl ou 151
execratórlo I/(sl ou Isl exlmlo Iksl ou Isl exostose I/(sl ou Isl expletlvo 1/(51 ou 151
execrável Iksl ou Isl eximir I/(sl ou Isl exotérlco Iksl ou Isl explicabilidade 1/(51 ou 151
execuçom Iksl ou Isl exlna I/(sl ou Isl exoterismo I/(sl ou Isl expllcaçom I/(sl ou 151
executado I/(sl ou Isl exinaniçom llisl ou Isl exotérmico I/(sl ou Isl explicador 1/(51 ou 151
executante Iksl ou Isl exinanldo I/(sl ou Isl exótico I/(sl ou Isl explicando 1/(51 ou 151
executar Iksl ou 151 exlnanlr Iksl ou Isl exotismo Iksl ou Isl explicar 1/(51 ou 151
executável 1/(51 ou 151 exlr 1/(51 ou Isl expandir Iksl ou Isl explicativo I/(sl ou 151
executivo Iksl ou 151 existência Iksl ou Isl expansibilidade I/(sl ou Isl explicável I/(sl ou 151
executor 1/(51 ou Isl existencial I/(sl ou Isl expansionismo Iksl ou Isl explicitamente I/(sl ou Isl
executória 1/(51 ou 151 existencialismo Iksl ou Isl expansionista I/(sl ou Isl explicito 1/(51 ou Isl
executório I/(sl ou 151 existencialista I/(sl ou 151 expanslvel I/(sl ou Isl explodir I/(sl ou Isl
êxedra Iksl oU Isl existente Iksl ou 151 expansividade Iksl ou Isl explorabilidade I/(sl ou Isl
exegese 1/(51 ou 151 existir I/(sl ou Isl expansivo I/(sl ou Isl exploraçom I/(sl ou Isl
exegeta 1/(51 ou Isl êxito Iksl ou 151 expansom I/(sl ou 151 explorador I/(sl ou 151
exegética I/(sl ou Isl ex-lIbrls I/(sl ou Isl expatrlaçom Iksl ou 151 explorar I/(sl ou Isl
exegético Iksl ou 151 exocardlaco Iksl ou Isl expatriado Iksl ou 151 exploratório I/(sl ou Isl
exemplar 1/(51 ou 151 exocardite I/(sl ou Isl expatriar 1/(51 ou 151 explorável Iksl ou 151
exemplaridade I/(sl ou 151 exocarpo I/(sl ou 151 expectaçom Iksl ou Isl explosiva I/(sl ou 151
exemplárlo Iksl ou Isl exoceto 1/(51 ou Isl expectador 1/(51 ou Isl exploslvel Iksl ou 151
exemplarmente Iksl ou 151 exoclcllcos 1/(51 ou 151 expectante Iksl ou 151 explosivo 1/(51 ou Isl
exempllflcaçom 1/(51 ou 151 exocránlo 1/(51 ou 151 expectantlsmo Iksl ou 151 explosom I/(sl ou Isl
exemplificar Iksl ou 151 exocrlnico Iksl ou 151 expectar Iksl ou 151 explulr I/(sl ou 151
exemplificativo Iksl ou Isl exócrlno I/(sl ou 151 expectativa Iksl ou 151 expoente 1/(51 ou Isl
exemplo 1/(51 ou 151 exoderme Iksl ou Isl expectatório Iksl ou Isl expollçom Iksl ou 151
exencefalla Iksl ou 151 exódlco 1/(51 ou 151 expectável 1/(51 ou 151 expollr I/(sl ou 151
exencéfalo Iksl ou 151 êxodo I/(sl ou 151 expectoraçom 1/(51 ou 151 exponencial I/(sl ou Isl
exenteraçom 1/(51 ou 151 exodontla I/(sl ou 151 expectorante 1/(51 ou 151 exponente I/(sl ou 151
exequátur 1/(51 ou 151 exoforia Iksl ou 151 expectorar 1/(51 ou 151 expor I/(sl ou Isl
exeqüente Iksl ou 151 exoftalmia 1/(51 ou Isl expedicionário I/(sl ou Isl exportaçom I/(sl ou Isl
exequlal//(sl ou 151 exoftalmo 1/(51 ou 151 expedlclonelro I/(sl ou 151 exoftalmo I/(sl ou 151
exéquias 1/(51 ou 151 exogamla Iksl ou Isl expedlçom I/(sl ou Isl exportador I/(sl ou 151
exeqüibllldade I/(sl ou 151 exógamo Iksl ou Isl expedida I/(sl ou Isl exportar I/(sl ou Isl
exeqOlvel/ksl ou 151 exogéneo I/(sl ou Isl expedidor I/(sl ou Isl exportável I/(sl ou 151
exérase I/(sl ou 151 exogenia I/(sl ou Isl expediente I/(sl ou Isl exposlçom llisl ou 151
exercer Iksl ou Isl exógeno Iksl ou Isl expedlmentado I/(sl ou Isl expositivo Iksl ou 151
exerclclo 1/(51 ou 151 exoglnlo Iksl ou Isl expedir I/(sl ou 151 expositor Iksl ou Isl
exercltaçom Iksl ou 151 exóglno I/(sl ou 151 expeditamente I/(sl ou 151 exposto 1/(51 ou 151
exercitador I/(sl ou 151 exometra Iksl ou Isl expeditivo I/(sl ou 151 expostulaçom 1/(51 ou Isl
exercitante 1/(51 ou 151 exometria Iksl ou Isl expedito I/(sl ou Isl expostular I/(sl ou 151
exercitar 1/(51 ou 151 exomologese I/(sl ou Isl expeditório I/(sl ou Isl expressador 1/(51 ou 151
exército Iksl ou Isl exomorflsmo Iksl ou Isl expelente I/(sl ou Isl expressamente I/(sl ou 151
exercitor 1/(51 ou 151 exonerabilidade Iksl ou Isl expelir I/(sl ou Isl expressar 1/(51 ou 151
exercltórlo Iksl ou Isl exoneraçom Iksl ou Isl expender 1/(51 ou Isl expressiva I/(sl ou Isl
exerdaçom llisl ou 151 exonerar Iksl Ou Isl expensas I/(sl ou 151 expressividade I/(sl ou Isl
exerdar llisl ou 151 exoneratório Iksl ou Isl expensom I/(sl ou 151 expressivo I/(sl ou 151
exérese 1/(51 ou 151 exonfalia I/(sl ou Isl experiência 1/(51 ou 151 expresso 1/(51 ou Isl
exergásla Iksl ou 151 exOnfalo I/(sl ou 151 experiencial 1/(51 ou 151 expressom I/(sl ou 151
exergo Iksl ou 151 exópode Iksl ou Isl experiente 1/(51 ou 151 exprimir 1/(51 ou Isl
exfetaçom 1/(51 ou 151 exoraçom I/(sl ou Isl experimenta 1/(51 ou 151 exprlmlvel 1/(51 ou Isl
exfollar Iksl ou 151 exorar I/( sI ou Isl experlmentaçom I/(s! ou Is! exprobraçom 1/(51 ou Isl
exibicionismo Iksl_ou 151 exorável I/(sl ou Isl experimentado 1/(51 ou 151 exprobrado I/(sl ou Isl
exibicionista Iksl ou Isl exorbitáncla Iksl ou Isl experimentador 1/(51 ou 151 exprobrador I/(sl ou Isl.
exlblçom Iksl ou Isl exorbitante Iksl ou Isl experimentai I/(sl ou Isl exprobrante I/(sl ou Isl
exibidor I/(sl ou Isl exorbitar Iksl ou Isl experimentalmente exprobrar I/(sl ou Isl
exibir Iksl ou Isl exorcismar I/(sl ou Isl 1/(51 ou Isl exprobratórlo I/(sl ou Isl
exibitivo Iksl ou Isl exorcismo Iksl ou Isl experimentar 1/(51 ou 151 expromlssor I/(sl ou Isl
exibitório I/(sl o Isl exorcista Ikslo Isl experimentável I/(sl ou 151 exproprlaçom I/(sl o Isl
exlclal I/(sl ou Isl exorcistado 1/(51 ou Isl experimento 1/(51 o 151 expropriador I/(sl ou Isl
-~~------------------------
expropriar llesl ou 151 externaçom llesl ou 151 extraprograma llesl ou 151 exúvla Ilrsl ou 151
expugnaçom llesl ou 151 externar llesl ou 151 extra-regulamentar exuvlalldade llesl o,; 151
expugnador llesl ou 151 externato Ilrsl ou 151 llesl ou 151 exuvlável 11<51 ou 151
expugnar llesl ou 151 externo llesl OÚ 151 extrárlo Ilrsl ou 151 exúvio Ilrsl ou 151
expugnável llesl ou 151 exteroceptlva Ilrsl ou 151 extras Ilrsl ou 151 ex-voto Ilrsl ou 151
expulçom llesl ou 151 exteroceptor llesl ou 151 extra-sensorial llesl ou 151
expulsar llesl ou 151 êxtero-Inferlor Ilrsl ou 151 extrarrestre llesl ou Isl
expulsivo llesl ou 151 êxtero-superior llesl ou 151 extraterritorial 11<51 ou 151
expulso llesl ou isl exterrltorlalldade
11<51 ou 151
extraterritorialidade F
expulsom llesl ou 151 llesl ou 151
expulsor llesl ou 151 extinçom 11<51 ou 151 extratexto 11<51 ou 151 fabagela
expulsório llesl ou 151 extinguidor Ilrsl ou 151 extratoráclco Ilrsl ou Is/ fabela
expultriz llesl ou 151 extinguir 11<51 ou 151 extra-urbano llesl ou 151 fablano
expunçom llesl ou 151 extingulvel 11<51 ou 151 extra-uterino 11<51 ou 151 fablforme
expungido llesl ou 151 extintivo Ilrsl ou 151 extravagáncia llesl ou 151 fábrica
expungir llesl ou 151 extinto Ilrsl ou 151 extravaganclarllrsl ou 151 fabricaçom
expunglvel llesl ou 151 extintor 11<51 ou 151 extravagante Ilrsl ou 151 fábrica-coberta
expurgaçom llesl ou 151 extipulado llesl ou 151 extravagar 11<51 ou 151 fabricador
expurgado llesl ou 151 extlrpaçom 11<51 ou 151 extravaginal Ilrsl ou 151 labrlcando
expurgador llesl ou 151 extlrpador 11<51 ou 151 extravasaçom 11<51 ou 151 fabricante
expurgar lles! ou 151 extlrpamento llesl ou 151 extravasado llesl ou 151 fabricar
expurgatório llesl ou 151 extirpar llesl ou 151 extravasamento llesl ou 151 fabricá rio
expurgo llesl ou 151 extirpável 11<51 ou 151 extravasante Ilrsl ou 151 fabricável
exslcaçom llesl ou 151 extlspice Ilrsl ou 151 extravasar Ilrsl ou 151 fabrico
exsicador llesl ou 151 extisplclo llesl ou 151 extravenado Ilrsl ou 151 fabril
exsicante llesl ou 151 extorquir llesl ou 151 extraversom llesl ou 151 fabrlqueiro
exslcar llesl ou 151 extorsionário llesl ou 151 extraverter 11<51 ou 151 labro
exslcativo llesl ou 151 extorsivo Ilrsl ou 151 extravertldo Ilrsl ou 151 fábula
exsolver llesl ou 151 extorso 11<51 ou 151 extraviado 11<51 ou 151 labulaçom
exsuar llesl ou 151 extorsom Ilrsl ou 151 extraviador Ilrsl o"u 1st fabulador
exsucaçom llesl ou 151 extortor Ilrsl ou 151 extraviar Ilrsl ou 151 fabular
exsucçom/exsuçom extra-axilar llesl ou 151 extravio llesl ou 151 fabulário
llesl ou 151 extrabarreira 11<51 ou 151 extremado llesl ou 151 labullsta
exsudaçom llesl ou 151 extracçom 11<51 ou 151 extremamente llesl ou 151 fabullstica
exsudado llesl ou 151 extraconjugal 11<51 ou 151 extremar llesl ou 151 fabullzado
exsudar llesl ou 151 extracontinental extrema-unçom llesl ou 151 fabullzar
exsurgêncla llesl ou 151 llesl ou 151 extremável llesl ou 151 fabulosamente
exsurgir llesl ou 151 extracontratual 11<51 ou 151 extremidade llesl ou 151 fabuloso
êxtase llesl ou 151 extracorrente llesl ou 151 extremismo 11<51 ou 151 faça Ivo
extasiado llesl ou 151 extracrecente Ilrsl ou 151 extremista Ilrsl ou 151 faca-marcador
extasiar llesl ou 151 extractar 11<51 ou 151 extremo llesl ou 151 façanha
extátlco llesl ou 151 extractivo Ilrsl ou 151 extremosamente "'sI ou IsI laçanhelro
extemporaneamente extracto llesl ou 151 extremoso 11<51 ou Isl façanhlce
llesl ou 151 extractor Ilrsl ou 151 extrlcar llesl ou 151 façanhoso
extemporaneidade extradicionar 11<51 ou 151 extrlnsecamente llesl ou 151 façanhudo
llesl ou 151 extradiçom Ilrsl ou 151 extrlnseco 11<51 ou 151 faca-sola
extemporáneo llesl ou 151 extraditar Ilrsl ou 151 extrofla llesl ou 151 facçom
extensamente llesl ou 151 extradorsado 11<51 ou 151 extróflco llesl ou 151 fachiça
extensibilidade llesl ou 151 extradorso llesl ou 151 extrojecçom 11<51 ou 151 lacllitaçom
extenslmetro llesl ou 151 extra-escolar Ilrsl ou 151 extrorso llesl ou 151 laço lia
extensivamente llesl ou 151 extrafino 11<51 ou 151 extrcspecçom 11<51 ou 151 fac-slmllado
extenslvel llesl ou 151 extrafolláceo Ilrsl ou 151 extrospectivo llesl ou Is! fac-similar
extensividade llesl ou 151 extrafollar Ilrsl ou 151 extroversom llesl ou 151 fac-slmile
extensivo llesl ou 151 extrafóllo llesl ou 151 extrovertido 11<51 ou 151 factltlvo
extenso Ilrsl ou 151 extra-humano 11<51 ou 151 extruslvo llesl ou 151 factlvel
extensom Ilrsl ou 151 extrair llesl ou 151 extrusom 11<51 ou 151 factorizar
extensometrla Ilrsl ou 151 extralvel Ilrsl ou 151 exuberancla Ilrsl ou 151 façudo
extensómetro Ilrsl ou 151 extrajudicial 11<51 ou 151 exuberante llesl ou 151 façula
extensor Ilrsl ou 151 extrajudiciário Ilrsl ou 151 exuberantemente /k.sl ou 151 facultativo
extenuaçom Ilrsl ou 151 extralegal llesl ou 151 exuberar llesl ou 151 ladejar
extenuadamente lles! ou IsI extramontado 11<51 ou 151 exúbere Ilrsl ou 151 fadlsta,gelfadlstagem
extenuador Ilrsl ou 151 extramundano 11<51 ou 151 êxul Ilrsl ou 151 fagedénico
extenuante llesl ou 151 extramural 11<51 ou 151 exular llesl ou 151 fagedenismo
extenuar Ilrsl ou 151 extramuros llesl ou 151 exulceraçom Ilrsl ou 151 faglcola
extenuativo llesl ou 151 extranatural llesl ou 151 exulcerante llesl ou 151 fagulhaçom
exterior Ilrsl ou 151 extranormal llesl ou 151 exulcerar Ilrsl ou 151 fala-branca
exterioridade llesl ou 151 extranumeral llesl ou 151 exulcerativo llesl ou 151 faiança
exteriorlzaçom Ilrsl ou 151 extranumerário llesl ou 151 êxule Ilrsl ou 151 fala-preta
exteriorizar Ilrsl ou 151 extra-oficiai llesl ou 151 exultaçom llesl ou 151 falscaçom
exteriormente llesl ou 151 extraodlnarlamente exultante llesl ou 151 faixa
exterminaçom Ilrsl ou 151 11<51 ou 151 exultar Ilrsl ou 151 faixado
exterminador Ilrsl ou 151 extraordinário 11<51 ou 151 exumaçom llesl ou 151 faixar
exterminante Ilrsl ou 151 extraparlamentar /k.sI ou 151 exumar Ilrsl ou 151 falxear
exterminar Ilrsl ou 151 extrapassar llesl ou 151 exundaçom llesl ou 151 falxelro
exterminável Ilrsl ou 151 extrapolaçom 11<51 ou 151 exundar llesl ou 151 fajá
extermlnlo 11<51 ou 151 extrapolar Ilrsl ou 151 exutório Ilrsl ou 151 fajardlce
196 Vocabulário Geral: fajardismo - fiambreiro
VOCABULÁRIO GEOGRÁFICO
a) Topónimos galegos
e em casos contrários como Vai, Vide (no nomenclátor oficial: Oval, A vide).
Casos como estes hai que tê-los, logicamente, em conta pois que as mudan-
ças no ordenamento alfabético som consideráveis e poderiam nom encon-
trar-se os top6nimos procurados.
Por último indicar que estas directrizes, que operam sobre a maior parte
dos top6nimos aqui incluídos, tenhem as suas evidentes excepçons, já que
utilizar uns critérios uniformes para toda a toponímia, sem termos em conta
alguns casos concretos mínimos, seria realmente prejudicial.
Finalmente convém esclarecer que os top6nimos compostos fôrom orde-
nados alfabeticamente como se de umha palavra s6 se tratasse.
b) Outros topónimos
Incluimos aqui umha lista de mais de 3.400 nomes geográficos im-
portantes, tanto maiores ·como menores, que nom pertencem ao ámbito
Outros Topónimos: A - Alfeizariio 295
v Veneza
Venezuela
Venlo
Vinhedo
Vinlpegue
Vlntemllha
Xlquexlque
Xlraz
Xlre
Vaal Venta Vlradouro Xoa
Vaális Vento Virgem da Lapa xolapur
Vaasa Ventozelo Virgens Xunqulm
Vacacal Vera Cruz Virglnia
Vacalama Veranópolis Vlrglnópolis
Vacaria
Vacariça
Vadlmom
Vereei as
Verde
Verdinho
Vlrgolândla
Vlsaias
Visconde do Rio Branco
z
Vaduz Verga Viseu Zaacha
Vagos Vergara Vlsmar Zaandam
Vagram Vergas Viso Zab
Valadares Verlssimo Vlstula Zacatecas
Vaiais Vermelha Vltemberga Zagrábla
Valáquia Vermelho Vlterbo Zagro
Vai bom Vermo II Viii Zagros
Valdai Vermolm Vitória Zaire
Valdés Veroduno Vltórla·Nlanza Zala
Valdlgem Verona Vltórlo Véneto Zama
Valdivia Verra Viúva Zambeze
Valdozende Verruga Vlzapur Zambézia
Valdreu Verrugão Vizela Zâmbia
Vale Versalhes Vladlvostoque Zambujal
Vale de Cambra Vertentes Volvodlna Zanguebar
Vale de Lobos Véser Volga Zante
Valega Véseris Volgogrado Zanzibar
Valença Vesonçom Vollnla Zaporojle
Valencianas Vestefálla . Volo Zara
Valentia Vesteras Vologda Zea
Valentim Vestlarla Volta Zebrelra
Valentim Gentil Vesúvio Volterra Zeebruge
Valésla Véter Voorburgo Zétlre
Valeta Vez Voralberga Zegulchor
Vale Verde Vlalongo Vormácla1Vórmla Zelándla
Valhadolid VlamAo Voroneje Zele
Valmor Viana Vosgos Zenta
Valongo Viana. do Alentejo Votuporanga Zêzere
Outros Topónimos: Zibreira - Zurique 307
VOCABULÁRIO ONOMÁSTICO
Este vocabúlario recolhe mais de 1.000 nomes de pessoa, incluídos os
históricos, bíblicos, mitológicos, fitícios, etc., seguindo as directrizes gerais
assinaladas na introduçom feita ao Vocabulário Geral. Contado, tamém
vam uns poucos nomes con w, y e k, ao nom serem estas letras do nosso al-
fabeto, mas ainda utilizadas nesses casos.
Nom figuram nesta lista os apelidos, embora a grande maioria pro-
venham de nomes comuns (vid. o Vocabulário Geral), nomes geográficos
(vid. os topónimos galegos no Vocabulário Geográfico) ou de nomes pró-
prios de pessoa que podem figurar no presente Vocabulário.
Tamém nom figuram as diferentes variantes ou as formas antigas de
certos nomes actuais que, ainda sendo válidos como nomes de pessoa na ac-
tualidade, nom se devem considerar como habituais ou comuns: Anjo, An-
jos (por Ángelo, Angela; Anjo é mais bem apelido ou traduçom directa do
espanhol Ángel), Bernaldo (por Bernardo), Bieito/-a (por Bento/-a), Brais
(por Brás), Cibrám/Cibrao (por Cipriám), Comba (por Colomba), Gens
(por Genésio), Izia (por Luzia), Jiám/ Jiao (por Juliám), Jurjo (por Jorge),
Sabela (por Isabel; hipocorístico de Isabela), Tareija/Tereija (por Teresa),
Ugio ou Eugeo (por Eugénio), Vaia ou Valha (por Eulália) e Vreixo (por
Veríssimo).
Abubecre Alberto Angilberto
A Abulabas Alblna/·o Anlbal
Abulfaradj Alclblades Anúbis
Aasvero Abulfeda Aldebrando Anunciaçom
Abad Abúndlo Aldonça Apresentaçom
Abas Acab Aleixo Aprigio
Abdalá Acbaro Alexandra Arabela
Abderramám Açoka Alexandre Árbaces
Abdias Açucena Alexandrina/·o Arbogastes
Abdlel Adalbérom Alfarabi Arcángela/·o
Abdom Adalberto AII·Babá Arcanjo
Abdul Adalglsa/·o Ali·Paxá Arfaxade
Abdulá Adalzira Almançor Arglmiro
Abdulaziz Adérbal Almavlva Ariovisto
Abdurramám Afrelxo Álvaro Aristóbulo
Abel Agesandro Alzira Arlstógenes
Abelardo Agesllau Amabllia Aristogitom
Abgar Ageu Ambrosina Arnóblo
Abiá Agllberto Ambrósio Arqulbaldo
Ablgall Agllolfo Anabela Artábano
Abllio Agilulfo Anaxágoras Iksl ou Isl Artábazo
Ablmelech Agoberto Anaxarco Iksl ou Isl Artaxerxes
Ablrom Alxa Anaximandro Iksl ou Isl Ascênslo
Ablú Ájax Anaxlmenes Iksl ou Isl Asdrúbal
Abner Alba Andrógeo Assuero
Abraám Albano Ángela/·o Assunçom
Absalom Alberico Angéllca/·o Assur
Abslrto. Albertlna/·o Angellna/·o Assurbanipal
310 Vocabulário Onomástico: Astíages - Flávio
L N Q T
Labám Nabal Quaslmodo Tassilom
Labieno Nabis Querubim Teagenes
Lamberto Nabonassar Quildeberto Teangelo
Lançarote Nabopolasar Quildebrando Teobaldo
Laurência/-o Nabor Quixote Teóbulo
Lavinia Naboth Teodebaldo
Lázaro Teodeberto
Nabucodonosor
Leovigilda/-o Teólobo
Natividade
Leoviglo
Levelino Nazaré R Teógenes
TerênclaJ-o
Levi Nazário Tibério
Leviatam Nectanábis Rabano Tlbulo
Libanio Nerva Ragueberto Tibúrclo
[iberataJ-o Nesso Ramberto Tiburtino
ibério Neves Rebeca Tissafernes
Libório Névio Receswinlhe Tobias
ligia Nibelungos Regina Torlbio
LiviaJ-o Niobe Reginaldo Trajano
Livórnio Nobllio Reglno Traslbulo
Lizardo Norberto Triboniano
Remlgio
Longino Tubalcaim
Novaciano Renoberto
Lourenço Tubaldo
Lourival Ressurelçom
Lubélia Reverêncio
Ludge·ro Rigoberto
Ludovico O Roberto U
LudovinaJo Robinsom
Luzia Oberom Roboam Ubaldo
Ocozias Rocambole Ulisses
Octavia RogéllaJ-o Umbelina
Octaviano Urbano
M Octavio
Rogério
Roxane Iksl ou Isl Urbino
Odeberto Roxelana Iksl ou Isl
Maarbal
Oduvaldo Rubem
Mabllio
Macabeu Óglges
Olavo
V
Macbeth
Ollbrio Valburga
Macróbio
Magêncio Olivério
OliviaJ-o
5 Valburge
Magim Valdefrido
Maglna Ónfale Sabaoth Valdemar
Magnêncio Orêncio Sabéllo Valdemiro
Orlbase Sabiano Valdrico
Majoriano
Ossiám SabinaJ-o Valenciano
Makrisi Valêncio
Malvina Osvaldo Sabinlano
Ovldio Salvador Valens
Manassés Valentim
Marilza Ozias Sebastiam
Valentlnlano
Masinissa Sejano Valeriano
Mavilde Senaquerib Valério
Sérgio
Maxêncio Iksl ou Isl
Maximiano Iksl ou Isl
p Servando
Valfredo
Valfrldo
Maximiliano Iksl ou Isl Servil la Valmiqui
Maximlno Iksl ou Isl Pacúvio Sérvio Valqulria
Maximo Iksl ou Isl Paurava Sérvulo Valler
Pelagio SeverianaJ-o Vamba
Mazeppa
Persival SeverinaJ-o Vanessa
Megera Severo Varo
Melibela Plêiades
Pollblo Sexto Iksl ou Isl Varrom
Melibeu Sibila Vasco
Mercê Pomba
Sigeberto Vegécio
Mercês Pôncio
Slglsmundo Vela
Meroveu Possidónlo· SlIvanaJ-o Véleda
Messala Praxedes SilvériaJ-o Venanclo
Messalina Praxlleles Iksl ou Isl Silvestre Venceslau
Messiano PrlmitivaJ-o Silvia Vendimiano
Probo SlIvlnaJ-o Veneranda
Messias
Protógenes Silvio Ventura
Mezênclo Próxeno Iksl ou Isl Siringe Vénus
Minerva PrudênciaJ-o Sisebuto Venusino
Mlnervlno Públio Slslgambis Venusto
Moab Pureza Sofonisba Vercingetorige
Montezuma Purlflcaçom Soslgenes Vereburga
Vocabulário Onomástico: Veremudo - Zusarte 313
ABREVIATURAS
USUAIS
abreviatura = abrev. decímetro = dm. ou dm
ad maiorem Dei gloriam (para despois de Cristo = d. e.
maior glória de Deus) = Dezembro = Dez. °
A.M.D.G. Digníssimo = Dig.mo
.admirador = adm.or direita = dta.
Afonso = Af.o Dom e Dona = D.
Agosto = Ag.to Doutor = Dr.
amigo = am.o Doutora = Dr. a
antes de Cristo = a. e. engenheiro = eng.o
António = Ant.o Era cristá = E. e.
arcaico = are. és-nordeste = E. N. E.
atento = at.o espera deferimento = E. D.
Augusto = Aug.o esquerda = esq.
autor = A. és-sueste = E. S. E.
autores = AA. Este (ponto cardeal) = E.
avenida = Av. estáncia (na poesia) = est.
bacharel = b.al =
et coetera (e o resto) etc.
bloco = bl. Excelentíssima = Ex. ma
boas-festas = B. F. ou b. f. Excelentíssimo = Ex.mo
brochado = br. exemplo = ex.
calçada = c. ou calç. fascículo = fase.
capitám = cap. Fevreiro = Fev. °
capítulo = cap.o Filho = F.o
catálogo = cat. folha = fi. ou foI.
cavalo-vapor = e. V. Francisco = Franc. o
centilitro = cl. ou cl frei = Fr.
centímetro = cm. ou cm grama = g. ou 9
citaçom = cito glossário = gloss.
código = cód. grosa = gr.
comandita = e.ta hectare = ha. ou ha
companhia = e. a (comercial), hectograma = hg. ou hg
eomp. (militar) hectolitro = hl. ou hl
confira = cl. ou cfr. História = hist.
confronte com = cl. ou cfr. ibidem (no mesmo lugar) = Ibid.
criado = cr.o idem (o mesmo) = Id.
decilitro = dI. ou di id est(isto é) = i. e.
316 Abreviaturas
COMERCIAIS
abatimento = abt.° minha orden = mIo
apólice = Ap.8 nossa conta = nlc
conta = cl nossa conta corrente = nlclc
conta corrente = clc nossa letra = nll
copiado = copo peseta = p.18
custo do frete = C. F. pesetas = pts. ou pt. 8S
desconto = desc. peso bruto = p. b.
dez rupias = rx. peso líquido = p. I.
dias de data = d/d por cento = %
dias de vista = d/v por mil = %o
dinheiro = d. prémio = pr. o .
dólar = d., dói. ou $ próximo futuro = p. f.
escudo = esc. próximo passado = p. p.
escudos = escs. rublo = r., rb. ou rub.
florim = fI. rupia = r.
franco = f. ou fr. sacas = sI
franco a bordo = Fob ou F. O. B. seguro = seg. o
libra esterlina= C- sem gastos = s/g
minha carta. = mlc sua conta = sIc
minhas cartas = mlc sua letra = sll
minha casa = mlc sua ordem = slo
minhas casas = mlc tara = t.
minha conta = mlc varas = v.
minha conta corrente = mlclc vossa conta = v/c
minhas contas = mlc vossa letra = vII
minha letra = mIl vossa ordem = v/o
QUíMICAS
Actínio = Ac Antimónio (Estíbio) = Sb'
Alumínio = AI Argo, Argónio A =
318 Abreviaturas