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6ª Conferência sobre
Tecnologia de Equipamentos

CORROSÃO PELO CO2 EM MEIOS AQUOSOS DE AÇO CARBONO, AÇO


BAIXA LIGA COM 1% DE Cr, AÇO INOXIDÁVEL 13%Cr E AÇO
INOXIDÁVEL 13%Cr-5%Ni-2%Mo

Carlos J. B. M. Joia
CENPES/TMEC

Rogaciano M. Moreira, César V. Franco


DQI/UFSC

Eduardo M. Cardoso, Oscar R. Mattos


COPPE/UFRJ

Flávio D. Moraes, Benicio C. Barbosa


UNI-RIO/ST/EP, ATP-ABL/SMS

6°° COTEQ Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos


22°° CONBRASCORR – Congresso Brasileiro de Corrosão
Salvador – Bahia
19 a 21 de agosto de 2002

As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade dos


autores.
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SINÓPSE

A produção de petróleo expõe os materiais ao contato com meios aquosos corrosivos


que eventualmente podem causar a falha dos componentes. Nestes ambientes a forma e a
taxa da corrosão encontrada é influenciada, entre outros fatores, pelas pressões parciais
de CO2 e H2S, pelas concentrações dos íons bicarbonato e acetato presentes, pela
temperatura, pelo pH e pelo teor de cloreto existente na água. Os íons cloreto, de um
modo geral, estão relacionados com a ocorrência de corrosão localizada. O
conhecimento das condições corrosivas existentes e a seleção adequada dos materiais é
portanto fundamental para se garantir o sucesso na operação das unidades de produção e
transporte de petróleo. Os resultados dos ensaios realizados indicaram que o aço com
1Cr pode ter uma taxa de corrosão generalizada até 30% inferior à do aço carbono
convencional, embora seja mais propenso à ocorrência de corrosão localizada. Os aços
13Cr e 13Cr-5Ni-2Mo apresentaram taxas de corrosão muito inferiores às do aço
carbono, podendo ser usados em temperaturas de até 175°C e, no caso do aço com Mo e
Ni, em concentrações de cloreto superiores a 50 000 ppm.

Palavras Chaves: Dióxido de Carbono, Aço Inoxidável, Tampão Acetato.


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1. INTRODUÇÃO

A corrosão pelo CO2 e pelo H2 S tem sido responsável por numerosas falhas na área de
produção e transporte de petróleo. Em inúmeros casos os materiais são especificados
sem que sejam conhecidas ou levadas em consideração as condições corrosivas a que
estarão submetidos, como o pH da água, os teores de bicarbonato, acetato e cloretos e a
pressão parcial dos gases ácidos e mesmo a temperatura Não é portanto fora do comum
a ocorrência de taxas de corrosão no aço carbono da ordem de 1 a 10 mm/ano, assim
como a ocorrência de corrosão localizada, pites, em aços inoxidáveis, decorrentes da
presença de cloretos. O conhecimento das condições corrosivas e a seleção adequada dos
materiais podem minimizar ou mesmo eliminar os casos de falha. Neste trabalho são
apresentados os resultados de ensaios de corrosão realizados a fim de se determinar as
condições de contorno para o uso de aço carbono, aço baixa liga com 1% de adição de
Cr, aço inoxidável martensítico 13Cr e aço inoxidável martensítico 13Cr-5Ni-2Mo.

2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Os corpos de prova foram preparados no formato tubular com comprimento de 55 mm,


diâmetro externo de 6.35 mm e diâmetro interno de 4.57mm a partir de tubos recebidos.
A composição química dos materiais está apresentada na Tabela 1. Após a usinagem os
corpos de prova foram limpos, desengraxados com acetona, secos ao ar comprimido e
pesados com precisão de 10-4 g.

Tabela 1: Composição Química dos Aços.


Elementos Aço C Aço C – 1% Cr 13Cr 13Cr-5Ni-2Mo
C 0,280 0,250 0.13 0.03
Mn 1,220 0,860 0.71 0.47
P 0,016 0,014 0.021 0.021
S 0,002 0,002 0.001 0.002
Si 0,280 0,280 0.32 0.24
Ni 0,010 0,010 0.12 4.59
Cr 0,000 0,850 14.03 13.10
Mo 0,110 0,130 0.001 1.91
Cu 0,000 0,005 0.005 0.035

Após a pesagem, os corpos de prova foram montados em células eletroquímnicas


apropriadas para ensaios em condições de fluxo e, também, em um autoclave de 2 litros
para os ensaios em condições estagnadas. A célula para condições de fluxo e o
autoclave fazem parte de um sistema, ilustrado na Figura 1, composto de bombona de
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alimentação de produto, bomba dosadora, bomba de circulação, autoclave de teste,


célula de ensaio em fluxo. Após a montagem dos corpos de prova, todo o sistema foi
desaerado e então a solução, já desaerada, foi bombeada para o circuito de teste. A
solução aquosa foi preparada a partir de água destilada com a adição de 115 000 ppm de
cloreto e 20.894 g/L de acetato e em seguida acidificada com ácido clorídrico até pH
4,0. Após a desaeração, o sistema foi aquecido a 80°C e pressurizado com CO2 na
pressão de teste. Os ensaios dos corpos de prova de aço carbono foram realizados a 80°C
enquanto os ensaios dos corpos de prova de aço inoxidável foram realizados a 80°C,
120°C, 150°C e 175°C. Nos ensaios com os aços inoxidáveis o sistema foi pressurizado
com CO2 ou ainda com misturas de CO2 /H2 S, de acordo com as condições de teste. O pH
do sistema foi então medido e iniciados os ensaios eletroquímicos.

Figura 1: LOOP de testes de corrosão.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados de taxa de corrosão dos ensaios com os corpos de prova de aço carbono e
aço baixa liga com 1% de Cr foram calculados através de ensaios eletroquímicos,
utilizando-se a fórmula definida na equação 1. Os valores de resistência à polarização
necessários para o cálculo da taxa de corrosão foram obtidos de ensaios de impedância
eletroquímica e estão apresentados na Figura 2.
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Taxa de Corrosão = (K x M x B) /(n x ρ x Rp) equação 1

em que:
K = 3272
M = 55.8
n=2
ρ = 7.87 g/cm2
B = βa x βc /[2.3 (βa + βc)}
βa = βc = 0.12 V/decada
Rp = resistência à polarização em ohms x cm2

3.1. Aço Carbono e Aço Baixa Liga com 1% de Cr

Na Figura 3 estão apresentadas as taxas de corrosão encontradas, a partir dos ensaios


eletroquímicos, nos corpos de prova de aço carbono e aço baixa liga com 1% de Cr para
as diversas condições de ensaio. Optou-se pela medição da taxa de corrosão a partir dos
ensaios eletroquímicos pois, em função das altas taxas de corrosão encontradas, houve
evolução do pH do meio, o que reduziu a agressividade do processo corrosivo. Esta
redução de agressividade pode ser avaliada com o aumento do Rp após as primeiras
horas de ensaio, em função do aumento do pH. Nas Figuras 4 a 9 estão apresentadas as
fotografias de corpos de prova após o ensaio.

pCO 2 x Rp[w=0] final(EIS)


1000

T = 80 C
Cloretos = 116 000 ppm
C-Mn pH = 4.9
Rp (ohms.cm )
2

1% Cr -0.981
y = 1330.4x
2
R = 0.9901
100

-0.9318
y = 571.28x
2
R = 0.9862

10
0 5 10 15 20 25 30
p C O 2 (psia)
Figura 2: Avaliação do parâmetro Rp, obtido pela técnica de Espectroscopia de
Impedância Eletroquímica, segundo a variação do teor de CO2 dissolvido no meio.
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Taxa de Corrosão
pH = 4.9, T = 80 C, Cloretos = 115 000 ppm

Taxa de Corrosão (mm/ano) 100

1.0688
y = 0.4198x Aço Carbono
2
R = 0.9907
10

Aço Baixa Liga -


1.0255
y = 0.2047x 1%Cr
2
1 R = 0.9941

0.1
0 5 10 15 20 25 30

Pressão Parcial de CO2(psia)


Figura 3: Avaliação da taxa de Corrosão, obtida por perda de massa, segundo a variação
do teor de CO2 dissolvido no meio.

Figura 4 Figura 5
Aço 1Cr – pCO2 = 3.5 psia Aço C – pCO2 = 3.5 psia
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Figura 6 Figura 7
Aço 1Cr – pCO2 = 12 psia Aço C – pCO2 = 12 psia

Figura 8 Figura 9
Aço 1Cr – pCO2 = 26 psia Aço C – pCO2 = 26 psia

Dos resultados das Figuras 3 e 4, observa-se que à 80°C, as taxas de corrosão do aço
carbono e do aço baixa liga 1%Cr são elevadas, embora este último seja cerca de 40%
menor do que a do aço carbono. As Figuras 5 a 9 parecem entretanto indicar que,
embora o aço com 1% de Cr tenha maior resistência à corrosão, é mais propenso à
corrosão localizada. Pode-se notar que para a mesma condição de ensaio os alvéolos
encontrados no aço baixa liga são sempre mais profundos que os do aço carbono.

3.2. Aço 13Cr e Aço 13Cr-5Ni-2Mo

Na Figura 10 estão apresentadas as taxas de corrosão encontradas, a partir dos ensaios


de perda de massa, para os corpos de prova de aço 13Cr e 13Cr-5Ni-2Mo para as
diversas condições de ensaio. No caso destes aços optou-se pela medição das taxas de
corrosão a partir dos dados de perda de massa, pois em função das baixas taxas de
corrosão, o pH se manteve inalterado ao longo do ensaio. Observa-se que a partir de
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125°C a taxa de corrosão do aço 13Cr se descola da taxa de corrosão do aço 13Cr-5Ni-
2Mo.

Taxas de Corrosão para os


Aços 13%Cr e 13%Cr-5%Ni-2%Mo
pH = 4.5 - cloretos = 115 000 ppm
10

Aço 13%Cr
1.5
Taxa de Corrosão (mm/y)

0.820
1 Aço 13%Cr-5%Ni-2%Mo

0.180

0.1
0.070 0.080 0.090
0.030

0.01

0.006

0.001
40 60 80 100 120 140 160 180 200
o
T ( C)

Figura 10: Avaliação da Taxa de Corrosão, obtida por perda de massa, segundo a
variação da temperatura.

A análise das Figuras 11 a 14 nos mostra ainda que o aço 13Cr apresenta corrosão
localizada na forma de pite, mesmo para a temperatura de 80°C, quando tem uma taxa
de corrosão geral baixa, de 0.03 mm/ano. Já o aço 13Cr-5Ni-2Mo somente a 175°C
começa a apresentar sinais mais evidentes de corrosão localizada.

Figura11 Figura 12
Aço 13 Cr - 80°° C Aço 13 Cr - 125°° C
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Figura 13 Figura 14
Aço 13 Cr - 150°° C Aço 13 Cr - 175°° C

Figura 15 Figura 16
Aço 13Cr-5Ni-2Mo - 80°° C Aço 13Cr-5Ni-2Mo - 125°° C

Figura 17 Figura 18
Aço 13Cr-5Ni-2Mo - 150°° C Aço 13Cr-5Ni-2Mo - 175°° C
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4. CONCLUSÕES

Os ensaios de corrosão demonstraram que o aço baixa liga com adição de 1% de Cr


pode apresentar uma taxa de corrosão generalizada cerca de 40% inferior à do aço
carbono convencional em um ambiente com CO2 à 80°C. No entanto, o aço 1 % de Cr
parece apresentar maior propensão à corrosão localizada em ambiente com CO2 do que o
aço carbono convencional. Os estudos devem ser aprofundados para avaliar a influência
da temperatura e do pH no tipo e na taxa de corrosão deste material. Deve também ser
avaliada a capacidade dos inibidores de corrosão em proteger este material.

O aço inoxidável 13Cr e o aço inoxidável 13Cr-5Ni-2Mo apresentaram comportamentos


distintos, com relação à corrosão, quando expostos a um ambiente corrosivo contendo
70 psia de CO2 , 115 000 ppm de cloreto e pH 4.0. O aço inoxidável 13Cr-5Ni-2Mo
apresentou baixas taxas de corrosão uniforme às temperaturas de 80°C, 120°C, 150°C e
175°C. À temperatura de 175°C este aço começou a apresentar corrosão localizada na
forma de pites. Já o aço 13Cr apresentou corrosão elevada a partir da temperatura de
120°C e corrosão localizada, na forma de pites, mesmo na temperatura de 80°C.

5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

1 - CROLET, J. L., and BONIS, M. R., “pH measurements in aqueous CO2 solutions
under high pressure and temperature”, Corrosion, 39, No 2, pp. 39-46, 1983.
DE WAARD, C., and MILLIAMS, “Carbonic acid corrosion of steel”, Corrosion, 31,
No 5, pp. 177-181, 1975.
2 - WEICKOWSKI, A., GHALI, E., SZKLARCZYK, M., and SOBKOWSKI, J., “The
behavior of iron electrode in CO2 saturated neutral electrolyte. (1). Electrochemical
study”, Electrochimica Acta, 28, No 11, pp. 1619-1626, 1983.
3 - DRUGLI, J. D.; ROGNE, T.; SVENNING, M.; AXELSEN, S.; “The Effect of
Buffered Solutions in Corrosion Testing of Alloyed 13% Cr Martensitic Steels for
Mildly Sour Applications”, Corrosion 99 – 586; NACE International 1999.
4 - OKAZAWA, T.; KOBAYASHI, T.; UEDA, M.; KUSHIDA, T.; “Development of
Super 13Cr Stainless Steel for CO2 Environment Containing a Small Amount of H2 S”.
5 - CROLET, J.L.; BONIS, M.R.; “How to Pressurize Autoclaves for Corrosion Testing
under CO2 and H2 S Pressure”, Corrosion 98 – 102; NACE International 1998.

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