Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Introdução
Os seus sintomas podem aparecer em qualquer idade, sendo mais comum o surgimento
entre o início da segunda e meio da terceira década de vida.
A etiologia da doença ainda não é conhecida, mas muitos estudos apontam para a
existência de disfunções complexas, incluindo alterações nos recetores e nos pós-
recetores de neurotransmissores.
Desta forma, conjuntamente, por intermedio desta pesquisa bibliográfica, decidimos focar
nos aspectos principais sobre a complexidade desta psicopatologia para melhor
compreensão da sua dimensão enquanto doença psíquica.
2. Definição
Uma pessoa que tenha uma fase depressiva, recebe o diagnóstico de depressão e anos
depois apresente um episódio maníaco, tem na verdade o transtorno bipolar, mas sem que
a mania surgisse antes, não seria possível conhecer o diagnóstico verdadeiro.
Popularmente, o termo mania é entendido como tendência a fazer várias vezes a mesma
coisa. Mas MANIA em psiquiatria significa um estado exaltado de humor.
3. Surgimento
Geralmente se inicia em torno dos 20 a 30 anos de idade, mas pode iniciar até mesmo na
terceira idade. O início pode se dar tanto pela fase depressiva como pela maníaca,
iniciando gradualmente ao longo de semanas, meses ou abruptamente em poucos dias, já
com sintomas psicóticos o que muitas vezes confunde com síndromes psicóticas. Além
dos quadros depressivos e maníacos, há também os quadros mistos (sintomas depressivos
simultâneos aos maníacos) o que muitas vezes confunde os médicos quanto a precisão do
diagnóstico da fase em atividade.
4. Tipos de transtornos Bipolares
O tipo II caracteriza-se por não apresentar episódios de mania, mas de hipomania com
depressão.
Tipicamente leva de uma a duas semanas para começar e quando não tratada pode durar
meses. O estado de humor apresenta-se elevado, podendo isso significar uma alegria
contagiante ou uma irritação agressiva. Junto a essa elevação encontram-se alguns outros
sintomas como elevação da autoestima, sentimentos de grandiosidade podendo chegar a
manifestação delirante de grandeza considerando-se uma pessoa especial, dotada de
poderes e capacidades únicas.
Aumento da atividade motora apresentando grande vigor físico e apesar disso com uma
diminuição da necessidade de sono.
O paciente apresenta uma forte pressão para falar ininterruptamente, as ideias correm
rapidamente a ponto de não concluir o que começou e ficar sempre emendando uma ideia
não concluída em outra sucessivamente. (conhecido como fuga de ideias).
Os pacientes nessa fase não conseguem ficar parados, sentados por mais do que alguns
minutos ou relaxar. O senso de perigo fica comprometido, e envolve-se em atividade que
apresentam tanto risco para integridade física como patrimonial. O comportamento sexual
fica excessivamente desinibido e mesmo promíscuo podendo ter inumerosos parceiros
num curto espaço de tempo.
Podem surgir sintomas psicóticos típicos da esquizofrenia, o que não significa uma
mudança de diagnóstico, mas um agravamento no quadro geral quando isso acontece.
Exemplos:
• A pessoa sente -se bem, muito bem..., na verdade quase invencível. Sente-se como
não tendo limites para suas capacidades e energia. Poderia até passar dias sem
dormir. Está cheio de ideias, planos, conquistas e se sentiria muito frustrado se a
incapacidade dos outros não o deixasse ir além.
• O paciente mal consegue acabar de expressar uma ideia e já está falando de outra
numa lista interminável de novos assuntos. Em alguns momentos ele se aborrece
para valer, não se intimida com qualquer forma de cerceamento ou ameaça, não
reconhece qualquer forma de autoridade ou posição superior a sua.
• Com a mesma rapidez com que se zanga, esquece o ocorrido negativo como se
nunca tivesse acontecido nada. As coisas que antes não o interessava mais lhe
causam agora prazer; mesmo as pessoas com quem não tinha bom relacionamento
são para ele amistosas e bondosas.
Podemos considera -la o oposto da fase maníaca, o humor está depressivo, a autoestima
em baixa, com sentimentos de inferioridade, a capacidade física esta comprometida, pois
a sensação de cansaço é constante. As ideias fluem com lentidão e dificuldade, a atenção
é difícil de ser mantida e o interesse pelas coisas em geral é perdido bem como o prazer
na realização daquilo que antes era agradável. Nessa fase o sono também está diminuído,
mas ao contrário da fase maníaca, não é um sono que satisfaça ou descanse, pois o
paciente acorda indisposto.
O paciente fica com sentimentos irrealistas de tristeza, desespero e autoestima baixa. Não
se interessa pelo que costumava gostar ou ter prazer, cansa-se à-toa, tem pouca energia
para suas atividades habituais, também tem dificuldade para dormir, sente falta do sono
e tende a permanecer na cama por várias horas.
Sua causa propriamente dita é desconhecida, mas há fatores que influenciam ou que
precipitem seu surgimento como o fator genético, Em aproximadamente 80 a 90% dos
casos os pacientes apresentam algum parente na família com transtorno bipolar, ou
traumas, incidentes ou acontecimentos fortes.
Diversos fatores podem estar envolvidos nas oscilações de humor provocadas pela
perturbação, contudo a sua causa exata ainda é desconhecida.
Os fatores biológicos parecem ter grande peso na sua ocorrência. Um desequilíbrio nos
níveis de um ou mais neurotransmissores (noradrenalina, serotonina e dopamina) pode
conduzir ao aparecimento da doença bipolar.
Vários estudos demonstram predisposição genética para a doença bipolar sendo este o
maior fator de risco. A magnitude do risco diminui com os graus de parentesco: pais,
irmãos e avós.
Entre uma fase e outra a pessoa pode ser normal, tendo uma vida como outra pessoa
qualquer. Outras pessoas podem apresentar leves sintomas entre as fases, não alcançando
uma recuperação plena.
Há também uma minoria, que não se recuperam, tornando-se incapazes de levar uma vida
normal e independente.
A nomenclatura Transtorno Afetivo Bipolar é adequada até certo ponto, mas o nome
supõe que os pacientes tenham duas fases, mas nem sempre isso é observado. Há
pacientes que só apresentam fases de mania, de exaltação do humor, e mesmo assim são
diagnosticados como bipolares.
O termo mania popularmente falando não se aplica a esse transtorno. Mania tecnicamente
falando em psiquiatria significa apenas exaltação do humor, estado patológico de alegria
e exaltação injustificada.
A Doença Bipolar afecta cerca de 1.5% da população (Jones, 2004) e vários estudos
indicam que a Doença Bipolar ocorre igualmente em homens e mulheres.
7. Tratamento
Até o presente momento, não é conhecida uma cura para o Transtorno Afetivo Bipolar.
Todavia, a doença pode ser controlada através de tratamento adequado, assim como
diversos transtornos mentais. Por ser uma doença causada por fatores biopsicossociais.
Por ser uma doença que dura a vida inteira e pode se tornar invisível (hibernar) durante
alguns meses ou anos, há o risco de que pacientes que se sintam bem e acreditem estarem
curados e, por isso, pararem de tomar os remédios sem que o médico tenha ciência. É
preciso que o profissional explique que a bipolaridade é uma doença crônica e o
tratamento é para a vida toda, podendo sofrer alterações e ajustes de acordo com as
necessidades do paciente.
Estabilizadores de humor
Anti depressivos
Anti psicóticos
Os anti psicóticos são usados por terem efeito anti maníaco e anti psicóticos, ou seja,
auxiliam no controle de sintomas como alucinações e delírios. Alguns anti psicóticos
usados são: Haloperidol; Clorpromazina; Trifluoperazina; Periciazina;Tioridazina;
Tiotixeno; Risperidona; Clozapina; Olanzapina; Hemifumarato de Quetiapina.
Tranquilizantes
Não há nenhum tratamento que cure a doença por completo, mas é possível regulá-la
diminuindo o número de recaídas, antecipando e reduzindo o número de episódios de
humor mais depressivos ou maníacos e assim aumentar a estabilidade do humor.
Simultaneamente, a psicoterapia pode ajudar a realizar um trabalho cognitivo, emocional
e comportamental que permita fortalecer o equilíbrio do humor, tendo em conta os
contextos em que a pessoa se desenvolve.
O método utilizado pela Terapia familiar envolve fases de avaliação, educação sobre a
doença, aperfeiçoamento das capacidades de comunicação, bem como da capacidade de
resolução de problemas com a família.
O Transtorno Bipolar é um transtorno mental grave e com muitos riscos, mas esse
transtorno não deve incapacitar o paciente e, não o faz ser menos merecedor de cuidados,
porém, para cuidar de alguém com transtorno bipolar, que é um transtorno mental grave,
é preciso ter conhecimentos específicos acerca da patologia, dos riscos, do diagnóstico e
do cuidado que deve ser prestado a essa pessoa. Assim, é necessário desenvolver técnicas
de cuidados e que promovam conhecimentos para a população no intuito desses pacientes
receberem o cuidado necessário a ponto de terem os riscos e consequências da doença
minimizados.
10. Referencias Bibliográficas
http://www.uece.br/eventos/seminarioppcclisenfermaio/anais/resumos/10747.html
http://www.psicologoscampinas.com.br/sub/psicopatologia-transtorno-bipolar-2011.html
https://www.psinove.com/perturbacao-bipolar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_bipolar
https://pt.wikipedia.org/wiki/DSM-5
https://www.passeidireto.com/arquivo/47511738/introducao-ao-transtorno-bipolar