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INSTITUTO SUPERIOR DE MUTASSA

DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

CURSO: ADMINISTRAÇÃO PUBLICA

1º ANO

Cadeira: Economia

Tema: fundamentos da micro e macroeconomia

Discente: Docente:

Henriqueta Henriques Uanela Natinge dr. Gabriel Lazaro

Chimoio, Abril de 2020

Henriqueta Uanela Natingue 1


Índice
O Significado de Economia......................................................................................................... 5
Explicação sobre o sentido de escassez na economia................................................................ 5
O objetivo da análise microeconômica ...................................................................................... 6
Conceito, objeto e método da ciência econômica. ..................................................................... 7
Conceito ................................................................................................................................ 7
Objeto ................................................................................................................................... 7
Método na ciência econômica ..................................................................................................... 7
Demanda, oferta e equilíbrio de mercado. ................................................................................ 7
Demanda ....................................................................................................................................... 7
Fatores determinantes da demanda: ..................................................................................... 7
Lei da demanda ....................................................................................................................... 8
Oferta ........................................................................................................................................... 8
O mercado e as suas estruturas.................................................................................................. 8
Formação de preços ................................................................................................................ 8
Importância do mercado no sistema econômico ................................................................... 9
Equilíbrio de mercado ............................................................................................................ 9
Estruturas de mercado............................................................................................................ 9
Concorrência pura ou concorrência perfeita .................................................................... 9
Monopólio .......................................................................................................................... 10
Oligopólio ........................................................................................................................... 10
Teoria da produção e dos custos de produção ........................................................................ 10
Teoria da produção ........................................................................................................... 10
Teoria dos custos de produção ......................................................................................... 10
MACROECONOMIA .............................................................................................................. 12
Fundamentos da macroeconomia .................................................................................... 12
Metas de política macroeconômicas ................................................................................ 12
Instrumentos de política macroeconômica...................................................................... 13
Estrutura de análise macroeconômica ............................................................................ 13
CONTABILIDADE NACIONAL ............................................................................................ 13
Conceitos básicos ............................................................................................................... 13
As principais medidas da atividade econômica .............................................................. 14
ECONOMIA MONETÁRIA .................................................................................................... 14
Moeda – conceitos, funções e sua circulação na economia. ........................................... 14
Oferta de moeda ................................................................................................................ 15

Henriqueta Uanela Natingue 2


OFERTA DE MOEDA PELO BANCO CENTRAL.............................................................. 15
Instrumentos de política monetária ................................................................................. 15
Demanda de moeda ........................................................................................................... 16
INFLAÇÃO ............................................................................................................................... 16
O MERCADO DE CÂMBIO ................................................................................................... 17
O comércio internacional e o mercado de divisas .......................................................... 17
O sistema de taxas de câmbio ........................................................................................... 17
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO.............................................. 17
Conceitos fundamentais .................................................................................................... 17
Fatores que influenciam o desenvolvimento econômico ................................................ 18
Principais indicadores de desenvolvimento .................................................................... 18
O MERCADO DE CAPITAIS E A BOLSA DE VALORES ................................................ 20
BOLSA DE VALORES ............................................................................................................ 20
TOMADA DE DECISÕES ....................................................................................................... 21
CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 24

Henriqueta Uanela Natingue 3


INTRODUÇÃO

O estudo da Economia abarca juízos de valor. Embora tenhamos os nossos, esperamos


que você se sinta à vontade para cultivar aqueles que lhe falem mais de perto. Queremos
que você seja livre e acredite no que for melhor para a construção de um mundo mais
justo, solidário, fraterno e cidadão. No mundo de hoje, vivemos conectados. Contudo,
veja você, o fato de estarmos conectados não significa que estejamos integrados; muito
pelo contrário, precisamos fazer alguma coisa rapidamente para conquistar, por meio do
desenvolvimento sustentável, o nosso lugar e espaço na rede mundial do conhecimento
científico e tecnológico, com foco na inovação e na criatividade.

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O Significado de Economia
Para Batista (2005), quando andamos pela cidade, percebemos grande movimento no
comércio. Centenas de pessoas enchem as lojas, despertando enorme satisfação nos
vendedores. Os compradores também parecem satisfeitos, pois as lojas oferecem uma
infinidade de produtos, desde roupas de todos os tipos até equipamentos eletrônicos mais
sofisticados, de modo a satisfazer a todos os gostos.

Veja você que essa variedade de bens agrada aos diversos tipos de consumidores, do mais
exigente e mais rico ao menos exigente e com menor poder de compra. Essa cena pode
ser vista em várias cidades do nosso país e em muitos lugares do mundo. Além disso, a
questão da presença do Estado na economia, enquanto instituição reguladora é bastante
observada.

Tenha na ideia, portanto, que o Estado acabou tornando-se um elemento chave na análise
quando se deseja abordar temas como desenvolvimento econômico e papel do gestor
público. A disciplina Introdução à Economia, que estamos iniciando, se interessa, em
grande medida, por essas coisas ditas comuns. Então mãos à obra!

No Século XIX, Alfred Marshall disse que a Economia procura estudar os negócios
comuns da vida da humanidade. Por negócios comuns, podemos entender as cenas
corriqueiras da vida econômica.

Etimologicamente, a palavra “economia” vem dos termos gregos oikós (casa) e nomos
(norma, lei). Pode ser compreendida como “administração da casa”, algo bastante comum
na vida das pessoas.

Portanto, é interessante essa aproximação do mundo da casa com o mundo da economia.


Em outras palavras, podemos dizer que a Economia estuda a maneira de administrar os
recursos disponíveis com o objetivo de produzir bens e serviços, e de distribuí-los para
seu consumo entre os membros da sociedade.

Explicação sobre o sentido de escassez na economia


Bielschowsky (2000), assim como uma família não pode ter todos os bens que deseja, ou
seja, dar aos seus membros todos os produtos e serviços que desejam, uma sociedade
também não pode fazer o mesmo. A razão para que isso aconteça está na escassez, isto é,
quando os recursos são limitados em termos de quantidade disponível para uso imediato.

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Assim, a Economia tem sido entendida como o estudo de como a sociedade administra
seus recursos escassos, embora haja quem discorde desse argumento. Ainda que
possamos estudar Economia de muitas maneiras, existem algumas ideias que se tornam
centrais nesta disciplina, consideradas como seus princípios básicos. Portanto, para poder
compreender Economia, é bom saber mais sobre o sentido da ciência econômica.

Segundo Mankiw (2005), não há nada de misterioso sobre o que vem a ser uma economia.
Em qualquer parte do mundo, o termo refere-se a um grupo de pessoas que interagem
entre si e, dessa forma, vão levando a vida. Diante disso, podemos imaginar que a primeira
coisa que precisamos entender, quando se quer compreender uma economia, é saber como
são tomadas as decisões.

O objetivo da análise microeconômica


Williamson (1996), Cada relação entre esses agentes caracteriza um mercado em
particular. No campo da Microeconomia, podemos analisar os mercados de petróleo, de
soja, de mão de obra para o setor financeiro etc., enquanto, no campo da Macroeconomia,
podemos destacar o funcionamento do mercado de bens e serviços, do mercado de
trabalho como um todo, e dos mercados financeiro e cambial.

Note que, no mundo de hoje, entender de economia e compreender como funcionam os


mercados, em suas reais dimensões, problemas e implicações em termos de bem-estar
social, econômico e político, nos auxilia bastante nas tomadas de decisões.

O mercado possibilita enxergar outras variáveis (outras relações) que não se encontram
apenas no campo da economia. Existem duas formas principais de organização
econômica:

 Economia de mercado (ou descentralizada, tipo capitalista). f


 Economia planificada (ou centralizada, tipo socialista).
Os países organizam-se dessas duas formas ou possuem algum sistema intermediário
entre elas. Outra questão importante, que surge na esfera do estudo econômico, diz
respeito às distinções entre as preocupações macro e microeconômicas.

Contudo, vale salientar que, embora, aparentemente díspares, ambas tratam do mesmo
objeto: o sistema econômico. Como já vimos, a Microeconomia trata do comportamento
das unidades econômicas, enquanto a Macroeconomia aborda o conjunto da economia.
Para tanto, sempre são feitas abstrações.

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Conceito, objeto e método da ciência econômica.
Conceito
Para Wheen (2001), a palavra economia pode ser generalizada como “administração da
coisa pública”. A economia pode ser definida como a ciência social que estuda a maneira
pela qual os homens decidem empregar recursos escassos, a fim de produzir diferentes
bens e serviços e atender às necessidades de consumo.

Objeto
Pode-se dizer que o objeto de estudo da ciência econômica é a questão da escassez, ou
seja, como “economizar” recursos. A escassez surge devido às necessidades biológicas
humanas ilimitadas e à restrição física de recursos. As sociedades são obrigadas a fazer
escolhas sobre o que e quanto, como e para quem produzir.

Método na ciência econômica


Quanto ao método em economia, três aspectos devem ser levados em consideração: •
como a análise dos fenômenos decorrentes do comportamento humano é complexa, a
economia utiliza hipóteses simplificadoras para explicar os fenômenos que estuda; • a
ciência econômica preferencialmente relaciona duas variáveis para explicar um fato
econômico; • busca relacionar as variáveis segundo o seu incremento (crescimento,
aumento) relacionado a um aumento unitário de outra variável.

Demanda, oferta e equilíbrio de mercado.


Demanda
Demanda ou procura é a quantidade de bens ou serviços que os agentes econômicos
estariam dispostos e aptos a consumir num determinado momento, num determinado
mercado por diferentes fatores determinantes.

Num determinado momento, num determinado mercado: em cada momento, nossas


vontades mudam nosso comportamento.

Fatores determinantes da demanda:


 Preço do próprio bem/serviço;
 Preço de outros bens/serviços;

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 Gosto;
 Preferência;
 Renda;
 Número de consumidores.

Lei da demanda
“as quantidades demandadas serão tanto maior quanto menores forem os preços ou vice-
versa”. Quanto mais caro, menos se compra.

Oferta
Oferta é a quantidade de bens e serviços que um ou mais agentes econômicos estariam
habilitados e interessados em colocar num certo momento, num certo mercado, por
diferentes fatores determinantes.

Fatores determinantes da oferta:

 O preço do próprio bem;


 A tecnologia;
 Impostos;
 Taxa de juros;
 Fatores da natureza (tudo que pode ocorrer, em termos climáticos).

O mercado e as suas estruturas


Rosseti afirma que “em sua acepção primitiva, a palavra mercado dizia respeito a um
lugar determinado onde os agentes econômicos realizavam suas transações”.

Para passos e nogami, mercado “é um local onde ou contexto em que compradores e


vendedores de bens, serviços ou recursos estabelecem contato e realizam transações”. É
nesse mercado que funcionam as duas leis mais conhecidas da ciência econômica: a lei
da procura e a lei da oferta.

Formação de preços
Preço é a expressão monetária do valor de bens e serviços que utilizamos para satisfazer
às nossas necessidades. O que determina o preço não é o que determina o valor. A
explicação do valor de troca das mercadorias tem duas grandes correntes dentro da ciência
econômica: a teoria clássica do valor-trabalho e a teoria neoclássica do valor-unidade.

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De acorde com Sandroni (1994), o valor de troca é determinado, a curto prazo,
subjetivamente pela escassez relativa e, a longo prazo, pelos custos de produção.
Demanda é sinônimo de procura.

Importância do mercado no sistema econômico


1. Sistema de preços: é o conjunto de preços dos bens, serviços e fatores de produção de
um sistema de preços.

2. Padrão de vida: é o nível de satisfação alcançado pelas pessoas que fazem parte de um
sistema econômico, quando consomem os bens e serviços por ele produzidos.

3. Alocação de recursos: é a forma como os fatores de produção são organizados pelo


mercado, para que produzam bens e serviços que atendam às necessidades das pessoas.

Equilíbrio de mercado
Quando se transfere essa noção de equilíbrio para a análise do mercado, o balanceamento
de forças ocorre entre as forças básicas do mercado, a oferta e a procura. Esse equilíbrio
é definido pelo ponto a, determinado pela interseção das duas curvas.

Estruturas de mercado
As diferentes estruturas de mercado estão alicerçadas em três variáveis principais:

• Número de empresas produtoras que atuam no mercado;


• Diferenciação do produto ou serviço;
• Existência ou de barreiras como forma de limitar a entrada de novas empresas.

Para Magalhaes (2003), as estruturas de mercado classificam-se basicamente em:


concorrência perfeita, monopólio, oligopólio e concorrência perfeita.

Concorrência pura ou concorrência perfeita


• É um mercado com vários vendedores e compradores de forma que cada agente
econômico isolado não tem condições de afetar o preço de mercado;
• 2. O produto é homogêneo em todas as empresas. Não há diferenças de
embalagem e qualidade;
• 3. Mercado em que não há barreiras à entrada e à saída, tanto de compradores
como de vendedores;

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• 4. Princípio da racionalidade: os agentes agem racionalmente (é o chamado
princípio da racionalidade ou do homo economicus). As organizações sempre
maximizam seu lucro e os consumidores maximizam sua satisfação;
• 5. Transparência de mercado. Compradores e vendedores tem acesso a toda
informação relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, a qualidade e os
custos.

Monopólio
Para Blaug (1999), Uma única empresa produz um bem ou um serviço sem substitutos
próximos; 2. Apresenta barreiras à entrada de empresas concorrentes; 3. O produto ou o
serviço não é idêntico. Não há possibilidade de ser substituído por outros.

Oligopólio
Segundo Gastald (1999), Reduzido número de firmas que operam no setor; 2. Os bens ou
os serviços são substituídos perfeitos entre si; 3. O consumidor sabe perfeitamente quem
produziu; 4. Apresenta barreiras à entrada e à saída de novas empresas.

Teoria da produção e dos custos de produção


Teoria da produção
Uma empresa é a unidade básica de produção em sistema econômico. Produção é o
processo pelo qual uma empresa transforma os fatores de produção adquiridos em
produtos ou serviços para a venda no mercado. A produção pode ser classificada como:

• Produção de bens econômicos (alimentos, remédios, máquinas);


• Produção de serviços (transporte, diversão, etc.).

Teoria dos custos de produção


Os custos totais de produção de uma empresa, no curto prazo, podem ser classificados em
dois tipos: custos fixos totais (CFT) e custos variáveis totais (CVT).

• Os custos fixos totais são aqueles representados pelos insumos que independem
das quantidades produzidas. Os custos variáveis totais são aqueles representados
pelos insumos (fatores) variáveis, cujo nível de utilização depende das
quantidades produzidas. Além do conceito de custo total temos também o custo
médio, que é o quociente do custo total pela quantidade total produzida e o custo

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marginal que é a variação do custo total decorrente da variação de uma unidade
na produção. Como calculamos:
• Os custos fixos e variáveis são enunciados do problema (são os resultados da
observação do processe produtivo); 2) O custo total é a soma do custo fixo e do
custo variável; 3) O custo médio é divisão do custo total pela respectiva
quantidade produzida; 4) Custo margina l= dividindo a diferença de custo total
pela diferença da quantidade produzida, a cada intervalo de produção.

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MACROECONOMIA
Fundamentos da macroeconomia
Galbraith (1989), A teoria microeconômica explica a composição e a alocação da
produção total, a teoria macroeconômica busca explicar as flutuações do nível de
atividade econômica, do nível da produção global. O termo micro indica apenas a
decomposição de variáveis macroeconômicas, como consumo, poupança e o
investimento.

A macroeconomia estuda a economia em seu conjunto, analisando as variáveis de maneira


agregada, e não de maneira isolada, como a microeconomia. A macroeconomia não leva
em consideração o comportamento das unidades econômicas individuais e de mercados
específicos, análise típica da microeconomia.

A macroeconomia não se ocupa da formação dos preços de um produto especificamente.


Ao analisar o mercado ocupa-se do seu conjunto, omitindo aspectos particulares de um
setor ou uma indústria. A macroeconomia ocupa-se de analisar o curto prazo; quando
estuda questões de longo prazo, a análise macroeconômica denomina-se teoria do
desenvolvimento e crescimento econômico.

Os métodos de análise básicos, no estudo da determinação de preços e quantidades são:

• Análise do equilíbrio parcial: estuda-se um mercado isoladamente, não levando


em consideração as possíveis interferências dos demais mercados;
• Análise do equilíbrio geral: considera-se a interdependência de todos os
mercados. Os preços dos bens se formam em um mercado influenciados pelo
conjunto dos bens desse e dos demais mercados e pelos preços de todos os
insumos da economia.

Metas de política macroeconômicas


Políticas macroeconômicas têm como meta alcançar um ou mais dos seguintes objetivos:

• Alto nível de emprego;


• Estabilidade de preços – inflação;
• Distribuição eqüitativa da renda;
• Crescimento econômico – per capita ou produto nacional per capita.

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Instrumentos de política macroeconômica
• As políticas fiscais, que diz respeito ao orçamento dos diversos níveis de governo,
ou seja, são os gastos e as receitas dos governos;
• As políticas monetárias, que se refere ao controle do governo sobre a oferta
monetária, ou seja, sobre a quantidade de moeda e de títulos públicos em
circulação no mercado;
• A política cambial, que diz respeito ao controle e à taxa de câmbio;
• As políticas de rendas, que se referem à intervenção do governo na formação da
renda dos agentes econômicos.

Estrutura de análise macroeconômica


Ela se compõe de cinco mercados. São eles:

1. Mercado de bens e serviços - reflete o nível de atividades dessa economia, a qual


é representada pelos quatro agentes macroeconômicos: consumidores, empresas,
governo e setor externo;
2. Mercados de trabalho – são relevantes, nesse mercado, a taxa salarial e o nível de
desemprego;
3. Mercado monetário – O Banco Central ocupa-se de equilibrar a oferta e a demanda
desse mercado, de modo a não prejudicar as transações nem desvalorizar a moeda;
4. Mercado de títulos – Os agentes superavitários (gastam menos do que sua renda)
emprestam moeda para os agentes deficitários e, assim, se constitui o mercado de
títulos;
5. Mercado de divisas – há necessidade de moedas distintas, constituindo-se o
mercado de divisas.

CONTABILIDADE NACIONAL
Para Lopes (2000), Contabilidade nacional é o registro contábil da atividade produtiva de
um país em um dado período de tempo.

Conceitos básicos
• Valor adicionado – é a soma dos pecos dos bens e serviços finais produzidos numa
economia em certo período.
• Produto nacional – é a medida dos valores adicionados pelas empresas aos bens
elaborados e aos serviços prestados, em toda a economia nacional.

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• Renda nacional – é a soma das remunerações pagas aos fatores de produção
utilizados pelas empresas.

As principais medidas da atividade econômica


Entre as variáveis macroeconômicas mais significativas estão:

O valor bruto da produção (VBP) é a soma dos preços de bens e serviços produzidos
numa economia em determinado período – preços versus quantidades produzidas;

Os bens intermediários são aqueles destinados à utilização intermediária, que entram na


composição de outros bens, enquanto os bens de utilização final se destinam ao consumo
final e desaparecem com a sua utilização;

O produto interno bruto (PIB) é a soma dos preços dos bens e serviços finais
produzidos numa economia em certo período – preços versus quantidades produzidas;

A renda nacional (RN) é a soma das remunerações de fatores empregados nas atividades
produtivas, inclusive os fluxos de pagamentos aos fatores de propriedade de não-
residentes no país, tais como salários, lucros, juros.

A demanda interna bruta (DIB) é a soma dos gastos em consumo interno dos setores
público e privado e das despesas de investimento interno bruto fixo das empresas e da
variação dos estoques;

A oferta final total (OFT) é a soma do produto interno bruto da economia e das
importações no período.

ECONOMIA MONETÁRIA
Moeda – conceitos, funções e sua circulação na economia.

As principais funções da moeda são as seguintes:

• Meio ou instrumento de troca – a moeda permite que as trocas sejam indiretas


e supera dificuldades;
• Unidade de medida (ou unidade de conta) – a moeda serve para comparar e
agregar o valor de mercadorias diferentes;

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• Reserva de valor – a moeda serve de reserva de valor para uma empresa, mas
não para a sociedade como um todo. Hoje temos a Moeda Fiduciária, sem lastro,
e sua aceitação é garantida por lei.

Oferta de moeda
A oferta da moeda é sinônimo de meios de pagamentos, que representa o estoque de
moeda disponível para uso da coletividade. Os depósitos à vista ou em conta corrente
também são chamados de moeda escritural, moeda bancária ou, ainda, moeda contábil.

OFERTA DE MOEDA PELO BANCO CENTRAL


O objetivo do Banco Central é regular a moeda e o crédito em níveis compatíveis com o
crescimento do produto, ou seja, manter a liquidez do sistema econômico.

As funções do Banco Central são:

• Banco emissor: é o responsável e tem o monopólio das emissões de moeda;


• Banco dos bancos: é o órgão em que os bancos depositam e transferem fundos de
um banco para outro, além disso, o Banco Central também empresta aos bancos;
• Banco do governo: é o canal que o governo tem para implementar a política
monetária;
• Banco depositário das reservas internacionais.

O Banco Central é um órgão normativo (sujeito ao Conselho Monetário Nacional) e o


Banco do Brasil é um órgão executivo.

Instrumentos de política monetária


A principal função do Banco Central é controlar a oferta de moeda. Para tanto, ele dispõe
dos seguintes instrumentos de política monetária:

• Emissões – possuem o monopólio das emissões


• Reservas obrigatórias dos bancos comerciais – o Banco Central obriga os bancos
comerciais a reterem uma parcela dos depósitos como depósitos obrigatórios, que
não poderão ser utilizados pelos bancos para empréstimos ou outras aplicações.
• Operações de mercado aberto – essas operações consistem em vendas ou compras,
por parte do Banco Central, de títulos governamentais no mercado de capitais.
• Políticas de redescontos – o redesconto de liquidez, ou normal, visa apenas
socorrer os bancos em um eventual saldo negativo na conta de depósitos

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voluntários. O redesconto especial, ou seletivo, é aquele utilizado pelas
autoridades monetárias para incentivar alguns setores específicos da economia. O
Banco Central cobra taxas de juros sobre esses empréstimos, chamada de taxa de
juros do redesconto.
• Regulamentação e controle do crédito – o Banco Central também afeta o sistema
financeiro via regulamentação e controle do crédito, que se dá através da política
de juros, controle de prazos, regras para o financiamento aos consumidores.

Demanda de moeda
Existem três motivos para demandar moeda, isto é, para reter encaixes monetários:

• Motivo transação;
• Motivo precaução;
• Motivo especulação.

INFLAÇÃO
A inflação pode ser conceituada como um aumento contínuo e generalizado no nível geral
de preços. Ou seja, os movimentos inflacionários são dinâmicos e não podem ser
confundidos com altas esporádicas de preços.

Distorções provocadas por altas taxas de inflação


Os principais efeitos da inflação:

• Efeito sobre a distribuição de renda – percebe-se que a inflação é um imposto


cobre os mais pobres.
• Efeito sobre o balanço de pagamentos – na tentativa de minimizar o déficit, são
obrigadas a permitir desvalorização cambial, as quais depreciam a moeda nacional
e estimulam as exportações e desestimulam as importações.
• Efeito sobre as expectativas – a própria capacidade de produção futura e,
consequentemente, o nível de emprego é afetado pelo processo inflacionário.
• Efeito sobre o mercado de capitais – ocorre desestímulo à aplicação de recursos
no mercado de capitais financeiros; a inflação estimula a aplicação de recursos em
bens de “raiz”, como terras e imóveis.

Causas da inflação
A inflação de demanda pode ser definida como o excesso de demanda agregada em
relação à produção disponível de bens e serviços.

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Inflação de custos
A inflação de custos pode estar relacionada à estrutura de produção, ou seja, o nível de
demanda permanece inalterado, mas os custos de certos insumos importantes utilizados
na produção de um bem aumentam e são repassados aos preços finais dos produtos.

O aumento da taxa de salários provoca inflação, se existir alguma causa autônoma. A


inflação de custos também está associada ao fato de que algumas empresas com elevado
poder de monopólio ou oligopólio têm condições de elevar seus lucros acima da elevação
dos custos de produção.

O MERCADO DE CÂMBIO
O comércio internacional e o mercado de divisas
A principal diferença entre o comércio nacional e o internacional é que, dentro de um
país, o intercâmbio se realiza com a mesma moeda, enquanto no comércio internacional
cada país tem sua própria moeda. Um país desenvolvido de comércio internacional
somente pode funcionar se existe um mercado em que uma moeda pode ser trocada por
outra. Esse é o papel atribuído ao mercado de divisas ou de câmbio. A taxa de câmbio é
o preço de uma moeda expresso em outra. Ela se expressa como o número de unidades
da moeda nacional por unidade de moeda estrangeira.

Uma desvalorização da moeda nacional faz com que nossos bens sejam mais baratos no
exterior e com que os bens estrangeiros fiquem mais caros no mercado nacional.

O sistema de taxas de câmbio


Os sistemas de taxas de câmbio classificam-se de duas formas:

• Taxas de câmbio flexíveis ou livremente flutuantes;


• Taxas de câmbio fixas.

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO


Conceitos fundamentais
O desenvolvimento corresponde à participação social no resultado do crescimento.
Crescimento econômico é um fator quantitativo e desenvolvimento econômico é

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qualitativo. O desenvolvimento econômico é um processo de mudança estrutural de longo
prazo num sistema econômico. É a soma de crescimento, industrialização com mudanças
estruturais, e com melhoria na distribuição da renda pessoal e regional acompanhada do
aumento do nível de emprego.

Fatores que influenciam o desenvolvimento econômico


A qualidade e a quantidade dos recursos produtivos disponíveis, incluídos nesse conjunto
especialmente a força de trabalho e o estoque de capital – a qualificação desses recursos
representa os níveis de formação escolar da mão-de-obra, determinados pela média de
anos frequentados nas escolas, a capacidade tecnológica do capital existente, se formação
interna ou externa e diversidade e quantidade e qualidade das matérias-primas existentes
num sistema econômico.

As condições políticas e sociais: a estabilidade política e institucional – a população


conquistará melhorias na estrutura social e política devido a maior policiamento do
comportamento de seus legisladores eleitos.

Dinamismo dos agentes econômicos, que proporcionam eficiência organizacional – estará


presente sempre que a estrutura das organizações que estimulam o funcionamento das
atividades produtivas possuir dinâmica e agilidade no seu processo. Possibilitará que mais
unidades produtivas surjam no mercado, aumentando os níveis de emprego e qualidade
de vida.

Principais indicadores de desenvolvimento


Como estamos tratando de análises comparativas entre regiões de um país, entre países
ou blocos econômicos, será necessário usar padrões universais de medida. Podemos citar:
uma mesma moeda universal, o mesmo período temporal, os mesmo parâmetros e índices.

Indicadores econômicos
• Renda Per Capita – significa renda por pessoa ou habitante, é obtida pela divisão
do produto interno bruto pela população, da qual obteremos a renda média por
habitante de um país. Se a renda per capita aumenta, significa que a riqueza
produzida num sistema econômico cresce em velocidade superior ao crescimento
econômico, mas não significa desenvolvimento, para ocorrer desenvolvimento é
preciso haver participação da população na renda gerada e acesso à aquisição e à
evolução na estrutura de consumo.

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• Pauta de importações e de exportações – para sabermos o grau de
desenvolvimento de um país basta analisar a estrutura dos produtos de suas
importações. Quanto mais elaborados forem os produtos, menos desenvolvidos
ele é e vice-versa. À medida que um sistema se desenvolve, acontece uma
evolução tecnológica do parque produtivo interno e melhorias na qualificação da
mão-de-obra. Em consequência, obtém ganhos de produtividade e
competitividade no mercado globalizado, passando, portanto, a exportar produtos
elaborados (com mais valor agregado) e, consequentemente, a importar produtos
em sua forma, mas bruta (matéria-prima), a preços menores com menos valor
agregado, decorrendo disso a modificação da pauta das importações de produtos
acabados para forma bruta, bem como as exportações da forma bruta
modificando-a e para a forma elaborada.
• Estrutura da produção e do emprego – nesse indicador, é demonstrado o padrão
da estrutura de produção e do emprego. Podemos, então, afirmar que um país
subdesenvolvido a estrutura de produção está direcionada à atividade primária,
com baixa utilização de tecnologia, indo ao desenvolvimento com larga utilização
de tecnologia. Quanto menos desenvolvido for um sistema econômico, mais a
estrutura de produção e emprego estará fundamentada na atividade primária e, ao
contrário, com o desenvolvimento evoluindo ocorrerá o direcionamento para a
industrialização.

Indicadores demográficos
• Taxa de crescimento demográfico – com esse indicador, saberemos que o grau de
desenvolvimento de uma nação corresponde, numa razão inversa, à taxa de
crescimento populacional, ou seja, quanto maior for a taxa de crescimento
demográfico, menos desenvolvido será o país.
• Estrutura etária da população – o aumento da expectativa de vida da população é
decorrente do crescimento da qualidade de vida obtida através de melhorias no
acesso ao sistema de saúde, alimentação e saneamento.
• Expectativa de vida – pergunta-se: quais fatores contribuíram para esse ganho de
vida média conquistado pelo brasileiro? A resposta está no desenvolvimento e
significa o crescimento econômico aumentando com ganhos da participação da
população. A decorrência dessas conquistas foi o aumento do tempo de vida
média da população.

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• Taxa de mortalidade infantil – é a quantidade de óbitos para cada mil nascimentos.
Esse é um indicador de desenvolvimento, pois indiretamente representa o acesso
da população ao acompanhamento pré-natal e à obstetrícia; quanto menor for essa
taxa, mais desenvolvido será o país.

Indicadores sociais
Taxa de analfabetismo – esse indicador é considerado social porque nos mostra em termos
médios qual a quantidade de indivíduos não alfabetizados em relação ao total da
população. Quanto maior ela for, menor tenderá a ser o desenvolvimento do país e vice-
versa.

O MERCADO DE CAPITAIS E A BOLSA DE VALORES


A expansão da capacidade de uma unidade produtiva pode ocorrer de várias formas, entre
elas podemos citar:

• Utilizar recursos financeiros próprios


• Utilizar recursos de terceiros;
• Obter recursos através da venda de parte da empresa.

A expansão da capacidade produtiva tem como resultado do produto interno bruto de uma
economia. Esse fracionamento é possível devido à subdivisão do capital total de uma
empresa em partes iguais, que denominaremos ações, sendo conhecida como abertura de
capital. Esse mercado é denominado mercado de capitais e se constitui por um complexo
inter- relacionamento de instituições subordinadas direta ou indiretamente ao Conselho
Monetário Nacional e que darão liquidez e facilidades para a comercialização dos títulos
que estão no mercado. Avaliações importantes na economia como um todo podemos citar:

• Captação de recursos de terceiros;


• Possibilidade de disponibilizar no mercado o acesso dos poupadores à
participação nos resultados das empresas com ações lançadas no mercado;
• A possibilidade de canalizar recursos de poupança (investidores) do mercado
financeiro para a atividade produtiva da economia.

BOLSA DE VALORES
A Bolsa de Valores constitui-se em uma sociedade civil criada com fins de facilitar a
convergência entre vendedores e compradores de ações.

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As negociações de ações podem ocorrer de diversas formas, mas aqui vamos citar só três:
• Mercado à vista – é a comercialização que ocorre com o pagamento das ações compradas
no ato da operação;

• Mercado a termo – é a comercialização de ações com a modalidade de pagamento


em prazo futura conforma acordo entre comprador e vendedor e desde que
respeitando a legislação vigente, podendo esse prazo se antecipado, se acordado
entre as partes;
• Mercado de opções – essa modalidade de comercialização corresponde à
alternativa de venda ou de compra de uma promessa, antes do tempo definido
entre as partes.

TOMADA DE DECISÕES

O processo de tomada de decisão envolve quatro princípios:

Primeiro: as pessoas precisam fazer escolhas, e essas escolhas não são de graça. Elas
precisam ser feitas tendo em vista que os recursos são escassos. Não é possível atender a
todas as necessidades de maneira ilimitada. Portanto, a sociedade precisa fazer suas
escolhas, assim como os indivíduos. Isto é, existe um trade-offs.

Segundo: o custo real de alguma coisa é o que o indivíduo deve despender para adquiri-
la, ou seja, o custo de um produto ou serviço refere-se àquilo que tivemos que desistir
para conseguir compensar com outra coisa.

Terceiro: pessoas são consideradas racionais e, por isso, elas pensam nos pequenos
ajustes incrementais de todas as suas decisões, nos ganhos adquiridos em função das suas
escolhas. Isto significa que as pessoas e empresas podem melhorar seu processo de
decisão pensando na margem. Portanto, um tomador de decisão considerado racional
deve executar uma ação se, e somente se, o resultado dos benefícios marginais forem
superiores aos seus custos marginais f

Quarto: as pessoas reagem a estímulos. Como elas tomam suas decisões levando em
conta os benefícios e seus custos, qualquer alteração nessas variáveis pode alterar o
comportamento da sua decisão. Assim, o mínimo incentivo que ocorra pode alterar a

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conduta do tomador de decisões. Nota-se que os formuladores de políticas públicas fazem
bastante uso deste princípio.

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CONCLUSÃO
Chegando no final do trabalho, Abordamos os pensamentos das principais Correntes
Econômicas sobre as intervenções do setor público na economia e a presença do Estado
como regulador. No que diz respeito à indagação levantada no texto sobre por que regular,
esperamos que você, como futuro gestor, tenha percebido que é para corrigir as falhas no
mercado.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Campus, 2005.

BIELSCHOWSKY, Ricardo. Pensamento Econômico Brasileiro. O Ciclo Ideológico do


Desenvolvimentismo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2000.

BLAUG, Mark. Metodologia da Economia: ou como os economistas explicam. 2. ed. São


Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1999.

BORGES, Fernando Tadeu de Miranda. Economia Brasileira: posições extremas. Cuiabá:


Genus, 1992.

GALBRAITH, John Kenneth. O pensamento econômico em perspectiva: uma história


crítica. São Paulo: Pioneira, 1989.

GASTALDI, José Petrelli. Elementos de Economia Política. São Paulo: Saraiva, 1999.

LUQUE. C. A.; SCHOR, S. M. Teoria Macroeconômica: evolução e situação atual. In:


LOPES, Luiz Martins; VASCONCELOS, Marco Antônio. Manual de Macroeconomia.
São Paulo: Atlas, 2000.

MAGALHÃES, João Paulo de Almeida. Brasil século XXI: uma alternativa ao modelo
neoliberal. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

PAULANI, Leda Maria; BRAGA, Márcio Bobik. A nova Contabilidade Social. São
Paulo: Saraiva, 2003.

SANDRONI, Paulo. Dicionário de Economia. 40. ed. São Paulo: BestSeller, 1994.

WHEEN, Francis. Karl Marx. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro e São Paulo:
Record, 2001.

WILLIAMSON, J. Economia Aberta e a Economia Mundial. Rio de Janeiro: Campus


1996.

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