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UAI (Unidades de Atendimento Integrado)

SPDM / Associação Paulista para o Desenvolvimento


da Medicina

PROCESSO AVALIAÇÃO FOLHA


PROTOCOLO
INSTITUCIONAL - Realizada
1/8
ANTIMICROBIANOS
PSI

RESUMO DE REVISÕES
DATA DESCRIÇÃO DATA PRÓX.
REV.
Junho/2019 Emissão inicial Junho/2020

PROTOCOLO DE ANTIMICROBIANOS
INFECÇÕES COMUNITÁRIAS E NOSOCOMIAIS

1. OBJETIVO

Protocolo de orientação da terapêutica antimicrobiana nas diversas infecções


comunitárias e hospitalares.

2. DEFINIÇÃO

O protocolo de terapia antimicrobiana é um instrumento importante na escolha


do melhor tratamento das infecções. A instituição de tratamento específico, no
momento correto e na dose adequada, pode evitar complicações relacionadas às
infecções e levar à menor morbimortalidade. O antimicrobiano utilizado deve possuir
baixa toxicidade, ser pobre indutor de resistência e ter farmacocinética adequada.
Além disso, deve possuir atividade contra o provável patógeno causador de infecção.
Sempre que possível, a transição da via endovenosa para a via oral deve ser
realizada.
Indicações para administração de antimicrobiano estritamente pela via
endovenosa:
• Necessita de concentração sérica e tissular em até 1 hora após a administração:
infecções graves, sepse e choque séptico.
• Presença de distúrbios gastrintestinais responsáveis por quadros de má absorção
intestinal: náuseas, vômitos, diarréia, hipotensão, gastroparesia, síndrome do intestino
curto ou recomendação de jejum.

• Possibilidade de não cumprimento da terapêutica oral pelo paciente.

• Antibiótico existe somente na formulação endovenosa e/ou não existe equivalente na


via oral.
Sempre verificar disponibilidade conforme padronização na instituição.
Variáveis associadas ao maior risco de resistência microbiana que
interferem no tratamento empírico:
• Pacientes transferidos de homecare e instituições de longa permanência
• Pacientes dialíticos
• Pacientes com internação prévia por período > 48hs nos últimos 30 dias
• Pacientes tratados com antibióticos nos últimos 90 dias.

Nesses casos, tratamento empírico deve ser de acordo com protocolo de


antimicrobiano nosocomial.

• Em caso de pacientes internados por motivos não relacionados a síndrome infecciosa,


considerar infecção nosocomial SOMENTE se paciente desenvolver infecção após 48
h de internação;

• Alteração de doses (por correção de clearence), não precisa de nova carta de


antimicrobiano

3. TRATAMENTOS DE ESCOLHA INSTITUCIONAL

a) Pneumologia
Pacientes com pneumonia deverão ser classificados de acordo com a indicação
de risco proposta pelo Escore CURB65*, que é uma escala criada para determinar a
necessidade de internar pacientes com Pneumonia Adquirida na Comunidade.
No caso de Pneumonia nosocomial ou relacionada a cuidados de saúde, o
direcionamento do tratamento na entrada do paciente deve ser dada pelas variáveis
associadas ao maior risco de resistência antimicrobiana, como descritas acima.
Os exames laboratoriais devem ser coletados preferencialmente antes de início
de antimicrobiano, e são os seguintes:
- Hemograma, glicemia, eletrólitos, função renal, função hepática e
hemoculturas. Se indicado pelas informações epidemiológicas, anti-HIV com
consentimento.
Importante enfatizar necessidade de coleta de 2 amostras de Hemoculturas em
sítios distintos.
*CURB – 65
• Confusão mental
• Uréia ≥ 42 mg/dl
• Frequência respiratória > 30 irpm
• PAS < 90 mmHg ou PAS < 60 mmHg
• Idade ≥ 65 anos

Para cada item positivo na escala é somado 1 ponto

CURB 0 e 1: baixo risco, tratamento ambulatorial

CURB 2: risco intermediário, hospitalização de curta estadia ou tratamento


ambulatorial supervisionado

CURB 3 e 4: Pneumonia grave, hospitalização

CURB 5: pneumonia muito grave, sala de emergência (busca de leito de UTI)

Pneumonia
Pneumonia comunitária 1ª Opção:
Paciente ambulatoriais Levofloxacino 500 mg VO 1x/d por 7 dias
2ª Opção:
Amoxicilina Clavulanato 500 mg 8/8 h 7 d
+
Azitromicina 500 mg 1x/d por 5 dias
Pneumonia comunitária 1ª Opção:
Pacientes internados Ceftriaxone 1 g 12/12 h por 7 dias
+
Azitromicina 500 mg por 5 dias
2ª Opção:
Levofloxacino 500 mg IV * por 7 dias
Pneumonia nosocomial 1ª Opção:
Cefepime 2 g 8/8 h *
2ª Opção:
Imipenem 500 mg 6/6 h *

Se relacionada a Ventilação mecânica,


optar por Imipenem

Se paciente em choque séptico:


Imipenem * + Vancomicina *
*atenção para correção por clearence, se necessário

Obs:a maiorias dos trabalhos científicos apoiam tratamentos de 7 dias para


pneumonias, mesmos os casos de pneumonias relacionadas à ventilação mecânica.

Para todos os pacientes, no momento da alta:


- Orientar a vacinação sazonal para Influenza e Pneumococo nos grupos
com indicação.
b) Infecção de Pele e Partes moles

Infecção Comunitária 1ª Opção:


Pacientes ambulatoriais sem úlcera Cefalexina 500 mg VO 6/6 h por 7 dias
2ª Opção:
Clindamicina 600 mg VO 8/8 h por 7 dias
Infecção Comunitária Ciprofloxacino 500 mg VO 12/12 h
Pacientes ambulatoriais com úlcera + Clindamicina 600 mg VO 8/8 h por 7
dias
Infecção Comunitária 1ª Opção:
Pacientes Internados sem úlcera Oxacilina 2g IV 4/4 h por 7 dias *
2ª Opção:
Cefazolina 2 g IV 8/8 por 7 dias * (ou
cefalotina)
Infecção Comunitária 1ª Opção:
Pacientes Internados com úlcera Ceftriaxone 1 g IV 12/12 h
+ Clindamicina 600 mg IV 8/8 h por 7 dias¹
(Coletar fragmento da lesão ou swab após 2ª Opção:
assepsia rigorosa) Ciprofloxacino 400 mg IV 12/12 h
+ Clindamicina 600 mg IV 8/8 h por 7 dias¹

Infecção Nosocomial Iniciar Vancomicina 1 g IV 6/6 h até


discussão com CCIH

*Se melhora clínica em 48 h, alta com Cefalexina 500 mg VO 6/6 h. Se não


houver melhora, contactar Infectologista para rediscussão de caso.
¹ Se melhora clínica em 48 h, alta com Clindamicina VO + Ceftriaxone por via de
Hospital dia ou Melhor em casa. Se não houver melhora, contactar Infectologista para
rediscussão de caso.

c) Infecção intra-abdominal

Infecção Comunitária
Pacientes ambulatoriais Ciprofloxacino 500 mg VO 12/12h por 7
Gastroenterocolite bacteriana dias

Infecção Comunitária 1ª Opção:


Pacientes Internados Ciprofloxacino 400 mg IV 12/12 h +
Metronidazol 500 mg IV 8/8 h por 7 dias¹
(Coletar Hemocultura antes de iniciar 2ª Opção:
antimicrobiano) Ceftriaxone 1 g IV 12/12 h
+ Metronidazol 500 mg IV 8/8 h por 7
dias¹
Infecção Nosocomial Iniciar empiricamente até discussão do
caso: Cefepime IV 2 g de 8/8 h +
metronidazol 500 mg IV 8/8 h

¹ Se melhora clínica em 48 h, alta com ciprofloxacino 500 mg VO 12/12 h. Se


não houver melhora, contactar Infectologista para rediscussão de caso.
d) Urologia

Infecção Comunitária 1ª Opção:


Trato urinário Baixo* Fosfomicina 3 g dose única

Tratamento ambulatorial 2ª Opção:


Nitrofurantoina 100 mg VO 6/6 h por 7
dias

3ª Opção:
Amoxacilina Clavulanato 500 mg VO 8/8 h
por 7 dias

Infecção Comunitária 1ª Opção:


Paciente internado Ceftriaxone 1 g IV 12/12 h
Trato urinário Alto2
2ª Opção:
Amicacina 15 mg/kg IV1
Prostatite
Ciprofloxacino 500 mg VO 12/12 h

Infecção Nosocomial 1ª Opção:


Trato urinário com sonda ou sem sonda Imipenem 500 mg IV 6/6 h ¹
vesical de demora2
2ª Opção:
Amicacina 15 mg/Kg IV ¹

1
Atenção com devidas correções de doses pelo Clearence de creatinina
*Em caso de ITU baixa coletar Urocultura somente se houver fatores de risco,
que são os seguintes:
• ITU de repetição
• Diabetes Melitus
• Gestante
• Insuficiência renal
• Obstrução de trato urinário
• Presença de dispositivos ( SVD, duplo J, etc)
• Anormalidades anatômicas ou funcional (rim único, doença policística
etc)
• Transplante renal
• Imunossupressão

*Nos casos de ITU baixa sem fatores de risco, o encaminhamento para a


atenção primária é realizado sem prioridade visto que quadro clínico já é resolvido com
tratamento proposto.
2
Reavaliar os pacientes internados após 48 h de internação, checar culturas. Em
caso de melhora clínica, alta com antimicrobiano de acordo com culturas, via oral ou
IV para hospital dia ou Melhor em Casa.
2
Se paciente sem condições de alta após reavaliação com culturas, manter
internação e guiar antimicrobiano por urocultura, bem como solicitar interconsulta com
infectologista.

e) Ossos e Articulações (de origem comunitária)

Diagnóstico Tratamento Alternativa


de Escolha
Osteomielite aguda Oxacilina 2g Vancomicina 1g IV 12/12h +
hematogênica IV 4/4h + Ciprofloxacina 400mg IV por 6
Gentamicina 240mg semanas
IV 1x dia por 6
semanas
Osteomielite Clindamicina Clindamicina 600mg IV 6/6h IV
crônica 600mg IV 6/6h + durante a internação, VO pós alta, na
ciprofloxacino dose de Clindamicina 300mg VO 6/6h
400mg 12/12h
Artrite Séptica Oxacilina 2g Vancomicina 1g IV 12/12h +
IV 4/4h ciprofloxacino 400mg IV 12/12h
Se N.
gonorrhoeae:
Ceftriaxone 1g IV
12/12H 7 dias

f) Infecções relacionadas a Cateter venoso central

1ª Escolha: Cefepime 2g IV 8/8 h + Vancomicina 500 mg IV 6/6 h


2ª Escolha: Imipenem 500 mg IV 6/6 h+ Vancomicina 500 mg IV 6/6 h

Se paciente em Choque séptico usar Imipenem + Vancomicina.


Sempre se atentar para as devidas correções pelo Clearence de creatinina.
g) Escolha de Antimicrobiano na Sepse em admissão (de casos de
infecção de comunidade):

• INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO


Ceftriaxone 1 g IV 12/12 h

• PNEUMONIA COMUNITÁRIA
Ceftriaxone 1 g IV 12/12 h + Levofloxacino 500mg IV 1x ao dia

• INFECÇÃO DE PELE PARTES MOLES


Ceftriaxone 1 g IV 12/12 h + Oxacilina 2 g IV 4/4 h

• INFECÇÃO ABDOMINAL
Ceftriaxone 1 g IV 12/12 h + Metronidazol 500 mg IV 8/8 h

h) Escolha de Antimicrobiano na Sepse em admissão (de casos de


infecção relacionada a assitencia a saúde

• INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO


Imipenem 1 g IV 6/6 h

• PNEUMONIA COMUNITÁRIA
Cefepime 2 g IV 8/8 h + Levofloxacino 500mg IV 1x ao dia

• INFECÇÃO DE PELE PARTES MOLES


Vancomicina 1g IV de 12/12h, discutir com o infectologista necessidade
de cobertura de bactérias gram negativas

• INFECÇÃO ABDOMINAL
Cefepime 1 g IV 8/8 h + Metronidazol 500 mg IV 8/8 h
i) Escolha de Antimicrobiano na sepse clínica sem foco definido de
origem hospitalar

1ª Escolha: Cefepime + Vancomicina


2ª Escolha: Imipenem + Vancomicina

- Se paciente em Choque séptico usar Imipenem + Vancomicina


- Atenção para correção de Clearence de creatinina pela função renal

4. OBSERVAÇÕES E MONITORAMENTO
• Nos casos de maior gravidade (sepse, insuficiência respiratória entre outros), os
pacientes devem ser acompanhados no ambiente hospitalar, com medicação
parenteral, até que haja melhora do quadro clínico.
• As doses deste protocolo são sugeridas para pacientes adultos entre 60 e 80 Kg. Em
pacientes com peso superior a 80 Kg e pacientes com insuficiência renal, dever-se
ajustar a dose do antimicrobiano.
• O tempo de tratamento das infecções é variável dependendo da resposta clínica e das
complicações. De forma geral, existe uma tendência de redução do tempo de
tratamento das infecções. Como exemplo, pneumonia comunitária é de 7 dias, bem
como as infecções de vias aéreas superiores; infecções do trato urinário baixo 3 a 5
dias e pielonefrites 7 a 10 dias. Sempre que existir dúvida, consulte a CCIH.
• Gestação: Os antimicrobianos são capazes, em maior ou menor grau, de atravessar a
barreira placentária. Por este motivo, seu uso durante a gestação requer indicação
rigorosa e precisa. Sempre que existir dúvida, consulte a CCIH.
• Em caso de pacientes previamente colonizados, discutir caso com CCIH antes
de iniciar antimicrobiano
• Sempre coletar hemoculturas (2 amostras em sítios periféricos distintos), antes de
iniciar ou trocar antimicrobiano. Atentar para a necessidade de ajustes de acordo com
sensibilidade de microorganismo isolado.

ELABORADO POR APROVADO POR

Ludmila Gonçalves Freitas CRM 47965 Cidamaiá Aparecida Arantes


Diretoria de atenção ao Paciente
Marcela Ramos de Oliveira Menezes CRM 47969
Marcela Ramos de Oliveira Menezes CRM 47969
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar

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