Tarifa de eletricidade • É formada de modo a cobrir todos os custos desde a geração até a disponibilização da energia ao consumidor final. • Deve ser suficiente para: • Garantir o fornecimento de energia com qualidade; • Assegurar aos prestadores de serviços a cobertura dos custos operacionais eficientes e a remuneração dos investimentos. Remuneração das distribuidoras
• A receita dos serviços de distribuição é recuperada através do
pagamento de tarifas pelo consumo de eletricidade. • A receita necessária para a remuneração dos serviços de distribuição é denominada Receita Requerida. • Ela é decomposta em duas parcelas, Parcela A e Parcela B.
RECEITA REQUERIDA = PARCELA A + PARCELA B
Alocação dos custos das distribuidoras • Parcela A: custos não gerenciáveis. São repassados diretamente às tarifas. • Parcela B: custos gerenciáveis.
Parcela A Parcela B
Custos de compra de energia Custos operacionais (OPEX)
Custos de transmissão Custos de manutenção
Encargos Setoriais e tributos Investimentos (CAPEX)
Parcela A – Compra de Energia
• Os custos de compra de energia cobrem os custos da energia
necessária para atender o mercado consumidor, acrescido das perdas técnicas e não técnicas regulatórias Parcela A – Transmissão de Energia
• Cobre os custos de transporte de energia desde a transmissão
até a distribuidoras. Parcela A – Encargos e Tributos • Os encargos setoriais são instituídos por lei. Viabilizam a implantação de políticas públicas no setor elétrico. • Valores definidos pela ANEEL. • Há oito encargos no total. Alguns deles:
• CDE (Conta de Desenvolvimento Energético);
• PROINFA (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas);
• P&D.
• Tributos são pagamentos compulsórios devidos ao poder público. Nas
contas de energia estão incluídos tributos federais, estaduais e municipais. • PIS, COFINS, ICMS e CIP. Parcela B – Custos Operacionais
• Custos necessários para operar e manter:
▫ Todo o sistema de distribuição – redes, linhas e subestações; ▫ Todo o atendimento comercial ao cliente. • Apenas os custos considerados eficientes são repassados para as tarifas! • Custos operacionais são definidos com base em: ▫ Custos da distribuidora; ▫ Nível eficiente de custos (método de benchmarking/empresa de referência); ▫ Características da área de concessão. Parcela B – Investimentos
• Investimentos físicos compõem a maior parte dos custos
de investimentos das distribuidoras. • Investimentos prudentes são custos reconhecidos para: ▫ Expansão do sistema elétrico; ▫ Atendimento a novos consumidores; ▫ Modernização e substituição de equipamentos; ▫ Atualização tecnológica. Valor Final da Tarifa de Energia Elétrica
53,5% parcela A
29,5% tributos
17% parcela B
Fonte: ANEEL (2018)
Reajuste e Revisão das Tarifas
• As tarifas de energia elétrica são recalculadas por meio de
dois procedimentos periódicos denominados Reajuste Tarifário Anual (RTA) e Revisão Tarifária Periódica (RTP).
RTA – A cada 12 meses – Recalcula Parcela A e Ajusta Mercado
RTP – A cada 4 ou 5 anos – Recalcula Parcela B e Ajusta Mercado