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Os

7 erros dos
investidores
de Bolsa

Gustavo
Almeida
Estamos vivendo a era do excesso de informação.
Antigamente, ter informações de como investir na
Bolsa de Valores era algo bastante restrito. Hoje em
dia, toda e qualquer pessoa que abre a conta em uma
corretora tem a possibilidade de acessar produtos
de investimentos que antes eram disponíveis apenas
para investidores qualificados e profissionais.

O problema é que, junto desse mar de possibilidades,


veio um mar de dúvidas que dificultam que possamos
tomar decisões alinhadas com a nossa verdadeira ca-
pacidade.

Como economista comportamental com mais de 15


anos de experiência, busquei levantar 7 pontos que
fazem com que os investidores errem quando estão
investindo na Bolsa. Espero que essas dicas possam
ajudar você a ficar alerta e evitá-los.

02.
Sobre o analista
Antes de falar sobre os 7 erros em si, quero falar um
pouco sobre mim e minha forma de pensar em inves-
timentos.

Ao que tudo indica, o brasileiro finalmente está come-


çando a dar os primeiros passos na direção de inves-
timentos mais rentáveis. Talvez esteja engatinhando
ainda, mas ainda assim é um movimento relevante
para fugir da inércia da poupança e de outros investi-

03.
mentos atrelados a uma taxa básica de juros tão baixa
como a que vivemos hoje, os míseros 3,75% ao ano.

Para alcançarmos rentabilidades mais relevantes e ir


em direção à nossa tão sonhada liberdade financeira,
não existe caminho melhor do que a compra de boas
empresas na Bolsa de Valores, tendo em vista o lon-
go prazo.

Demorei um tempo pra alcançar a maturidade de


pensar dessa forma, mas, depois de mais de 15 anos
como investidor e profissional na área, fui entenden-
do que o ato de investir, a tomada de decisão na hora
de comprar um ativo, envolve muitas outras coisas
que às vezes estão aquém da nossa compreensão.

Somente o tempo nos traz maturidade e esse apren-


dizado. Quando investimos, todo movimento negati-
vo gera questionamento e dúvida. É de nossa nature-
za querer otimizar nossos ganhos e, no momento da
tomada de decisão, nossa confiança em excesso faz
com que pensemos que somos mais espertos do que
o mercado. É um movimento natural.

Foi aí que comecei, então, a me enveredar também


pelas searas das finanças comportamentais. Buscar

04.
respostas completas aos meus questionamentos,
aqueles que apenas o estudo de gráficos ou dos fun-
damentos de uma empresa não sanava.

Nosso cérebro, para tomar decisões de forma práti-


ca, recorre às heurísticas, que nada mais são do que
atalhos mentais, soluções simples, não muito elabo-
radas, para resolução de temas complexos. Usamos
esses atalhos para poupar tempo de raciocínio, e isso
funciona muito bem para algumas atividades do dia a
dia, quando algumas atividades precisam ser “auto-
matizadas”. Há, entretanto, riscos de não se tomar a
melhor decisão dependendo em que campo de nos-
sas vidas elas são empregadas.

Vivemos em ambientes de incerteza e precisamos


aprender a utilizar as potencialidades a nosso favor.
Então, considerando tudo o que já aprendi na prática,
às vezes ganhando, às vezes perdendo, compartilho
com você os 7 erros que são cometidos por investi-
dores de Bolsa de Valores.

A notícia ruim é que eles podem acometer o investi-


dor todos de uma vez só, ao mesmo tempo. Mas tem
a notícia mais do que boa: ao estar ciente deles, fica
mais fácil de você evitar cair nestas armadilhas.

05.
Você já conhece
a Spiti, né?
Se não conhece tudo bem, vou te explicar. Se já co-
nhece não se preocupe, são apenas algumas palavri-
nhas que a explicam aí embaixo.

No segundo semestre de 2019, a Luciana Seabra


(CEO da Spiti) assinou um memorando de entendi-
mento com o Guilherme Benchimol (CEO da XP Inc.)
para criar uma empresa cujo objetivo é fazer reco-
mendações de investimentos com alto potencial de
acertos para você, na sua língua, seja você quem for.

Assim nasceu a Spiti, cujo nome, em grego, significa


casa – falamos de dinheiro de forma simples e direta,
sem frescura, rodeios, principalmente, sem exageros.

Desde o início, a Luciana foi clara com o Guilherme:


nós teríamos independência total para continuar
recomendando apenas os produtos em que acre-
ditamos, não importa de que gestora ou corretora.
Ele, claro, aceitou. Afinal, faz todo o sentido para

06.
complementar a gama de serviços oferecido pela XP
Inc. uma casa de análise independente que ajude as
pessoas a investirem melhor para transformar suas
vidas.

Você agora passa a ser um dos sortudos que têm


acesso a esse conteúdo, independente e cheinho de
propósito.


Conhecer nossos
vieses nos ajuda
a ser investidores
melhores.

07.
1. Ser enganado por
informações do passado
e sem um contexto claro
Tomar decisões de investimento na Bolsa de Valores
não é uma tarefa muito simples. Constantemente,
somos bombardeados por informações que são com-
partilhadas em um vocabulário singular, com opiniões
diversas, que trazem a sensação de que sempre falta
algo para tomar uma decisão segura de investimento.

Ao nos tornarmos investidores, queremos estar con-


victos de que vale mais a pena adquirirmos o poten-
cial de valorização de determinado ativo do que usar
o nosso dinheiro em algum produto ou serviço que
nos traga um prazer imediato. A esse movimento da-
mos o nome de trade off, e ele proporciona medir o
custo emocional de investir.

Quando o mercado entra em tendência, os noticiá-


rios se tornam repetitivos, os analistas sentem-se

08.
confortáveis em emitir opiniões e até alguns amigos
começam a comentar sobre as oportunidades na Bol-
sa. Esse ataque de informações produz atalhos cog-
nitivos, ou melhor, regras práticas que nosso cérebro
cria para simplificar as decisões; uma forma de tor-
nar simples algo complexo. A isso se dá o nome de
heurística.

Muitas vezes vivemos a heurística da disponibilidade,


que nos conduz a julgamentos sobre a probabilidade
que um evento tem de ocorrer baseado na facilida-
de com que ele vem à mente. Por isso, nos melhores
momentos de oportunidade de comprar, temos noti-
ciários gerando medo, dúvida, insegurança, falando
do porquê a Bolsa caiu e de como a economia está
incerta. E, no momento de zerar as posições, só te-
mos notícias boas, o que faz com que o processo seja
contraintuitivo.

Um exemplo disso é o que aconteceu no ano de 2019,


quando os melhores momentos para se comprar fo­
ram os impactados por notícias de guerra comercial
entre EUA e China, Brexit, dificuldade de articulação
política etc. Agora, o que temos são os eventos rela­
cionados ao coronavírus e à guerra dos preços do pe-
tróleo e, posteriormente, as elei­ções nos EUA e cres-
cimento da economia mundial.

09.
2. O excesso
de confiança que leva
ao uso da alavancagem

A democratização dos investimentos permitiu que


pessoas comuns tenham acesso aos mesmos ins-
trumentos de investimento que investidores profis-
sionais possuem. A diferença é que os profissionais
sabem exatamente como utilizá-los nos momentos
adequados, e a pessoa física não. Além disso, quan-
do esta decide investir, geralmente é porque está es-
timulada, confiante e acaba se alavancando financei-
ramente sem saber.

Muitas pessoas fazem o uso equivocado da alavan-


cagem. Isso pode ser notado pelo grande número de
investidores que aderiu a uma modalidade de nego-
ciação chamada de day trade.

Não tem nada de errado em fazer esse tipo de nego-


ciação. O problema está em utilizar, de forma equivo-

10.
cada, o benefício da margem de garantia para nego-
ciar um volume financeiro muito maior do que o que
possui investido e do que poderia usar.

Vamos entender melhor o conceito de alavancagem:


para realizar uma negociação de day trade de mini-
contratos de índice futuro com a cotação do Ibovespa
em 100 mil pontos, o volume financeiro de um mini-
contrato é de R$ 20 mil, e as corretoras exigem como
garantia, em média, R$ 50.

Pense bem, seus ganhos e perdas são calculados ten-


do como base os R$ 20 mil, porém você precisa ter
apenas R$ 50 para negociar esse volume financeiro.
É 400 vezes o valor!

E por qual motivo utilizamos essa alavancagem? Os


motivos são muitos, mas vejo um deles como o prin-
cipal: o excesso de confiança que possuímos em nos-
sa estratégia ou na estratégia de algum analista/in-
vestidor. O efeito disso é observado quando a nossa
confiança subjetiva em relação à nossa própria capa-
cidade é maior do que nosso desempenho real.

11.
3. Ter medo
de perder dinheiro
O medo não é algo negativo. Tudo depende do pon-
to de vista e da dosagem certa. Como economista
comportamental com uma bagagem de 15 anos no
mercado financeiro, consigo realizar várias reflexões
sobre o meu comportamento em diversos momen-
tos da minha evolução tanto como investidor quanto
como trader.

Sempre que o senti, fiquei mais atento e sensível em


relação ao processo de tomada de decisão que esta-
va vivenciando.

O medo do investidor nasce das experiências negati-


vas, e a mais conhecida delas é o prejuízo financei-
ro. Quando sofremos um prejuízo e não digerimos a
informação, a experiência da negociação fica viva em
nossa memória e, de certa forma, isso impede que
possamos raciocinar de forma simples e lógica para
encarar da maneira correta as oportunidades que o
mercado apresenta.

12.
Se o medo nos trava, é importante encará-lo e ver
qual é a causa disso. Alguns vieses podem influenciar
nosso comportamento. Eu sempre faço o exercício de
analisar os problemas de diferentes pontos de vista,
pois isso desperta uma consciência mais clara acerca
deles.

Essa conscientização diminui os efeitos do medo.


Ainda assim, a dúvida sempre estará presente. En-
tão, o meu conselho é para não seguir cegamente a
opinião de terceiros sobre investimentos, pois ela
precisa ser digerida, absorvida, até que você saiba
exatamente o seu porquê. Caso contrário, os vieses
serão mais fortes do que a sua razão, e o medo vai
continuar presente.

4. Não definir um stop


Ninguém gosta de perder. A perda gera a sensação de
impotência e, no longo prazo, acaba com nossa con-
fiança.

13.
No início de qualquer carreira como investidor de
Bolsa de Valores, assumir o erro é muito difícil, pois
não entendemos muito bem o que estamos fazendo
e como serão nossos resultados.

Para um investidor iniciante, manter uma posição


perdedora muitas vezes parece ser mais sensato e
natural do que sair dela e procurar um novo momen-
to para investir. Em contrapartida, para um investidor
profissional é mais fácil controlar seu medo, pois ele
sabe utilizar o stop loss. Saber utilizá-lo permite con-
trolar o prejuízo máximo em uma única operação, e
assim evita prejuízos maiores.

Em tese, o certo seria zerar a posição, assumir o pre-


juízo e esperar uma nova oportunidade. Na prática, o
mais comum é não assumir o erro e torcer para que o
preço do mercado volte a trabalhar a seu favor.

Este erro somado ao erro da alavancagem potenciali-


za o prejuízo do investidor.

14.
5. Ausência de objetivo

“Entre tantas opções de investimento,


qual escolher?”

A resposta mais comum a essa pergunta é: a que “der


mais dinheiro”. Mas como saber qual investimento
vai “dar mais dinheiro”?

Obviamente, não tem como saber. Assim, definir um


objetivo torna-se uma tarefa complexa e muito pro-
vavelmente não será uma experiência boa no longo
prazo.

Definir um objetivo evita muitos problemas compor-


tamentais, como o viés do presente, viés do otimismo,
viés da diversificação, viés do status quo e a aversão
à perda, e ajuda a definir o tamanho da nossa expo-
sição ao risco. Ter uma exposição correta elimina o
erro da alavancagem e permite que consigamos atin-
gir o nosso nível de satisfação quando nossas nego-
ciações dão certo.

15.
Gosto de pensar em nível de satisfação como algo que
justifique estarmos assumindo risco. Segundo Herbert
Simon, economista comportamental norte-america-
no vencedor do Nobel de Economia em 1978, as pes-
soas tomam decisões com base na “satisficiência”
(uma combinação de satisfação e suficiência), e não
na otimização.

Ter um objetivo claro também permite que você de-


fina se uma decisão no mercado está pronta para
ser tomada ou se faz mais sentido esperar um pouco
mais.

16.
6. Otimismo
Quando virei analista de investimentos, aceitei que
não poderia mais investir como antes, e minha grana
foi direcionada para os fundos de investimento.

Eu também não era um especialista em fundos e, para


piorar a situação, não conhecia a Lu Seabra. Me vi
perdido, já que, pela primeira vez, estaria investindo
em um portfólio que eu não poderia controlar; teria
que confiar em um gestor.

A solução foi buscar ajuda de um especialista em


fundos para me orientar. Com uma boa intenção, ele
me apresentou os fundos que estavam performando
melhor. É lógico pensar que investir nesses fundos é
sinal de que o investimento é qualificado.

De fato, pensar assim faz sentido, mas isso não é ga-


rantia de que no futuro eles continuarão tendo um
bom resultado. Para ter uma boa performance, eu
dependo de resultados futuros, e não de resultados
passados.

17.
Então, pedi a ele para me apresentar os produtos com
os melhores gestores; no entanto, esses fundos não
estavam performando bem no último ano. Eu queria
investir num produto com um gestor de qualidade,
mesmo que a sua tese de investimento ainda não es-
tivesse comprovada.

Quando vejo as pessoas recebendo dicas de investi-


mentos, percebo que elas fazem exatamente o con-
trário do que fiz: investem naquilo que está rendendo
mais. Esse otimismo no longo prazo se torna um pro-
blema, principalmente quando as expectativas não
se concretizam.

É incrível como as pessoas tendem a superestimar a


probabilidade de eventos positivos e subestimar a de
eventos negativos.

18.
7. Viés do presente
O viés do presente acontece quando damos muito
valor para recompensas que são usufruídas em um
tempo mais curto do que aquelas que levam um
tempo maior para acontecer.

O futuro é algo incerto, e não seria diferente no mun-


do dos investimentos. É essa incerteza que gera o
desconforto emocional nos investidores.

Preferimos ganhar menos hoje em vez de termos re-


tornos muito maiores em uma data futura. É como o
famoso ditado: melhor um passarinho na mão do que
dois voando. Essa é a eterna justificativa para que
possamos realizar o resultado de nossos ganhos.

Este viés, somado ao da aversão à perda, fala muito


sobre nossos erros de comportamento ao investir.

Sempre que analiso um movimento potencial do mer-


cado, vejo o que ele pode fazer não somente a meu
favor, mas também contra. Isso me prepara para si-
tuações que não estão alinhadas com as minhas ex-
pectativas e permite que eu possa aceitar o caminho
que vou percorrer com o investimento sem que fique
tenso e nervoso.

19.
Precisamos nos preparar para o máximo de cenários
possível, para que a jornada como investidores seja
satisfatória.

Um abraço,
Gustavo Almeida

Gustavo Almeida é especialista em Bolsa de Valores da Spiti, economista


comportamental e tem mais de 15 anos de experiência como investidor e trader na
Bolsa de Valores. Tem como missão traduzir a complexidade do mercado e fazer
com que qualquer pessoa possa, sem medo, tomar decisões de investimentos
em ações. Atuou na XP Investimentos bem no início de sua história e agora está
comprometido a trazer todo o seu conhecimento para construir um novo legado
para investidores na Bolsa.

20.
invistaspiti.com.br

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