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RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
O dever de pagar o tributo pode ser atribuído àquele que praticou o fato
gerador, ou a terceiro. O Código Tributário Nacional 2 chama de CONTRIBUINTE
aquele que praticou o fato gerador e, por conta disso, tem o dever de pagar o
tributo, e chama de RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO aquele que não praticou o fato
gerador, mas a lei atribui a ele o dever de pagar o tributo. Então, o sujeito passivo
da relação jurídica-tributária pode ser o Contribuinte ou o Responsável Tributário.
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Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo
ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal
relativamente à penalidade pecuniária.
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Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade
pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato
gerador;
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição
expressa de lei.
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SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 10ªed. São Paulo: Saraiva, 2018.p. 816
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MINARDI, Josiani. Tributário Teoria e Prática, OAB 1ª e 2ª FASES. 8ª ED. Salvador: Jusposdvm,
2018. p.95
ICMS 5 para enviar os veículos. Nesse caso, primeiro paga-se o tributo e, após,
ocorrerá o fato gerador.
Art. 150
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sabemos que o fato gerador do ICMS ocorrerá apenas com a venda do veículo pela concessionária.
Uma vez existindo estas dívidas tributárias, a previsão do artigo supõe que o
antigo proprietário queira ver seu imóvel sem juntar prova da quitação dessas
dívidas. Nesse caso, o adquirente do bem imóvel herdará essas dívidas tributárias
na qualidade de Responsável Tributário, sendo que a responsabilidade prevista no
caput do Art. 130 é pessoal, ou seja, o contribuinte não será cobrado pela Fazenda
Pública, apenas o adquirente.
Contudo, o parágrafo único nos traz a hipótese desse bem não ter sido
adquirido diretamente pelo devedor do tributo (contribuinte), e sim, por
arrematação em hasta pública. Vamos dizer que o imóvel de João (contribuinte) foi
para leilão em hasta pública, e alí Francisco arremata o bem e paga o preço ofertado.
NESSE CASO, Francisco não possui o dever de pagar os tributos devidos por João, já
que no caso de arrematação em hasta pública o valor nos tributos se sub-roga no
preço pago pelo adquirente.
2. STJ: AgInt no AREsp 942.940/RJ (j. em 15-08-2017): sempre nos pareceu que
a responsabilidade do art. 130, “caput”, CTN não era solidária nem subsidiária. O STJ
orientou-se, recentemente, pela associação do dispositivo à responsabilidade
solidária. (...) Desse modo, para o STJ, o alienante pode figurar no polo passivo de
uma ação executiva. Portanto, quanto a este, não ocorrerá ilegitimidade passiva “ad
causam”. Para o relator, a sub-rogação do “caput” revela uma natureza aditiva e
reforçativa, não liberatória do alienante.
Inciso II e III: Ocorre na hipótese em que o contribuinte morre ( de cujos) seus bens
são arrolados em um espólio para posteriormente se proceder com a partilha. Se
ainda não houver partilhado os bens do de cujos, o espólio responde pelas dívidas
tributárias até a data da abertura da sucessão (o espólio será o responsável
tributário). Caso já tenha se procedido com a partilha, os sucessores e o cônjuge
meeiros responderão por aquela dívida até o limite do que recebeu dos bens do
contribuinte.
caso, é o dever que o Responsável Tributário deve ter com o Contribuinte, para que
responda pelo pagamento do débito. Ocorre que em que pese o comando do caput
indicar que a responsabilidade subsidiária, a OAB cobra a literalidade do artigo e
considera que a responsabilidade de terceiros é solidária.
EFEITOS DA SOLIDARIEDADE:
INCISO I: Se possuímos três devedores solidários e um cumpre com o pagamento da
dívida, os demais não poderão ter cobrados;
INCISO II: Caso seja concedida isenção ou remissão 6 do crédito tributário, todos
serão beneficiados. Mas existem isenções pessoais, por exemplo, como no caso de
isenção de IPTU para membro das forças armadas. Em caso de vários devedores
solidários, apenas o membro das forças armadas será beneficiado e os demais irão
pagar o débito restante (abatido a parte do que possui isenção concedida);
7Ver Material 3
8CÓDIGO CIVIL. Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros;
semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos
demais coobrigados.