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História não é ciência: “a história não é uma ciência e ela não produz conhecimento no
sentido próprio da palavra, e veremos que isso não é tão ruim quanto se pôde supor
inicialmente.”
Ciência no sentido de que apresente leis gerais aceitáves: “Para a descoberta de leis
gerais, requer-se que as declarações que as descrevem sejam intersubjetivamente
aceitáveis, e isto não apenas para mim, mas também para você e qualquer outro”
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“Cada vez que a linguagem é usada narrativamente, algo novo e único será criado”
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Importância do debate: “O fato de que o debate e a discussão têm um lugar muito mais
proeminente na historiografia do que em outras disciplinas e que o debate
historiográfico raramente, ou nunca, resulta em concepções partilhadas de uma vez por
todas, por todos os historiadores, não deve ser visto como uma triste deficiência da
historiografia que precisa ser remediada, mas como uma consequência necessária dos
instrumentos linguísticos utilizados pelo historiador.”
Questão dos conceitos: Guerra fria e renascimento: tais conceitos não se referem à
realidade histórica em si, mas a interpretações narrativas do passado ou representações
do passado. Isso traz a questão da impossibilidade de voltar ao passado e à divergência
entre passado e história (no sentido de obras historiográficas). Ex: O termo renascença
não é uma regra geral, está em constante reformulação..., é só um meio de representar o
passado e estimular um conhecimento que problematiza o presente
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Linguagem x realidade: “Portanto, palavras como a renascença e a guerra fria mostram-
se que na historiografia há uma frouxidão ou indeterminação sistemáticas na relação
entre linguagem e realidade” Mas esse inderterminação não é ruim, pois não impõe um
saber absoluto e abre espaço para o nascimento de outras historiografias e, por isso,
outros debates e visões de mundo.
A linguagem pode ser moldada de qualquer forma, ou seja, não requer uma metodologia
única. Quando a linguagem é organizada nasce uma narrativa que, consequentemente,
vem com um estilo (forma de organização/estruturação) que, por sua vez, já pode dizer
muito sobre seu conteúdo. (Hayden White.)Daí observa-se a fraqueza epistemológica da
história. Por não ter um meio único de produzir história, pela impossibilidade de relatar
o passado como realmente foi, pela história ser apenas uma representação, uma
narrativa de um ser humano específico, a história não pode ser vista como ciência ao
nível da física ou da química. Isso se dá por seu objeto e por como é produzida.
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A narrativa histórica e, por isso, as obras históricas são propostas: “À medida que o
passado real é apenas um argumento e nunca é conclusivo ao ponto de finalizar o debate
historiográfico, a ideia de uma correspondência entre narrativa história e passado real
não nos levará a lugar algum se quiseremos entender a escrita narrativa da história.
Quando muito, podemos dizer que cada narrativa histórica é uma tentativa ou proposta
de definição, em um caso específico, a correspondência entre linguagem e realidade.”
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“O historiador usa a linguagem, isto é, declarações singulares individuais, a fim de
construir uma narrativa.”
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Proposta x regra: Uma proposta que é aceita unanimemente por todos perde a
propriedade de proposta: ela se tornou uma regra e propostas não são regras.
Debate: “Uma parte essencial da natureza das propostas é que elas não são
universalmente aceitas, enquanto elas são, todavia, sujeitas á discussão racional.”
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O que nos capacita a distinguir entre uma proposta sensata e uma insensata: Evidencias;
unidade e coesão ( a forma que foi construída o texto ao ponto de deixar claro a
natureza da proposta); ser aceito nas regras gerais do campo dos historiadores, seguir as
regras epistemológicas: como a utilização de referencias, notas de rodapé, explicações
de como chegou à hipótese e conclusão...;
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“Uma proposta universalmente acordada foi engessada em um fenômeno histórico o
qual é parte do passado em si mesmo... Que tipos de coisas que acreditamos compor o
inventário da realidade são sempre resultado de uma interpretação essencialmente
histórica da realidade e nunca um mero dado. A ciência nos fala a respeito da
propriedade das coisas; a história dá a nossas percepções a coesão necessária para
reconhecer tipos de coisas.”... “Essas propostas são sempre maneiras de ver o passado, e
se nós é oferecida apenas uma maneira de olhar para o passado, isto facilmente se
transformará em uma convicção concernete a como o passado realmente foi.”
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Esse fato, de diferentes interpretações sobre um mesmo tema histórico, cria espaço que
torna a discussão histórica possível... “ O conhecimento histórico não deveria ser visto
como conhecimento cognitivo, no sentido próprio da palavra, mas, ao invés, como um
estágio em um debate contínuo.” FRASE DE WHITE: História problematizadora; não
querer relatar o passado em si, mas criar problemas para o presente com o intuito de
melhorar as vidas dos integrantes da sociedade atual, alertando ações que, muitas vezes,
reforçam um ambiente de violência e ignorância: como o racismo, homofobia,
xenofobia etc...
Iluminismo:
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Leis gerais: frase de David Hume: “É universalmente reconhecido de que há uma
grande uniformidade junto às ações dos homens, em todas as nações e eras, e de que a
natureza humana se mantém a mesma, em seus princípios e operações. Os mesmos
motivos sempre produzem as mesmas ações. Os mesmos eventos são acompanhados das
mesmas causas” = característica do iluminismo e da lei natural iluminista = harmônica
entre o homem e sociedade
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