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FACULDADE DE TEOLOGIA, FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS GAMALIEL

FATEFIG.

ANA BEATRIZ

DEBORA HELLEN

THAYLEYD MENDES

TULIO VIVEIROS

ZAYNNE FLORA

Direito Público e Direito Privado. Direito Material e Processual.

TUCURUÍ
2016
QUESTÕES

1) DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO

1.1) Analise o caso concreto

Carlos, fotógrafo amador, necessitando de local para morar e sabedor que seu amigo Robson possuía,
vago e sem utilização, um apartamento situado em zona nobre da cidade, faz a este proposta de locação
do imóvel. Para tanto, celebraram contrato de locação residencial, em que estavam previstas as obrigações
do locatário (Carlos) e do locador (Robson). Após um determinado tempo, Robson observa que o Carlos
não vinha cumprindo com o dever contratualmente estabelecido de manter o imóvel em condições
adequadas para o fim do contrato, já que ele quebrou todas as paredes internas do apartamento,
transformando-o em um estúdio fotográfico.

Em razão disso, a questão foi levada à Justiça e o contrato foi extinto, por culpa do locatário, o qual veio,
inclusive, a ser condenado a arcar com as despesas para reconstituição do imóvel no estado em que foi
recebido. Levando em consideração o caso proposto, responda justificadamente:

a) A relação jurídica entre Carlos e Robson está no campo do Direito Público ou Privado? O que justifica
sua resposta?

R= Direito privado. Pois no direito privado, predomina-se o interesse particular, atendendo ao


interesse de cada um,entendendo todas as normas jurídicas em que o interesse particular é o alvo.

b) Fala-se, cada vez mais, na aproximação do Direito Público do Direito Privado ou nos fenômenos da
privatização do Direito Público e na publicização do Direito Privado. Por exemplo: embora o direito de
família seja predominantemente privado, tanto assim que suas regras se encontram no Código Civil, não é
possível casar-se, separar-se judicialmente ou divorciar-se sem a intervenção do Estado. Trata-se aqui,
portanto, da publicização do direito privado. Procure exemplos, no cotidiano, em que ocorre o contrário,
ou seja, a privatização do Direito Público.

R= Contratação de uma empresa privada, para prestar serviços em um hospital publico. Ex: a
utilização de empresas privadas para obras publicas, segurança, faxina.

c) O que dizem os autores mais modernos quanto a esta divisão do Direito em público e privado?

R= Quase todos os autores modernos que se dedicam a estudar a classificação direito publico e
direito privado entendem que essa classificação apresenta uma serie de problemas e há uma
crescente insatisfação frente a sua utilização, como exemplo Miguel reale faz a seguinte distinção,
direito publico predomina o interesse coletivo, relação de subordinação. E o privado o interesse é
particular com relação de coordenação.

d) Conceitue Direitos Difusos, Direitos Coletivos, Direitos Individuais Homogêneos.


R= Direitos difusos constituem direitos transindividuais, ou seja, que ultrapassam a esfera de um
único indivíduo, caracterizados principalmente por sua indivisibilidade, onde a satisfação do direito
deve atingir a uma coletividade indeterminada, porém, ligada por uma circunstância de fato. Por
exemplo, o direito a respirar um ar puro, a um meio ambiente equilibrado, qualidade de vida, entre
outros que pertençam à massa de indivíduos e cujos prejuízos de uma eventual reparação de dano
não podem ser individualmente calculados.
Direitos coletivos constituem direitos transindividuais de pessoas ligadas por uma relação
jurídica base entre si ou com a parte contrária, sendo seus sujeitos indeterminados, porém
determináveis. Há também a indivisibilidade do direito, pois não é possível conceber tratamento
diferenciado aos diversos interessados coletivamente, desde que ligados pela mesma relação
jurídica. Como exemplo, citem-se os direitos de determinadas categorias sindicais que podem,
inclusive, agir por meio de seus sindicatos. Trata-se do interesse de uma categoria.
Direitos individuais homogêneos são aqueles que dizem respeito a pessoas que, ainda que
indeterminadas num primeiro momento, poderão ser determinadas no futuro, e cujos direitos são
ligados por um evento de origem comum. Tais direitos podem ser tutelados coletivamente muito
mais por uma opção de política do que pela natureza de seus direitos, que são individuais, unidos os
seus sujeitos pela homogeneidade de tais direitos num dado caso. A defesa dos direitos individuais
homogêneos teve início nos Estados Unidos em 1966, através das chamadas "Class actions".

1.2) A propriedade à luz do Direito Público e do Direito Privado

“Maria da Silva é proprietária de uma fazenda improdutiva, de grandes proporções, no interior do estado
de Mato Grosso. O governo federal, ciente dos diversos conflitos de terra na região liderada pelo MST
(Movimento dos Sem-Terra), resolve promover a desapropriação da fazenda para fins de reforma agrária.
Maria, inconformada, contesta a decisão, alegando que o direito brasileiro consagra a propriedade
privada, de forma que não pode o Estado interferir nesta esfera, tendo em vista o art. 5º, inciso XXII, e o
art. 170, inciso II, da Constituição da República de 1988.”
Introdução ao Estudo
Responda, justificadamente, às perguntas abaixo:

a) Tendo em vista, o que informa o inciso XXIII, do art. 5º; o art. 170, inciso III; o art. 186, todos da
Constituição da República, e o argumento proposto por Maria, como podemos conciliar a
propriedade com a sua função social?

R= A função social da propriedade, prevista no inciso III do artigo 170, da Constituição


Federal de 1988 caracteriza-se como uma restrição ao princípio da propriedade privada.
Esse princípio permite a intervenção do Estado sobre a propriedade que deixa de cumprir
sua função social. Esse princípio, a propriedade deve exercer sua função econômica, deve ser
utilizada para geração de riqueza, garantia de trabalho, recolhimento de tributos ao Estado,
e a promoção do desenvolvimento econômico. Assim, como uma troca, na qual o
proprietário tem o direito de uso e gozo de sua propriedade, mas, essa propriedade deve
cumprir com sua função social, estabelecida pela lei.

b) No Direito brasileiro, o direito de propriedade está na esfera do Direito Público ou Privado?


Fundamente na legislação.

R= Direito Privado
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça
social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
(...)’’
c) O Código Civil estabelece algum preceito referente à função social da propriedade?

SIM, Exemplo de cláusula geral relacionado imediatamente com a função social da posse é
encontrado no § 4º do art. 1.228 do Código Civil:

“O proprietário também poderá ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir


em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos,
deconsiderável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou
separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico
relevante”.

d) Em nome da função social da propriedade, uma série de obrigações são impostas aos proprietários
que pretendam ver reconhecida sua condição. Imóveis que não cumprem a função social são
suscetíveis de serem desapropriados. Demonstre a fundamentação acerca do assunto relacionando-
o às propriedades rurais e urbanas.

R= “A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências


fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor”.

No entanto, a partir de alguns preceitos constitucionais vislumbra-se que a função


social da posse está implicitamente disposta no texto da Carta Magna como, por
exemplo, quando a mesma estabelece que “aquele que, não sendo proprietário de
imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição,
área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta hectares, tornando-a
produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á
a propriedade” (art. 191, CF). Surge aí a função social da posse em detrimento da
função social da propriedade. Se o proprietário não utilizar a sua propriedade com
fins de beneficiar a coletividade e algum possuidor o fizer, este poderá adquiri-la
após os trâmites definidos em lei.
Infere-se dos dispositivos citados que a função social da posse possui duas
características mutuamente excludentes. De um lado protege o proprietário e por
outro pune o proprietário desidioso que não se utiliza adequadamente de suas posses
e termina por perdê-la para quem a utiliza de forma a propiciar-lhe benefícios para a
toda coletividade. A função social da posse está implicitamente estabelecida
naConstituição Federal.

e) Ainda nessa linha, de modo semelhante, mas sob o argumento da proteção ambiental, o Estado
estabelece diversas condições ambientais para os proprietários de imóveis urbanos e rurais, as
quais devem ser respeitadas e geram deveres que limitam a autonomia do proprietário. Fundamente
com base na legislação pátria.

R= No passado, tudo contribuía para a concepção equivocada de que a exploração econômica


integral da terra e de seus atributos ( exploração predatória) era a única destinação que a ela
poder-se-ia dar: a imensidão de territórios a serem conquistados, a aparente inesgotabilidade
e capacidade de recuperação dos recursos naturais, a dispersão dos habitantes, a certeza de
que a propriedade ou era utilizada em sua inteireza ou não tinha verdadeiramente tal
qualidade, o desejo, por razões de segurança de fronteiras ou por precisão de divisas e
geração de empregos, de estimular a transformação empresarial das relações produtivas.
Nesse sentido, pouca importância era conferida, fora das aglomerações urbanas (com as
limitações urbanísticas), a certos limites impostos ao direito de propriedade, seja em favor de
indivíduos igualmente proprietários (os direitos de vizinhança, p. ex.), seja em proveito da
coletividade como um todo (o exercício do poder de polícia, para proteger os bons costumes,
bem como a saúde e ordem públicas). Bem mais recentemente, as Constituições trouxeram
para seu corpo a previsão expressa da proteção do ambiente, como um desses pressupostos
para o reconhecimento de direito de propriedade válido. O certo, e ninguém hoje nega isso, é
que a propriedade privada (e a pública também) sujeita-se a limites que são impostos como
pressupostos para seu integral reconhecimento pela ordem jurídica e outros que lhe são
agregados casuisticamente, diante de fatos que só se manifestam no instante em que o direito,
consolidado e plenamente ajustado ao ordenamento, é exercitado.

2) RAMOS DO DIREITO

A revista trimestral de Direito Civil, n. 24, p. 286, destacou o seguinte caso concreto:

2.1 Tratamento especial para dor nas costas


No Oregon, uma paciente está processando seu médico por tê-la convencido de que manter relações
sexuais com ele era uma parte necessária do seu tratamento para dor nas costas. O médico, Randall Smith,
já perdeu a licença e foi preso por 60 dias por ter cobrado US$ 5.000,00 do Sistema de Saúde do Oregon
pelos 45 minutos de “tratamento”, que pretendia aliviar as dores agudas que a paciente sentia na lombar.
A ação agora movida pela paciente alega negligência médica e dano moral. Embora tenha reconhecido a
culpa pela acusação de falso tratamento médico, o doutor Randall Smith alega que o sexo foi consensual.

a) Diferencie conceitualmente Direito Processual de Direto Material.

R= Chama-se direito processual o complexo de normas e princípios que regem tal método de
trabalho, ou seja, o exercício conjugado da jurisdição pelo Estado-juiz, da ação pelo
demandante e da defesa pelo demandado.
Direito material é o corpo de normas que disciplinam as relações jurídicas referentes a bens
e utilidades da vida (direito civil, penal, administrativo, comercial, tributário, trabalhista
etc).

O que distingue fundamentalmente direito material e direito processual é que este cuida das
relações dos sujeitos processuais, da posição de cada um deles no processo, da forma de se
proceder aos atos deste - sem nada dizer quanto ao bem da vida que é objeto do interesse
primário das pessoas (o que entra na órbita do direito substancial).

O direito processual é, assim, do ponto-de-vista de sua função jurídica, um instrumento a


serviço do direito material: todos os seus institutos básicos (jurisdição, ação, exceção,
processo) são concebidos e justificam-se no quadro das instituições do Estado pela
necessidade de garantir a autoridade do ordenamento jurídico. O objeto do direito
processual reside precisamente nesses institutos e eles concorrem decisivamente para dar-lhe
sua própria individualidade e distingui-lo do direito material.

b) Ao ajuizar a ação, a paciente está fazendo uso de que modalidade de Direito? Justifique.

R= uso do seu direito de ação que é uma consequência do princípio constitucional da


inafastabilidade do judiciário. O direito subjetivo é quem te permite isso. O direito de ação é
exigido contra o Estado, dizendo respeito ao exercício de uma função pública, daí a sua
natureza pública. O interesse na composição da lide não é apenas dos indivíduos em conflito,
mas também do Estado.

c) Para ajuizar uma ação, é necessário ocorrer ameaça ou violação de um Direito Material?
Justifique.

R= Para ajuizar uma ação não é necessário que ocorra violação de um direito material e
nem ameaça, pois a ação tem várias finalidades além dessas. Exemplo é o inventário, a ação
de declaração de constitucionalidade e outras.
REFERÊNCIAS

http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=258

https://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_difusos,_coletivos,_individuais_e_homog%C3%AAneos

https://jus.com.br/artigos/676/perfil-constitucional-da-funcao-social-da-propriedade

http://edeziomuniz.jusbrasil.com.br/artigos/111827004/da-funcao-social-da-posse

https://jus.com.br/duvidas/69848/direito-material-e-direito-processual

http://monografias.brasilescola.uol.com.br/direito/interferencia-direito-processual-no-direito-material.htm

http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1067/Direito-de-Acao-Principio-da-Inafastabilidade-da-
Jurisdicao

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